Endeavor Portugal reforça rede de empreendedores com Coverflex

Com a entrada dos cinco fundadores da startup de benefícios flexíveis, eleva-se para sete o número de empreendedores portugueses na Endeavor Entrepreneurs.

A Endeavor Portugal reforçou a rede de empreendedores no mercado nacional com a entrada dos cinco fundadores da Coverflex, elevando para sete o número de Endeavor Entrepreneurs portugueses. A rede, que começou a operar em Portugal no ano passado, tem como objetivo ter um efeito multiplicador no ecossistema, fomentando relações globais entre os seus pares, com acesso a mentoria ou capital em 42 mercados.

Os fundadores da Coverflex — Luís Rocha, Miguel Santo Amaro, Nuno Pinto, Rui Carvalho e Tiago Fernandes — foram selecionados no primeiro International Selection Panel da Endeavor em 2024, que decorreu no Vietname, por um grupo de seis jurados internacionais: Nicolas Aguzin (HKEX, Hong Kong), Anderson Thees (Redpoint eventures, Brasil), Vinnie Lauria (Golden Gate Ventures, Singapura), Roshini Bakshi (Everstone Capital Advisors, Indonesia), Tiger Fang (Kargo, Indonésia) e Randy Reddig (Fastly, EUA).

“Fazer parte desta rede vai ajudar-nos, enquanto empreendedores, e, também, na Coverflex, a reforçar a rede de contactos e a potenciar parcerias mundiais facilitadas por este efeito multiplicador do ecossistema. Estamos muito entusiasmados por poder reforçar a lista de empreendedores Endeavor em Portugal”, afirma Miguel Santo Amaro, cofundador e CEO da Coverflex, citado em comunicado.

Os fundadores da Coverflex, scaleup que atua na área dos benefícios flexíveis e já com presença em Portugal, Itália e Espanha, juntam-se a José Salgado e Sérgio Vieira (fundadores da Bizay/360 Imprimir), dois dos 152 empreendedores Endeavor que integraram a lista no ano passado, e os primeiros empreendedores Endeavor de Portugal.

“Apoiar empreendedores com base em Portugal e ambição global é parte da missão da Endeavor”, refere Ricardo Mesquita, managing director da Endeavor Portugal. “Após o regresso (do Vietname), continuaremos o nosso processo de seleção dos fundadores portugueses que mais se destacam na forma como estão a construir as suas empresas”, acrescenta.

“Temos como prioridade continuar a construir a rede Endeavor em Portugal. Para que isso aconteça, o nosso foco centra-se na seleção dos empreendedores em etapa de growth/ scale up. Estamos ativamente a conversar com vários fundadores e, em conjunto, vamos definir os próximos passos que tipicamente passam por um painel de seleção local, seguido de um painel de seleção internacional, como aquele que a Coverflex acabou de passar”, diz Ricardo Mesquita, managing director da Endeavor Portugal, ao ECO quando questionado sobre os objetivos de reforço para este ano.

Neste momento, entre os membros do braço português não founders mulheres. O que está a ser feito para atrair mais mulheres à rede?

“Em Portugal, procuramos desde o início assegurar a participação e o envolvimento de todo o ecossistema português na fase de growth – scaleup. Por exemplo, os convites para os nossos eventos, em colaboração com diversos parceiros, são intencionais — convidamos igual número de empreendedores e de empreendedoras. Procuramos também integrar nas nossas iniciativas diversidade geográfica, ativando a presença da Endeavor em todo o país, bem como diversidade geracional, construindo espaços de mentoria entre quem já construiu as suas empresas e passou pelas dores de crescimento, e alguns dos empreendedores que ainda estão a escalar os seus negócios”, começa por referir o managing director.

“Face à realidade global, a Endeavor tem trabalhado e vai continuar a trabalhar para reduzir as assimetrias neste campo: 13% do portefólio de Endeavor Entrepreneurs são mulheres (no ano passado, 18% das empresas selecionadas nos nossos ISP eram lideradas ou colideradas por mulheres)“, acrescenta.

“A rede global da Endeavor é liderada pela founder e CEO Linda Rottenberg desde 1997. Desde o primeiro momento que a diversidade guia a organização internacional, com presença em 42 mercados. Nestes escritórios da Endeavor espalhados pelo mundo, metade são liderados por mulheres. Além disso, na equipa global de liderança 71% são mulheres”, relembra.

Atualmente, a rede Endeavor está em 42 países e apoia mais de 2.000 empreendedores, cujas empresas juntam um lucro agregado de mais de 28 mil milhões de dólares, sendo criadores de mais de 3,9 milhões de empregos e, em 2021, levantaram mais de 4 mil milhões de dólares de capital, segundo dados divulgados pela organização.

Reid Hoffman (LinkedIn), Bill Ford (General Atlantic), Jose Maria Pallete (Telefónica), Guillaume Pousaz (Checkout.com), Oscar Pierre (Glovo) e Marcos Galperin (Mercado Libre) são alguns dos nomes que fazem parte da rede.

(notícia atualizada a 2 de abril com mais informação)

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PSD “mantém a palavra” e garante eleição de vice-presidente do Chega na Assembleia da República

Joaquim Miranda Sarmento sublinha que o PSD é um partido de “palavra” e, como tal, apesar do bloqueio de Ventura na eleição de Aguiar-Branco, votará favoravelmente a vice-presidência do Chega.

O PSD garantiu que vai manter a “palavra” e viabilizar o nome proposto pelo Chega para a vice-presidente da Assembleia da Republica (AR). A garantia foi dada por Joaquim Miranda Sarmento na sequência do anúncio de um acordo entre o PS e PSD para a presidência rotativa durante a legislatura, entre José Pedro Aguiar-Branco e um nome socialista a indicar pelo próprio partido.

O PSD mantém sempre a sua palavra e iremos votar favoravelmente todo o resto da mesa [da Assembleia da República]. Isto é, os quatro vice-presidentes indicados pelos quatro maiores partidos e os restantes secretários e subsecretários da Mesa, cumprindo assim aquilo que estipula a Constituição e o regimento”, afirmou o líder parlamentar do PSD, em declarações aos jornalistas.

André Ventura tinha anunciado na passada terça-feira que Diogo Pacheco de Amorim seria candidato do partido a vice-presidente da Assembleia da República, considerando que se poderá fazer “um ajuste de contas” com a anterior legislatura e “abrir novo ciclo”. No entanto, face ao impasse assistido na noite passada durante a eleição da mesa da AR, o Chega poderá propor um novo nome para a votação. Além do partido de André Ventura, também o PS e a IL terão direito a propor um nome para a vice-presidência da AR.

Tal como com a presidência, para ser aprovado os candidatos a vice-presidência da AR, secretário e secretário-adjunto, terão que colher 116 votos a favor no Parlamento.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h52)

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Taxas Euribor sobem em todos os prazos pelo segundo dia

  • Lusa
  • 27 Março 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa voltaram a subir nos principais prazos.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa, voltaram a subir nos principais prazos esta quarta-feira. Com as alterações, a Euribor a três meses, que avançou para 3,908%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,862%) e da taxa a 12 meses (3,684%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 3,862%, mais 0,004 pontos do que na terça-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu para 3,684%, mais 0,009 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu para 3,908%, mais 0,006 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em fevereiro voltou a cair a três meses, mas subiu nos dois prazos mais longos.

A média da Euribor em fevereiro desceu 0,002 pontos para 3,923% a três meses (contra 3,925% em janeiro), mas subiu 0,009 pontos para 3,901% a seis meses (contra 3,892%) e 0,062 pontos para 3,671% a 12 meses (contra 3,609%).

Na última reunião de política monetária, em 7 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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PSD e PS vão dividir presidência da Assembleia da República

Após três votações inconclusivas, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos chegaram a um entendimento para dividirem a presidência da AR. Arranca com Aguiar-Branco e o nome escolhido pelo PS completa.

O presidente do PSD e o secretário-geral do PS estabeleceram esta quarta-feira um acordo para a presidência da Assembleia da República, à semelhança do que acontece no Parlamento Europeu. Os dois partidos acordaram dividir o mandato de quatro anos entre si. Hoje será eleito José Pedro Aguiar-Branco. Em 2026, entra o nome escolhido pelo PS.

Após três tentativas falhadas para eleger o novo presidente da Assembleia da República, Luís Montenegro chamou o líder do PS, Pedro Nuno Santos, para negociar, tendo chegado a um entendimento após longas negociações. O PS apoiará a eleição de José Pedro Aguiar-Branco já na eleição desta tarde, que fica no cargo até setembro de 2026. Nas últimas duas sessões legislativas, o PSD compromete-se a aprovar o nome escolhido pelo PS.

Desta forma, os dois partidos “dividem” o mandato de quatro anos.

A comentar o acordo alcançado com o PS, Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, referiu que era “preciso ultrapassar este impasse, que não serve os interesses dos portugueses”, confirmando que Aguiar-Branco será hoje eleito com o apoio do PS e “cumprirá o seu mandato até setembro de 2026”.

O PSD mantém sempre a sua palavra e iremos votar favoravelmente todo o resto da mesa [da Assembleia da República]. Isto é, os quatro vice-presidentes indicados pelos quatro maiores partidos e os restantes secretários e subsecretários da Mesa, cumprindo assim aquilo que estipula a Constituição e o regimento”, acrescentou.

Eurico Brilhante Dias, líder da bancada parlamentar do PS, também destacou que era “necessário resolver um impasse, que muito penaliza a Assembleia da República”, destacando que este acordo é “apenas um compromisso institucional que nada tem de programático e não altera a condição de força política que lidera a oposição em Portugal“. “O grupo parlamentar do PS entendeu propor ao grupo parlamentar do PSD uma solução que permitisse acabar com este impasse que degrada imagem das instituições”, destacou.

Segundo Brilhante Dias, o acordo pressupões que nas duas primeiras sessões legislativas seja aprovado o nome indicado pelo PSD e nas sequentes seja eleito o nome escolhido pelo parlamentar do grupo socialista.

Quanto ao nome de Francisco Assis para ser a escolha do PS daqui a dois anos, o próprio Francisco Assis, em declarações aos jornalistas, adiantou que não sabe se será ele a escolha, “nem eu próprio me vou auto acorrentar à ideia de ser próximo presidente da Assembleia da República. O que é certo é que será alguém do PS“, rematou.

Francisco Assis reiterou que para o Chega vale tudo e o partido de André Ventura “não representa uma oposição ao Governo, representa uma oposição ao regime democrático“.

Chega vai liderar oposição, IL fala em “infantilidade”

Numa primeira reação ao entendimento com o PSD, André Ventura referiu que Luís Montenegro “escolheu a sua companhia de viagem”. O líder do Chega lamentou Montenegro não ter aceitado o seu convite para uma reunião, tendo escolhido falar com o PS.

“Ficou claro que o PSD decidiu fazer uma aliança mais ou menos formal com o partido socialista, acordo que não quis fazer à direita”. “Com toda a probabilidade, PSD e PS vão-se entender”, rematou.

“O Chega liderará oposição”. “Ficou claro que estes dois partidos estão juntos e vão governar Portugal”, concluiu.

Já o presidente da Iniciativa Liberal considerou que a proposta apresentada pelo PS e PSD para a presidência da Assembleia da República é resultado de uma “infantilidade” e “triste espetáculo” encenado pelo Chega e o seu líder do partido.

Em declarações aos jornalistas, nos Passos Perdidos, da Assembleia Da República, Rui Rocha frisa que a mensagem que depois de uma mudança do ciclo político, que resultou numa vitória da Aliança Democrática seria de esperar que a Assembleia da República fosse presidida por um candidato do PSD, neste caso, José Aguiar-Branco.

“Para nós a opção era clara. Não há dúvidas sobre quem era o candidato preferível”, atira.

No entanto, esse cenário deixou de ser possível com a solução acordada entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos esta manhã após uma videoconferência. Os dois partidos irão apresentar uma presidência rotativa da AR, presidida por Aguiar Branco e Francisco de Assis.

“É este o resultado da infantilidade. É isto que André ventura tem para festejar. Tínhamos afastado o PS do poder e agora por intervenção do chega cá teremos um presidente do PS na AR a partir de 2026”. Embora não concorde com a decisão, “este triste episódio” deverá acabar hoje com a votação favorável da Iniciativa Liberal desta solução. “Daqui a dois anos, cá estaremos para avaliar o que acontece”, responde, não se comprometendo com uma votação a favor de Francisco de Assis.

Em reação a esta ideia, Mariana Mortágua admitiu que é uma “solução que nos permite avançar”. A coordenadora bloquista assumiu que os dois maiores partidos foram chamados a resolver o problema criado na Assembleia, mas salientou que este “é um primeiro momento de enorme incapacidade”.

“Temo que seja um retrato do que vai acontecer nos próximos tempos”, vaticinou Mortágua, em declarações transmitidas pelas televisões, apontando que a direita não está a conseguir uma solução de estabilidade.

Rui Tavares, líder do Livre, queixou-se do facto de Luís Montenegro apenas ter falado com as três maiores forças parlamentares, tendo excluído os restantes partidos das conversações e referiu que vai votar em branco. “Aguiar-branco não apresentou nenhuma razão a favor da sua candidatura, não passamos cheques em branco“, justificou.

Já a deputada do PAN, Inês de Sousa Real, disse que o partido ” louva e saúda esta solução que afasta o Chega”, pedindo que seja afastado o nome proposto pelo Chega para a vice-presidência.

A votação do próximo presidente da Assembleia da República começa às 15h, com os 230 deputados a serem chamados pela quarta vez a votarem o próximo líder da Assembleia da República.

(Notícia atualizada)

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Fábrica em Avintes produz alumínio quase sem pegada de carbono

A matéria-prima deste alumínio foi sucata, que pode ser considerada praticamente livre de emissões quando reaproveitada através da reciclagem, indica a Hydro.

A fábrica de Avintes da Hydro, empresa do setor do alumínio, produziu o seu primeiro lote de alumínio reciclado praticamente nulo em emissões poluentes, informa a fabricante numa nota de imprensa.

Na produção, a Hydro utilizou como matéria-prima única sucata, recuperada de produtos no final de vida útil, que pode ser considerada como sendo neutra em carbono quando reaproveitada através da reciclagem.

O processo de reciclagem de matéria-prima em fim de vida útil permite que o alumínio seja reutilizado infinitas vezes, sem que perca as suas propriedades e consumindo apenas 5% da energia que se usa para produzir alumínio primário, estima a Hydro.

Na reciclagem de alumínio, existe, por um lado, a chamada sucata pré-consumo, gerada no processo, e que não se tornou parte de um produto final. Por outro lado, há a sucata pós-consumo, que pode ser parte de uma janela, um carro ou uma bicicleta usados, recuperada para ser convertida novamente em matéria-prima.

O responsável pela unidade de reciclagem da Hydro Avintes, João Nina, afirma que “este é o primeiro lote de Hydro Recycled Low Carbon produzido na Hydro Avintes com 100% sucata pós-consumo, sem adição de sucata de processo (pré-consumo) ou alumínio primário. Assim, podemos considerar que a sua pegada de carbono é quase nula, inferior a 0,5 kg CO2e/kg[dióxido de carbono equivalente por quilo].“.

Já o diretor de Metal da Hydro Extrusion South, Rui Abreu, destaca: “este é um marco no nosso esforço para oferecer soluções de alumínio mais sustentáveis com uma menor pegada de carbono, o que por sua vez irá melhorar o impacto ambiental dos produtos dos nossos clientes“.

A Hydro tem vindo a apostar em soluções mais sustentáveis para a sua atividade. 2023 ficou marcado pela utilização de hidrogénio verde para a produção de alumínio reciclado, na fábrica de Irurtzun, em Navarra, Espanha.

A Hydro Extrusion dedica-se ao fornecimento de alumínio e conta uma produção anual de 60.000 toneladas de produtos extrudidos (sujeitos a um processo chamado “extrusão”) e 85.000 toneladas de alumínio reciclado. Procura servir setores como transporte, automóvel ou construção, e emprega mais de 500 pessoas em Espanha e Portugal.

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DST ganha contrato de 5 milhões para construir nova estação de resíduos da Autoeuropa

Esta é a segunda obra adjudicada à construtora de Braga, prevendo-se que a construção desta nova estação de resíduos esteja concluída em setembro.

A DST ganhou a adjudicação de um contrato para a construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI) para a Volkswagen Autoeuropa, num contrato de cinco milhões de euros.

A nova unidade irá substituir a antiga e assegurar a interligação com a rede de esgotos existente na fábrica de Palmela, adianta a DST em comunicado, que acrescenta que os trabalhos já arrancaram, estando neste momento em execução as fundações em betão armado, prevendo-se que a obra esteja concluída em setembro.

O edifício a construir terá uma forma geométrica retangular regular, com 60 metros de comprimento por 30 metros de largura, medidos entre eixos de pilares, com pórticos de 12×10 metros e uma altura de 7,5 metros, sob a corda inferior da viga, resume a construtora bracarense.

“A vasta experiência da DST, bem como a competência dos nossos quadros, são os fatores que nos diferenciam face a outros concorrentes. Este cliente tem vindo a depositar bastante confiança no nosso trabalho, comprovando-se com a adjudicação de diversas obras. Estamos, inclusivamente, neste momento, com outro projeto em curso, bastante desafiante”, afirma Bruno Martins, diretor de produção desta obra.

Este é o segundo projeto adjudicado à construtora de Braga, após a construção da Fundação da Nova Prensa PXL para a fábrica da Volkswagen em Palmela, onde já se encontram concluídos os trabalhos de demolição, contenção de solos com execução de colunas de microestacas secantes e escoramento metálico, a atividade de movimento de terras, muros e maciços de betão armado.

Ainda segundo a construtora, um dos grandes desafios desta obra foi a betonagem superior a 1000 metros cúbicos, em contínuo, da laje de fundo, estando nesta fase a serem executadas a laje superior e a estrutura metálica.

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CMVM recebeu 352 reclamações de investidores em 2023

O número de reclamações de investidores junto do regulador do mercado de capitais baixou 22% face aos números de 2022. É o valor mais baixo desde 2021.

Os investidores apresentaram 352 reclamações junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no ano passado, segundo um relatório publicado esta quarta-feira pelo regulador.

Trata-se de uma redução de 22% face às 451 reclamações apresentadas em 2022 e no valor mais baixo desde 2021. O regulador refere que esta queda foi transversal às principais classes de ativos e que “praticamente a totalidade das reclamações foi apresentada por pessoas singulares (apenas três reclamações foram apresentadas por entidades coletivas).”

Reclamações de investidores na CMVM

Segundo o relatório da CMVM, a maioria das reclamações foi feita por homens (70%) e por investidores maioritariamente residentes em Lisboa (32,4%) ou no Porto (18,5%); e que “as reclamações recebidas incidiram, sobretudo, sobre atividades e serviços de intermediação financeira, tendo na sua maioria por objeto a atuação de intermediários financeiros regista dos na CMVM (89%).”

Entre os principais temas sujeitos a reclamação por parte dos investidores esteve a qualidade da informação pré-contratual prestada aos investidores (30%) e a execução de ordens (30%), para a qual contribuiu um “grande número de reclamações relacionadas com a execução de ordens de resgate dos planos poupança-reforma (PPR), planos poupança-educação (PPE) e dos planos poupança-reforma/educação (PPR/E) para pagamento de reembolsos ou prestações relativas a contratos de crédito à habitação.”

Recorde-se que, durante o ano passado, foi definido um regime excecional de resgate de PPR, PPE e PPR/E para reembolso antecipado e/ou pagamento de prestações relativas a contratos de crédito à habitação — medida essa prolongada para 2024.

A CMVM revela também que concluiu 352 processos de reclamação, mais 5% do que em 2023, e que o tempo mediano de tratamento das reclamações correspondeu a 67 dias corridos, mais quatro dias do que em 2022.

Além disso, nota também que “em 61% dos casos, a CMVM considerou não existirem elementos para fundamentar a posição dos reclamantes”, e que “pelo quinto ano consecutivo, em todos os casos em que a CMVM considerou que assistia razão ao investidor, a entidade reclamada atendeu às razões do mesmo.”

O regulador destaca, por exemplo, o elevado número de reclamações relacionadas com qualidade da informação prestada no âmbito da comercialização de fundos de investimento, “em que na sua grande maioria (93%) não foi possível concluir pela razão do investidor na sua pretensão, tendo a entidade reclamada demonstrado que prestou a informação legalmente exigida ou aferido, quando necessário, que o produto era adequado aos conhecimentos e experiência em matéria de investimento do subscritor.”

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Tonic App capta 10,85 milhões com Reino Unido e Alemanha na mira

A health tech tem 36 colaboradores e pretende "contratar talento sénior para a sua equipa de vendas" e "investir na área das operações".

Daniela Seixas

A health tech portuguesa Tonic App fechou uma ronda de investimento Série A de 10,85 milhões de euros. Consolidar a plataforma — que propõe um assistente virtual para médicos impulsionado pela IA e a agregação de recursos que facilitam o seu dia-a-dia profissional — nos mercados europeus onde já opera e promover a entrada durante os “próximos 24 meses” no Reino Unido e na Alemanha estão entre os objetivos da ronda.

“Conseguir investimento de capital de risco é hoje mais difícil. O montante e o momento desta ronda dão-nos uma vantagem competitiva em relação aos nossos concorrentes, que vamos aproveitar. Em breve estaremos presentes nos cinco maiores mercados de saúde da Europa, com a entrada no Reino Unido planeada para este ano, e a entrada na Alemanha, que começaremos a preparar em 2025. A nossa equipa teve uma ótima performance ao longo de 2023 e está de parabéns!”, diz Daniela Seixas, médica cofundadora e diretora executiva da Tonic App, citada em comunicado.

A terceira ronda de investimento da Tonic App vai permitir reforçar a sua estratégia de inteligência artificial, a entrada da empresa em dois novos mercados, juntando-se a Espanha, Itália e França, onde já operam, posicionando-a como a “plataforma médica líder na Europa”.

A ronda foi coliderada pelas sociedades de capital de risco portuguesas BlueCrow Capital e Iberis Capital, contando ainda com novos investidores Shilling VC e a francesa FSNB Health & Care, que se juntam à luxemburguesa Vesalius Biocapital III, Armilar Venture Partners e Portugal Ventures.

Atualmente, a startup tem 36 colaboradores e pretende “contratar talento sénior para a sua equipa de vendas” e “investir na área das operações”, informa em comunicado. Célia Brás, ex-diretora de operações da Adclick foi recentemente contratada para o cargo de Chief-of-Staff.

“Está ainda a ser feita uma forte aposta em investigação e desenvolvimento (I&D), com especial foco na inteligência artificial generativa”, refere ainda.

Criada em 2016, a startup lançou um “assistente virtual para médicos com base em inteligência artificial generativa (genAI), já utilizado por 25.900 médicos e espera obter a sua certificação como dispositivo médico até setembro”, sendo que, no segundo trimestre deste ano, é esperado o lançamento da Tonic Scribe, ferramenta que vai permitir a transcrição automática de consultas e criação de notas clínicas.

A plataforma é usada por mais de 140 mil médicos em quatro países. Só no ano passado, a Tonic App “adquiriu mais 20.000 médicos e viu a sua receita externa crescer 79%, com particular destaque para o mercado italiano, onde obteve um crescimento da sua receita de três dígitos”, segundo os dados partilhados pela empresa.

Empresas farmacêuticas, de consumer health e de dispositivos médicos, como a Abbvie, MSD, Medtronic, Roche e AstraZeneca, bem como de empresas de recrutamento médico, fazem parte da carteira de clientes.

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Universidade de Coimbra garante verba adicional para concluir projeto UC Biomed de 30 milhões

Primeiro centro de referência no estudo do envelhecimento no Sul da Europa ficará pronto este ano. É um dos espaços do edifício UC Biomed, que está a ser construído pela Universidade de Coimbra.

Vai ficar pronto ainda este ano o edifício UC Biomed, na Universidade de Coimbra, onde ficará instalado o primeiro centro de referência no estudo do envelhecimento no Sul da Europa. Denominado Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento (MIA-Portugal), representa um investimento de 30 milhões de euros, avançou a instituição de Ensino Superior ao ECO/Local Online.

“As diferentes fases da empreitada de construção do edifício UC Biomed, localizado no Pólo III (Ciências da Saúde) da UC, tiveram início em 2021 e ficarão concluídas neste ano civil, envolvendo um investimento total na ordem de cerca de 30 milhões de euros”, adianta a universidade.

A Universidade de Coimbra acompanha, com natural agrado, a evolução deste projeto, que promete dar um impulso significativo à investigação científica na área das Ciências da Saúde.

Universidade de Coimbra

O ECO/Local Online sabe que faltava uma autorização de despesa adicional no valor de sete milhões de euros para a conclusão desta obra. A aprovação foi dada numa das últimas reuniões do Conselho de Ministros, que deu assim “luz verde” à celebração do contrato de empreitada de obras públicas de construção do edifício MIA Portugal pela Universidade de Coimbra.

“A aprovação, pelo Conselho de Ministros, da autorização de realização de despesa referente à empreitada de construção do edifício UC Biomed (onde ficará instalado o Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento MIA-Portugal), vem prolongar a autorização previamente conferida à Universidade de Coimbra para realizar despesa no âmbito deste projeto plurianual“, confirma a instituição.

No edifício UC Biomed, com uma área bruta total de cerca de 12.000 metros quadrados, serão instalados laboratórios e plataformas tecnológicas de apoio à investigação da UC, como é o caso do primeiro centro de referência no estudo do envelhecimento no sul da Europa.

“A Universidade de Coimbra acompanha, com natural agrado, a evolução deste projeto, que promete dar um impulso significativo à investigação científica na área das Ciências da Saúde”, assinala a instituição.

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Escalada das taxas de juro faz disparar 80% lucros dos bancos em Portugal, para 5,6 mil milhões em 2023

À boleia da escalada das taxas de juro, o sistema bancário nacional registou resultados de 5,6 mil milhões de euros no ano passado, mais 80% face a 2022. Cinco maiores bancos tiveram 78% dos lucros.

Os bancos em Portugal lucraram 5,6 mil milhões de euros no ano passado, com o resultado a disparar 80% em comparação com 2022. Tratou-se de um resultado histórico para o setor que foi alcançado à boleia da escalada das taxas de juro.

Só as cinco maiores instituições — Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander, BPI e Novobanco — tiveram 4,4 mil milhões de euros de lucros em 2023, representando 78% do resultado obtido por todo o sistema bancário nacional.

Em face do aumento dos lucros, a rentabilidade do setor quase duplicou de 8,7% em 2022 para 14,8% face aos capitais próprios, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal. Bancos como a Caixa, Santander e Novobanco tiveram ROE que superaram os 20%.

Também a rentabilidade dos ativos (nível de lucros em função dos ativos) duplicou no ano passado: passou de 0,69% para quase 1,3%. O setor explora um ativo de 422,2 mil milhões de euros.

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8,5 mil milhões em malparado

Ao nível da qualidade do balanço, o setor voltou a baixar o rácio de malparado (non performing loans) para mínimos históricos: 2,7% dos empréstimos estão classificados como NPL, valor que compara com os 3% observados em 2022. No pico da crise chegou a atingir os 17%, em meados de 2016, mas os bancos fizeram um esforço dramático para limpar o seu balanço.

Em todo o caso, o setor ainda se depara com 8,5 mil milhões de euros de crédito tóxico. Se contabilizarmos as imparidades, o NPL líquido atinge os 3,8 mil milhões de euros, reduzindo em cerca de 600 milhões em comparação com 2022.

Menos empréstimos e depósitos

Apesar dos lucros históricos, os bancos viram o volume de negócios contrair ligeiramente, perante a queda dos empréstimos e dos depósitos.

No que diz respeito ao crédito concedido, fecharam 2023 com uma carteira de 56,9 mil milhões de euros, menos 300 milhões em relação ao ano anterior. Já os depósitos caíram 200 milhões de euros para 72,9 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 12h21)

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Visa e Mastercard aceitam baixar comissões nos EUA em acordo de 30 mil milhões

Gigantes aceitaram cobrar comissões mais baixas aos comerciantes - e indiretamente suportadas pelos consumidores - por cinco anos, com impacto estimado em quase 30 mil milhões de dólares.

Parte do impacto deve chegar aos consumidores norte-americanos sob a forma de preços mais baixos dos bensClay Banks via Unsplash

A Visa e a Mastercard aceitaram baixar as comissões cobradas nas transações com cartões aos comerciantes dos EUA, bem como um limite temporário à subida das mesmas, num acordo avaliado em quase 30 mil milhões de dólares (27,5 mil milhões de euros), um dos maiores do género na história do país.

Nos EUA, pagar uma compra com cartão de crédito ou débito está sujeito a uma comissão composta por uma parte fixa e uma parte que varia consoante o valor da transação. Esse custo ronda, em média, 1,5% a 3,5% por operação no mercado norte-americano.

Na União Europeia, para comparação, estas comissões estão sujeitas a um limite legal de 0,2% para os cartões de débito e 0,3% para os de crédito, quando detidos por consumidores.

Este custo é muitas vezes passado aos consumidores por via de preços mais elevados dos bens. No mercado norte-americano, o problema é tal que muitos comerciantes, segundo a Reuters, alertam os clientes de que vão pagar mais se passarem o cartão.

Nos termos do acordo anunciado esta quarta-feira, que ainda tem de ser homologado em tribunal, a Visa e a Mastercard reduzem estas comissões nos EUA em pelo menos quatro pontos base durante três anos. Garantem ainda uma taxa média sete pontos base abaixo da média atual por um período de cinco anos.

Segundo a Visa, o acordo põe fim a 20 anos de litigância com os comerciantes, “mais de 90% dos quais são pequenos negócios”. E, segundo documentos judiciais citados pela Reuters, terá um impacto positivo nos comerciantes de 29,79 mil milhões de dólares, ou 27,5 mil milhões de euros.

Mas este acordo não significa, necessariamente, o fim do braço de ferro entre comerciantes e os dois maiores intermediários de pagamentos. De acordo com a agência, há um ano, um tribunal federal em Manhattan confirmou uma ação coletiva de 5,6 mil milhões de dólares contra a Visa e a Mastercard abrangendo 12 milhões de comerciantes.

Só que alguns abdicaram da mesma e avançaram individualmente contra as duas gigantes dos pagamentos. O acordo alcançado esta semana será vinculativo também para estes, pelo que poderá merecer alguma oposição. E as primeiras vozes críticas já se estão a fazer ouvir.

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Portugal é dos países europeus onde custos das empresas com trabalho são mais baixos

Cada hora trabalhada em Portugal custa 17 euros às empresas, entre salários e outros custos. A média comunitária é de 31,8 euros, indicam dados do Eurostat.

As empresas portuguesas gastam, em média, 17 euros por cada hora trabalhada, valor que não só é inferior à média comunitária, como é mesmo dos mais baixos entre os vários países europeus. Em comparação, no Luxemburgo, as empresas despedem quase 54 euros por cada hora trabalhada, o que é explicado pelos altos salários pagos nesse país.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat, a média dos custos do trabalho por hora fixou-se em 31,38 euros na União Europeia e 35,6 euros na Zona Euro, no último ano. Tais valores correspondem a um aumento homólogo, já que no ano anterior a média dos custos do trabalho tinha sido de 30,2 euros e 34,0 euros, respetivamente.

E em Portugal? Por cá, as empresas gastam, em média, 17 euros por cada hora de trabalho, o que inclui custos salariais e outros gastos, como impostos e contribuições sociais.

Quer isto dizer que as empresas portuguesas enfrentam custos do trabalho mais baixos que a média comunitária e da área da moeda única. Aliás, o valor registado por cá é mesmo o 10.º mais baixo entre os vários países europeus, mostram os dados conhecidos esta manhã.

Contudo, estes dados incluem somente as empresas com dez ou mais empregados, sendo que Portugal é caracterizado por empresas muito pequenas, que não atingem essa fasquia.

Portugal está, ainda assim, a alguma distância da base da tabela: na Bulgária, os custos do trabalho por hora estão fixados em 9,3 euros, na Roménia em 11,0 euros e na Hungria em 12,8 euros.

Em contraste, no Luxemburgo, os patrões gastam 53,9 euros por cada hora de trabalho. Este país é, tradicionalmente, o campeão europeu dos salários, pelo que não espanta que esteja no topo da tabela dos custos de trabalho.

A completar o pódio aparecem a Dinamarca, onde cada hora de trabalho custa 48,1 euros, e a Bélgica, onde cada hora de trabalho custa 47,1 euros.

Os dados do Eurostat permitem perceber, por outro lado, que enquanto na indústria os custos do trabalho médios foram de 32,2 euros na União Europeia e de 38,0 euros na Zona Euro, na construção foram de 28,5 euros e 31,9 euros, respetivamente. Já nos serviços foram de 31,8 euros e 34,8 euros, respetivamente. Ou seja, é na indústria que os patrões europeus gastam mais por cada hora trabalhada.

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