Galp desce preço da luz em média 28% e do gás natural em 19% em abril. EDP não mexe

Já a fatura média do gás natural deve baixar, em média, 19% a partir do próximo mês.

A Galp vai descer os preços de eletricidade e de gás natural, em média, em 28% e 19%, respetivamente, informa a empresa em comunicado. Já a EDP não vai rever os seus preços no próximo mês, indica a empresa ao ECO/Capital Verde.

As descidas do lado da Galp “refletem a descida dos preços da energia nos mercados internacionais durante o primeiro trimestre”, indica a petrolífera, e terão efeito a partir do início de abril.

No que diz respeito à eletricidade, para um casal sem filhos com uma potência contratada de 3,45 kVA, esta descida poderá representar uma redução média de 9 euros na fatura mensal, de 32,9 euros para 23,6 euros. Já a fatura média mensal de um casal com dois filhos e uma potência contratada de 6,9 kVA poderá passar de 56 para 40,7 euros, ou seja, uma redução média de 15 euros.

Para um casal sem filhos no primeiro escalão de consumo de gás natural, esta descida poderá representar uma redução média de 3 euros na fatura mensal, de 17 para 14 euros.

Estes novos preços já incluem o valor das tarifas de acesso à rede (TAR), que se mantêm inalteradas, acrescenta a empresa. Espera-se que, até ao final deste mês, o regulador da energia avance a proposta de preços do gás que deverá ser alvo de parecer até junho e entrar em vigor em outubro.

A Galp é o segundo maior comercializador de gás no país, em termos de quota de mercado para consumidores domésticos, logo a seguir à EDP. Já no que toca a eletricidade, é detentor da quinta maior fatia de clientes.

Notícia atualizada

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Despesa com tarefeiros aumenta 19% em ano de escusas de médicos

Em 2023, SNS contratou cerca de 6 milhões de horas a tarefeiros, por cerca de 203 milhões de euros. A este valor somam-se as quase 17 milhões de horas extra dos profissionais de saúde por 463 milhões.

Em 2023, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagou cerca de 203 milhões de euros em prestações de serviço (contratações de tarefeiros), o que representa um aumento de 19,4% face aos cerca de 170 milhões de euros gastos em 2022, de acordo com os dados provisórios enviados ao ECO pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). O montante está a subir consecutivamente, pelo menos, desde 2018 e o valor recorde alcançado em 2023 coincide com o ano em que milhares de médicos entregaram escusas às horas extraordinárias, além das 150 horas extra anuais obrigatórias, o que causou constrangimentos nos serviços de urgências de todo o país.

No ano passado, o valor pago aos profissionais de saúde do SNS em horas extra pelo trabalho suplementar realizado nos serviços de urgência foi de cerca de 463,6 milhões de euros, o que representa uma subida de cerca de 15,3% face aos 402,1 milhões gastos em 2022. É um valor recorde. Tal como acontece nos custos com tarefeiros, que subiram quase 20% em 2023 para cerca de 170 milhões de euros.

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Contas feitas, em 2023, o SNS pagou cerca de 666,6 milhões de euros em horas extras e tarefeiros, mais 16,5% face a 2022, segundo os cálculos do ECO feitos com base dos dados provisórios da ACSS. “O recurso a trabalho extraordinário e prestações de serviço no Serviço Nacional de Saúde tem acompanhado o aumento de atividade e resposta às necessidades em saúde da população, pretendendo-se um maior equilíbrio na alocação do tempo de trabalho dos profissionais”, justifica o organismo.

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O ano passado foi marcado pela entrega de escusas dos médicos do SNS em realizar mais horas extra, além do limite das 150 horas anuais imposto por lei, o que terá tido como consequência também um aumento do número de horas realizadas pelos tarefeiros: em 2023 estes tarefeiros realizaram cerca de seis milhões de horas para o sistema de saúde público, mais 6,7% face ao período homólogo (foram feitas mais cerca de 385 mil horas). De notar, que o número de horas realizadas por tarefeiros cresceu, pelo segundo ano consecutivo.

Por categoria profissional, os médicos tarefeiros são responsáveis pela maior fatia, quer em termos de despesa, quer de horas realizadas: estes médicos, pagos à hora, realizaram quase cinco milhões de horas em 2023, com um custo associado de 189,1 milhões de euros. Já no que diz respeito aos primeiros dois meses deste ano, os médicos tarefeiros realizaram mais de 757 mil horas.

Dois terços do valor gasto com horas extra são com médicos

Do total dos cerca de 463,6 milhões de euros com horas extra pagas aos profissionais de saúde do SNS, dois terços deste montante foram pagos a médicos, o equivalente a 310,8 milhões de euros. Contas feitas, o valor pago aos médicos do SNS em horas extra pelo trabalho suplementar aumentou quase 30% em 2023, face ao período homólogo.

Ainda numa análise por categoria profissional é possível constatar que a despesa com horas extra de enfermeiros foi de 89,7 milhões de euros em 2023, sendo os restantes cerca de 63 milhões distribuídos por restantes grupos profissionais, de acordo com os dados provisórios da ACSS.

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Numa altura em que o SNS tem estado sobre pressão, a despesa com horas extraordinárias pagas aos profissionais de saúde tem batido sucessivos recordes. Em resposta ao ECO, a ACSS justifica o aumento de despesa com decreto-lei n.º 50-A/2022, de 25 de julho, “que procedeu à majoração da remuneração do trabalho suplementar. Neste regime, a majoração ocorria a partir da 51.ª hora e o pagamento efetuado em valores fixos de 50€, 60€ e 70€, consoante as horas acumuladas”.

No entanto, a entidade ressalva que no ano passado, este diploma sofreu alguns ajustesque implicaram a redução de regimes aplicáveis ao trabalho suplementar prestado pelos médicos, a redução do volume de horas a partir do qual o trabalho suplementar é majorado, a redução de períodos e serviços em que o regime é aplicado, implicando o aumento de despesas com o trabalho suplementar”.

Foram feitas menos 1,5 milhões de horas extra em 2023

Contudo, apesar de a despesa continuar a bater recordes, verifica-se uma redução do número de horas extra feitas pelo segundo ano consecutivo. Em 2023, o número de horas extra realizadas pelos profissionais de saúde do SNS encolheu 8,4% para quase 17 milhões de horas. Contas feitas, fora menos “ 1,5 milhões de horas extra do que no ano anterior“, nota a ACSS. Deste total, 6.558.477 horas foram realizadas por enfermeiros, 4.922.258 por enfermeiros e as restantes 5.428.161 por outras categorias profissionais.

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E a tendência de queda mantém-se em 2024, ano em que entrou em vigor o regime de dedicação plena e que (entre outras situações) eleva o aumento do teto máximo de horas extra para 250 horas. Em janeiro, os profissionais os médicos do SNS fizeram 503.615 horas extra, o que representa um recuo de 11% face ao janeiro de 2022. Já no mês passado, os médicos do SNS fizeram 529.477 horas extra, menos 6% face ao período homólogo. Esta redução “é um dos efeitos pretendidos com o novo regime de trabalho que valorizou a remuneração dos trabalhadores médicos e permitirá, nos próximos meses, promover uma organização interna das equipas mais eficiente”, nota ainda a ACSS.

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Sindicato denuncia despedimento de 115 trabalhadores em fábricas da Coindu

  • Lusa
  • 26 Março 2024

Este é o "segundo despedimento coletivo após o de final de 2023", indica o sindicato. A decisão afeta as fábricas em Arcos de Valdevez, Alto Minho e Vila Nova de Famalicão da empresa Coindu.

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) revelou esta terça-feira que a empresa Coindu vai despedir esta semana 115 trabalhadores das fábricas em Arcos de Valdevez, Alto Minho, e Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.

“A empresa Coindu irá levar a cabo um despedimento coletivo e já tem data para se iniciar. O despedimento coletivo iniciar-se-á ainda no decorrer desta semana e irá abranger trabalhadores de ambas as unidades produtivas, em Arcos de Valdevez e de Joane [Vila Nova de Famalicão], num total de 115 pessoas”, refere o SIMA em comunicado enviado às redações.

A agência Lusa contactou a administração da Coindu, fabricante de componentes para o setor automóvel, mas não obteve resposta. O sindicato adianta estar preocupado com “o facto de este ser um segundo despedimento coletivo após o de final de 2023 e também pelo impacto que terá não só junto dos trabalhadores abrangidos como o dos que não sendo abrangidos vivem em clima de incerteza”.

Para o SIMA, este despedimento coletivo “tem ainda impacto junto das comunidades onde as unidades produtivas se inserem”. “O SIMA já alertou para a importância de envolver as entidades oficiais, nomeadamente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), para assegurar o acompanhamento e o encaminhamento dos trabalhadores abrangidos”, adianta a nota.

Em novembro último, em resposta por escrito a um pedido de esclarecimento da agência Lusa, a Coindu anunciou “a intenção de proceder a um despedimento coletivo de 103 dos 2.300 trabalhadores” e garantiu “não haver lugar ao encerramento de qualquer das suas unidades de produção”.

“Trata-se de um procedimento transparente e fundamentado que vem decorrendo com a maior serenidade e com a compreensão por parte dos trabalhadores da Coindu”, sustentava a empresa. Na resposta então enviada à Lusa, a Coindu adiantava que iria “continuar a mover esforços no sentido de conseguir novas nomeações de projetos e manter em pleno funcionamento todas as unidades de Portugal, conforme tem vindo a ser praticado nos últimos 35 anos”.

“Neste sentido, a Coindu tem vindo a fazer um grande investimento nas áreas tecnológicas com vista a um posicionamento competitivo face aos mercados concorrentes de baixo custo”, acrescentou. Em Portugal, a Coindu, fundada em 1988, tem unidades fabris em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, e em Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga.

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MDS comprou corretora de seguros IMC

  • ECO Seguros
  • 26 Março 2024

O maior grupo de corretagem de seguros em Portugal voltou às aquisições com a compra da totalidade do capital da corretora IMC e junta novos segmentos à sua carteira empresarial.

O Grupo MDS adquiriu a totalidade do capital da corretora de seguros IMC – Ilídio Maia Casais – Corretores de Seguros retomando a onda de aquisições que em 2023 foi marcada por compras em Portugal, Chipre e Chile.

Colegas agora: Mário Vinhas, COO da MDS Portugal, entre Ilídio Maia Casais e Carlos Jerónimo, da IMC.

A IMC vai manter a sua equipa de gestão, nomeadamente Ilídio Maia Casais e Carlos Jerónimo, mas agora faz parte do grupo de empresas que integram a MDS em Portugal. “Os clientes passam a beneficiar de todas as sinergias e competências do Grupo MDS” conclui Mário Vinhas, COO da MDS Portugal e que – com Ricardo Pinto dos Santos, CEO da MDS Portugal, – já fazem parte da nova gerência da IMC.

Fundada em 1982 na Parede, Cascais, a corretora adquirida tem um volume anual de negócios superior a 500 mil euros e uma carteira de seguros da ordem dos 3,7 milhões de euros. A IMC conta com cerca de 5.500 Clientes, maioritariamente empresariais, que “vão agora beneficiar da mais-valia proporcionada pela integração” na MDS corretora pertencente ao grupo britânico Ardonagh.

“Esta nova aquisição alarga e reforça o portefólio de clientes do Grupo MDS em setores relevantes como o aluguer de máquinas e equipamentos para a construção civil e afins, transitários e produção de conteúdos para televisão, revelando igualmente a nossa capacidade de atrair parceiros sólidos, prestigiados e fortemente implementados no mercado”, defende Mário Vinhas.

Por seu lado, Ilídio Maia Casais e Carlos Jerónimo, da IMC, acrescentam: “Numa fase acelerada de consolidação do mercado da distribuição de seguros em Portugal, a proposta de valor da MDS representou para a IMC uma oportunidade de oferecer aos nossos clientes um incremento no nível de serviço e no acesso a soluções muito exclusivas e inovadoras do mercado segurador, nacional e internacional, altamente relevantes para a nossa carteira de clientes”.

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Navio que fez cair ponte em Baltimore avisou que estava com problema elétrico

  • Lusa
  • 26 Março 2024

"A tripulação informou as autoridades sobre um problema no fornecimento de energia" e os operadores do navio emitiram um pedido de socorro antes do embate com a ponte em Baltimore.

O navio cargueiro que colidiu esta terça-feira e fez cair uma ponte em Baltimore, Estados Unidos, teve um “problema elétrico” e emitiu um pedido de socorro, anunciou o governador do estado norte-americano de Maryland, Wes Moore. “A tripulação informou as autoridades sobre um problema no fornecimento de energia” e os operadores do navio emitiram um pedido de socorro momentos antes de colidir com a ponte, permitindo a limitação do tráfego na área, explicou o governador que, entretanto, declarou estado de emergência.

O navio cargueiro “Dali”, propriedade da empresa Synergy Marine Group, embateu num pilar da ponte Francis Scott Key, fazendo-a desmoronar e submergir no rio, juntamente com vários veículos que estavam a atravessar a estrutura no momento. O acidente, que aconteceu cerca da 01:30 locais (05:30 em Lisboa) deixou pelo menos 20 pessoas desaparecidas, sendo que, até ao momento, apenas duas foram resgatadas com vida, de acordo com um porta-voz do corpo de bombeiros locais.

Segundo imagens divulgadas nas redes sociais, assim que o navio embateu num pilar, a estrutura partiu-se e, em apenas alguns segundos, caiu na água, enquanto a embarcação se incendiava. De acordo com o secretário de Transportes de Maryland, Paul Wiedefeld, o “Dali” estava a ser pilotado por um especialista conhecedor das especificidades da zona portuária de Baltimore, prática comum para facilitar o trânsito e evitar acidentes à entrada e saída dos portos.

O mesmo responsável adiantou que o porto de Baltimore utiliza especialistas próprios para movimentar navios como o “Dali”, que acabava de abandonar a infraestrutura portuária para retomar a rota para Colombo, no Sri Lanka. No caso dos navios que saem do porto, os especialistas assumem o comando até o barco chegar a mar aberto, técnica que é aplicada em outras áreas e que, segundo Wiedefeld, visa garantir que pessoas conhecedoras das particularidades do porto sejam as principais responsáveis pela segurança.

As autoridades locais tentam agora determinar o que levou o “Dali” a desviar-se do seu percurso inicial, já que o navio começou a virar dois minutos antes do impacto que acabaria por derrubar a ponte. Tanto a polícia local como o secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, afirmaram não haver indícios de que se tenha tratado de um ato terrorista ou sequer propositado, mas o FBI (polícia federal norte-americana) já se juntou às investigações.

A Synergy Group acrescentou que a própria tripulação do “Dali” começou a investigar o que poderá ter acontecido, adiantando que “a guarda costeira e as autoridades locais foram notificadas e os proprietários e gestores estão a cooperar com as agências federais e estaduais”.

A ponte Francis Scott Key (batizada em homenagem ao autor da letra do hino dos Estados Unidos) era a maior desta cidade do estado de Maryland, com 2.632 metros de comprimento, e suportava a passagem de mais de 11 milhões de veículos por ano. Imortalizada na série norte-americana “The Wire”, começou a ser construída sobre o rio Patapsco em 1972 e foi inaugurada em 23 de março de 1977.

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Dona do Pingo Doce dá prémio de 850 euros a trabalhadores em Portugal

Um total de 21 mil trabalhadores em Portugal são abrangidos por este prémio extraordinário, do total de 35 mil que o grupo Jerónimo Martins emprega no país. Mais 100 euros que no ano anterior.

Mais de 21 mil trabalhadores do grupo Jerónimo Martins em Portugal vão receber em abril 850 euros de prémio extraordinário, mais 100 euros do que no ano passado, perfazendo um total de 19 milhões de euros. Globalmente, nos três mercados onde tem operação, o retalhista dono do Pingo Doce, da Biedronka (Polónia) ou da Ara (Colômbia) vai atribuir um total de 93 milhões de euros a cerca de 90 mil trabalhadores.

“Este prémio é uma forma de reconhecer e agradecer o grande sentido de compromisso, a combatividade e a entrega dos nossos colegas das operações, que deram um contributo decisivo para o excelente desempenho das nossas companhias num ano exigente e que foi vivido num contexto mundial muito complexo”, diz Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador-delegado de Jerónimo Martins, citado em comunicado.

O prémio será “pago em abril, como reconhecimento do trabalho e do contributo destes colaboradores para os sólidos resultados obtidos em 2023″, justifica o grupo em comunicado. O grupo fechou o ano passado com lucros de 756 milhões (+28,2%).

Um total de 19 milhões de euros será distribuído a mais de 21 mil trabalhadores nas diversas unidades do grupo, abrangendo pessoal não gestor em lojas, centros logísticas, estruturas de apoios ou no negócio do agroalimentar, com base em critérios de elegibilidade como tempo de casa ou assiduidade, explica fonte oficial ao ECO. Cada irá receber 850 euros, mais 13% do ano anterior.

Um total de 90 mil pessoas – do total de 134 mil colaboradores (mais de 35 mil só em Portugal) – são abrangidos por este benefício que “acumula com a remuneração variável mensal em vigor e com os vários programas e ações de apoio aos colaboradores nas dimensões da saúde, da educação e do bem-estar familiar.”

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Ano de 2023 foi o segundo mais quente de sempre em Portugal

  • Lusa
  • 26 Março 2024

No ano passado houve sete ondas de calor em Portugal: aconteceram na primavera (três), no verão (também três) e no outono (uma).

O ano de 2023 foi o segundo mais quente de que há registo em Portugal, tendo ocorrido sete ondas de calor, indica o boletim anual sobre o clima do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Segundo o documento divulgado esta terça-feira, só o ano de 2022 foi mais quente do que 2023, tendo no ano passado o valor médio anual da temperatura média do ar chegado aos 16,59°C (graus celsius), superior em 1,04°C ao valor normal 1981-2010.

O valor médio da temperatura máxima do ar foi o segundo mais alto desde 1931 e da temperatura mínima o nono mais alto. As ondas de calor aconteceram na primavera (três), no verão (também três) e no outono (uma). Quanto à precipitação o ano de 2023 teve o nono valor mais baixo desde 2000. O total de precipitação anual, 735.8 milímetros, foi inferior ao valor normal (1981-2010) com uma anomalia de menos 105,7 milímetros.

Em 2023 registaram-se 30 novos extremos de precipitação, 13 extremos mensais em outubro e 17 extremos diários (janeiro e outubro). O ano foi também de extremos quanto às temperaturas elevadas, destacando-se nove extremos diários absolutos em agosto de temperatura máxima, mas também no mesmo mês de agosto um extremo absoluto de temperatura mínima.

O ano de 2023 em Portugal continental classificou-se, segundo o documento do IPMA, como extremamente quente em relação à temperatura do ar e seco em relação à precipitação. O inverno no continente foi muito quente em relação à temperatura do ar e chuvoso em relação à precipitação. A primavera foi extremamente quente e seca, sendo a segunda primavera mais quente desde 1931 (só 1997 foi mais quente).

O verão foi muito quente em relação à temperatura do ar e normal quanto à precipitação. Foi o sexto verão mais quente dos últimos 93 anos. E o outono foi muito quente e chuvoso, sendo o quarto mais quente dos últimos 93 anos e o novo mais chuvoso. Em relação à seca, 30 a 40 % do território esteve em seca severa e extrema entre os meses de abril e agosto, abrangendo a região sul.

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PART reforçado em 29,3 milhões de euros em 15 autoridades de transporte

  • Lusa
  • 26 Março 2024

As verbas serão transferidas para as Áreas Metropolitanas (AM) de Lisboa e do Porto e para 13 das 21 Comunidades Intermunicipais (CIM), sendo a AM de Lisboa a que mais recebe.

Quinze autoridades de transporte vão receber 29,3 milhões de euros como reforço extraordinário para o financiamento de operadores de transporte público de passageiros, que em 2023 ainda foram afetados pela perda de procura na sequência da pandemia.

Num diploma publicado na segunda-feira é determinado a transferência para o Fundo Ambiental de 29.322.609 euros para reforço extraordinário do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), que serão distribuídos por 15 autoridades de transporte (duas áreas metropolitanas e 13 Comunidades Intermunicipais), para que estas assegurem o financiamento dos transportes públicos que ainda foram afetados pela perda de procura devido à pandemia.

Segundo o diploma, a distribuição da verba tem por base o apuramento das necessidades de financiamento, realizado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que constatou “que os efeitos e severidade da crise pandémica no sistema de mobilidade persistiram durante o segundo semestre de 2023, justificando-se a atribuição de um financiamento adicional que permita às autoridades de transporte assegurar o financiamento e funcionamento dos serviços públicos de transportes de passageiros”.

As verbas serão transferidas para as Áreas Metropolitanas (AM) de Lisboa e do Porto e para 13 das 21 Comunidades Intermunicipais (CIM), sendo a AM de Lisboa a que mais recebe: 14,8 milhões de euros. O diploma destina à Comunidade Intermunicipal do Cávado 6,9 milhões, à AM do Porto 2,7 milhões e à CIM Viseu Dão Lafões 1,6 milhões.

A Comunidade Intermunicipal do Douro será compensada com 12,2 mil euros, a do Ave 283,8 mil euros, a do Oeste 523,2 mil euros, a CIM da região de Leiria 343,1 mil euros, a da Beira Baixa 382,2 mil euros e a CIM das Beiras e Serra da Estrela 112,5. A Sul, a CIM do Alentejo Litoral terá mais 69,4 mil euros disponíveis, a do Baixo Alentejo mais 214,6 mil euros, o Alto Alentejo 108,5 mil euros, o Alentejo Central 283,4 mil euros e o Algarve 761 mil euros.

Este financiamento suplementar será supervisionado e fiscalizado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), para que seja assegurado “que não haverá sobrecompensações” e para que possa existir a “devolução das verbas por parte dos operadores, caso tal tenha ocorrido”, é salientado no diploma.

Para receberem as verbas, as autoridades de transporte terão de apresentar “uma declaração atestando que os operadores que têm verbas a auferir cumpriram os deveres de informação junto da AMT e referindo os montantes já pagos e devidos a cada um dos operadores da sua área de intervenção”. As verbas serão transferidas para os operadores “proporcionalmente ao valor da dívida e ao cumprimento dos deveres de informação”.

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Rita Bastos é a nova diretora geral da Glassdrive em Portugal

  • ECO Seguros
  • 26 Março 2024

A gestora vai comandar no país as filiais da gigante francesa Saint Gobain Sekurit Service, Glassdrive e C.A.S.A. responsáveis por fabrico e reparação de vidro para automóveis e habitações.

A Saint-Gobain Sekurit Service e a Glassdrive nomeou Rita Bastos para diretora geral das empresas em Portugal. A gestora foi anteriormente diretora da Saint-Gobain Solutions, cuja atividade se foca no setor da construção e em mercados industriais, e assume agora funções na Sekurit Service, empresa especializada na produção e distribuição de vidro automóvel, e na Glassdrive, empresa focada na substituição e reparação de vidro automóvel.

Rita Bastos vai comandar empresas da Saint-Gobain como a Glassdrive e os seus 130 centros de reparação de vidro automóvel.

Rita Bastos está há quatro anos na Saint-Gobain Portugal, tendo antes trabalhado em indústrias cerâmica, relojoaria, joalharia e cortiça. Neste último, tinha o cargo de Global Marketing Manager na Amorim Cork Composites. É licenciada em Design de Comunicação pela Universidade do Porto, mestre em Marketing e Publicidade pela Universidade de Barcelona, pós-graduada em Gestão de Marketing pela Porto Business School e em Finanças pela Nova SBE.

“Sinto-me muito grata e feliz pela oportunidade de assumir novas funções no Grupo Saint-Gobain que tem sido a minha casa nos últimos anos. Espero que a minha integração, juntamente com a colaboração de uma equipa multidisciplinar de excelência, contribua para os resultados ambiciosos que temos planeados para Portugal nos próximos anos.”, afirmou Rita Bastos, em comunicado da empresa.

A Saint Gobain Sekurit em Portugal faturou cerca de 40 milhões de euros em 2022 e o grupo conta em Portugal com mais de 600 colaboradores, 11 empresas, 8 fábricas e ainda 1 centro de Investigação em Aveiro.

Em Portugal têm mais notoriedade a Saint-Gobain Sekurit Service, que atua na produção e distribuição de vidro automóvel, a Glassdrive que presta serviço de reparação e substituição de vidro automóvel, e a Saint-Gobain C.A.S.A. (Claim Accident Service Assistance) que representa uma rede nacional de prestadores de serviços de reparação de danos na habitação, com cobertura nacional, sustentada pela Saint‐Gobain. Nesta empresa a Saint Gobain conta com cerca 150 colaboradores e mais de 130 centros Glassdrive no continente e nas Ilhas.

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Governo propõe vistos gold para aquisição de obras de arte

  • Lusa
  • 26 Março 2024

O diploma visa promover a partilha de responsabilidades entre Estado, sociedade civil e setor privado no desenvolvimento das políticas culturais e promoção da criação artística.

A criação de um Fundo para a Aquisição de Obras de Arte para os Museus e Palácios Nacionais e o alargamento das condições de autorização de residência inserem-se no diploma aprovado na segunda-feira em Conselho de Ministros para incentivar o investimento de privados na cultura.

A conclusão da proposta de lei e o seu envio para a nova formação parlamentar tinha sido anunciada na semana passada pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, no Palácio da Ajuda, durante a sessão de assinatura de um memorando entre o Estado português e a Fundação Livraria Lello, que adquiriu o quadro “Descida da Cruz” de Domingos Sequeira (1768-1837).

De acordo com a apresentação da proposta de lei, esta foi elaborada com o objetivo de criar “um ambiente mais favorável à participação financeira dos privados na cultura”. Na semana passada, Pedro Adão e Silva considerara haver um “atraso muito significativo” do país na área do mecenato cultural, apelando aos privados para que participassem na cultura, juntando-se ao “esforço e responsabilidade do Estado”.

No diploma, também anteriormente anunciado por Pedro Adão e Silva, surge a proposta de criação de um Fundo para a Aquisição de Obras de Arte para os Museus e Palácios Nacionais com o objetivo de financiar a aquisição de obras de arte pelo Estado para “reforçar e valorizar” estas coleções.

Este Fundo seria “financiado pelas receitas provenientes de dotações que lhe sejam atribuídas pelo Orçamento do Estado e pelo produto das taxas, contribuições ou impostos que lhe sejam afetos“, mas também ficou prevista a possibilidade de receber o produto de heranças, legados, doações e donativos.

Na linha ligada ao reforço deste fundo está a proposta de criação de uma nova autorização de residência para investimento cultural – os chamados vistos gold – pelo “donativo, em dinheiro, no montante igual ou superior a 500 mil euros”.

Outra forma de obter esta autorização de residência, segundo a proposta de lei, é a “transferência de capitais no valor igual ou superior a 250 mil euros que seja aplicado em investimento ou apoio à produção ou exibição artística, recuperação ou manutenção de património cultural nacional“.

Outro mecanismo que o diploma prevê, é o do “financiamento por equivalência (Match Funding)”, um conceito “que consiste numa forma automatizada e complementar de financiamento público ou privado, através do qual uma entidade pública ou uma Fundação se comprometem a financiar, via subsídio a fundo perdido ou donativo, uma atividade ou projeto inscrito numa plataforma de financiamento colaborativo, em montante equivalente a uma percentagem do financiamento que vier a ser angariado através da plataforma”.

O objetivo é criar condições e oportunidades como a da campanha de angariação pública organizada pelo Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, em 2015-2016, que recebeu fundos para aquisição da tela “Adoração dos Magos”, de Domingos Sequeira, quando atingiu um total de 745.623,40 euros da sociedade civil, ultrapassando largamente os 600 mil euros necessários para a aquisição, anunciados na altura.

Esta foi a primeira campanha em Portugal de angariação de fundos para aquisição de uma obra de arte para um museu público, e contou com a contribuição de milhares de cidadãos a título individual, instituições, empresas, fundações, escolas, juntas de freguesia e câmaras municipais, cujos nomes se encontram impressos em tela, à altura da escadaria de acesso ao piso que acolhe o quadro, no Museu Nacional de Arte Antiga.

Quanto às entidades beneficiárias no novo diploma do mecenato cultural, além das atualmente previstas na lei, propõe-se que passem a ser abrangidas pessoas singulares (artistas, autores e músicos) com atividade profissional ou empresarial aberta junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, em função do respetivo Código de Atividade Económica (CAE).

Também prevê o alargamento das entidades que prossigam fins lucrativos, que desenvolvam atividades predominantemente de caráter cultural, e sejam incluídas aquelas que, com ou sem fins lucrativos, desenvolvam atividades de exibição cinematográfica.

Nesta linha, a proposta de lei visa ainda a clarificação do apoio mecenático elegível, “de forma a distinguir o apoio mecenático do patrocínio comercial”, sendo considerados donativos mecenáticos os dirigidos a “entidades beneficiárias elegíveis, em dinheiro ou em espécie, e sem contrapartidas de caráter pecuniário ou comercial”.

São considerados donativos mecenáticos, nomeadamente, a assunção de dívidas liberatórias de entidade beneficiária elegível, e bens móveis ou imóveis culturais, classificados ou não como de interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal, que estejam de acordo com as categorias definidas na Lei de Bases do Património Cultural (Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, artigo 15.º).

Outros donativos previstos são a “transmissão do direito de uso de um bem móvel ou imóvel, sem a transmissão do respetivo direito de propriedade, para a realização, por entidade beneficiária elegível, de atividade cultural, os donativos de serviços prestados pelo mecenas no decurso normal da sua atividade empresarial ou profissional, e a disponibilização temporária de recursos humanos, a título gratuito”.

Num texto de apresentação destas propostas a tutela sublinha que o diploma “visa promover a partilha de responsabilidades entre Estado, sociedade civil e setor privado no desenvolvimento das políticas culturais e na promoção da criação artística“.

Esta corresponsabilização é fundamental para corrigir uma assimetria profunda entre o investimento público e o investimento privado no setor da cultura, aproximando o envolvimento dos privados portugueses daquilo que é o padrão europeu“, lê-se no documento.

Finalmente, o que se pretende, “é operar uma revisão profunda do mecenato cultural de forma a torná-lo mais atrativo para as empresas, mais aberto a diferentes modalidades de mecenato e menos burocrático na sua aplicação”, defende.

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Vodafone ainda pode recorrer ao Governo para tentar forçar compra da Nowo

Mecanismo que só foi usado uma vez – e com sucesso – permite à Vodafone recorrer do chumbo do regulador a quem vier a desempenhar o cargo de ministro da Economia no Governo de Luís Montenegro.

O provável chumbo da compra da Nowo pela Vodafone, a confirmar-se, é vinculativo e “inviabiliza a operação”, como confirmou a operadora liderada por Luís Lopes na segunda-feira. Mas o processo não tem de ficar necessariamente por aqui. Os estatutos da Autoridade da Concorrência (AdC) permitem um “recurso extraordinário”, embora não seja imediatamente claro se a Vodafone pretende ou não recorrer a ele.

Nos termos da lei, quando a AdC se opõe a uma operação de concentração, ela é travada e não se pode concretizar. Mas o artigo n.º 41 dos estatutos do regulador abre uma exceção, que exigiria a intervenção do Conselho de Ministros. Para tal, a Vodafone teria, no prazo de 30 dias após a notificação da decisão da AdC, de dirigir um apelo ao ministro da Economia.

Os estatutos da AdC são claros a dizer que uma concentração “proibida por decisão da AdC” pode “excecionalmente ser autorizada, mediante decisão fundamentada”, quando “os benefícios resultantes da mesma para a prossecução de interesses estratégicos fundamentais da economia nacional superem, em concreto, as desvantagens para a concorrência inerentes à sua realização”.

Essa decisão, que teria de ser aprovada em Conselho de Ministros, já recairia sobre o futuro Governo de Luís Montenegro, pois a AdC ainda só aprovou um projeto de decisão, e ainda vai decorrer um período para audiência prévia de todos os interessados.

Se a Vodafone o fizesse, seria quase inédito. Fonte conhecedora da regulação da concorrência em Portugal, que se referiu a este recurso como a “bomba atómica”, explicou que o mecanismo só foi invocado uma vez, em 2006 — e com sucesso para a parte compradora.

Nesse ano, a AdC, então presidida por Abel Mateus, decidiu proibir a aquisição de 50% das Auto-Estradas do Atlântico pela Brisa. Mas a empresa anunciou pouco depois que iria recorrer ao ministro da Economia, cargo então desempenhado por Manuel Pinho. O mecanismo “nunca foi utilizado”, escrevia o Diário de Notícias na altura.

A decisão da Brisa valeu a pena: o então governante contrariou a AdC e aprovou a operação, com condições. Em junho desse ano, Abel Mateus veio considerar que a decisão inédita do Governo de José Sócrates “em nada” diminuía “a vontade e o afinco dos colaboradores” da AdC, segundo uma notícia do Público.

Além da “bomba atómica”, a Vodafone pode sempre impugnar judicialmente a decisão. Aliás, a lei prevê que, se interpor o recurso extraordinário previsto nos estatutos do regulador, suspende-se “o prazo de impugnação judicial”, o que significa que essa segunda via continua a estar à disposição da operadora.

O ECO perguntou à Vodafone se pretende acionar o recurso extraordinário previsto na lei e/ou impugnar judicialmente aquela que vier a ser a decisão final da AdC. Fonte oficial respondeu: “A Vodafone nada tem a acrescentar à posição divulgada, esta segunda-feira, sobre o referido tema.” Nessa ocasião, a empresa assumiu que, a confirmar-se a inclinação do regulador, tal “inviabiliza a operação de aquisição da Nowo”.

(Notícia atualizada às 16h45 com mais informação)

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Açores foram a única região do país sem excedente orçamental em 2023

  • Lusa
  • 26 Março 2024

"Optamos por uma governação de transparência quanto às contas resultantes do setor público empresarial regional", diz Bolieiro.

O presidente do Governo Regional revelou, esta terça-feira, que os Açores foram a única região do país sem excedente orçamental em 2023, porque foi integrada a dívida do setor público empresarial do arquipélago para “salvar as empresas”. “Optamos por uma governação de transparência quanto às contas resultantes do setor público empresarial regional, que tinha dívidas que foram integradas para salvarmos as empresas de forma significativa”, afirmou o social-democrata José Manuel Bolieiro.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 a dívida dos Açores cresceu 139 milhões de euros, ficando em 3,2 mil milhões de euros.

O presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) recebeu esta terça-feira, em Ponta Delgada, no Palácio da Conceição, o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, para a apresentação dos dados referentes ao défice orçamental e à dívida pública dos Açores em 2023, com análise técnica/comentário da docente universitária Teresa Tiago.

Optamos por uma governação de transparência quanto às contas resultantes do setor público empresarial regional, que tinha dívidas que foram integradas para salvarmos as empresas de forma significativa.

José Manuel Bolieiro

Presidente do Governo Regional dos Açores

Dados divulgados na segunda-feira pelo INE revelaram que o Estado alcançou um excedente histórico de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, superando a meta de 0,8% inscrita no relatório do Orçamento do Estado para 2024.

O excedente orçamental no ano passado foi superior em mil milhões de euros ao orçamentado, sobretudo devido a um contributo maior do que o estimado da receita contributiva e fiscal.

Também na segunda-feira, o secretário regional das Finanças da Madeira revelou que a região registou um excedente orçamental de 25,3 milhões de euros em 2023, interrompendo um ciclo de três anos de défice.

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