ROC vão poder atestar capacidade de financiamento dos projetos do PT2020

Para simplificar e reduzir os encargos burocráticos, empresas que à data da candidatura ao PT2020 tinham menos de um ano de atividade podem demonstrar capacidade de financiamento só com o ROC.

As empresas que à data da candidatura ao Portugal 2020 (PT2020) tinham menos de um ano de atividade, assim como as que apresentaram projetos de elevada intensidade tecnológica, passam a poder demonstrar a capacidade de financiamento do projeto apenas com uma declaração do Revisor Oficial de Contas (ROC) ou de um contabilista certificado.

Esta é a 12.ª alteração introduzida ao regulamento específico do domínio da competitividade e internacionalização, que dita as regras para o período de programação 2014-2020 — ou seja, o PT2020 — e que tem por objetivo ajudar a simplificar e reduzir os encargos burocráticos.

Assim, no âmbito da tipologia “investigação e desenvolvimento tecnológico” do sistema de incentivos e ao “sistema de apoio à investigação científica e tecnológica”, as empresas com menos de um ano de atividade à data da candidatura ou responsáveis por projetos de elevada intensidade tecnológica já não precisam de demonstrar a sua capacidade de financiamento com capitais próprios igual ou superior a 20% das despesas elegíveis.

Estas empresas são dispensadas também de cumprir outra regra a que estavam obrigadas para que a sua situação económico-financeira fosse considerada equilibrada. “Para efeitos da aferição do cumprimento do financiamento adequado com capitais próprios em sede de encerramento financeiro, as novas entradas de capital social, prestações suplementares e empréstimos de sócios e acionistas, podem ser substituídos pelo montante dos resultados líquidos gerados pela empresa e retidos durante o período de realização projeto”, lia-se no regulamento inicial. Agora, tudo isto desaparece e basta uma declaração do ROC ou do contabilista certificado.

Estas alterações, apesar de só entrarem em vigor este sábado, produzem efeito no último ano de execução do Portugal 2020. Ora, o PT2020, teve mais três anos para ser executado e, apesar da elegibilidade das faturas ter cessado a 31 de dezembro de 2023, a execução do quadro comunitário ainda não está fechada. Há ainda um longo calendário pela frente e só no final do mesmo será possível determinar, por exemplo, se Portugal executou os cerca de 26 mil milhões de euros que tinha à sua disposição ou se terá de devolver verbas a Bruxelas.

Até 31 de julho deste ano os beneficiários do PT2020 ainda podem apresentar pedidos de reembolso às autoridades de gestão. Estas, por sua vez, ainda podem fazer verificações de gestão, validar despesas e pagá-las, e, finalmente, endereçar o último pedido de pagamento à Comissão Europeia. É por isso que, no final do ano passado, a Comissão ainda não tinha transferido a totalidade das verbas para Portugal, mas apenas 90%.

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ERC vai averiguar sondagem divulgada pelo Chega feita por empresa não credenciada

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

A Intercampus fez a recolha da informação, mas a análise dos dados ficou a cargo da Paraná Pesquisas, empresa brasileira que não está credenciada em Portugal.

A ERC “já determinou a abertura de um processo de averiguações” a uma sondagem divulgada pelo Chega no seu jornal Folha Nacional, realizada por uma empresa brasileira não credenciada pelo regulador, confirmou fonte oficial esta sexta-feira.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) “informa que já determinou a abertura de um processo de averiguações para apreciação da matéria em causa e confirma já a receção de uma participação a este respeito”.

O Chega publicou na quinta-feira no Folha Nacional, órgão de comunicação social do partido que está inscrito na ERC, a sondagem da Paraná Pesquisas, empresa que não está credenciada em Portugal.

O diretor da Intercampus, António Salvador, confirmou à Renascença que a sua empresa fez a recolha da informação, com a análise dos dados a ficar a cargo da Paraná Pesquisas, adiantando que o estudo de opinião foi feito com a condição de que não fosse divulgado nos media.

Atualmente estão credenciadas 13 entidades para a realização de sondagens, de acordo com os dados atualizados a 16 de fevereiro no site da ERC.

Entre elas estão a Aximage; a Domp – Desenvolvimento Organizacional Marketing; a Duplimétrica; a Consulmark 2, Estudos de Mercado e Trabalho de Campo; e o Instituto de Ciências Sociais/Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.

Consta ainda a Intercampus; o Ipom – Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado; a Marktest, Marketing; a Metris; e a Multidados. As restantes três são a Norma-Açores; a Pitagórica e a Universidade Católica Portuguesa – CESOP.

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Coupang escolhe ex-diretor de operações para pôr em ordem as contas da Farfetch

Pankaj Srivastava é o nome escolhido pelos sul-coreanos para prosseguir a transformação de negócios e o processo de melhoria do desempenho operacional na nova fase da Farfetch.

Uma semana após ser conhecida uma lista com oito nomes do conselho de administração que abandonaram a Farfetch, onde se incluía o chief financial officer (CFO), a plataforma de venda online de produtos de luxo criada pelo português José Neves e vendida à Coupang em dezembro já tem novo CFO. Pankaj Srivastava, o antigo vice-presidente de operações financeiras globais da Coupang e chefe de operações de negócios globais, foi o nome escolhido para pôr em ordem as contas da Farfetch.

Pankaj Srivastava substitui Tim Stone no cargo de administrador financeiro, uma semana após ter sido divulgado que era um dos oito diretores que saíram da Farfetch. Tim Stone tinha sido apontado como CFO no passado mês de setembro, substituindo no cargo Elliot Jordan, cuja saída tinha sido anunciada em fevereiro do ano passado. Foi ele quem apanhou com a turbulência financeira da plataforma de bens de luxo antes da venda à Coupang devido à iminência de uma entrada em situação de rutura financeira.

Srivastava acumulava desde julho de 2020 os cargos de vice-presidente de operações financeiras globais e de chefe de operações de negócios globais na Coupang, tendo exercido funções de CFO na Kodaq e na Flex. “Com mais de 29 anos de experiência como CFO global e líder de operações empresariais, a sua liderança e vasta experiência na transformação de negócios e na condução do desempenho operacional serão fundamentais à medida que a Farfetch entra no seu próximo capítulo”, adiantou a tecnológica, num e-mail enviado aos colaboradores.

Com mais de 29 anos de experiência como CFO global e líder de operações empresariais, a sua liderança e vasta experiência na transformação de negócios e na condução do desempenho operacional serão fundamentais à medida que a Farfetch entra no seu próximo capítulo.

Farfetch

A Coupang está a implementar uma profunda reestruturação na Farfetch, depois de ter concluído a aquisição daquele que foi o primeiro unicórnio de ADN português no início deste mês. Na sequência deste processo, a Farfetch iniciou há precisamente uma semana um plano de despedimentos em Portugal, propondo aos trabalhadores visados duas alternativas: a saída por mútuo acordo ou o despedimento coletivo.

A quem aceitar sair por mútuo acordo, a companhia está a propor o pagamento de 30 dias por cada ano de contrato e tudo o que têm direito no acerto de contas com a empresa, mas não terá acesso a subsídio de desemprego.

A segunda possibilidade em cima da mesa é esperar que a Farfetch avance com um processo de despedimento coletivo, para o qual não há data ainda. Nesta situação, as pessoas envolvidas receberão o valor legal definido (14 dias por cada ano de contrato) e têm direito à inscrição no subsídio de desemprego.

Os trabalhadores com quem a Farfetch iniciou negociações em Portugal tinham até esta sexta-feira, dia 23 de fevereiro, para decidir se aceitavam os termos oferecidos pela tecnológica.

Em relação ao futuro da Farfetch em Portugal, fonte oficial da empresa garantiu ao ECO que “Portugal continua a ser uma base importante para a Farfetch“. Contudo, não se sabe em que termos os novos acionistas irão manter as operações em Portugal.

Atualmente a empresa já está apenas presente em quatro cidades portuguesas – Lisboa, Matosinhos e Guimarães -, isto depois de ter encerrado os escritórios em Braga no final do último verão.

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Buzz Legal junta direito e tecnologia na PLMJ

A equipa envolvida na Buzz Legal é multidisciplinar, envolvendo advogados, a equipa de Projetos e Inovação e de designers da PLMJ e parceiros tecnológicos. 

A Buzz Legal é uma iniciativa da PLMJ criada para agregar projetos de soluções tecnológicas especificamente para a assessoria jurídica.

“Tirando partido da experiência do escritório de adoção e desenvolvimento in-house de ferramentas digitais, a Buzz Legal é a formalização de uma oferta de consultoria, serviços e produtos jurídicos da PLMJ que são technology-driven e que permitem responder a um conjunto de necessidades dos clientes”, segundo comunicado do escritório.

A equipa envolvida na Buzz Legal é multidisciplinar, envolvendo advogados, a equipa de Projetos e Inovação e de designers da PLMJ e parceiros tecnológicos.

Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ explica que, “em primeiro lugar, trata-se de promover ativamente uma cultura de agilidade e de inovação que é mais desafiante de manter em organizações da nossa dimensão. Nas soluções jurídicas puras, não há espaço para erro, mas a evolução na organização e forma de trabalhar depende da nossa capacidade de incorporarmos os benefícios que a atual revolução tecnológica traz. Quisemos criar um projeto onde pudéssemos dar espaço a processos de ideação, de tentativa-erro, de prototipar, de testar e, quando somos bem-sucedidos, melhor servir os nossos clientes e em campos em que, sendo menos tradicionais, temos muita experiência acumulada e testada internamente”.

Inês Setil, diretora de Projetos e Inovação da PLMJ acrescenta: “o que fazemos é aplicar a tecnologia a processos de trabalho e de negócio, melhorando-os, facilitando a vida a quem trabalha ou contacta com esses processos, trazendo informação de valor acrescentado, criando automatismos e reduzindo riscos que resultam de erro humano. Na PLMJ, entusiasmámo-nos desde cedo com a oportunidade que diferentes tecnologias – e entre elas, claro, a IA – traziam. Começamos por explorar soluções internamente, criamos protótipos, testamo-los internamente e, quando validados, partilhamos com clientes que acabam por se tornar também cocriadores das ferramentas. Há muita semelhança e complementaridade entre o trabalho que prestamos aos nossos clientes e os desafios das equipas jurídicas in-house. Estamos a identificar problemas que são comuns e estamos a resolvê-los juntos.”

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Abreu Advogados assessora fundadores da Raize na venda de ações à Flexdeal

A equipa da Abreu Advogados que assessorou os fundadores da Raize nesta operação foi liderada pelo sócio contratado Diogo Pessanha.

A Abreu Advogados assessorou os fundadores da fintech portuguesa Raize, António Marques e José Maria Rego, na venda da totalidade das suas ações à Flexdeal, sociedade de investimento imobiliário para o fomento da economia.

Na sequência desta operação, a firma também apoiou os dois administradores no processo de step-down do Conselho de Administração da Raize.

A equipa da Abreu que assessorou os fundadores da Raize nesta operação foi liderada por Diogo Pessanha, sócio contratado, e contou com participação de Diogo Pereira Duarte, sócio, em questões regulatórias.

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Só 16% das empresas notificadas pela ACT regularizaram os falsos recibos verdes

ACT está no terreno para verificar situações em que há indícios de falso trabalho independente. Das dez mil empresas notificadas nesse âmbito, só 16% regularizaram vínculos.

Apenas 16% das empresas que tinham sido notificadas por terem falsos recibos verdes reconheceram até ao momento contratos com esses trabalhadores. Esta sexta-feira, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) arrancou uma ação inspetiva para verificar se, nos demais casos, estão em causa ou não verdadeiros trabalhadores independentes.

“A ACT notificou empresas que tinham contratado trabalhadores a recibos verdes com fortes indícios de irregularidade. Um pouco mais de 16% das entidades contratantes notificadas reviram os vínculos e regularizaram”, assinalou a inspetora-geral, Maria Fernanda Campos, em declarações à RTP 3.

Já numa nota entretanto enviada às redações, é detalhado que, das 9.699 entidades contratantes notificadas, 1.594 regularizavam voluntariamente os vínculos de 2.082 trabalhadores independentes economicamente dependentes.

Na visão de Maria Fernanda Campos, esse são número positivos, já que que refletem o facto de as empresas terem olhado “com seriedade para as relações que tinham com os trabalhadores e reconheceram o vínculo”.

No caso das demais empresas, a ACT vai agora fazer novas inspeções para perceber se estão em causa falsos recibos verdes, como sinalizavam os indícios inicialmente recolhidos, ou verdadeiros trabalhadores independentes.

No total, estão no terreno 70 equipas. Um número que deverá crescer nos próximos dias, avançou ainda inspetora-geral.

No âmbito desta ação, vão ser analisadas as situações de 15.550 trabalhadores independentes economicamente dependentes, mas também de 13.572 trabalhadores com contratos de trabalho a termo irregulares.

Notícia atuaizada às 14h15 com mais informação

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Booking e TAP são as marcas com melhor reputação no setor de viagens e lazer, segundo a OnStrategy

  • + M
  • 23 Fevereiro 2024

A TAP é a marca com melhor reputação junto das companhias aéreas com 72,9 pontos. A esta segue-se a Emirates (72,8), a British Airways (71,7), a Lufthansa (71,4) e a Air France (71,1).

A Booking.com é a marca que colhe melhor reputação no setor das viagens e lazer, enquanto a TAP lidera entre as companhias aéreas. Os dados são do RepScore, estudo elaborado pela consultora OnStrategy que analisou mais de duas mil marcas quanto à dimensão emocional da sua reputação.

A liderança em termos de reputação no setor de viagens e lazer é conquistada pela Booking.com com 73,1 pontos. No pódio, seguem-se as marcas Pestana e Pousadas de Portugal, ambas com uma pontuação de 71,8. A Sheraton (71,3) e a Vila Galé (71,2) preenchem o quarto e quinto lugar. O top 10 fica completo com a Viagens Abreu (71), VIP (70,9), Ritz Carlton (70,8), Top Atlântico (70,6) e Marriott (70,6).

Segundo o ranking, a TAP assegurou o primeiro lugar entre as companhias aéreas com 72,9 pontos, seguindo-se a Emirates (72,8), British Airways (71,7), Lufthansa (71,4) e Air France (71,1). As 10 primeiras posições ficam completas com a Sata (71), KLM (70,6), Iberia (69,8), Ryanair (69,4) e EasyJet (69).

O estudo é elaborado tendo por base um trabalho de campo que decorre durante todo o ano junto de uma amostra de cerca de 50 mil pessoas e em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), analisando os atributos associados à relevância, consideração, confiança, admiração, intenção de compra, preferência, recomendação e defesa.

Para a escala de 100 pontos foram auditadas mais de duas mil marcas (associadas a mais de 70 setores de atividade).

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Sonangol enfrenta “muita pressão” para vender posição no BCP

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2024

Presidente da petrolífera angolana revela que "há muita pressão" para vender os 19,5% que detém no banco português, mas não planeia qualquer transação.

A Sonangol diz que “há muita pressão” para vender a posição que detém no BCP BCP 3,63% , mas assegura que não planeia fazê-lo. As declarações do presidente da petrolífera estatal angolana, Sebastião Martins, foram proferidas numa conferência em Luanda.

“Sei que há muita pressão, provavelmente de uma série de empresas e fundos estrangeiros interessados em que isto aconteça”, afirmou o líder da Sonangol, citado pela agência Bloomberg, ressalvando, porém, que “neste momento, não há indicação” de que possa vender a sua posição no BCP.

Sebastião Martins frisou que o banco português está atualmente “numa situação muito positiva”, mas lembrou que uma decisão só seria tomada após consulta junto do Governo angolano, pois é o “dono da Sonangol e do ativo”.

A Sonangol é o segundo maior acionista do BCP, com uma participação de 19,49%, avaliada a preços de mercado de 800 milhões de euros.

O maior acionista do banco português é a Fosun, com mais de 20%. O grupo chinês vendeu cerca de 10% nos últimos meses, um desinvestimento o que alimentou a especulação em relação a cenário de M&A em torno do BCP.

O banco apresenta contas na segunda-feira, com os analistas sondados pela Reuters a apontarem para lucros na ordem dos 835 milhões de euros em 2023, quatro vezes mais do que no ano anterior.

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Preços dos combustíveis vão baixar na próxima semana. Gasóleo desce três cêntimos e gasolina 1,5 cêntimos

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,634 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95. Preços aliviam após seis semanas de ganhos.

Ao fim de seis semanas de ganhos, os preços dos combustíveis vão finalmente descer na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar três cêntimos mais barato a partir de segunda-feira, e a gasolina deverá descer 1,5 cêntimos, disse ao ECO uma fonte do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,634 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). O preço do diesel subiu durante seis semanas consecutivas e a gasolina subiu nove.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo subiram 1,7 cêntimos e da gasolina 2,7, ligeiramente abaixo da expectativa do mercado que apontava para subidas de dois e três cêntimos, respetivamente.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a descer esta sexta-feira 1,18%, para 82,68 dólares por barril. Tudo aponta para uma ligeira descida semanal depois de as minutas da Reserva Feral norte-americana revelarem que uma descida das taxas de juro não está para breve.

Isso acabou por pesar sobre os preços do ouro negro, já que as taxas de juro mais elevadas mantêm todos os preços mais altos afetando assim a procura de energia, incluindo o petróleo. No entanto, o impacto foi atenuado pela menor produção da OPEP e pelo prémio de risco dos ataques houthis a navios no Mar Vermelho.

“Uma procura de petróleo suficientemente forte justaposta a dados macroeconómicos chineses fracos tem sido um tema recorrente”, disse Michael Tran, analista da RBC Capital Markets, numa nota, citada pela Bloomberg. “Até agora, os sinais fundamentais têm sido confusos”, acrescentou.

Numa prova desta confusão está a subida dos preços do crude na quinta-feira, apesar de ter sido oficialmente confirmado um aumento dos stocks nos EUA, o segundo em poucas semanas, o que deveria ter levado a uma redução dos preços. Os analistas alvitram a hipótese de a preocupação com a oferta começar a atrair mais atenção dos mercados. Simultaneamente, os dados económicos fracos de mercados-chave como a China, Reino Unido e Japão – que perdeu o terceiro lugar no pódio de terceira maior economia do mundo –, têm implicações negativas no aumento da procura, o que ajuda a moderar o efeito das preocupações com a oferta sobre os preços.

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Salário de Carlos Tavares subiu 56% em 2023. Gestor português ganhou 36,5 milhões de euros

Gestor português que lidera a Stellantis, fabricante de marcas como Peugeot, Fiat e Jeep, auferiu mais 56% em 2023 do que no ano anterior. Maior parte do aumento diz respeito à componente variável.

Carlos Tavares é português e lidera o grupo Stellantis Jasper Juinen/Bloomberg 29 Julho, 2015

O gestor português Carlos Tavares ganhou 36,5 milhões de euros em 2023 enquanto presidente executivo (CEO) da Stellantis, a fabricante de marcas de automóveis como Peugeot, Fiat e Jeep. Segundo escreve o Financial Times, representou um aumento de 56% em relação ao que ganhou em 2022.

Tavares recebe um salário fixo de dois milhões de euros, pelo que a maior parte do aumento da remuneração que auferiu no ano passado diz respeito à componente variável, nomeadamente, bónus pelo cumprimento de metas de longo prazo. De acordo com o jornal britânico, Tavares é um dos gestores mais bem pagos do mundo no setor automóvel.

O aumento dos rendimentos do CEO da Stellantis no ano passado ocorreu num período marcado por negociações difíceis com os sindicatos nos EUA, que exigiram aumentos salariais. Os lucros da Stellantis cresceram 11% em 2023 e atingiram 18,6 mil milhões de euros.

O salário elevado do português já provocou controvérsia no passado. Em 2022, os acionistas da Stellantis votaram contra o pacote salarial de Tavares numa votação não vinculativa. Nesse ano, o presidente francês Emmanuel Macron classificou como “chocante” a remuneração salarial do líder da Stellantis.

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Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos cria dois centros tecnológicos de 2,7 milhões

Os centros tecnológicos serão dedicado à informática e ao setor industrial, com o objetivo de “reforçar a atratividade dos cursos profissionais" nesta escola minhota.

A Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos (ETGB) vai criar dois centros tecnológicos nas instalações de Abade de Neiva, num investimento previsto de cerca de 2,7 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Um dos centros tecnológicos será dedicado à área da informática e o outro ao setor industrial.

O projeto tem como objetivo “reequipar e robustecer a infraestrutura tecnológica da escola, através da instalação e modernização de espaços e equipamentos, potenciando a capacidade técnica e pedagógica e os recursos educativos e formativos, melhorando a sua capacidade de resposta”, lê-se no comunicado partilhado pela Empresa Municipal de Educação e Cultura.

Por outro lado, os novos centros tecnológicos “vão reforçar a atratividade dos cursos profissionais da escola, contribuindo para o crescimento, competitividade e sustentabilidade do tecido económico e social da região, através da capacitação e qualificação dos jovens em áreas económicas estratégicas, entre as quais a transformação tecnológica acelerada pelos desafios da transição climática e digital”.

Os novos centros tecnológicos vão reforçar a atratividade dos cursos profissionais da escola, contribuindo para o crescimento, competitividade e sustentabilidade do tecido económico e social da região, através da capacitação e qualificação dos jovens em áreas económicas estratégicas.

Empresa Municipal de Educação e Cultura de Barcelos

Na candidatura apresentada no âmbito da Componente de Qualificações e Competências e do Investimento – Modernização da oferta dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional, “perspetiva-se que esta nova oferta vá aumentar o número de alunos diplomados, em especial em áreas emergentes propostas, bem como promover competências adequadas ao prosseguimento de estudos superiores”.

A Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos sublinha ainda que o “investimento no desenvolvimento de qualificações e competências, em articulação com o tecido empresarial e as dinâmicas locais, potenciará a inovação e a renovação industrial“.

Paralelamente, a Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos vai investir em equipamentos modernos e inovadores, de modo a responder à necessidade de formação das empresas locais, “não descurando as preocupações ambientais e de segurança que também fazem parte deste investimento”.

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Já há mais de 200 mil contas bancárias “low cost”, cinco vezes mais do que em 2017

Só no ano passado foram constituídas mais de 41 mil contas de serviços mínimos bancários, mais de metade resultando da conversão de uma conta antiga.

As contas bancárias “low cost” continuam a conquistar os portugueses, sobretudo a população mais idosa. No final do ano passado, existiam mais de 222 mil contas de serviços mínimos bancários, cinco vezes mais do que havia em 2017 (44,6 mil), de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

Só no ano passado foram constituídas 41.265 contas “low cost”, sendo que 59% (24.434 contas) resultaram da conversão de uma conta de depósito à ordem já existente na instituição e 41% (16.831 contas) da abertura de novas contas.

O ano de 2022 já tinha registado aberturas de contas de serviços mínimos acima das 40 mil, sobretudo por conta a chegada de imigrantes ucranianos ao país.

Por outro lado, ao longo do ano passado, foram encerradas 6.191 contas de serviços mínimos bancários, das quais 5.482 foram a pedido do cliente. Ouras 709 contas foram encerradas por iniciativa do banco, sobretudo porque o titular detinha outras contas de depósito à ordem.

Conta “low cost” disparam

Fonte: Banco de Portugal (valores acumulados)

Mais idosos aderem às contas “low cost”

De acordo com o Banco de Portugal, aumentou o peso das contas de serviços mínimos bancários constituídas por clientes com mais de 65 anos no ano passado.

Quase uma em cada quatro (37,3%) das contas “low cost” criadas no ano passado foram constituídas por pessoas com idade igual ou superior a 65 anos (30,9% em 2022).

Já os titulares com menos de 25 anos representavam 3,5% do total de contas de serviços mínimos, contra os 4,9% registados em 2022.

A conta de serviços mínimos bancários é uma conta à ordem que permite aos clientes acederem a um conjunto de serviços bancários considerados essenciais a custo reduzido, incluindo depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos diretos e transferências por MBWay.

Em 2024, o custo anual dos serviços mínimos bancários não pode exceder 5,09 euros (correspondente a 1% do IAS).

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