Pedro Nuno Santos acusa direita de se esconder atrás da liberdade de expressão

  • Lusa
  • 22 Maio 2024

"Nós não queremos uma sociedade de ressentimento nem de ódio, e esta é uma grande diferença entre nós e a direita, entre uma direita que se esconde atrás da liberdade de expressão", diz Pedro Nuno.

O secretário-geral socialista acusou esta quarta-feira a direita de se esconder atrás da liberdade de expressão para recusar “dizer não às declarações racistas”, assegurando que o PS fará uma luta “sem tréguas” ao racismo, ao ódio e ao ressentimento.

Num vídeo publicado nas redes sociais do partido, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, voltou a referir-se à polémica da semana passada que envolveu o presidente da Assembleia da República e declarações do Chega, manifestando incómodo pelo facto de Aguiar-Branco não ter usado os poderes que o regimento lhe confere para “advertir um deputado quando tem uma declaração racista”.

“Nós não queremos uma sociedade de ressentimento nem de ódio, e esta é uma grande diferença entre nós e a direita, entre uma direita que se esconde atrás da liberdade de expressão para não dizer não às declarações racistas”, criticou. Num polo oposto está, segundo Pedro Nuno Santos, “uma esquerda, um PS que defende a liberdade”, a liberdade das pessoas serem quem quiserem e “o direito a respeitar o outro, a respeitar as suas opções, a respeitar as mulheres, a respeitar todos”.

“Esta é uma luta dos socialistas que faremos sempre sem tréguas, sem hesitações. Que ninguém tenha dúvidas. Nós diremos sempre que não ao racismo, ao ódio, ao ressentimento e à divisão. Pela unidade dos portugueses, pela unidade de Portugal”, assegurou.

Para o líder do PS, a intervenção que Aguiar-Branco deveria ter feito no debate de sexta-feira não era para impedir ou punir André Ventura, “mas sim de usar aquilo que o regimento já hoje permite para que o presidente da Assembleia da República possa ser não só um exemplo” na condução dos trabalhos parlamentares, mas também “ser um exemplo para o país”.

Este é um tema, se nós repararmos, que juntou a direita toda. O PSD, a IL, o Chega, o CDS. Todos tiveram de acordo porque isto tem também por trás uma determinada visão da sociedade”, acusou. A pergunta que é preciso fazer, segundo Pedro Nuno Santos, é se aquilo que se quer é “um país onde se aceita facilmente a ofensa ao outro, a discriminação, o racismo”.

“O PS dará sempre um combate sem tréguas a todas as formas de racismo, as todas as declarações racistas, homofóbicas, machistas. Não é essa a sociedade que nós queremos”, comprometeu-se. A sociedade que o lider do PS quer é uma “que une, não uma sociedade que divide”.

O presidente da Assembleia da República insistiu hoje, em conferência de líderes, que não lhe cabe fazer a avaliação da bondade dos discursos dos deputados, ainda que sejam eticamente desvaliosos, assumindo-se como “guardião” do aceitável.

Esta posição de José Pedro Aguiar-Branco consta de um documento intitulado “A liberdade de expressão, uma super liberdade de expressão máxima e de restrição mínima”. Uma questão que surgiu depois de as bancadas da esquerda parlamentar o terem criticado por não ter admoestado o presidente do Chega, André Ventura, quando, na sexta-feira, em plenário, se referiu às capacidades de trabalho do povo turco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD ainda admite negociar baixa do IRS com PS mas traça linhas vermelhas

Grupo parlamentar "não abdica" de baixar as taxas do 7.º e 8.º escalões, que abrangem salários entre 3.200 e mais de 6.000 euros brutos, e rejeita tornar "definitiva" a sobretaxa, como defende o PS.

O grupo parlamentar do PSD ainda admite negociar a redução do IRS com o PS, depois de os socialistas terem forçado o seu adiamento para a próxima semana. Mas há pelo menos duas linhas vermelhas inultrapassáveis. O líder da bancada laranja, Hugo Soares, revelou, esta quarta-feira, que o partido “não abdica” de baixar as taxas dos 7. e 8.º escalões, que abrangem salários brutos entre 3.200 e mais de 6.000 euros, e rejeita tornar “definitiva” a sobretaxa, como propõe o PS à boleia do projeto do PCP.

“Nunca vou dizer que as negociações acabaram, porque se o PS apresentar uma proposta que seja razoável, não vejo problema nenhum com isso”, afirmou aos jornalistas, nos Passos Perdidos da Assembleia da República. “Estivemos disponíveis, desde o primeiro momento. Desde que começaram as conversas com os grupos parlamentares, falámos com todos, fomos ao encontro dos demais partidos, enquanto o PS não veio ao nosso encontro”, continuou.

E voltou a elencar os cinco pontos de aproximação aos restantes partidos: “Baixámos mais as taxas do 3.º e 4.º escalões, igualando a proposta do PS e do Chega, fomos ao encontro do PS no 6.º escalão, propomos a atualização dos escalões de IRS de forma automática em linha com a inflação a partir de 2025 e a atualização do mínimo de existência, indo ao encontro do PS e Chega, propomos incluir duas normas programáticas, indo ao encontro do BE e PCP, para a valorização da dedução específica com no Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e avaliar a dedução à coleta dos juros com crédito à habitação”.

Mas, neste processo negocial, Hugo Soares avisou que está completamente fora de questão “não baixar os impostos em Portugal à classe média”. Questionado se admitia recuar na descida das taxas do 7.º e 8.º escalões, como defende o PS, o líder parlamentar repetiu: “Não abdicaremos de baixar os impostos da classe média. O PS entende que quem ganha entre 1.500 a 2.500 euros de salário líquido é rico. Estamos a falar de professores, médicos, da classe media, trabalhadores independentes”.

Ora o social-democrata não se estava a referir exclusivamente de rendimentos líquidos mensais do 7.º e 8.º escalões, mas sim de salários que cabem entre o 5.º e 8.º níveis de tributação. Contudo, no que diz respeito ao 5.º escalão é importante ressalvar que o PS também propôs uma diminuição da taxa, de 32,75% para 32%, tal como o PSD.

Ora o PS está contra a diminuição da tributação do 7.º e 8.º escalões e defende, em contrapartida, uma redução maior no 2.º escalão, que corresponde a ordenados brutos entre 850 euros e 1.100 euros.

Mas o líder do grupo parlamentar do PSD insiste: “Não vamos permitir que a classe média não tenha um alívio fiscal. O PS quer votar contra, que vote contra, que assuma perante os portugueses que acham que quem ganha 1.500 a 2.500 euros líquidos não merece ter os impostos reduzidos como os outros”.

Por outro lado, a transformação do adicional de solidariedade num novo escalão permanente, como propõem os socialistas com base na proposta do PCP, é outra das medidas inaceitáveis por parte do PSD. “O PS quer criar o 10º escalão, quer que a sobretaxa se torne definitiva. É isso que estão a negociar com o PCP. Nós somos contra, não nos revemos nessa posição”.

De recordar que os socialistas querem eliminar o adicional de solidariedade e transformá-lo num novo 9.º escalão, para rendimentos coletáveis anuais entre 80.000 euros e 250.000 euros, criando um 10.º, para ganhos superiores a 250.000 euros, com taxas de 50% e 53%, respetivamente.

Resta saber até onde PSD e PS poderão negociar. Hugo Soares acusou o PS de “não querer baixar os impostos” e de “não querer negociar”. “O PS tem-se comportado como uma força de bloqueio não ao Governo, não ao Parlamento, mas aos portugueses”, criticou, na sequência do adiamento potestativo da discussão do projeto do PSD e CDS, requerido pelos socialistas, esta quarta-feira de manhã.

“O PS tem de dizer se concorda ou não com a proposta do Governo e dos grupos parlamentares para baixar os impostos sobre a classe média. Mais uma vez, com expedientes e truques dilatórios, que são regimentais, é certo, mas que só visam atrasar a resolução de um problema, o PS funciona como força de bloqueio”, reforçou.

Depois de os socialistas terem invocado o direito potestativo para adiar a discussão e admissão do projeto do PSD e CDS que substitui a proposta de lei do Governo, a bancada social-democrata enviou logo de seguida um email ao presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), Filipe Neto Brandão, que é do PS, para incluir a iniciativa na ordem de trabalhos da reunião da próxima terça ou quarta-feira.

Contudo, e tal como esclareceu Hugo Soares, o adiamento por uma semana significa que “só daqui por três semanas o projeto pode ser votado em plenário, porque não há plenários nos próximos 15 dias”, por causa da campanha para as eleições europeias, de 9 de junho.

(Notícia corrigida às 16h57 de 23/05/2024 para explicar que rendimentos líquidos mensais de 1.500 euros a 2.500 euros referido por Hugo Soares estão entre o 5.º e 8.º escalões e não entre o 7.º e 8.º escalões como o líder parlamentar do PSD deu a entender)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros da Real Vida sobem para 10,4 milhões de euros em 2023

  • Lusa
  • 22 Maio 2024

A receita processada da seguradora cresceu 29%, a produção nova nos produtos de Risco Vida e Não Vida 17%. Já a margem de solvência da companhia "é hoje de 265%".

A Real Vida Seguros anunciou esta quarta-feira os resultados líquidos de 10,441 milhões de euros em 2023, que compara com 10,356 milhões registados em 2022, com a companhia a salientar que superou os objetivos definidos para o ano passado.

Marta Graça Ferreira, Presidente Real Vida, mantém forte foco nos resultados financeiros e, em particular, nas vendas.Hugo Amaral/ECO

De acordo com o relatório de contas relativo ao ano passado, a Real Vida Seguros encerrou o ano de 2023 com um volume de receita processada de 188 milhões de euros.

“Além da evolução muito positiva da receita processada, que cresceu 29%, e da produção nova nos produtos de Risco Vida e Não Vida que cresceu 17%, importa também destacar a margem de solvência da companhia que é hoje de 265%, o que representa um forte crescimento comparativamente com o ano de 2022″, refere a companhia em comunicado.

Apesar de 2023 ter sido um ano caracterizado “por um cenário macroeconómico desafiador, resultante da volatilidade dos mercados financeiros, e potenciado pela instabilidade geopolítica, a Real Vida Seguros conseguiu superar os objetivos definidos para o ano de 2023”.

A empresa destaca que, em paralelo, foi deliberado o aumento do Capital Social da Seguradora de 16,5 milhões de euros para 20 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um “operacional” perito em “organização”, quem é o novo diretor executivo do SNS?

Campos Fernandes realça "perfil operacional, menos técnico e político" de Gandra d’Almeida, já Nuno Rodrigues destaca "organização e planeamento". Mas avisam que é preciso clarificar competências.

A nomeação de António Gandra d’Almeida apanhou (quase) todos de surpresa, não só pela escolha ter sido guardada em segredo, mas também por ser um rosto pouco conhecido do público em geral. Ao ECO, personalidades ligadas ao setor destacam o perfil “operacional” e de “organização e planeamento” do tenente-coronel médico, bem como a sua experiência ligada a “questões de emergência”, que será “fundamental” para garantir o funcionamento da “rede de urgências no verão”. No entanto, sublinham que é preciso clarificar as competências do próprio diretor executivo, à luz da intenção do Governo de reformular a Direção Executiva do SNS.

“É uma boa surpresa e uma escolha fora da caixa”, afirma Adalberto Campos Fernandes, em declarações ao ECO, notando que o Governo optou “por um perfil operacional, menos técnico e político”. O antigo ministro da Saúde realça ainda que, com a “experiência” do almirante Gouveia e Melo no comando da task force contra a Covid, ficou plasmada na sociedade a ideia de que “os militares são bons organizadores e disciplinados”, o que poderá jogar a favor do novo CEO do SNS.

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, o tenente-coronel médico, de 44 anos, ocupa o cargo de comandante do agrupamento sanitário e “desempenha atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar”. Segundo o comunicado do Ministério da Saúde, Gandra de Almeida tem uma vasta experiência em emergência médica e nas Forças Armadas, tendo acumulado funções de chefia e de coordenação.

Estas competências são, aliás, destacadas pelos especialistas ouvidos pelo ECO. “Pelo perfil, e sendo militar, cremos que terá competências na parte de organização e planeamento”, tendo em vista à “resolução de problemas”, indica Nuno Rodrigues, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM). “Pode ser uma boa escolha um militar habituado à questão da organização“, corrobora o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, sublinhando que Gandra d’Almeida tem estado “muito envolvido na questão da emergência em Portugal”, tendo, sido, nomeadamente, até janeiro deste ano, diretor da delegação regional Norte do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica. É “um homem do terreno”, sinaliza.

Com esta nomeação, “a direção executiva pode ter um pendor mais operacional e menos estratégico”, antevê Campos Fernandes. No entanto, as personalidades ouvidas pelo ECO reiteram que é preciso clarificar as competências do próprio diretor executivo e até da própria direção executiva, à luz da intenção do Governo de reformular o organismo.

Tal como o ECO tinha noticiado, poderá existir um regresso ao Ministério da Saúde de “competências mais estruturantes”, como é o caso da nomeação de chefias e da avaliação dos planos de desenvolvimento organizacional (anteriormente conhecidos por planos de atividades e orçamento) das Unidades Locais de Saúde (ULS).

“Para além da pessoa há dados importantes” que têm de ser esclarecidos, como a “definição das competências, dado que ainda não são claras as funções e competências” que vão resultar da reformulação da direção executiva, bem como a “visão estratégica” que o novo diretor executivo “quer imprimir ao SNS”, sublinha o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), ao ECO. Por isso, e até porque não conhece Gandra d’Almeida, Xavier Barreto prefere não emitir “nenhum juízo”.

Também no âmbito desta reformulação, Nuno Rodrigues alerta que é importante clarificar a articulação entre entidades, de modo a prevenir eventuais conflitos ou até a “sobreposição” de competências, que resultaram da reforma do SNS, com a criação da direção executiva e a extinção das Administrações Regionais de Saúde.

O que pretendemos é que deixe de haver vários SNS e passe a haver só um SNS. Tanto para os médicos como para os cidadãos é muito diferente estar-se em Bragança, Leiria ou no Algarve”, afirma o secretário-geral do SNS, apelando a uma “harmonização” e a que se torne “o SNS mais competitivo e eficiente”.

Mas, ressalva, que para o efeito é preciso mais recursos humanos, que o Ministério da Saúde faça o seu papel ao proporcionar “concursos mais céleres” e que seja de facto feita a avaliação de desempenho dos médicos para que estes possam progredir na carreira.

Os especialistas ouvidos pelo ECO são unânimes em considerar que entre os principais desafios que o novo diretor do SNS terá a curto prazo “será garantir o funcionamento da rede de urgências no verão”, bem como “contribuir” para o cumprimento do plano de emergência para o SNS (que será apresentado até dia 2 de junho), sendo que ambos estão a cargo do grupo de trabalho liderado por Eurico Castro Alves.

Já a “longo prazo é garantir que reforma do SNS continua a ser implementada, que conseguimos continuar a integrar os cuidados e a reter profissionais no SNS“, resume o presidente da associação que representa os administradores hospitalares, indicando que “há vários temas estruturantes para o futuro” e “todos muito relacionados com a reforma” em curso, nomeadamente da ULS e que o Executivo também quer rever.

Já Campos Fernandes acrescenta que os desafios serão os mesmos que os do anterior diretor executivo: fazer face à “escassez de recursos” humanos, nomeadamente de médicos, “devido, sobretudo, às aposentações e saídas que desequilibram a balança” da oferta. Ainda assim, Gandra d’Almeida “como militar está habituado a lidar com situações de escassez e situações adversas”, por isso, “tem um sentido de organização mais apurado“, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Biden opõe-se ao “reconhecimento unilateral” do Estado palestiniano

  • Lusa
  • 22 Maio 2024

"Um Estado palestiniano deve surgir através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, opõe-se ao reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, indicou esta quarta-feira fonte oficial da Casa Branca. “[Joe Biden] acredita que um Estado palestiniano deve surgir através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano.

O Presidente [Biden] é um forte apoiante de uma solução de dois Estados e tem-no sido ao longo da sua carreira. Acredita que um Estado palestiniano deve ser criado através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou em reação à decisão de três países europeus de reconhecerem o Estado da Palestina.

Por outro lado, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, da extrema-direita, reiterou que Israel não permitirá a declaração da Palestina como Estado.

Espanha, a Irlanda e a Noruega anunciaram esta quarta que vão reconhecer o Estado da Palestina a 28 de maio, o que levou Israel a chamar os seus embaixadores nestes três países para consultas. Os anúncios destes três países, aplaudidos pela Arábia Saudita, Jordânia e Egito, elevam para 146 o número de Estados-membros das Nações Unidas que reconhecem o Estado da Palestina.

Malta e a Eslovénia também afirmaram que poderiam dar este passo em breve, enquanto Israel criticou todas estas decisões e afirmou que terão um impacto negativo na região .O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros disse entretanto que “tomou nota” da decisão de Espanha e da Irlanda de reconhecerem o Estado da Palestina, mas insistiu numa posição comum a 27.

Tomo nota do anúncio de dois Estados-membros – Espanha e Irlanda – e pela Noruega de reconhecerem o Estado da Palestina. No quadro da política externa e de segurança comum, vou trabalhar sem descansar com todos os Estados-membros para promover uma posição comum na UE baseada na solução dos dois Estados”, escreveu Josep Borrell na rede social X (antigo Twitter).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo alivia cortes no consumo de água no Algarve. “Isto não deve ser entendido como facilitismo”, disse Montenegro

Com o alívio nas restrições em vigor, existirá um aumento do consumo autorizado de água até ao final do ano. Governo ressalva que situação "continua a ser delicada".

O Governo decidiu aliviar as restrições ao consumo de água no Algarve, em todos os setores, anunciou o primeiro-ministro após a reunião da comissão para prevenção dos efeitos da seca. Com esta decisão, vai avançar o aumento do consumo autorizado até ao final do ano, bem como um novo Plano Nacional da Água.

“Isto não deve ser entendido como facilitismo”, reiterou Luís Montenegro, em declarações após a reunião, destacando que vão continuar a “promover políticas de poupança e boa gestão da água”, tendo em vista “garantir que doravante não serão necessários novos momentos de medidas restritivas”.

Em comunicado, enviado após o anúncio, o Ministério do Ambiente e Energia explica que “no que respeita aos alívios anunciados, regista-se um aumento de 2,65 hm3 no volume autorizado para o setor Urbano, de 13,14 hm3 para a Agricultura e de 4,17 hm3 para o Turismo (incluindo golfe e alojamento turístico) face aos cortes decididos pelo anterior Governo”.

Foi possível avançar com este alívio das restrições devido à “evolução favorável dos níveis de água nas albufeiras do Algarve e, sobretudo, no impacto positivo dos investimentos a realizar no setor da água na Região – tanto os já previstos, cuja execução tem sido débil e se pretende agilizar, como novos investimentos”. Estão previstos 366 milhões de euros de investimentos, dos quais 103 milhões serão novas infraestruturas.

Apesar destas medidas salvaguardarem o abastecimento público no Algarve para o próximo ano, o Governo “ressalva que a situação continua a ser delicada e que será alvo de constante monitorização, frisando que a poupança, o combate ao desperdício e a reutilização serão prioridades que vamos reforçar”.

A nova estratégia da água, que será apresentada até ao fim o ano, é designada “Água que une” e vai ser financiada através de instrumentos como o PT2030, o PRR e o Fundo Ambiental.

(Notícia atualizada às 19h05)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cristina Ferreira destrona Ronaldo. É agora a figura pública com maior notoriedade espontânea em Portugal

  • + M
  • 22 Maio 2024

O ranking conta ainda com figuras públicas como Madalena Abecasis, Manuel Luís Goucha, Ricardo Araújo Pereira, Helena Coelho, Nuno Markl, Rita Pereira, Wuant ou Catarina Furtado.

Cristina Ferreira é agora a figura pública com maior notoriedade espontânea em Portugal. A apresentadora de televisão destronou assim o futebolista Cristiano Ronaldo, que liderava este ranking.

Cristina conquistou a liderança enquanto figura pública ou influenciador com maior notoriedade espontânea top of mind (ou seja, cujo nome foi a primeira referência), depois de alcançar um registo de 14,4% de respostas. Os dados são da edição de 2024 do estudo “Figuras Públicas e Digital Influencers”, da Marktest, que contou com uma amostra de 1202 entrevistas, realizadas entre 26 de fevereiro e 8 de março de 2024.

Cristiano Ronaldo, que no ano passado tinha liderado o ranking, caiu assim para a segunda posição, colhendo 10,1% de primeiras referências. O pódio fica completo com Ana Garcia Martins (A Pipoca Mais Doce), com um registo de 4,4%.

O ranking dos nomes de personalidades mais referidos em primeiro lugar conta ainda com figuras públicas como Madalena Abecasis, Manuel Luís Goucha, Ricardo Araújo Pereira, Helena Coelho, Nuno Markl, Rita Pereira, Wuant (Filipe Morgado Borges) e Catarina Furtado.

Analisando o total de referências espontâneas feitas pelos inquiridos acerca das figuras públicas que reconhecem (independentemente da posição em que os nomes foram citados), Cristina Ferreira também foi quem conseguiu o melhor registo, com um total de 34,8% de referências.

Cristiano Ronaldo voltou a ficar em segundo lugar, com 26,4% de indicações por parte dos entrevistados. Já Manuel Luís Goucha, alcançou o terceiro lugar do pódio neste critério.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Da Bosch à HP. Estes são os “locais de trabalho mais saudáveis” em Portugal

Que empresas têm os locais de trabalho mais saudáveis? A Ordem dos Psicólogos acaba de selecionar os vencedores, entre as grandes, médias e pequenas organizações. Bosch e HP entre empresas premiadas.

Já estão escolhidos os locais de trabalho mais saudáveis em Portugal. Este ano, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) decidiu distinguir a Bosch Security Systems, na categoria dedicada às grandes organizações, a HP Portugal entre as médias empresas, e a Associação Desportiva e Recreativa – Centro Cultural e Social da Quinta de São Pedro entre as micro e pequenas organizações.

“O objetivo é reconhecer e distinguir as organizações portuguesas que contribuam para o bem-estar e a saúde (física e psicológica) no local de trabalho“, explica a Ordem, que adianta que, nesta edição do prémio, foram mais de 100 as organizações (nacionais e internacionais) que se candidataram.

Entre as grandes empresas, a Bosch é a vencedora, sendo os dois restantes lugares do pódio ocupado pela Câmara de Cascais (em segundo lugar) e pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (em terceiro lugar).

Já no que diz respeito às médias empresas, a HP aparece à cabeça, seguindo-se a ETAP – Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal, que conseguiu o segundo lugar, e o InterContinental Lisbon, que ficou em terceiro lugar.

Quanto às micro e pequenas organizações, a medalha de ouro vai para o Centro Cultural e Social da Quinta de São Pedro, a de prata para a Casa Maior – Residências Geriátricas e a de bronze para a Besturban Real Estate Advisors.

Por outro lado, as organizações que atingiram 60% ou mais da pontuação possível, atribuída na checklist de boas práticas no local de trabalho, e que cumpriram os requisitos, são agora distinguidas com um Selo Healthy Workplace – Local de Trabalho Saudável (nível I, II ou III).

No nível I, estão empresas como a AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, a Critical Software, o El Corte Inglés, a PHC Software, a REN, a Vieira de Almeida e a Volkswagen Group Services Portugal.

Já no nível II, aparecem, nomeadamente, a Câmara de Lisboa, a Glovo e o Montepio Serviços, ACE. Em comparação, do nível III, constam, por exemplo, a Ascendi, a Siemens, a Jerónimo Martins e a Goldenenergy.

O bastonário da OPP sublinha que “cada vez mais o bem-estar no local de trabalho é uma preocupação das pessoas, e as organizações não podem fechar os olhos a isso”.

Os prémios foram entregues esta quarta-feira no salão nobre do Ministério das Finanças, em Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acionistas do BCP aprovam dividendos de 257 milhões de euros

Além dos dividendos, os donos do BCP aprovaram ainda a mudança de auditor. KPMG está de regresso à auditoria de bancos. Assembleia geral marcada por protesto do sindicato.

Sem surpresas, os acionistas do BCP BCP 1,67% aprovaram esta quarta-feira em assembleia geral a distribuição de 257 milhões de euros em dividendos, depois dos lucros históricos de 856 milhões alcançados no ano passado. De resto, todos os pontos foram aprovados pelos acionistas, incluindo a mudança de auditor, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

A reunião magna foi marcada pelo protesto do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), que se manifestou à porta da sede do banco reclamando aumentos salariais de 5,8% para 2024, acima da proposta de 2,5% da administração. Lá dentro, cerca de 64% do capital esteve representado na assembleia geral.

O banco liderado por Miguel Maya vai assim distribuir 30% do resultado obtido em 2023, mas o CEO já prometeu que vai reforçar o payout para 50% no próximo plano estratégico que será apresentado depois do verão.

O BCP conta com dois acionistas de referência: a Fosun e a Sonangol, ambos detendo cerca de 20% do banco português. Os outros 60% estão dispersos na bolsa (free float).

Miguel Maya considerou que é importante reforçar a política de dividendos para o banco atrair investidores, numa altura em que tanto chineses como angolanos estão numa fase de desinvestimento.

As ações do BCP valorizam quase 30% desde o início do ano e transacionam no valor mais elevado desde 2016, conferindo ao banco uma capitalização bolsista de quase 5,4 mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parpública faz aumento de capital de 212 milhões de euros na Estamo

Operação foi concretizada através da entrada em participações nas sociedades Arco Ribeirinho Sul e na Consest no valor de 196 milhões. Os restantes 16 milhões serão injetados em dinheiro.

A Parpública avançou com um aumento de capital na Estamo no valor de 212 milhões de euros, no final de 2023. Com este reforço o aumento de capital da empresa pública, que gere o património imobiliário do Estado, passa a ser de 1.061 milhões de euros, revela um comunicado divulgado esta quarta-feira no site da Parpública.

De acordo com a nota, esta operação foi concretizada, na sua maioria, através da transmissão das participações nas sociedades Arco Ribeirinho Sul e na Consest no valor de 196 milhões de euros, sendo os restantes 16 milhões realizado ao longo deste ano através de entradas em dinheiro.

“Com vista a dotar a Estamo dos recursos necessários para dar resposta às novas exigências que lhe foram atribuídas, a Parpública subscreveu um aumento de capital da Estamo, no final do ano de 2023, no valor global de 212 milhões de euros“, informa o comunicado.

As novas exigências prendem-se com os “novos desafios” confiados à gestora pública de património do Estado, desde logo, “a reabilitação urbana de toda a zona identificada como as antigas instalações da Lisnave“, “bem como os territórios geridos pela anterior Baia do Tejo”, ambos abrangidos pelo projeto Arco Ribeirinho Sul.

No caso da Consest, explica a nota, a gestão da empresa já era conduzida pela administração da Estamo, “justificando-se a integração direta no seu património como forma de agilizar a gestão e a prossecução dos objetivos”.

Para o presidente da Parpública, esta operação “demonstra o compromisso” da sociedade gestora de participações sociais do Estado “com o investimento nas suas participadas“, e em particular, “o apoio da Parpública aos novos desafios colocados à Estamo”.

“A Parpública reforça assim e mais uma vez o seu papel como instrumento do Estado português na concretização de políticas públicas e de gestão de ativos mobiliários e imobiliários”, afirma José Realinho de Matos, citado no comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Espero ter o mínimo de problemas geopolíticos, mas não os ignoro”, diz novo chairman da EDP

António Lobo Xavier diz que diversidade da EDP a nível global, incluindo acionistas variados com perspetivas diferentes, é "difícil de gerir". Mas acredita que tem o perfil certo para criar consensos.

Eleito em abril para presidir ao Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da EDP EDP 0,11% , António Lobo Xavier reconhece que o órgão é “difícil de gerir” e que tem de ter em atenção os acionistas, que no caso da energética têm perspetivas, pretensões, preocupações e perfis culturais diferentes.

Questionado, em entrevista ao site da EDP, sobre as prioridades do mandato, Lobo Xavier começou por responder que o CGS “tem funções raras no contexto português”. “Este órgão mistura responsabilidades de conselho de administração, com responsabilidades de conselho fiscal, com responsabilidades de assembleia geral”, explica. “É muito difícil de gerir, são funções muito variadas”.

Sublinha que tem de “ter em atenção os acionistas e de ver as suas pretensões e preocupações, gerir a informação e a discussão com eles”, além de colaborar com os executivos, não só para conhecer o negócio, mas também para participar na definição da estratégia a médio e longo prazo.

Segundo o site da EDP, a China Three Gorges, controlada pelo Estado chinês, é a maior acionista da empresa, com 21,01% do capital. Em segundo lugar está a Oppodium Capital (detida em 55,9% pela espanhola Masaveu Internacional, com os restantes 44,1% a pertencerem ao Liberbank) com 6,83% e em terceiro a norte-americana BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, com 6,33%.

“A EDP tem uma enorme diversidade, o que é uma ajuda”, afirma Lobo Xavier, vincando que se as coisas estão a correr mal num lado, podem estar a correr bem no outro. “Mas é algo muito difícil de gerir. Não quero exagerar, mas em grande medida, uma parte do mundo está em pré-guerra. Todos os negócios com exposição a muitas geografias têm o drama da geopolítica. A EDP também. Depois também temos acionistas variados, com perspetivas diferentes sobre o mundo“.

“Espero ter o mínimo de problemas geopolíticos, mas não os ignoro”, diz o chairman. Salienta que escala global da EDP é algo a que está habituado, sobretudo na experiência na embalagem de vidro, BA Glass, onde foi administrador, numa empresa que tem presença no México, Roménia, Bulgária, Polónia, Grécia, Espanha, Portugal e já teve o Brasil. “Estou habituado a perceber as diferenças das jurisdições: do sistema legal, do sistema de pensamento, do sistema cultural”, afirma.

“Eu julgo que o que se espera de mim – que tenho experiência política e até fiz parte de um Conselho de Estado – é que tenha alguma capacidade para proteger os interesses da EDP em presença de tantas diferenças” explica. “Quer das jurisdições, quer até dos estilos e dos perfis culturais de acionistas, e dos perfis culturais dos colaboradores“.

Em relação à transição energética, Lobo Xavier diz que é preciso convencer os stakeholders que o percurso continua a ser importante. “Nós estamos numa situação internacional em que há, novamente, enormes forças de recuo – o mundo do oil & gas está com mais força hoje, paradoxalmente, do que tinha há dois anos”, aponta. “Isso é fruto de várias razões, entre elas a incerteza do mundo, das crises económicas, as guerras, a própria pandemia e as dificuldades geopolíticas”.

Recorda que e EDP estava na linha da frente da transição energética, “levava a bandeira, de repente para o mundo, isso já não é um valor assim tão aceite“.

“Há muitas pressões para que se proteja um valor de curto prazo recuando na passada da transição energética” e esse é um dos grandes desafios: “convencer os stakeholders da EDP de que o trajeto continua a ser importante, mesmo do ponto de vista da criação de valor”.

“Já não se trata apenas de uma missão de salvar o mundo, é também uma missão de se contribuir para a sustentabilidade do mundo, mas produzindo valor Isso hoje nem sempre está claro”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco já reembolsou 1.248 milhões de euros. Prazo médio foi de 21,8 dias

Já foram entregues mais de quatro milhões de declarações de IRS desde 1 de abril. Prazo termina a 30 de junho.

Desde o início da campanha de IRS deste ano, referente aos rendimentos de 2023, já foram entregues mais de quatro milhões de declarações. A Autoridade Tributária já efetuou reembolsos no valor de 1.247,8 milhões de euros, com um prazo médio de 21,8 dias, segundo indicou fonte oficial do Ministério das Finanças ao ECO.

Foram no total entregues já 4.137.301 declarações de IRS, das quais foram liquidadas 3.335.000. Desde 1 de abril, data em que arrancou a entrega do IRS este ano, foram já efetuados 1.339.167 reembolsos, no montante de 1.247,8 milhões de euros.

Já o prazo médio dos reembolsos pagos foi de 21,8 dias, “que compara com 24 dias, no período homólogo”. É de salientar que o reembolso é normalmente efetuado mais rapidamente para os contribuintes que entregam o IRS automático, ou seja, a declaração já pré-preenchida sem alterações.

Os contribuintes têm reportado alguns problemas no processo, sendo que o Portal da Queixa indicou esta quarta-feira em comunicado que recebeu mais de 170 reclamações relacionadas com o tema dirigidas ao Fisco, mas as Finanças asseguram que “não se verifica registo de evidências de anomalias ou constrangimentos nos processamentos de validação e liquidação das declarações de IRS, relativas ao ano de 2023, estando os trabalhos a decorrer com normalidade”.

A entrega de IRS decorre até 30 de junho. Para os contribuintes que estão abrangidos pelo IRS automático, caso não confirmem os valores ou submetam outra declaração dentro do prazo, o Fisco assume a declaração provisória pré-preenchida como entregue.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.