Petróleo cai mais de 1% e ruma à quarta semana de perdas

Receios de recessão continuam a pressionar os preços do “ouro negro”. Força do dólar também pesa sobre a cotação do barril. Tensão russa pode inverter cenário.

Os preços do petróleo voltam a cair esta sexta-feira perante os receios de uma recessão e também por causa da força do dólar. O barril de “ouro negro” vai a caminho da quarta semana de perdas e está em mínimos desde o início do ano, antes de a Rússia ter invadido a Ucrânia.

Em Londres, o barril de Brent desvaloriza 1,35% para 89,23 dólares, e acumula uma perda de 1,4% desde o início da semana, enquanto o crude WTI perde 1,49% para 82,28 dólares e 2,5% desde segunda-feira. Ambos os contratos de referência transacionam em mínimos desde janeiro.

Petróleo em queda

“Na sequência do acelerar da subida de juros pelos maiores bancos centrais, o risco de uma recessão económica global sobrepõe-se aos problemas na oferta nos mercados, apesar da recente escalada da guerra da Rússia na Ucrânia”, refere a analista Tina Teng, da CMC Markets, citada pela agência Reuters.

“Contudo, uma queda acentuada das reservas estratégicas dos EUA e uma redução dos inventários poderão continuar a dar suporte aos preços, pois ainda há problemas de falta de oferta, enquanto o acordo nuclear do Irão está num impasse”, acrescenta. A Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA caiu na semana passada para o nível mais baixo desde 1984.

A Reserva Federal norte-americana subiu as taxas de juro em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva esta quarta-feira, e outros bancos centrais seguiram as pisadas no dia seguinte, aumentando o risco de travagem económica.

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Nas notícias lá fora: impostos, financiamento e doações

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Senadores republicanos norte-americanos bloquearam legislação que obrigaria os comités de ação política a revelar a identidade de doadores que ofereçam 10.000 dólares ou mais às campanhas eleitorais.

A atualidade internacional está marcada esta sexta-feira pela fiscalidade. Em Espanha, o Ministério das Finanças vai criar um imposto específico que vai agravar temporariamente em 1% os impostos cobrados sobre as grandes fortunas. Já no Reino Unido, o “mini-Orçamento”, que vai ser apresentado esta sexta-feira, deverá revelar um corte no Imposto de Selo, uma taxa que se aplica a transações e que é muito criticada pelos agentes imobiliários. Noutra geografia, Hong Kong perdeu o título de principal centro financeiro da Ásia para Singapura, numa classificação mundial em que Nova Iorque e Londres mantêm o primeiro e o segundo lugares, respetivamente.

Cinco Días

Espanha vai impor um novo imposto sobre as grandes fortunas

O Ministério das Finanças espanhol vai criar um imposto específico que vai agravar temporariamente em 1% os impostos cobrados sobre as grandes fortunas. O objetivo é que esteja em vigor no início de janeiro de 2023 e aumentar a receita fiscal para 2,3 mil milhões de euros, ou seja, mais 1,1 mil milhões do que o habitual. Com esta opção a ministra das Finanças, María Montero, pretende criar um imposto que afete também as regiões que isentam na totalidade o imposto sobre o Património, como o faz Madrid há vários anos. O desenho da medida ainda não está concluído, mas poderá passar por retirar poder às regiões para conceder isenções neste tipo de imposto.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Governo britânico prepara baixa do Imposto de Selo sobre imóveis

O ministro das Finanças britânico, Kwasi Kwarteng, que apresenta esta sexta-feira um “mini-Orçamento”, deverá revelar um corte no Imposto de Selo, uma taxa que se aplica a transações e que é muito criticada pelos agentes imobiliários. Não é ainda claro se o novo Governo de Liz Truss se prepara para acabar com aquela taxa, reduzi-la para todos os compradores ou aumentar o limite a partir do qual ela se aplica – estabelecida a partir das 300 mil libras para os primeiros compradores e das 125 mil libras para os restantes.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

The Standard

Singapura ultrapassa Hong Kong como principal centro financeiro da Ásia

Hong Kong perdeu o título de principal centro financeiro da Ásia para Singapura, numa classificação mundial em que Nova Iorque e Londres mantêm o primeiro e o segundo lugares, respetivamente. Singapura subiu três posições no Índice Global de Centros Financeiros (GFCI, na sigla em inglês), respeitante à primeira metade do ano, ocupando o terceiro lugar. Este ranking avalia a competitividade de 119 centros financeiros em todo o mundo. Hong Kong ficou isolada do mundo durante mais de dois anos devido às políticas anti-Covid-19, de acordo com a estratégia de zero casos da China. Já Singapura eliminou as restrições à entrada de pessoas e reabriu as fronteiras no início do ano.

Leia a notícia completa no The Standard (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Washington Post

Republicanos bloqueiam lei que pretendia impedir doações anónimas

Os senadores republicanos norte-americanos bloquearam a legislação que obrigaria os comités de ação política e outras organizações a revelar a identidade de doadores que ofereçam 10.000 dólares ou mais durante a campanha eleitoral. A Câmara Alta, em que metade dos senadores são republicanos e a outra democratas, necessitou de 60 votos a favor para pôr fim ao debate sobre o projeto de lei para o submeter a votação. Na votação, o projeto de lei recebeu apenas 49 votos a favor, os dos democratas, e 49 contra, os dos republicanos. Os democratas queriam aprovar a lei, alegando que as grandes empresas e os milionários apoiam ou prejudicam candidatos anonimamente por meio dessas organizações, enquanto os republicanos defendem o direito de fazer doações políticas.

Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Boeing paga mais de 200 milhões de euros por afirmar que 737 MAX era seguro

A Boeing aceitou pagar 200 milhões de dólares (203,4 milhões de euros) por emitir publicamente várias mensagens a afirmar que o modelo de avião 737 MAX não apresentava riscos após dois acidentes fatais com aquelas aeronaves. Um problema com o software de voo, MCAS, fez com que um avião 737 MAX da Lion Air, em outubro de 2018, e uma aeronave similar da Ethiopian Airlines, em março de 2019, mergulhassem de nariz sem que os pilotos o pudessem evitar. Os dois acidentes mataram 346 pessoas e paralisaram toda a frota mundial de 737 MAX durante 20 meses. O antigo diretor geral da empresa aeronáutica norte-americana, Dennis Muilenburg, também aceitou pagar um milhão de dólares em multas.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

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“Referendos não serão reconhecidos por ninguém”, diz João Gomes Cravinho

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

O chefe de diplomacia portuguesa declarou que os referendos são uma nova forma de agressão à Ucrânia e disse acreditar que a comunidade internacional está a reagir da "forma correta" à ação de Moscovo

Os referendos sobre a anexação pela Rússia começaram esta sexta-feira em partes da Ucrânia, total ou parcialmente controladas por Moscovo, noticiaram as agências russas, com Kiev e o Ocidente a apelidarem estas consultas de “uma farsa”. Portugal não vai reconhecer os resultados, adiantou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.

“Portanto, a ideia de que a partir do momento em que fazem estes falsos referendos, passemos a falar de território russo na Ucrânia, essa é uma ideia que não tem qualquer cabimento e, portanto, não justificará qualquer atitude nova por parte da Rússia”, avaliou. O chefe de diplomacia portuguesa declarou que os referendos são uma nova forma de agressão à Ucrânia e disse acreditar que a comunidade internacional está a reagir da “forma correta” à ação de Moscovo.

A votação, que começou às 6 horas em Lisboa, vai decorrer até terça-feira nas regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk (leste) e nas áreas sob ocupação russa nas regiões de Kherson e Zaporijia (sul), enquanto decorre a ofensiva militar de Moscovo contra a Ucrânia.

Os parlamentos das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, reconhecidas pelo Kremlin a 21 de fevereiro passado, convocaram um referendo de integração na Rússia entre hoje e 27 de setembro, ao qual se juntaram as regiões de Kherson e Zaporijia, parcialmente sob domínio russo.

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Maioria dos portugueses já corta no lazer, gás, luz e água

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Cortes no lazer foram a primeira resposta de 72% dos portugueses. Mais de 60% já reduziu consumos de gás, luz e água e um terço cortou em bens de primeira necessidade.

Os portugueses estão a reduzir o consumo face à elevada inflação, sendo que 48% dizem viver com dificuldade com os seus atuais rendimentos. De acordo com uma sondagem realizada pelo ICS/ISCTE para o Expresso (acesso pago), a maioria dos portugueses (72%) começou por cortar nas “despesas com atividades de lazer, tais como pas­seios, refeições fora de casa, hobbies, cinema ou espetáculos”, enquanto 62% dos inquiridos dizem já ter “diminuído o uso doméstico de eletricidade, gás e/ou água”.

Dos que têm dimi­nuído estes consumos há 54% que assumem ainda viver de forma confortável ou satisfatória, também 54% dos portugueses com qualificações superiores e 67% dos que estão em plena idade laboral, entre os 45 e os 64 anos. Entre os reformados, perto de dois terços (63%) têm reduzido estes consumos.

Além disso, mais de um terço dos portugueses (37%) cortou em bens de primeira necessidade e 19% em consultas, medicamentos e outras despesas de saúde. Deixar de conseguir pagar a renda ou a prestação da casa é uma preocupação para 57%, enquanto cerca de dois terços dos inquiridos dizem-se “muito” ou “algo” preocupados com a possibilidade de deixarem de conseguir pagar as contas de luz, de água ou de gás.

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Lisboa perde 2,5% com EDP Renováveis e Galp a caírem mais de 3%

Bolsas terminam semana complicada com mais perdas. PSI afunda recua 2,5% com todas as cotadas no vermelho. EDP Renováveis e Galp cedem mais de 3%.

A semana foi complicada para os investidores, depois da nova vaga de aumentos de taxas de juros de vários bancos centrais em todo o mundo. As bolsas não têm grande descanso esta sexta-feira e voltam a registar perdas acentuadas, depois dos novos dados económicos apontarem o caminho da Zona Euro para uma recessão. Lisboa não é exceção.

O PSI cai 2,55% para 5.533,86 pontos, e prepara-se para fechar a semana com uma desvalorização acumulada de mais de 3% desde a passada segunda-feira.

Todas 15 cotadas que compõem o índice de referência nacional no vermelho, com a Galp a cair 3,47% e a EDP Renováveis a ceder 3,65%. As ações do BCP cedem 1,72% para 0,1372 euros. EDP e Jerónimo Martins, os outros pesos pesados, também estão em baixa de 1,97% e 2,67%, respetivamente.

Galp cai mais de 3%

Lá por fora, depois de uma abertura com perdas ligeiras, os investidores intensificaram a pressão vendedora assim que foram revelados novos dados sobre a economia. O Stoxx 600 recua mais de 1%, depois de fechar em mínimos desde janeiro de 2021. As praças de Madrid, Paris e Frankfurt também cedem entre 1% e 1,2%.

A atividade económica na Zona Euro voltou a degradar-se este mês, dando sinais de que a economia da região não deverá escapar a uma recessão, devido ao impacto da subida dos preços no consumo das famílias e nos negócios das empresas. O índice de compras dos gestores (PMI) da S&P Global, visto como um bom indicador para avaliar a saúde da economia, caiu para 48,2 em setembro, em relação aos 48,9 registados no mês anterior

E isto depois de uma semana intensa em reuniões de bancos centrais. A Fed subiu os juros em 75 pontos base pela terceira vez seguida e apontou para mais subidas, assumindo um modo agressivo que não foi bem recebido no mercado, tendo em conta o risco de recessão. O Banco de Inglaterra também aumentou as taxas em 50 pontos base esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 10h17 com novas cotações)

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Subida de rendimentos? “Não pode ser abaixo dos 7%”, defende UGT

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

UGT traça como "linha vermelha" um aumento de rendimentos não inferior a 7%, que passa não só por uma subida dos salários, mas também por uma baixa da carga fiscal.

Para a UGT, “a linha vermelha” para a subida dos rendimentos “não pode ser abaixo dos 7%”. O líder da estrutura sindical, Mário Mourão, explica, em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago) , que este aumento poderá ser feito não “só através dos salários”.

“Há muitas formas de aumentar os rendimentos dos trabalhadores, por exemplo, através da política fiscal”, explicou, apontando para uma baixa dos impostos sobre os rendimentos de trabalho.

“A nossa política fiscal sobre os rendimentos de trabalho é muito pesada e há que aliviar o IRS, nomeadamente nos escalões. Há várias formas de o fazer e essa vontade de querer ou não um acordo, para os próximos quatro anos, depende muito do Governo”, considerou Mário Mourão.

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Apenas 18 mil consumidores pediram adesão à tarifa regulada do gás

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Desde a entrada em vigor da medida que permite aos consumidores regressarem ao mercado regulado do gás natural, a 7 de setembro, só cerca de 18 mil de um universo de 1,3 milhões fizeram esse pedido.

Do universo de 1,3 milhões de potenciais beneficiários, apenas cerca de 18 mil consumidores do mercado liberalizado pediram para ter tarifa regulada do gás natural desde que entrou em vigor a medida que permite regressar ao mercado regulado, há duas semanas, noticia o Público (acesso condicionado), citando dados da Adene, a agência que gere as mudanças de comercializador nos mercados de eletricidade e de gás natural).

Desse número, perto de 12 mil já assinaram contrato, enquanto os restantes seis mil pedidos ainda estão a ser analisados. Caso todos os pedidos sejam contratualizados, o mercado regulado do gás natural aumentará em mais de 8%. E, embora o número de pedidos de adesão às tarifas reguladas ainda esteja muito longe do total de clientes que poderão fazê-lo, a Adene antecipa que estes números deverão vir a crescer substancialmente em breve.

A abertura da porta do mercado regulado do gás, a partir de 1 de outubro e por um período máximo de 12 meses, a mais de 1,3 milhões de clientes (com consumos anuais iguais ou inferiores a 10.000 metros cúbicos) — quando, atualmente, o mercado regulado conta com apenas cerca de 220 mil — é uma das medidas lançadas pelo Governo para dar resposta ao aumento acentuado dos custos da energia, com comercializadores como a EDP e a Galp a anunciarem uma subida dos preços.

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iCapital contrata Vanda de Jesus para liderar operação em Portugal

A profissional, que transita do Portugal Digital, irá supervisionar e coordenar uma equipa com mais de 150 pessoas.

A iCapital contratou Vanda de Jesus como managing director, country head of Portugal. A profissional, que transita do Portugal Digital, irá supervisionar e coordenar uma equipa com mais de 150 pessoas, da área de tecnologia, assim como de outras operações e áreas de suporte sediadas, no escritório da fintech em Lisboa.

“A iCapital é uma empresa inovadora no panorama complexo e em rápida evolução dos investimentos alternativos. Estou verdadeiramente entusiasmada por juntar-me à enérgica equipa da iCapital e ajudar a transformar a forma como as indústrias de gestão de ativos e património alavancam a tecnologia e proporcionam acesso aos mercados privados, e orgulhosa por a iCapital ter escolhido o meu país natal para estabelecer o seu hub tecnológico global e investir no talento local”, afirma Vanda de Jesus.

A profissional reportará a Marco Bizzozero, head of international, sediado em Zurique.

Vanda de Jesus junta-se à iCapital após ter feito parte do Governo português, onde exerceu funções de diretora executiva do Portugal Digital e onde teve a oportunidade de liderar os esforços para acelerar a transformação digital do país.

Antes da sua experiência no Portugal Digital, Vanda de Jesus trabalhou na Microsoft Portugal durante sete anos, onde exerceu funções como diretora executiva de marketing e relações públicas, e também na Viatecla, assumindo a direção de marketing e vendas. A nível académico, é licenciada em Gestão de Empresas pelo ISCTE.

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Dados de Costa e Marcelo expostos após ciberataque à TAP

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Grupo de hackers expôs dados pessoais do primeiro-ministro, do Presidente da República e de altos responsáveis das forças e serviços de segurança após o ataque informático aos servidores da TAP.

O primeiro-ministro, António Costa; o diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz; o comandante-geral da GNR, Rui Clero; e o líder do Chega, André Ventura, tiveram os seus dados expostos na dark web pelo grupo de hackers Ragnar Locker, que atacou os servidores da TAP em agosto, adianta o Expresso (acesso pago). Foram também divulgados alguns dados pessoais do Presidente da República na sequência do mesmo incidente, noticiou entretanto o Público (acesso pago).

Em relação a Costa foi tornada pública apenas uma morada antiga, tendo sido exposto o e-mail de uma colaboradora do seu gabinete. Já Ventura teve o seu número pessoal e e-mail expostos, mas não a morada de casa. Quanto a Neiva da Cruz e Rui Clero foram revelados a morada, o número de telemóvel e email.

O grupo de hackers expôs a informação privada de 1,5 milhões de pessoas na internet, e até alegados acordos comerciais da companhia foram revelados. Esta semana, a TAP disse não ter indícios de que dados de pagamento tenham sido exfiltrados dos seus sistemas.

Marcelo já foi informado da partilha de informações

Alguns dados pessoais da maior figura de Estado também foram divulgados na deep web após o ataque informático do grupo Ragnar Locker à companhia aérea portuguesa, segundo avança esta tarde o Público, sem especificar que tipo de dados foram partilhados.

Numa nota, a Presidência da República, citada pelo mesmo jornal, adianta que Marcelo Rebelo de Sousa já tomou conhecimento de que algumas informações fazem parte dos ficheiros partilhados pelos hackers e que serão tomadas precauções quanto às informações mais sigilosas.

Na base de dados constam pelo menos 392 e-mails com o domínio gov.pt, o que indicia que as vítimas do ciberataque integram organizações governamentais portuguesas. Há ainda vários endereços de correio eletrónico de outras entidades estatais espalhadas pelo mundo.

(Notícia atualizada às 13h37 com a informação da partilha de dados do Presidente da República)

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Hoje nas notícias: gás, despesas e TAP

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Desde a entrada em vigor da medida que permite aos consumidores regressarem ao mercado regulado do gás natural, a 7 de setembro, só cerca de 18 mil fizeram esse pedido. A maioria dos portugueses já corta em despesas de lazer (72%) e reduz consumo de luz, gás e/ou água em casa (62%). Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Apenas 18 mil consumidores pediram para aderir ao mercado regulado do gás

Do universo de 1,3 milhões de potenciais beneficiários, apenas cerca de 18 mil consumidores do mercado liberalizado pediram para ter tarifa regulada do gás natural desde que entrou em vigor a medida que permite regressar ao mercado regulado, há duas semanas. Desse número, perto de 12 mil já foram contratualizados, enquanto os restantes pedidos ainda estão a ser analisados. Embora o número de pedidos de adesão às tarifas reguladas ainda esteja muito longe do total de clientes que poderão fazê-lo, a Adene (agência que gere as mudanças de comercializador nos mercados de eletricidade e de gás natural) antecipa que os números deverão vir a crescer substancialmente em breve.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Maioria dos portugueses já corta no lazer, gás, luz e água

Os portugueses estão a reduzir o consumo face à elevada inflação, sendo que 48% dizem viver com dificuldade com os seus atuais rendimentos. De acordo com uma sondagem realizada pelo ICS/ISCTE, a maioria dos portugueses (72%) começou por cortar nas “despesas com atividades de lazer, tais como pas­seios, refeições fora de casa, hobbies, cinema ou espetáculos”, enquanto 62% dos inquiridos dizem já ter “diminuído o uso doméstico de eletricidade, gás e/ou água”. Além disso, mais de um terço dos portugueses (37%) cortou em bens de primeira necessidade e 19% em despesas de saúde. Deixar de conseguir pagar a renda ou a prestação da casa é uma preocupação para 57%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Dados de Costa e diretor do SIS expostos após ataque à TAP

O primeiro-ministro, António Costa, o diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, o comandante-geral da GNR, Rui Clero, e o líder do Chega, André Ventura, tiveram os seus dados expostos na dark web pelo grupo de hackers Ragnar Locker, que atacou os servidores da TAP. Em relação a Costa, por exemplo, foi tornada pública apenas uma morada antiga, tendo sido exposto o e-mail de uma colaboradora do seu gabinete. Quanto a Neiva da Cruz, foram revelados o número de telemóvel e e-mail.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

“Pessoas estão dispostas a sacrifícios para a Segurança Social, se Governo falar verdade”

Francisco Assis considera que os portugueses estão dispostos a assumirem sacrifícios para assegurar a sustentabilidade da Segurança Social, mas o Governo tem de ser transparente e explicar os desafios que o sistema que garante pensões enfrentará nos próximos anos. “As pessoas estão dispostas a sacrifícios para a Segurança Social, se Governo falar verdade”, sublinhou o presidente do Conselho Económico e Social.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

UGT traça “linha vermelha” para aumento de rendimentos acima de 7%

Para a UGT, “a linha vermelha” para a subida dos rendimentos “não pode ser abaixo dos 7%”. O líder da estrutura sindical, Mário Mourão, considera que este aumento poderá ser feito não “só através dos salários”. “Há muitas formas de aumentar os rendimentos dos trabalhadores, por exemplo, através da política fiscal”, explicou. O dirigente sindical apontou para uma baixa da carga fiscal sobre os rendimentos de trabalho. “Há que aliviar o IRS, nomeadamente nos escalões”, pede Mário Mourão.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

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Marcelo queria 100 mil pessoas mas Web Summit terá 70 mil em 2022

Cimeira tech vai ocupar mais espaço face a 2019, apesar de não terem sido feito obras de ampliação da FIL no último ano. O número de visitantes estimados são 70 mil.

No próximo ano temos de ser mais. Temos de ser 100 mil (participantes).” A meta foi fixada pelo Presidente da República para a edição de 2022 da Web Summit, mas a ambição não vai ser cumprida. Quase um ano depois, não só não houve nenhuma expansão do espaço da FIL, como a a equipa de Paddy Cosgrave aponta para mais de 70 mil visitantes para a edição deste ano da cimeira tecnológica. É um regresso a 2019.

“Espera-se que a Web Summit 2022 possa esgotar mais cedo do que nunca, com o aumento da procura, recebendo mais de 70 mil pessoas em Lisboa”, assim responde ao ECO fonte oficial da cimeira tecnológica. Ao receber mais de 70 mil participantes neste ano, o certame vai igualar o número de espetadores de 2019, falhando a ambição de Marcelo Rebelo de Sousa. Em 2019, participaram 70.469 pessoas.

O único recorde esperado, para já, está na dimensão do recinto. “Para a Web Summit 2022 estamos a aumentar a pegada total do evento para o maior número de sempre. O nosso recorde anterior tinha sido estabelecido em 2019, com 183.292 metros quadrados. Em 2022, vamos crescer para 204.386 metros quadrados”, escreveu Paddy Cosgrave no início de setembro através de uma publicação na rede social LinkedIn.

Além do Altice Arena, o evento vai utilizar “exatamente o mesmo espaço que ocupou em 2019” na FIL: “os pavilhões 1, 2, 3, 4 e multiusos [entre os pavilhões 2 e 3], áreas exteriores entre pavilhões, a Praça Sony, o PT Meeting Center e a Praça FIL. Sabemos que a rua pública entre o Pavilhão 4 e a Praça Sony também será ocupada, à semelhança do que aconteceu em 2019”, esclarece ao ECO fonte oficial da Fundação AIP, dona da Feira Internacional de Lisboa.

Mapa da Web Summit de 2019

Promessa por cumprir

Um dos compromissos assumidos pelo Estado português e o município de Lisboa em 2018 com a empresa de Paddy Cosgrave foi a duplicação do espaço da FIL até 2022. Este foi um dos argumentos decisivos para que a cimeira ficasse em Portugal até 2028, com o pagamento de 11 milhões de euros por ano.

A data original para a ampliação era outubro de 2021, mas a falta de acordo com a Fundação AIP não permitiu que ela se realizasse. A Câmara de Lisboa conseguiu fazer uma adenda que estendeu o prazo em um ano. O líder da Web Summit esperava que o compromisso fosse honrado. “Não fui informado de nada contrário”, garantiu Paddy Cosgrave em entrevista ao ECO em outubro de 2021, antes de nova edição da cimeira tecnológica, no regresso ao presencial depois da pandemia.

Já com a cimeira a decorrer, o então recém-empossado presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou: “A situação tem de ser resolvida, terei de encontrar essa solução e vou encontrá-la.”

A Fundação AIP e a Câmara Municipal de Lisboa têm-se empenhado em encontrar uma solução viável para a expansão prevista para a FIL, não se tendo ainda estabilizado esta solução.

Fundação AIP

Quase um ano depois, a dona da FIL diz que “não foram realizadas quaisquer obras de expansão das instalações existentes, mas sim melhor utilização dos espaços. A Fundação AIP e a Câmara Municipal de Lisboa têm-se empenhado em encontrar uma solução viável para a expansão prevista para a FIL, não se tendo ainda estabilizado esta solução”.

Sobre o aumento da pegada da Web Summit, a mesma entidade indica que a cimeira “ocupa várias instalações no Parque das Nações, onde poderá eventualmente haver uma ocupação superior neste ano face a 2019“. A organização da Web Summit apenas indica que o aumento de espaço “vai servir para melhorar a experiência dos participantes”.

Contactada pelo ECO, a Câmara Municipal de Lisboa não quis prestar esclarecimentos. Na semana passada, o município aprovou a atribuição de 6,3 milhões de euros à Associação de Turismo de Lisboa (ATL) para a realização da Web Summit 2022, o dobro do valor pago habitualmente. No acordo de 2018, ficou estabelecido que o investimento anual da autarquia seria de três milhões de euros — o restante montante seria assegurado pelo Governo.

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NextBITT prevê contratar 60 pessoas nos próximos 12 meses e aponta mira a Espanha

A estratégia para a aceleração de crescimento da companhia terá em conta dois pontos: abertura de novos escritórios e trabalho remoto. Espanha é o mercado na mira da internacionalização.

Depois da injeção de cinco milhões de euros do fundo Explorer Investments na NextBITT, os planos da tecnológica portuguesa são, agora, mais ambiciosos. Nos próximos 12 meses, espera contratar 60 novos profissionais para as diferentes áreas de atuação e Espanha é o mercado na mira da internacionalização.

Nos primeiros cinco anos, temos como objetivo estar presentes em quatro ou cinco geografias da comunidade europeia. Espanha será uma delas claramente, as restantes geografias ainda estão a ser estudadas. Dado o nosso crescimento até à data, manter este ritmo de crescimento implica alargar a nossa presença a novos mercados, não descurando nunca a nossa base de operação nacional”, adianta Miguel Salgueiro, founder & partner da NextBITT, à Pessoas.

“Neste contexto desafiante pretendemos, com este investimento, contratar 60 pessoas nos próximos 12 meses, de forma a sustentar a aceleração de crescimento”, avança Miguel Salgueiro. Isto apesar “da dificuldade da contratação de profissionais mais qualificados como aqueles que procuramos”.

“Este continua a ser um dos maiores desafios para o setor das tecnologias de informação. É por essa mesma razão que trabalhamos diariamente na atração de novos colaboradores, e apostamos na progressão contínua das carreiras, de forma a trabalhar quer a vertente da entrada de novos talentos, quer a retenção dos que já fazem parte da equipa NextBITT.”

Neste momento, os perfis que a empresa procura são net fullstack developer, software tester, BI e engenheiros do ambiente. “Acreditamos que o trabalho remoto é o futuro do ecossistema organizacional, pelo que não colocamos de lado as ofertas para remote work”, refere o gestor.

Abertura de novos escritórios e aposta no trabalho remoto

A estratégia para a aceleração de crescimento da companhia terá em conta dois pontos: abertura de novos escritórios e trabalho remoto. “Por um lado, pretendemos expandir o negócio NextBITT para outros países através da criação de novos escritórios e fixação de talentos. Por outro lado, não fugindo à realidade em que hoje vivemos, contamos também com a possibilidade de determinados talentos trabalharem diferentes mercados em remote work“, explica.

Por um lado, pretendemos expandir o negócio NextBITT para outros países através da criação de novos escritórios e fixação de talentos. Por outro lado, não fugindo à realidade em que hoje vivemos, contamos também com a possibilidade de determinados talentos trabalharem diferentes mercados em remote work.

Miguel Salgueiro

Founder & partner da NextBITT

A companhia aposta, no entanto, num modelo híbrido. “Desde a pandemia que tivemos a oportunidade de compreender as inúmeras vantagens do trabalho remoto. No entanto, consideramos que um regime unicamente remoto pode também ser prejudicial para a cultura da empresa pelo que adotámos um regime híbrido, tanto presencial como online”, considera Miguel Salgueiro.

Espanha é, para já, a aposta que se segue na internacionalização da companhia. Uma das “quatro ou cinco” que estão a ser estudadas.

Para 2022, a NextBITT tem como objetivo atingir um crescimento de 30% no seu volume de negócios e de dez a 15 novos clientes em Portugal.

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