Capital de risco Atena compra empresa têxtil de Barcelos

Sociedade liderada por Miguel Lancastre promete “recursos financeiros e humanos” para expandir a Quinta & Santos, da área dos acabamentos têxteis, que emprega mais de uma centena e fatura 8 milhões.

A Atena Equity Partners fechou a compra de uma participação maioritária na empresa têxtil Quinta & Santos – Score, especializada na área dos acabamentos têxteis e que tem clientes sobretudo no mercado da moda de luxo, focado em pequenas séries ou produtos únicos.

Fundada há cerca de três décadas, a empresa industrial localizada na freguesia da Várzea, no concelho de Barcelos, emprega atualmente mais de uma centena de pessoas e conta chegar ao final deste ano com um volume de faturação superior a oito milhões de euros.

O nosso objetivo é continuar a desenvolver a empresa, explorando oportunidades de crescimento. [Contamos] com recursos financeiros e humanos que contribuirão para a expansão e prosseguir com a forte aposta na sustentabilidade.

Miguel Lancastre

Founding partner da Atena Equity Partners

Concretizada através do fundo Atena II, esta aquisição “enquadra-se no âmbito da temática da sucessão empresarial, tendo os acionistas reconhecido o valor acrescentado da opção pela alienação de uma posição maioritária” a esta sociedade de capital de risco, que é dona da rede de clínicas dentárias Maló e que conta no portefólio com a Simi (engenharia), a Prado Cartolinas da Lousã (papel) ou a Wemold (moldes).

O founding partner promete “continuar a desenvolver a empresa, explorando oportunidades de crescimento”. Citado num comunicado de imprensa, Miguel Lancastre frisa que a Atena tem um “importante historial de geração de valor, contando com recursos financeiros e humanos que contribuirão para a expansão da empresa e para prosseguir com a forte aposta na sustentabilidade”.

Miguel Lancastre, founding partner da Atena Equity Partners

A operação assessorada pela EY e pela GLX LTM e Associados do lado do comprador e pela RSN Advogados do lado do vendedor, vem reforçar o portefólio de investimentos do Fundo Atena II, que no ano passado concretizou, por exemplo, a aquisição da farmacêutica Sidefarma ou do Hospital Particular de Almada, também na área da saúde, e que resgatou da falência a Cariano, especialista em serviços de elevação para parques eólicos e que era detida pelo fundo Explorer.

Tingimento através de nanotecnologia

Na moderna unidade industrial situada no coração do Minho, que o comprador diz dispor de uma “elevada eficiência ambiental e energética”, a empresa possui também um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) dedicado à criação de novas tecnologias e ao aperfeiçoamento de técnicas de lavagem, tingimento e acabamento têxtil.

Uma dessas inovações – um novo processo de tingimento através de nanotecnologia – foi apresentada no início de setembro na feira Modtissimo, realizada na Exponor (Matosinhos). Utilizando pigmentos naturais, esta tecnologia permite a reprodução de todos os pantones de cores e alcançar uma durabilidade superior a outros processos.

“A empresa é detentora dos certificados GOTS, OCS, RCS e OEKOTEX Class I. (…) Estas certificações asseguram aos clientes a conformidade da empresa com rigorosos padrões ambientais e sociais ao longo do processo de tingimento e lavagem de têxteis orgânicos, bem como a conformidade com parâmetros relacionados com a saúde humana, nomeadamente a não utilização de substâncias perigosas ou banidas”, destaca.

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Presidente da Greenvolt recusa ideia de que elétricas têm lucros excessivos

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

João Manso Neto admite não saber bem “quem em Portugal tem lucros excessivos" e relembra que as energéticas já estão sujeitas a uma contribuição extraordinária.

O presidente executivo da Greenvolt, João Manso Neto, afirmou que não há lucros excessivos nas elétricas e lembrou que as energéticas já pagam uma contribuição extraordinária, que classificou como um imposto “estúpido”, porque penaliza quem mais investe.

Falando na abertura da conferência “Fiscalidade no OE2023” promovida pelo Global Media Group, João Manso Neto começou por referir não saber bem “quem em Portugal tem lucros excessivos”.

Lucros excessivos? Na eletricidade não vejo onde estão. Nas renováveis não estão de certeza”, disse o gestor para referir que a questão da tributação dos lucros excessivos, lhe parece “disparatada” e questionando, em relação às petrolíferas – setor que reconheceu conhecer menos bem – o que se faria quando as margens de refinação descem: “Também pagam?”.

O gestor referiu ainda que o setor energético já está sujeito a uma contribuição extraordinária, criada durante o período da troika, considerando que devia acabar pois “é o imposto mais estúpido que há, porque quanto mais se investe mais se paga”.

Falando num painel que tinha por tema geral “O choque fiscal é fundamental. Como pode a abordagem aos impostos no OE2023 ajudar famílias e empresas”, João Manso Neto manifestou-se ainda contra políticas que considerem a atribuição de mais subsídios.

“Concordo com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais [que fez a intervenção na abertura desta conferência] quando diz que a transição energética é essencial”, mas “não concordo quando se diz que são necessários mais subsídios. Não é esse o ponto”, afirmou o CEO da Greenvolt.

João Manso Neto disse ainda que neste momento o “PRR [Programa de Recuperação e Resiliência] está a ter um efeito perverso porque há investimentos que se fazem, que se pagam e que não estão a ser feitos porque estão à espera do PRR”.

O gestor referiu que, se por um lado se pode considerar que a burocracia do Estado atrasa alguns investimentos, também há culpas do lado das empresas porque “não investem”.

João Manso Neto admitiu também que haja apoios a algumas empresas e famílias, mas “sem exagerar”.

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Procura por transportes públicos aumenta até agosto mas ainda aquém dos valores pré-pandemia

Apesar de ter aumentado 83% face a 2021, o MAAC revela que a procura ainda se encontra 23% abaixo daquela verificada em 2019.

A procura por transportes públicos continuou a aumentar nos primeiros oito meses deste ano, tendo registado um crescimento de 83% no número de passageiros no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Soflusa/Transtejo, face ao ano passado. Ainda assim, os valores não ultrapassam os números pré-pandemia.

De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira, pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), os valores sugerem que apesar de a recuperação ter-se mantido pelo oitavo mês consecutivo, ainda se encontra longe dos números verificados em 2019, altura em que a operação destes transportes não se encontrava condicionada pelas restrições da covid-19, tal como se verificou em 2020 e 2021.

“Apesar do acréscimo do número de passageiros, a procura por estes meios de transporte coletivos ainda está aquém da verificada no período homólogo de 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia de covid-19″, lê-se no comunicado do Governo.

Por exemplo, em Lisboa, o metro contabilizou, nos primeiros oito meses de 2019, 117.796 passageiros e, no mesmo período de 2022, o total de passageiros situou-se nos 84.358, ou seja, menos 28%. O mesmo aconteceu com o Metro do Porto e a Soflusa/Transtejo, ainda que a variação no número de passageiros entre 2019 e 2022 tenha sido inferior (-9% e -20%, respetivamente). Feitas as contas, o número total de passageiros verificado até agosto de 2022 traduziu-se numa quebra de 23% quando comprado com o período homólogo de 2019.

Tal como nos últimos três anos, maio continuou a ser em 2022 o mês com o maior número de passageiros, 19.623, enquanto janeiro foi o período onde a procura mais abrandou, tendo sido contabilizados 13.003 passageiros.

Recorde-se que no âmbito de impulsionar a utilização de transportes públicos, numa altura em que a inflação pressiona o rendimento dos portugueses, o MAAC avançou com um congelamento às tarifas dos passes até ao próximo ano, “assegurando a devida compensação às empresas que prestam o serviço e às autoridades de transportes”.

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Altice é o maior anunciante em agosto

Carat e Partners lideram o ranking das agências criativas e de meios em agosto. No acumulado do ano, a Altice é também o maior anunciante e a Carat e Fuel as agências que movimentam maior investimento

A Altice Portugal foi a empresa que mais investiu em publicidade em agosto. A preços de tabela, sem os descontos aplicados pelos meios, a empresa liderada por Ana Figueiredo investiu em publicidade no último mês 64,5 milhões de euros. Destes, 59,5 milhões foram em televisão e 4,3 em internet. Aos meios outdoor, imprensa e rádio a dona do Meo alocou, de acordo com o ranking mensal elaborado pela MediaMonitor, 277, 243 e 122 mil euros.

Na segunda posição, em agosto, a Unilever Fima, com um investimento a preços de tabela de 53, 2 milhões de euros. Destes, 52,9 milhões foram em publicidade em televisão, 206 mil em outdoor e 30 mil em internet. A terceira posição é ocupado pelo Lidl, com um investimento de 33,5 milhões. A insígnia de origem alemã apostou também maioritariamente em televisão, com 32,9 milhões. No meio rádio investiu 442 mil euros — o que a torna o maior anunciante em rádio do top 10 –, em outdoor 128 mil e e internet 84 mil euros.

McDonald’s Portugal e Modelo Continente, com 32,7 milhões e 32 milhões, fecham o top 5 dos maiores anunciantes.

Nas agências de meios a liderança é da Carat, com 149,4 milhões de euros a preços de tabela. A OMD subiu à segunda posição, com 138,2 milhões de euros, e a Arena ocupa agora a terceira, com 105,3 milhões. Initiative e Wavemaker, com 102 e 62 milhões, encerram, o top 5.

A Partners ocupa a primeira posição no ranking das agências criativas. A Fuel preenche o segundo posto, seguida pela Havas Worldwide, na terceira posição. O Escritório e a VMLY&R ocupam as duas posições seguintes.

A Altice Portugal é também o maior anunciante no acumulado dos primeiros oito meses do ano. Segue-se, no top 3, o Modelo Continente e a Unilever Fima. Carat, Arena e OMD lideram nas agências de meios e, nas criativas, as primeiras três posições são preenchidas pela Fuel, Havas Worldwide e Partners.

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Eliminado limite para financiar revisão de preços nos projetos do POSEUR

"Face à atual conjuntura, verifica-se que este limite é muito baixo e desfasado da legislação em vigor e, por isso, limitativo das reais condições de execução dos contratos", diz a Portaria.

Para ajudar a financiar os projetos no âmbito da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, o Executivo decidiu eliminar o limite de 5% que existia para o valor passível de ser financiado na sequência da revisão de preços dos contratos públicos que está a acontecer com muito mais frequência e com maior amplitude decido à escalada da inflação.

O regulamento do POSEUR, na sua redação atual, limita a elegibilidade da despesa relativa às revisões de preços “a 5% do valor elegível dos trabalhos efetivamente executados”. “Face à atual conjuntura, verifica-se que este limite é muito baixo e desfasado da legislação em vigor e, por isso, limitativo das reais condições de execução dos contratos”, sublinha a portaria assinada por Mariana Vieira da Silva e publicada esta terça-feira em Diário da República.

Por isso, a decisão do Executivo foi eliminar esse limite e ir ao encontro da legislação nacional em vigor. “A presente portaria vem, assim, determinar que são elegíveis a cofinanciamento no âmbito do Regulamento Específico do Domínio da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos as revisões de preços que resultem da aplicação da legislação nacional em vigor, eliminando-se a atual previsão de limite para a sua elegibilidade”, lê-se no documento que entra em vigor na quarta-feira.

Presentemente vigora um um regime excecional e temporário no âmbito do aumento dos preços com impacto em contratos públicos, que já foi prolongado até junho de 2023, porque na sequência da pandemia houve um aumento sustentado dos preços das matérias-primas e de outros materiais, um agravamento exponenciado pela guerra na Ucrânia e pela crise energética. O Código dos Contratos Públicos prevê a revisão dos preços dos contratos através da aplicação de fórmulas de revisão de preços, cujos índices são atualizados de acordo com as variações na mão-de-obra, materiais e equipamentos. Estes índices são publicados periodicamente pelo IMPIC.

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ADSE “deve insistir” com Governo para solução para reembolso de municípios, diz CGS

O conselho consultivo da ADSE sugere substituir a receita proveniente dos municípios por organismos da Administração Pública.

Os municípios não querem pagar mais reembolsos à ADSE, uma questão que tinha sido já levantada várias vezes pelo Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do subsistema de saúde dos funcionários públicos. Já se realizaram várias reuniões com as tutelas mas continua ainda um impasse sobre esta questão, que representou uma receita de mais de 40 milhões nas contas da ADSE no ano passado.

Este tema já tem sido discutido no seio do CGS, mas os municípios decidiram mesmo levá-la para a discussão com o Ministério das Finanças sobre o Orçamento do Estado (OE). A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) diz que o regime que existe para a administração local “é incoerente” e exige mudanças, num documento elaborado no âmbito do OE e citado pelo Jornal de Notícias.

Esta questão é mencionada no parecer do CGS sobre o Plano de Atividades para 2022 da ADSE, onde defendem que deve ser uma prioridade “as relações financeiras com as Autarquias em que a ADSE deve insistir com o Governo na necessária procura de soluções, devendo estudar-se a possibilidade de esta receita ser substituída por igual receita provenientes de comparticipação dos Organismos da Administração Central, Regional e Local, para as despesas com saúde dos seus trabalhadores”.

José Abraão, representante da Fesap no CGS, salienta ao ECO que até agora “não houve evolução nenhuma”, depois de se terem realizado já várias reuniões com responsáveis da tutela ao longo do tempo, como Vieira da Silva e Alexandra Leitão, onde procuravam “sensibilizar para o problema”. “O Governo foi dizendo que ia equacionar a situação e até hoje não aconteceu nada”, aponta.

Tendo em conta que é uma “receita significativa”, que em 2021 representou 42,8 milhões de euros em reembolsos com as despesas do Regime Convencionado dos trabalhadores, “a certa altura a proposta foi que os organismos da Administração Pública poderiam suportar o que corresponde ao pagamento das autarquias”, salienta Abraão. Desta forma, poder-se-ia manter “o nível da receita da ADSE e continuar a ser sustentável”.

O responsável indica também que já pediram uma reunião ao ministro das Finanças para falar sobre esta e outras preocupações. Outro tema que se prende com as autarquias e que o CGS já tem vindo a mencionar é o alargamento aos contratos individuais de trabalho nas empresas municipais, que não avançou quando se fez a medida.

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Avaria nos sistemas informáticos afeta funcionamento dos tribunais

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

Uma avaria dos sistemas informáticos CITIUS e SITAF está a afetar o funcionamento de diversos tribunais e departamentos do Ministério Público, de norte a sul do país, revelou fonte judicial.

Uma avaria dos sistemas informáticos CITIUS e SITAF, este último dos Tribunais Administrativos e Fiscais, está a afetar o funcionamento de diversos tribunais e departamentos do Ministério Público, de norte a sul do país, revelou esta terça-feira fonte judicial.

Segundo adiantou à agência Lusa a mesma fonte, os sistemas informáticos estão “em baixo a nível nacional”, havendo informações de que o Palácio da Justiça de Lisboa “está sem sistema”, o mesmo ocorrendo em Águeda, Évora, Tribunal da Relação de Coimbra, Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Santarém, Tribunal de Anadia, assim como os serviços de justiça em Matosinhos, Maia, Figueira da Foz e Vila Nova de Gaia.

Uma outra fonte ligada aos Tribunais Administrativos e Fiscais referiu à Lusa que a quebra no sistema do SITAF, que serve aqueles tribunais, ocorreu cerca das 10:00.

Contactado Ministério da Justiça (MJ), o seu gabinete confirmou que “a meio da manhã de hoje foram reportados problemas na infraestrutura tecnológica da Justiça que estão a afetar momentaneamente a disponibilidade dos serviços”.

De acordo com o MJ, as equipas do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça “estão a trabalhar no sentido de restabelecer o normal funcionamento do sistema e minorar o impacto nos serviços”.

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Reunião da concertação social sobre acordo de rendimentos foi adiada

Primeiro-ministro tinha anunciado arranque das discussões do acordo de rendimentos, mas será apenas ao nível do grupo de trabalho. Reunião da concertação social marcada para dia 28.

Depois de o primeiro-ministro anunciar o “momento particularmente importante” em que se iam iniciar as reuniões tendo em vista a assinatura do acordo de rendimentos e competitividade, a discussão ao nível da concertação social acabou por ser adiada, segundo noticiou o Jornal de Negócios e confirmou o ECO. Grupo de trabalho vai encontrar-se esta quarta-feira, enquanto a reunião da concertação social fica marcada para a semana.

Apesar de a reunião não acontecer por agora ao nível da concertação social, já têm existido encontros do grupo de trabalho formado com representantes dos parceiros sociais e do Governo. Para esta quarta-feira, em vez da reunião da concertação vai então existir mais uma reunião do grupo técnico, segundo indicou ao ECO fonte oficial do Ministério do Trabalho.

Já a reunião da Comissão Permanente da Concertação Social ficou marcada para dia 28 de setembro. “Com estas reuniões o Governo procura acelerar a discussão com os parceiros sociais, com o objetivo de lhes apresentar uma proposta de Acordo tão brevemente quanto possível”, aponta fonte do Ministério.

Na reunião do grupo técnico vão estar presentes o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes. “Esta será a quinta reunião realizada pelo Grupo de Trabalho desde que o processo se iniciou”, indica, onde o Governo “tem procurado auscultar as preocupações e propostas dos diversos parceiros sociais sobre as diferentes áreas temáticas em que o Acordo incidirá”.

O primeiro-ministro tinha sinalizado que este acordo deve permitir “fixar para os próximos quatro anos o quadro de políticas públicas, desde a política fiscal às políticas relativas à qualificação e apoio ao investimento“, com um “compromisso por parte dos parceiros sociais quanto àquilo que deve ser a evolução para este objetivo de convergência do peso dos salários de acordo com a média europeia”.

(Notícia atualizada às 12h35)

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Euribor volta a renovar máximos nos prazos de três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

As taxas Euribor sobem pela oitava sessão consecutiva, desde 9 de setembro. Prazos a três, a seis e a 12 meses atingem novos máximos em mais de 10 anos.

As taxas Euribor continuaram esta terça-feira, pela oitava sessão consecutiva, a subir a três, a seis e a 12 meses para novos máximos em mais de 10 anos.

As Euribor estão a subir desde que, a 8 de setembro, o BCE aumentou as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou esta terça-feira para 1,740%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde dezembro de 2011. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,466% em julho para 0,837% em agosto. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 1,100%, mais 0,034 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,037% em julho para 0,395% em agosto.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou hoje, ao ser fixada em 2,338%, mais 0,043 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,992% em julho para 1,249% em agosto.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. A 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Porcelanosa prevê faturar 2,5 milhões em nova loja de Loulé em 2023

A marca espanhola Porcelanosa espera faturar, em 2023, na nova loja de Loulé, 2,5 milhões de euros. E criar mais postos laborais no âmbito da expansão do grupo em Portugal.

Considerado “um dos fabricantes mais importantes do mundo da cerâmica, mobiliário de cozinha e para o equipamento da casa de banho”, o grupo espanhol Porcelanosa espera faturar, em 2023, quase 2,5 milhões de euros na nova loja de Loulé que abriu este ano. A marca investiu 350 mil euros nesta que é a quarta loja da marca espanhola em Portugal, no âmbito da política de expansão do grupo no país.

“Esta loja é um passo importante na expansão da marca no Algarve e estamos a estudar novos locais, nomeadamente na zona de Lagos”, avança ao ECO/Local Online Hugo Teixeira, responsável pela marca em Lisboa e no Algarve. “A abertura da loja era um objetivo que já tínhamos desde a instalação do escritório em Loulé, em 2019. Sentíamos a necessidade de ter um local próprio para receber os nossos clientes e dar o atendimento personalizado que nos caracteriza como marca”, afirma Hugo Teixeira.

Este novo espaço comercial insere-se, por isso, adianta, “num plano de ação empresarial implementada pela multinacional espanhola no início de 2022, com o modelo de showroom mais orientado para os negócios locais, em espaços centrais e acessíveis, nas grandes cidades, promovendo uma relação mais direta com os profissionais do setor”.

Hugo Teixeira tem, por isso, grandes expectativas em relação ao sucesso deste espaço, que ocupa uma área de exposição de 242 metros quadrados, uma vez que “a Porcelanosa é uma marca que é referência no mercado”. Esta loja direciona-se para o público final e profissionais e deverá atrair, segundo o responsável, muitos dos clientes estrangeiros. A empresa já criou cinco postos laborais e prevê a contratação de mais colaboradores para este novo espaço.

A marca adianta ainda, em comunicado, que “promover o consumo responsável dos recursos naturais e a economia circular, fomentar o diálogo com o cliente através de aconselhamento personalizado e acompanhamento exaustivo de cada projeto, são os três eixos em que a Porcelanosa está a implementar nas lojas que tem por todo o mundo“. As lojas reúnem as principais coleções das sete empresas do grupo e uma panóplia de produtos para a construção residencial, hoteleira, pública e comercial.

Porcelanosa Grupo é considerado “um dos fabricantes mais importantes do mundo da cerâmica, mobiliário de cozinha e para o equipamento da casa de banho”, tendo mais de 970 lojas em 150 países.

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Consumidores esticam orçamento com produtos mais baratos

Economista sénior da Mastercard vê indícios de que os consumidores portugueses estão a recorrer mais a produtos "regulares" e de marca branca para continuar a financiar "experiências".

Os consumidores portugueses estão a gastar mais em bens essenciais, mas os hábitos de consumo estão novamente a mudar, no contexto da inflação e da guerra, depois do impacto da pandemia e dos confinamentos.

Segundo Natalia Lechmanova, economista sénior da Mastercard, os dados recolhidos pela empresa de pagamentos permitem concluir que, na hora de comprar, os consumidores estão a dar preferência a produtos “regulares” e de marca branca, ao invés de produtos biológicos e de marca.

Face a isso, a responsável do Mastercard Economics Institute para a região da Europa, Médio Oriente e África acredita que os consumidores portugueses estão a financiar “experiências” com a poupança conseguida na escolha de produtos mais baratos. Os dados da Mastercard mostram que a despesa dos consumidores com “experiências”, em detrimento de “coisas”, está a acelerar, fixando-se já acima do período pré-pandemia.

Durante o evento anual Mastercard Innovation Forum, que decorre esta terça-feira em Lisboa, a economista explicou também como é que a inflação tem vindo a atingir os valores históricos dos últimos meses, com evoluções do Índice de Preços no Consumidor (IPC) próximas dos 10% em termos homólogos.

Falando numa conjugação rara de fenómenos, a especialista começou por apontar para as pressões na cadeia de abastecimento, que atingiram um pico em dezembro de 2021, propaladas por uma alteração súbita e massiva do consumo, de serviços para bens. Os desconfinamentos levaram o consumo de volta aos serviços.

Natalia Lechmanova notou, depois, que o desemprego está em mínimos na Zona Euro, o que tem um efeito psicológico nos consumidores: “Eles acreditam que os seus empregos estão seguros e isso permite-lhes aceder às poupanças e usar cartões de créditos.”

Mas a situação é frágil e o sentimento económico deverá mudar, à medida que os bancos centrais vão acelerando a subida das taxas de juro — na prática, aumentando o preço do dinheiro. “Os indicadores de consumo continuam fortes, mas vão eventualmente aliviar, à medida que os juros impactam a economia”, escreveu a economista numa apresentação.

No início de setembro, o Banco Central Europeu subiu os juros diretores em 75 pontos base, depois de, em julho, ter tirado as taxas de terreno negativo, com uma subida de 50 pontos base. Esta semana, a Fed americana deverá anunciar também outra subida dos juros na maior economia do mundo.

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Mendonça Mendes defende que choque fiscal não resolve problemas económicos

  • ECO
  • 20 Setembro 2022

"Valorizo mais as medidas do PRR para estas questões", apontou o secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, defendendo o acelerar da descarbonização para resolver a crise energética.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, defendeu esta terça-feira que os problemas económicos como a alta inflação e o custo elevado da energia não serão resolvidos através dos impostos. “A política fiscal tem um papel, deve ajudar a acelerar alterações, a mudar comportamentos, tem de existir para garantir o financiamento do Estado (…), mas a política fiscal não é seguramente a solução mágica para todos os problemas de política económica que temos”, disse, citado pelo Dinheiro Vivo.

O responsável, que falava na abertura da conferência “Fiscalidade no OE2022” promovida pelo Grupo Global Media, António Mendonça Mendes salientou, por isso, que “o choque fiscal não é, nem pode ser, a panaceia para a resolução dos nossos problemas”, acentuando que “os problemas económicos não se resolvem com um choque fiscal”. Declarações que surgem numa altura em que o ministro da Economia defende uma redução transversal do IRC.

A solução, apontou, para a situação de crise energética passa pela aceleração da descarbonização, com o apoio do Plano de Recuperação e de Resiliência (PRR). “Não são os impostos que vão resolver o problema dos elevados custos da energia. Isso faz-se acelerando a transição energética”, precisou o secretário de Estado, justificando que “é isso que vai diminuir a fatura das empresas na energia, não são os impostos”.

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