Montenegro promete avançar com novo aeroporto mesmo sem consenso com PS. “A ANA está em falta com o país”, diz

  • Ana Petronilho
  • 20 Fevereiro 2024

Líder da AD garante aos empresários do turismo que o novo aeroporto é uma das prioridades caso forme Governo e avisa a ANA que vai exigir as obras na Portela.

O líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, deixou a garantia que caso ganhe as eleições vai decidir rapidamente a localização do novo aeroporto, mesmo sem consenso com o PS, seguindo as recomendações do relatório final da Comissão Técnica Independente (CTI), que será conhecido em março. Na versão preliminar, Alcochete é apontada como a opção mais vantajosa.

O compromisso foi assumido perante os empresários do turismo durante um almoço debate com a Confederação do Turismo de Portugal, onde Luís Montenegro deixou também avisos vincados à empresa concessionária dos dez aeroportos nacionais, a ANA, sobre a falta de obras no Humberto Delgado.

“O anterior Governo foi complacente com a ANA e com as responsabilidades da concessionária sobre as obras. Não tiveram a coragem de enfrentar uma concessionária que tem a obrigação de fazer as obras. Vamos ser exigentes com a concessionária para que as obras sejam feitas e para, pelo menos, amenizar um mau cartão de visitas para quem chega ao aeroporto”, sublinha o presidente do PSD e líder da AD.

E mesmo para os críticos que associam o presidente da ANA, José Luís Arnault, ao PSD, o candidato a primeiro-ministro sublinha: “A mim não me interessa nada, nem fala comigo”, adiantando que “a ANA está em falta com o país”.

Ainda sobre a nova localização, Montenegro vê com bons olhos a solução de Alcochete mas lembra que em 2015, quando o PSD saiu do Governo, o partido deixou uma solução que passava pelo recurso ao Humberto Delgado com o Montijo como complementar, “que não chegou a bom porto”, porque dentro da coligação que o PS tinha com o BE e o PCP, os socialistas não conseguiram “ultrapassar a questão legal do parecer vinculativo das autarquias”.

O líder da AD lembra mesmo que, ao contrário do que diz o PS, “houve uma adjudicação” sem que tenha sido assinado o contrato, mas que há o risco de “o Estado ter de pagar uma indemnização ao consórcio adjudicado”.

Sobre a TAP, Luís Montenegro – que estava acompanhado de Miguel Pinto Luz, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, de Joaquim Miranda Sarmento, líder da bancada parlamentar e por Telmo Correia, dirigente do CDS – repete à plateia de empresários do Turismo que a nacionalização da companhia foi “uma tragédia e um crime económico” e que é favorável “à privatização da TAP a 100%, mas com um caderno de encargos que salvaguarde um hub em Lisboa e que integre cláusulas que assegurem posições estratégicas para o interesse do país”.

Em resposta a cinco preocupações do setor dirigidas por Francisco Calheiros, presidente da CTP, o líder da Aliança Democrática prometeu ainda que, se for primeiro-ministro, irá revisitar o atual acordo de rendimentos para o Turismo, considerando que este foi assinado “num contexto de alguma coação sobre os parceiros sociais”, poucos dias antes da apresentação do Orçamento do Estado para 2023: “Ou assinam as coisas, ou terão dificuldades acrescidas”, sugeriu.

Montenegro disse ter avisado, na altura, que os incumprimentos por parte do Governo – de que se queixou o líder da CTP, Francisco Calheiros – não foram, por isso, uma surpresa.

“O meu compromisso é revisitar esse acordo e atualizá-lo”, afirmou, admitindo que a questão do banco de horas individual poderá voltar à discussão. Numa intervenção de 40 minutos, o presidente do PSD fez ainda saber que vai revogar as medidas de limitação ao Alojamento Local introduzidas por este Governo, de forma a que “sejam as câmaras, conhecedoras da realidade local, que tenham a palavra a dizer sobre a estratégia” de Alojamento Local.

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Caso BES: Ministério Público quer que 12 mil milhões dos arguidos vão para o Estado

Na acusação do maior processo da Justiça portuguesa - que entra em maio na fase de julgamento - o Ministério Público (MP) pede a condenação de Salgado e de mais quatro ex-administradores do BES.

O Ministério Público (MP) do processo do Universo BES entregou um requerimento no qual pede que 12 mil milhões de euros dos arguidos sejam declarados perdidos a favor do Estado.

Segundo o requerimento do MP – divulgado pela CNN Portugal em primeira mão mas a que o ECO/Advocatus teve acesso – é pedido que “seja declarada perdida a favor do Estado, sem prejuízo do direito de lesados, a vantagem obtida com a prática dos crimes imputados, cujo montante global se computa em, pelo menos, 11.885.319.555,55 euros”, diz o documento enviado na segunda-feira para o tribunal. E ainda que “sejam os arguidos condenados a pagar ao Estado o valor da vantagem apurada, de forma solidária e pessoal, nos termos plasmados no requerimento”.

Na acusação do maior processo da Justiça portuguesa – que entra em maio na fase de julgamento – o Ministério Público (MP) pede a condenação do antigo presidente e de mais quatro ex-administradores do BES no pagamento de cerca de mil milhões de euros a favor do Estado. No despacho da acusação, Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo, Amílcar Pires, Rui Silveira e Isabel Almeida são acusados de co-autoria dos crimes de manipulação do mercado e burla qualificada no processo referente à oferta pública de subscrição de ações do BES em 2014.

Ricardo Salgado (E), ex-presidente do BES, à saida do Tribunal Central de Instrução Criminal para uma audição no âmbito da Operação Marquês, Lisboa, 8 de julho de 2019. MANUEL DE ALMEIDA/LUSAMANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Agora, a procuradora entende “que os crimes praticados pelos arguidos geraram vantagens económicas que têm que ser declaradas perdidas a favor do Estado. As vantagens geradas pela atividade criminosa não podem ser apropriadas em espécie por terem sido integradas no património dos arguidos, de terceiros ou de estruturas societárias por aqueles dominadas, e atenta a sua natureza fungível (dinheiro), pelo que terá que ser decretada a perda do respetivo valor, sem prejuízo de direitos de lesados”.

Foi a 31 de julho de 2023, que o juiz de instrução do processo BES/GES decidiu que Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES, iria a julgamento. Uma decisão que surgiu nove anos depois da queda do banco que Salgado liderou durante décadas e que terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Todos os arguidos vão a julgamentos nos exatos termos da acusação, à exceção de cinco. No caso são imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

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Montenegro não se sentiu “intimidado”, “coagido” nem “cercado” por concentração de polícias

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2024

"Não me senti cercado nem intimidado à entrada nem à saída do espaço onde decorreu o debate" com Pedro Nuno Santos, afirmou o líder do PSD.

O presidente do PSD afirmou esta terça-feira que não se sentiu intimidado, coagido nem cercado pela concentração de polícias junto ao cineteatro Capitólio, em Lisboa, onde debateu com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, na segunda-feira. “Sinceramente, eu pessoalmente não me senti nada intimidado, não me senti nada coagido, não me senti nada cercado, independentemente de, eventualmente, o percurso da manifestarão não ter sido aquele que estava previamente acordado”, declarou Luís Montenegro aos jornalistas, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa.

O presidente do PSD referiu que desconhecia “a tramitação” daquela manifestação, se estava ou não autorizada para aquele local. Interrogado se não considera que houve condicionamento, respondeu: “Para mim não houve nenhum, nenhum mesmo”. Luís Montenegro falava no fim de uma ação de rua da Aliança Democrática (AD), coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, de pré-campanha para as legislativas de 10 de março.

Questionado se é aceitável em democracia que as forças de segurança façam um protesto que não estava autorizado para aquele local, numa espécie de cerco a um debate pré-eleitoral, o presidente do PSD agradeceu a pergunta. “Aproveito para clarificar: eu não me senti cercado. Eu não conheço os trâmites nos quais a manifestação foi organizada. Não me senti cercado nem intimidado à entrada nem à saída do espaço onde decorreu o debate”, afirmou.

Quanto às reivindicações que têm motivado protestos de elementos PSP e da GNR, o presidente do PSD acrescentou: “Já tive ocasião de estar com a plataforma representativa dos sindicatos e das associações das forças de segurança, de lhes dizer que não decido nada na campanha eleitoral em face da pressão pública, mesmo que legítima e justificada, que possa ser feita”.

“Fui, aliás, o primeiro líder político a recusar tomar essa posição e a dizer que estava de peito aberto, disponível para iniciar um processo negocial dos primeiros dias do nosso Governo. Também tive ocasião de dizer, e reitero, que o protesto, a manifestação são legítimas, no caso até têm justificação, mas não devem ultrapassar os limites que deem tranquilidade e segurança pública”, completou.

Confrontado com o facto de não estar autorizada a concentração de polícias junto ao Capitólio, ao contrário da manifestação realizada na Praça do Comércio, Luís Montenegro retorquiu: “Pois, eu não sei disso. Eu não tive nenhuma participação nem nenhum conhecimento especial sobre a tramitação”.

Interrogado se aquele protesto não ultrapassou os limites, o presidente do PSD defendeu que, em termos gerais, “tudo aquilo que ultrapassar os limites do cumprimento da lei, do cumprimento das regras, ainda por cima por profissionais que exercem em nome de todos nós a autoridade pública, não deve acontecer”. “E, portanto, eu naturalmente não me revejo na ultrapassagem desses limites”, realçou, reiterando, contudo, que não se sentiu “nada intimidado”, “nada coagido” e “nada cercado” pelo protesto de segunda-feira à noite.

Por sua vez, o presidente do CDS-PP, Nuno Melo que também participou nesta ação de rua da AD (PSD/CDS-PP/PPM), considerou que o protesto junto ao Capitólio não respeitou “a lei e a ordem”, o que lamentou, ressalvando que isso “não invalida pretensões dos polícias que são justas”. Nuno Melo salientou que “neste momento o Estado ainda tem um Governo, e esse Governo é socialista”, acusando-o de se mostrar incapaz de assegurar “funções básicas de defesa da sua dignidade”.

A PSP fez saber que iria comunicar ao Ministério Público a marcha e concentração de polícias junto ao Capitólio, por não ter sido comunicada, como impõe a lei, à autoridade competente, que no caso é a Câmara Municipal de Lisboa, e não estar autorizada. Centenas de polícias dirigiram-se para o Capitólio, onde decorreu o debate entre os líderes do PS e do PSD, depois de uma concentração que juntou cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR na Praça do Comércio, junto ao Ministério da Administração Interna.

Enquanto a manifestação na Praça do Comércio foi organizada pela plataforma que congrega sindicatos da PSP e associações da GNR, o protesto junto ao Capitólio foi divulgado nas redes sociais pelo “Movimento Inop” e não teve a participação da plataforma sindical. Elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

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Bruxelas aprova com remédios fusão do negócio da Orange e da MásMóvil em Espanha

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2024

A operação, que “criará o maior operador em Espanha em termos de número de clientes", está condicionada a remédios, entre os quais a alienação do espetro detido pela MásMóvil em três bandas.

A Comissão Europeia aprovou esta terça-feira a fusão dos negócios da Orange e da MásMóvil em Espanha, operação que criará o maior operador espanhol em termos de clientes e está, por isso, sujeita a remédios para salvaguardar a concorrência.

Em comunicado, o executivo comunitário dá então conta de que “aprovou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, o projeto de criação de uma empresa comum entre a Orange e a MásMóvil”, aprovação esta que está, porém, “condicionada ao cumprimento integral de um pacote de compromissos” propostos pelas próprias empresas de telecomunicações.

Após ter sido notificada sobre a operação – que “criará o maior operador em Espanha em termos de número de clientes, com um aumento significativo da quota de mercado em todos os mercados retalhistas relevantes” –, Bruxelas fez uma investigação aprofundada, por temer que esta “restringisse a concorrência nos mercados retalhistas do fornecimento de serviços de internet móveis e fixos em Espanha, quer sejam oferecidos isoladamente quer em pacotes”, assinala a instituição.

Por essa razão, a Comissão Europeia só aprovou esta fusão ao aceitar os ‘remédios’ propostos pelas até agora concorrentes diretas, entre os quais a alienação do espetro detido pela MásMóvil em três bandas de frequências e à criação de um acordo opcional de roaming nacional.

Enquanto a Orange é uma operadora global de telecomunicações sediada em França e que opera em Espanha através da sua filial OSP (com as marcas Orange, Jazztel e Simyo), a MásMóvil é controlada por uma sociedade gestora de participações sociais com sede no Reino Unido e detém várias marcas nacionais (Yoigo, MásMóvil e Virgin), digitais (Pepephone), regionais (Euskaltel, R., Guuk, Embou e Telecable) e internacionais (Llamaya, Lebara e Lycamobile).

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Origem e originalidade da região “marca” Turismo do Porto e Norte

Sob o mote "Porto e Norte. Portugal origem, é original" nasceu a nova marca da Turismo do Porto e Norte de Portugal. E assente na coesão territorial do Douro, Minho e Trás-os-Montes.

“Vê-se mesmo que são do Norte” ou “Somos rituais, mitos e lendas (…) trazemos quilos de ouro ao peito, o verde selvagem e o bem maduro. (…). A região Porto e Norte tem tudo na sua origem. É isso que a torna original” do Douro ao Minho até Trás-os-Montes. Estas são algumas das expressões de um vídeo promocional que dão cunho à nova marca da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) que foi lançada esta terça-feira. E cujo grande “desafio é ser una ao cruzar o litoral com o interior”, posicionando a região como marca sob o mote “Porto e Norte. Portugal origem, é original”, começa por afirmar Carlos Coelho, da Ivity Brand Corp, que esteve por trás deste trabalho criativo.

“Afirmando que aqui nasceu Portugal, aqui nasceu a marca Portugal, afirmamos a nossa origem e a nossa originalidade”, sublinhou Carlos Coelho aos jornalistas à margem da sessão de lançamento do projeto, na Casa da Arquitetura, em Matosinhos. Já antes, perante sala cheia, o criativo deixou o desafio: está na altura de “trazer a origem e originalidade de Portugal para aquilo que é a agenda de turismo do país sem medos“, tornando a região um destino turístico de excelência. “Esta marca territorial será um complemento de um território onde nasceram e se manifestam alguns dos mais notáveis recursos endógenos e fatores de diferenciação de Portugal”, assinala.

Douro20 fevereiro 2024

A nova marca destaca, assim, desde os recursos naturais aos patrimoniais, passando pela iconografia e gastronomia, como as gravuras rupestres do Côa, a Região Demarcada do Douro, os Caretos de Podence ou até o galo de Barcelos. “Há um legado da nossa história, o petróleo que temos para explorar”, sublinhou o criativo.

Aliás, “poucas palavras definirão tão bem este destino como a origem, porque aqui tudo nasceu. E é também isso que o torna tão especial”, reforçou, por sua vez, Luís Pedro Martins, recentemente eleito para um mandato de mais cinco anos na TPNP, à margem da sessão de lançamento deste projeto para potenciar o turismo e criar ainda mais riqueza nesta região, assente na coesão territorial.

Trazer a origem e originalidade de Portugal para aquilo que é a agenda de turismo do país sem medos.

Carlos Coelho

Fundador da Ivity Brand Corp

Assim nasceu uma nova marca, num investimento de 70 mil euros, financiados pelo Portugal 2020, avançou Luís Pedro Martins aos jornalistas. As terminologias Porto e Norte cruzam-se na nova imagem e assumem a mesma importância visual, corporizando a estratégia delineada. “Tivemos de vender melhor o nosso destino, mas valorizando, onde o nosso património material e imaterial seja alicerce da nossa marca; que sejamos capazes de não deixar que se extingam; que as nossas tradições não fiquem confinadas a museus, coisas do passado, mas que façam parte do presente e sejam valiosas e autênticas para quem nos visita”, afirmou.

A TPNP quis “tornar a marca mais contemporânea, atual, com mais cor, mais energia e, acima de tudo, que permita fazer aqui esta narrativa em que trazemos para a frente do palco a origem e o original”, sintetizou Luís Pedro Martins. O objetivo é claro: atrair mais turistas e fidelizá-los. A prioridade é continuar “a trabalhar os mercados espanhol – primeiro mercado emissor –, francês, alemão, britânico – este último “está a crescer muito” –, italiano e irlandês. A estratégia passa ainda por atacar mercados de alto rendimento, de muito poder de compra, de longa distância, como o americano, o brasileiro, o canadiano e o asiático.

Tivemos de vender melhor o nosso destino, mas valorizando, onde o nosso património material e imaterial seja alicerce da nossa marca; que sejamos capazes de não deixar que se extingam; que as nossas tradições não fiquem confinadas a museus, coisas do passado, mas que façam parte do presente e sejam valiosas e autênticas para quem nos visita.

Luís Pedro Martins

Presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP)

Estas apostas são relevantes, sobretudo quando o “ano de 2023 foi de recordes absolutos em todos os indicadores: 6,9 milhões de hóspedes, 13,3 milhões de dormidas, o que representou um crescimento de cerca de 15% de receitas em relação a 2022″, calculou o líder da Turismo Porto e Norte. “Ultrapassámos os 900 milhões de euros em proveitos”, completou, convicto de que 2024 será um bom ano ao nível de turismo, nomeadamente com o regresso da companhia aérea Emirates ao Porto.

O responsável tem assim como grandes desígnios “consolidar e reforçar a notoriedade do Porto e Norte de Portugal pela sua diversidade e sofisticação, desenvolvendo estratégias e projetos que visem o desenvolvimento sustentável do setor, a digitalização e o reforço da do seu posicionamento, juntos dos mercados estratégicos pretendidos”.

Caretos de Podence

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Nova ferramenta do grupo Havas permite medir impacto carbónico das campanhas

  • + M
  • 20 Fevereiro 2024

A ferramenta permite determinar as emissões de carbono geradas com a produção e cobertura mediática das campanhas ou eventos realizados e encontrar alternativas para reduzir a pegada de carbono.

As agências do grupo Havas a nível global já podem calcular o impacto carbónico das campanhas dos seus clientes através da ferramenta “Havas Carbon Impact Calculator”, que no mercado português foi implementada pela Havas Media Network.

Miguel Serrão, head of digital da Havas Media Network e managing partner da DBI (Data Business Intelligence), diz que esta ferramenta “não serve apenas para oferecer valor acrescentado e responder às necessidades dos nossos clientes, mas é também uma oportunidade da própria Havas Media Network impactar a sustentabilidade do grupo e promover um dos seis pilares da nossa política de responsabilidade social corporativa”.

O nosso objetivo é trabalhar em conjunto com os nossos clientes, anunciantes e proprietários dos meios de comunicação para, em conjunto, tentarmos reduzir a nossa pegada de carbono e encontrar novas soluções mais sustentáveis“, acrescenta em comunicado.

A ferramenta visa assim apoiar os clientes na sua transição ecológica, permitindo determinar as emissões de carbono que são geradas com a produção e cobertura mediática das campanhas ou eventos realizados, assim como encontrar alternativas para reduzir a sua pegada de carbono.

Esta nova ferramenta do grupo foca-se especificamente nas emissões indiretas de gases de efeito estufa que ocorrem ao longo da corrente de operação de uma organização (designadas por “Scope 3”), permitindo aos clientes do grupo Havas “avaliar e contribuir para a redução das emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor“, refere-se em nota de imprensa.

Esta calculadora permite às várias agências do grupo – como a Havas Media, a Arena Media e a Havas Play – aconselharem “sobre qual o plano mediático ou anúncio televisivo que pode satisfazer as necessidades dos clientes e, simultaneamente, garantir uma campanha menos intensiva em carbono e mais responsável para o planeta”.

Seguindo uma “metodologia sólida” e adaptada a cada país, os cálculos da Havas Carbon Impact Calculator são baseados em dados específicos, como o consumo de energia de cada país. “Para o cálculo dos meios de comunicação, a ferramenta utiliza igualmente dados específicos diretamente dos fornecedores de meios de comunicação da Havas, garantindo às agências e aos clientes uma medição consistente do carbono”, explica-se na mesma nota.

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Tomar investiu um milhão de euros na Festa dos Tabuleiros em 2023

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2024

Autarquia adianta que os custos totalizaram cerca de 1,3 milhões de euros, com proveitos no valor de 216 mil euros. O evento que decorre de quatro em quatro anos juntou um milhão de visitantes.

A Câmara Municipal de Tomar investiu em 2023 um milhão e 100 mil euros na Festa dos Tabuleiros, tendo a cidade recebido cerca de um milhão de visitantes durante os dez dias do evento, anunciou esta terça-feira a organização.

Citado num comunicado sobre a apresentação de contas da edição do ano passado da Festa dos Tabuleiros, o presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), adianta que o investimento do município foi de 1.098.000,85 euros.

De acordo com a nota, os custos totalizaram cerca de “1,3 milhões de euros (1.314.039,89 euros), com proveitos no valor de 215.954,48 euros”.

Assim, o investimento na Festa dos Tabuleiros, suportado pelo orçamento municipal, foi de 1,1 milhões de euros.

“Destes [1,1 milhões de euros], muito mais de metade foram gastos na economia local”, na preparação da iniciativa e ao longo do evento, que decorreu entre 01 e 10 de julho de 2023, lê-se na nota.

Ainda segundo o autarca, “a utilização dos mecanismos de contabilidade analítica tem vindo a permitir identificar mais facilmente os custos específicos de cada setor e atividade, o que se reflete depois numa atribuição muito mais fidedigna dos gastos, como é o caso, por exemplo, das despesas com pessoal”.

 

Por outro lado, salienta Hugo Cristóvão, “houve um aumento significativo dos preços entre 2019 e 2023, que se refletiu nas contas finais”.

A maior fatia do investimento municipal – 602.710,66 euros – engloba os 270 mil euros que a autarquia atribuiu inicialmente à Comissão Central, assim como 125 mil euros que o município destinou a componentes de promoção, som, luz e programação cultural.

Além disso, o município transferiu uma verba de 207.710,66 euros para a comissão, mas que, segundo Hugo Cristóvão, não “é uma despesa da autarquia”, correspondendo ao valor recebido da componente de espaços de venda ambulante e que a Câmara transferiu para a Comissão da Festa.

A iluminação pública, eletricidade, publicidade, informática, segurança, limpeza e outros, representou uma despesa de 400.215,66 euros.

Na nota, Hugo Cristóvão recorda que a Festa dos Tabuleiros acontece “apenas de quatro em quatro anos” e, apesar de admitir que “seria possível fazer uma festa mais barata”, o autarca defende que, caso isso acontecesse, a iniciativa não teria as mesmas características.

“Tem um peso no orçamento municipal, mas é o investimento que a festa e que a comunidade, no nosso entendimento, merece“, acrescenta.

Da parte da Comissão da Festa, o ‘mordomo’ Mário Formiga reporta um total de custos de cerca de 890 mil euros, com proveitos que somaram quase 910 mil euros, resultando num resultado positivo de cerca de 19.200 euros.

Também citado na nota, Mário Formiga refere que, “segundo análise da PSP, terá havido cerca de 700 mil visitantes em Tomar no total dos dois fins de semana dos Tabuleiros”.

Tal número, acrescenta, “permite extrapolar um número global de cerca de um milhão de pessoas na cidade ao longo dos 10 dias”.

Com origem pagã, simbolizando a época das colheitas, a Festa dos Tabuleiros adquiriu caráter religioso na Idade Média, com a Rainha Santa Isabel, sendo os tabuleiros da festa de Tomar únicos com esta forma nas tradicionais festas do Espírito Santo que se realizam um pouco por todo o país.

Dada a sua complexidade, a festa realiza-se de quatro em quatro anos, tendo havido apenas uma edição em que o povo decidiu adiar a sua realização por um ano, por coincidir com a Expo 98, evento no qual participou com um cortejo a convite do então Presidente da República, Jorge Sampaio.

A decisão de realizar a Festa dos Tabuleiros é sempre tomada pela população, numa sessão convocada pela Câmara Municipal para o efeito, no ano anterior à sua realização.

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Garrigues com receitas de 454,27 milhões de euros em 2023

Com um crescimento de 2,51%, o volume de negócios da Garrigues atingiu os 454,27 milhões de euros em 2023. O valor das receitas do escritório de Portugal não foi especificado.

A sociedade de advogados Garrigues teve uma receita em 2023 de 454,27 milhões de euros, mais 2,51% do que em 2022. Em Espanha, as receitas atingiram 386,21 milhões, após ter crescido 6,8%. Já no resto do mundo as receitas representaram 13% da faturação. O valor das receitas do escritório de Portugal não foi especificado.

“Num ano marcado pela crise geopolítica mundial e pela instabilidade política e institucional em muitos países em que o escritório opera, a Garrigues permaneceu fiel à sua filosofia de crescimento sólido e rentável, de controlo de gastos e de investimento em áreas estratégicas, ao mesmo tempo que demos passos importantes para o nosso futuro, especialmente no que respeita à digitalização”, sublinhou o presidente executivo Fernando Vives.

O aumento das receitas deu-se em todas as áreas de prática, tendo a de Comercial, Fusões e Aquisições um maior peso na atividade do escritório com 32%. Entre as áreas em destaque está a de Fiscal (30,3%), Resolução de conflitos: Contencioso e Arbitragem (11,8%), Laboral (11,3%) e Administrativo e Constitucional (8,2%).

Em comunicado, a firma explica que o ano de 2023 foi “fundamental” em aspetos estratégicos como a sustentabilidade e a digitalização.

Entre os “marcos” destacados está o lançamento do Plano de Sustentabilidade 2023-25, que inclui a ESG em todas as áreas de atividade da firma. O Plano é composto por 12 linhas de ação que se articulam em torno de objetivos específicos ambientais, sociais e de governança.

“No que se refere ao ambiente (E), em 2023, 100% do consumo de energia elétrica dos nossos escritórios europeus foi proveniente de fontes renováveis, e 100% das emissões de dióxido de carbono de escopo 1 e 2 foram compensadas, entre outras coisas. Em termos sociais (S), o escritório continuou a dar passos em frente em matéria de igualdade: 51% dos colaboradores (2.187 pessoas) são mulheres; 49% das pessoas contratadas este ano foram mulheres e a percentagem de sócias promovidas foi de 50% do total. Quanto à governança (G), o sistema regulamentar interno foi enriquecido com novas políticas, como a relativa à utilização da Inteligência Artificial Generativa“, explicaram.

A Garrigues destacou ainda os avanços na transformação digital, tendo investido cerca de 64 milhões de euros nos últimos cindo anos. O escritório desenvolveu a sua própria plataforma de Inteligência Artificial Generativa, Garrigues GAIA, que coloca à disposição de todos os seus profissionais diferentes modelos treinados internamente e integrados, por sua vez, com modelos comerciais enriquecidos para ajustar o seu comportamento, com embedding de informação chave e vectorização dos gestores documentais para integrar a informação no trabalho.

Em 2023, a Garrigues deu ainda “passos importantes” a partir da sua divisão de negócio digital, um ambiente tecnológico que permite o lançamento de serviços e produtos relacionados com a confiança digital, o crescente processo de digitalização dos contratos e o ecossistema em desenvolvimento em torno dos ativos digitais.

“Além disso, em 2023 fez 50 anos da abertura do escritório da Garrigues em Nova Iorque, que marcou o início da carreira internacional do escritório e da advocacia espanhola. Atualmente, o maior escritório de advogados da UE conta com 30 escritórios em 12 países de quatro continentes”, sublinham.

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Durão Barroso diz que União Europeia não está preparada para adesão de país em guerra

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2024

O ex-presidente da Comissão Europeia diz que integrar a Ucrânia seria trazer a guerra para dentro da União Europeia e acredita ser essencial chegar a um acordo para a guerra não se estender.

O antigo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, durante a conferência “Adesão da Ucrânia à União Europeia – o que é necessário para um alargamento bem sucedido?” na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa.Tiago Petinga | Lusa

O ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso alertou esta terça-feira que a Europa não está preparada para integrar um país em guerra, defendendo um eventual entendimento que evite alastrar o conflito na Ucrânia.

“A questão mais difícil é a seguinte: a União Europeia (UE) não está preparada para integrar um país em guerra como a guerra na Ucrânia porque isso seria trazer a guerra para dentro da União Europeia. Mais cedo ou mais tarde, temos de nos preparar para um possível acordo de entendimento“, disse Durão Barroso.

Há um agressor (Rússia) e um país agredido (Ucrânia) – não é uma situação simétrica e, sendo assim, o que precisamos é de paz. Ainda não chegámos a essa posição mas isto é muito importante. Caso contrário, estamos a dar a (Vladimir) Putin motivos para prolongar a guerra anos e anos”, defendeu o ex-presidente da Comissão Europeia, que ocupou o cargo entre 2004 e 2014.

Durão Barroso abriu a conferência sobre o processo de adesão da Ucrânia à UE: “Accession of Ukraine to the European Union – what do we need for a successful enlargement?” (Adesão da Ucrânia à União Europeia – o que é necessário para um alargamento bem sucedido?), organizada pela Associação Portuguesa de Direito Europeu e pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, em colaboração com a Embaixada da Ucrânia em Portugal.

Na conferência que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Durão Barroso, que falou em inglês, vincou a importância de novas abordagens políticas e diplomáticas.

“O problema é europeu, porque se Putin vencer a guerra na Ucrânia, não é só uma derrota para os ucranianos. É também uma derrota para nós (europeus)“, afirmou.

“Quando me perguntam onde está o ‘Exército Europeu’ eu digo é o ucraniano. O Exército Ucraniano é o ‘Exército Europeu'”, declarou, salientando que falava “em nome pessoal”.

No ano passado, o Conselho Europeu decidiu aceitar as candidaturas e as negociações sobre a adesão da Ucrânia e da Moldova.

Barroso recordou que a Ucrânia queria fazer parte da UE depois da “Revolução Laranja” (2004/2005), mas que não havia consenso entre os estados-membros e, por isso, foi proposto um acordo de associação.

“Durante esse período mantive contactos com o Presidente Putin. Nunca se opôs ao facto de a Ucrânia estabelecer um acordo de associação ou mesmo fazer parte da União Europeia. Deixou bem claro que não aceitava a adesão da Ucrânia à NATO, como sublinhou em Bucareste em 2008″, recordou.

Mas em 2014, na altura da assinatura de um acordo de associação, o Presidente ucraniano prórusso Viktor Yanukovych disse que não podia assinar porque a Rússia não permitia.

“Tudo teria sido diferente. Houve muitas pressões e não apenas da Rússia, mas ainda é cedo para falar disso”, frisou.

“Em 2014, quando se deu a invasão russa da Crimeia, eu contactei Putin e perguntei-lhe porque é que estavam a invadir a Crimeia. Ele disse que não era uma invasão, que não eram as Forças Armadas da Rússia e que eram cidadãos russos próximos da península que tinham amigos do outro lado da fronteira”, relatou.

“Putin acrescentou que se tivessem sido as forças regulares da Rússia, Kiev ‘seria tomada em menos de duas semanas'”, contou Barroso.

“Sete dias depois, relatei na Comissão a conversa e depois houve uma fuga de informação. O Kremlin não gostou. Não negou, mas afirmou que eu me referi às palavras de Putin fora de contexto”, contou.

A ameaça contra Kiev “foi uma manifestação de um desejo secreto de que o que queria não era apenas a Crimeia mas toda a Ucrânia”, considerou.

“Para mim, foi claro que Putin, emocionalmente e politicamente, não aceitava a realidade ucraniana, tal como a Bielorrússia, país controlado por Moscovo”, disse.

Putin não é maluco, é perigoso e um autocrata, mas não é irracional. Cometeu um grande erro. Não contou com a determinação do povo ucraniano e com o apoio do bloco europeu e dos Estados Unidos. É neste ponto onde nos encontramos. Uma guerra de grande escala no meio da Europa”, concluiu.

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Pingo Doce lança campanha para quem “não adora químicos” com criatividade da BBDO

  • + M
  • 20 Fevereiro 2024

A campanha conta com a criatividade da agência BBDO e o planeamento de meios da Initiative Media. Marca presença em televisão, rádio, digital, e nos canais próprios da marca.

A nova campanha multimeios do Pingo Doce pretende comunicar a eliminação de intensificadores de sabor e de corantes artificiais de todos os produtos alimentares da sua marca própria.

“Se também não adora químicos” é o mote da campanha que conta com a criatividade da BBDO e o planeamento de meios da Initiative Media. No ar até ao final de março, os spots marcam presença em televisão, rádio, digital, e nos canais próprios da marca, como redes sociais, folheto e lojas.

Segundo se refere em nota de imprensa, o Pingo Doce “é o primeiro e único retalhista no país a apresentar um sortido isento de intensificadores de sabor e de corantes artificiais, resultado de um forte empenho da marca na promoção da saúde através da alimentação, com o objetivo de disponibilizar aos clientes produtos que sejam nutricionalmente mais equilibrados e o mais naturais e saudáveis possível, sem nunca descurar o sabor”.

“Desde 2007 que o Pingo Doce tem vindo a trabalhar na eliminação de intensificadores de sabor e de corantes artificiais dos produtos alimentares de marca própria, um processo que envolveu o compromisso e dedicação dos fornecedores e das equipas de qualidade e nutrição do Pingo Doce e que passou, por exemplo, pela substituição progressiva de corantes artificiais por alternativas naturais, à base de fruta ou vegetais, entre outros”, acrescenta-se.

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COSEC segurou créditos no valor de 16% do PIB

  • ECO Seguros
  • 20 Fevereiro 2024

A seguradora de crédito e caução, que é hoje da Allianz Trade, fez seguros que protegeram, contra a falta de pagamento, 37 mil milhões de euros de vendas de empresas portuguesas.

A COSEC reforçou a sua posição de liderança em Portugal, em 2023, nos ramos de seguros de Crédito, com 50% de quota de mercado, e de Caução com 48%. A exposição ao crédito cresceu 12% em termos homólogos, tendo alcançado 21 mil milhões de euros, o valor mais elevado de sempre para a seguradora fundada 1969 e atualmente detida pela Allianz Trade.

Nadine Accaoui, a nova CEO da COSEC, só entrou em 1 de janeiro deste ano, 2023 ainda foi da responsabilidade de Vassili Christidis, agora CEO da seguradora grega Allianz European Reliance.

A seguradora afirma ter contribuindo diretamente para a cobertura de vendas a crédito estimados em mais de 37 mil milhões de euros, o que representa 16% do PIB nacional.

O Seguro de crédito tem um papel relevante na proteção dos negócios, é transversal a vários setores e volumes de negócio, permitindo a proteção das vendas a crédito. O ramo atingiu 80,1 milhões de euros em prémios em 2023, através de 4 seguradoras especializadas. Após a COSEC segue a Crédit y Caución – do grupo espanhol GCO Occident – com 23%, a francesa Coface com 14,5% e a espanhola CESCE com 13%.

No ramo do Seguro caução – que permite às empresas nacionais garantir o bom cumprimento das obrigações assumidas perante um beneficiário – a COSEC obteve uma quota de mercado de 40,8%, em 2023, consolidando assim a sua posição de líder neste ramo. A exposição da COSEC à caução cresceu 8,7% para 515 milhões de euros num ramo em que operaram 13 seguradoras no ano passado com o valor dos prémios emitidos a atingir 7,8 milhões de euros. As quatro maiores seguradoras neste ramo asseguraram quase 90% do mercado que é liderado pela COSEC seguida de Abarca com 20,7%, da Crédit y Caución com 18,1% e a CESCE com 8,8%.

André Granado, Administrador Executivo, diz ser fundamental “garantir o suporte às empresas em todas as fases, sobretudo em cenários económicos pautados por alguma instabilidade, que é aquilo a que temos assistido na Europa e no Mundo”.

“A consolidação da liderança em Portugal, assim como o aumento da exposição ao crédito, são o reflexo do compromisso no apoio às empresas portuguesas, nomeadamente exportadoras. É fundamental garantir o suporte em todas as fases, sobretudo em cenários económicos pautados por alguma instabilidade, que é aquilo a que temos assistido na Europa e no Mundo”, comentou André Granado, Administrador Executivo da COSEC.

Adquirindo os 50% do capital que lhe faltavam ao BPI, a Euler Hermes – hoje Allianz Trade – mantém o contrato da COSEC como responsável pela gestão do Sistema de Seguro de Créditos com Garantia do Estado português, para apoiar as empresas na sua exportação e internacionalização para países de risco político agravado.

No início de 2024, Nadine Accaoui, até então CFO da Allianz Trade para a região MMEA (zona mediterrânica, médio-oriente e África) e Itália, foi nomeada Presidente do Conselho de Administração da COSEC e Presidente da Comissão Executiva (CEO), substituindo Vassili Christidis, que foi nomeado CEO da Allianz European Reliance, com sede na Grécia, seu país de origem.

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Pedro Nuno Santos liderou exposição mediática em janeiro

Os primeiros cinco lugares são todos ocupados por candidatos ao cargo de primeiro-ministro nas legislativas de 10 de março. A Pedro Nuno segue-se Ventura, Montenegro, Mortágua e Rui Rocha.

Pedro Nuno Santos conquistou a liderança da exposição mediática na televisão durante o mês de janeiro, depois de protagonizar 185 notícias, num total de 8 horas e 53 minutos de emissão.

A seguir ao secretário-geral do Partido Socialista, surge André Ventura, líder do Chega, que protagonizou 184 notícias de 8 horas e 1 minuto de duração. A fechar o pódio surge Luís Montenegro, presidente do PSD, com 6 horas e 6 minutos de duração. Os dados são do serviço Telenews, da MediaMonitor (Grupo Marktest).

Os primeiros cinco lugares no ranking de exposição mediática são todos ocupados por candidatos ao cargo de primeiro-ministro nas legislativas de 10 de março, sendo que a quarta posição pertence a Mariana Mortágua (BE), que protagonizou 137 notícias com 4 horas e 49 minutos. Rui Rocha (IL) é quinto ao ter sido protagonista na primeira pessoa em 129 notícias, num total de 4 horas e 31 minutos de duração.

Na lista dos dez nomes que mais figuraram nas notícias segue-se Manuel Pizarro, ministro da Saúde (4 horas e 6 minutos), António Costa, primeiro ministro (3 horas e 59 minutos), Paulo Raimundo, líder do PCP (3 horas e 46 minutos), Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República (3 horas e 36 minutos) e José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna (2 horas e 46 minutos).

Destaque para as quedas de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa que lideraram este ranking nas duas primeiras posições durante vários meses, sempre com grande exposição mediática.

A análise foi feita, de acordo com dados da Telenews, aos principais noticiários dos canais generalistas e excluiu programas, debates ou entrevistas. A contabilização do tempo refere-se ao tempo total de duração da notícia em causa.

Também segundo a Marktest, durante o mês de janeiro, os três principais canais da televisão portuguesa – RTP1, SIC e TVI – emitiram 254 horas de informação regular, numa subida de 0,9% face ao mês anterior. Este período de tempo informativo representa, no entanto, uma quebra homóloga de 5,1%.

Ao longo do mês de janeiro foram emitidas 7.417 notícias, registando-se uma subida de 5,1% face ao mês anterior e uma descida de 3,6% em relação a janeiro de 2023. Já a duração média das notícias emitidas foi de 2 minutos e 3 segundos, mais 5 segundos do que a duração registada em dezembro de 2023.

Em janeiro, a RTP1 foi tanto a estação que emitiu mais notícias, com 2.679 peças, como o canal que mais tempo de grelha dedicou à informação regular, num total de 94 horas.

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