DBRS alerta que preços da habitação estão no limite

  • Ana Petronilho
  • 5 Fevereiro 2024

Agência de notação financeira diz que, a curto prazo, Portugal não enfrenta uma bolha imobiliária, mas alerta que os preços das casas continuam a subir e estão a atingir o limite.

Em Portugal, ainda não há uma “bolha” imobiliária, mas os preços da habitação estão a atingir o limite, avisa a agência de notação financeira DBRS.

Numa análise aos últimos dados do Eurostat, a DBRS salienta que, em Portugal, “apesar de um abrandamento” os preços das casas continuam a subir, seguindo a tendência oposta aos países da Zona Euro onde os preços da habitação caíram em média 2,1%.

Os preços da habitação, em Portugal, “continuam a registar uma tendência de subida apesar do desaceleração nos últimos trimestres” que acontece depois da aprovação do “pacote de leis promulgadas pelo Governo para controlar os preços das casas, uma vez que estes se tornaram cada vez mais inacessíveis para os portugueses”, lê-se na análise da DBRS.

Tendo em conta o atual mercado imobiliário residencial, “a taxa de desemprego relativamente baixa e o aumento da procura de casas por estrangeiros no país, não consideramos que o mercado enfrente uma bolha, no entanto, poderá estar a aproximar-se do seu pico em termos de preços”, alerta a agência financeira. No entanto, afasta a “possibilidade de uma queda abrupta dos preços” nos próximos meses.

Uma das razões apontadas pela DBRS para a tendência oposta da evolução dos preços entre Portugal e a Zona Euro é a falta de oferta. A agência de notação lembra que em 2023 foram construídas apenas 16 mil casas sendo este um número que fica bastante aquém da média de 92 mil construídas anualmente há dez anos.

Além disso, a DBRS salienta que também o “aumento da popularidade do país como destino turístico, especialmente desde a segunda metade da década de 2010″, pode ter levado a uma subida dos preços na habitação tendo sido registada uma crescente procura de “expatriados, estrangeiros reformados e nómadas digitais”, que foram atraídos por programas como os vistos gold ou o regime fiscal de residentes não habituais. Esse aumento da procura foi “particularmente sentido nas grandes áreas urbanas como Porto e Lisboa e nas zonas de férias como a região do Algarve”, refere ainda o documento.

 

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Abanca espera ter luz verde do regulador à compra do Eurobic em meados do ano

O banco espanhol, que chegou a acordo para a compra do português Eurobic em novembro, espera obter as autorizações do regulador em meados deste ano. Passa a ser o sétimo maior banco em Portugal.

O Abanca espera obter luz verde da parte do regulador à compra do Eurobic em meados deste ano, prevendo completar a integração da instituição financeira portuguesa em 2025. Esta aquisição vai permitir à entidade tornar-se o sétimo maior banco em Portugal.

“A aprovação do regulador para a compra do Eurobic deverá ocorrer em meados do ano e a integração tecnológica no grupo em 2025”, adiantou o líder do Abanca, Juan Carlos Escotet, na conferência de apresentação de resultados de 2023.

O Abanca comunicou em meados de novembro que fechou um acordo de compra de 100% do capital do EuroBic, com a operação agora à espera da autorização do Banco de Portugal.

O processo de aquisição do Eurobic pelo Abanca é um processo que já esteve prestes a concretizar-se em várias ocasiões e se arrasta há vários anos (quatro anos), quando rebentou a polémica do Luanda Leaks, envolvendo Isabel dos Santos, em janeiro de 2020. Só em novembro do ano passado é que os acionistas angolanos, incluindo a filha do antigo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, acordaram a venda de 100% do capital do banco aos galegos do Abanca por cerca de 300 milhões.

O Abanca já esteve prestes a fechar a compra do ex-Bic logo em 2020, mas o negócio ruiu por falta de acordo quanto ao valor do negócio (em plena pandemia). Agora, a transação parece bem encaminhada e não deverá levantar muitos obstáculos junto do regulador, na medida em que o comprador é bem conhecido das autoridades de supervisão.

Questionado sobre o facto deste processo de aquisição se ter prolongado tanto tempo e se não teria sido possível fechar a compra mais cedo, Escotet realçou que “foi tão rápido quanto conseguimos”.

Escotet realçou ainda que com a aquisição do Eurobic, o Abanca vai passar a ser a sétima maior instituição bancária em Portugal e em Espanha. A operação traduziu-se na aquisição orgânica de mais de 130.000 novos clientes em 2023, com um crescimento de 84% no número de clientes em Portugal, adianta o banco.

Em novembro, o Abanca antecipava que a operação iria permitir ao Abanca triplicar a presença em Portugal, com mais de 300 mil clientes, quase 250 agências e cerca de 18,5 mil milhões de euros de volume de negócios.

Em relação a outras aquisições, o líder do Abanca destacou que a entidade, que tem crescido via aquisições, está sempre atenta “às oportunidades no mercado”. No entanto, recusou-se comentar um possível interesse no Novo Banco, adiantando que, para já, há demasiada especulação em torno da informação que está a sair.

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Lucro do BPI sobe 42% para 524 milhões em 2023

Portugal contribuiu com 444 milhões de euros para os lucros do BPI no ano passado, mais 88% face a 2022.

O BPI registou lucros de 524 milhões de euros em 2023, uma subida de 42% face ao ano anterior, à boleia da subida das taxas de juro. Portugal contribuiu com 444 milhões. Mas o CEO João Pedro Oliveira e Costa adianta que o pico dos resultados está a passar.

“Foi um resultado robusto, ganhamos quota no crédito à habitação e no crédito às empresas, temos elevada capitalização e liquidez elevada”, resumiu o gestor na conferência de imprensa de apresentação das contas anuais, assegurando que o banco irá distribuir parte do resultado ao acionista, o espanhol CaixaBank. “Temos pretensão de pagar dividendos”, afirmou.

Com os juros em queda, o líder do BPI adiantou que os resultados da banca não vão manter nestes níveis elevados. “Não estou a ver retornos de capital e lucros ao nível do que temos agora. Vamos entrar num período de normalização que demorará um a dois anos”, frisou.

Como acontece com a generalidade do setor, o resultado foi impulsionado pela margem financeira, que corresponde à diferença entre os juros cobrados pelos empréstimos e os juros pagos pelos depósitos. No caso do BPI, a margem disparou 72% para 943 milhões de euros.

Já as comissões recuaram 1% para 291,4 milhões, fazendo com que, somando à margem, o produto bancário tivesse subido quase 40% para 1,2 mil milhões de euros.

O BPI conseguiu fechar o ano com um crescimento da carteira de empréstimos, na ordem dos 3% e superando a barreira dos 30 mil milhões de euros. “Tivemos ganhos de quota importantes”, sublinhou o líder do BPI aos jornalistas. O crédito à habitação subiu 3% para 14,6 mil milhões, com uma quota próxima dos 15%. O crédito às empresas cresceu 5% para 11,5 mil milhões. “Foi um dos melhores anos na banca de empresas”, notou João Pedro Oliveira e Costa.

A nova produção de crédito à habitação caiu 10% face a 2022, atingindo os 2,4 mil milhões. Mais de metade teve taxa fixa (46%) ou mista (17%). João Pedro Oliveira e Costa espera que o banco atinja o mesmo volume em 2024.

os depósitos registaram uma contração de 4% para 29,2 mil milhões de euros, com o banco a ser penalizado por dois fatores: o uso de poupanças para a amortização do crédito e a fuga para os Certificados de Aforro na primeira metade do ano passado.

Com o negócio a disparar em Portugal, o contributo africano teve desempenho contrário, sobretudo por causa de Angola, onde o BFA deu menos 57% para 42 milhões de euros. Moçambique atenuou a quebra angolana com a contribuição do BCI a subir 13% para 39 milhões.

Ainda assim, o BPI atingiu uma rentabilidade dos capitais próprios (ROTE) de perto de 16% em Portugal.

Zero casas entregues ao banco em 2023

João Pedro Oliveira e Costa destacou ainda que não foi entregue qualquer casa ao banco devido a incumprimento do crédito no ano passado. “Tivemos um enorme esforço das famílias para equilibrar os seus orçamentos”, explicou o CEO do BPI, adiantando que as medidas tomadas pelo Governo e pelo próprio banco ajudaram a atenuar o efeito da subida dos juros.

De acordo com o banco, 3.800 clientes pediram para renegociar o crédito da casa ao abrigo da medida do Governo, envolvendo um montante de 436 milhões de euros. Há ainda renegociações num nível “residual” realizadas fora do decreto-lei do Governo, segundo o administrador Francisco Mato. Cerca de 5.100 famílias beneficiam da bonificação de juros.

Por outro lado, 400 famílias pediram para fixar a prestação da casa.

(Notícia atualizada às 12h19)

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Rosália Amorim assume direção de marketing da EY após demitir-se da Global Media

Rosália Amorim demitiu-se do Global Media Group em janeiro. Agora, assume funções fora da área do jornalismo, enquanto diretora de brand, marketing & communication da consultora EY.

Depois de se ter demitido da Global Media, onde era diretora de informação da TSF, Rosália Amorim assume agora novas funções enquanto diretora de brand, marketing & communication da EY Portugal. A ex-jornalista preenche assim a vaga deixada por Telma Franco, que passou a chefe de gabinete de Miguel Farinha, presidente da EY Portugal, Angola e Moçambique.

“Estou muito entusiasmada com este novo desafio e certa de que vou acrescentar valor, dada a minha experiência na área de comunicação e liderança de grandes marcas e equipas. Fico honrada pela escolha do country managing partner, Miguel Farinha, e a forma de corresponder à expectativa dos partners é com total empenho, foco e a boa energia de sempre para fazer acontecer e obter resultados”, diz Rosália Amorim, citada em comunicado.

Já Miguel Farinha refere que a visão para a área da comunicação de Rosália Amorim “aliada às competências no domínio do marketing e à gestão de projetos envolvendo equipas multidisciplinares, permitirão contribuir para a afirmação, notoriedade e reputação da EY no mercado, dando continuidade ao trabalho muito positivo que vinha a ser desenvolvido pela Telma e pela sua equipa, incluindo fornecedores e parceiros, e que tão bons resultados e reconhecimento nos tem trazido”.

Rosália Amorim demitiu-se do Global Media Group em janeiro passado. A saída terá estado relacionada com a situação da empresa e com as razões que levaram à sua demissão em dezembro da TSF, ou seja, o despedimento de 30 pessoas na rádio e o facto de estar comprometido o projeto de investimento e contratações para a TSF.

Antes de ter assumido as funções de diretora de informação da TSF, a ex-jornalista dirigiu o Diário de Notícias e foi diretora editorial do Dinheiro Vivo. Foi administradora não executiva do Global Media Group no primeiro semestre de 2021 e diretora executiva, em Angola, da Media Rumo (que detém jornais como Mercado, Vanguarda e a revista Rumo). Durante 18 anos esteve no grupo Impresa. Tem sido comentadora em vários meios de comunicação social.

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SMFC reforça equipa com três novos advogados

André Oliveira Costa, integra a SMFC enquanto sócio e António Magalhães Mendes e Catarina Teixeira, na qualidade de associados.

A SMFC reforçou as equipas de Comercial, Societário & M&A, Imobiliário e Contencioso & Arbitragem com a integração de André Oliveira Costa, na qualidade de sócio, e de António Magalhães Mendes e Catarina Teixeira, como associados.

Transitando da Rogério Alves & Associados, onde coliderava o departamento de Comercial e Societário, André Oliveira Costa passou ainda pela Vieira de Almeida e DLA Piper ABBC. O advogado conta com 20 anos de experiência, dedicando-se às áreas de Direito Comercial e Societário e de Direito Imobiliário. Ao longo destes anos, tem assessorado diversas sociedades comerciais e Fundos de Investimento em diversas operações, nomeadamente operações de aquisições, estabelecimento de joint-ventures, fusões e aquisições, reestruturação de grupos societários e operações de Corporate Finance.

Catarina Teixeira transita da Valadas Coriel & Associados e António Magalhães Mendes da Teixeira da Mota Advogados. “Com a contratação de António Magalhães Mendes e Catarina Teixeira, a a SMFC reforça os objetivos de crescimento das áreas da firma, procurando desenvolver e afirmar no mercado o departamento de Comercial, Societário e M&A liderado pelos sócios Manuel Ferreira da Costa e André Oliveira Costa”, refere o escritório em comunicado.

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OCDE prevê para 2024 menos crescimento e menos inflação na Zona Euro

  • Lusa e ECO
  • 5 Fevereiro 2024

A OCDE cortou as previsões de crescimento do PIB na Zona Euro, para 0,6% em 2024 e 1,3% em 2025, mas está mais otimista sobre inflação.

A OCDE cortou esta segunda-feira as previsões de crescimento do PIB na Zona Euro, para 0,6% em 2024 e 1,3% em 2025, mas está mais otimista sobre inflação, apontando para uma taxa de 2,6% em 2024 e 2,2% em 2025. Nas previsões económicas intercalares, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) está ligeiramente mais pessimista para a atividade dos países da moeda única, face a novembro.

Os economistas preveem que o crescimento na Zona Euro “continue fraco durante o primeiro semestre de 2024, antes de recuperar de forma constante à medida que os rendimentos reais se fortalecem”.

A organização com sede em Paris espera que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passe de 0,5% em 2023 para 0,6% em 2024, menos 0,3 pontos percentuais (pp.) do que anteriormente, antes de recuperar para 1,3% em 2025 (menos 0,2 pp. do que previa em novembro).

Entre as principais economias do bloco da moeda única, a OCDE prevê que o PIB alemão suba 0,3% em 2024 (-0,3 pp. do que anteriormente), antes de avançar 1,1% em 2025 (-0, 1 pp. do que o esperava). Para França espera um crescimento de 0,6% este ano (-0,2 pp. do que em novembro) e de 1,2% em 2025, enquanto para Itália manteve a projeção inalterada em 0,7% em 2024 e 1,2% em 2025. Já o PIB espanhol cresce 1,5% em 2024 (mais 0,1 do que no anterior relatório) e 2% em 2025.

No entanto, está mais otimista sobre a redução da inflação, esperando uma queda da taxa de 5,4% em 2023 para 2,6%, o que traduz uma diminuição de 0,3 pp. face ao previsto anteriormente. Para 2025, aponta para uma taxa de inflação de 2,2%, 0,1 pp. abaixo do que projetava em novembro.

OCDE mais otimista sobre crescimento global prevê taxa de 2,9% este ano

A OCDE está ligeiramente mais otimista sobre o crescimento global este ano, prevendo agora uma expansão do PIB de 2,9%, antes de recuperar para 3% em 2025, foi hoje divulgado.

Segundo a atualização das projeções económicas, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global diminua para 2,9% em 2024 – de 3,1% em 2023 -, antes de recuperar para 3% em 2025, à medida que as condições financeiras melhoram. Face a novembro, a organização com sede em Paris reviu em alta de 0,2 pontos percentuais (p.p.) a projeção para 2024 e manteve inalterada a de 2025.

A OCDE destaca que o crescimento global se revelou resiliente em 2023, com a inflação a diminuir mais rapidamente do que o previsto, mas os resultados divergiram entre os países, com um forte crescimento nos Estados Unidos e em diversas economias emergentes, o que contrastou com uma desaceleração na maioria dos países europeus.

Segundo a OCDE, indicadores recentes apontam para alguma moderação do crescimento, resultado do impacto de condições financeiras mais restritivas nos mercados de crédito e imobiliário, e da moderação do comércio global.

Ataques em navios no Mar Vermelho aumentaram drasticamente os custos de transporte e prolongaram os prazos de entrega, perturbando os calendários de produção e aumentando as pressões sobre os preços”, alerta ainda.

A explicar a desaceleração do crescimento este ano face ao ano passado estará o “desvanecimento ou a reversão de fatores cíclicos anteriormente favoráveis, como o declínio pós-pandemia nos estrangulamentos de oferta, juntamente com políticas macroeconómicas restritivas nas principais economias avançadas e tensões estruturais na China”. A concretizar-se será o terceiro ano consecutivo de moderação do crescimento.

Em 2025 prevê-se que o crescimento mundial acelere para 3%, impulsionado por uma flexibilização generalizada da política monetária, à medida que a inflação converge para as metas do banco central e uma recuperação constante dos rendimentos reais, aponta.

A OCDE considera que “na ausência de novos choques adversos na oferta, o arrefecimento das pressões sobre a procura deverá permitir que a inflação global e a inflação subjacente caiam ainda mais na maioria das economias”.

Entre as principais economias mundiais, a OCDE prevê que o PIB norte-americano cresça de 2,5% em 2023 para 2,1% em 2024 e 1,7% em 2025, enquanto o da Zona Euro avança de 0,5% em 2023 para 0,6% em 2024 e 1,3% em 2025. Para a China aponta uma moderação do crescimento, passando de uma taxa de 5,2% em 2023 para 4,7% em 2024 e 4,2% em 2025, enquanto para o Reino Unido prevê uma expansão de 0,3% em 2023, de 0,7% em 2024 e de 1,2% em 2025.

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Marcelo lidera exposição televisiva em 2023. Protagonizou quase 98 horas de informação

António Costa é a única figura que apresenta valores aproximados aos do Presidente da República. Embora a uma grande distância dos dois primeiros, André Ventura é terceiro na lista.

Foram 2.144 as notícias protagonizadas por Marcelo Rebelo de Sousa em 2023, num total de 97 horas e 59 minutos de duração. Foi o político com maior exposição mediática no ano passado.

Na segunda posição, perto do Presidente da República, surge António Costa depois de ter protagonizado 2.021 notícias ao longo do ano passado, num total de 96 horas e 51 minutos de duração. A fechar o pódio, bem distanciado dos dois primeiros lugares, surge André Ventura, líder do Chega, que interveio na primeira pessoa em 1.241 notícias com 54 horas de duração. Os dados são do serviço Telenews, da Marktest.

Luís Montenegro surge em quarto lugar e Manuel Pizarro ocupa a quinta posição. Enquanto o presidente do PSD protagonizou 1.008 notícias, num total de 41 horas e 57 minutos, o ministro da Saúde interveio na primeira pessoa em 937 notícias, totalizando 38 horas e 35 minutos de duração em 2023.

Entre os dez nomes que mais figuraram nas notícias televisivas durante o ano de 2023, segue-se Fernando Medina, ministro das Finanças (28 horas e 3 minutos), Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal (27 horas e 12 minutos), Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda (26 horas e 31 minutos), José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna e que foi candidato a secretário-geral do PS (25 horas e 23 minutos) e Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP (18 horas e 49 minutos).

A análise foi feita, de acordo com dados da Telenews, aos principais noticiários dos canais generalistas e excluiu programas, debates ou entrevistas. A contabilização do tempo refere-se ao tempo total de duração da notícia em causa.

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Inspetores da PJ querem acesso direto às bases de dados do antigo SEF

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2024

O Sindicato do Pessoal de Investigação Criminal da PJ exigiu acesso direto às bases de dados do SEF, agora geridas pela nova agência de migrações e Sistema de Segurança Interna.

O Sindicato do Pessoal de Investigação Criminal da PJ, que representa os inspetores do extinto SEF, exigiu esta segunda-feira acesso direto às bases de dados do antigo serviço de segurança, agora geridas pela nova agência de migrações e Sistema de Segurança Interna.

Numa nota enviada à Lusa, o sindicato que representa os inspetores oriundos do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e que atualmente exercem funções na PJ defende que os profissionais da Polícia Judiciária que investigam e combatem o tráfico de seres humanos e imigração ilegal devem ter acesso direto às bases de dados com que trabalhavam no seu antigo serviço.

Só desta forma, segundo o sindicato, a PJ poderá “ser mais eficaz a combater redes de traficantes e de exploradores e a libertar e a proteger as vítimas da sua atividade criminosa”.

Com a extinção do SEF, em outubro do ano passado, as bases de dados passaram a ser geridas pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), no que toca à documentação para obtenção de autorização de residência e tudo aquilo que serve de suporte para emissão de documentos a imigrantes, e pela Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros, que funciona sob a alçada do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna e tem as bases de dados policiais e de controlo de fronteiras.

Parte da eficácia da investigação no SEF resultava de ter, sob uma mesma entidade, toda a informação relativa ao percurso dos cidadãos estrangeiros em Portugal: a entrada, o alojamento, a permanência, as relações de trabalho, os pedidos formulados, a documentação apresentada, os documentos emitidos e a saída de território nacional”, afirmou à Lusa o presidente do SPIC-PJ, Rui Paiva.

Segundo o sindicato, a eficácia resultava também da possibilidade que os inspetores tinham de analisar e de conjugar toda a informação disponível, detetando padrões de anormalidade que, em muitos casos, levavam a concluir que certos cidadãos estrangeiros se encontrariam a ser explorados por organizações criminosas.

“O que se passou com a transição dos antigos inspetores do SEF para a Polícia Judiciária é que lhes foi retirada uma das mais importantes ferramentas de que dispunham: o acesso direto a toda a informação que pertencia ao SEF“, disse Rui Paiva.

O sindicalista sustentou que “sem acesso a essa informação e à respetiva documentação, é agora impossível assegurar na Polícia Judiciária os níveis de excelência que notabilizaram Portugal, quer na investigação da criminalidade organizada e transnacional associada ao tráfico de pessoas, quer na proteção das vítimas”.

O SPIC-PJ contesta também “quem no Governo advoga que, aos inspetores da PJ, basta pedir a informação ou documentação de que necessitam à AIMA ou ao Sistema de Segurança Interna, entidades que agora operam as bases de dados do antigo SEF, as quais estão a ser atualizadas com novos dados todos os dias”.

“Qualquer pessoa percebe que é muito diferente ter acesso direto a bases de dados, e poder pesquisá-las livremente, ou dirigir um e-mail formal à AIMA ou ao SSI, com um pedido, aguardar vários dias e, depois, receber uma informação pouco precisa de alguém que a recolheu sem saber muito bem de que é que andava à procura”, disse Rui Paiva.

Para o presidente do sindicato, esta situação “não serve os interesses nacionais, da União Europeia” e “muito menos os imigrantes”, beneficiando “as redes mafiosas que exploram estrangeiros em Portugal”.

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Executivos portugueses aprendem “ferramentas de coaching” para liderarem melhor

Arranca no fim do mês nova formação de executivos da Porto Business School que quer "desenvolver líderes que desenvolvam líderes". Diretoras adiantam que importância do feedback será um dos focos.

Quase 20 executivos portugueses vão voltar à escola no final deste mês. O objetivo? Aprender a usar ferramentas de coaching, da escuta ativa ao desenvolvimento de equipas, para fortalecerem as lideranças. Ao ECO, as diretoras desse novo programa de formação da Porto Business School explicam que essas competências podem mesmo ter um impacto positivo nos resultados financeiros das empresas, uma vez que podem ajudar os líderes a desenvolver as suas habilidades de gestão, o que, à boleia, “pode levar a equipas mais produtivas“.

“O objetivo é desenvolver líderes que desenvolvam líderes. Um gestor que utilize ferramentas de coaching potencia o desenvolvimento e o crescimento das equipas, com um forte impacto no negócio“, salientam Catarina Quintela e Margarida Pedrosa.

Convém explicar que por ferramentas de coaching se entendem competências como o autoconhecimento, a escuta ativa, a delegação e desenvolvimento de equipas, o feedback e o feedforward, enumeram as diretoras.

A propósito, segundo um estudo da Gallup, apenas 26% dos trabalhadores consideram que o feedback recebido teve um contributo positivo, daí que essa seja uma das competências em que o novo programa se irá focar.

“O feedback, que já faz parte da rotina da maioria das organizações e empresas, é fundamental em qualquer processo de aprendizagem e desenvolvimento e, como tal, é importante que seja comunicado de forma simples e clara“, recomendam as diretoras.

No programa, será também trabalhado o tal conceito de feedforward, que procura “apontar os colaboradores no caminho do desenvolvimento, com foco nas ações que devem ser tomadas para superar metas, adquirir competências e alcançar objetivos profissionais”.

“Para uma gestão eficiente de pessoas, é importante combinar as duas técnicas e escolher os momentos e as formas mais adequadas para transmitir cada uma delas“, sublinham Catarina Quintela e Margarida Pedrosa.

Ora, munidos destas novas competências, os executivos portugueses deverão, então, ser capazes de ter uma nova abordagem à liderança.

“Assistimos a um contexto em mudança permanentemente, com o qual os líderes devem ser capazes de lidar, definindo o foco, criando valor, desenvolvendo as pessoas e humanizando a gestão – assumindo a gestão de pessoas como um pilar de sustentabilidade dos negócios”, assinalam as coordenadores do programa.

E estas novas práticas não são positivas apenas para o bem-estar cultivado nas empresas. São potencialmente também vantajosas para os próprios negócios, melhorando a produtividade, elevando a qualidade dos resultados das equipas e, em consequência, reduzindo custos, antecipam Catarina Quintela e Margarida Pedrosa.

Líderes que utilizam técnicas de coaching são mais propensos a envolver e motivar os seus colaboradores. E colaboradores mais comprometidos tendem a ser mais produtivos, permanecer na empresa por mais tempo e contribuir de forma mais significativa para os objetivos financeiros da empresa.

Catarina Quintela e Margarida Pedrosa

“Líderes que utilizam técnicas de coaching são mais propensos a envolver e motivar os seus colaboradores. E colaboradores mais comprometidos tendem a ser mais produtivos, permanecer na empresa por mais tempo e contribuir de forma mais significativa para os objetivos financeiros da empresa”, realçam as diretoras.

Outra vantagem potencial é o aumento da habilidade de resolução de problemas complexos e de tomar decisões. “Tal pode levar a uma redução de erros e retrabalho, poupando tempo e recursos financeiros”, defendem as mesmas.

O programa “Leader coach” vai decorrer de 27 de fevereiro e 12 de março em português e formato presencial, no Porto. Terá uma duração de 16 horas e tem um investimento associado de 1.200 euros.

É um “treino intenso“, daí que não tenham sido disponibilizadas muitas vagas. Em concreto, para esta primeira foram pensados 18 lugares e, neste momento, “a turma está quase cheia“, revelam as diretoras ao ECO.

Os participantes serão principalmente executivos nos níveis funcionais de managers ou diretores. “Falamos de profissionais não só da região do Porto e da zona Norte, mas também de outros pontos do país”, avançam as diretoras, que acrescentam que estes líderes desempenham funções em diversos setores, da indústria aos serviços.

A Porto Business School é considerada uma das melhores escolas de negócios a nível europeu. No ranking do Financial Timed chegou recentemente ao lugar 53.º, de um total de 90, subindo seis lugares face ao ano anterior.

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Entrevista a João Medeiros e Samuel Fernandes de Almeida. Edição de fevereiro da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 5 Fevereiro 2024

Na Advocatus de fevereiro pode ler a entrevista aos líderes da MFA Legal e ainda especiais sobre os advogados dos futuro, perspetivas para o setor de M&A em 2024 e sobre o papel dos in-house.

A MFA Legal é o novo player do mercado da advocacia portuguesa. A boutique especializada na gestão integrada do risco é fundada pelos advogados João Medeiros e Samuel Fernandes de Almeida, ex-sócios da Vieira de Almeida. A Advocatus foi saber como é que este novo escritório de advogados, situado em plena zona nobre de Lisboa, na Avenida da Liberdade, se pretende posicionar. “Mais que uma boutique de penal e fiscal, nós somos um projeto direcionado para a gestão do risco” diz João Medeiros, senior partner.

Samuel Fernandes de Almeida, managing partner, defende que “a oferta de serviços na área de gestão integrada de risco é outro fator diferenciador, pois entendemos que os temas reputacionais e a abordagem dos diversos fatores de risco são temas críticos para os clientes”. O colégio de sócios contará ainda com Joana Lobato Heitor, até então associada coordenadora da área Fiscal da VdA.

João Medeiros e Samuel Fernandes de Almeida, senior partner e managing partner da MFA LegalHugo Amaral/ECO

O perfil dos advogados mudou e evoluiu. Desde a versatilidade ao conhecimento profundo do negócio e do setor, as valências dos profissionais são mais diversificadas e tecnológicas. Com esta mudança, os processos de recrutamento tiveram que se atualizar. A Advocatus foi tentar conhecer o perfil dos advogados do futuro.

Nesta edição a Advocatus foi saber quais são as perspetivas para o setor de M&A em 2024. Apesar de em 2023 o número de transações de M&A ter sido reduzido quando comparado com os anos anteriores, os advogados mostraram-se otimistas para o novo ano. Ainda assim, há desafios exigentes derivados da atual conjuntura política do país e económica internacional.

Pode ler também na revista de fevereiro um especial sobre a proteção de dados. Os escritórios de advogados passaram a adotar procedimentos de arquivo e proteção de dados de forma a garantir a segurança. Ainda assim, há desafios, como a dimensão das firmas e o número de clientes. Reputação pode também depender da eficácia das boas práticas de privacidade e confidencialidade.

Que papel têm os in-house das empresas em tempos de crise? Hugo Pinho, Isabel Fernandes e Joana Pinto são diretores jurídicos de três empresas e partilharam com a Advocatus como é gerir pessoas e quais são os principais desafios de liderar uma equipa legal, face ao contexto económico atual. Proximidade com os negócios e redução dos custos são algumas das mais-valias dos in-house.

Rita Branquinho Lobo, Diretora jurídica da Novabase, em entrevista ao ECO/Advocatus - 09JAN24
Rita Branquinho Lobo, Diretora jurídica da Novabase, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Rita Branquinho Lobo é a advogada do mês desta edição. A diretora jurídica da Novabase fez um balanço positivo dos quase 16 anos ao serviço da empresa e afirma que o desafio de deixar os escritórios de advogados teve os “seus frutos”. Sobre o papel de um in-house, assume que lhes é “constantemente exigida uma capacidade para identificar e avaliar problemas e aplicar rapidamente soluções eficazes”. Num cenário de incerteza na geopolítica e na era das novas tecnologias, defende que a liderança “empática” torna-se essencial para apoiar as pessoas a enfrentarem os desafios.

Miguel Braga da Costa, sócio da BRAM, fez um balanço dos quatro anos de atividade e revelou os próximos passos a dar. À Advocatus, avançou que a boutique pretende apostar nas áreas do Agronegócio e do Turismo, uma vez que são dois dos setores “mais dinâmicos” da economia portuguesa. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

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Galinha admite manter Diário de Notícias “a perder entre 500 e 700 mil euros por ano”

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2024

Mesmo que implique perder mais de meio milhão de euros por ano, Marco Galinha está disponível para assegurar o Diário de Notícias e outros títulos históricos da Global Media.

O dono do Grupo Bel, Marco Galinha, garante que não deixará cair a Global Media e manifesta-se disponível para assegurar o Diário de Notícias e outros títulos históricos, mesmo que isso implique perder entre 500 e 700 mil euros por ano. Em entrevista ao Público, o empresário critica o Governo e os autarcas de Lisboa e Porto, e admite que foi uma má solução a venda do grupo de media ao fundo World Opportunity, que tem sede nas Bahamas, pois o grupo ficou “caótico”.

Como noticiou o ECO na semana passada, um grupo de empresários representado por Diogo Freitas assinou um acordo para comprar uma série de títulos da Global Media, incluindo o Jornal de Notícias e a TSF, sem incluir o Diário de Notícias.

O empresário diz que grande parte do dinheiro que tinha para investir no grupo acabou por ser desviada para a resolução de problemas inesperados. Conta que, quando chegou à Global Media, foi surpreendido com graves problemas, pois não havia dinheiro para pagar os salários do mês e chegou uma carta para pagar ao Fisco 65 milhões de euros de mais-valias, por exemplo. Garante ainda que, no total, foram investidos 16 milhões no grupo, incluindo na compra das posições ao BCP e ao Novobanco, equivalentes a 40% do capital, por quatro milhões.

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Hoje nas notícias: Diário de Notícias, banca e “almofada” das pensões

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Marco Galinha admite manter o DN a perder entre 500 e 700 mil euros por ano. Já Rui Baleiras arrisca prever excedente de “mais de 1%”, enquanto os bancos estão a reforçar as campanhas no crédito pessoal perante uma quebra na procura por crédito à habitação. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Galinha admite manter Diário de Notícias “a perder entre 500 e 700 mil euros por ano”

O empresário dono do Grupo Bel, Marco Galinha, garante que não deixará o Global Media Group cair e manifesta-se disponível para manter o jornal Diário de Notícias e outros títulos históricos, mesmo que isso implique perder entre 500 mil e 700 mil euros por ano. Em entrevista ao Público, Galinha critica o Governo e os autarcas de Lisboa e Porto, e admite que foi uma má solução a venda da empresa de media ao fundo World Opportunity, que tem sede nas Bahamas, pois o grupo ficou “caótico”. Como noticiou o ECO na semana passada, um grupo de empresários representado por Diogo Freitas assinou um acordo para comprar uma série de títulos do grupo Global Media, incluindo Jornal de Notícias e TSF, sem incluir o Diário de Notícias.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

Líder da UTAO arrisca prever excedente de “mais de 1%”

Rui Baleiras diz que o excedente em 2023 em contabilidade nacional terá ficado “francamente” acima dos 0,8%. Mas o coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) vai ainda mais além, arriscando prever que o ano passado tenha terminado com um excedente de “mais de 1%”. É um saldo muito mais positivo do que o anunciado pelo Governo.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago) e Antena 1 (acesso livre).

“Almofada” para pagar pensões já tem quase 30 mil milhões

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) fechou 2023 a valer 29,8 mil milhões de euros, mais 6,8 mil milhões de euros do que em 2022 (23 mil milhões), cobrindo 21 meses da despesa com pensões contributivas. Continua aquém, mas mais próximo, da meta de dois anos, de acordo com dados provisórios do Ministério do Trabalho. Este fundo foi criado, em 1989 para garantir o pagamento de pensões num cenário em que o sistema entra em défice ultrapassou os 20 mil milhões de euros em 2019.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Irmãos vencem Estado em caso de Certificados de Aforro

Dois irmãos ganharam um processo contra o Estado em que reclamavam o direito de propriedade de Certificados de Aforro, série B, subscritos pelo pai entre 1992 e 2000. Só em 2021 é que tomaram conhecimento da existência dos títulos, apesar de o pai ter morrido 19 anos antes. Por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai ter de lhes pagar 67.343,21 euros, a que se soma o montante que se vier a liquidar correspondente ao saldo da conta aforro titulada pelo pai na data em que a ré foi citada (9/11/2022) que exceda a verba em questão, mais juros. Este é mais um caso de litigância contra o IGCP, que insiste que os títulos têm de ser reclamados pelos herdeiros dez anos depois da morte do titular, e não dez anos a contar da data em que os herdeiros tomam conhecimento da existência dos mesmos.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Banca acena com “borlas” no crédito pessoal perante travão no crédito à habitação

Os bancos estão a reforçar as campanhas no crédito pessoal perante uma quebra na procura por crédito à habitação. Segundo o Jornal Económico, há instituições financeiras a darem vouchers aos clientes que usem o cartão de crédito ou a reembolsarem parte da despesa em supermercados. Outras estão a enviar notificações através das apps a oferecer crédito para consumo, nomeadamente para a compra de um telemóvel novo. O Jornal Económico escreve ainda que o Banco de Portugal desvaloriza este comportamento da banca, afastando a ideia de que representa um risco para o setor e para os clientes.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso livre).

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