Banco de Fomento prolonga candidaturas à linha de crédito das IPSS até final do ano. Só foram contratados 11%

Candidaturas à linha de financiamento do setor social foram prolongadas até 31 de dezembro. Até ao final de janeiro tinha 13 milhões contratados junto de 35 entidades. Só usou 10,8% dos 120 milhões.

As candidaturas à linha de financiamento do setor social podem ser feitas até 31 de dezembro deste ano. O Banco de Fomento anunciou esta terça-feira em comunicado a extensão do prazo de candidaturas desta linha, que até 31 de janeiro tinha 13 milhões de euros contratados (10,8% do total) junto de 35 entidades.

Os detalhes de operacionalização da linha foram revelados em maio de 2023, ainda que a linha tenha sido anunciada a 15 de setembro de 2022, no âmbito do pacote “Energia para avançar”.

O Banco de Fomento justifica a extensão do prazo de candidaturas para permitir que mais entidades beneficiem do apoio financeiro necessário para desenvolver “projetos com impacto social relevante”. Até ao final de janeiro tinham sido apoiadas 35 entidades com 13 milhões de euros, que alavancaram um financiamento de 17,66 milhões.

“Entre as entidades apoiadas encontram-se entidades que desempenham um papel crucial na prestação de serviços sociais: fundações, associações sociais e culturais, Misericórdias, cooperativas, centros de apoio social, centros paroquiais e casas do povo, entre outras, com atividades de apoio social para pessoas idosas ou atividades de cuidados para crianças”, detalha o comunicado. “Geograficamente, os financiamentos revelam uma distribuição alargada por 28 municípios, embora com maior evidência nas regiões de Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal e Viseu”, acrescenta a mesma nota divulgada pela instituição liderada por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.

Esta linha tem uma dotação global de 120 milhões de euros, permite às entidades candidatarem-se a um financiamento máximo de 1,5 milhões de euros, por um prazo de dez anos extensível até 15, com carência de capital durante 36 meses e com um spread máximo que oscila entre 1% e 1,75%, em função da maturidade do empréstimo, a que acresce a taxa de juro contratada em vigor.

“As operações beneficiam de uma garantia prestada pelas Sociedades de Garantia Mútua – e contragarantida em 90% do Fundo de Contragarantia Mútuo – destinada a garantir até 80% do capital em dívida, a cada momento”, segundo as regras. Estas garantias que têm como limite máximo global 15 milhões de euros, são financiadas pelo Orçamento do Estado e não por fundos comunitários como acontece à larga maioria das medidas lançadas de apoio às empresas.

Entre os destinatários desta linha de apoio estão as entidades da economia social que sejam Instituições Particulares de Solidariedade Social (PSS) ou equiparadas, sem fins lucrativos e que apresentem uma situação líquida positiva no último balanço aprovado, ou uma situação regularizada em balanço intercalar até à data da respetiva candidatura. A linha pode ser usada para suprir necessidades de financiamento ou de investimento no âmbito da transição ambiental ou na concretização de novos projetos ou de requalificação de equipamentos sociais.

Recorde-se que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, tinha garantido que a linha estaria no terreno nos primeiros dias de janeiro de 2023, mas os detalhes de operacionalização só foram conhecidos em maio.

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Ilegalidades fazem disparar fecho de alojamentos locais em 2023

  • ECO
  • 5 Março 2024

No ano passado foram suspensos pela ASAE 49 estabelecimentos de AL, dos quais 20 funcionavam na região de Lisboa, por falta de segurança e de higiene. Os números são os mais altos de sempre.

Nos últimos sete anos, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu 94 alojamentos locais e instaurou 2.210 contraordenações por falta de segurança e higiene. Deste universo, 49 foram suspensos no ano passado, dos quais 20 funcionavam na região de Lisboa.

Os números citados esta terça-feira pelo Jornal de Notícias mostram que foi em 2023 que foram detetadas mais irregularidades nesta atividade e que nunca houve tantos alojamentos locais em incumprimento e suspensos. Em 2022 tinham sido suspensos apenas cinco a nível nacional, funcionando dois deles em Lisboa.

As suspensões e contraordenações em 2023 resultam de 491 denúncias à ASAE sobre irregularidades nestes espaços. Em declarações ao mesmo jornal, a ASAE acredita que a subida está relacionada com o aumento da fiscalização, enquanto especialistas dizem que estes números são “muito inferiores à realidade”.

Segundo dados enviados ao JN pela autoridade de segurança, nos últimos sete anos, foram registadas, a nível nacional, um total de 2.210 contraordenações e 30 crimes em alojamentos locais, resultando na suspensão de 94 estabelecimentos. Em Lisboa, foram instauradas 299 contraordenações e registados sete crimes nos alojamentos visitados, tendo sido suspensos 48 estabelecimentos, desde 2017. As infrações mais encontradas nas visitas são “alojamentos sem registo”.

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Sete anunciantes são responsáveis por um quinto do investimento publicitário em janeiro

Os 20 maiores anunciantes em janeiro foram responsáveis por 40,4% da publicidade. A televisão foi o meio em que as marcas mais apostaram, recolhendo 92,3% do total do investimento a preços de tabela.

Sete anunciantes foram responsáveis por um em cada cinco euros investidos em publicidade durante o mês de janeiro. As conclusões são da MediaMonitor, do grupo Marktest, que faz a análise a preços de tabela.

No primeiro mês do ano, 20% do investimento publicitário foi assim da responsabilidade de sete anunciantes, sendo eles o Ediclube, Modelo Continente, Procter & Gamble, McDonald’s, Unliver Fima, Lidl e a Med&cr – Serviços De Gestão De Cartões De Saúde.

O Ediclube foi o maior dos anunciantes no mês de janeiro, sendo responsável por um share of voice de 4,1% face ao total do mercado publicitário de televisão, rádio, imprensa, outdoor e Internet. Esta percentagem aumenta para 10% quando analisada apenas entre o total dos 20 maiores anunciantes do mês.

Já o Modelo Continente ocupa o segundo lugar com 3,4% de share of voice face ao total do mercado publicitário e 8,4% em relação aos 20 maiores anunciantes, enquanto a Procter & Gamble alcançou a terceira posição, com um share of voice de 2,7% no que diz respeito ao total do mercado publicitário e de 6.6% face à principal vintena de anunciantes.

Entre os 20 maiores anunciantes, que foram responsáveis por 40,4% da publicidade (sempre a preços de tabela) encontram-se seis empresas da grande distribuição, cinco do grande consumo, duas de telecomunicações e sete de outros setores.

A televisão foi o meio em que os maiores investidores apostaram em maior medida, para onde canalizaram 97,4% dos seus orçamentos, refere o estudo da MediaMonitor.

 

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CEO da Mota-Engil considera que ações continuam “subvalorizadas”. Subiram 256% num ano

  • ECO
  • 5 Março 2024

O CEO da construtora, Carlos Mota Santos, afirma que cotação da Mota-Engil ainda não reflete o valor da empresa. Algumas metas do plano estratégico até 2026 serão antecipadas.

Carlos Mota Santos garante que a Mota-Engil vai atingir mais cedo alguns dos objetivos previstos para 2026, depois de a construtora ter apresentado um lucro recorde de 113 milhões de euros no ano passado. A cotação das ações mais do que triplicou no último ano, mas o gestor considera que continua a não refletir corretamente o valor da construtora.

“Continuo a considerar que as ações estão subvalorizadas”, afirmou o CEO em entrevista telefónica à Bloomberg. “Há novos projetos em curso que suportam a nossa opinião de que alguns preços-alvo deveriam ser mais elevados“, acrescentou. Os títulos da Mota-Engil valorizam 256% nos últimos seis meses.

Carlos Mota Santos, que assumiu a liderança da Mota-Engil há pouco mais de um ano, referiu ainda à agência norte-americana que “alguns dos objetivos para 2026 serão antecipados”. “As metas que gostava de antecipar são as que estão ligadas à rentabilidade”, precisou o gestor.

O plano estratégico 2022 – 2026 prevê um crescimento do volume de negócios para 6.040 milhões de euros até ao final do período, com o EBITDA a atingir 955 milhões e o resultado líquido 180 milhões de euros.

A Mota-Engil fechou 2023 com resultados que considera ser “os melhores da sua história”. A empresa liderada por Carlos Mota dos Santos viu os lucros mais do que duplicarem para 113 milhões de euros, traduzindo-se num disparo de 120% quando comparado com o período homólogo.

No ano passado, o volume de negócios da empresa cresceu 46% para 5.552 milhões de euros. Um patamar que alcança “pela primeira vez na história do grupo”, depois de em 2022 ter registado um recorde de 3,8 milhões de euros. Carlos Mota Santos afirmou à Bloomberg que o crescimento da receita irá evoluir de forma mais moderada até 2026.

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Afinal, para que servem os estágios? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham em média 38,4 anos, valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

Milhares de jovens saem das universidades portuguesas todos os anos e uma parte significativa acaba em estágios. Mas, afinal, os estágios têm ou não valor ou são uma forma de as empresas substituírem trabalhadores com baixos custos? Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Sara Ramos, diretora executiva do Garantia Jovem, junta-se a nós para debater esta questão, garantindo que o estágio pode ser uma experiência com valor para o jovem e para o empregador.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou através deste link.

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Sara Ramos explica-nos como funciona a Garantia Jovem – programa que tem sido desenvolvido no seio do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para combater o desemprego jovem – e fala-nos sobre as condições de estágio que têm sido garantidas aos jovens portugueses.

Falamos ainda sobre o problema do desemprego jovem e como resolvê-lo. Sara Ramos entende que esse é um trabalho que deve ser feito do lado do trabalhador (melhorando as qualificações de alguns destes desempregados, por exemplo), mas também do lado dos empregadores, oferecendo salários ajustados às qualificações dos portugueses. “Precisamos também da responsabilidade dos empregadores”, sublinha.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de março, vamos explorar essa questão do ponto dos estágios.

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Zeoos levanta 1 milhão para ajudar ligar marcas aos marketplaces

Startup que atua na área de ecommerce pretende consolidar parcerias com os principais marketplaces, melhorar a plataforma e reforçar equipa.

A Zeoos, plataforma nacional de gestão de ecommerce para apoiar marcas, produtores e revendedores na ligação a marketplaces, levantou um 1 milhão de euros, numa ronda liderada pela Lince Capital. Startup pretende consolidar parcerias com os principais marketplaces, melhorar a plataforma e reforçar equipa.

“A parceria com a Lince Capital permitiu-nos focar na escalabilidade do negócio, investindo no desenvolvimento técnico da plataforma e reforçando a equipa em posições-chave que nos permitam ambicionar um maior crescimento e fazer do Zeoos uma plataforma de referência no ecommerce internacional, agilizando integrações e facilitando as relações entre sellers e marketplaces”, refere Filipe Themudo.

“Com este investimento, teremos mais força para crescer e desenvolver o negócio, tornando-o diferenciador e abordando o mercado internacional com uma proposta de valor mais forte e sustentável”, diz o CEO da Zeoos, citado em comunicado.

A Zeoos pretende facilitar a ligação entre marcas, produtores e revendedores aos marketplaces, agilizando “a experiência de venda D2C dos seus parceiros”, gerindo, “através de um único interface, as vendas em vários marketplaces e oferecendo, simultaneamente, serviços de gestão e logística.”

Com este investimento, liderado pela Lince Capital, pretende consolidar parcerias com os principais marketplaces, melhorar a plataforma com a adição de novos módulos e reforçar a sua equipa ao longo do ano.

Hoje a startup conta com uma equipa interna com quatro elementos e mais sete em regime de outsourcing. “Iremos reforçar a equipa comercial (certamente) e, potencialmente, contratar um novo quadro técnico (developer). Para reforçar a equipa interna”, adianta fonte oficial ao ECO.

“As contratações (que estimamos sejam entre 3 a 5 pessoas em 2024) vão depender da performance do projeto e do crescimento verificado. Vamos adicionando na proporção do crescimento”, refere a mesma fonte. Profissionais de ecommerce, gestão comercial / customer success são os perfis procurados numa primeira fase. “Posteriormente, focar-nos-emos em alguém mais ligado às operações e comércio internacional. Para a equipa tech, iremos procurar backend developers e/ou full stack developers“, adianta.

“Foi com enorme entusiasmo que participámos na recente ronda de investimento da Zeoos, que apresenta uma tecnologia proprietária de grande valor acrescentado, aliada a um modelo de negócio altamente escalável e uma equipa com vasta experiência no setor do e-commerce”, reforça Tomás Lavin Peixe, head of innovation funds da Lince Capital. “Estamos bastantes confiantes com as perspetivas de crescimento para os próximos anos e comprometidos em apoiar ativamente a Zeoos no seu crescimento e expansão nacional e internacional”, diz, citado em comunicado.

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Banco Montepio paga taxa de 8,5% por emissão de 250 milhões

Banco liderado por Pedro Leitão fechou esta terça uma operação de financiamento de 250 milhões de euros em títulos a 10 anos e que contam para os rácios de capital. Vai pagar taxa de cupão de 8,5%.

O Banco Montepio concluiu esta terça-feira uma emissão de dívida a mais de dez anos no montante de 250 milhões de euros. Os títulos contam para o cumprimento dos rácios de capital Tier 2 e vão ter uma taxa de cupão de 8,5%, de acordo com os dados avançados pelo site de informação financeira IFR.

A operação registou uma procura de 875 milhões de euros, 3,5 vezes mais do que o montante emitido pelo banco português. A forte procura do mercado acabou por ajudar a baixar a taxa de juro dos 9% para os 8,5%.

Os títulos contam para o rácio Tier 2 e têm a maturidade de 10,25 anos (vencem junho de 2034), sendo que o banco liderado por Pedro Leitão pode recomprar antecipadamente ao fim de cinco anos (março de 2029).

Se a emissão não for reembolsada antecipadamente, a taxa de juro para o período remanescente será indexada à taxa swap a 5 anos adicionada de um spread de 5,815%, adianta o Banco Montepio em comunicado enviado ao mercado.

De acordo com o banco, a alocação final foi feita junto de 80 investidores institucionais diversificados geograficamente: Ibéria (33%), Reino Unido (30%), França (13%), Itália (5%), entre outros.

A operação surge num momento em que o Banco Montepio continua a recuperar a confiança do mercado, depois de nos últimos anos ter realizado uma profunda reestruturação com a saída de 650 trabalhadores, fecho de balcões e limpeza do balanço, com vista a ser mais rentável.

Na semana passada a Fitch melhorou o rating em dois níveis, passando de “B+” para “BB”, mantendo-se, ainda assim, num patamar de investimento especulativo. Foi o segundo upgrade no espaço de 12 meses, num total de quatro níveis.

“Após o reconhecimento por parte das agências de rating, este resultado vem agora confirmar, inequivocamente, o interesse e a confiança por parte dos investidores, a nível global, no atual modelo de gestão do Banco Montepio, evidenciado no sucesso alcançado nos principais indicadores de rendibilidade, de capital e de risco”, disse o banco.

O banco detido pela Associação Mutualista registou lucros de 28,4 milhões de euros em 2023, uma descida de 16% em comparação com 2022, com o resultado a ser penalizado pela operação de venda do negócio em Angola. Sem a transação do Finibanco Angola, teria registado lucros de 144,5 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 18h18 com reação do banco)

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Hoje nas notícias: ricos, alojamento local e donativos políticos

  • ECO
  • 5 Março 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os mais ricos do país, que ganham cerca de 21 mil euros brutos por mês, estão concentrados em oito municípios do país, segundo os dados do gabinete de estudos do Ministério das Finanças. E os portugueses continuam a apostar forte nos jogos online, sendo que no ano passado o valor total ascendeu a 15.424,6 milhões de euros, mais 35% do que em 2022. A falta de professores continua. A três meses dos exames nacionais e do fim do ano letivo há ainda 42 mil alunos sem professor a, pelo menos, a uma disciplina.

Oito concelhos concentram os mais ricos do país

Os 0,1% mais ricos do país ganham cerca de 21 mil euros brutos por mês e concentram rendimentos em oito municípios do país: Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Loulé. A conclusão é do Gabinete de Estudos do Ministério das Finanças, que em janeiro atualizou o “Dashboard de Desigualdades de Rendimento e IRS”, que analisa os níveis de desigualdades de rendimentos declarados e englobados no IRS.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ilegalidades fazem disparar fecho de alojamentos locais

Nos últimos sete anos, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu 94 alojamentos locais e instaurou 2.210 contraordenações, mas foi no último ano que detetou mais irregularidades nesta atividade. Nunca houve tantos alojamentos locais em incumprimento e nunca houve foram suspensos tantos como em 2023: 49, em comparação com cinco em 2022, no país, e 20 comparativamente a dois em 2022, em Lisboa. Só em 2023, a ASAE recebeu 491 denúncias relativas a irregularidades nestes espaços.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Listas de donativos ao Chega estão incompletas. Faltam os maiores doadores

As listas de doadores do Chega entregues este fim de semana por André Ventura aos jornalistas, após uma investigação da TVI, não incluem inúmeras doações ao partido em 2020 e 2021. Em causa, por exemplo, estão cerca de 40 mil euros de grandes empresários, numa altura em que o partido tinha apenas um deputado e pouca subvenção pública. A primeira diferença nota-se na comparação da soma dos donativos dessas listas com os valores totais de donativos que comunicou no final de cada ano à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP). Em 2022 faltam 8 mil euros, valor que sobe para 64 mil euros em 2021 e 55 mil em 2020.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre)

Apostas online superam investimento em certificados

No ano passado, os portugueses gastaram 15.424,6 milhões de euros em apostas online, mais 35% do que em 2022, indicam os dados divulgados pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ). O montante corresponde a uma média de 1,76 milhões por hora ou a 29.346 euros por minuto. Em termos de comparação, o investimento realizado no ano passado pelos portugueses em Certificados de Aforro foi de 14.433,59 milhões de euros, ou seja, cerca de mil milhões de euros abaixo das apostas online.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago)

Mais de 40 mil alunos sem professor

Agrava-se o problema da falta de professores. A três meses dos exames há 42 mil alunos sem docente a pelo menos uma disciplina, segundo dados divulgados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tendo como base os horários por preencher lançados pelas escolas na semana passada. Há 15 dias, o contador da Fenprof apontava para 30 mil alunos sem docentes. Lisboa (12.560), Setúbal (8.010), Faro (3.620), Porto (2.945), Santarém (2.325) e Leiria (2.220) são os distritos onde há mais alunos com falta de professores. Educação Especial, Português, Inglês, Geografia e Matemática são as disciplinas com maiores carências.

Leia a notícia completa em Correio da Manhã (acesso pago)

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Bancos vão continuar a existir, mas empresas são o futuro da distribuição de serviços financeiros

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  • 5 Março 2024

Soluções financeiras integradas em plataformas não financeiras já são uma realidade. Apesar da evolução, fintechs ainda enfrentam desafios de regulação e de relação com fornecedores mais tradicionais.

As fintechs deram um novo fôlego ao ecossistema financeiro, abrindo portas à revolução de uma indústria com players e regras estabelecidas há longos anos. A banca tradicional vai continuar a desempenhar um papel de fundo importante, mas as empresas serão o futuro da distribuição de serviços financeiros integrados em negócios do dia-a-dia. Esta é apenas uma das conclusões da conferência Embedded Everything, organizada pela Portugal Fintech com o apoio do ECO.

O consenso reinou ao longo do evento, com todos os participantes a concordar que os serviços financeiros integrados estão a tornar-se parte do quotidiano. Além dos pagamentos dentro de aplicações ou da contratação de seguros, até pedir empréstimos em plataformas não-financeiras já é possível. O conceito de “compre agora, pague depois”, concretiza-o, permitindo em “apenas alguns segundos obter um crédito para adquirir um bem a prestações, fornecendo informações básicas e sem necessidade de recorrer a um banco”, começou por exemplificar Gonçalo Santos Lopes, country manager da Visa em Portugal.

Esta integração já é real no ecossistema empresarial e o comércio começa também a apostar neste sentido. Entre as grandes tendências do momento, verifica-se que os comerciantes estão “a conceber a sua própria experiência de pagamento e de crédito”, explicou, construindo a sua estrutura de pagamento integrado e assumindo o controlo da experiência oferecida ao cliente.

As empresas que oferecem a possibilidade de comprar agora e pagar depois, começam a criar parcerias com comerciantes online, até porque “61% dos consumidores já utiliza ou é a favor da utilização de serviços financeiros integrados nas compras online”, apontou Germain Bahri, responsável pela área de parcerias estratégicas do grupo Solaris.

Contudo, e apesar do comércio online ser “mais sexy”, a incorporação de soluções financeiras também já se faz nas lojas físicas, uma vez que “dois terços das transações nas lojas de retalho continuam a ser offline”, afirmou Luís Gama, da Unicre.

Outra grande tendência é o financiamento incorporado de “marca branca”, referiu o responsável da Visa. Isto é, para democratizar o acesso aos sistemas de financiamento integrado, empresas como a Klarna, por exemplo, permitem que os comerciantes mais pequenos e com menos recursos possam recorrer a essas soluções, independentemente da sua dimensão.

As oportunidades e os desafios

É cada vez mais claro que as empresas estão, de facto, a agarrar um papel de destaque nos serviços financeiros. Meaghan Johnson, fundadora da Digital Maggs, referiu, inclusive, que “marcas e empresas são o futuro da distribuição de serviços financeiros”, embora os bancos continuem a ser necessários para fazer o trabalho que fica “por baixo do icebergue”.

Os benefícios da integração são notórios, particularmente quando as fintechs podem atuar na sua área de especialidade: a construção de infraestruturas centradas nas necessidades do cliente, que baixam os custos, com programação de sistemas mais rápida e com a vantagem de adaptar os produtos mais rapidamente aos mercados.

Do ponto de vista da marca, o financiamento integrado elimina a necessidade de serviços financeiros aprofundados, conhecimento e experiência, assim como os requisitos de licenciamento. De acordo com Germain Bahri, desta forma, as empresas ganham “novos fluxos de receitas, mais opções de financiamento e fidelizam clientes”,

No entanto, não é surpreendente que exista alguma tensão entre novos e tradicionais intervenientes. Além do natural atrito, a regulação é outro desafio. Embora seja importante garantir o funcionamento seguro dos serviços financeiros os reguladores têm vindo a “travar” o crescimento da integração dos serviços financeiros, disse Johnson, precisamente para não pôr em causa as regras de compliance que os bancos já se habituaram a cumprir.

Os próprios serviços financeiros integrados têm agora de “recuperar o atraso em relação às entidades reguladoras”, alertou Vera Cardoso, da Morais Leitão, explicando que isto é o que “acontece sempre com novos setores” e que esta gestão de risco é necessária também pelo aumento da exposição “a riscos cibernéticos e à fraude”.

Ainda assim, a mensagem final surge no sentido de abraçar esses desafios, disse Gonçalo Graça Santos, da Via Direta, nomeadamente “juntando reguladores, fornecedores, produtores de serviços financeiros integrados, fintechs e consumidores num trabalho conjunto” para mitigar tensões e acompanhar a revolução em marcha no setor.

Conheça as intervenções e assista aos vídeos da conferência Embedded Everything AQUI.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de março

  • ECO
  • 5 Março 2024

Ao longo desta terça-feira, 5 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Albert Soler liderará o novo plano estratégico do Metropolitan Sports Club & Spa

  • Servimedia
  • 5 Março 2024

Albert Soler assume a direção da empresa Metropolitan-Sports Club & Spa para liderar a implementação do novo plano estratégico da empresa, com uma nova fase de expansão.

A empresa lidera o segmento de academias de fitness na Espanha, sendo a única premium, com 20 centros atualmente, 90.000 sócios, 120.000 m2 de instalações e uma equipe de 1.200 profissionais. A nova responsabilidade de Albert Soler foi comunicada internamente no final de 2023. Nos meses anteriores, ele trabalhou na elaboração do plano estratégico, que já começou a ser implementado.

“Queremos elevar a marca e o conceito premium da Metropolitan, onde o desporto está associado a um estilo de vida de qualidade em saúde, lazer e bem-estar. Trabalharemos para fortalecer o conceito de clube, acima da academia e do centro desportivo clássico”, explica Albert Soler sobre a visão da empresa.

José Antonio Castro, fundador e acionista majoritário da Metropolitan há 35 anos, confia em Albert Soler para a estratégia e impulso da nova fase da empresa. A Metropolitan, que atualmente conta com 1.200 funcionários e 10 clubes próprios, planeia investir 23 milhões de euros em 2024 no plano de expansão e reformas dos seus centros.

A última inauguração da rede foi em Sant Just Desvern (Barcelona), um centro de saúde e bem-estar integral localizado no Hotel Hesperia Sant Just. As instalações contam com uma sala de fitness com a última tecnologia da Technogym (Biostrength, Biocircuit), Crossmet, Cycling, HBX, salas de yoga, pilates, spa, centro de beleza, espaço de coworking, restaurante café, espaço infantil e uma impressionante área de treinamento ao ar livre.

Soler é um especialista da indústria do desporto que desenvolveu a sua carreira entre a administração e o setor privado. Ex-jogador profissional de polo aquático, o novo CEO da Metropolitan atuou como diretor de Desportos do Município de Barcelona, onde assumiu a direção-geral do Instituto Barcelona Desportos e diretor do Plano Estratégico do Desporto de Barcelona. Em 2008, foi nomeado diretor-geral de Desporto do Conselho Superior de Desporto e, entre abril e novembro de 2011, foi nomeado secretário de Estado do Desporto. No setor privado, foi diretor de Desportos Profissionais e Relações Institucionais do FC Barcelona de 2014 a 2021. Após passar pelo Barça, retornou ao Conselho Superior de Desportos, onde atuou como diretor-geral de Desportos até janeiro de 2023.

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Química portuguesa Bondalti lança OPA de 329 milhões sobre gigante espanhola Ercros

Empresa química do Grupo José de Mello oferece 3,6 euros por ação, um prémio de 40,6% sobre a cotação de fecho. Ercros tem sede em Barcelona, 1.350 trabalhadores e faturou 750 milhões em 2023.

A empresa química Bondalti lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre 100% das ações da espanhola Ercros, através da subsidiária Bondalti Ibérica, com sede em Barcelona. A operação está condicionada à aceitação de mais de 75% do capital. O anúncio fez disparar a cotação das ações da empresa catalã, que esta manhã chegaram a valorizar 38%.

A oferta comunicada à CNMV é de 3,6 euros por ação, o que corresponde a um prémio de 40,6% sobre a cotação de fecho do mercado registada na segunda-feira (2,56 euros) e de mais de 51% face ao preço médio no último mês. O valor total da operação ronda os 329 milhões de euros, calcula a empresa portuguesa, que pretende retirar as ações da Ercros da bolsa espanhola.

Fábrica da Bondalti em Estarreja

Especializado na produção e venda de produtos químicos e farmacêuticos, o grupo industrial catalão emprega 1.350 pessoas e tem três divisões: cloro, produtos químicos e farmacêutica. Em 2023, atingiu uma faturação de cerca de 750 milhões de euros e lucros de 27,5 milhões de euros.

A Bondalti garante que vai manter a sede da Ercros em Barcelona, assim como os postos de trabalho e a presença nas quatro regiões em que opera (Catalunha, Comunidade Valenciana, Aragão e Madrid), sublinhando ainda que tem “plena confiança no trabalho da equipa de gestão”.

A união com a Ercros permite formar um grupo com a dimensão e a capacidade financeira necessárias para fazer face aos desafios que a indústria química europeia enfrenta.

João de Mello

Presidente da Bondalti

Em comunicado, João de Mello, presidente da Bondalti, destaca que “a união com a Ercros permite formar um grupo com a dimensão e a capacidade financeira necessárias para fazer face aos desafios que a indústria química europeia enfrenta”.

“Acreditamos que a oferta representa uma proposta financeira muito atrativa para os atuais acionistas assim como para a própria empresa, que beneficiará da experiência e da solidez financeira de um sócio industrial como a Bondalti. Isto fortalece a estratégia de crescimento e a competitividade da empresa nos mercados, ao ganhar escala e uma equipa profissional de elevada competência como os quadros da Ercros”, acrescenta.

João de Mello, presidente da Bondalti

Presente em Espanha há mais de 20 anos, a empresa lucrou 52 milhões de euros em 2022, um crescimento homólogo de 172%. É detida pelo Grupo José de Mello, que regista um volume de negócios de 1.255 milhões de euros, soma 2.400 milhões de euros em ativos sob gestão e assegura cerca de 14.800 postos de trabalho.

Do outro lado da fronteira, a Bondalti emprega mais de 200 pessoas e controla atualmente duas unidades produtivas — em Torrelavega (Cantábria) e em Alfaro (La Rioja) –, assim como um centro logístico em Vigo, além de quatro escritórios em Barcelona, Madrid, Pontevedra e Logronho.

O grupo nacional frisa que este negócio “dará lugar a uma empresa industrial que terá a escala necessária para competir no complexo mercado atual, investindo continuamente em inovação e sustentabilidade, antecipando-se aos desafios que a indústria química europeia enfrenta para fazer face à crescente procura por produtos mais verdes e ser um agente ativo da transição energética.

Nesta operação, a Bondalti contou com a assessoria legal da Cuatrecasas e financeira do Banco Santander.

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