Défice orçamental regressa em março. Finanças culpam anterior Governo

  • ECO
  • 30 Abril 2024

O novo Governo culpa o anterior executivo pela "forte degradação do saldo orçamental" no primeiro trimestre. No último mês de Medina nas Finanças, em março, o défice atingiu os 259 milhões de euros.

As contas públicas voltaram ao vermelho pela primeira vez “desde dezembro de 2022”. De acordo com um comunicado das Finanças, enviado esta terça-feira às redações, o excedente de 785 milhões em fevereiro passou para um défice de 259 milhões de euros em março, último mês de Fernando Medina como ministro.

“Esta forte degradação do saldo orçamental, entre janeiro e março de 2024, resulta, em grande medida, de decisões e compromissos assumidos já este ano pelo anterior governo e, em muitos casos, após as eleições de 10 de março”, adianta a curta nota do ministério, agora liderado por Joaquim Miranda Sarmento.

Em termos homólogos – ou seja face ao primeiro trimestre de 2023 –, existiu uma redução do saldo orçamental, em contabilidade públicas, em 5,3 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. As dívidas da Administração Central a fornecedores aumentarem cerca de 300 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, adianta ainda a nota.

A síntese de execução orçamental, entretanto publicada pela Direção Geral do Orçamento (DGO), adianta mais pormenores da evolução das finanças públicas. Por um lado, recorda que a variação do saldo foi influenciado pela “transferência, em 2023, da totalidade das responsabilidades asseguradas através do Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (FPCGD) para a CGA, no valor de 3018,3 milhões de euros”, que não “teve impacto no saldo das contas nacionais”.

Sem esta operação de transferência do FPCGD, a receita cresceu 4,3%, à boleia do aumento da receita contributiva (9,6%) e da receita não fiscal e não contributiva (10,2%). Já a receita fiscal caiu 0,3%. Na receita fiscal das Administrações Públicas é sublinhada a quebra do IVA (-5,6%), embora a receita do IRS e ISP tenham aumentado 3,1% e 13,7%, respetivamente.

Já a despesa subiu 15,1%. A DGO destaca que o crescimento da despesa é explicado “essencialmente pelos aumentos nas transferências (23%), nas despesas com pessoal (7,8%) e na aquisição de bens e serviços (7,2%)”. A atualização das pensões, assim como o aumento do número de pensionistas, no regime geral, pesaram na gaveta das transferências. Tal como as medidas para mitigar o choque geopolítico e inflação, em particular a compensação para conter os preços das tarifas de eletricidade.

Estas medidas representaram, em março, uma redução da receita de 249,8 milhões de euros e um aumento da despesa total em 673,9 milhões. Os mecanismos para travarem a subida do Impostos sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) retiraram, por exemplo, cerca de 244 milhões às receitas públicas. Com maior peso, no lado da despesa, esteve a alocação de verbas para o Sistema Elétrico Nacional (SEN) de forma a reduzir a tarifa, que teve um custo de 566 milhões de euros.

Entre as despesas com pessoal é indicado o “impacto das medidas de atualização remuneratória dos trabalhadores em funções públicas, com efeitos desde o início do ano, bem como o impacto das medidas de valorização intercalares ocorridas no ano anterior e da medida especial de aceleração das carreiras na Administração Pública”.

 

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CTT pagam dividendo de 0,17 euros a 16 de maio

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

O dividendo ilíquido de 0,17 euros por ação corresponde um dividendo líquido de 0,12240 euros ou de 0,12750 euros, consoante a sua sujeição a IRS ou IRC, respetivamente.

Os CTT vão pagar um dividendo, aprovado em assembleia-geral, de 0,17 euros por ação em 16 de maio, comunicou esta terça-feira a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º-K do Código dos Valores Mobiliários e no n.º 1 do artigo 7.º do Regulamento da CMVM n.º 1/2023, os CTT – Correios de Portugal, S.A. (‘CTT’), na sequência da aprovação da proposta de aplicação de resultados pela assembleia geral anual realizada no passado dia 23 de abril, informam sobre o pagamento de dividendos referentes ao exercício de 2023”, refere o comunicado.

Em causa está um dividendo ilíquido de 0,17 euros por ação, a que corresponde um dividendo líquido de 0,12240 euros ou de 0,12750 euros, consoante a sua sujeição a IRS ou IRC, respetivamente. A mesma informação indica 16 de maio como data de pagamento do dividendo, referindo que este será efetuado através da Central de Valores Mobiliários, sendo agente pagador o Banco Montepio.

O resultado líquido dos CTT subiu 66,2% no ano passado, face a 2022, para 60,5 milhões de euros. As ações do CTT fecharam a sessão desta terça a ceder 1,89% para 4,41 euros.

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Sonae paga dividendo de 5,6 cêntimos a partir de 16 de maio

Assembleia-geral aprova contas de 2023, em que a dona do Continente aumentou os lucros em 6,4% para 357 milhões de euros, e também a subida do peso da remuneração variável dos administradores até 76%.

A Sonae vai começar a pagar aos acionistas o dividendo de 5,639 cêntimos por ação a partir de 16 de maio, por conta dos resultados alcançados no ano passado. Representa um aumento de 5% face a 2022 e equivale a um dividend yield de 6,2% face ao preço de fecho a 31 de dezembro de 2023.

A proposta da dona do Continente foi votada favoravelmente esta terça-feira na assembleia geral anual, em que foram também aprovadas as contas relativas ao último exercício, em que os lucros aumentaram 6,4% em termos homólogos, para 357 milhões de euros, assim como votos de louvor e confiança aos órgãos de administração e fiscalização.

Além da cooptação de Maria Teresa Ballester Fornes para assumir as funções de administradora não executiva independente até ao termo do mandato em curso, relativo ao quadriénio 2023/2026, foi também dada “luz verde” as alterações à política de remunerações dos administradores executivos que elevam para 76% o peso máximo da remuneração variável.

A revisão proposta pela comissão de vencimentos, composta por Artur Santos Silva, José Côrte-Real e Ramon O’Callaghan, falava em “fortalecer a competitividade” e reforçar o “alinhamento e compromisso” dos administradores executivos com “os interesses de médio e longo prazo da sociedade e com a sua estratégia empresarial, reforçando e premiando a sua contribuição, individual e coletiva, para o sucesso da sociedade”.

Em 2023, o volume de negócios da Sonae cresceu 9,2% e superou os 8,4 mil milhões de euros, impulsionado principalmente pelo crescimento da MC (retalho alimentar) que, “perante o contexto inflacionista desafiante e competitivo, conseguiu reforçar a sua posição de liderança no mercado português de retalho alimentar”.

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Investimento e exportações pesam no PIB mas arranque do ano foi positivo

Economia desacelerou no primeiro trimestre, em termos homólogos, mas mesmo assim cresceu acima da média da Zona Euro. Investimento e exportações são fatores de preocupação.

A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística mostrou que a economia portuguesa começou o ano a crescer, ainda que com uma desaceleração. Economistas ouvidos pelo ECO alertam para os efeitos do abrandamento das exportações e do investimento, mas apontam que é positivo nesta conjuntura se ter verificado na mesma um crescimento e novamente acima da média da Zona Euro.

Os dados mostraram que o PIB de Portugal cresceu 1,4% no primeiro trimestre face ao período homólogo, o que se traduz numa desaceleração. Já na comparação trimestral, a economia avançou 0,7%, o que representa uma estabilização face ao trimestre anterior.

Como explica o diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, Pedro Braz Teixeira, ao ECO, esta desaceleração em termos homólogos deveu-se a um “efeito base”, já que o primeiro trimestre de 2023 teve um crescimento de 1,5% que foi “muito excecional e era difícil de repetir”.

Admite ainda assim que o crescimento de 0,7% em cadeia, igual ao trimestre anterior, é “significativo”. Se este crescimento fosse o mesmo nos quatro trimestres do ano, daria um crescimento de 2,8%, o que está “muito acima do que qualquer previsão para o conjunto do ano”, nota.

Ricardo Ferraz, investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona, também destaca ao ECO que “é positivo que temos arrancado o ano a crescer” e “acima da média da Zona Euro, tanto em termos homólogos como em cadeia”.

No entanto, alerta que “é preciso ter cautelas”, já que “é facto que tanto o investimento como as exportações estão a desacelerar”. “O comportamento desta última indicia uma conjuntura que ainda não é a melhor, apesar de estar a melhorar”, nota, como se vê pelo facto de que “há países que estavam em recessão técnica e já não estão (como a Irlanda) e o PIB alemão também cresceu”.

Pedro Braz Teixeira partilha destes receios, salientando que o Fórum para a Competitividade não vai mudar a previsão para o conjunto do ano, até porque apesar do crescimento ser razoável, a composição “já não é tanto”. A procura externa líquida “foi positiva ainda que as exportações tenham caído: foram as importações que ainda caíram mais”, o que “não é inteiramente positivo”.

Já em relação à procura interna, “houve uma redução no investimento, o que não é muito favorável”. Tal pode estar relacionado com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, que pode ter sofrido com o Governo em gestão no início do ano, além de que a “incerteza política fez adiar uma serie de decisões de investimento”. E esta incerteza “não ficou resolvida com as eleições”, alerta.

Ricardo Ferraz também salienta que “é preciso que haja uma aceleração da execução do PRR”, que seria até “fundamental para puxar pelas empresas”, numa “conjuntura instável” que pode dar “menor incentivo a que as empresas se comprometam com investimentos”.

O economista defende ainda que “para não ficarmos para trás quando os grandes motores arrancarem, temos de pensar no futuro” e para tal seria benéfico um “plano de reformas estruturais que seja transversal a toda economia”.

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Acordo com extrema-direita? Socialistas ameaçam retirar apoio a von der Leyen na corrida a Bruxelas

Von der Leyen admitiu estar disponível para negociar com o ECR na próxima legislatura, e não agradou os socialistas. Candidata precisa de ser um nome consensual entre os 27 para garantir reeleição.

Ursula von der Leyen arrisca-se a ficar sem o apoio dos socialistas (PSE) no Conselho Europeu para uma reeleição como Presidente da Comissão Europeia, em setembro, depois de ter admitido estar disponível para negociar com o grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), na próxima legislatura.

Os valores e os direitos não podem ser comprometidos em função do próximo parlamento“, afirmou esta terça-feira Stefan Löfven, presidente do PSE e ex-primeiro-ministro sueco. “Ou se quer lidar com a extrema-direita ou não se quer. Como progressistas, podemos dizer com firmeza: não apoiamos nenhuma coligação no Parlamento Europeu com o Identidade e Democracia (ID) ou o ECR“, afirmou Löfven numa mensagem nas redes sociais.

A resposta dos socialistas surge na sequência da intervenção de von der Leyen, durante o primeiro debate entre todos os candidatos à presidência da Comissão Europeia que decorreu, esta segunda-feira, em Maastricht, nos Países Baixos. Embora a atual chefe do executivo comunitário tenha excluído um pacto com o grupo de extrema-direita populista identitário, o Identidade e Democracia – que inclui a francesa Marine Le Pen e, futuramente, o Chega de André Ventura –, a atual chefe do executivo comunitário foi mais ambígua quando se tratou de trabalhar com a ECR, que é apoiada pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

“[Uma coligação com o ECR] depende muito da composição do Parlamento e de quem está em que grupo”, respondeu von der Leyen, esta segunda-feira, durante o debate. Atualmente, o ECR representam o terceiro maior grupo no Parlamento Europeu, com 70 deputados de 15 países, e integram, designadamente, os Irmãos de Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, o Vox, de Espanha, e o partido Lei e Justiça, da Polónia.

Candidatos ao de Presidente da Comissão Europeia no primeiro debate político, esta segunda-feira, 29 de abril, em Maastricht. (Da esquerda para a direita) Valeriu Ghiletchi (MPCE – Movimento Político Cristão Europeu), Walter Baier (Partido da Esquerda Europeia), Marie-Agnes Strack-Zimmermann (Partido da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa), Nicolas Schmit (Partido dos Sociais & Democratas Europeus), Ursula von der Leyen (Partido Popular Europeu), Bas Eickhout (Partido Verde Europeu), Maylis Rossberg (Aliança Livre Europeia) e Anders Vistisen (Partido da Identidade e da Democracia).EPA/MARCEL VAN HOORN

O gesto de von der Leyen pode dificultar a conquista do apoio necessário para uma recondução por mais cinco anos, em Bruxelas, não só da sua família partidária, o PPE, como também de dirigentes socialistas, uma vez que a eleição para o presidente da Comissão Europeia terá que ser suportada, em primeiro lugar, pelos 27 chefes do Conselho Europeu. Posteriormente, o Parlamento Europeu deverá confirmar essa nomeação com uma maioria absoluta dos votos.

Um dos aliados socialistas de peso que von der Leyen terá de segurar é Espanha. E a própria cabeça de lista já se manifestou contra as declarações da atual presidente.

“A mensagem de Von der Leyen é muito preocupante. Em Espanha, sabemos bem o que significa fazer um pacto com a extrema-direita; o que ela representa em termos de redução de direitos, liberdades e serviços públicos“, cita o El País, as declarações de Teresa Ribera.

Em Espanha, o Partido Popular, da família europeia de Von der Leyen, já fez acordos com o Vox nas câmaras municipais e nas comunidades autónomas, e o presidente do partido, Alberto Núñez Feijóo, chegou a admitir formar uma coligação a nível nacional para formar Governo.

Neste momento, existem oito candidatos na corrida à presidência da Comissão Europeia, com as sondagens a indicar uma provável reeleição de Ursula von der Leyen por mais cinco anos no top job em Bruxelas.

A nomeação só deverá acontecer em setembro, depois da tomada de posse dos 720 eurodeputados e da eleição da mesa do Parlamento Europeu. Esse processo deverá ocorrer a 16 de julho, na primeira sessão plenária, depois de serem apurados os resultados das eleições europeias que vão acontecer, em toda a União Europeia, entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, as urnas estarão abertas a 9 de junho e serão eleitos 21 eurodeputados.

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Huawei prepara mudança de CEO em Portugal

Atual CEO da Huawei Portugal deve deixar a função em breve, apurou o ECO. Tony Li está há mais tempo no cargo do que estiveram os seus dois últimos antecessores.

A Huawei vai mudar a liderança da operação portuguesa este ano. O ECO apurou junto de duas fontes independentes que Tony Li irá deixar em breve o cargo de CEO da Huawei Portugal, a tecnológica chinesa que no ano passado foi proibida pelas autoridades de fornecer equipamentos e serviços para as redes 5G no país.

Tony Li assumiu a função de CEO da Huawei Portugal em 2019, tendo substituído Chris Lu, que lidera atualmente a subsidiária da Nigéria. Há mais de cinco anos a comandar os destinos da Huawei no mercado português, o atual CEO está há mais tempo na função do que estiveram os dois últimos líderes da subsidiária portuguesa, pelo que a saída é vista internamente com normalidade.

Sobre o timing da saída, uma das fontes disse que a mudança poderá ocorrer em junho, mas não foi possível confirmar esse calendário. A outra fonte afirmou apenas que a mudança irá ocorrer este ano.

Desconhece-se a identidade do próximo líder. Os dois últimos CEO da Huawei Portugal, Li e Lu, têm longas carreiras no grupo chinês, somando funções de liderança em várias geografias, pelo que uma das fontes que falou com o ECO especula que o próximo líder deverá ser outro quadro chinês da Huawei.

Tony Li (ao centro) está de saída do cargo de CEO da Huawei em Portugal

Tony Li foi líder executivo da Huawei Portugal num período de grande crescimento no país, mas bastante atribulado pelos impactos da pandemia e pelas tensões geopolíticas entre o ocidente e a China.

Em 2019, quando assumiu funções, as relações bilaterais entre Lisboa e Pequim tinham acabado de ganhar um novo elã pela visita do Presidente chinês Xi Jinping a Portugal em dezembro de 2018.

Além disso, no Parlamento, em março desse ano, o então primeiro-ministro António Costa tinha recusado restringir a Huawei Portugal — “não há nenhuma razão para excluir a Huawei do mercado”, disse –, numa altura em que os EUA já estavam a pressionar os aliados para restringirem a empresa, por receio de que possa ser um veículo de espionagem do regime chinês. Acusação que a Huawei sempre negou.

Nos dias que correm, o cenário é muito diferente. Apesar de ser amplamente reconhecida, a Huawei enfrenta sérias dificuldades por causa das restrições implementadas nos EUA, que impediram a empresa de aceder a tecnologias essenciais usadas nos seus telemóveis, mas mais ainda pela decisão do Estado português de, efetivamente, proibir as operadoras de telecomunicações de recorrerem aos equipamentos e serviços da Huawei para o desenvolvimento das suas redes 5G.

Em março de 2023, uma comissão do Estado ligada ao Gabinete Nacional de Segurança deliberou excluir das redes de telecomunicações certos fornecedores, como aqueles que tenham sede num país que não pertença à União Europeia, à NATO ou à OCDE. Fortemente limitada pela decisão, a Huawei avançou com uma impugnação na Justiça, ação que ainda está em curso.

O ECO contactou fonte oficial da Huawei Portugal e está a aguardar resposta.

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ADSE atualiza em junho tabelas de transportes e próteses intraoperatórias

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

As novas tabelas da ADSE de transportes do regime livre, área em que foram encontrados indícios de fraude, e de próteses intraoperatórias no convencionado entram em vigor em 1 de junho.

As novas tabelas da ADSE de transportes do regime livre, área em que foram encontrados indícios de fraude, e de próteses intraoperatórias no convencionado entram em vigor em 01 de junho, sendo que a última não acarreta custos adicionais.

“O conselho diretivo da ADSE comunica que procedeu à atualização da tabela de transportes do regime livre. A nova tabela entra em vigor a 01 de junho de 2024”, indicou, em comunicado.

A ADSE sublinhou ter-se deparado com “custos muito avultados” na gestão dos serviços de transporte, sobretudo, deslocações em que o total de quilómetros percorridos “se encontram, indiscutivelmente, majorados face aos quilómetros efetivamente necessários”. A tabela que está em vigor não apresenta valores máximos de reembolso.

Por outro lado, a ADSE também constatou “enormes discrepâncias” nos valores que são cobrados aos beneficiários pelas empresas de transporte, nomeadamente em componentes como “taxa de saída”, “tempo de espera” e “valor por km”. “As situações acima mencionadas indicam a prática de atos de abuso e fraude a que a ADSE não pode ficar alheia”, notou.

A ADSE decidiu assim adotar medidas para controlar a despesa, anunciadas no seu portal. A nova tabela, que já apresenta um valor máximo de reembolso, prevê que a totalidade dos custos sejam assegurados, por exemplo, no caso do transporte de ambulância ou de VDTD (veículo dedicado ao transporte de doentes) para hemodialisados, cobaltoterapia, paramiloidose e hemofilia considerando a taxa de saída, o valor por km ou o tempo de espera.

O reembolso mínimo previsto na tabela é de 60%, no caso do valor por km para as viaturas de aluguer ou do tempo de espera, em deslocações superiores a 50 km e até duas horas.

A ADSE também decidiu atualizar os preços e regras da tabela de próteses intraoperatórias, incluída no regime convencionado, que vai entrar em vigor na mesma altura. Esta atualização não prevê custos para os beneficiários, tendo em conta que as próteses são totalmente financiadas.

Contudo, a ADSE estima que o impacto financeiro da atualização da tabela de próteses intraoperatórias vai aumentar a despesa suportada por este subsistema de saúde em 206.882,17 euros.

As alterações pretendem simplificar procedimentos, aumentar a previsibilidade da despesa, melhorar a eficiência dos rendimentos operacionais e combater eventuais abusos, esclareceu.

No que diz respeito à fixação de preços máximos, a ADSE explicou que inicialmente foi implementada uma tabela fixa de preços para estas próteses, mas, face aos pedidos dos pequenos prestadores, foi introduzida uma regra que permitiu a apresentação da fatura dos materiais, sempre que o preço da compra fosse superior ao fixado.

Porém, foram os grandes prestadores a apresentar um número elevado de faturas. “[…] A ADSE verificou existirem variações de preços superiores a 100% e até 200% para as mesmas próteses intraoperatórias, do mesmo fornecedor com o mesmo código de dispositivo intraoperatório”, apontou.

Destaca-se a instituição de uma regra que determina que a ADSE não comparticipa dispositivos médicos que não constem da tabela, salvo em situações excecionais, quando a utilização do mesmo é “imperiosa” para a saúde do doente.

O prestador também fica agora obrigado a informar previamente o beneficiário da não comparticipação de um dispositivo médico que não esteja na tabela ou cujo pedido seja “indeferido pelo departamento clínico da ADSE”.

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Ricardo Araújo Pereira protagoniza nova campanha da Worten assinada pela Fuel

  • + M
  • 30 Abril 2024

Ricardo Araújo Pereira volta a ser o protagonista da campanha, interpretando três personagens insatisfeitas. A criatividade é da Fuel, a produção da Take It Easy e planeamento de meios da Arena Media.

Com o conceito “na Worten é tudo como tu queres”, a marca aposta numa nova linha de comunicação focada na variedade de oferta e conveniência, visando mostrar que a Worten consegue satisfazer até os clientes mais exigentes.

Ricardo Araújo Pereira volta a ser o protagonista da nova campanha da marca, que este ano se foca na oferta e conveniência com uma nova abordagem, onde o humorista interpreta personagens icónicas que já foram por si representadas.

Em diferentes cenários, Ricardo Araújo Pereira interpreta assim três personagens insatisfeitas: Paulo numa competição culinária, Tozé num reality show e Antunes num concurso televisivo. Em comum – além de serem concorrentes em programas televisivos – têm o facto de poderem contar com a Worten para responder às suas necessidades. Para já, os portugueses podem ver os spots do “Paulo” e do “Tozé”.

A criatividade é assinada pela Fuel numa campanha que conta com produção da Take It Easy e realização de Tiago Guedes. A mesma marca presença em televisão, rádio, mupis, digital, lojas, app e site da Worten, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da Arena Media.

No caso da rádio, a campanha conta com histórias exclusivas, que decorrem num formato de programa de entretenimento adaptado ao meio, sempre com Ricardo Araújo Pereira enquanto concorrente.

O humor faz parte do nosso ADN, está com a Worten desde sempre e continua a ser um recurso muito potente para reforçar a proximidade e a confiança com os consumidores e, materializado na figura do Ricardo Araújo Pereira, é a garantia de um resultado muito divertido, perfeitamente alinhado com o que é a Worten”, diz António Fuzeta da Ponte, head of brand and communication da Worten, citado em comunicado.

“Estas personagens, que todos já tínhamos saudades de ver, representam aquelas pessoas que nunca estão satisfeitas, mas que na Worten encontram tudo o que querem, como querem. Queremos mostrar aos portugueses que na Worten ‘é tudo como tu queres’, com uma campanha que nos deixa muito orgulhosos e que trará aos portugueses um sorriso todos os dias”, acrescenta.

Temos sempre uma ambição que nos guia: que a Worten seja uma coisa boa e agradável no dia de alguém. Seja pelo que vendemos, seja pela publicidade que servimos”, diz o head of brand and communication da Worten.

Pautada pelo humor, a campanha tem como objetivo surpreender os portugueses, de uma forma alinhada com o posicionamento da marca e do próprio Ricardo, refere-se em nota de imprensa. E se antes já se sabia que a marca tem “tudo e mais não sei o quê”, agora percebe-se que “é mesmo tudo como tu queres”.

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Promotora imobiliária Krest investe 153 milhões em 3 novos projetos em Portugal

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Os três projetos habitacionais devem iniciar a construção este ano em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor, numa área total de 63.400 metros quadrados de “vão envolver mais de 500 postos de trabalho".

A promotora imobiliária Krest Real Estate Investments anunciou esta terça-feira um investimento total de 153 milhões de euros em três projetos habitacionais com construção prevista para este ano em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor.

Em comunicado, a Kresta avança que estes projetos – a apresentar no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que decorre de quinta-feira até domingo na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa – correspondem a uma área de 63.400 metros quadrados de “vão envolver mais de 500 postos de trabalho nas áreas da construção, conceção e gestão futura dos edifícios e respetivas estruturas”.

Com uma área de 8.300 metros quadrados e um investimento de 18 milhões de euros, o “Alvor The Breeze” é um condomínio fechado à beira-mar, com vistas sobre a lagoa de Alvor e o oceano Atlântico. O seu lançamento comercial acontecerá na quinta-feira e a construção terá início em julho, com conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2026. Segundo avança a promotora, este projeto prevê 24 apartamentos, distribuídos por dois edifícios de três pisos cada, contando com uma piscina comum, jardins privados, um ginásio e estúdio de yoga privados e uma receção principal.

o “Formoso Marvila”, situado no bairro com o mesmo nome, em Lisboa, e com uma área de construção de 9.300 metros quadrados, é um projeto assinado pelo arquiteto Ricardo Bak Gordon de renovação de um histórico armazém de vinhos. É composto por 50 apartamentos, entre T1 a T3 duplex, com vista para o Rio Tejo, tendo lançamento comercial agendado para julho, o início da construção previsto para setembro/outubro e conclusão esperada para o final de 2026. O terceiro projeto hoje anunciado pela Krest é o empreendimento “Arcoverde New Urban Living”, no município de Oeiras, com uma área de 45.800 metros quadrados e um investimento de 105 milhões de euros.

Com lançamento comercial previsto para julho e início da construção para o final deste ano, o empreendimento é composto por oito edifícios com apartamentos de um a quatro quartos, totalizando 199 unidades, com estacionamento subterrâneo e unidades comerciais. A conclusão dos primeiros edifícios deverá acontecer até 2026.

Citado no comunicado, o chief servant officer da Krest diz aguardar “com expectativa o decorrer do ano de 2024 e a evolução do mercado imobiliário português”, no qual a empresa está “cada vez mais envolvida”.

Estamos a apresentar os nossos novos projetos que representam um investimento importante, criam valor em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor e contribuem para a sustentabilidade destas localidades em Portugal. Não só atraem e servem os novos moradores, mas também a comunidade local, através de serviços, zonas de lazer, espaços para desfrutar a natureza, integrando assim uma forte componente de sustentabilidade ambiental, mas também de sustentabilidade social”, sustenta.

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IAPMEI cria departamento de apoio ao desenvolvimento industrial após perder competências para as CCDR

Com a descentralização das competências de licenciamento dos estabelecimentos industriais para as CCDR, transitou um conjunto de colaboradores do IAPMEI, afetos ao licenciamento.

O IAPMEI deixou de exercer as competências de licenciamento dos estabelecimentos industriais e licenciamento das Zonas Empresariais Responsáveis (ZER), que foram transferidas para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em maio do ano passado, mas foi necessário criar um departamento de apoio ao desenvolvimento industrial, para assegurar a gestão da plataforma eletrónica de suporte.

Este departamento entrou em funções a 1 de março e desempenha diversas funções como assegurar a gestão do sistema de informação dos estabelecimentos industriais, para permitir o conhecimento efetivo das atividades industriais exercidas em Portugal e a produção de informação que serve de suporte à definição ou execução de políticas públicas no setor industrial, como elenca a deliberação do Ministério da Economia publicada em Diário da República, a semana passada.

Promover o conhecimento junto das empresas, em coordenação com outras entidades e parceiros estratégicos, para “apoiar o desenvolvimento da política de indústria, com enfoque na economia circular e na sustentabilidade” e assegurar a elaboração de instrumentos de apoio e a realização de ações divulgação e informação junto das empresas e assegurar o acompanhamento e monitorização da implementação da política de indústria, são outras das funções deste novo departamento.

Com a descentralização de competências para as CCDR, transitou também um conjunto de colaboradores do IAPMEI, afetos ao licenciamento, para as mesmas, confirmou ao ECO, fonte oficial da entidade liderada por Luís Guerreiro, sem, no entanto, quantificar o número de pessoas envolvidas.

Mas como “o IAPMEI mantém intervenção no quadro do Sistema da Indústria Responsável (SIR), garantindo a gestão da plataforma eletrónica de suporte, foi também necessário salvaguardar a existência de uma pequena equipa capaz de garantir a manutenção da mesma nesta fase de transição”, acrescentou a mesma fonte oficial sem precisar números.

Esta “pequena equipa” tem ainda a função de apoiar as atividades desenvolvidas no âmbito da assistência empresarial, complementando com conhecimento técnico da política industrial; acompanhar a definição de planos e instrumentos de ordenamento do território; assegurar o acompanhamento da transição de competências do licenciamento industrial para as CCDR e acompanhar e participar na troca de informação no âmbito do planeamento industrial de emergência.

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Fábrica de unicórnios arranca com programa de empreendedorismo jovem

Inscrições para os hackathons do programa "Future Innovators Program", dirigido a estudantes universitários, decorrem até 5 de maio.

Unicorn Factory Lisboa lançou o “Future InnovatorsProgram” para dar impulso ao empreendedorismo junto a estudantes universitários. As inscrições para os hackathons do programa gratuito, que tem o apoio do PRR no âmbito da medida de Vales Incubadoras, decorrem até 5 de maio.

“O objetivo do Future Innovators Program é o de desenvolver competências críticas e um espírito inovador e empreendedor junto dos jovens, através de experiências práticas com base em problemas e desafios reais. Os jovens trazem consigo um grande poder de mudança e são a força motora para soluções disruptivas do futuro. Em conjunto com os nossos parceiros Sonae e José de Mello na globalidade das iniciativas de Empreendedorismo Jovem e com a Claranet e o .PT especificamente nesta iniciativa, queremos apostar no seu desenvolvimento para que no futuro possam ser líderes inovadores nas suas carreiras profissionais, e também que olhem para o empreendedorismo como uma saída profissional promissora em Portugal”, conclui Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, citado em nota de imprensa.

Com mais de 500 estudantes inscritos, a Academia Digital marca o arranque do programa. A plataforma de e-learning (criada com o apoio da startup incubada NetworkMe) reúne “25 vídeos práticos de formação, estruturados em seis blocos onde se trabalha diferentes tópicos essenciais para a fase de ideação, validação e de desenvolvimento de novas soluções”, informa nota de imprensa. Cristina Fonseca (Indico Capital), Mário Tarouca (Framedrop), Miguel Santo Amaro (Coverflex) ou Jaime Jorge (Codacy) são alguns dos profissionais ligados a fundos e a startups envolvidos neste projeto.

Cada estudante terá oportunidade de selecionar um dos desafios propostos pelos parceiros. A Sonae e a José de Mello, enquanto Global Youth Partners, desafiam os alunos a reinventar a Educação; a Sonae, através da Sierra, a sua unidade de negócio de Imobiliário, a transformar a experiência física e digital nos centros comerciais; e a Claranet procura projetos que “inovem na experiência das smart cities através do desenvolvimento e modernização de aplicações.”

Concluída a academia e analisados os pitch decks, o vencedor ganha um prémio de 2.000 euros e os dez estudantes melhores classificados a entrada direta para os hackathons e ainda uma subscrição Pro da DIG-IN de 12 meses.

Em maio, arranca a segunda fase do programa com a realização dos dois hackathons – no Porto (11 e 12 de maio) e Lisboa (18 e 19 de maio) – a partir dos desafios lançados pelas empresas parceiras. “Os universitários que tenham completado a Academia podem formar equipas entre duas a cinco pessoas, convidando outros interessados que não tenham tido a oportunidade de participar na primeira fase do programa”, informa nota de imprensa. As equipas terão depois cerca de 24 horas para construir um protótipo tecnológico.

As três equipas vencedoras de cada hackathon recebem prémios no valor total de 4.000 euros, tendo acesso direto ao programa de pré-aceleração que se realiza em setembro.

Com a duração de um mês, com várias sessões de formação e de mentoria, bem como validação do projeto no mercado, o programa termina num demo day, dando aos participantes oportunidade de apresentar os seus projetos aos parceiros e potenciais investidores. O vencedor global da iniciativa receberá um prémio final de 10 mil euros.

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Albufeira começa a cobrar taxa turística de dois euros a 21 de maio

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

A entrada em vigor estava prevista para 2 de maio, mas "alguns constrangimentos na utilização da aplicação informática de pagamento” adiou a cobrança para 21 de maio.

A Câmara de Albufeira, no distrito de Faro, prevê começar a cobrar, a partir de 21 de maio, uma taxa turística de dois euros pelas dormidas no concelho durante a época alta. O regulamento que define as condições da aplicabilidade da taxa foi publicado esta terça-feira em Diário da República, apontando o dia 2 de maio para a sua entrada em vigor.

Contudo, a Câmara de Albufeira informou em comunicado que a aplicação “encontra-se suspensa até ao dia 20 de maio, dado terem surgido alguns constrangimentos na utilização da aplicação informática de pagamento”. Assim, “prevê-se como data de início da cobrança o dia 21 de maio”, refere o presidente do município, José Carlos Rolo, citado na nota.

Albufeira é considerado como o “município capital do turismo” do Algarve, possuindo mais de 150 unidades hoteleiras e mais de 9.000 alojamentos locais. Com a entrada em vigor da cobrança da taxa turística, Albufeira passou a integrar o grupo de municípios do Algarve que recebem um valor pelas dormidas de turistas no concelho, juntamente com Portimão, Lagoa, Vila Real de Santo António, Faro e Olhão.

De acordo com o regulamento, a taxa tem um valor de dois euros entre 01 de abril e 31 de outubro e será cobrada até ao máximo de sete noites seguidas a todos os hóspedes com idade igual ou superior a 13 anos. A medida aplica-se pelas dormidas remuneradas em empreendimentos turísticos, estabelecimentos de alojamento local, parques de campismo e parques de caravanismo, independentemente da modalidade de reserva (presencial, analógica, ou via digital).

Os hóspedes cuja estadia seja motivada por tratamento médico, estendendo-se a um acompanhante, mediante apresentação de documento comprovativo da marcação/prestação de serviços médicos ou documento equivalente ficam isentos da taxa. A medida aplica-se ainda aos hóspedes que durante a estadia adoeçam, ou necessitem de cuidados médicos, mediante apresentação de documento comprovativo e durante o tempo em que estiverem doentes.

Segundo a autarquia, a verba arrecadada com a taxa turística será investida “em projetos de acessibilidades e valorização da orla costeira, em ações no âmbito das alterações climáticas, sustentabilidade e mobilidade e apoio às forças de socorro e emergência”. Os investimentos abrangem também as áreas de “apoio à saúde, património cultural e promoção de atividades culturais e desportivas, promoção e valorização turística e de novos produtos turísticos”, conclui a nota.

Para esclarecer dúvidas sobre a entrada em vigor da taxa turística, o município vai promover ações para responsáveis dos hotéis e dos alojamentos locais, nos dias 10 e 14 de maio.

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