PAN quer revisão intercalar de escalões e reduzir a taxa de IRS dos 6º e 7º escalões

PAN propõe uma redução de 1% da taxa de IRS dos 6.º e 7.º escalões e sugere uma “revisão intercalar de escalões de IRS, num programa de “emergência fiscal” para proteger o rendimento das famílias.

O PAN quer uma revisão intercalar de escalões de IRS, reduzir a taxa de IRS dos sexto e sétimo escalões e reintroduzir o IVA zero nos produtos alimentares do cabaz essencial até ao final de 2024. Estas são algumas das propostas que o partido liderado por Inês Sousa Real entregou no Parlamento depois de o Executivo apresentar na Assembleia da República o Programa de Governo e o Programa de Estabilidade.

“O PAN propõe uma redução de 1% da taxa de IRS dos 6.º e 7.º escalões, que não foram incluídos na redução prevista no Orçamento do Estado para 2024 – deixando de fora grande parte da classe média”, explica o partido em comunicado, encontrando-se a meio caminho com a proposta do PSD de descer o IRS para todos os contribuintes até ao oitavo escalão.

Na proposta que deu entrada no Parlamento, na noite de segunda-feira, é sugerida uma “atualização da dedução específica para os trabalhadores dependentes e para os pensionistas para 4.915 euros”, ou seja, “mais 811 euros do que os atuais 4.104 euros – um valor que se mantém inalterado desde 2015”.

Numa tentativa de “proteger o rendimento das famílias”, já que a atualização dos escalões de IRS não acomoda os valores da inflação de 2021 – 1,3% – e de 2022 – 7,8% – registados pelo Instituto Nacional de Estatística, o que, na prática, se traduziu em perdas reais de rendimentos das famílias no ano de 2023, o PAN sugere uma “revisão intercalar de escalões de IRS, que permitirá, por exemplo, a um trabalhador que ganhe o salário médio (1.463 euros) poupar 238 euros num ano”.

O ministro das Finanças já anunciou que haverá este ano uma nova revisão dos escalões de IRS, na segunda metade do ano, para acomodar a nova decida de IRS de cerca de 200 ou 300 milhões de euros, que somam aos cerca de 1.300 milhões já inscritos pelo Executivo de António Costa no Orçamento do Estado para 2024.

O programa de “emergência fiscal” do PAN inclui ainda a “reintrodução do IVA Zero nos produtos alimentares do cabaz essencial até ao final de 2024” e “o alargamento da duração do IRS Jovem por mais dois anos” e “a criação de um regime especial de isenção contributiva para os trabalhadores-estudantes”. “Este regime garante aos jovens que estão simultaneamente a estudar e a trabalhar acesso ao abono de família, a bolsas de ensino superior, a pensões de sobrevivência e a um regime especial de isenção contributiva”, explica o partido de Inês Sousa Real em comunicado.

O Governo também já anunciou mexidas no IRS Jovem. Para “os jovens até aos 35 anos, com exceção do último escalão de rendimento, todos os escalões serão desagravados em dois terços”, explicou o ministro das Finanças, em entrevista à RTP na semana passada. “Pagarão um terço de IRS daquilo que pagam hoje, independentemente das suas habilitações literárias” e da idade em que comece a trabalhar, se tiver saído ou regressado a uma situação laboral. Vai ser ainda introduzida na proposta do Executivo a isenção para o primeiro ano de trabalho, a única regra do atual regime que se irá manter, explicou Miranda Sarmento.

O pacote fiscal do PAN prevê ainda a redução para 6% do IVA dos cuidados médico-veterinários e da ração dos animais de companhia, porque devido à escalda da inflação “o aumento sentido nas rações para cães e gatos foi, respetivamente, de 30% e de 25%”.

Chega quer “engordar” 200 milhões de redução do IRS para mil milhões

O PAN não foi o único partido a avançar já com propostas ficais em antecipação do debate de urgência no Parlamento sobre o IRS e antes do Conselho de Ministros de sexta-feira no qual o Executivo vai decidir os detalhes da “proposta de lei que altera o artigo 68º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares”, e que irá introduzir “uma descida das taxas de IRS sobre os rendimentos até ao oitavo escalão, que vai perfazer uma diminuição global de cerca de 1500 milhões de euros nos impostos do trabalho dos portugueses face ao ano passado, especialmente sentida na classe média”, como explicou o primeiro-ministro no Parlamento.

O presidente do Chega anunciou que vai propor no Parlamento uma alteração para aumentar a redução do IRS de 200 milhões para mil milhões de euros. “Quando chegar ao Parlamento esta proposta do IRS, vamos transformá-la para ser uma proposta efetiva, com perto de mil milhões de euros de alívio aos contribuintes”, afirmou André Ventura, citado pela Lusa.

O responsável político disse que o Chega vai “procurar que haja diálogo com o PSD e com o PS, que é quem pode formar maiorias, para que haja um alívio bem maior do que aquele que o Governo de Luís Montenegro pretende”.

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Acusada por fraude em fundos europeus, Patrícia Dantas já não será adjunta no Ministério das Finanças

Antiga deputada do PSD decidiu não assumir funções após notícias sobre processo em que está envolvida, ainda que "mantendo a presunção da inocência".

Depois de notícias sobre um processo onde está a ser julgada por fraude para obtenção de fundos europeus, Patrícia Dantas decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças, avança o Ministério num comunicado enviado esta terça-feira.

“Na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social, sobre um processo que teve início em 2017 e que está ainda a decorrer nos locais próprios, sem que sobre o mesmo tenha sido proferida qualquer decisão judicial, Patrícia Dantas, mantendo a presunção da inocência que se impõe e após ponderação, comunicou ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças que decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças“, lê-se no comunicado.

Em causa está um processo judicial onde se investiga um crime de fraude na obtenção de subsídio, que está em fase de julgamento, de acordo com a notícia publicada no Correio da Manhã esta terça-feira. Patrícia Dantas foi acusada pelo Ministério Público, há seis anos, no megaprocesso da já extinta Associação Industrial do Minho, por suspeitas de ter emitido faturas falsas para obter fundos europeus.

A economista, de 52 anos, já foi deputada do PSD, eleita pela Madeira. Na altura a que diz respeito o processo, era presidente executiva da Startup Madeira.

(Notícia atualizada às 12h25)

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Canadianos compram Hotel Califórnia em Albufeira por 13 milhões de euros

Investimento superior a 13 milhões de euros garante 31 postos de trabalho e contribui para o investimento do Grupo Mercan na região do Algarve, onde já soma sete hotéis.

O grupo canadiano Mercan reforçou o investimento no Algarve com a aquisição do Hotel Califórnia Urban Beach, na praia dos Pescadores, em Albufeira. O investimento de 13 milhões de euros, que inclui as obras de reabilitação do edifício, vai garantir 31 postos de trabalho. Com esta aquisição, o grupo passa a contar com sete hotéis no Algarve, estando seis deles em desenvolvimento.

“Este investimento do Grupo Mercan reforça a confiança do grupo no potencial hoteleiro da região do Algarve, onde já detém em desenvolvimento o Hotel Indigo Faro Ribeirinha, o Lagos Marina Hotel, Curio Collection by Hilton e Hilton Garden Inn Lagos, o Marriott Lagos e o Hard Rock Hotel Algarve, localizado em Portimão, e cuja abertura está prevista para 2026″, realça o grupo canadiano, em comunicado.

A aquisição do Hotel Califórnia Urban Beach pelo Grupo Mercan foi concretizada no final de dezembro do ano passado, mas só agora, com a conclusão do período de transição, o hotel da Praia dos Pescadores passa a ser oficialmente gerido pelo Grupo Mercan. O hotel está desde o início do mês sob a gestão da Ace Hospitality Management (AHM), empresa que integra o Grupo.

O hotel conta com piscina exterior com vista para a cidade de Albufeira, piscina interior aquecida com circuito de águas, serviço de massagens e tratamentos de beleza.

Presente em Portugal desde 2015, o Grupo Mercan conta atualmente com 31 hotéis em diversas localidades do país como Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Lisboa, Amarante, Santiago do Cacém, Évora, Beja, Algarve e Madeira. Além de Portugal, o grupo canadiano marca presença na China, na Índia, nos Emirados Árabes Unidos e nos Estados Unidos da América.

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Carga fiscal subiu para 95 mil milhões de euros. Mas cai para 35,8% do PIB em 2023

Rácio da carga fiscal caiu de 36% para 35,8% do PIB em 2023. Portugal fica abaixo da média da União Europeia.

A carga fiscal, em termos nominais, aumentou 8,8% para os 95 mil milhões de euros, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. No entanto, o rácio caiu de 36% para 35,8% do PIB, já que a economia portuguesa cresceu mais do que a carga fiscal.

“A receita com impostos diretos aumentou 10,7%, refletindo sobretudo a evolução da receita do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), que cresceu 9,4%”, nota o gabinete de estatística. “Quanto à receita do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC), esta cresceu 13,9%, continuando a beneficiar do comportamento da economia portuguesa em 2023″, acrescenta.

Os impostos indiretos cresceram 5,5%, com destaque para o IVA e o ISP, num ano de inflação ainda elevada. Já as “contribuições sociais efetivas tiveram um crescimento de 11,7%, refletindo, nomeadamente, o crescimento do emprego remunerado, as atualizações salariais e a subida do salário mínimo”.

Tendo em conta a evolução da arrecadação de impostos no ano passado, “as receitas fiscais das Administrações Públicas fixaram-se em 95 mil milhões de euros, aumentando cerca de 7,7 mil milhões de euros relativamente a 2022″, indica o INE. Esta evolução “beneficiou do crescimento de 2,3%, em volume, do PIB e do contexto de elevada inflação”.

Ainda assim, como o crescimento nominal da receita fiscal e contributiva (8,8%) foi inferior ao do PIB (9,6%), o rácio caiu de 36% para 35,8%. É a primeira vez desde 2019 que o PIB cresce mais rápido.

Com este resultado e tendo em conta os dados referentes a 2022 (para permitir a comparação), Portugal continua a ter uma carga fiscal inferior à média da União Europeia, que se fixou nos 40,0%.

É de sublinhar ainda que esta carga fiscal ficou abaixo do estimado pelo anterior Governo no Orçamento do Estado para 2024, onde projetava, num cenário de políticas invariantes, que a carga fiscal iria subir para 37,2% do PIB em 2023.

(Notícia atualizada às 11h50)

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Já foram entregues mais de dois milhões de declarações de IRS. Fisco não reembolsa abaixo de 10 euros

Este ano, os reembolsos vão ser menores devido aos ajustes nas tabelas de retenção. Se tiver a receber menos de dez euros, as Finanças não pagam.

Os contribuintes já entregaram mais de dois milhões de declarações de IRS, segundo os dados do Portal das Finanças. Após os ajustes à tabela de retenção, os reembolsos já serão menores do que o habitual e atenção que se o montante a receber for inferior a dez euros, as Finanças não pagam.

Os dados disponíveis no Portal das Finanças até esta terça-feira de manhã indicam que já foi entregue um total de 2.065.048 declarações de IRS à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Destas, 1.622.610 foram submetidas por contribuintes apenas com rendimentos do trabalho ou pensões e as restantes são referentes a outras tipologias.

Tal como tem vindo a acontecer nos últimos, as tabelas de retenção na fonte foram ajustadas para que o montante de imposto retido se aproxime daquele efetivamente a pagar. Por causa destas alterações, o reembolso (caso tenha direito a tal) tenderá a ser menor.

As Finanças recordam ainda, nas informações do Portal das Finanças, que “não há lugar a reembolso quando em virtude de liquidação, ainda que adicional, reforma ou revogação de liquidação, a importância a restituir seja inferior a 10 euros“. Desta forma, se o reembolso a que tinha direto ficar abaixo deste limite, não o vai receber.

A campanha de IRS deste ano, referente aos rendimentos de 2023, arrancou a 1 de abril e prolonga-se até 30 de junho. Caso esteja abrangido pelo IRS automático e não aceitar ou entregar uma declaração até ao final do prazo, a declaração pré-preenchida é assumida como entregue.

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UTAD recebe quase 1.300 candidaturas de alunos estrangeiros, oriundos de 32 países

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro registou um aumento de 75% no número de candidaturas por parte dos alunos internacionais. Maioria inscreveu-se nos mestrados.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) recebeu 1.270 candidaturas provenientes de alunos de 32 países para o ano letivo 2024/2025, o que represente um crescimento de 75% face ao ano letivo que está a decorrer.

Concluída no final de março, a primeira etapa do calendário de inscrições “confirmou o crescente interesse levantado pela instituição junto dos estudantes internacionais, designadamente dos países de língua portuguesa”, detalha a instituição transmontana, em comunicado.

Para estes alunos, a UTAD desenvolveu um programa específico, equiparando as propinas às dos alunos portugueses. Também no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a UTAD “tem-se afirmado crescentemente como uma escolha tanto em licenciaturas quanto nos graus de mestrado e doutoramento”.

A internacionalização é um dos eixos estratégicos da UTAD e o sucesso na captação de alunos resulta da consolidação da estratégia desenvolvida nos últimos anos. Na visita que efetuámos a Cabo Verde no último mês comprovámos a reputação granjeada pela instituição fora de Portugal, junto de governantes e das principais universidades, com quem estamos a trabalhar. O incremento do número e da qualidade dos programas de intercâmbio de estudantes e de docentes é um objetivo central e, como podemos verificar, os excelentes resultados estão a reforçar a UTAD enquanto instituição de referência”, afirma Emídio Gomes, reitor da UTAD.

A internacionalização é um dos eixos estratégicos da UTAD e o sucesso na captação de alunos resulta da consolidação da estratégia desenvolvida nos últimos anos.

Emídio Gomes

Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

De acordo com a academia transmontana, os candidatos às licenciaturas superaram as vagas em quase 80%, para um total de 181. Nos graus superiores, contabilizam-se 1.030 candidatos de países terceiros para mestrados e 59 para doutoramentos.

A segunda fase de candidaturas está marcada para o período de 28 de maio a 13 de junho, com provas específicas de 8 a 12 de julho.

Emídio Gomes realçou no mês passado que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai insistir na criação de um curso de Medicina em Vila Real. A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) recusou a candidatura da UTAD para a criação de um mestrado integrados em Medicina, uma decisão que a academia quer reverter.

Fundada em 1973, como Instituto Politécnico de Vila Real (IPVR), foi a primeira instituição de ensino superior do interior Norte de Portugal. Em 14 de setembro de 1979, o IPVR foi elevado a Instituto Universitário, adotando a designação de Instituto Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro (IUTAD).

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Operação Marquês: Um dos crimes de que Sócrates é acusado em risco de prescrição. Mas há mais dois no horizonte

Um dos crimes de que José Sócrates é acusado no processo Operação Marquês prescreve já em agosto e só é possível evitar esta prescrição se houver uma condenação até ao verão.

Um dos crimes de que José Sócrates está acusado no processo Operação Marquês prescreve já em agosto e só é possível evitar esta prescrição se houver uma condenação até ao verão, avança o Público. O crime em causa é o de falsificação de documento relacionado com o alegado arrendamento fictício da casa de Paris onde o antigo primeiro-ministro viveu entre setembro de 2012 e julho de 2013.

Este risco de prescrição surge após o Tribunal da Relação de Lisboa ter dado razão a Sócrates e ao empresário Carlos Santos Silva, ao anular a decisão do juiz de instrução Ivo Rosa, que os remeteu para julgamento por branqueamento e falsificação de documentos. Esta decisão pode assim atrasar o processo, uma vez que o caso volta à fase de instrução, e levar à prescrição do crime de falsificação de documento.

Mas há mais crimes em risco de prescrição. Segundo o Público, outros dois crimes de falsificação estão em risco: um relativo aos contratos assinados entre Domingos Farinho e a sua mulher com uma empresa de Carlos Santos Silva para ajudar a redação e revisão da tese de Sócrates; e outro relativo a dois contratos fictícios assinados com a RMF Consulting, um com o autor do blogue Câmara Corporativa que pretaria serviços a Sócrates e outro com o filho deste. O primeiro crime prescreve em abril e o outro em julho, ambos em 2025.

Em março, o Tribunal da Relação de Lisboa declarou “nula a decisão instrutória, na parte em que pronuncia os arguidos José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e Carlos Manuel dos Santos Silva pela prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais, (…) e de três crimes de falsificação de documento, (…) por consubstanciar uma alteração substancial dos factos”, lê-se no acórdão a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira.

O coletivo da Relação de Lisboa decidiu ainda, em consequência da nulidade da pronúncia, “remeter os autos ao tribunal de primeira instância a fim de ser proferida nova decisão instrutória”. Segundo explicam no acórdão as juízas desembargadoras Maria José Cortes, relatora, e Maria do Rosário Martins, juíza adjunta, “a nulidade em causa afeta e invalida a decisão instrutória de pronúncia em causa”.

As desembargadoras definiram que o processo deve ser remetido ao tribunal de instrução criminal “a fim de ser proferida nova decisão instrutória sobre a existência ou não de indícios dos factos narrados na acusação”. A nulidade, explicam ainda, invalida a apreciação de outras questões suscitadas nos recursos do Ministério Público (MP), de José Sócrates e de Carlos Santos Silva.

José Sócrates, 66 anos, foi acusado em 2017 pelo MP no processo Operação Marquês de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o antigo governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.

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Ministro da Economia toma o pulso às empresas. Chama associações para “ouvir preocupações”

“Vamos lá para tentar perceber qual será a política do Governo”, afirma Vieira Lopes, apreensivo porque, pela primeira vez desde o 25 de Abril, não há uma secretaria de Estado dedicada ao comércio.

O ministro da Economia reúne-se esta terça-feira com a Confederação do Comércio e dos Serviços, presidida por João Vieira Lopes, dando assim o pontapé de saída para uma ronda de encontros com as associações representativas dos setores tutelados por Pedro Reis.

“O objetivo destes encontros será ouvir as preocupações das várias associações e receber contributos por parte das mesmas”, explica o Ministério da Economia em comunicado.

Vamos lá para tentar perceber qual vai ser a política do Governo”, disse ao ECO Vieira Lopes, sublinhando a sua apreensão pelo facto de, “pela primeira vez desde o 25 de abril, não haver uma secretaria de Estado dedicada ao comércio e serviços”. No encontro que vai decorrer esta tarde na Horta Seca, Vieira Lopes vai “perceber quais serão as regras do jogo” e se a inexistência da secretaria de Estado por ser entendido como uma desvalorização do setor.

Quando aos temas em discussão na concertação social, nomeadamente o acordo de rendimentos, que o Governo disse querer revisitar, a “agenda está aberta”. “Vamos discutir esses temas todos, manifestar as nossas preocupações e perceber quais as políticas que o ministro da Economia vai ter para a concertação”, explicou o presidente da CCP.

Em entrevista ao ECO, publicada esta segunda-feira, João Vieira Lopes sinalizou que os patrões esperam que sejam retiradas da legislação laboral as questões que consideraram inconstitucionais, como o travão ao outsourcing após despedimentos.

A reunião vai ser mais para conhecer a posição do Governo. As nossas posições são públicas, as do Governo são menos”, ironiza o mesmo responsável.

Esta semana, o ministro da Economia irá reunir-se também com a CIP, presidida por Armindo Monteiro. Estes encontros de trabalho vão prolongar-se ao longo das próximas semanas com as restantes associações patronais: a Confederação do Turismo, que tem à frente Francisco Calheiros; a AEP, liderada por Luís Miguel Ribeiro; a AIP, presidida por José Eduardo Carvalho; e ainda o Fórum para a Competitividade, liderado por Pedro Ferraz da Costa.

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Dona da JOM constrói retail park de 12 milhões na antiga sede da Cavipor em Penafiel

É mais um empreendimento imobiliário do grupo com origem no mobiliário e decoração. Após projetos residenciais no Porto, Vila Real e Guimarães, avança com parque empresarial de nove lojas em Penafiel.

Depois de avançar com projetos residenciais no Porto, em Vila Real e em Guimarães, o grupo JOM, com origem nos negócios do mobiliário e da decoração, está a dinamizar um novo empreendimento imobiliário em Penafiel, com a construção de um retail park num investimento avaliado em cerca de 12 milhões de euros.

Esta nova superfície comercial com 8.971 metros quadrados terá nove lojas, incluindo unidades da JOM, Fnac, Tiffosi, Hôma, Action, Zeeman, Kimoko e Fábrica de Óculos. A empresa adianta ao ECO que o espaço já está todo vendido e estima a criação de mais de 120 empregos diretos e 300 indiretos quando estiver em funcionamento, “antes do final deste ano”.

O empreendimento está a ser construído na Av. Central de Guilhufe, no espaço que já albergou a sede da Cavipor, empresa de vinhos verdes que há 20 anos foi comprada pela Enoport, dona do Cabeça de Toiro. “Vamos reabilitar a maioria do edifício, aumentando a área com dois novos corpos na parte frontal”, explica a mesma fonte.

“A nova superfície comercial irá oferecer uma experiência de compra diversificada e conveniente, abrangendo uma variedade de setores que vão desde mobiliário e decoração até vestuário, eletrónica e lazer. A presença de uma loja JOM neste empreendimento reforça o compromisso da marca em servir os consumidores fora dos grandes centros urbanos”, aponta a empresa.

Em 2021, o grupo fundado pelo empresário Joaquim de Oliveira Mendes já tinha adquirido dois retail parks em Portugal, um no Norte e outro mais a Sul, num processo assessorado pela Altamira. O Guimarães Retail Park e o Caldas Retail Park foram vendidos por cerca de seis milhões de euros, com o negócio a incluir ainda a venda de um terreno em Torres Vedras, junto ao Arena Shopping, com o objetivo de instalar mais uma loja de produtos para o lar.

Além da JOM Investimentos, que atua no mercado imobiliário e na gestão de obras e construção, e da marca retalhista de artigos para lar, que soma mais de duas dezenas de lojas do Minho ao Algarve, o grupo empresarial de origem minhota emprega quase 500 pessoas integra ainda a JOM Indústria, que se dedica ao fabrico de mobiliário e fornece mais de metade dos móveis que comercializa nas lojas próprias.

Em 2023, o volume de negócios agregado superou os 75 milhões de euros, com a área imobiliária a pesar cerca de 20% do total. No portefólio, que soma agora este retail park em Penafiel com uma área total construída de 15.769 metros quadrados, começou por ter o Porto Olimpo, composto por 145 apartamentos junto ao campus universitário da Asprela; e o Villas Residence, em Vila Real, no qual investiu quatro milhões de euros.

Em Guimarães, no terreno da histórica fábrica do Castanheiro, empresa têxtil centenária que faliu em 2013, quando já só tinha perto de uma centena de trabalhadores, está a acabar de construir um terceiro empreendimento residencial constituído por quatro blocos e que agrega um total de 58 habitações. Representou um investimento de 18 milhões de euros e está situado na freguesia de Urgezes, próximo do centro histórico vimaranense e da serra da Penha.

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José Condessa e Matilde Reymão protagonizam nova campanha da Super Bock Sky

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  • 16 Abril 2024

A criatividade é d'O Escritório e o planeamento de meios da Initiative. A Live Content é responsável pela amplificação digital e a Adagietto pela ativação e gestão de influenciadores.

Os atores José Condessa e Matilde Reymão são os protagonistas da nova campanha da Super Bock Sky. A campanha visa “promover um estilo de vida mais equilibrado”, em que são valorizados momentos de descontração e de convívio.

Tendo como mote “mais leve, mais suave, mais fácil”, a campanha “destaca a importância de um estilo de vida equilibrado que concilie momentos de lazer e descontração, sempre com a frescura, leveza e suavidade da Super Bock Sky por perto”, explica-se em nota de imprensa.

“Estamos muito felizes com o resultado desta nova campanha de Super Bock Sky, protagonizada pelos talentosos José Condessa e Matilde Reymão. Através dela não queremos apenas destacar a qualidade desta cerveja, mas também reforçar o nosso compromisso para com um estilo de vida mais equilibrado, que é alimentado por momentos de descontração entre amigos“, diz Bruno Albuquerque, diretor de marketing de cervejas e patrocínios do Super Bock Group, citado em comunicado.

Queremos inspirar todos a viverem a vida de uma forma relaxada, enquanto desfrutam do prazer refrescante de beber uma boa cerveja. E Super Bock Sky é exatamente isso: uma escolha mais consciente para aqueles que procuram equilíbrio sem sacrificar o sabor e a experiência cervejeira”, acrescenta.

Com criatividade d’O Escritório, a campanha marca presença em televisão, outdoor e digital. A Initiative é responsável pelo planeamento de meios, a Live Content pela amplificação digital e a Adagietto pela ativação e gestão de influenciadores. A LPM assegura a comunicação.

A Super Bock Sky, consiste numa cerveja de trigo “mais suave e refrescante”, com 3,3% de álcool (o teor da Super Bock é 5,2%) e menos 30% de calorias.

A cerveja vai também marcar presença em festivais como o Primavera Sound, o Rock in Rio Lisboa, o Super Bock Super Rock e em eventos de diversos âmbitos no país.

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Que empregos vão desaparecer por causa dos robôs? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham em média 38,4 anos, valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

Meio milhão de empregos vão ser eliminados na próxima década em Portugal. A culpada? A inteligência artificial. Mas, afinal, que empregos estão em risco? Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Nuno Troni, diretor da Randstad Portugal, junta-se a nós para debater esta questão, confessando que não é dos mais otimistas, no que diz respeito ao futuro do trabalho.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou através deste link.

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Todos os empregos que tenham tarefas repetitivas, não criativas, este tipo de funções serão eliminadas no futuro, quase independentemente do setor”, sublinha o responsável, numa conversa em que atira que haverá trabalhadores que ficarão “para trás”.

Por outro lado, Nuno Troni levanta a ponta do véu dos novos empregos que serão criados, à boleia desta tecnologia. De acordo com um estudo da Randstad, cerca de 400 mil novos postos de trabalho devem surgir.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de abril, vamos explorar essa questão do ponto da inteligência artificial.

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Atrevia integra comunidade B Corp. Agência alcança certificação em todos os países em que está presente

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  • 16 Abril 2024

Entre as agências de comunicação a operar em Portugal, além da Atrevia, também a Canela integra o movimento B Corp. 

A Atrevia passa agora a integrar a comunidade B Corp. A agência alcançou a certificação B Corp em todos os países nos quais está presente.

Este movimento concede a certificação a empresas líderes no seu compromisso social e ambiental após ultrapassarem um “rigoroso processo de avaliação, no qual as empresas devem fornecer evidências das suas boas práticas e incorporar o seu compromisso legal com o propósito social nos seus estatutos”, explica-se em nota de imprensa. Este abrange as áreas-chave de trabalhadores, comunidade, clientes, ambiente e governança.

Tendo obtido uma pontuação geral de 88.5, as áreas de impacto mais valorizadas na avaliação da agência foram aquelas relacionadas com os trabalhadores, governança e comunidade, tendo a Atrevia também conquistado uma “notável” pontuação no modelo de negócio de impacto.

“Na Atrevia, sempre nos dedicámos a defender causas que nos são próximas. O nosso propósito é sermos agentes de mudança. Quanto maior e mais global for a empresa, mais desafiador é obter esta certificação. Para nós, não é um fim, mas mais um passo em direção ao crescimento e à disseminação do nosso propósito”, diz Daniela Agra, diretora da Atrevia Portugal, citada em comunicado.

“Diversas são as causas que nos movem, desde a promoção da igualdade de género e diversidade, apoio aos jovens e idosos, até à defesa do ambiente e ao apoio aos setores público e privado. Vemos nas redes sociais e na inteligência artificial oportunidades tanto para defender a liberdade como para desafiá-la. Na Atrevia, permanecemos comprometidos com uma comunicação sustentável e não vamos parar por aqui – continuaremos a ouvir, a aprender e a inovar, porque acreditamos que juntos podemos fazer a mudança”, acrescenta.

Já por parte da B Lab Portugal, a sua diretora Laetitia Arrighi de Casanova, refere que as empresas B Corp “não pretendem ser as melhores do mundo, mas sim as melhores para o mundo. Além de uma certificação, ser B Corp é juntar-se a um movimento que demonstra que o negócio pode conjugar-se com o impacto positivo e transformar a economia de modo que seja mais inclusiva, equitativa e regenerativa”.

A Atrevia junta-se assim a uma “comunidade crescente de empresas que estão a redefinir o significado do sucesso empresarial: um sucesso que é medido não apenas pelos benefícios económicos, mas também pelo bem-estar das pessoas, das comunidades e do planeta”, refere-se em nota de imprensa. Esta agrega mais de 8200 empresas de 163 setores em 96 países.

Este foi mais um dos passos da agência na implementação de um “abrangente” plano ESG a nível global. O seu compromisso com a sustentabilidade é “evidente através de um aumento na contratação de pessoas com deficiência, campanhas de recolha de lixo, implementação de sistema de gestão ambiental e iniciativas internas para promover o uso responsável de recursos“, lê-se na mesma nota.

A agência dedica também, de forma anual, até 2% dos seus lucros e 5% do tempo profissional para projetos pro bono, o que resulta em doações diretas para nove ONGs e a prestação de serviços de consultoria em 20 projetos probono, que envolvem 45 profissionais e mais de 2.600 horas de trabalho.

Entre as agências de comunicação a operar em Portugal, além da Atrevia, também a Canela integra o movimento B Corp.

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