Putin diz estar disponível para levantar entraves à exportação de cereais

  • ECO
  • 28 Maio 2022

O Presidente russo alertou, numa conversa com Macron e Scholz, para os riscos de uma maior “desestabilização” da situação se continuarem as entregas de armas ocidentais em Kiev.

“A Rússia está pronta para ajudar a encontrar opções para uma exportação de cereais sem entraves, incluindo cereais ucranianos a partir dos portos situados no mar Negro”, informou o Kremlin, num comunicado divulgado após uma conversa telefónica entre Vladimir Putin e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.

O presidente russo assinou também hoje uma lei que aboliu o limite de idade para servir no exército, numa altura em que a Rússia está em guerra com a Ucrânia, noticiou a agência oficial TASS. A nova lei tinha sido aprovada pelas duas câmaras do parlamento russo no início desta semana.

As tropas de Putin continuam a progredir no Donbas. Segundo o ministério da Defesa britânico, Lyman estará praticamente sob controlo russo. O Ministério da Defesa russo afirmou esta manhã que já domina a cidade.

“Se os ocupantes pensam que Lyman ou Sievierodonetsk vão ser deles, estão enganados. O Donbas será ucraniano”, afirmou Volodymyr Zelenskiy, na sexta-feira à noite. “Estamos a proteger a nossa terra da forma que os nossos atuais recursos de defesa permitem. Estamos a fazer de tudo para aumentá-los. E vamos aumentá-los”, afirmou o presidente ucraniano.

O governador de Luhansk, afirmou na rede social Telegram que “os russos não conseguirão capturar a região nos próximos dias, como os analistas previram. “Teremos força e recursos suficientes para nos defender. No entanto, é possível que, para não sermos cercados, tenhamos que recuar”, escreveu Serhiy Haidai.

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Festivais de verão retornam com mais despesa e casa cheia

Apesar das adversidades causadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia, os festivais de verão preparam-se para ter casa cheia. Aumentos dos preços de produção de 30% obrigam festivais a adaptar-se.

Em dois anos de pandemia, os festivais de verão foram sendo sucessivamente cancelados. Mas agora estão de regresso. Depois do setor da cultura ser um dos mais afetados pela pandemia, e embora a guerra na Ucrânia traga consigo o seu próprio conjunto de desafios, festivais de verão de norte a sul do país preparam-se para regressar à vida dos portugueses.

O NOS Primavera Sound é um dos grandes nomes a arrancar com a temporada de verão do Porto, tendo já início de 9 a 11 de junho, mas logo a seguir vem o Rock in Rio Lisboa, de 18 a 26. A lista de festivais é extensa – e promete não dar pausa aos festivaleiros.

Na Ericeira, o Sumol Summer Fest arranca de 1 a 2 de julho. Oeiras recebe o NOS Alive de 6 a 9 do mesmo mês. Rumo ao Meco, o Super Bock Super Rock está agendado para de 14 a 16 de julho. Outro evento incontornável do calendário festivaleiro está marcado para a Praia Fluvial do Taboão: o Vodafone Paredes de Coura, de 16 a 20 de agosto.

Os desafios para as organizações dos festivais são imensos. José Barreiro, diretor do NOS Primavera Sound, não nega as consequências dos efeitos da pandemia, mas também da nova conjuntura a marcar a atualidade. O diretor considera que a cultura foi o segundo setor mais afetado pela pandemia de Covid-19, e aponta para algumas dificuldades em particular do setor. Desde “empresas de som, luz, segurança, ou palcos”, toda esta rede de produção de um festival foi “abalada”, registando atualmente preços mais caros, elevando, por conseguinte, os gastos totais.

Esta é uma opinião também partilhada por João Carvalho, diretor do Vodafone Paredes de Coura. O diretor considera que voltar a realizar o festival após dois anos é uma missão simultaneamente “difícil” e “desafiadora”, pelo que a organização se viu obrigada a moldar e a adaptar as suas estratégias. A marcar uma cadeia produtiva “fragilizada”, Carvalho aponta para os combustíveis, recursos humanos, ferro e madeira como algumas das áreas onde os preços mais subiram. A subida já corresponde a “cerca de 30%, o que, num orçamento de infraestruturas é significativo”, garante o diretor.

Também Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, partilha a experiência dos dois últimos anos, e descreve como durante este período assistiu ao aumento dos custos e à falta de matéria-prima, uma realidade ainda presente no pós-pandemia. Mas também aponta para a saída de muitos profissionais que se viram “obrigados” a migrar para outras áreas sem perspetivas de regresso. A gestão de pessoas foi particularmente desafiante graças à “quebra de rotinas, falta de ritmo e incorporação do teletrabalho”, pelo que Medina sublinha a necessidade de estar atento e empático para com as necessidades das equipas, e assim melhorar o seu rendimento.

A fragilidade no setor da promoção e produção de eventos gerou fornecedores “mais vulneráveis”, esclarece Medina, o que levou a organização do Rock in Rio a adaptar-se e a planear ao detalhe todos os passos do festival. O método mais utilizado pela organização para com os fornecedores consiste na divisão de tarefas, nomeadamente, “repartindo o volume de trabalho por mais empresas”. Esta abordagem, garante Medina, permite evitar sobrecarregar as empresas, e garante-lhes uma maior capacidade de entrega, o que considera ser atualmente uma exigência do mercado.

Uma casa cheia, passes esgotados

As atuais dificuldades do setor obrigaram a adotar novas estratégias, gerir orçamentos e repensar as compras e vendas. Ainda assim, as expectativas são “ótimas”, garante o diretor do NOS Primavera Sound. A impulsionar esta visão encontra-se o facto dos passes gerais já se encontrarem esgotados, assim como os bilhetes diários para quinta-feira. José Barreiro admite mesmo que também os bilhetes para sábado já estão quase a esgotar, e que o ritmo de vendas tem sido “bastante superior face às edições anteriores”, sendo esperadas cerca de 30 mil pessoas por dia.

Já João Carvalho, diretor do Vodafone Paredes de Coura, espera um regresso “histórico cheio de ternura” com uma edição esgotada. O responsável prevê uma edição com cerca de 25 mil pessoas por cada dia do festival, e em linha com a tendência verificada no NOS Primavera Sound, também o Paredes de Coura regista um número de vendas de bilhetes superior em relação às edições anteriores.

Para a vice-presidente do Rock in Rio, as expectativas para 2022 são “as melhores” e considera que as pessoas estão “ansiosas pelo regresso do entretenimento ao vivo”. Sem avançar detalhes, Medina partilha que o orçamento desta edição é o mesmo das anteriores, e embora haja um aumento de custos, a vice-presidente garante que o nível de entrega e de qualidade do festival não está em causa.

Considerando que ainda é cedo para “falar em números” quando há bilhetes à venda, Roberta Medina mostra-se, contudo, confiante em pelo menos dois dias de casa cheia, nomeadamente o primeiro e o último. A vice-presidente relembra que existem 60 mil pessoas com bilhete na mão desde 2019, e aponta ainda para uma diferença no perfil de compra do consumidor português.

Em 2004, na primeira edição do festival, Medina descreve que o consumidor português se caracterizava por uma compra “mais em cima da hora”. Por sua vez, a indústria conseguiu antecipar a decisão de compra ao longo dos anos, mas a pandemia alterou esta tendência. “As vendas foram feitas de forma mais comedida”, nota a vice-presidente, que destaca ainda um aumento significativo desde a queda da obrigatoriedade da máscara.

Relação com as marcas

No seio dos festivais de verão está também o posicionamento das marcas, sendo que não houve um impacto significativo da pandemia neste aspeto, no caso do Rock in Rio. “De todas as marcas parceiras que estavam connosco, antes dos adiamentos, apenas saiu um apoio, porque o produto que iria trabalhar no festival deixou de fazer sentido na sua estratégia”, explica Roberta Medina.

De resto, diz a vice-presidente, “não só reforçamos o portfólio de marcas e ampliámos relações com outras empresas”, como se aproximaram das restantes. Para Medina, a salvaguarda da relação com as marcas parceiras revela a força do festival neste mercado, e a responsável justifica isto com o facto de o festival ser uma “plataforma de comunicação” entre marcas e público. “O facto de ser um evento transversal, em termos de idades e de perfis, permite que as maiores marcas se aproximem dos seus públicos”.

Além disto, Medina sublinha ainda a sustentabilidade, um fator que destaca ser da maior importância atualmente. “O facto do Rock in Rio atuar nesta frente há mais de 20 anos reforça a confiança das marcas no projeto”, diz a vice-presidente. Precisamente por este motivo, Medina considera que as marcas olham para o festival como um espaço onde podem expor os seus esforços nesta área, reforçando desta forma o relacionamento com um público, também ele “cada vez mais desperto” para este tema.

Estes são alguns dos nomes que os fãs podem esperar nas edições deste ano:

  • NOS Primavera Sound: Tame Impala, Georgia, Rita Vian, 100 Gecs, Gorillaz, e Pabllo Vittar
  • Rock in Rio Lisboa: Muse, Linda Martini, Black Eyed Peas, Karetus, Duran Duran, José Cid, Post Malone e Mundo Segundo & Sam The Kid
  • Sumol Summer Fest: Burna Boy, Piruka, Trippie Redd, Phoenix RDC, Mike El Nite, Lon3r Johny
  • NOS Alive: The Strokes, Clairo, Alt-J, Jorja Smith, Metallica, Stormzy, Imagine Dragons e Da Weasel
  • Super Bock Super Rock: A$AP Rocky, Flume, DaBaby, Hot Chip, Foals e Jamie XX
  • Vodafone Paredes de Coura: Moullinex, You can’t win Charlie Brown, Viagra Boys, Turnstile, The Blaze, Badbadnotgood, Pixies

 

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Caixa Geral de Depósitos reforça dividendos ao Estado para 378 milhões

  • ECO
  • 27 Maio 2022

"Situação financeira robusta" permite um reforço em 137 milhões face aos dividendos inicialmente previstos, diz o banco público.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai entregar ao Estado, acionista único, dividendos no valor de 378,3 milhões de euros, mais 137 milhões de euros face ao que estava previsto, avança o banco em comunicado enviado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco público afirma ter “uma situação financeira robusta” e diz ainda “que a alteração do montante a entregar ao acionista não prejudica a sua capacidade de cumprir com os requisitos legais e regulamentares”. Nesse sentido, vai entregar mais 137,16 milhões de euros ao Estado.

O Conselho de Administração propôs, no âmbito dos documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2021, que o resultado líquido da CGD, no montante de cerca de 441,5 milhões de euros, fosse aplicado da seguinte forma: 88.306.848 euros para reserva legal, 241.070.965 euros para dividendos e 112.156.425 euros para incorporação na rubrica “Outras Reservas e Resultados Transitados” do balanço.

A Caixa nota ainda que obteve resultados líquidos consolidados de cerca de 583 milhões de euros que, “deduzidos do montante acima proposto para Reserva Legal”, totalizam cerca de 495 milhões de euros.

“O Conselho de Administração propõe que, uma vez aprovada a aplicação de resultados apresentada nos documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2021, anteriormente mencionada, seja deliberada a distribuição de um montante adicional, no valor de 137.160.380 euros, nos mesmos termos e condições da deliberação do passado dia 29 de novembro de 2021″, refere o documento.

“Nos termos desta proposta a Caixa Geral de Depósitos procederá à entrega ao Estado Português, na qualidade de seu acionista único, de um valor total de 378.231.345 euros”. Face ao previsto na proposta de Orçamento de Estado para 2022 (OE 2022), aprovado esta sexta-feira, as Finanças vão receber mais um bónus. O valor no OE apontava para 200 milhões de euros, que já tinha sido revisto pela Caixa para 241 milhões em abril e agora, numa nova subida, para 378 milhões.

Desde que implementou o plano de reestruturação em 2017 – com uma recapitalização de 4,9 mil milhões de euros, dos quais 3,9 mil de dinheiro público –, a CGD devolveu “961,8 milhões de euros” aos contribuintes, indica o banco em comunicado.

Num outro comunicado, a CGD “informa ter formalmente recebido a renúncia”do presidente da mesa da Assembleia Geral do banco, eleito para o mandato de 2020-2023, “por incompatibilidade legal para a função, considerando o início do exercício do mandato de deputado à Assembleia da República”. Paulo Mota Pinto é o novo líder da bancada parlamentar social-democrata.

(Notícia atualizada às 21h40 com mais informação)

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Wall Street no verde com índices a subirem quase 3%

Dow Jones e S&P 500 valorizaram e seguem a caminho de uma das melhores semanas desde novembro de 2020.

As bolsas de Nova Iorque encerraram a última sessão da semana em terreno positivo, com os principais índices a porem fim a várias semanas consecutivas de perdas. O setor tecnológico brilhou, num dia em que os dados da inflação acalmaram um pouco os mercados.

O índice de referência financeiro, S&P 500, valorizou 2,48% para 4.158,29 pontos, pondo fim a sete semanas consecutivas de perdas. O industrial Dow Jones somou 1,76% para 33.212,96 pontos, encerrando uma sequência de oito semanas seguidas de recuos, a mais longa desde 1923. Os dois índices caminham, assim, para uma das melhores semanas desde novembro de 2020, diz a CNBC.

O tecnológico Nasdaq disparou 3,33% para 12.131,13 pontos, ajudado pelos fortes ganhos das empresas de software e pela descida nos juros do Tesouro a dez anos. O índice encerrou também sete semanas consecutivas de perdas. A Autodesk subiu 10,31% para 211,38 dólares, enquanto a Dell Technologies avançou 12,95% para 49,62 dólares e a fabricante de chips Marvell cresceu 6,72% para 60,82 dólares.

“Estamos a dar um tempo e a fazer alguns ajustes no mercado para permitir isso”, diz Tom Martin, gerente sénior de portfólio da Globalt Investments, citado pela CNBC. “Percorremos um longo caminho muito rápido e, se nos pudermos estabilizar aqui, os declínios que vimos podem ser tudo o que é necessário ou algo próximo disso“, acrescenta.

Os investidores estão também um pouco mais animados com os dados que foram conhecidos esta sexta-feira, que mostraram que a inflação desacelerou um pouco em abril. O Índice Subjacente de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) — tido como referência pela Reserva Federal norte-americana (Fed) para definir a política monetária — subiu 4,9% em abril, abaixo dos 5,2% observados em março.

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172 comboios urbanos suprimidos em Lisboa por greve parcial

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Na greve parcial foram suprimidos cerca de 85% dos comboios na linha de Cascais e cerca de 80% na linha de Sintra.

A CP adiantou esta sexta-feira que foram suprimidos 172 comboios urbanos de Lisboa, entre a 17:00 e as 20:00, devido a uma greve parcial dos trabalhadores que reivindicam melhorias salariais, não estando a cumprir serviço mínimos. A greve afeta a circulação de carruagens nas linhas de Sintra, Azambuja, Cascais e Sado, entre as 17:00 e as 21:00 desta sexta.

“Até às 20:00, por efeito da greve parcial nos comboios urbanos de Lisboa, foram suprimidos 172 comboios, que correspondem a 30% da oferta programada para o dia de hoje nos comboios urbanos de Lisboa”, indicou à agência Lusa a empresa de transporte ferroviário. Até às 18:00, haviam sido suprimidos 75 comboios, correspondendo “a 16% da oferta programada para o dia de hoje nos comboios urbanos de Lisboa”, segundo a CP.

Por seu lado, o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo, referiu que foram suprimidos cerca de 85% dos comboios na linha de Cascais e cerca de 80% na linha de Sintra. “No que diz respeito às bilheteiras, quase 100% fecharam às 17:00 na linha de Cascais, na linha de Sintra e na linha do Norte [Azambuja]”, acrescentou.

De acordo com Luís Bravo, ainda não houve pela empresa contactos para “procurar soluções para a situação”. “Nesse sentido, faço aqui um apelo público ao senhor primeiro-ministro para intervir na CP, por causa daquilo que os trabalhadores estão aqui a viver”, disse, realçando que “a administração da CP decidiu atribuir verbas somente a um grupo de trabalhadores das oficinas”, tendo gerado “um grande descontentamento”.

“A empresa tem perto de 4.000 trabalhadores. Cerca de 3.500 estão descontentes com a administração da empresa, porque só 500 trabalhadores foram beneficiados”, anotou. Luís Bravo lembrou ainda que haverá uma greve nacional de 24 horas das bilheteiras na próxima quarta-feira, sem afetar a circulação de comboios, mas sim “o serviço prestado aos utentes”.

“Vamos fazer uma de 24 horas a nível nacional. Caso as situações não tenham desenvolvimentos, seremos forçados a marcar greves para os fins de semana do Santo António e do São João”, avisou. Numa nota divulgada no início da semana, a CP informou que, devido à “greve parcial convocada por uma organização sindical, para o período compreendido entre as 17:00 e as 21:00”, poderão ocorrer “perturbações significativas na circulação dos comboios urbanos de Lisboa, com impacto previsto entre as 15:00 e as 24:00”.

Ainda de acordo com a empresa, o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social não decretou serviços mínimos para a greve, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), reivindicando melhorias salariais. Os clientes poderão obter informações sobre a circulação através da página da Internet da empresa ou da linha de atendimento (808 109 110, com custo de uma chamada para a rede fixa nacional), segundo a CP.

A greve parcial desta sexta foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), tal como a paralisação que ocorreu na segunda-feira na zona urbana do Porto, entre as 05:00 e as 08:30.

Na greve parcial realizada na zona urbana do Porto foram suprimidos cerca de 70% dos comboios programados, segundo números divulgados pela CP, mas que foram contestados pelo sindicato.

O SFRCI, que na CP representa a maioria dos trabalhadores do serviço comercial e transporte (revisores, trabalhadores das bilheteiras e as suas chefias diretas), considera que o aumento de 0,9% da tabela salarial não é “um valor aceitável” face a contínua perda de poder de compra, “algo que já acontece desde 2019”. Em 16 de maio, os trabalhadores da CP fizeram uma greve de 24 horas, para reivindicar aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores.

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Navigator paga dividendo de 0,1406 euros por ação a 7 de junho

  • Lusa e ECO
  • 27 Maio 2022

Papeleira aprovou o pagamento de um dividendo de 0,1406 euros por ação, num total de quase 100 milhões de euros. Pagamento acontece a 7 de junho.

A Navigator aprovou, em assembleia-geral, o pagamento de um dividendo de 0,1406 euros por ação, num total de quase 100 milhões de euros, foi esta sexta-feira comunicado ao mercado. O pagamento acontece a 7 de junho.

“Foi aprovada, por unanimidade, a proposta do Conselho de Administração para o pagamento de 0,1406 euros por ação”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A distribuição dos resultados destina um total de 99.992.339,50 euros em dividendos às ações em circulação. Para os resultados transitados vão 10.422.945,51 euros, enquanto a participação dos colaboradores nos lucros do exercício representa até 11 milhões de euros.

A Navigator já tinha anunciado hoje, em comunicado, que vai distribuir 11 milhões de euros em prémios de desempenho aos trabalhadores. Fonte oficial disse à Lusa que em causa estão 3.200 trabalhadores.

Na reunião de hoje foram também aprovadas as contas da empresa e a proposta relativa à apreciação da Administração e Fiscalização da empresa. Por sua vez, os acionistas elegeram Rui Pinto Duarte como presidente da mesa da assembleia-geral, Maria Eduarda Pais como presidente da Comissão de Fixação de Vencimentos e Carlota Caldeira como vogal desta mesma comissão.

A proposta, subscrita pela acionista Semapa, para a atribuição de uma remuneração mensal líquida de 1.500 euros aos membros da Comissão de Fixação de Vencimentos recebeu, igualmente, “luz verde”, por maioria. Em cima da mesa estavam ainda as propostas do Conselho de Administração para a compra e venda de ações e obrigações próprias e para a alteração parcial do contrato da sociedade, que foram aprovadas.

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Metro de Lisboa vai reduzir oferta para não sobrecarregar trabalhadores

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

O conselho de administração prometeu "apresentar uma proposta de um horário que venha reduzir a oferta e aliviar o peso que está sob os trabalhadores operacionais, mas é insuficiente", diz sindicato.

A administração do Metropolitano de Lisboa comprometeu-se a reduzir a oferta do serviço para não sobrecarregar mais o horário dos funcionários, adiantaram esta sexta-feira os sindicatos representativos dos trabalhadores à saída de uma reunião com o Governo.

Num dia em que se realizou mais uma greve parcial dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, os quatro sindicatos representativos estiveram reunidos com o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e com o presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Santos.

À saída do encontro, em declarações aos jornalistas, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), referiu que se tratou de “uma reunião de trabalho”, na qual “se tentou ver alguns compromissos por parte da tutela, mas para os quais ainda não há uma resposta definitiva”.

“Acabou por ser assumido que o Conselho de Administração vai tentar fazer um esforço, a partir de segunda-feira, para nos apresentar uma proposta de um horário que venha reduzir a oferta e aliviar o peso que está sob os trabalhadores operacionais, mas é insuficiente. Ficou de se ver também algumas respostas que ficaram pendentes e que seriam dadas durante a próxima semana”, apontou a sindicalista.

Anabela Carvalheira ressalvou que esta medida de redução da oferta será tomada pela empresa enquanto não existir um aumento do número de operacionais, situação que, para a sindicalista, é a origem dos “principais problemas que existem no Metropolitano de Lisboa”.

“Saímos confortáveis porque, pela primeira vez, o presidente do Conselho de Administração assumiu, em frente ao senhor ministro, que sem ovos não se fazem omeletes e que sem trabalhadores nós não podemos ter o metro a funcionar”, sublinhou.

Relativamente ao pré-aviso de greve entregue para o mês de junho ao trabalho suplementar e aos eventos especiais (estando em risco o prolongamento do horário habitual durante os Santos Populares), a sindicalista ressalvou que tudo dependerá da decisão dos trabalhadores. “O pré-aviso está entregue. Falaremos com os trabalhadores e decidiremos entre nós”, apontou.

Na noite de Santo António, de 12 para 13 de junho, as linhas Verde e Azul do metro têm tido o horário prolongado devido às festas populares, que este ano voltam à rua depois de dois anos sem se realizarem devido à pandemia de covid-19. Da parte do Ministério do Ambiente não houve declarações aos jornalistas.

Estiveram nesta reunião a Fectrans, o STTM – Sindicato dos Trabalhadores da Tracção do Metropolitano de Lisboa, o SINDEM – Sindicato Independente de Todos os Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e o STMetro – Sindicato dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa. Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumpriram esta sexta uma nova greve parcial, a 10.ª desde o início do ano, entre as 05:00 e as 09:00, contra a falta de condições de trabalho na área operacional.

Em declarações à agência Lusa hoje de manhã, Paulo Machado, da Fectrans, disse que a adesão à paralisação era de cerca de 100%. O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), entre as 06:30 e as 01:00.

Em declarações à Lusa, aquando da anterior paralisação, em 18 de maio, Anabela Carvalheira explicou que o pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos tinha a ver com as condições de trabalho, mas também com “a falta de efetivos e o clima [instalado na empresa] por parte da direção relativamente aos trabalhadores”.

Em causa, indicou anteriormente, está uma área da empresa que “representa os trabalhadores maquinistas e os trabalhadores chefia do posto de comando central”. Na prática, segundo a Fectrans, trata-se de uma “situação desregrada quer de horários, quer de falta de trabalhadores e más condições de trabalho”, a que se soma “a grande prepotência por parte da direção, que leva a que os trabalhadores estejam a atingir o limite de cansaço”.

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Novobanco fica a pagar renda mensal de 400 mil euros até 18 meses após vender a sede

Banco vai continuar na sede por mais meio ano após a venda, podendo renovar o arrendamento até 18 meses. Processo de venda propõe três possíveis cenários para o edifício.

O Novobanco já arrancou com o processo de venda da sede na Avenida da Liberdade, em Lisboa, antes de concentrar todos os trabalhadores no Tagus Park, em Oeiras. O edifício, com cerca de 15 mil metros quadrados acima do solo, suscitou o interesse de várias entidades, entre as quais investidores internacionais. Ao que o ECO sabe, o banco pretende fechar a venda do imóvel até ao final de setembro, mas quer lá continuar até um máximo de um ano e meio, pagando ao futuro dono uma renda superior a 400 mil euros.

Chama-se “Project Liberdade” e chegou ao mercado há pouco mais de um mês. Em causa está a sede histórica do Novobanco, numa das ruas mais caras de Lisboa, pronta a mudar de mãos, num processo que faz parte da mudança de instalações daquele banco para Oeiras. “Localização privilegiada”, numa “esquina de referência”, entre a Avenida da Liberdade e a Rua Barata Salgueiro. É assim que o edifício está a ser apresentado.

O imóvel foi construído em 1980 e compreende nove andares acima de solo, numa área de 15.477 metros quadrados, mais seis andares subterrâneos, com 172 lugares de estacionamento. O Novobanco mandatou a JLL e a Cushman & Wakefield para comercializarem o edifício, que começou a ser apresentado aos investidores a 18 de abril, com um valor base de 95 milhões de euros, sabe o ECO.

O processo de venda está na fase de propostas não vinculativas (non-binding) e, de acordo com o Jornal Económico, houve mais de uma centena de entidades a assinar o acordo de confidencialidade, entre as quais a Allianz, Vanguard Properties, Vogue Homes e Eastbanc. O mesmo jornal escreve que as propostas não vinculativas oscilarão entre os 90 e os 100 milhões de euros, abaixo das expectativas do Novobanco.

De acordo com o teaser do projeto, o Novobanco propõe três opções para a sede histórica: um edifício de escritórios classe A (cujo PIP já foi submetido à Câmara de Lisboa); um hotel de cinco estrelas com 153 a 276 quartos; e um projeto residencial de luxo com 73 apartamentos. Mas, ao que o ECO apurou, o edifício não está propriamente bem conservado. “Qualquer utilização que lhe seja dada precisará de uma reabilitação integral e isso custará entre 30 a 40 milhões de euros. Nunca menos de 30 milhões de euros”, disse uma fonte do setor.

O ECO sabe ainda que a expectativa do Novobanco é selecionar um comprador até ao final de julho e fechar a venda até ao final do setembro. Prazos que várias fontes do mercado imobiliário consideram difíceis de cumprir.

Mas, após a venda, o Novobanco quer continuar no edifício por mais uns meses, sendo esta, assim, uma operação de sale&leaseback. A proposta do banco é continuar como arrendatária por um período de seis meses, mediante o pagamento de uma renda de 402.408,72 euros. Contudo, este arrendamento pode ser estendido até um máximo de 18 meses. Este prazo é necessário para dar tempo de concluir as obras das futuras instalações.

Tal como o ECO noticiou em abril de 2021, o Novobanco desistiu dos planos de construir uma nova sede nas Amoreiras e decidiu mudar-se para o Tagus Park, onde já tem cerca de 800 colaboradores a trabalhar. Para acolher os mais de 2.000 trabalhadores em Oeiras, o banco vai construir uma espécie de campus, numa área com 55 mil metros quadrados, unindo três edifícios pré-existentes e construindo um quarto. O novo campus terá, assim, escritórios, zonas de lazer com jardins, um ginásio, sala de meditação, refeitório e bar com esplanada.

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Presidente do conselho de administração do Hospital da Ilha Terceira demite-se

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

O administrador justificou a decisão com o facto de terem sido colocadas em causa a sua honra e o seu bom nome nas acusações de favorecimento da mulher na nomeação como diretora.

O presidente do conselho de administração do Hospital da Ilha Terceira, nos Açores, demitiu-se esta sexta-feira, na sequência de acusações de favorecimento da mulher na nomeação como diretora de um departamento da unidade, que ela rejeitou.

“Informei o senhor secretário regional da Saúde e Desporto que não é aceitável o que foi feito e, por isso, não mantenho a disponibilidade para continuar a liderar este projeto para o qual fui convidado, não obstante a boa relação que sempre tive com o mesmo secretário regional”, adiantou José Fernando Gomes, em comunicado de imprensa. O administrador justificou a decisão com o facto de terem sido colocadas em causa a sua honra e o seu bom nome.

Foram postos em causa os princípios éticos da minha atuação, a minha honra e o meu bom nome, sem que para tal tivesse havido qualquer fundamento, a não ser puro oportunismo político, forma de atuação com a qual não me revejo”, apontou.

Licínia Gomes, funcionária do hospital e mulher do presidente do conselho de administração, foi nomeada, no início de maio, para o cargo de diretora do departamento de gestão de utentes, que já tinha ocupado no passado, mas acabou por renunciar.

Ouvido, na terça-feira, na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa dos Açores, o presidente do conselho de administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), assegurou que “foram os restantes membros do conselho de administração” que tomaram a decisão, numa deliberação na qual não participou, e que a escolha se prendeu com o currículo da funcionária e não com o facto de ser sua familiar.

No comunicado enviado esta sexta-feira, José Fernando Gomes disse que aguardou pela audição na Comissão de Assuntos Sociais, por considerar que era o local onde o assunto devia “ser tratado”. “Ficou claramente demonstrado que não houve qualquer favorecimento no que respeita à deliberação do conselho de administração”, frisou.

O presidente do conselho de administração, que iniciou funções em janeiro, destacou, no mesmo comunicado, os “resultados” do combate às listas de espera no HSEIT. “Comparando com o primeiro trimestre do ano anterior, neste primeiro trimestre deste ano já efetuámos mais consultas externas (mais 368), mais cirurgias (mais 70, ou seja, mais 7,28%), mais sessões em hospital de dia (mais 210), mais exames e tratamentos (mais 24.026) e mais doentes tratados (mais 172)”, salientou.

Instado a comentar o caso, no dia 9 de maio, o presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, disse não considerar “aceitável” a nomeação e acrescentou que o assunto seria “resolvido de imediato”. José Fernando Gomes, ex-autarca do PSD, lembrou, na Comissão de Assuntos Sociais, que a mulher já tinha sido nomeada anteriormente para cargos semelhantes no hospital, no tempo em que o PS governava a região.

Acrescentou ainda que não era prática da unidade de saúde abrir concursos para este tipo de cargo e que o currículo da profissional falava por si. “É uma técnica que tem uma experiência na área da saúde de 31 anos e no cargo de diretora de serviços de gestão de utentes esteve cerca de 21 anos, razão pela qual, de entre outras, foi nomeada novamente”, afirmou.

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Portugal registou mais casos e mais mortes por Covid na última semana

  • ECO
  • 27 Maio 2022

A taxa de mortalidade em Portugal está em 22 óbitos por milhão de habitantes, a sete dias, mais 20% que na semana anterior, de acordo com o boletim da DGS.

Entre 17 de maio e a passada segunda-feira, 23 de maio, a Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 188.970 novos casos de Covid-19, em termos acumulados, isto é, mais 12.699 face aos registados na semana anterior. O boletim desta sexta-feira indica ainda que, neste período, morreram mais 230 pessoas com a doença, mais 38 óbitos em relação aos sete dias anteriores.

A taxa de mortalidade em Portugal está em 22 óbitos por milhão de habitantes, a sete dias, verificando-se um aumento de 20% face ao valor registado na semana anterior à semana em questão.

A incidência fixou-se nos 1.835 casos por 100 mil habitantes, numa média a sete dias, o que representa uma subida de 7% em relação à semana anterior (estava em 1.529 casos por 100 mil habitantes). O risco de transmissibilidade (Rt) recuou de 1,23 para 1,13.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas o número de pessoas hospitalizadas com Covid-19 aumentou. Na segunda-feira, 23 de maio, havia 1.842 pessoas internadas, mais 392 face a 16 de maio. Destas, 84 pessoas estavam internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 25 comparativamente à semana anterior.

No período de análise, a maioria das novas infeções foi registada na zona Norte: dos 188.970 novos casos confirmados, 71.057 contabilizaram-se nesta região.

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ISP da gasolina desce 0,5 cêntimos para a semana, mas do gasóleo não mexe

ISP da gasolina desce 0,5 cêntimos na próxima segunda-feira. Mas o do gasóleo não mexe. Governo espera um aumento de 2,8 cêntimos no preço do gasóleo e de 0,8 cêntimos no preço da gasolina

O ISP da gasolina vai descer 0,5 cêntimos na próxima segunda-feira tendo em conta a evolução dos preços deste combustível que leva o Governo a prever que o litro de gasolina suba 0,8 cêntimos. Mas o imposto aplicado ao gasóleo não vai sofrer alterações, revela o Ministério das Finanças esta sexta-feira, que espera uma subida de 2,8 cêntimos por litro de diesel.

“Tendo em conta a perspetiva da evolução dos preços na próxima semana, o Governo determina a redução da taxa do ISP em 0,5 cêntimos por litro de gasolina, a partir da próxima segunda-feira”, avança o comunicado do Ministério liderado por Fernando Medina.

“A taxa unitária de ISP aplicável ao gasóleo ficará inalterada, considerando o desvio acumulado das semanas anteriores, que se estima ficar em 0,8 cêntimos por litro na próxima semana”, acrescenta o mesmo comunicado.

Ao contrário do que é habitual, esta sexta-feira o Executivo não publicou a habitual tabela onde é possível perceber qual o comportamento dos preços que espera na segunda-feira. Mas ao ECO, o Ministério das Finanças avançou que espera um aumento de 2,8 cêntimos no preço do gasóleo e de 0,8 cêntimos no preço da gasolina.

De acordo com fonte do setor, o litro da gasolina vai ficar três cêntimos mais caro e o litro do gasóleo, que é utilizado por 77% dos automobilistas nacionais, vai subir 3,5 cêntimos. Mas estas previsões ainda não têm em conta o fecho da cotação do Brent do Mar do Norte, usado como referencial no mercado europeu, nem da cotação do euro face ao dólar.

Com a descida de 0,5 cêntimos no ISP da gasolina, “o alívio global da carga fiscal sobre os combustíveis por via das duas medidas em vigor – mecanismo semanal de revisão de ISP e redução das taxas unitárias deste imposto para o equivalente a uma taxa de IVA de 13% – totalizará 21,5 cêntimos por litro de gasóleo e 24,6 cêntimos por litro de gasolina”, explica o comunicado das Finanças.

Para esta semana, o Governo apontava para uma descida de 4,6 cêntimos no litro de gasóleo e uma subida de 5,6 cêntimos no litro da gasolina simples 95. Mas, observando os preços médios publicados terça-feira pela Direção Geral de Energia e Geologia, o litro de diesel desceu apenas 3,2 cêntimos e o litro de gasolina afinal subiu 6,4 cêntimos. Isto significa que é preciso recusar a 4 de julho de 2016 para encontrar uma diferença tão grande entre os dois tipos combustíveis. Esta semana o gap é de 25,1 cêntimos, mas só há quase seis anos a diferença foi maior (25,4 cêntimos).

Se a aplicação do mecanismo de revisão de ISP é revista todas as sextas-feiras, o desconto adicional do ISP de 11,5 cêntimos por litro de gasóleo e 12,6 por litro de gasolina, que entrou em vigor no início de maio, só verá os valores revistos no próximo mês. Mas o desconto mantém-se ao longo de todo o mês de maio.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Lucros da Semapa crescem 65% no primeiro trimestre para 42 milhões

Conglomerado português melhorou resultados até março por conta da subida do índice de preços de papel na Europa, que beneficiaram a Navigator.

A melhoria dos resultados da Navigator impulsionou os lucros da “patroa” Semapa. Os lucros do conglomerado industrial português cresceram 65,3% no primeiro trimestre, para 42 milhões de euros, por conta da subida do índice dos preços de papel na Europa. O grupo liderado por Ricardo Pires assume que está a tomar medidas para evitar a escalada de custos, segundo comunicado divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários nesta sexta-feira.

“O crescimento dos preços da pasta, o aumento generalizado da energia, matérias‐primas e logística, e ainda o desequilíbrio entre a oferta e a procura, tiveram como consequência um forte crescimento do índice de preços do
papel na Europa no 1º trimestre de 2022, o que impulsionou o crescimento do volume de negócios da Navigator”, assim refere o documento.

No primeiro trimestre, a Navigator registou lucros de 50,6 milhões de euros, mais do que duplicando os ganhos registados no mesmo período de 2021.

No negócio do cimento, os lucros da Secil diminuíram 19,7%, para 7,5 milhões de euros, por causa dos “efeitos negativos provocados pelo aumento dos custos de produção, sobretudo energéticos, em consequência da forte subida do preço dos combustíveis e da tendência inflacionista verificada genericamente em todas as economias, como resultado da crise sanitária global e mais recentemente da guerra da Ucrânia.

A área de negócios de ambiente teve lucros de 2,4 milhões de euros, mais 17,6% face a igual período de 2021.

A dívida líquida do grupo Semapa baixou para 953 milhões de euros no final de março, menos 62,6 milhões de euros do que no final de 2021.

Contenção de custos

O grupo português assume ainda que está a promover medidas para enfrentar o agravamento de preços de fatores de produção devido às sanções impostas à Rússia na sequência da guerra da Ucrânia e das medidas de combate à covid-19 implementadas na China.

O conglomerado refere-se a um “forte empenho no aumento de eficiência, potenciando a produtividade, moderando o aumento dos custos variáveis via contenção de consumos específicos, e com um esforço continuado de controlo dos custos fixos”.

No caso da Navigator, a Semapa diz que “existe um grande nível de incerteza associada às operações (dificuldades logísticas na expedição e no abastecimento de matérias‐primas)” apesar dos “níveis elevados de encomendas”.

Ricardo Pires como líder efetivo

A Semapa comunicou ainda que Ricardo Pires tornou-se o novo presidente executivo do grupo, após decisão da assembleia-geral. Desde janeiro como líder interino – após a saída de João Castello Branco -, Ricardo Pires já era um dos administradores do grupo, com o pelouro de novos negócios.

Em outro comunicado ao mercado, a empresa informou que os dividendos de 36,86 cêntimos (líquidos) serão pagos a partir do próximo dia 9 de junho.

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