Petróleo cai 5,8% pressionado pelos confinamentos na China

Investidores temem recessão global e quebra na procura por petróleo, depois de as importações chinesas de crude terem caído quase 5% nos primeiros quatro meses do ano.

Numa segunda-feira em que os portugueses passam a pagar mais pelos combustíveis nas bombas nacionais, os preços do petróleo aliviavam quase 6%, pressionados pelos receios de que os confinamentos na China travem a procura mundial pela matéria-prima.

O Brent, referência para as importações nacionais, caiu 5,81%, para 105,94 dólares.

Petróleo cai

Dados económicos pouco animadores vindos da China pesaram no sentimento dos investidores nos mercados asiáticos. O país é o maior importador de petróleo do mundo e, apesar de ter comprado 7% mais petróleo no mês passado, as importações chinesas de crude caíram 4,8% nos quatro meses até abril, termos homólogos.

Por outro lado, a subida do dólar para máximos de duas décadas também ajuda a diminuir a procura por petróleo, pois o barril é cotado na divisa americana e fica mais caro para os compradores com outras moedas. Também os mercados acionistas estão a sentir a pressão vinda da China, com os índices na Europa e Nova Iorque a cederem 3% esta segunda-feira.

Os traders temem uma quebra na procura por petróleo. “O sentimento alargado de aversão ao risco, suscitado por receios de recessão, e os confinamentos na China [por causa de uma vaga de Covid-19], são os principais fatores que estão a pressionar os preços do petróleo”, disse à Reuters Tina Teng, analista da CMC Markets.

(Notícia atualizada às 21h17 com novas cotações)

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Comprou e vendeu “meme stocks” em 2021? Saiba agora como preencher o IRS

O ano passado foi repleto de fenómenos na bolsa, incluindo um "boom" de pequenos investidores, que elevaram à estratosfera algumas "meme stocks" como a Gamestop. Agora é tempo de preencher o IRS.

Quem cavalgou a onda das “meme stocks” no ano passado — ações muito apreciadas por pequenos investidores concentrados em fóruns na internet, como o Reddit — deve agora ter em consideração que os lucros e perdas têm de ser declarados na campanha de IRS, que começou este mês e decorre até 30 de junho.

A cadeia de lojas de videojogos GameStop (também conhecida por “GME”), o estúdio de cinema AMC ou mesmo a Blackberry foram algumas das cotadas que assistiram a grandes oscilações nos preços no último ano. Se comprou e vendeu títulos como estes na bolsa, agora é o momento de recuperar os seus registos e meter mãos à obra, preenchendo a declaração de IRS.

Tributação de mais-valias

As mais-valias da venda de ações — em suma, lucros — estão sujeitas a imposto. Ou através da tributação autónoma à taxa liberatória de 28%, ou por via do englobamento, se for essa a escolha do contribuinte (já lá iremos).

Isto pode ser feito através do quadro 9 do Anexo G, onde se identificam os títulos vendidos, a data e o valor de compra e venda. Este anexo serve para declarar mais-valias na venda de ações e de outros títulos de investimento. O seu preenchimento não é individual — tem em conta os rendimentos de todo o agregado familiar, esclarece o ComparaJá.

Se tiver adquirido vários lotes de ações ao longo do tempo, tenha atenção, pois não pode escolher que lotes foram vendidos. Se assim fosse, os contribuintes optariam sempre pela via que minimizasse o pagamento de imposto. É obrigatório seguir o método FIFO (first in, first out) — por outras palavras, quando vender ações, assuma sempre que está a vender as primeiras que foram adquiridas. Resumindo, aquelas que detém há mais tempo.

Ao preencher este anexo, nas despesas, inclua também as comissões que pagou, além de outras taxas de bolsa e de corretagem. Isto porque, no caso de haver lugar ao pagamento de imposto, as despesas são deduzidas ao imposto.

Aplica-se uma taxa de 28% à diferença entre o preço de venda e de compra, mas se optar pelo englobamento, aplica-se a taxa progressiva de acordo com o rendimento coletável, refere a Deco Proteste. Antes de tomar uma decisão, faça simulações.

No caso de existirem menos-valias (isto é, prejuízos), se assim o entender, estas podem ser deduzidas às mais-valias nos cinco anos seguintes. Para este fim, deve optar-se pelo englobamento no quadro 15 do anexo G. Mas as menos-valias de um cônjuge não podem ser abatidas às mais-valias de outro.

Dividendos de ações

O Anexo E da declaração do IRS refere-se a rendimentos com origem na aplicação de capitais sujeitos a taxas liberatórias ou especiais, avança o ComparaJá no seu guia do IRS 2022, pelo que podem ser abrangidos lucros, seguros financeiros, juros de depósitos, dividendos de ações, entre outros.

O anexo E deve ainda ser preenchido tendo em conta os rendimentos de todos os membros do agregado familiar. No caso de uma tributação separada, não é preenchido um único formulário, como na tributação conjunta, mas sim um anexo por cada cônjuge.

Em alguns dividendos de ações, é aplicada a taxa de retenção na fonte de 28% por parte da entidade pagadora. Como tal, estes rendimentos já são líquidos de imposto e não necessitam de ser declarados.

Caso opte pelo englobamento, deve preencher o anexo E e indicar metade dos dividendos obtidos caso a entidade pagadora tenha sede em Portugal.

Se se tratar de uma empresa estrangeira, preencha o quadro 8A do Anexo J, e use o código E10 se tiver havido retenção em Portugal, ou E11 se não houve retenção em Portugal. Já no campo das retenções, deve indicar a totalidade do imposto retido na fonte.

Muitos intermediários enviam aos clientes um documento que ajuda a preencher o IRS. Procure na plataforma ou peça diretamente à sua corretora.

Tributação autónoma e englobamento

Na hora de preencher o IRS, muitos contribuintes ficam bloqueados sem saber qual das duas vias seguir: se a da tributação autónoma, se a via do englobamento.

A tributação autónoma é aplicada por defeito, sendo que, neste caso, o Fisco cobra 28% sobre a diferença entre mais e menos-valias.

Ernesto Pinto, fiscalista da Deco Proteste, admite que na generalidade dos casos não é vantajoso englobar os rendimentos, pois a taxa aplicável acaba por ser superior à taxa liberatória de 28%. No entanto, existem alguns cenários em que o englobamento pode compensar.

O englobamento compensa quando o rendimento coletável (com a inclusão de juros brutos) é inferior a 10.732 euros, sendo neste caso aplicada uma taxa de imposto até 23%; quando existe um saldo negativo entre mais e menos-valias, pois ao englobar, pode reportar o saldo negativo nos cinco anos seguintes aos rendimentos da categoria G; ou quando teve um saldo positivo em 2021, mas prejuízos nos anos anteriores que tenham sido englobados.

Ernesto Pinto ilustra com um exemplo. Uma venda de ações em 2020 resultou num saldo negativo de 200 euros, e este contribuinte optou pelo englobamento em 2021. Já a venda de ações em 2021 resultou num saldo positivo de 250 euros, os quais também foram englobados em 2022. Em 2022, o valor sujeito a impostos é de apenas 50 euros.

Embora o englobamento seja opcional, caso o faça, têm de ser englobados todos os rendimentos de capitais da mesma natureza, como investimentos, mais-valias ou rendas. Já englobar rendimentos de diferentes naturezas não implica a obrigação de englobar os restantes.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta segunda-feira, Pedro Nuno Santos vai ser ouvido no Parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Banco de Portugal divulga dados sobre emissão de títulos. É dia da Europa.

Esta segunda-feira, Pedro Nuno Santos e Helena Carreiras são ouvidos no Parlamento no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2022. No plano económico, o Banco de Portugal divulga dados sobre a emissão de títulos. Já na Justiça, arranca o julgamento sobre o recurso da coima aplicada pela CMVM a Ricardo Salgado. E hoje assinala-se também o dia da Europa.

Pedro Nuno Santos é ouvido na AR

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, vão ser ouvidos na Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, a propósito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Arranca julgamento sobre recurso da coima aplicada pela CMVM a Salgado

O Tribunal da Concorrência, em Santarém, começa esta segunda-feira a julgar os recursos de Ricardo Salgado e quatro ex-administradores do Banco Espírito Santo (BES) a coimas de 2,8 milhões de euros aplicadas em janeiro pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em causa estão infrações relacionadas com o aumento de capital do BES em 2014.

BdP divulga dados sobre emissão de títulos

O Banco de Portugal (BdP) divulga os dados relativos à emissão de títulos, referentes a março deste ano. No mês anterior, as emissões de títulos pelos setores da economia excederam as amortizações em 3.000 milhões de euros, sobretudo devido às emissões de títulos de dívida, de acordo com o último balanço da instituição liderada por Mário Centeno.

Hoje é… dia da Europa

Para assinalar o Dia da Europa, a Representação da Comissão Europeia em Portugal vai ter uma iniciativa em Évora que conta com a presença da comissária para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, e das ministras da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. A sessão comemorativa arranca às 15 horas e deverá dar destaque ao “NextGenerationEU”, no seguimento da avaliação preliminar positiva, por parte do Executivo comunitário, do primeiro pedido de desembolso do PRR português, segundo o site da Comissão Europeia.

Guterres de visita à Moldova

A Presidente da República da Moldova, Maia Sandu, e a primeira-ministra do país, Natalia Gavrilița, recebem esta segunda-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Além do encontro com oficiais, e numa altura em que o país teme ser atacado pelas tropas russas, António Guterres visita também um campo de refugiados.

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Quase nove milhões de pessoas na UE trabalhavam nas TIC. Portugal acima da média

Desde 2012, a proporção de trabalhadores nas TIC em Portugal aumentou 2,6 pp. E, apesar de ainda muito desigual, a percentagem de mulheres cresceu 6,5 pp.

Em 2021, quase nove milhões de pessoas na União Europeia (UE) trabalhavam como especialistas em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), representando 4,5% da mão de obra total disponível na UE. Portugal situa-se no meio da tabela, com 4,7%, ligeiramente acima da média apurada em todos os Estados-membros. Apesar de bem distante de países como a Suécia (8%) ou a Finlândia (7,4%), a trajetória nacional tem sido crescente: desde 2012, a proporção de trabalhadores na área das TIC aumentou 2,6 pontos percentuais (pp). E, apesar de ainda muito desigual, a percentagem de mulheres disparou 6,5 pp, revelam os dados divulgados pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia.

Portugal contava, no ano passado, com 4,7% de especialistas em TIC, um aumento de 0,7 pp comparativamente a 2020, e de 1,2 pp se compararmos o valor apurado em 2019.

Olhando para a trajetória a nacional, é possível concluir que, em nove anos, de 2012 a 2021, a proporção cresceu 2.6 pp, situando-se, agora, um pouco acima da média na UE, algo que não acontecia em 2012, ano em que Portugal (2,9%) figurava nos dez piores lugares do ranking, bem distante da média da UE (3,7%).

Em 2021, o país lusitano ocupa já o 12.º lugar do ranking, e são 15 os Estados-membros que registam mesmo percentagens inferiores. É o caso da Roménia (2,6%), Grécia (2,8%), Polónia e Bulgária (ambas com 3,5%).

Na ponta extrema, com as percentagens mais altas de profissionais a trabalhar nas TIC, estão a Suécia a Finlândia e o Luxemburgo, com 8%, 7,4% e 6,7%, respetivamente.

Nem 21% dos profissionais das TIC em Portugal são mulheres

Quando olhamos, contudo, para os países que têm a maior percentagem de mulheres nas TIC, o cenário muda totalmente, começando desde logo pelo pódio. A Bulgária (28,2%), a Roménia (26%) e Malta (25,6%) saltam, imediatamente, para o primeiro, segundo e terceiro lugares, respetivamente. Ainda assim, o setor está longe de alcançar a paridade.

Apesar de um ligeiro aumento durante a última década, as mulheres representavam menos de um quinto dos especialistas em TIC (19,1%) em 2021.

Portugal, uma vez mais, consegue ultrapassar a média da UE, registando 20,7% de mulheres a trabalhar no setor. Embora o valor tenha sido mais alto em 2020, quando se registou uma percentagem de 21,2%, o percurso nacional tem sido de evolução. Desde 2013 — ano em que o Eurostat tem registo do número mais baixo — o valor disparou 7,4 pp.

As piores classificações pertencem à República Checa, Hungria e Eslováquia. Nestes países apenas 10%, 14% e 14,9%, respetivamente, são trabalhadoras mulheres especialistas no setor das Tecnologias da Informação e Comunicação.

Luísa Ribeiro Lopes, presidente do .PT e coordenadora-geral do INCoDe.2030, alertou, recentemente, em entrevista à Pessoas, precisamente para o incumprimento das metas no que toca à igualdade de género até 2023, ano estabelecido pela Organização das Nações Unidas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“Já sabemos que não iremos alcançar estas metas em 2030, mas temos de fazer um esforço para contrariar os números que dizem que só daqui a 60 anos podemos falar de igualdade nas profissões”, afirmou.

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Setor do leite pede fiscalização para travar esmagamento dos preços

Ao ECO, a diretora-geral da ANIL acusa as cadeias de distribuição de não repercutir nos seus preços de venda ao público os aumentos dos custos de produção de leite e pede um aperto na fiscalização. 

A Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL) alerta que o setor está “no meio de uma tempestade perfeita”, tendo em conta que a escala dos custos de produção provocada pela guerra na Ucrânia veio juntar-se os fatores conjunturais que têm vindo a penalizar a indústria. Em declarações ao ECO, a diretora-geral desta associação acusa as cadeias de distribuição de não repercutir nos seus preços de venda ao público os aumentos dos custos de produção de leite e pede um aperto na fiscalização.

As perspetivas para o setor não são animadoras. Os fatores conjunturais e estruturais têm vindo a agravar-se há muito tempo. Já no ano passado tivemos um evoluir desta situação também agravada pela crise pandémica e pelas consequentes interrupções das cadeias de abastecimento, mas com o atual conflito bélico estamos, neste momento, no meio de uma tempestade perfeita”, sinaliza Maria Cândida Marramaque, diretora-geral da ANIL, em declarações ao ECO.

Com a invasão russa à Ucrânia, os custos de produção da produção de leite e derivados agravaram-se à boleia do aumentos do preços da matéria-prima, da energia e dos transportes. Tendo a montante os produtores e a jusante a distribuição, os industriais de laticínios dizem que estão “completamente estrangulados”, dado que não estão a conseguir repercutir os aumentos dos custos de produção para as cadeias de distribuição. “O bloqueio que existe ao nível das negociações com a grande distribuição traduz-se num enorme desequilíbrio“, lamenta a diretora-geral da ANIL, alertando que esta situação poderá levar a que se perca a capacidade de produzir leite, bem como a “capacidade de transformar o leite nos diferentes produtos lácteos”.

“Tendo em conta os aumentos de custos dos fatores de produção, o preço médio que pagamos ao produtor já estará nos 40 cêntimos por litro de leite em abril. Se pensarmos que a embalagem custa mais de 10 cêntimos, o custo ascende aos 50 cêntimos e neste momento temos marcas de distribuição nas superfícies comerciais a vender leite a 54 cêntimos. Sobram-nos quatro cêntimos (…) estes quatro cêntimos não chegam efetivamente para suportar a cadeia“, alerta Maria Cândida Marramaque.

Apesar de referir que não consegue adiantar um “valor justo”, dado que o preço do leite depende “de cada um dos produtores”, bem como da sua dimensão, a diretora-geral da ANIL defende que deve haver um aumento de preços por parte das cadeias de distribuição. “Sentimos como que um bloqueio enorme à progressão de todo o setor. O maior custo da indústria de laticínios é efetivamente o leite. Ora, se estamos a remunerar melhor os produtores temos que ir buscar essa remuneração também“, afirma.

Além do leite, a diretora-geral destaca que “estão em causa os preços de todos os laticínios”, pedindo, por isso, um “equilíbrio da cadeia”. Ainda assim, Maria Cândida Marramaque afasta uma intervenção do Governo, referindo que já “existem ferramentas que permitem quer ao nível da fiscalização, quer ao nível das relações comerciais” solucionar o problema. “É preciso é haver vontade”, diz, ao ECO.

“As empresas vão fazendo as suas negociações, têm os seus contratos, mas este ano ninguém consegue, face ao momento que vivemos, dar um preço para um ano. Por isso, se não houver por parte da grande distribuição aceitação disto é muito difícil a indústria continuar a laborar”, conclui.

Nos últimos anos, tem havido um decréscimo dos produtores de leite, e, consequentemente da produção em Portugal. Segundo os dados cedidos pela ANIL, entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2022, 985 explorações agrícolas de leite fecharam portas, havendo atualmente cerca de 3.811 produtores de leite em Portugal, dos quais mais de 2.000 estão nos Açores.

Em termos de volume de leite recolhido, e de acordo com os dados do INE, o ano de 2021 fechou já com um decréscimo 0,7% face a 2020, sendo que no arranque deste ano tem mantido a tendência. Entre janeiro e fevereiro foram produzidas menos cerca de 4.0000 toneladas de leite, o que representa um decréscimo de 1,4%, face ao período homólogo.

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Brent já anulou 60% da baixa de imposto decidida pelo Governo

O Governo baixou o ISP dos combustíveis para replicar o efeito de uma baixa do IVA para 13%. Mas em apenas duas semanas, a subida do brent já "anulou" 62% dessa baixa fiscal na gasolina.

Com o mês de maio, os automobilistas passaram a ter uma nova medida para os ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. O ISP teve uma redução equivalente a uma descida da taxa de IVA de 23% para 13%. No entanto, o anúncio de um sexto de pacote de sanções conta a Rússia pela invasão da Ucrânia, as incertezas em torno do conflito e os impactos que poderá ter nas economias, acabaram por ditar um agravamento das cotações internacionais do brent, que serve de referência para o mercado europeu. Em apenas duas semanas, no caso da gasolina, os aumentos “apagaram” 62% da baixa do ISP determinada pela aplicação das medidas excecionais e temporárias de respostas ao aumento dos preços dos combustíveis.

No caso da gasolina, a subida do Brent do Mar do Norte e a desvalorização do euro face ao dólar determinaram um aumento do litro de gasolina simples 95 de três cêntimos, a semana passada, e de cinco cêntimos esta semana. Ou seja, o agravamento 8 cêntimos nos preços “anulou” 62% da redução de 12,6 cêntimos do ISP que passou a ser aplicada na segunda-feira da semana passada, como se a taxa de IVA sobre os combustíveis fosse de 13%

Já no gasóleo o agravamento dos preços “apagou” 33% da benesse implementada pelo Governo. O diesel registou uma subida acumulada de quatro cêntimos (três cêntimos a semana passada e um cêntimo esta semana), quando a descida do ISP equivalente a um IVA de 13% foi de 11,5 cêntimos.

Esta semana, quando for abastecer o seu veículo deverá pagar 1,927 cêntimos por litro de gasolina simples 95 e 1,849 euros por litro de gasóleo simples, o combustível usado por 77% dos automobilistas. Mas os preços ao consumidor final podem diferir de posto para posto de abastecimento

Estes preços têm em conta a descida de 1,5 cêntimos no ISP do gasóleo e de 2,5 cêntimos no ISP da gasolina, anunciadas sexta-feira, resultante da aplicação da fórmula de cálculo que ajusta o ISP ao aumento da receita de IVA. Este mecanismo de atualização do ISP é atualizado semanalmente.

A diferença dos aumentos entre a gasolina e o diesel justifica-se pelo aumento das importações de gasolina dos Estados Unidos em antecipação do início da driving season e a redução da pressão sobre o gasóleo porque com a subida das temperaturas na Europa, reduziu-se a procura deste combustível para aquecimento.

Petróleo subiu três dias consecutivos

O preço dos combustíveis tem dominado a atualidade informativa, sobretudo depois de António Costa ter anunciado a descida de 20 cêntimos na carga fiscal, no arranque do debate da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade. O primeiro-ministro pediu aos portugueses que estejam atentos às faturas para se certificarem que o desconto do ISP equivalente a uma redução da taxa de IVA para 13% estava, de facto, a ser aplicado pelas gasolineiras. E revelou que a ASAE ia investigar o preço dos combustíveis nas bombas. Uma investigação que detetou apenas uma situação de incumprimento na redução do ISP, apesar de terem sido recebidas 200 denúncias.

As petrolíferas acusaram o Executivo de criar falsas expectativas aos consumidores. O secretário-geral da Apetro, em declarações ao ECO, disse que se pode “anunciar a descida, mas há que contar com outros fatores e um deles é o preço nos mercados internacionais”. Face à média da semana passada, “tivemos uma subida devido ao aumento das cotações mas também pela desvalorização do euro face ao dólar”, explicou António Comprido. Tal “atenuou o efeito da descida do ISP”, já que “o produto custou mais”, apontou.

A evolução dos preços alimenta a suspeita de que as petrolíferas poderiam não refletir nos preços a baixa dos impostos, optando por engordar as suas margens. O próprio secretário de Estado dos Assuntos Fiscais admitiu que a baixa de impostos indiretos tende a ficar “diluída nas margens” das empresas, alertando que é necessário estarem “muito atentos” para ver se o esforço dos contribuintes não é “absorvido pelas margens” das gasolineiras.

Já as petrolíferas e gasolineiras garantem que as suas margens são amplamente escrutinadas e que o aumento dos combustíveis resulta mesmo das cotações internacionais do petróleo, no caso europeu o Brent do Mar do Norte, mas também da evolução cambial que joga contra os consumidores porque o euro está a desvalorizar a face ao dólar.

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Reino Unido tem oferta de emprego em nível recorde para gestores de sinistros

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2022

Aumento de vagas reflete litigância nas apólices de interrupção de negócios por causa da Covid, mas também em processos no ramo auto por danos de inundações. Procura tende a crescer, indica pesquisa.

Companhias de seguros que operam no mercado britânico publicaram, só em janeiro, cerca de 400 anúncios com ofertas trabalho para a função “gestor de sinistros.” A procura, segundo uma pesquisa da Vacancysoft, representa um máximo mensal para a indústria de seguros e está a ser impulsionada pelo crescendo no volume de litigância (em processos de indemnização por interrupção de negócio no quadro da pandemia Covid) após o acórdão do Supremo Tribunal que decidiu a favor dos segurados (empresas) com coberturas BI – Business Interruption.

A empresa que numa base diária recolhe e analisa indicadores de emprego na indústria de seguros e em outros setores, diz que a procura por gestores de sinistros deu sinal de recuperação logo em janeiro de 2021, após a decisão do Supremo Tribunal britânico, com um incremento anual de 107% em comparação com 2020 e de 19,5% relativamente aos níveis de 2019, ano que precedeu a pandemia na Europa.

No relatório – que também identifica as seguradoras e corretoras com maior número de ofertas de trabalho, entre as quais estão
Sedgwick, Admiral, Gallagher e Axa, a consultora de recrutamento sustenta que o aumento na procura de profissionais para gestão de sinistros também foi impulsionado pela pilha de processos associados a extremos climáticos (inundações), que agravaram a severidade de danos nos sinistros do ramo automóvel em 2021. Estes eventos meteorológicos tiveram reflexo significativo nos custos das seguradoras, assinala.

Janeiro de 2022 marcou um máximo de sempre na procura profissionais gestores de sinistros, sendo que nos dois primeiros meses do ano, as seguradoras já contrataram mais de um terço do que recrutaram em todo ano de 2021. A tendência está a ser liderada pela região de Londres, onde a procura cresceu 143% no ano passado, refere a pesquisa, antecipando que 2022 será um ano de máximos na contratação destes profissionais.

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70 propostas inovadoras juntaram Seguradoras e Insurtech em Lisboa

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2022

Foram 70 propostas inovadoras, de produtos de seguro a soluções de distribuição, que levaram seguradoras, corretoras e mediadores a juntarem-se num evento. Saiba quem está a comandar a mudança.

“As seguradoras querem saber o que existe e como se chega a uma parceria relevante,” afirmou António Veiga Ferrão, Diretor da Fintech Solutions, consultora criada há menos de um ano pela associação Portugal Fintech, no evento que juntou empreendedores de Insurtech e mais de dezena de empresas de Seguros na apresentação de um novo estudo e troca de experiências.

Para responder àquelas questões, discutir tendências e avançar no esforço de aproximação e concretizar “práticas de colaboração com start-ups,” a consultora organizou um encontro presencial na Fintech House (FH), espaço de cowork e incubadora de inovação no centro da capital, aonde compareceram representantes de companhias como Fidelidade, Allianz, Tranquilidade, Victoria Vida, Bankinter Vida, Lusitania, Cosec, entre outras, mas também corretoras e mediadores, interessados no estudo “Insurtech Solutions and Trends”, reunindo oferta das startups relevantes e tendências.

Entre os intervenientes, Gianluca Pereyra (Visor.ai) lembrou que esta start-up soma colaborações com Fidelidade, Tranquilidade/Generali e Sabseg, e expôs casos de estudo em que a tecnológica ajuda a melhorar relação entre seguradoras e agentes na distribuição. “Ajudamos as empresas [de seguros] a melhorar o seu Customer Service”, explicou. Domingos Bruges (Habit) lidera uma equipa de especialistas junto de telecomunicações, retalho e na banca. Referiu soluções da start-up já internacionalizada, ligando tomadores de risco e distribuição: “Oferecemos o seguro e a subscrição,” sintetizou.

A completar a sessão, inovações insurtech por exemplo ao nível da mobilidade, customização de produto e digitalização, consolidadas e com parcerias (nacionais e internacionais) no setor de seguros, foram detalhadas respetivamente por Nuno Sobral (TOOLTO), João Madureira (Uthere), e Nuno Silva (Think Future).

O evento permitiu às seguradoras estabelecer contacto com os empreendedores e conhecer use cases selecionados para o lançamento do relatório. A coletânea, acessível no sítio eletrónico da Fintech Solutions, está organizada em jornadas específicas totalmente digitais, reunindo mais de 70 soluções insurtech divididas em produtos de seguro e soluções de distribuição.

Motivar ligação com o ecossistema

A Fintech Solutions está instalada no edifício histórico (originalmente conhecido como a “Casa das Varandas”) à Praça da Alegria, em Lisboa, e desenvolve projetos para aproximar e acelerar ligação organizacional entre seguradoras e as start-ups que inovam no setor.

Em outubro de 2021, quando foi apresentada esta área de consultoria da associação Portugal Fintech, António Veiga Ferrão, Diretor da Fintech Solutions explicou que, colaborar com startups é crítico para acelerar a inovação, “mas para isso é necessário ir para lá dos temas de comunicação e enfrentar os desafios de trabalhar com start-ups.” Por isso, a Fintech Solutions assumiu o desafio de abrir as organizações ao ecossistema, apoiando provas de conceito e acompanhando projetos em fase de embrião na abordagem aos investidores.

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G7 avança com embargo “faseado” ao petróleo russo

Os líderes do G7 comprometem-se a banir as importações de petróleo proveniente da Rússia de forma faseada. Vão também reforçar as sanções contra os bancos russos, bem como contra os oligarcas.

Os líderes do G7 (EUA, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido), que estiveram reunidos este domingo por videoconferência com o presidente da Ucrânia, comprometem-se a banir as importações de petróleo proveniente da Rússia. A informação tinha sido inicialmente avançada pela Bloomberg e foi, posteriormente confirmada, em comunicado, pela Casa Branca.

“Comprometemo-nos a eliminar faseadamente a nossa dependência da energia russa, inclusive ao eliminar ou proibir a importação de petróleo russo”, aponta o documento, acrescentando que a medida será feita “de maneira oportuna e ordenada, e de modo a fornecer tempo para o mundo garantir fornecimentos alternativos”.

Além disso, os líderes do G7 comprometem-se também a adotar “medidas para proibir ou impedir a prestação de serviços essenciais dos quais a Rússia depende”, por forma a reforçar “o isolamento da Rússia em todos os setores da sua economia”. Vão ainda reforçar as sanções contra os bancos russos, bem como contra os oligarcas russos “que apoiam o presidente Putin” nesta guerra. Os países que fazem parte do G7 comprometem-se ainda a fornecer mais apoio financeiro à Ucrânia.

Esta decisão surge depois de na quarta-feira passada, a Comissão Europeia ter apresentado o sexto pacote de sanções contra a Rússia, cujo objetivo é banir totalmente as importações de petróleo russo. Esta proposta ainda precisa de ser aprovada pelos 27 Estados-membros, que reuniram este domingo, mas não chegaram a acordo. Segundo fontes próximas das negociações e consultadas pela Bloomberg, a Hungria continua a opor-se à medida. As negociações vão continuar nos próximos dias.

Entretanto, os Estados Unidos também avançaram com um pacote de sanções isoladas contra a Rússia, que visa proibir os norte-americanos de fornecerem serviços de contabilidade e consultoria a russos, bem como sanções contra três emissoras de televisão russas, segungo a Reuters. Além disso, o país liderado por Joe Biden vai também avançar com sanções contra 27 executivos do Gazprombank, um banco privado russo, e com restrições na concessão de vistos.

(Notícia atualizada às 18h44)

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WTW cresce 2% após realinhamento dos negócios no 1º trimestre

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2022

Além de assumir perdas de 138 milhões relacionadas com a saída da Rússia, a corretora britânica simplificou estrutura de reporte, reorganizando 4 em dois segmentos de negócio.

A WTW, corretora de seguros e consultora global de risco, registou 2,16 mil milhões de dólares em receitas no primeiro trimestre, menos 3% face à faturação publicada em igual período de 2021 (excluindo efeito cambial negativo estimado em 2%, a quebra foi de 1%), mas a averbar crescimento de 2% em termos orgânicos.

“O primeiro trimestre marcou um início de ano sólido para a WTW com resultados conformes às expectativas e a refletir melhoria na dinâmica da nossa atividade,” afirmou Carl Hess, presidente executivo (CEO) da WTW, realçando “progressos significativos” nas prioridades estratégicas.

O resultado operacional diminuiu 15%, em variação homóloga, estabelecendo-se em 179 milhões de dólares, enquanto o resultado líquido caiu 83%, para 125 milhões. Excluindo elementos extraordinários, o lucro líquido progrediu 11%, fixando-se em 315 milhões de dólares. Por causa da guerra, e das sanções internacionais impostas a Moscovo, a empresa abandonou em março as atividades na Rússia, transferindo a gestão dos negócios para a equipa local. Nas contas do trimestre, a alteração traduziu-se em 57 milhões de dólares em perdas por desconsolidação da subsidiária, mais 81 milhões em imparidades. A retirada da Rússia teve custo estimado de 138 milhões.

A operação da WTW na Rússia, centrada em atividades Risk & Broking (corretagem e risco), equivalia a 1% da receita total consolidada pelo grupo em 2021, explica o comunicado da anteriormente designada Willis Towers Watson.

Quanto à simplificação e realinhamento do negócio, a companhia tinha, até início deste ano, a oferta de serviços organizada em torno de quatro segmentos (Human Capital e Benefits; Corporate Risk & Broking; Investment, Risk e Reinsurance; Benefits Delivery e Administration), desde 1 de janeiro de 2022 realinhou a estrutura de negócio em apenas dois segmentos (Health, Wealth & Career – HWC e Risk & Broking-R&B), distribuídos por 3 geografias: Europa, Internacional e América do Norte.

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O que deve saber antes de contratar um PPR. Vídeo da ASF explica

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2022

ASF descreve principais características dos PPR existentes no mercado, explica como pedir reembolso antecipado ou mudar de plano. Quanto melhor conhecer o produto, mais estará protegido.

Se pensa contratar um PPR, deve conhecer direitos e deveres, adverte a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) em novo vídeo online, divulgando os aspetos a ter em atenção antes de aplicar poupança num plano de poupança reforma (PPR). No 9º episódio de “Vamos Falar Seguro,” série de literacia produzida pela ASF, são apresentadas as principais características dos PPR e elencadas as situações em que é possível solicitar o reembolso antecipado do valor aplicado neste tipo de produto.

No episódio que desenvolve o tema, Lucélia Fernandes, do Departamento de Supervisão Comportamental explica a melhor estratégia para aplicar poupança nestes produtos, considerados como um complemento de rendimento para a idade da reforma.

Os PPR não são todos iguais e podem assumir 3 formas distintas: como um seguro de Vida, na forma de um fundo de pensões ou ser constituído sob a forma de fundo mobiliário. A ASF também explica por que uns têm rendimento garantido e outros PPR não oferecem garantia de capital. Neste caso, o aforrador corre risco de perder parcial ou totalmente o valor aplicado no produto. Por isso, deve conhecer bem as características do produto em que quer aplicar o seu dinheiro. Garantia de capital com rendibilidade dependem sempre das condições estabelecidas contratualmente e do perfil de risco acordado entre as partes.

Neste episódio “Vamos Falar Seguro” trata ainda os requisitos do reembolso antecipado e, por fim a questão da transferência do investimento aplicado num PPR para outro plano de poupança, alteração que depende sempre de um pedido do aforrador dirigido à entidade gestora. Existem prazos e requisitos a cumprir por parte das entidades, a que recebe o pedido de transferência e a entidade gestora do novo PPR. Em alguns casos, também haverá comissões a pagar pela transferência.

Para mais informação e esclarecimentos sobre o tema PPR assista ao vídeo aqui.

“Vamos Falar Seguro” é um programa de formação financeira que aposta no desenvolvimento e produção de conteúdos digitais, “com objetivo de apoiar o consumidor na compreensão dos produtos e serviços do setor segurador e do setor dos fundos de pensões,” recorda uma nota da autoridade.

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Liga de Bombeiros quer reinstalação do comando nacional e simplificação de apoios

  • Lusa
  • 8 Maio 2022

O presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros defende a reinstalação de um comando nacional de bombeiros e que se avance com uma reforma e simplificação dos apoios financeiros e dos incentivos.

O presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros, António Nunes, defendeu este domingo, no Porto, a reinstalação de um comando nacional de bombeiros e que se avance com uma reforma e simplificação dos apoios financeiros e dos incentivos.

“Queremos percorrer um caminho partilhado, defendendo que não haja concorrência entre agentes de Proteção Civil, mas antes confiança, compromisso, responsabilidade (…) e coerência de organização num processo integrado de resposta, onde cada um sinta que desempenha as suas funções estruturais para que (…) possa ser prestado um serviço de elevada qualidade e com modernos padrões de eficiência na proteção das populações, bens e ambiente, a par da reinstalação de um comando nacional de bombeiros e de uma reforma e simplificação dos apoios financeiros e dos incentivos”, declarou António Nunes.

No discurso que fez durante a cerimónia comemorativa do Dia do Bombeiro, que decorreu este domingo no Porto, o presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros lembrou que os bombeiros de Portugal têm um papel central no combate aos incêndios florestais.

“Vamos entrar num período de maior dificuldade operacional, de maior escrutínio dos nossos atos, de maior exigência na disponibilidade e na demonstração das nossas capacidades, mas uma vez mais vamos dar o melhor de nós e concentrarmo-nos numa resposta o mais eficiente possível, demonstrando que estamos ao serviço dos cidadãos e de Portugal e que sabemos em cada momento avaliar quais são as prioridades e a resposta que temos de dar quando solicitados pelo Sistema de Proteção Civil”.

O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou este domingo, durante a cerimónia, a Liga Portuguesa dos Bombeiros com o distintivo da Ordem do Infante D. Henrique pelo “prestígio” e ”abnegação” conhecidos e respeitados no estrangeiro.

“Hoje, porque sei do prestígio que tendes lá fora. A vossa abnegação é conhecida e é respeitada. Eu vi elogiá-la a chefes de Estado e chefes de Governo dos países mais diversos e de forma especial nos últimos anos, por causa dos fogos que nos atormentaram e da capacidade de apoiar no combate à pandemia. Vou hoje entregar, impor o estandarte da Liga Portuguesa dos Bombeiros, a Ordem do Infante Dom Henrique”.

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