Portugal com mais casos e mais mortes por Covid-19 na última semana

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Maio 2022

Entre 26 de abril e a passada segunda-feira, 2 de maio, foram registados 76.183 novos casos de infeção e 125 mortes por Covid-19. Há menos pessoas internadas com a doença, mas a incidência subiu 33%.

Entre 26 de abril e a passada segunda-feira, 2 de maio, a Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 76.183 novos casos de Covid-19, em termos acumulados, isto é, mais 18.950 face aos registados na semana anterior. O boletim desta sexta-feira indica ainda que, neste período, morreram mais 125 pessoas com a doença, mais dois óbitos em relação aos sete dias anteriores.

A taxa de mortalidade em Portugal está em 12 óbitos por milhão de habitantes, a sete dias, verificando-se um aumento de 2% face ao valor registado entre 19 e 25 de abril.

A incidência fixou-se nos 740 casos por 100 mil habitantes, numa média a sete dias, o que representa uma subida de 33% em relação à semana anterior (estava em 556 casos por 100 mil habitantes). O risco de transmissibilidade (Rt) avançou de 1,02 para 1,03.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas o número de pessoas hospitalizadas com Covid-19 recuou. Na segunda-feira, 2 de maio, havia 1.119 pessoas internadas, menos 89 face a 25 de abril. Destas, 60 pessoas estavam internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 11 comparativamente à semana anterior.

Boletim epidemiológico da semana de 26 de abril a 2 de maio de 2022:

No período de análise, a maioria das novas infeções foi registada na zona Norte: dos 76.183 novos casos confirmados, 24.903 contabilizaram-se nesta região. Apenas o arquipélago da Madeira escapou ao aumento das infeções por Covid-19 em todo o país.

(Notícia atualizada às 18h51)

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Quatro mortos e 13 desaparecidos após explosão num hotel de Havana

  • Lusa
  • 6 Maio 2022

A explosão no Hotel Saratoga, uma estrutura do século XIX em Havana Velha, terá ocorrido devido a uma fuga de gás.

Pelo menos quatro pessoas morreram esta sexta-feira e 13 estão desaparecidas na sequência de uma explosão num hotel na capital de Cuba, adiantaram as autoridades cubanas, que apontam como causa provável uma fuga de gás. A explosão no Hotel Saratoga, uma estrutura do século XIX em Havana Velha, terá ocorrido devido a uma fuga de gás, explicou na rede social Twitter o gabinete do Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

O chefe de Estado cubano já esteve no local, noticiou a agência Associated Press (AP).

A mesma fonte acrescentou que as equipas de busca e resgate continuavam esta tarde no local. Um responsável local, citado pela agência France-Presse (AFP), refere a existência de 13 desaparecidos para além das quatro mortes.

Imagens divulgadas pela assessoria do governo mostram danos graves no hotel e nuvens de fumo sobre o céu da capital. O site Cubadebate adiantou ainda que uma escola nas imediações foi evacuada.

O hotel de cinco estrelas, situado em Havana Velha, tem 96 quartos, dois bares, dois restaurantes e uma piscina na cobertura, segundo o seu site oficial.

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CP quer contratar 116 trabalhadores em 2022

Transportadora ferroviária propõe reforço da equipa superior ao anúncio de funcionários autorizados a contratar que o ministro das Infraestruturas e Habitação tinha adiantado em outubro de 2021.

A CP quer contratar 116 trabalhadores durante o ano de 2022. A proposta consta da nota explicativa do Ministério das Infraestruturas e Habitação, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022. O número supera o anúncio de funcionários autorizados a contratar pela empresa que Pedro Nuno Santos tinha avançado em outubro de 2021.

“A CP prevê, no seu Plano de Atividades e Orçamento para 2022, o recrutamento de 116 trabalhadores para substituir trabalhadores cujo vínculo cesse por motivos alheios à empresa e à adequação do seu quadro de pessoal à carga e necessidades dos seus serviços”, assim refere a nota explicativa divulgada na noite de quinta-feira. Em outubro de 2021, Pedro Nuno Santos tinha anunciado que a CP conseguira autorização para contratar 85 novos trabalhadores.

O Plano de Atividades e Orçamento para este ano, contudo, ainda não terá sido aprovado pelos ministérios das Infraestruturas e Finanças, que repartem a tutela da CP. O ECO tentou obter esclarecimentos junto dos dois ministérios mas não obteve resposta ao longo do dia. Em 2021, o mesmo documento também não tinha sido aprovado pelo então gabinete liderado por João Leão, escreveu em setembro do ano passado o jornal Público. (acesso condicionado)

A CP tem conseguido aumentar a equipa apesar da saída de trabalhadores por reformas. De 2020 para 2021, a equipa da transportadora ferroviária aumentou em 2,3%, para 3.784 efetivos. De 2019 para 2020 o aumento de funcionários foi mais expressivo, por conta da inclusão dos operários das oficinas da EMEF, que foi fundida na CP.

Na programação da transportadora ferroviária para 2022 também está incluída a “reabilitação” de 47 [das 50] carruagens compradas pela empresa portuguesa à congénere espanhola Renfe em junho de 2020 por 1,65 milhões de euros. Também neste ano está prevista a remotorização das automotoras diesel da série 450, que circulam na Linha do Alentejo entre Casa Branca e Beja e na Linha do Algarve, assim como a modernização de 102 carruagens para o serviço Intercidades.

Outro dos destaques do Orçamento do Estado para a empresa tem a ver com a redução da dívida em 1,815 mil milhões de euros, operação que depende da autorização da Comissão Europeia. Segundo o relatório e contas de 2020, a CP tinha, no final desse ano, uma dívida de aproximadamente 2,132 mil milhões de euros.

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Marcelo considera que “seria bom” ficar a “saber-se mais” sobre realidade associativa em Portugal

  • Lusa
  • 6 Maio 2022

Várias instituições "vão aparecendo, desaparecendo, mudando no tempo, num período longo”. “Talvez fosse bom que os portugueses soubessem qual é essa realidade social”, disse o Presidente.

O Presidente da República defendeu esta sexta-feira que “seria bom” que se ficasse a “saber mais” sobre a realidade associativa em Portugal, após ter sido noticiado que os conselhos de compatriotas russos são acompanhados pelos serviços de informação desde 2014.

Talvez uma das conclusões seja a de haver um acompanhamento em termos de conhecimento, respeitando as regras próprias do Estado de direito, daquilo que se passa num conjunto de entidades, que por natureza são livres: podem ser constituídas, podem ser modificadas, podem ser extintas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República falava aos jornalistas à saída do VII Congresso Nacional da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), que decorre hoje e sábado na Universidade Católica, em Lisboa, tendo reagido à notícia desta sexta do semanário Expresso segundo a qual o líder da comunidade russa em Setúbal, Igor Khashin, que participou no acolhimento de refugiados ucranianos com a mulher, já é monitorizado pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS) há alguns anos.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a realidade associativa “muda ao longo do tempo”, porque “são várias instituições no seio da sociedade que vão aparecendo, desaparecendo, mudando no tempo, num período longo”. “Talvez fosse bom que os portugueses soubessem qual é essa realidade social”, reforçou.

Questionado pelos jornalistas se esse é um apelo que faz ao Governo, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Não, é um apelo que estou a fazer a todos nós”. O chefe de Estado frisou que “a sociedade portuguesa, como todas as sociedades, estão a mudar muito e esta mudança, numa sociedade aberta, que envolve entradas e saídas, emigração e imigração, criação de novas entidades, modificação de entidade, torna muito difícil, porventura, o acompanhamento de todos esses fenómenos, de todas essas mudanças”.

“Talvez uma das lições daquilo que se venha a apurar é ficar a saber-se mais, ou a perceber-se porque é que é preciso acompanhar-se de forma mais atenta aquilo que é essa riqueza social, por uma questão de transparência, respeitando sempre as regras de um Estado de direito democrático”, frisou.

Interrogado se espera com celeridade resultados no que se refere à situação na Câmara Municipal de Setúbal, Marcelo disse esperar que, à medida que a democracia portuguesa “melhora a sua qualidade”, que também “seja mais exigente, escrutine mais, exija mais transparência, e aquilo que, há 30 anos, há 20 anos, há 10 anos, não constituía uma exigência cívica, passe a constituir”.

“É natural, não é dramático. O viver em liberdade e democracia não é um drama, deve ser a normalidade. O achar que é patológico é que é patológico”, frisou.

O líder da comunidade russa em Setúbal, Igor Khashin, que participou no acolhimento de refugiados ucranianos com a mulher, já é monitorizado pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS) há alguns anos, noticiou hoje o Expresso. Citando fontes próximas do Governo e da Assembleia da República, o jornal escreve que “Igor Khashin era mais do que conhecido pelos serviços de informações” e “estava identificado e sob observação dos serviços, que não fazem investigação criminal, mas enviam relatórios”.

Outra fonte ligada à comunidade das informações citada pelo Expresso explica que os conselhos de compatriotas russos, como aquele que Khashin dirigia em Portugal, “são acompanhados com mais atenção desde 2014, depois da anexação da Crimeia pela Rússia”.

É no SIS que funciona o departamento de contraespionagem, com a missão de conhecer as movimentações de serviços estrangeiros em território nacional, onde durante anos as equipas da chamada ‘Casa da Rússia’ se foram especializando em acompanhar as movimentações de russos em Portugal”, escreve o jornal.

O semanário adianta que “não existe, porém, qualquer investigação de foro criminal na Polícia Judiciária e no Ministério Público relativa às atividades deste russo”.

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Antiviral da Pfizer não atingiu as expectativas científicas

  • Servimedia
  • 6 Maio 2022

Os resultados de primeira linha do estudo da Fase 2/3 EPIC-PEP, que avaliou a eficácia da Pfizer Paxlovid na prevenção da covid-19, revelaram que o medicamento não produz os resultados desejados.

O medicamento Paxlovid, um antiviral da Pfizer, não conseguiu atingir o seu principal objetivo, que era reduzir significativamente o risco de infeção por covid-19 em adultos expostos ao vírus através do contacto doméstico, noticia a Servimedia.

Os resultados são do estudo da “Fase 2/3 EPIC-PEP”, realizado para perceber a eficácia do medicamento, que se veio a revelar pouco eficiente, informou a Pfizer. O Paxlovid reduziu o risco de infeção em 32-37% em comparação com placebo, o que fez com que não alcançasse um resultado de eficácia positiva para um maior progresso nesta via.

Embora estejamos desapontados com o resultado deste estudo em particular, estes resultados não afetam os dados de eficácia e segurança que vimos no nosso ensaio anterior para o tratamento de doentes com covid-19 em alto risco de desenvolver doenças graves”, alertou, no entanto, Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

As possibilidades de prevenção pré-exposição permanecem, assim, com as vacinas e também com o antiviral Evusheld da AstraZeneca para pacientes imunocomprometidos que não respondem às vacinas.

Ainda assim, o Paxlovid está atualmente aprovado para utilização condicional ou de emergência em mais de 60 países para tratar doentes de alto risco covid-19.

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Rio diz que presidente da Câmara de Setúbal não tem condições para continuar no cargo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Maio 2022

Para o presidente do PSD, o autarca da Câmara de Setúbal deveria avaliar se tem condições para continuar a exercer o cargo.

O líder do PSD, Rui Rio, considerou esta sexta-feira que o presidente da Câmara de Setúbal não tem condições para continuar a exercer o seu mandato devido ao caso do acolhimento de refugiados ucranianos naquela autarquia.

“O presidente da Câmara de Setúbal deveria pensar muito bem se tem condições para continuar. Dá-me ideia que não tem condições para continuar. Ele avaliará. E aí acho que também deve avaliar com a CDU”, afirmou Rio, em declarações à RTP3.

Para o líder social-democrata, “não faz sentido” o argumento do PS de que a fiscalização do Executivo camarário de Setúbal cabe à respetiva Assembleia Municipal, uma vez que o assunto é de “dimensão nacional”. “Não está aqui um problema porque aconteceu em Setúbal, está aqui um problema porque aconteceu em Portugal“, reiterou.

Rui Rio anunciou ainda que, na próxima terça-feira, vai levar este tema a debate na reunião da comissão política nacional do partido, para apurar se é do interesse dos sociais-democratas tomar uma posição política nacional relativamente àquilo que os seus vereadores na autarquia de Setúbal devem fazer.

Na quarta-feira, o primeiro vereador do PS na Câmara de Setúbal, Fernando José, admitiu renunciar aos quatro mandatos do partido na autarquia – e, com isso, provocar a queda deste órgão autárquico e a convocação de eleições intercalares -, se “todos” os eleitos do PSD tomarem primeiro essa iniciativa. Contudo, o primeiro vereador do PSD, Fernando Negrão, tem rejeitado a hipótese, apesar de a proposta ter partido da concelhia do PSD de Setúbal.

(Notícia atualizada às 18h32)

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Mota-Engil confirma hipótese de pagar dividendo adicional em outubro

Acionistas aprovaram todas as propostas na assembleia geral realizada no Porto, incluindo as relativas à aplicação de resultados e à emissão de empréstimos obrigacionistas até 400 milhões de euros.

A Assembleia Geral de acionistas da Mota-Engil aprovou esta sexta-feira a distribuição “imediata” aos acionistas de 5,175 cêntimos por ação, cativos de impostos, no valor global de 15.9 milhões de euros.

Na reunião magna realizada no Clube Universitário do Porto foi também aprovada a possibilidade de virem a ser entregues mais quase 5,3 milhões de euros no próximo outono (1,725 cêntimos por ação), caso o grupo venha a obter lucros superiores a 10,8 milhões nos primeiros seis meses deste ano.

“A distribuição adicional acima referida fica sujeita à condição de o resultado líquido consolidado atribuível ao grupo, a verificar no final do primeiro semestre de 2022, ser superior a 50% do resultado líquido consolidado atribuível ao grupo verificado no ano de 2021, isto é, ser superior a 10.820,5 milhares de euros”, lê-se no comunicado enviado à CMVM.

Na assembleia geral em que estiveram presentes representantes de 75,03% do capital social da empresa, além dos pontos relacionados com os resultados anuais, com a aplicação dos resultados ou com a política de remunerações, foi também aprovada a emissão de empréstimos obrigacionistas num montante global de 400 milhões de euros.

Numa nota enviada às redações, o grupo liderado por Gonçalo Moura Martins informa que todos os pontos levados à reunião tiveram votações favoráveis superiores a 98,4692% dos votos emitidos na assembleia, “merecendo destaque a aprovação, por unanimidade, do ponto relativo à apreciação do Relatório e Contas Consolidado do exercício de 2021”.

A construtora passou de prejuízos a lucros de 22 milhões de euros no ano passado, o que comparou com as perdas de 20 milhões em 2020. O volume de negócios cresceu 9%, para 2.656 milhões de euros, em termos homólogos, “com impacto muito positivo da performance no segundo semestre”. O EBITDA aumentou 8%, para 411 milhões de euros com margem de 15%, “o que permitiu crescer 30% no resultado operacional”.

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Partidos já apresentaram quase 300 propostas para mudar Orçamento

Para já, PAN, Livre, PCP e Chega apresentaram propostas de alteração ao Orçamento para 2022. O prazo acaba no final da próxima semana, podendo dar entrada ainda mais centenas de propostas.

Na primeira semana em que podiam entregar propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), os partidos entregaram 274 até às 17h30 desta sexta-feira. O número deverá subir significativamente na próxima semana, até 13 de maio, o último dia para entregar propostas, uma vez que partidos como o PS — que agora tem maioria absoluta –, PSD, Iniciativa Liberal e Bloco ainda não submeteram nenhuma alteração.

Até ao momento, o PAN, com a deputada única Inês Sousa Real, foi o partido que mais propostas de alteração ao OE2022 entregou. O Pessoas, Animais e Natureza entregou 96 propostas nesta primeira semana após ter optado por se abster na votação do Orçamento na generalidade. A expectativa do partido é que algumas destas medidas, que já tinham sido negociadas no OE2022 que foi chumbado em outubro do ano passado, venham a ser viabilizadas pelos socialistas.

No início da discussão da nova proposta do OE2022, Sousa Real avisou que “muito ficou de fora” da proposta do Governo. Em resposta, o primeiro-ministro disse que “seguramente na especialidade poderemos ter em conta as propostas que venha a apresentar”. No início desta semana ainda não estavam agendadas as reuniões setoriais entre o PAN e o Executivo, mas deverão acontecer nas próximas semanas.

Outro dos partidos com a expectativa de propostas viabilizadas pelos socialistas na especialidade é o Livre. O partido com o deputado único Rui Tavares entregou 17 propostas, onde se inclui um programa piloto para testar a semana de 4 dias de trabalho e o programa 3C – Casa, Conforto e Clima.

Com menos esperança deverão estar os comunistas que, ainda assim, já entregaram um elevado volume de propostas, à semelhança do que fizeram durante os seis anos em que a geringonça funcionou. O PCP entregou 82 propostas, mas ao contrário dos últimos anos o PS não precisa dos votos dos comunistas pelo que a maioria deve ser rejeitada.

Outro dos partidos que já entregou propostas (78) foi o Chega. O partido liderado por André Ventura também votou contra o OE2022 na generalidade.

O PS — que agora tem maioria absoluta –, PSD, Iniciativa Liberal e Bloco ainda não entregaram nenhuma proposta de alteração até ao momento. A exceção são os deputados da Madeira do PSD que já apresentaram uma proposta para prorrogar os benefícios fiscais da Zona Franca.

A votação na especialidade ocorre entre 23 e 26 de maio, com a votação final global marcada para 27 de maio.

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Governo faz pré-notificação da venda da Efacec a Bruxelas

Em paralelo com a notificação à DGComp, a concorrência europeia, o ministro das Finanças já pediu um plano B para a eventualidade de o negócio de venda da Efacec cair.

A 2 de julho de 2020, o Governo nacionalizou mais de 71% da Efacec, a 24 de fevereiro deste ano, o (novo) Governo anuncia um acordo de venda à DST, no passado dia 25 de março foi assinado o acordo formal entre o Estado e a empresa de engenharia liderada por José Teixeira e finalmente esta sexta-feira o Governo prepara-se para fazer uma “pré-notificação” da operação à Direção Geral da Concorrência (DGComp) europeia, uma condição precedente para a realização do negócio, revelaram ao ECO duas fontes que conhecem o dossiê. Mas as negociações com Bruxelas poderão prolongar-se ainda por meses antes de uma autorização formal.

Como o ECO revelou em primeira mão, numa sucessão de notícias nos últimos meses, o processo de venda da Efacec à DST passou por diversas fases, e em alguns momentos esteve mesmo em risco. O então ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, tinha fixado o final do ano de 2021 para um acordo, mas, com a campanha para as legislativas pelo meio, o primeiro-ministro ‘segurou’ um acordo. E percebe-se porquê. O Estado assumiu compromissos de capitalização da empresa e de uma linha de financiamento de longo prazo, através do Banco de Fomento, em mais de 160 milhões de euros, além de outras responsabilidades que ficam do lado do Estado.

De acordo com as informações reveladas a 24 de fevereiro, haveria “um período de reestruturação dos capitais próprios” da Efacec, podendo resultar “numa participação de até 25% na Efacec decorrente da capitalização pela Parpública”. Ou seja, a Efacec começaria por reduzir o capital, para depois o Estado o aumentar em 60 milhões de euros. Depois a própria DST injetava 81 milhões de euros e o Banco de Fomento avançava com uma linha de financiamento de quase-capital de 100 milhões de euros. Mas o processo arrastou-se nas últimas semanas, ao ponto de não haver condições para uma notificação a Bruxelas no quadro do regime de auxílios de Estado. Até hoje, mas mesmo assim a notificação será na prática uma pré-notificação, isto é uma comunicação prévia para uma primeira análise da DGComp, e se não forem suscitados pontos relevantes, o Governo avançará depois para uma notificação formal.

O que pode suceder neste quadro? A avaliação prévia de Bruxelas não tem prazo definido, mas as orientações da Comissão Europeia apenas referem um prazo limite geral de seis meses, embora uma fonte conhecedora destes processos antecipe que poderá ser um prazo mais curto. A notificação formal, se avançar, está sujeita a um prazo ordinário de dois meses numa primeira fase, e se não houver, entretanto, suspensões deste calendário por pedidos de mais informação. Em casos considerados mais complexos, como o que sucedeu com a TAP, a Comissão pode passar para uma segunda fase, de investigação aprofundada, que não tem prazo limite.

Este processo de notificação ocorre quando se aguardam os resultados da Efacec do primeiro trimestre de 2022, que terá sido pior do que o que consta do processo de venda, e isso poderá impactar os números finais do negócio. O Governo já comunicou formalmente a José Teixeira que não está disponível para mudar os termos do contrato — aliás, já foi entregue, por obrigação legal, à Autoridade de Concorrência portuguesa –, mas poderá haver escapatórias em função dos resultados da Efacec antes do chamado closing, isto é a efetivação da mudança de controlo acionista da empresa. Do lado da DST, o contrato assinado já estará ultrapassado pela realidade, e um dos temas que foi posto em cima da mesa nas discussões recentes com o Governo foi a responsabilidade sobre a emissão obrigacionista de 60 milhões de euros.

Oficialmente, nenhuma das partes faz comentários. Esta semana, houve uma reunião alargada no Ministério das Finanças, liderada por Fernando Medina e pelo secretário de Estado João Nuno Mendes, com a participação de José Teixeira, de Jaime Andrez da Parpública, da gestão do Banco de Fomento e dos diversos assessores financeiros e jurídicos do negócio, o que permitiu alinhar posições para a pré-notificação. Ainda assim, à precaução, o novo ministro das Finanças terá pedido à Parpública, a empresa que tem a participação na Efacec, um plano B a um eventual chumbo da operação em Bruxelas ou até mesmo em função de uma eventual desistência da DST nesta fase final do negócio, que ninguém espera, mas também ninguém exclui liminarmente.

Os resultados de 2021 já foram aprovados em conselho de administração: um prejuízo consolidado de 183,9 milhões de euros, um prejuízo operacional de gestão de quase 40 milhões e uma dívida líquida de 193 milhões de euros. Mas a assembleia geral de aprovação de contas ainda não foi sequer marcada, e aguarda-se por outro lado o apuramento dos resultados do primeiro trimestre. Uma fonte do ECO apontou para um prejuízo da ordem dos 50 milhões de euros, mas estes números não estão confirmados oficialmente.

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Grupo EDP brilha e PSI sobe quase 0,5%

Após duas sessões em baixa, o PSI valorizou esta sexta-feira. A EDP, apesar de ter revelado prejuízos no primeiro trimestre, viu as ações valorizarem quase 4%. Já os CTT desvalorizaram mais de 4%.

O PSI-20 valorizou 0,46% para os 5.816,29 pontos esta sexta-feira, após duas sessões em queda. A bolsa nacional beneficiou da subida das cotadas do Grupo EDP, assim como da Altri, BCP e Galp Energia. Já os CTT caíram depois de anunciarem uma quebra nos lucos.

Este desempenho da bolsa nacional foi em contraciclo com a Europa e com a tendência negativa em Wall Street a meio da sessão. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 1,5%. Nas principais praças europeias, o francês CAC 40 deslizou 1,4%, o espanhol IBEX caiu 1,3%, o britânico cedeu 1,2% e o alemão desvalorizou 1,4%.

Em Lisboa, oito cotadas fecharam no verde, uma inalterada e as restantes seis no vermelho.

O destaque vai para a EDP que, apesar de ter revelado prejuízos no primeiro trimestre, valorizou 3,96% para os 4,46 euros. As ações da elétrica nacional tinham caído na sessão anterior menos de 1%, mas recuperaram rapidamente esta sexta-feira. Além da EDP, também a EDP Renováveis valorizou 2,62% para os 21,23 euros.

Ainda nas subidas, a Altri somou 2,26% para os 6,8 euros, o BCP avançou 1,88% para os 14,62 cêntimos e a Galp Energia valorizou 1,6% para os 10,82 euros.

A travar maiores ganhos em Lisboa estiveram os CTT com uma queda de 4,14% para os 4,05 euros, negociando em mínimo de um ano, depois de terem anunciado uma quebra de 38% dos lucros no primeiro trimestre do ano. A empresa liderada por João Bento anunciou esta quinta-feira que o lucro no primeiro trimestre do ano recuou 38,1% para 5,4 milhões de euros, um desempenho justificado com a redução dos volumes no segmento de Correio e com o abrandamento do negócio de Encomendas e Expresso.

Ainda nas quedas, a Jerónimo Martins deslizou 2,72% para os 19,67 euros e a Greenvolt caiu 1,03% para os 6,74 euros.

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PS chumba audição do presidente da Câmara de Setúbal

  • Lusa
  • 6 Maio 2022

“Parece-nos que a resposta perante o órgão de fiscalização político de uma Câmara Municipal é a respetiva Assembleia municipal”, justificou o deputado do PS Pedro Delgado Alves.

O PS ‘chumbou’ esta sexta-feira a audição no parlamento do presidente da Câmara de Setúbal e aprovou a do ministro da Administração Interna e da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares sobre o acolhimento de refugiados ucranianos naquele município.

Os requerimentos para chamar o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, eleito pela CDU (PCP/PEV), foram apresentados pelo PSD, Chega, IL e PAN e chumbados com os votos contra dos deputados do PS e os votos favoravéis dos restantes partidos, incluindo o PCP. “Parece-nos que a resposta perante o órgão de fiscalização político de uma Câmara Municipal é a respetiva Assembleia municipal”, justificou o deputado do PS Pedro Delgado Alves.

A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias debateu e votou esta sexta vários requerimentos apresentados por PSD, Chega, IL, PCP e PAN para ouvir várias entidades sobre o acolhimento de refugiados ucranianos no município de Setúbal por funcionários alegadamente simpatizantes do regime russo.

Foram também aprovadas as audições do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e a da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, – que tem a tutela da Igualdade e Migrações – por unanimidade.

O semanário Expresso noticiou no passado dia 29 de abril que refugiados ucranianos foram recebidos na Câmara de Setúbal por russos simpatizantes do regime de Vladimir Putin e que responsáveis pela Linha de Apoio aos Refugiados estão a fotocopiar documentos dos refugiados, entre os quais passaportes e certidões das crianças.

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Preço dos alimentos recuou 0,8% em abril mas é 30% superior a 2021

  • Lusa
  • 6 Maio 2022

"Este pequeno declínio no índice é um alívio bem-vindo, sobretudo, para os países com baixos rendimentos e défice alimentar”, disse o economista-chefe da FAO.

O preço dos alimentos recuou 0,8% em abril, acompanhando a descida nos óleos vegetais e no milho, mas é 30% acima do verificado em 2021, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

Em abril, o índice de preços dos alimentos da FAO fixou-se assim em 158,4 pontos, uma descida de 0,8% em comparação com o mês anterior. Contudo, o valor permanece aproximadamente 30% superior ao registado em igual período do ano anterior.

“Este pequeno declínio no índice é um alívio bem-vindo, sobretudo, para os países com baixos rendimentos e défice alimentar”, considerou o economista-chefe da FAO, Máximo Torero Cullen, citado pela agência EFE. A evolução é justificada pela diminuição do valor dos óleos vegetais (5,7%).

Por sua vez, a queda de 3% no preço do milho contribuiu para a redução do preço dos cereais, limitado pelo bloqueio do trigo nos portos da Ucrânia, face à guerra. Ainda assim, o preço do arroz voltou a crescer perante o aumento da procura pela China, enquanto o do açúcar disparou 3,2% devido à baixa produção no Brasil, que é o maior exportador mundial deste bem.

Neste mês, o preço da carne voltou a bater um novo recorde, com um aumento de 2,2% devido à subida do número de focos de gripe das aves e à interrupção das exportações da Ucrânia. Já o valor dos laticínios e da manteiga também avançou perante a diminuição da oferta.

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