Lisboa segue ganhos da Europa. BCP avança 1,5%

Lisboa arranca a sessão desta quinta-feira com ganhos ligeiros, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias. Títulos do BCP sobem 1,5% e puxam por PSI.

A bolsa de Lisboa arranca a sessão desta quinta-feira com ganhos ligeiros, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias. A puxar pelo desempenho do PSI estão os títulos do BCP, que recuperam das perdas da sessão anterior.

O europeu Stoxx 600 soma 0,7%, a par com o britânico FTSE 100 e com o espanhol IBEX-35, enquanto o alemão DAX ganha 0,8% e o francês CAC-40 avança 1,1%. Lisboa acompanha o sentimento positivo vivido na Europa, com o PSI a avançar 0,38%, para 5.908,57 pontos.

A impulsionar o desempenho do índice de referência nacional estão o BCP e a EDP Renováveis. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya ganham 1,50%, para 14,92 cêntimos, após terem cedido mais de 3% na sessão anterior. Já as ações da EDP Renováveis somam 0,53%, para 22,91 euros, enquanto a “casa-mãe” valoriza 0,36%, para 4,466 euros.

Ainda pelo setor energético, a GreenVolt soma 1,76%, para 6,95 euros, ao passo que a Galp Energia soma 0,27%, para 10.995 euros, contrariando a queda das cotações de petróleo nos mercados internacionais.

Nota positiva também para as cotadas ligadas ao setor da pasta e do papel. A Altri avança 0,32%, para 6,28 euros; a Navigator ganha 0,83%, para 3,898 euros; e a Semapa valoriza 0,46%, 13,12 euros.

Em contraciclo, e a evitar ganhos mais expressivos no PSI, estão a REN e a Nos. As ações da elétrica cedem 0,17%, enquanto os títulos da empresa de telecomunicações recuam 1,14%.

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Meta surpreende nos utilizadores, mas desaponta nas receitas

Holding do Facebook fechou o trimestre com mais utilizadores do que o esperado em Wall Street, mas as receitas cresceram menos do que era previsto.

A Meta, dona do Facebook, ganhou mais utilizadores do que o esperado pelos analistas, mas as receitas no primeiro ficaram aquém do previsto.

No final de março, a empresa tinha 1,96 mil milhões de utilizadores nas suas aplicações, acima da previsão de 1,95 mil milhões. Pelo contrário, o número de utilizadores ativos por mês cifrou-se em 2,94 mil milhões, 30 milhões abaixo do estimado em Wall Street.

Os resultados foram apresentados pela tecnológica no final da sessão bolsista de quarta-feira. O grupo indicou que o lucro por ação fixou-se em 2,72 dólares, acima da previsão de 2,56 dólares, o que corresponde a um resultado líquido positivo de 7,5 mil milhões de dólares.

Porém, a holding do Facebook também foi penalizada pelas ondas de choque da guerra na Europa. As receitas totais cresceram 7%, para 27,91 mil milhões, aquém dos 28,2 mil milhões que eram esperados, segundo a Reuters.

À luz destes resultados, a empresa, que já perdeu metade do seu valor em bolsa desde o princípio do ano, viu os títulos dispararem 18,37%, para 207,08 dólares, nas negociações após o fecho dos mercados de capitais.

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Petróleo desvaloriza quase 1% para 104 dólares com preocupações com procura

Mercados continuam preocupados com a queda na procura por "ouro negro", especialmente na China, que é o maior importador de petróleo do mundo.

Os preços do petróleo estão a desvalorizar esta quinta-feira, numa altura em que os mercados estão preocupados com uma possível queda na procura pela matéria-prima, sobretudo por parte da China, que é o maior importador do mundo. Além disso, a Rússia estima que a produção de petróleo pode cair cerca de 17% este ano. O Brent e o WTI perdem quase 1%.

Perto das 8h00 em Lisboa, o barril de Brent, cotado em Londres, e que serve de referência às importações nacionais, cedia 0,73%, para 104,18 dólares. Enquanto isso, o WTI, negociado em Nova Iorque, recuava 0,68%, para 101,33 dólares.

Cotação do Brent em Londres:

Este desempenho acontece numa altura em que os mercados estão a avaliar a possibilidade de uma quebra na procura por petróleo, especialmente por parte da China, que tem implementado várias restrições devido à Covid-19, incluindo confinamentos generalizados.

Outra preocupação tem a ver com a redução do stock nos Estados Unidos. A Agência de Informação de Energia norte-americana (EIA, na sigla inglesa) referiu que o stock de petróleo aumentou apenas em 692 mil barris na semana passada, abaixo das expectativas, enquanto o stock de destilados, que inclui diesel e combustível de aviação, caiu para o nível mais baixo desde maio de 2008.

Além disso, a Rússia estima que a produção de matéria-prima pode cair 17% este ano devido às sanções que têm sido impostas pelo Ocidente a Moscovo. “Haverá um recuo na produção de petróleo? Haverá. Em que volume? 17%, um pouco menos, um pouco mais, é possível”, disse o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, esta quarta-feira. “Ainda é difícil avaliar”, acrescentou.

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Governo tem margem para negociar OE, mas não acredita em voto a favor do Bloco e PCP

  • ECO
  • 28 Abril 2022

Ministra Ana Catarina Mendes diz que há margem negocial, mas não acredita que os antigos parceiros de geringonça queiram mudar o seu sentido de voto (contra) sobre o novo Orçamento.

A ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares garante que “maioria absoluta não é poder absoluto” e abre a porta a negociações com os partidos com representação parlamentar. No entanto, em entrevista ao Público, diz que não acredita que os antigos parceiros de geringonça queiram mudar o sentido de voto (contra).

“Não acredito que o PCP e o BE votem este OE que não votaram em outubro”, afirma Ana Catarina Mendes, sinalizando que o novo documento “tem propostas que foram negociadas com o PCP” e que “o BE não quis participar nas negociações”. A antiga deputada garante ainda que este Orçamento “não é um OE da austeridade, nem de contração, antes pelo contrário”.

Ana Catarina Mendes deixa também críticas à tomada de posição dos comunistas sobre a guerra na Ucrânia: “O que é triste é mesmo a posição do PCP face a este conflito”, lamenta Ana Catarina Mendes, acrescentando que a posição dos comunistas a deixa “absolutamente perplexa”.

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Lisboa lidera pódio de melhores cidades para executivos em trabalho remoto. Algarve também faz parte do ranking

A completar o pódio está Miami e Dubai, respetivamente. E o quarto lugar do ranking da Savills é ocupado, novamente, por uma região portuguesa: o Algarve.

Lisboa lidera o ranking das melhores cidades para executivos a trabalhar à distância. O “clima solarengo”, o “baixo custo de vida” e a “Internet de alta velocidade” são os principais fatores que atraem para a capital portuguesa os executivos que se tornaram nómadas digitais com a pandemia. Segue-se Miami e Dubai e, em quarto lugar, o Algarve, revela um estudo da agência imobiliária Savills, divulgado esta quarta-feira pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

“A pandemia tem sido um catalisador para os executivos darem o salto da vida no escritório. Lisboa oferece as vantagens de viver na cidade, e os benefícios de estar na União Europeia”, refere Paul Tostevin, diretor de investigação mundial na Savills.

De acordo com o diretor empresa do ramo imobiliário em Lisboa, Ricardo Garcia, nem a capital portuguesa, nem mesmo o país, deverão abrandar o fluxo de trabalhadores remotos “tão cedo”, uma vez que, sobretudo, a capital portuguesa se tem vindo a afirmar como um hub de tecnologia.

“As empresas estão a mudar a sua sede para Portugal. A região está a tornar-se cada vez mais internacional e não vejo Lisboa ou Portugal a abrandar tão cedo”.

No ranking, embora fora do pódio, encontra-se ainda outra região portuguesa: o Algarve, que ocupa o quarto lugar. O clima, as praias e os acessos fáceis ao resto da Europa estimulam os investidores estrangeiros a comprarem casas para utilizarem durante todo o ano, não apenas no verão.

“As pessoas estão a tornar as suas casas de férias mais permanentes”, explica James Robinson, diretor de vendas da QP Savills, escritório da agência imobiliária no Algarve.

Miami e Dubai completam o pódio

Logo a seguir a Lisboa, está Miami, que ocupa o segundo lugar no índice da Savills. Os incentivos fiscais, a taxas de juro baixas e as políticas de trabalho remoto tornam a cidade da Florida um destino popular para os executivos nómadas digitais. Dubai, que é um centro de expatriação bem estabelecido, completa o pódio.

É de salientar, ainda, as pontuações elevadas que obtiveram Barbados (Caribe), Barcelona (Espanha) e Dubrovnik (Croácia). Não houve cidades asiáticas incluídas no ranking.

Para elaborar este estudo, a Savills classificou os 15 principais mercados residenciais pela forma como têm sido atrativos para trabalhadores remotos a longo prazo.

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Reforço do orçamento da Defesa “não se coloca” de momento, diz Jamila Madeira

  • ECO
  • 28 Abril 2022

Vice-presidente da bancada socialista afirma que reforçar o orçamento da Defesa é uma questão que, "neste momento, não se coloca".

O Presidente da República e o PSD pediram um reforço do orçamento para a Defesa, no contexto da guerra na Europa, mas isso não está, por agora, nos planos do Governo. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), a vice-presidente da bancada do PS rejeita esse aumento.

“O reforço do orçamento da Defesa é um discurso que está agora em curso e até daqui a um mês”, disse Marcelo esta quarta-feira, afirmando que, mais importante do que o número são os “equipamentos compatíveis” e a motivação das Forças Armadas. “E motivar significa que quem está no quadro permanente tenha condições apelativas para lá continuar”, acrescentou.

Contudo, do lado do Governo, reforçar o orçamento da Defesa é uma questão que não se coloca de momento. Em declarações ao Negócios, Jamila Madeira diz que o ministro das Finanças “deixou bem claro” que o Executivo não deixará de “assimilar responsabilidades que venham a ser potencialmente assumidas”, como no caso da NATO, mas que, “neste momento”, isso “não se coloca”.

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Hoje nas notícias: Orçamento, Defesa e trânsito

  • ECO
  • 28 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares não acredita que PCP e BE mudem o sentido de voto (contra) face à nova proposta de Orçamento do Estado para 2022. Já a vice-presidente da bancada parlamentar do PS garante que há “espírito dialogante”, mas afasta alterações nas medidas para fazer face ao impacto da guerra, nomeadamente na dotação para a Defesa. A pandemia veio trazer mudanças no trânsito, com os carros a circularem mais vezes por dia. E a NAV já admite que o tráfego aéreo ultrapasse o de 2019 neste verão.

Governo tem margem para negociar OE, mas não acredita que PCP e BE mudem sentido de voto

A ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares garante que “maioria absoluta não é poder absoluto” e abre a porta a negociações com os partidos com representação parlamentar, mas não acredita que os antigos parceiros de geringonça queiram mudar o seu sentido de voto. “Não acredito que o PCP e o BE votem este OE que não votaram em outubro”, afirma Ana Catarina Mendes, em entrevista ao Público, deixando ainda críticas à tomada de posição dos comunistas sobre a guerra na Ucrânia. “O que é triste é mesmo a posição do PCP face a este conflito”, lamenta.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado).

Jamila Madeira recusa reforço do orçamento da Defesa

A vice-presidente da bancada parlamentar do PS, Jamila Madeira, sinaliza que existe “espírito dialogante” no âmbito da discussão do Orçamento do Estado, que vai manter-se na discussão na especialidade. Mas defende que os impactos da guerra são, para já, limitados e, por isso, as medidas já previstas são suficientes. Numa entrevista, a socialista descarta também um reforço da dotação do orçamento da Defesa, como pedido pelo Presidente da República e pelo PSD. “Neste momento, não se coloca um reforço do orçamento da Defesa”, apontou.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Carros circulam mais e já não há horas de ponta

As horas de ponta desapareceram. Os carros circulam mais vezes por dia e fazem viagens mais curtas. Além disso, a flexibilidade horária do teletrabalho tem mantido os transportes públicos aliviados. O último relatório do IMT diz que, nas autoestradas, o número de carros a circular está muito próximo do período pré-pandemia. E nem o aumento dos combustíveis é suficiente para afastar os condutores das estradas.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

NAV admite que tráfego aéreo ultrapasse 2019 no verão

No primeiro trimestre, o tráfego aéreo controlado pela NAV Portugal ficou 15% abaixo do registado nos mesmos três meses de 2019. E, em abril, nos últimos sete dias, a diferença verificada na zona de Lisboa, em termos de média ponderada, era de 1,1% face ao mesmo período do ano que antecedeu a pandemia. “Há inclusive dias que já suplantaram o tráfego registado em 2019”, afirma Pedro Ângelo, administrador da empresa, que acredita que a retoma aconteça mais cedo do que o previsto.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Devoteam chega ao Porto e quer 75 milhões em volume de negócios ainda este ano

A Devoteam Portugal vai chegar ao Porto no próximo dia 5 de maio, com o objetivo de atingir um volume de negócios de 75 milhões de euros ainda este ano e chegar às 1.400 pessoas no país. A consultora tecnológica fundada como Bold por Bruno Mota vai instalar-se num espaço com cerca de 500 metros quadrados em open space, no Palácio dos Correios, na Avenida dos Aliados, onde trabalharão 50 pessoas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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Costa inicia hoje debate do Orçamento na generalidade

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

Primeiro-ministro vai estar no Parlamento para dar início ao debate da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade. Ao contrário da anterior, esta terá aprovação praticamente garantida.

O primeiro-ministro abre esta quinta-feira o debate parlamentar da proposta de Orçamento para 2022, em que a principal questão política relaciona-se com a amplitude das mudanças que a maioria absoluta socialista está disponível para introduzir na especialidade.

Ao contrário do que aconteceu nos anteriores sete orçamentos que António Costa apresentou na generalidade perante a Assembleia da República – o último, em outubro passado, foi rejeitado e abriu uma crise política -, desta vez, em consequência da vitória do PS com maioria absoluta nas eleições de 30 de janeiro, está praticamente assegurada a aprovação da proposta do Governo em votação final global no dia 27 de maio.

Por isso, a questão política coloca-se sobretudo no processo de especialidade, no sentido de saber que propostas de alteração a bancada socialista aceita introduzir no texto final do Orçamento.

O Orçamento do Estado para 2022 contém as principais medidas que faziam parte da proposta orçamental do Governo chumbada em outubro passado por PSD, Bloco, PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal. E inclui medidas que o anterior executivo minoritário do PS tinha negociado com a bancada comunista, como o aumento extraordinário das pensões até 1108 euros.

As medidas de aumento extraordinário das pensões, de desdobramento dos terceiro e sexto escalões do IRS, o aumento dos abonos de família, ou a subida das deduções do IRS jovem terão efeitos retroativos a 1 de janeiro deste ano.

Mas a discussão do Orçamento vai ocorrer numa conjuntura de instabilidade económica e financeira internacional em consequência da intervenção militar russa na Ucrânia, que agravou uma tendência de subida da inflação que já se vinha registando desde o segundo semestre do ano passado.

Perante o aumento da inflação e a ausência de compensações em matéria salarial, o PSD concluiu que a proposta orçamental do Governo representa uma “austeridade encapotada”. O Bloco de Esquerda e o PCP têm exigido que seja reposto já o poder de compra dos trabalhadores da administração pública e dos pensionistas.

Confrontado com estas reivindicações de partidos da oposição, mas também de sindicatos, o primeiro-ministro tem argumentado que por essa via o país corre o risco de entrar numa “espiral inflacionista”.

Na resposta a estas pressões, António Costa invocou o que aconteceu ao país nos anos 70 e 80 do século passado para recusar um caminho em que as compensações salariais “seriam imediatamente consumidas por novos aumentos da inflação”. Em alternativa, o líder do executivo defendeu uma estratégia de ataque às causas do aumento dos preços, principalmente bens energéticos e agroalimentares, e diz acreditar que a atual trajetória de aumento da inflação é transitória.

No plano macroeconómico, a incerteza provocada pela guerra na Ucrânia levou o Governo a cortar o crescimento para 4,9% e a lançar medidas de 1.800 milhões de euros para mitigar a escalada de preços.

A equipa das Finanças, liderada por Fernando Medina, prevê uma redução da dívida pública para 120,7% do Produto Interno Bruto (PIB) face aos 127,4% registados em 2021 e uma descida do défice orçamental para 1,9% do PIB, uma revisão em baixa face aos 3,2% previstos em outubro.

A proposta orçamental mantém a estimativa de taxa de desemprego de 6% para este ano e que significou uma revisão em baixa face aos 6,5% previstos em outubro.

Na terça-feira, na audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF) que antecedeu o debate da proposta na generalidade, o ministro das Finanças defendeu que a proposta do Orçamento está baseada numa estratégia de consolidação das contas públicas e que isso representa o “melhor” escudo protetor perante a incerteza.

Perante as questões dos deputados sobre a previsão de redução do défice num ano em que a disciplina orçamental de Bruxelas ainda se mantém suspensa, Fernando Medina argumentou que “partir para este ano e para os próximos anos que se avizinham com um défice orçamental no limite do que está definido nas regras europeias e sem uma estratégia ativa e rigorosa de redução de dívida pública era colocar o país numa situação de risco”.

Medina sustentou que uma estratégia de consolidação irá permitir ganhar margem orçamental para numa situação de maior abrandamento da economia, caso se registe, o país não ser obrigado a políticas de austeridade.

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Após escalada, preços do gás natural aliviam 5% na Europa

No rescaldo do corte no abastecimento a dois países europeus pela Gazprom, os preços do gás natural na Europa aliviam cerca de 5% esta quinta-feira.

Os preços do gás natural na Europa aliviam esta quinta-feira, no rescaldo da decisão da Gazprom de cortar o abastecimento à Polónia e à Bulgária. Depois de uma subida na quarta-feira, que chegou a superar os 20% ao início da manhã, os futuros de referência TTF para entrega em junho recuavam cerca de 5% às 7h20 desta quinta-feira, transacionando a 102,25 euros por MWh (megawatt-hora), segundo dados da Barchart.

Na quarta-feira, a Gazprom, um grupo estatal russo, anunciou ter cortado o fornecimento aos dois países europeus por estes se recusarem a pagar o gás russo em rublos, uma exigência de Moscovo. O ultimato tinha sido feito pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no final de março, mas a União Europeia recusa fazê-lo, dado que o pagamento em rublos esbarra nas sanções ocidentais contra o Kremlin, por causa da invasão à Ucrânia.

Para já, o corte no abastecimento estará limitado à Polónia e à Bulgária. A situação é mais preocupante neste último país, dado que 90% do gás que consome tem origem na Rússia. Ainda assim, de acordo com a Reuters, esta quinta-feira de manhã, a Rússia continuava a abastecer a Europa por gasoduto através da Ucrânia.

Apesar dos avisos dos governos europeus, algumas empresas do continente já terão cedido à exigência de Moscovo. A Bloomberg noticiou na quarta-feira que quatro empresas europeias pagaram gás russo em rublos e que, no total, pelo menos uma dezena de empresas já abriram conta no Gazprombank, o ramo financeiro do grupo Gazprom que é responsável pela conversão dos euros e dólares em rublos, antes da liquidação do pagamento.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta quinta-feira, o Parlamento vai debater o Orçamento do Estado. A marcar o dia está ainda a apresentação de resultados da Jerónimo Martins e os dados sobre o comércio internacional.

O Parlamento vai começar a debater na generalidade o Orçamento do Estado. A marcar o dia está ainda a apresentação de resultados referentes ao primeiro trimestre da Jerónimo Martins e a leitura da sentença do caso que ficou conhecido como o cartel da banca. Lá fora, a Comissão Europeia divulga os indicadores de Sentimento Económico e do Clima de Negócios.

Parlamento começa a debater Orçamento do Estado

Arranca a discussão na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2022, na Assembleia da República. Esta discussão do documento por parte dos deputados segue-se às audições dos ministros das Finanças e do Trabalho, e culmina na votação da proposta na generalidade, esta sexta-feira.

Jerónimo Martins apresenta resultados

A Jerónimo Martins tem marcada para esta quinta-feira a apresentação dos resultados do primeiro trimestre, após o encerramento do mercado. No ano passado, a dona do Pingo Doce e da Biedronka viu o resultado líquido crescer 48,3%, para 463 milhões de euros. No ano anterior, o primeiro da pandemia, a retalhista alimentar tinha lucrado 312 milhões de euros.

É conhecida sentença no caso “cartel da banca”

Decorre esta quinta-feira a leitura da sentença do caso que ficou conhecido como o “cartel da banca”, no Tribunal da Concorrência em Santarém. Estão envolvidos neste processo 14 bancos, que enfrentam coimas da Autoridade da Concorrência que podem ascender a 225 milhões. Em causa estão práticas anticoncorrenciais no mercado de crédito que prejudicaram os consumidores durante 11 anos.

INE divulga evolução do comércio internacional

O Instituto Nacional de Estatística dá a conhecer as estimativas rápidas para as estatísticas do Comércio Internacional durante o primeiro trimestre deste ano. Os últimos dados, relativos ao mês de fevereiro, mostraram que as importações cresceram o dobro das exportações antes da guerra na Ucrânia.

Como está o sentimento económico na UE?

A Comissão Europeia publica o Indicador de Sentimento Económico, bem como o Indicador que mede o Clima de Negócios, referentes ao mês de abril. Dados surgem num contexto de inflação acelerante na maior parte das principais economias da União Europeia, com a saída da pandemia e o impacto da guerra na Ucrânia.

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Lítio “desembarga” investimento da Aveleda em Ponte de Lima

Aveleda retoma plano de expansão na região dos Vinhos Verdes, que engloba mais 70 hectares e outros 3,5 milhões de euros, após Direção-Geral de Energia travar exploração de lítio na Serra d’Arga.

Em julho de 2018, a Aveleda começou a plantar na aldeia de Cabração, no concelho de Ponte de Lima, aquela que era anunciada como a futura maior vinha da região dos Vinhos Verdes, com um potencial de 200 hectares no total até 2020, fruto de um investimento avaliado em sete milhões de euros. No entanto, embora a empresa já tenha ali aquela que é a sua maior parcela de vinha, o projeto acabou por não passar dos 70 hectares, uma vez que, já depois da primeira plantação, essa zona no sopé da Serra D’Arga, a 19 quilómetros do Atlântico, acabou por ser identificada como uma das que teria potencial para a exploração de lítio, obrigando o grupo a suspender os planos de expansão.

Fevereiro de 2022: numa fase de transição governativa, já depois do PS assegurar uma maioria absoluta nas legislativas antecipadas, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática informou que a Avaliação Ambiental Estratégica promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) concluiu que na área da Serra d’Arga — abrange os concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo e Ponte de Lima, num total de dez mil hectares de área –, “as restrições ambientais inibem a prospeção e consequente exploração” de lítio, ficando assim esta zona fora do objeto do futuro concurso.

Em declarações ao ECO, o co-CEO e administrador da Aveleda, Martim Guedes, confirma que a segunda parte do investimento, avaliada em perto de 3,5 milhões de euros, está “em condições” de ser retomada depois desta clarificação, nos moldes em que tinha sido planeada inicialmente. “Vamos retomar a plantação dos outros 70 hectares de vinha. Dá-nos essa previsibilidade de que a vinha não vai ser expropriada para ali fazer minas de lítio. Foram notícias excelentes para nós, por podermos avançar com o investimento, e pela própria Serra d’Arga, que, de facto, tem um valor ambiental e de biodiversidade extraordinário. Falo até pessoalmente: ia-me custar imenso ver aquilo transformado numa mina a céu aberto”, sublinha o empresário.

Vamos retomar a plantação dos outros 70 hectares de vinha. Dá-nos essa previsibilidade de que a vinha não vai ser expropriada para ali fazer minas de lítio.

Martim Guedes

Co-CEO da Aveleda

O grupo fundado em 1870 e sediado em Penafiel, que tem também presença no Douro, na Bairrada e no Algarve, estabeleceu no plano estratégico desenhado em 2014 o objetivo de triplicar para 600 hectares a área de vinha nos Verdes, em que é o maior produtor e em que se destaca com a marca Casal Garcia, passando a ser “largamente” o maior proprietário nessa região. Martim, que partilha a liderança executiva com o primo António, ambos da quinta geração da família Guedes, justifica essa aposta “não só por uma questão de redução da dependência económica de fornecedores, mas sobretudo por uma questão de qualidade, para [conseguir] controlar a qualidade de uma maior percentagem do vinho que [vende]”.

Em 2021, a Aveleda atingiu um novo recorde de vendas, no valor de 44 milhões de euros, com um crescimento homólogo de 8%. E no orçamento para este ano tem previsto um aumento da faturação para 47 milhões de euros, mantendo nesta fase o “otimismo” quanto ao cumprimento dessa meta. No último exercício, que terminou com um total de 173 colaboradores, mais 21 do que no último, contabilizou 21,5 milhões de garrafas produzidas nas linhas de enchimento do grupo.

Polónia a emergir, Rússia a imergir

Do Minho ao Algarve, outro grande investimento está em curso no projeto Villa Alvor, aos pés da Serra de Monchique, onde em 2019 adquiriu metade da antiga Quinta do Morgadio da Torre e tem “um plano muito faseado de aumentar entre 5 a 10 hectares de vinha todos os anos”, planeando chegar a 30 hectares. Já a outra componente do projeto, que engloba aquela que ambiciona vir a ser a maior unidade de enoturismo algarvia e que inclui a construção de uma nova adega, está a “demorar mais um bocadinho”.

“Tivemos mais dificuldades ao nível das aprovações e também tivemos algumas surpresas nos estudos técnicos. O projeto está a demorar mais um bocadinho, mas vamos avançar. Estamos nesta fase a submeter o projeto de arquitetura. Não desistimos dessa ambição de criar a maior unidade de enoturismo do Algarve. Qual o novo prazo? É difícil responder, depende das aprovações. Mas se conseguirmos começar a construir daqui a um ano seria bom”, aponta Martim Guedes.

Já incluído no planeamento, outro “investimento significativo” será feito na Quinta Vale D. Maria, no Douro, que o grupo comprou em 2017 ao primo Cristiano van Zeller. Por um lado, envolverá a área produtiva, ao nível de linhas de enchimento e das estruturas de vinificação; por outro lado, incluirá uma vertente imobiliária, com a reconstrução e requalificação de algumas casas degradadas que pertencem a esta conhecida propriedade localizada no vale do Rio Torto.

A Aveleda, que já admitiu que irá voltar a subir os preços dos vinhos em 2022, exporta 70% da produção, com Estados Unidos, Alemanha e Brasil a figurarem como os três maiores mercados externos. Um dos mercados com maior crescimento no ano passado, onde encaixou mais de um milhão de euros, foi a Polónia, que ajudou a dar “mais alguma diversificação” no negócio internacional. Questionado sobre se a instabilidade provocada pela guerra no Leste europeu poder afetar o comportamento de consumo, admite que já se nota “alguma retração e mais algum receio por parte dos clientes, como é natural”.

E a Rússia? “Tentámos durante muitos anos. No ano passado, finalmente conseguimos ter uma trajetória de sucesso e faturámos praticamente 200 mil euros no mercado russo. Estava a começar a despertar e agora teve aqui um revés muito grande. Para a Ucrânia nunca vendemos nada de significativo, por isso em termos de volume de negócio não tem impacto direto. Tem [um efeito] indireto, por tudo o que se passa no mundo”, contextualizou Martim Guedes.

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App 29k da Fundação José Neves quer ajudar jovens a lidar com stress. Já tem 25 mil utilizadores

A app adicionou novas ferramentas para ajudar os jovens dos 15 aos 20 anos a lidarem com as adversidades e o stress, de forma a melhorarem o seu bem-estar e saúde mental.

A aplicação portuguesa 29k da Fundação José Neves (FJN) adicionou novas ferramentas para ajudar os jovens dos 15 aos 20 anos a lidarem com as adversidades e o stress, de forma a melhorarem o seu bem-estar e saúde mental. A cantora Nenny, o bailarino António Casalinho são os novos embaixadores da 29k. A app já alcançou os 25 mil utilizadores registados.

A aposta da app nos mais jovens é “mais um passo importante para que o programa de desenvolvimento pessoal da FJN possa chegar a todos os portugueses”, começa por dizer Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves.

“Existe um problema de saúde mental nas faixas etárias mais jovens que não pode ser ignorado. A juventude é uma fase desafiante, na qual as mudanças físicas, emocionais e sociais tornam os jovens particularmente vulneráveis ao desenvolvimento de problemas de saúde mental. A app 29k FJN é uma ferramenta que os pode ajudar a lidar com os seus problemas e frustrações. Está comprovado que quando bem utilizada pode gerar um impacto duradouro e muito positivo”, acrescenta, em comunicado.

Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José NevesRicardo Castelo

Dados da Organização Mundial da Saúde demonstram que, a nível mundial, a prevalência de jovens com é doença mental é de cerca de 20%, e continua a crescer. Atualmente, estima-se que um em cada sete jovens (entre os 10-19 anos) tem problemas de saúde mental e que o suicídio é a quarta principal causa da morte de jovens dos 15 aos 29 anos.

“A adolescência é uma fase de transformação das nossas emoções, em que muitas vezes experienciamos períodos de sofrimento e em que existe o risco de podermos desenvolver problemas de saúde mental. Acreditamos que através do desenvolvimento pessoal podemos promover um melhor bem-estar e uma melhor saúde mental”, explica Pedro Morgado, vice-presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho e coordenador científico da aplicação 29k FJN.

“A aplicação 29k FJN desenvolveu cursos dedicado aos jovens dos 15 aos 20 anos porque acreditamos que se promovermos a saúde mental e o desenvolvimento pessoal nesta faixa etária podemos verdadeiramente construir um futuro mais saudável e um futuro mais feliz”, salienta.

Os três cursos direcionados para os mais jovens — “Lidar com o stress”, “Construir relações” e “Sê teu amigo” — têm como embaixadores vários jovens portugueses, entre os quais a cantora Nenny, o bailarino António Casalinho.

Veja aqui os vídeos com as declarações dos embaixadores jovens.

A app da Fundação José Neves é gratuita, está disponível para iOS e Android e pode ser descarregada através deste link.

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