Generali SpA tem 3ª baixa no conselho de administração em Itália

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2022

Administradora independente e elemento do board do grupo segurador, Sabrina Pucci renunciou por motivos pessoais. É a terceira em poucas semanas a sair do conselho de administração sediado em Trieste.

Sabrina Pucci, administradora independente e membro de órgãos sociais da Assicurazioni Generali (Remuneration and Appointments and Risk and Control Committees) apresentou renúncia de funções ao Conselho de Administração da Generali “por motivos pessoais,” informa uma nota publicada no sítio eletrónico companhia italiana que desenvolve atividade em Portugal. No comunicado, Gabriele Galateri di Genola, chairman do board agradece à administradora demissionária pela “importante contribuição” dada à companhia ao longo de 9 anos de serviço prestado como administradora.

A resignação de Sabrina Pucci eleva para três o número de personalidades com assento no board e que saíram ou interromperam funções em menos de duas semanas.

Francesco Gaetano Caltagirone, segundo maior acionista individual da Generali SpA deixou o conselho de administração a 13 de janeiro, seguido dias depois pelo representante de Leonardo del Vecchio, terceiro maior investidor na estrutura acionista da sociedade. Segundo reportou a agência Reuters, o regulador italiano do setor financeiro respondeu a uma questão colocada por Caltagirone. Após concluir uma revisão aos procedimentos sobre nomeações, a Consob (regulador italiano do mercado financeiro) afirma que o processo existente na Generali (modelo e prática) é legítimo.

A Generali vai reunir a administração no próximo dia 14 de março para analisar e aprovar as contas de 2021. Depois, a 29 de abril, os acionistas irão votar, em AG anual, as contas da casa-mãe e eleger novo Conselho de Administração. A agitação no seio do board é motivada por alegadas discordâncias – materializadas num pacto de acionistas – relativamente à estratégia prosseguida pela equipa de Philippe Donnet, atual presidente executivo (CEO) do grupo Generali. O presidente executivo em funções foi eleito em maio de 2019 e poderá ser reconduzido na reunião geral agendada para 29 de abril próximo.

Tendo a Tranquilidade como marca e negócio principal em Portugal, a seguradora italiana celebrou 190 anos de história no ano passado. O grupo emprega mais de 72 mil pessoas pelo mundo, desenvolve atividade em meia centena de países e, em 2020, consolidou perto de 71 mil milhões de euros de receita em prémios de seguro.

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Aeroportos portugueses movimentaram 22,4 milhões de passageiros em 2021

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

O número de passageiros está 36,5% acima do verificado em 2020, mas inferior em quase 60% a 2019.

Os aeroportos nacionais movimentaram 22,4 milhões de passageiros no ano passado, de acordo com dados provisórios da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), um valor 36,5% acima do verificado em 2020, mas inferior em quase 60% a 2019.

Do total de passageiros, explicou a ANAC no seu site, foi anulada a duplicação dos transportados no tráfego doméstico.

No dia 18 de janeiro, a Vinci, que detém a ANA – Aeroportos de Portugal, reportou que os aeroportos portugueses movimentaram 24,8 milhões de passageiros em 2021, um valor superior em 39% a 2020, mas inferior em 58% em relação a 2019, antes da pandemia.

Na mesma nota publicada esta quinta-feira, a ANAC detalhou que, em dezembro, a TAP perdeu 44,3% de passageiros em relação ao mesmo mês de 2019, com 737.948, sendo que este valor representa uma subida de 145,7% face a 2020.

A Ryanair, por sua vez, registou uma queda de 21,4% face a dezembro de 2019, e um crescimento de 215,6% em relação a 2020, com 542.246 passageiros.

Em sentido contrário, a easyJet, com 270.461 passageiros, conseguiu um aumento de 6,1% em relação a 2019 e de 271,4% face ao mesmo mês de 2020.

Também a Lufthansa, que fechou dezembro com 70.075 passageiros, obteve um crescimento face a 2019 de 7,2% e de 263,0% em relação a 2020.

A portuguesa Sata Air Açores atingiu os 41.564 passageiros, o que representa crescimentos de 16,5% face a 2019 e de 121,3% em relação a 2020.

No dia 18 de janeiro, a Vinci explicava num comunicado que, “em Portugal, o tráfego nos aeroportos regressou no quarto trimestre de 2021 a um nível equivalente a 73% do tráfego no mesmo trimestre de 2019 (mais 3,2 vezes em relação ao quarto trimestre de 2020), com um aumento de quase 19 pontos em comparação com o trimestre anterior”.

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iPhone vai passar a aceitar cartão de crédito

A Apple vai tornar o iPhone num terminal de pagamentos sem a necessidade de equipamento externo, através da tecnologia de pagamento contactless, via chip NFC. Funcionalidade ameaça a fintech Square.

A Apple está a planear lançar um serviço que irá transformar o iPhone num terminal de pagamento para os pequenos negócios, sem a necessidade de qualquer equipamento externo, segundo fontes da Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

O sistema irá, alegadamente, fazer uso do chip NFC (Comunicação por campo de proximidade – sigla inglesa) presente no iPhone, e usado atualmente com o Apple Pay. A tecnologia foi inicialmente desenvolvida pela startup canadiana Mobeewave, de modo a permitir aos smartphones aceitarem pagamentos com um toque do cartão de crédito. A Apple, alegadamente, contratou a Mobeewave em 2020 por 100 milhões de dólares (cerca de 89 milhões de euros ao câmbio atual) para desenvolver a funcionalidade.

Atualmente, os retalhistas podem aceitar pagamentos no seu iPhone através de um terminal externo conectado via Bluetooth ao smartphone, um método utilizado pela atual líder de mercado, a empresa de serviços financeiros Square (Block Inc).

A tecnológica norte-americana ainda não confirmou se a nova funcionalidade estará integrada no Apple Pay, ou se esta irá ser aberta a qualquer aplicação de pagamentos. As ações da Block Inc já reagiram ao anúncio e caíram 3,4%, enquanto a Apple cresceu 2,1%, na manhã de quinta-feira. Tanto a Apple como a Block Inc recusaram-se a comentar as alegações.

Segundo as fontes mencionadas, a Apple poderá lançar a nova funcionalidade mediante uma atualização de sistema nos próximos meses, sendo que a Samsung, antes de vender a startup à tecnológica norte-americana, já usa esta funcionalidade desde 2019.

Em 2019 a Apple lançou o seu próprio cartão de crédito nos Estados Unidos junto do grupo financeiro Goldman Sachs, como parte de uma crescente aposta nos serviços de pagamento. A empresa está ainda, alegadamente, a desenvolver um serviço para o Apple Pay “compre agora, pague depois”, permitindo aos utilizadores o pagamento de compras via prestações.

 

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Falta de portaria leva ANA a processar Leão

  • ECO
  • 27 Janeiro 2022

Pedro Nuno Santos deu luz verde a uma taxa de segurança para a gestora dos aeroportos, mas João Leão ainda não publicou a portaria que a regulamenta. A ANA cansou-se de esperar e processou o ministro.

A concessionária dos aeroportos nacionais, a ANA, decidiu avançar com uma ação cível contra o ministro das Finanças, João Leão, e o Ministério das Finanças por não publicar uma portaria para aumentar a taxa de segurança, segundo o Expresso. A proposta do regulador, a ANAC (Autoridade Nacional de Aviação Civil) para esse aumento foi aprovada pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, há quase um ano, mas Leão ainda não a concretizou numa portaria.

O semanário avança que o aumento de 50 cêntimos da taxa de segurança dos aeroportos vale 13 milhões de euros para a Aeroportos de Portugal (ANA), controlada pelos franceses da Vinci, sendo cobrada aos passageiros. Perante a falta da publicação da portaria em Diário da República que concretize esse aumento, a empresa decidiu processar Leão a título individual, o que é inédito pelo que pode fazer “jurisprudência” para futuros processos.

A proposta foi feita pela ANAC, o regulador do setor da aviação, e previa o pagamento de retroativos a 1 de janeiro de 2021. Em março do ano passado, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação aprovou a proposta do aumento da taxa de segurança e passou o processo ao Ministério das Finanças para elaborar a portaria. Mas, relata o Expresso, Leão relegou-o para segundo plano, sem responder, como tem feito com outros processos.

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Agrimútuo realiza conferência sobre o papel das cooperativas na Constituição

  • ECO
  • 27 Janeiro 2022

Qual o papel do setor cooperativo na Constituição Portuguesa? É o tema do debate promovido pela Agrimútuo na conferência que contará com a participação do Jorge de Miranda e João Costa Pinto.

A Agrimútuo realiza esta sexta-feira uma conferência que vai debater “O Papel do Setor Cooperativo na Constituição Portuguesa”. O evento vai ter lugar a partir das 9h30 e decorrerá no Centro Pastoral de Torres Vedras, em Torres Vedras, e poderá ser acompanhada também em livestreaming no site da federação.

Entre outros participantes, a conferência vai contar com a participação do constitucionalista Jorge Miranda e o economista e antigo vice-presidente do Banco de Portugal João Costa Pinto, enquanto oradores principais.

Seguir-se-á um painel de debate com Paulo Câmara (Sérvulo & Associados), Filipe Cassiano dos Santos (Universidade Coimbra), Hélder Sousa e Silva (Associação Nacional de Municípios Portugueses) e que será moderado por Pedro Rebelo de Sousa (SRS Advogados).

É a segunda de um ciclo de cinco conferências “Um membro, um voto” que conta com o ECO na organização e que têm como objetivo promover a investigação, o debate e a difusão de experiências ao nível europeu da banca cooperativa, assim como otimizar as relações com os supervisores e os seus pares do sistema financeiro.

Eis o programa completo:

09h30 – Boas-vindas: António José dos Santos (CCAM de Torres Vedras) e António Costa (ECO)

09h45 – 1º Orador principal: Jorge Miranda (Constitucionalista, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e da UCP)

10h15 – 2º Orador principal: João Costa Pinto (Economista)

10h45 – Painel/Debate: Paulo Câmara (Sérvulo & Associados), Filipe Cassiano dos Santos (Universidade Coimbra), Hélder Sousa e Silva (Associação Nacional de Municípios Portugueses), com a moderação de Pedro Rebelo de Sousa (SRS Advogados)

12h00 – Comentário final: António Costa (ECO)

12h15 – Encerramento: Laura Rodrigues (C.M. de Torres Vedras), Manuel José Guerreiro (CCAM de Torres Vedras) e Manuela Nina Jorge (PCA da Agrimútuo)

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Empate técnico ou vitória do PS, o que dizem as últimas sondagens?

Barómetro da Católica coloca as intenções de voto no PS nos 36% e PSD nos 33%, enquanto sondagem do ICS e do ISCTE aponta para um empate técnico.

A três dias das eleições legislativas, as mais recentes sondagens apontam para uma ligeira vantagem do PS, embora um dos barómetros mostre um empate técnico. A sondagem da Universidade Católica para o Público, RTP e Antena 1 indica que 36% das intenções de voto são no PS, e o PSD fica nos 33%, enquanto o inquérito feito pelo ISCTE/ICS para a SIC e Expresso aponta para um empate técnico entre PS e PSD, apesar de indicar uma ligeira vantagem para os socialistas.

A sondagem da Universidade Católica, cujo inquérito foi realizado entre 19 e 26 de janeiro, aponta então o PS com 36% das intenções de voto, percentagem que representa, ainda assim, uma queda de um ponto percentual face à semana anterior. Já o PSD mantém-se nos 33%. O Bloco de Esquerda, o Chega e a Iniciativa Liberal figuram ambos com 6% das intenções de voto, enquanto a CDU conta com 5% das intenções de voto, e o CDS-PP, Livre e PAN com 2%.

Este barómetro, para o qual foram obtidos 2.192 inquéritos válidos, indica assim que a esquerda deverá assegurar uma maioria parlamentar de 49%, o que compara com os 47% que são estimados para a direita.

Quanto à sondagem do ICS e do ISCTE, cujo trabalho de campo ocorreu entre 18 e 24 de janeiro, esta mostra um cenário ligeiramente diferente. Atribui 35% das intenções de voto ao PS, e 33% ao PSD, o que já poderia levar a um empate técnico. É de sublinhar que a vantagem do PS, sobre o PSD, não será estatisticamente significativa, segundo indicam, devido às margens de erro associadas.

Neste inquérito, onde foram contactados 3.663 indivíduos elegíveis e validadas 1.003 entrevistas, Chega, Iniciativa Liberal e CDU surgem com intenções de voto de 6% e o BE de 5%. Já o PAN poderá arrecadar 2% dos votos, e o CDS e o Livre 1%. Quanto aos possíveis cenários para depois das eleições, o PS, CDU, BE, Livre e PAN totalizam 49% das intenções de voto, enquanto PSD, Iniciativa Liberal e CDS contam com 40%.

(Notícia atualizada às 20h36)

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Milhares de condutores arriscam ficar sem seguro automóvel no Reino Unido

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2022

Por causa de um imbróglio envolvendo a MCE UK e a jurisdição de seguros de Gibraltar, mais de 100 mil titulares de seguro automóvel arriscam perder proteção no Reino Unido.

A MCE Insurance Company, um dos maiores operadores britânicos no ramo seguro automóvel, em particular no segmento de motociclos, prepara-se para cancelar um bloco de 105 mil apólices ainda válidas, depois de ter sido colocada sob a alçada do regulador na jurisdição de Gibraltar, em novembro de 2021.

O aviso, lançado por Martin Lewis, fundador do Money Saving Expert (um site de informação financeira para consumidores), indica que os titulares de apólices que cobrem automóveis ligeiros de passageiros e pequenos comercias serão especialmente afetados, mesmo após promessa da MCE de que honraria as responsabilidades com as coberturas contratualmente em vigor.

Recomendando que os lesados façam por adquirir novos seguros, Lewis afirma que, em relação às apólices adquiridas antes de 9 de novembro de 2021, as coberturas deixaram de ser efetivas para os carros e comerciais a 14 de janeiro, enquanto motos e scooters perdem a respetiva proteção no dia 31 de janeiro. O especialista adianta ainda que o FDCS, serviço que gere o mecanismo britânico de compensação financeira, reembolsará os afetados em 90% do valor pro rata relativo aos meses que teriam direito à proteção de seguro, o mesmo acontecendo às indemnizações que alguns esperam receber de participações de sinistro.

No entanto, depois de em novembro a Gibraltar Financial Services Commission, organismo de supervisão naquela jurisdição, ter colocado a MCE Insurance sob administração das autoridades, a MCE UK encontra-se agora enredada num embaraço regulatório, que afeta sobretudo a MCE Insurance Ltd, uma corretora do grupo entretanto redenominada GR Ltd e que, reafirmando não estar sob o procedimento regulamentar decretado no rochedo britânico, quer – através de um acordo com a Sabre Insurance – proceder a reajustamentos nas apólices MCE vendidas no Reino Unido, reporta o site da Insurance Business Magazine.

Em Gibraltar, a MCE foi colocada sob gestão conjunta de dois administradores, Andrew Stoneman e Geoff Bouchier, da consultora Kroll. Esta confirma que a MCE UK não está abrangida pelo decreto do regulador de Gibraltar, mas também não concorda que a operadora britânica proceda a alterações nos contratos de seguro da MCE.

No Reino Unido, a GR Ltd cessou subscrição de novos seguros no início de novembro e o regulador britânico (FCA) deliberou que as apólices existentes se mantêm válidas até à data em que poderiam renovar.

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Assembleia Municipal de Lisboa aprova orçamento de 2022 com abstenção de PS e PAN

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

Na terça-feira, a Câmara de Lisboa aprovou o orçamento municipal para 2022, que prevê uma despesa de 1,16 mil milhões de euros, ligeiramente superior à do ano anterior (1,15 mil milhões).

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta quinta-feira a proposta de orçamento para 2022, com votos a favor de PSD, CDS-PP, MPT, PPM, Aliança e Iniciativa Liberal, a abstenção de PS e PAN e os votos contra dos restantes deputados.

Entre os 75 deputados municipais que integram este órgão deliberativo da cidade de Lisboa, o orçamento e as grandes opções do plano para 2022-2026 foram viabilizados com 30 votos a favor, nomeadamente dos 27 eleitos da coligação de direita “Novos Tempos” – PSD (17), CDS-PP (sete), MPT (um), PPM (um) e Aliança (um) -, dos três da Iniciativa Liberal (IL), e 28 abstenções de todos os deputados do PS (27) e do PAN (um).

Votaram contra 17 deputados, designadamente cinco do PCP, quatro do BE, três do Chega, dois do PEV, um do Livre e dois independentes do movimento político Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

Antes desta reunião pública da Assembleia Municipal de Lisboa, dedicada à discussão e votação do orçamento, o representante dos deputados do PS já tinha antecipado a posição de abstenção, mas sem implementar a disciplina de voto, defendendo a viabilização da proposta orçamental, uma vez que a coligação de “Novos Tempos” não tem maioria absoluta neste órgão deliberativo, para o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), “não ter álibi para não governar”.

A aprovação da proposta de orçamento na Assembleia Municipal aconteceu na ausência do presidente da Câmara de Lisboa, uma vez que a maioria dos deputados, inclusive PS, PCP, PEV, BE e Livre, recusou aguardar pelo regresso do autarca do PSD, que esteve presente desde o início dos trabalhos, mas que se ausentou para estar num outro compromisso na cidade.

Na abertura dos trabalhos, Carlos Moedas realçou o desígnio de “cumprir com os lisboetas”, através de “um projeto de mudança tranquila”, e enalteceu o “espírito de diálogo” com todas as forças políticas, dizendo esperar a aprovação do orçamento por parte da Assembleia Municipal para assegurar a “estabilidade institucional presente e futura”.

No âmbito da proposta de orçamento para 2022, os deputados da IL apresentaram uma recomendação, que foi aprovada por unanimidade, para “transparência e fiscalização” das relações da Câmara de Lisboa com a Associação de Turismo de Lisboa (ATL), no sentido de assegurar que a transferência de verba do município para esta associação, em que se prevê 3,76 milhões de euros para 2022, tenha o devido suporte e enquadramento legal exigido pelo Tribunal de Contas.

Durante a discussão, o líder da bancada do PS, Manuel Lage, referiu as “peripécias várias” do orçamento, com “o erro mais caro da história, um erro de 40 milhões de euros, ou uma opção política” relativamente ao investimento na habitação, que motivou o adiamento da aprovação da proposta orçamental, e destacou o “sentido de estabilidade” para a viabilização do documento, através da abstenção.

O socialista Hugo Lobo reforçou que “é um orçamento em que o PS não se revê”, criticando a diminuição do número de fogos de renda acessível, assim como a suspensão do projeto do metro de superfície.

O PAN considerou que “o orçamento é claramente deficitário” entre o valor de receitas e despesas, em que “não se compreende” o desconto do estacionamento, mas decidiu abster-se para “continuar a acreditar” no atual executivo.

Dos partidos da direita, que saudaram a posição do PS, o deputado do PSD Luís Newton referiu que o orçamento “é um enorme sinal de vitalidade e de capacidade deste executivo”.

Pelo CDS-PP Isabel Galriça Neto realçou o facto de “cumprir promessas feitas”, enquanto Jorge Nuno de Sá, do Aliança, frisou que a proposta “materializa o projeto político votado pelo maior número de lisboetas”, destacando propostas como o desconto no estacionamento, os transportes públicos gratuitos e o plano de saúde.

A posição da IL, apresentada por Miguel Ferreira da Silva, é que as medidas inscritas no orçamento “são as possíveis” e são representativas do programa eleitoral que foi sufragado pelos lisboetas, ressalvando que a redução do estacionamento “não é uma proposta perfeita” e defendendo a aposta nos transportes públicos gratuitos.

Por parte do PCP, Fábio Sousa argumentou que o orçamento “tem no ADN uma continuidade das opções políticas do PS”, que estão afastadas dos desafios que a cidade enfrenta, pelo que “não há novos tempos para Lisboa”.

A deputada do BE Isabel Pires salientou que “é um orçamento da direita apenas”, porque faltou o diálogo com a aposição, discordando do desconto no estacionamento da EMEL para residentes que considera que potencia o uso do automóvel e que é contrária à gratuitidades dos transportes públicos, assim como o seguro de saúde através de privados e a devolução de impostos que beneficia quem tem rendimentos mais elevados, preocupações também apontadas pelo PEV e pelo Livre.

Em resposta, o vice-presidente da câmara e que tem o pelouro das Finanças, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), assegurou que “não corresponde à verdade” a crítica de falta de diálogo com a oposição e que “o crescimento do orçamento para habitação é sem precedentes, são mais 30 milhões de euros, só esse aspeto devia ser um aspeto de convergência”.

Filipe Anacoreta Correia saudou também o papel do PS na viabilização do orçamento, porque “finalmente veio ao jogo político que se impunha” e “assumiu uma atitude de responsabilidade e de expectativa de cumprimento do nosso programa político”.

Na terça-feira, a Câmara de Lisboa aprovou o orçamento municipal para 2022, que prevê uma despesa de 1,16 mil milhões de euros, ligeiramente superior à do ano anterior (1,15 mil milhões), e que foi viabilizado graças à abstenção do PS, uma vez que PSD/CDS-PP governam sem maioria absoluta.

Dos 17 elementos que compõe o executivo camarário, houve sete votos a favor dos eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), cinco abstenções dos vereadores do PS e cinco votos contra da restante oposição, nomeadamente dois do PCP, um do BE, um do Livre e um da vereadora independente (eleita pela coligação PS/Livre).

Entre as medidas que integram este orçamento estão o programa Recuperar+, com 13 milhões de euros para apoio a fundo perdido para relançar a economia, a gratuitidade dos transportes públicos para residentes menores de 23 anos e maiores de 65 anos, o desconto de 50% no estacionamento da EMEL para residentes em toda a cidade, o plano de saúde gratuito para os mais carenciados com mais de 65 anos, a fábrica de empresas no Hub Criativo do Beato e a devolução de impostos aos lisboetas, que passam a receber 3% do IRS.

Outras das áreas com destaque neste orçamento são a habitação, que passa a incluir também a classificação de habitat, em que a verba anunciada para este ano é de 116,2 milhões de euros, a mobilidade, com 102,7 milhões de euros, e as creches e outros equipamentos de educação, em que o investimento é 42,5 milhões de euros em 2022, segundo os dados apresentados pelo executivo.

No âmbito da pandemia de covid-19, que teve um impacto previsto de menos 345,7 milhões de euros nas contas do município entre 2020 e 2021, segundo o vice-presidente da Câmara de Lisboa e que tem o pelouro das Finanças, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), o orçamento para este ano vai continuar a responder à emergência, nomeadamente 11,5 milhões de euros para a saúde, 8,3 milhões de euros para a área social e 10,7 milhões para a cultura e economia.

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O que levou o INE a deixar de antecipar dados aos Governos

Foi em 2014 que o Instituto Nacional de Estatística (INE) decidiu acabar com essa prática, após casos de fuga de informação com membros do Governo PSD/CDS. Afirmação de Costa voltou a lançar a dúvida.

Em conformidade com a política de difusão seguida e que consta no portal, o INE não antecipa resultados aos membros do Governo“. A garantia do Instituto Nacional de Estatística (INE) foi dada poucas horas depois de António Costa ter dito em plena campanha eleitoral que o PIB cresceu 4,6% em 2021, lançando a dúvida sobre se estaria a divulgar informação privilegiada uma vez que o valor oficial só será divulgado a 31 de janeiro, após a ida às urnas. Porém, a prática de adiantar informação sob embargo ao Governo em funções foi abandonada por causa de um episódio com Paulo Portas.

A polémica surgiu esta terça-feira, mas o primeiro-ministro viria a esclarecer que era um número do Governo e não do INE. Mas já era tarde demais e pouco depois Rui Rio criticava Costa por revelar dados que alegadamente teria tido acesso apenas pelo cargo que ocupa. E a Iniciativa Liberal, através de João Cotrim de Figueiredo, disse, segundo a Lusa, que esperava não haver fontes dentro do INE a “alimentar” o PS em mais um exemplo da “confusão entre o PS e o Estado”.

Se o desconforto com a declaração de Costa já era grande no INE – que diz que, na realidade, o valor ainda não foi apurado pelo que a variação média anual do PIB ainda não existe –, as declarações dos opositores de Costa agravaram ainda mais o ambiente. Tanto que esta quinta-feira a comissão de trabalhadores do INE decidiu lançar um comunicado para garantir que não houve fuga de informação por parte dos trabalhadores e para criticar o “ambiente de suspeição generalizada” sobre a alegada antecipação de dados ao Governo relativamente ao PIB de 2021.

É preciso recuar a 2014 para ir à raiz deste tema. A política de difusão do INE, datada de 2008, estabelece que “podem existir situações de concessão de acesso prévio à informação estatística oficial, sob embargo, que são tornadas públicas, no Portal do INE”, sendo que “as decisões neste domínio são da responsabilidade do Conselho Diretivo” do INE.

Nesse ano foi noticiado que a política de difusão que consta do site do INE tinha sido mudada, primeiro restringindo o acesso às 9h da manhã do dia de publicação e depois retirando totalmente esse privilégio ao Governo (foi o próprio Executivo que prescindiu disso) e ao Presidente da República. Com essa exceção ficaram apenas os diretores dos Serviços Regionais de Estatística das Regiões Autónomas que têm acesso prévio, sob embargo, às 9 horas do dia da divulgação, “quando estão em causa estatísticas de âmbito nacional com desagregação a nível de NUTS II“.

O que levou a esta mudança? Na altura, o Instituto apontava apenas para a atualização das normas à luz das regras europeias do Código de Conduta para as Estatísticas Europeias. Porém, mais tarde, já com o Governo da geringonça em funções, o Jornal de Negócios revela uma resposta do INE a uma pergunta do CDS — que suspeitava que o então Governo tinha pedido acesso antecipado — em que o Instituto assume que a alteração se deve a “uma violação do dever de embargo” por “um membro do Governo, evidenciada perante todo o país através das cadeias de televisão” pelo que a política de difusão foi mudada “a fim de minimizar a ocorrência de novas violações”.

Ironicamente, a violação do dever de embargo ocorreu com o então líder do CDS. “Aí pelas 11:00 da manhã sairão as estatísticas sobre o desemprego e vocês vão ver como essas estatísticas são boas para Portugal e surpreendem pela positiva alguns, possivelmente também algumas organizações internacionais”, disse Paulo Portas, citado pela Rádio Renascença, na madrugada de 5 de novembro de 2014, um dia antes de ser publicada a taxa de desemprego, dando a entender que esta ia descer. E assim aconteceu: a taxa atingiu um mínimo de três anos.

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Mutua Madrileña já detém 8% do grupo El Corte Inglés

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2022

Acionistas do El Corte Inglés aprovaram acordo negociado com a seguradora. Participação acionista e operação de seguros do grupo de consumo passam para a Mutua por 1 100 milhões de euros.

Marta Álvarez e Ignacio Garralda, respetivamente, presidente do El Corte Inglés e presidente do grupo MM, na assinatura do acordo, em outubro de 2021.

A Mutua Madrileña (MM) já foi acolhida entre os acionistas do grupo El Corte Inglés. Em reunião extraordinária, os acionistas do grupo de retalho aprovaram a transferência de 8% do capital da empresa para o grupo segurador, conforme estipulava o pré-acordo subscrito pelas partes no final de outubro de 2021.

A aquisição de capital social, por montante estimado de 555 milhões de euros, mais as filiais de seguros do grupo que detém os grandes armazéns de consumo (por outros 550 milhões), colocam a Mutua em posição de referência no grupo de retalho. Com a transação, Ignacio Garralda, presidente da MM, terá assento no conselho de administração do El Corte Inglés.

As filiais SECI (seguros de Vida e Acidentes) e a CESS (corretagem de seguros), mais a participação acionista adquirida representam para a seguradora um esforço financeiro superior a 1,1 mil milhões de euros, que o grupo MM financiará em boa parte, com 800 milhões de euros de fundos procedentes da Mutuactivos, gestora de ativos do grupo líder no ramo não-Vida em Espanha.

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Capgemini traça prioridades para as seguradoras em 2022

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2022

Tecnologia que dê agilidade ao negócio, alargar parcerias no ecossistema, adaptar soluções a fatores ESG e acrescentar valor à oferta são elementos para sucesso das seguradoras, aponta a consultora.

As seguradoras de Vida mais bem-sucedidas nos próximos anos têm (ou estão a construir) estratégias muito centradas no cliente, operam com processos inteligentes, são ágeis na colocação de produtos no mercado e têm um posicionamento mais próximo dos parceiros do ecossistema para melhor colaborarem em escala, conclui análise de especialistas da Capgemini, consultora global de TI.

Foco no consumidor final surge no topo de uma matriz de tendências e constitui prioridade transversal, com importância muito elevada para a generalidade dos ramos de seguro, embora a automação de processos operacionais para melhorar eficiência e ciclos de desenvolvimento de produto mais curtos sejam igualmente elementos críticos no cenário que se abre em P&C (ramos não Vida), considera a Capgemini.

Para as seguradoras do ramo Vida, a matriz construída pela consultora eleva tecnologia e digitalização ao nível da importância atribuída à centralidade do cliente (CX-Customer Centric), considerando que a tendência para encurtar o referido ciclo de desenvolvimento e acelerar a colocação as soluções no mercado (go-to-market), também potenciam a capacidade dos canais de distribuição (mediadores e corretores).

Modelos de negócio que incorporam inovação têm mostrado ser mais eficientes, sublinham os especialistas. Hoje em dia quando interagem com um canal ou aplicação de seguros, os consumidores valorizam a atenção: na aceção global da análise, apreciam o CARE (Convenience, Advice e Reach), um dos tópicos do “World InsurTech Report 2021”, estudo que a consultora de TI divulgou em setembro de 2021, em parceria com a Efma.

A indústria seguradora deve procurar alavancagem em bases de dados alternativas (cloud) e engenharia computacional (IA) para melhor captar os sinais das perceções dos clientes e, de seguida, ativar as repostas às suas necessidades. Nestas condições, o processo ao longo da cadeia de valor será mais eficiente, materializando-se em sucesso, assegura a consultora.

Para que as seguradoras vinguem no atual contexto de “novos normais”, a Capgemini sugere adoção rápida de resposta a um conjunto de prioridades como transferir processos para plataformas na nuvem (cloud), o que as ajudará a ganhar agilidade. Outra tendência, embora a um nível de importância média na matriz de prioridades para o setor de Vida (e não Vida), refere-se à capacidade de cooperar em escala – através de vendas associadas a outros bens e serviços (embbeded insurance), amplificando o alcance da oferta seguradora –, sobretudo se a estratégia alinhar com valores ESG (Environmental, Social e Governance).

Ainda, além de procurarem desenvolver soluções que acrescentem valor, as companhias devem rever e reformular estratégias de produto para colmatar lacunas de proteção (existem segmentos de mercado protection gaps que podem ser explorados).

Nos seguros de Saúde, a matriz de prioridades atribui importância crítica à digitalização nos cuidados de saúde, uma realidade que foi acelerada pela pandemia de Covid-19 e coloca a experiência de cliente, cada vez mais seamless, no centro de todas as preocupações das seguradoras que operam este ramo. Estratégias de marketing que promovam bem-estar e de hábitos de vida saudáveis já se tornaram convencionais, mas também deve ser dada prioridade de resposta na adoção de medidas que previnam os riscos relacionados com privacidade e segurança de dados.

Estes e outros tópicos foram desenvolvidos em relatórios que a Capgemini divulgou nos últimos meses apontando as tendências que marcarão a indústria em 2022 e no futuro, nomeadamente no negócio Vida, não-Vida e Saúde. Para sintetizar o conteúdo das brochuras publicadas online, entre novembro e dezembro de 2021, a consultora de TI também produziu um e-book mais resumido, onde esquematiza prioridades e recomendações para o negócio. Está na cloud e pode ser visto aqui.

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Custo da dívida pública emitida por Portugal em 2021 subiu para 0,6%

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

O custo da dívida emitida por Portugal fixou-se em 0,6% em 2021, acima dos 0,5% registados em 2020.

O custo da nova dívida emitida por Portugal no ano passado subiu ligeiramente face a 2020, fixando-se em 0,6%, segundo os dados do IGCP – Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública, divulgados esta quinta-feira.

De acordo com o boletim mensal da instituição presidida por Cristina Casalinho, o custo da dívida emitida por Portugal fixou-se em 0,6% em 2021, acima dos 0,5% registados em 2020, o mínimo histórico desde, pelo menos, 2010, quando se iniciam os registos do IGCP.

O ano passado foi, assim, o primeiro ano em que o custo da dívida emitida por Portugal subiu ligeiramente desde que iniciou a trajetória descendente após 2011, quando o país pediu assistência financeira internacional. Naquele ano, o custo que Portugal pagou por emitir nova dívida atingiu o máximo histórico de 5,8%.

Em 2019 o custo da dívida fixou-se em 1,1%, tendo caído para 0,5% em 2020. O boletim divulgado esta quinta-feira não disponibiliza ainda dados sobre o custo do ‘stock’ da dívida em 2021, sendo a última referência relativa ao ano de 2020 (2,2%).

Os dados do IGCP indicam ainda que a maturidade média da dívida direta do Estado subiu para 14,2 anos. Em dezembro, o saldo da dívida direta do Estado aumentou para 278.490 milhões de euros.

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