EDPR encaixa 363 milhões com venda de participações na Polónia e em Itália

  • Marta Santos Silva
  • 27 Outubro 2016

A EDP Renováveis alienou as participações no âmbito da sua parceria com a sua principal acionista, a China Three Gorges.

A EDP Renováveis vai encaixar 363 milhões de euros ao alienar as suas participações energias renováveis na Polónia e em Itália, uma transação realizada no âmbito da parceira da EDP com a sua maior acionista, a China Three Gorges.

Segundo comunicado divulgado esta quinta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP Renováveis (EDPR), subsidiária da EDP – Energias de Portugal, que controla 77,5% da empresa, alienou uma participação acionista “representativa de 49% do capital social e suprimentos relativos a um portefólio de activos eólicos com 548 MW de capacidade”, na Polónia e em Itália.

A alienação da participação à ACE Poland S.A.R.L. e ACE Italy S.A.R.L. vem no âmbito da parceira com a China Three Gorges, que detém essas duas empresas a 100%. Essa parceria prevê o investimento total de 2 mil milhões de euros pela China Three Gorges em projetos de produção de energia renovável, tanto operacionais como prontos a construir.

A transação vale 363 milhões de euros, que se devem ao ajustamento do perímetro de transação, aos fluxos de caixa previamente distribuídos pelos parques eólicos alienados, aos ajustamentos normais de preço e às diferenças cambiais.

Editado por Paulo Moutinho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP vende 100 milhões de euros do défice tarifário

  • Lusa
  • 25 Outubro 2016

A empresa liderada por António Mexia acordou a venda de 100 milhões de euros do défice tarifário de 2016.

A EDP acordou a venda de 100 milhões de euros do défice tarifário de 2016, relativo a sobrecustos com a produção em regime especial, foi hoje divulgado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “a EDP Serviço Universal, S.A. (“EDP SU”), comercializador de último recurso do sistema elétrico português, detido a 100% pelo Grupo EDP, acordou a venda de 100 milhões de euros do défice tarifário de 2016, relativo a sobrecustos com a produção em regime especial”.

O défice tarifário de 2016 resultou do diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecusto de 2016 relacionado com a aquisição de energia aos produtores em regime especial, isto é, por um preço superior ao praticado no mercado, que é suportado pelos consumidores finais, na fatura da eletricidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP: Produção não é suficiente para animar ações

O Haitong não está impressionado com o aumento da eletricidade distribuída na Península Ibérica pela EDP. O banco diz que esta subida não é suficiente para animar as ações da energética.

A EDP apresentou um aumento da distribuição de eletricidade na Península Ibérica. Apesar de revelar uma melhoria face aos trimestres anteriores, o Haitong diz que não deve ter um impacto significativo nas ações da energética portuguesa. As ações da empresa liderada por António Mexia sobem 0,3% para 3,02 euros.

“Os dados sobre a distribuição da eletricidade na Península Ibérica mostram uma melhoria sequencial face aos trimestres anteriores (-0,9% em termos homólogos no primeiro trimestre de 2016 e uma leitura inalterada em termos homólogos no primeiro trimestre de 2016). O que é um sinal positivo, mas não deve ter um impacto significativo na ação”, diz o Haitong numa nota de research. A distribuição de eletricidade na Península Ibérica cresceu 0,2% no período em análise.

A produção total da EDP cresceu 15% nos primeiros nove meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Este aumento é suportado por “maiores recursos hídricos” na Península Ibérica e por uma “maior produção eólica resultando do aumento de capacidade”. A energética diz que a “produção hídrica e eólica representou 68% da produção total” nos primeiros nove meses de 2016, de acordo com um comunicado enviado pela empresa ao regulador do mercado.

"Os dados sobre a distribuição da eletricidade na Península Ibérica mostram uma melhoria sequencial face aos trimestres anteriores (-0,9% em termos homólogos no primeiro trimestre de 2016 e uma leitura inalterada em termos homólogos no primeiro trimestre de 2016). O que é um sinal positivo, mas não deve ter um impacto significativo na ação”

Haitong

O Haitong também refere que, uma vez que o terceiro trimestre registou a produção hídrica mais baixa do ano, o “impacto na produção liberalizada proporcionada pela melhoria das condições hídricas, face a 2015, é muito mais pequeno em comparação com trimestres anteriores”. Apesar de ser a produção mais reduzida de 2016, há um aumento de 80% em relação ao terceiro trimestre de 2015.

Isto leva o BPI a dizer que a “geração de energia hídrica mostrou um desempenho muito positivo em termos homólogos, graças à melhoria dos recursos hídricos e da capacidade”. O banco refere que os dados ficam “em linha com as tendências já identificadas”.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Sabia que…

Dia Europeu da Estatística / Fonte: INE
Dia Europeu da Estatística / Fonte: INE

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Energéticas em silêncio sobre taxa extraordinária

A taxa extraordinária cobrada ao setor energético deve manter-se durante mais um ano. Mas nenhuma das energéticas quer pronunciar-se sobre a decisão do Governo.

A taxa extraordinária sobre as energéticas devia ter sido extraordinária em 2014. Mas não foi o que aconteceu, prolongando-se para 2015, 2016 e agora, para 2017. Pelo menos é o que indica a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

O imposto atinge 0,85% dos ativos energéticos líquidos e representa 62 milhões de euros para a EDP, 26 milhões para a REN e 27 milhões para a Galp Energia, segundo contas feitas pelo Haitong. O banco diz que estão a aumentar os receios de que a taxa extraordinária que o setor energético vai continuar a pagar no próximo ano deixe de ser temporária e seja “para sempre”. No entanto, diz que esta medida é neutra para o setor, uma vez que já a tinha incorporado nas previsões até 2019.

O ECO contactou a Galp Energia, a EDP e a REN e a resposta foi sempre a mesma: não comentam.

Segundo o Orçamento de Estado de 2017, o montante cobrado às empresas de energia terá como destino o Fundo para a Sustentabilidade Sistémica do Setor Energético e visando contribuir para a promoção do equilíbrio e sustentabilidade sistémica do setor energético e da política energética nacional, através do financiamento de políticas do setor energético de cariz social e ambiental, relacionadas com medidas de eficiência energética e da redução da dívida tarifária do sistema elétrico.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa sobre energia pode prolongar-se “para sempre”

O Haitong diz que as suas previsões já incorporam a taxa extraordinária que a Galp Energia, EDP e REN vão continuar a pagar em 2017. Aumentam os receios de a taxa poder "durar para sempre".

O Haitong diz que estão a aumentar os receios de que a taxa extraordinária que o setor energético vai continuar a pagar no próximo ano deixe de ser temporária e seja “para sempre”. Esta taxa que a Galp Energia, EDP e REN têm de pagar foi definida como extraordinária em 2014, mas continuou a ser cobrada em 2015, 2016 e 2017. O imposto atinge 0,85% dos ativos energéticos líquidos e representa 62 milhões de euros para a EDP, 26 milhões para a REN e 27 milhões para a Galp Energia.

“Em relação ao prolongamento da CESE [contribuição extraordinária sobre o setor energético], consideramos que é neutral em relação às expectativas, uma vez que este era o nosso principal cenário. Já incorporámos esta taxa nas nossas estimativas para a EDP, REN e Galp Energia até 2019. No entanto, os mais pessimistas dizem que isto pode ser negativo para o sentimento, já que os receios sobre um ‘evento extraordinário que vai durar para sempre‘ começam a aumentar”, diz o banco numa nota de research.

"Em relação ao prolongamento da CESE [contribuição extraordinária sobre o setor energético], consideramos que é neutral em relação às expectativas, uma vez que este era o nosso principal cenário. Já incorporámos esta taxa nas nossas estimativas para a EDP, REN e Galp Energia até 2019.”

Haitong

Para a Galp, esta medida é neutra uma vez que o banco já tinha incluído esta possibilidade nas projeções. No caso da EDP, o banco considera que há pontos positivos e negativos. Mas o efeito geral também é neutro. Já para a REN, o Haitong diz que está em linha com as suas previsões e, por isso, não há impacto na visão do banco para a energética.”Continuamos compradores e a acreditar que esta é uma boa oportunidade para fortalecermos as posições”, refere o banco.

O BPI concorda com o Haitong e diz que esta medida é neutra para a EDP e para a REN. Isto apesar da tarifa proposta ficar abaixo do esperado. A tarifa proposta pelo regulador de 1,2% fica aquém do intervalo entre 1,5-2,0%, que é “considerado adequado pela ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] e pela EDP para eliminar o défice tarifário até 2021”.

Renováveis escapam à taxa

“Para a EDP Renováveis, a confirmação de que a CESE não vai prolongar-se para as renováveis é positiva, mas isto pode ser ofuscado em 2017 pelo possível impacto negativo de sobrecompensações anteriores dos produtores em regime especial”, que também pode penalizar os ativos eólicos, diz o Haitong. Considera-se produção em regime especial (PRE) a produção de energia elétrica através de recursos endógenos, renováveis e não renováveis, de tecnologias de produção combinada de calor e de eletricidade (cogeração) e de produção distribuída, de acordo com a ERSE.

Há muita incerteza sobre este indicador, por isso é difícil dizer agora qual é o efeito geral para a EDP Renováveis”, acrescenta o banco.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fatura da eletricidade vai aumentar no próximo ano

A fatura da eletricidade para os consumidores que estão na tarifa regulada vai aumentar 1,2%, em média, no próximo ano. Saiba quanto é que vai ter de pagar.

Os preços da eletricidade vão aumentar no próximo ano, de acordo com uma proposta apresentada hoje pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). As tarifas devem subir, em média, 1,2% para os consumidores domésticos que ainda estão na tarifa regulada.

Imagine que tem uma fatura média mensal de 46,7 euros: o acréscimo será de 57 cêntimos no seu orçamento familiar. Já os consumidores abrangidos pelas tarifas sociais — que eram 690.000 no final de setembro — terão de pagar mais 25 cêntimos. Isto, numa fatura média mensal de 20,4 euros. As tarifas sociais abrangem beneficiários do complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção, subsídio social de desemprego, abono de família, pensão social de invalidez, pensão social de velhice e clientes com baixos rendimentos.

O Governo já reagiu ao relatório e “congratula-se com o valor de 1,2%” proposto pela entidade. “Ao longo do último ano, foi realizado um trabalho de introdução de rigor e transparência no setor da energia que permitiu também, com a recurso a medidas legislativas, alcançar esta performance tarifária, a mais baixa desde há 10 anos e desde que existe mercado liberalizado”, diz o Executivo num comunicado enviado às redações.

"Às atividades reguladas são aplicadas metas de eficiência com vista à diminuição dos custos em termos unitários. As metas de eficiência têm permitido diminuir de uma forma consistente os custos das atividades reguladas, em especial os custos das ‘atividades de rede’.”

ERSE

A ERSE diz que a redução das tarifas tem sido proporcionada pela diminuição dos custos com o transporte e distribuição de energia elétrica. “Às atividades reguladas são aplicadas metas de eficiência com vista à diminuição dos custos em termos unitários. As metas de eficiência têm permitido diminuir de uma forma consistente os custos das atividades reguladas, em especial os custos das “atividades de rede”, isto é, o transporte e a distribuição de energia elétrica, de acordo com o comunicado enviado pela ERSE.

Por outro lado, a queda dos preços de combustíveis fósseis, designadamente os preços do petróleo, do gás natural e do carvão, também tem contribuído para a diminuição das tarifas.

Nem tudo é positivo

Há vários fatores que ainda pressionam as tarifas de eletricidade. Entre esses fatores encontra-se o pagamento da dívida tarifária acumulada em anos anteriores que ascende em 2017 a cerca de 1,8 milhões de euros. Por outro lado, a produção de energia com origem em renováveis no continente está a aumentar.

António Coutinho, administrador da EDP, disse mesmo que “as renováveis são vítimas do seu próprio sucesso. Se todas as renováveis estão a produzir a dado momento, e não existirem custos variáveis, então o mercado começa a comportar-se de forma incorreta. A atual moldura não está a funcionar. É preciso encontrar formas de resolver isto”. O responsável diz que a queda contínua dos preços da eletricidade na Europa está a colocar em risco novos investimentos no setor.

Cinco anos de mercado liberalizado

O ano de 2017 será o quinto ano de plena vigência do mercado liberalizado de eletricidade. O mercado liberalizado “atingiu em agosto de 2016 mais de 4,6 milhões de clientes e representa já mais de 91% do consumo total em Portugal”, diz a ERSE, revelando alguns números sobre o setor.

Durante este ano, o número de clientes que optaram por ser fornecidos por um comercializador em regime de mercado continuou a aumentar, em detrimento dos que permanecem na tarifa transitória. Desde janeiro de 2016 já entraram no mercado liberalizado mais de 267 mil novos clientes. Em termos médios, cerca de 93% do consumo total deverá estar sujeito a preços definidos em regime de mercado em 2017.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP: baixos preços da eletricidade travam novos investimentos

A EDP alerta que o crescimento da energia solar e eólica está a provocar a queda do preço da eletricidade por toda a Europa, ameaçando os investimentos no setor.

A queda contínua dos preços da eletricidade na Europa está a colocar em risco novos investimentos no setor. O alerta foi deixado por um dos principais executivos da EDP numa conferência sobre energia que decorreu esta segunda-feira, em Londres.

“A 18 euros por megawatt hora não é possível fazer qualquer tipo de investimento”, afirmou António Coutinho, administrador da EDP, referindo-se ao preço médio de venda da eletricidade quando as renováveis abasteceram Portugal durante quatro dias.

O executivo da elétrica considera assim que os decisores políticos devem estar preocupados com a possibilidade de o crescimento da energia solar e eólica vir a colocar causa tanto novos investimentos, como a manutenção das atuais centrais a carvão ou a gás que conseguem produzir eletricidade sem estarem dependentes do vento ou do sol.

“As renováveis são vítimas do seu próprio sucesso. Se todas as renováveis estão a produzir a dado momento, e não existirem custos variáveis, então o mercado começa a comportar-se de forma incorreta. A atual moldura não está a funcionar. É preciso encontrar formas de resolver isto”, defendeu António Coutinho.

"As renováveis são vítimas do seu próprio sucesso. Se todas as renováveis estão a produzir a dado momento, e não existirem custos variáveis, então o mercado começa a comportar-se de forma incorreta. A atual moldura não está a funcionar. É preciso encontrar formas de resolver isto.”

António Coutinho.

Administrador da EDP

O CaixaBI salienta precisamente o cenário competitivo que a EDP enfrenta. “Os mercados europeus de energia continuam com um ambiente bastante competitivo, caracterizado por preços baixo e algum excesso de capacidade“, diz o banco de investimento.

Contudo, considera que a EDP está a concluir o seu plano de investimentos em novas centrais hídricas e eólicas que” irão manter a empresa com um portfólio de ativos competitivos e na sua maioria constituído por capacidade de produção de eletricidade através de recursos renováveis”.

O CaixaBI destaca ainda os bons resultados alcançados pela elétrica no mercado liberalizado. “O segmento de atividades liberalizadas da EDP tem apresentado bons resultados refletindo os baixos custos de produção e a política de hedging que a empresa tem seguido”, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jerónimo Martins apaga perdas da energia

A bolsa nacional arrancou a semana a valorizar, ainda que forma muito ligeira. A Jerónimo Martins, com uma subida de mais de 2% ofuscou as quedas da EDP e da EDP Renováveis.

A bolsa nacional avançou. Acompanhou a tendência positiva registada nos restantes mercados europeus ao ganhar 0,04% num dia em que os títulos do setor energético colocaram pressão no índice português. As quedas da EDP e da EDP Renováveis acabaram, no entanto, por ser anuladas bom desempenho da dona do Pingo Doce.

O PSI-20 PSI20 0,00% subiu para os 4.598,92 pontos enquanto o Stoxx 600 somou 0,02% para 342,98 pontos animado essencialmente pelos títulos do setor financeiro. Num dia em que o Deutsche Bank não esteve a negociar por ser feriado na Alemanha, a banca europeia somou 1,1%. Só Madrid fechou em queda: 0,33%.

A Jerónimo Martins foi a grande responsável pela inversão da tendência negativa do PSI-20 ao longo da sessão. A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos ganhou 2,24% para 15,78 euros com os investidores a aplaudirem a possibilidade de a Jerónimo Martins avançar com uma remuneração extraordinária.

cropped-Pedro-Soares-dos-Santos

Não é “de excluir a possibilidade de a empresa proceder ao pagamento de um dividendo extraordinário durante o exercício de 2016”, refere André Rodrigues, analista do CaixaBI. Essa remuneração poderá acontecer tendo em conta a venda pela Jerónimo Martins da sua participada a 100% Monterroio – Industry & Investmets BV. A Sonae somou 1,62%.

A Galp Energia também animou a bolsa ao somar 0,16% para 12,19 euros perante a subida dos preços do petróleo. O WTI tocou máximos de três meses enquanto o Brent superou novamente a fasquia dos 50 dólares, ambos impulsionados pelo acordo para o corte de produção por parte da OPEP.

A contrariar este desempenho estiveram essencialmente a EDP e a EDP Renováveis. A elétrica liderada por António Mexia caiu 2,24% para 2,92 euros, já a EDP Renováveis encerrou a sessão com uma desvalorização de 1,16% para 7,06 euros. A REN cedeu 0,08% para os 2,60 euros.

A queda do setor energético surge em reação à posição do Bloco de Esquerda que intensificou o ataque às rendas na energia, segundo o Negócios. O BE defende o alargamento da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) às energias renováveis, medida que pode valer 50 milhões de euros por ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP aposta em projetos de energia eólica nos EUA

A elétrica portuguesa continua a apostar em projetos de energia eólica nos EUA e no Brasil. No entanto, diz que o mercado norte-americano continua a ser o seu preferido.

A EDP – Energias de Portugal diz que os EUA são o seu mercado preferido e que está a desenvolver mais projetos ligados à energia eólica no país.

“Os EUA são hoje o melhor mercado, com uma economia forte”, disse o CEO da energética, António Mexia, numa entrevista à Bloomberg. “É o nosso mercado preferido. O vento pode ser muito competitivo, incluindo nos EUA.”

A EDP disse em maio que planeia investir 1,4 mil milhões de euros (1,6 mil milhões de dólares), em média, por cada ano até ao final de 2020. Segundo o CEO, a empresa é a terceira maior operadora de energia eólica do mundo.

Mexia disse ainda que a EDP tem estado a emitir obrigações para prolongar a maturidade da dívida e para financiar os projetos nos EUA.

Oportunidades no Brasil

A elétrica portuguesa também está a desenvolver projetos no Brasil, em parceria com a sua maior acionista, a China Three Gorges Corp.

“Estamos a desenvolver projetos em conjunto, nomeadamente em mercados como o Brasil”, disse Mexia na entrevista. “A política não teve um impacto negativo no mercado energético”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.