Preço dos combustíveis agrava prejuízo da TAP para 90 milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 28 Setembro 2018

Forte aumento do preço dos combustíveis (mais 36%), volatilidade nas moedas dos principais mercados da TAP e irregularidades operacionais justificam os prejuízos da transportadora.

A TAP registou um prejuízo de 90 milhões de euros no primeiro semestre, que compara com 54 milhões negativos do período homólogo, o que é atribuído em parte ao aumento do preço dos combustíveis, anunciou esta sexta-feira a companhia aérea.

“O primeiro semestre da companhia foi desafiador em função do forte aumento do preço dos combustíveis (mais 36%), pela volatilidade nas moedas dos principais mercados da TAP e por irregularidades operacionais. Gastos não-recorrentes totalizaram 40 milhões de euros e tal impacto negativo contribuiu para um resultado operacional de 47 milhões de euros negativos (face a um resultado operacional de 43 milhões de euros negativos em igual período do ano anterior)”, referiu a TAP, em comunicado.

Sem estes itens não-recorrentes, “o resultado operacional teria sido sete milhões de euros negativos (face a um resultado operacional recorrente de 59 milhões de euros negativos no primeiro semestre do ano anterior) e o prejuízo líquido teria sido 58 milhões de euros (face a prejuízo líquido de 67 milhões de euros em igual período de 2017)”, esclareceu a TAP.

As vendas aumentaram 18%, sendo que a empresa destaca “os mercados português, brasileiro e norte-americano que, no conjunto, cresceram aproximadamente 15% e representaram 56% do total das vendas da TAP. Outros mercados que também apresentaram evoluções muito positivas face ao período homólogo do ano anterior foram a Áustria (44%), a Alemanha (42%), o Reino Unido (28%) e Espanha (19%)”. A TAP não divulgou os valores destas vendas.

A companhia aérea salientou ainda que conseguiu um “avanço significativo” na reestruturação da TAP Manutenção e Engenharia Brasil “com redução total de aproximadamente 1.000 colaboradores, o que representa praticamente metade do quadro de funcionários da subsidiária no início deste processo”, referiu o mesmo comunicado.

“Ao ajustar a capacidade da operação à procura atingiu-se uma elevada utilização que, juntamente com uma nova política comercial e diversas iniciativas de corte de custos, permitiram à subsidiária registar um lucro operacional, excluindo custos com reestruturação, de aproximadamente um milhão de euros”, salientou a TAP.

A empresa fechou ainda “acordos salariais com a maioria das classes profissionais da companhia, que também se traduziram em aumentos salariais importantes, garantindo a paz social para os próximos cinco anos”.

A TAP acredita que o segundo semestre será mais forte, tendo em conta “a contratação e formação de mais pilotos e tripulantes de cabina, bem como alterações à estrutura de planeamento de escalas e medidas para incrementar a pontualidade”. A empresa irá ainda receber novos aviões, “nomeadamente o novo A330neo, do qual a TAP será a primeira operadora mundial e que permitirá à companhia lançar mais novas rotas em breve”, salientou a TAP.

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Acionista chinês da TAP falha pagamento de dívida superior a 37 milhões de euros

  • Lusa
  • 14 Setembro 2018

O conglomerado chinês HNA, acionista da TAP através da Atlantic Gateway, falhou o pagamento de uma dívida superior a 37 milhões de euros, revelou hoje um fundo de investimento chinês.

O conglomerado chinês HNA, acionista da TAP através da Atlantic Gateway, falhou o pagamento de uma dívida superior a 37 milhões de euros, revelou hoje um fundo de investimento chinês, ilustrando os problemas de liquidez da empresa.

A entrada em incumprimento ocorreu apesar de o grupo ter vendido mais de 15 mil milhões de euros em ativos, este ano, visando enfrentar uma grave crise de liquidez.

No mês passado, o HNA começou também a falhar empréstimos constituídos junto de individuais, através de plataformas ‘online’ de financiamento direto (P2P, na sigla em inglês). A empresa esteve quase a entrar em incumprimento num outro empréstimo, no valor de 124 milhões de euros.

A empresa encerrou o ano passado com uma dívida de cerca de 77 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados na apresentação dos seus resultados anuais.

Em Portugal, o HNA detém uma participação na Atlantic Gateway, consórcio que detém 45% da TAP. O Estado português é dono de 50% da TAP, estando os restantes 5% do capital nas mãos dos trabalhadores.

Uma das suas subsidiárias, a Capital Airlines, inaugurou em julho de 2017 o primeiro voo direto entre a China e Portugal. No entanto, pouco após celebrar o primeiro aniversário do voo, a empresa anunciou a sua suspensão, entre outubro e março.

O HNA, que detém ainda importantes participações em firmas como Hilton Hotels, Swissport ou Deutsche Bank, está já sob supervisão de um grupo de credores, liderado pelo Banco de Desenvolvimento da China.

Nos últimos anos, a alteração dos veículos de financiamento na China, do setor bancário formal para outros menos regulados, mas com altas taxas de juro, resultou numa vaga de incumprimentos por todo país e excesso de endividamento corporativo.

O grupo recusou revelar o nível de exposição da sua dívida a plataformas P2P e outros produtos.

Na carta enviada aos investidores, o Hunan Trust revela que a firma falhou o pagamento de uma dívida de 300 milhões de yuan (37,4 milhões de euros), que venceu em 10 de setembro, “apesar das várias tentativas para comunicar com a HNA por telefone ou reunir pessoalmente”.

O empréstimo foi contraído pela subsidiária cotada na bolsa de Xangai, HNA Innovation, com garantia do HNA Tourism, o negócio responsável pela maior parte das receitas do grupo.

A mesma nota detalha que o fundo irá agora tentar confiscar ativos do HNA Innovation e HNA Tourism.

Os produtos emitidos pelo Hunan Trust ofereciam uma rentabilidade anual de 6,5%, para quem investisse até 49 milhões de yuan (6 milhões de euros), e 6,7%, para investimentos superiores àquele montante.

O investimento mínimo era de 1 milhão de yuan (124 mil euros).

O Hunan Trust é detido na totalidade pelo governo da província de Hunan, centro da China.

O grupo HNA é um dos maiores conglomerados privados chineses, mas vários dos seus investimentos além-fronteiras foram vetados pelos reguladores, devido a uma estrutura acionista “difícil de decifrar“.

Fundado em 1993, quando a propriedade privada estava ainda a começar no país asiático, como uma pequena companhia aérea regional, o grupo HNA alargou, nos últimos anos, os seus investimentos aos setores transporte, logística e retalho, acumulando ativos no valor de 123 mil milhões de euros.

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TAP acaba com viagens grátis do Governo

  • ECO
  • 16 Agosto 2018

A transportadora está a negociar com o Executivo o atual regime de viagens oferecidas. As novas regras, que vão entrar em vigor rapidamente, passam port tarifas especiais ou pacotes de descontos.

A TAP está a trabalhar com o Governo na definição de novas regras para as viagens dos membros do Executivo, avança esta quinta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago). Até agora, não pagavam bilhete e a prática comum era terem ainda um upgrade para classe executiva. A solução em negociação poderá envolver a criação de tarifas especiais ou pacotes de descontos.

A TAP está a trabalhar com o Governo no estabelecimento de novas regras sobre as condições a aplicar nas viagens de servidores públicos, a adotar proximamente”, confirmou ao Negócios fonte oficial da empresa detida em 50% pelo Estado e 45% pelo consórcio Atlantic Gateway, liderado por Humberto. “A necessidade de adaptação das condições é ditada pela observância das regras de mercado em que a TAP opera”, acrescentou a mesma fonte.

A TAP está a trabalhar com o Governo no estabelecimento de novas regras sobre as condições a aplicar nas viagens de servidores públicos, a adotar proximamente. A necessidade de adaptação das condições é ditada pela observância das regras de mercado em que a TAP opera.

Fonte oficial da TAP

Apesar de ainda não estar nada definido, o fim das viagens grátis é um ponto assente, já que a empresa se rege pelas regras do privado. A solução, que está a ser negociada entre a TAP e o Ministério do Planeamento que tem a tutela da empresa, passará pela criação de tarifas preferenciais para as viagens de membros do Governo e de pacotes de desconto para todos os destinos servidos pela companhia aérea. O objetivo é encontrar uma solução justa para ambas as partes. Não há prazo para a conclusão das negociações.

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Chegou o novo gigante da TAP: conheça o mais recente Airbus por dentro

  • ECO
  • 20 Junho 2018

Capacidade do A330 900neo é de 298 passageiros. Assentos poltronas reclinam e permitem dormir na horizontal, têm entradas USB, os ecrãs são ajustáveis e têm comandos para regular a temperatura.

O Hangar 6, em Lisboa, albergou temporariamente o avião A330 900neo, a nova adição à frota da TAP. Foi o local escolhido para a sua apresentação esta terça-feira. Mas não foi só conversa, os convidados puderam também entrar no avião para ver o modelo por dentro.

Enquanto não começavam os discursos, circulavam hospedeiras de bordo com aperitivos para os presentes, que olhavam curiosos para o avião à sua frente. Várias personalidades, como o ministro Planeamento, Pedro Marques, Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, e Fernando Pinto, ex-presidente da TAP, figuravam entre os convidados

Antonoaldo Neves desviou os olhares quando deu início às apresentações, do “modelo inovador” que representa uma nova etapa para a companhia aérea nacional. Tem uma nova versão da cabine Airspace, incorpora a última geração de reatores Rolls-Royce Trent 7000 e melhorias ao nível da aerodinâmica.

Eric Schulz, diretor comercial da fabricante Airbus, lembrou que a estrela da noite não foi apenas A330 900neo. Isto porque a construtora também entregou outra aeronave à TAP, que está a remodelar a sua frota. Schulz deixou um aviso bem humorado a Antonoaldo: “Hoje são dois aviões num dia, mas não vai ser sempre assim”. O objetivo da companhia é adquirir cerca de 100 aeronaves, onde incluem 21 aparelhos A330-900 neo, sete dos quais este ano, num calendário de entregas que deverá estender-se por dois anos.

Terminados os discursos foi altura de subir a bordo e conhecer “o avião wide body mais eficiente no mercado“, com uma poupança de combustível de 14% por cadeira. O primeiro grupo a entrar era composto pelos executivos da TAP, Airbus e membros do Governo presentes, Pedro Marques e Guilherme d’Oliveira Martins.

Começando pela cauda, Antonoaldo apresenta a zona verde: da classe económica. “É mais apertada, mas não é uma grande diferença. Está melhor do que antes. Por exemplo isto já não cai”, diz, referindo-se ao apoio de braço.

As filas de bancos estavam vazias mas a capacidade do avião é de 298 passageiros. Mesmo assim, quem passava ia-se sentando para testar e experimentar como seria voar naquele aparelho. O conforto e extras vão aumentando à medida que se avança, mas o design mantém-se. Esteve ao cargo da Almadesign, uma empresa de design portuguesa. “Tentamos sempre ter componentes nacionais”, explica o guia do novo modelo da TAP.

Na parte inferior dos bancos existem entradas USB para quem se quiser ligar. “O USB é aqui em baixo ministro, é só passar a mão”, explica Antonoaldo, que está já familiarizado com o avião. A área executiva está apetrechada de funcionalidades concebidas para dar uma melhor experiência ao passageiro. Os assentos são como poltronas, e podem reclinar, para além de terem um encosto para os pés que se pode puxar. Nos voos de longo curso os passageiros até podem dormir.

À frente têm ecrãs ajustáveis e comandos para regulação da temperatura. Para quem deseja mais privacidade existem divisórias que se podem puxar. Como o aparelho ainda está na fase de testes é possível observar uma zona com os mecanismos expostos. Os empresários brincam que “o voo de teste vai ter um dj”.

O avião segue agora para o Rio de Janeiro, sendo a TAP a primeira operadora do mundo a voar o novo modelo. Os passageiros só terão a oportunidade de estrear o avião no final do ano, em novembro ou dezembro.

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TAP tem 122 milhões de euros retidos em Angola

  • ECO
  • 25 Abril 2018

A maior parte do dinheiro (80,8 milhões) está aplicado em títulos de dívida de curto prazo, uma forma de contornar as dificuldades no repatriamento de capitais.

Ao todo são 122,4 milhões de euros que a TAP tem retidos em Angola. O dinheiro está na sua maior parte (80,8 milhões) aplicado em títulos de dívida de curto prazo, uma forma de se proteger o dinheiro retido por dificuldades na obtenção de divisas para a expatriação do capital, avança esta quarta-feira o Público (acesso condicionado).

O montante aplicado em dívida de curto prazo do Estado angolano, o dobro do valor registado no final de 2016, revela o relatório e contas da transportadora, que tem no mercado angolano uma boa fonte de receitas. Esta opção da empresa justifica-se pela crise de divisas que tem afetado Angola na sequência da quebra do preço do petróleo que comprometeu o nível de receitas do país, altamente dependente desta matéria-prima. Isto porque as operações de compra de obrigações estão indexadas ao dólar e não ao kwanza, fortemente desvalorizado.

O kwanza angolano voltou a depreciar-se esta semana, face ao euro, pela terceira vez em abril, acumulando uma perda de quase 32% desde a aplicação do regime flutuante cambial, com taxas de câmbio formadas nos leilões de divisas. Esta depreciação, que foi mais acentuada em janeiro e que desde fevereiro tem rondado um ritmo de quase 1% por semana, foi confirmada pela Lusa com cálculos feitos a partir das taxas cambiais oficiais do Banco Nacional de Angola (BNA), de 1 de janeiro e de 25 de abril.

A TAP tem ainda 41,6 milhões de euros em depósitos bancários, denominados em euros, dólares e kwanzas, revela o relatório que tem ainda se ser aprovado em assembleia geral, agendada para 9 de maio, uma opção que se insere na mesma estratégia para contornar as dificuldades no repatriamento de capitais.

“A estratégia de investir em títulos do tesouro angolano foi bem-sucedida já que os mesmos estão vinculados ao dólar, o que permitiu minimizar o impacto da desvalorização do kwanza”, justificou fonte oficial da TAP quando questionada pelo Público sobre o grau de exposição ao mercado angolano.

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TAP cancelou 557 voos no primeiro trimestre, indica empresa de estatística

  • Lusa
  • 13 Abril 2018

Os dados são da empresa britânica de estatísticas OAG, que mensalmente divulga relatórios de pontualidade de companhias e aeroportos. Só em março, a transportadora registou 365 cancelamentos.

A transportadora aérea nacional TAP cancelou 557 voos durante o primeiro trimestre, segundo dados fornecidos pela empresa britânica de estatísticas OAG, que mensalmente divulga relatórios de pontualidade de companhias e aeroportos.

Em resposta a questões da agência Lusa, a empresa revelou o cancelamento de 75 voos da TAP em janeiro, enquanto em fevereiro verificaram-se 117.

Em março, a transportadora registou 365 cancelamentos, segundo fonte da OAG, que agrega dados enviados por companhias aéreas e autoridades, tendo “apenas começado a receber [informações] da TAP nos últimos meses”.

No relatório público mensal, as estatísticas da OAG mostraram que em março 1,6% dos voos da TAP foram cancelados e que 57,6% das chegadas não sofreram atrasos superiores a 15 minutos, num mês com 10.875 voos. No ‘ranking’ da pontualidade, a transportadora estava no 151.º lugar entre 156 companhias.

Neste mês, a mais pontual foi a T’way Air (Coreia do Sul) e a menos a Tassili Airlines (Argélia).

Em março de 2017, a companhia aérea nacional TAP somava 75,1% de chegadas sem atrasos e ocupava o 85.º lugar no ‘ranking’ de pontualidade entre 129 transportadoras, sem haver registo do número de voos cancelados.

No primeiro mês de 2018, nos relatórios publicados pela empresa de estatísticas, a TAP cancelou 0,3% de voos e teve 75,1% de chegadas sem atrasos, o que se traduziu num 89.º posto em relação a pontualidades num ‘ranking’ de 155 companhias aéreas. O total de voos foi de 10.575 voos.

Em fevereiro de 2018, a TAP contabilizou 0,6% de cancelamentos, 75,7% de chegadas sem atrasos, tendo colocado a companhia na 83.ª posição entre 155 transportadoras na classificação da pontualidade. No segundo mês do ano registaram-se 9.376 voos.

Sobre outras companhias portuguesas, o último boletim estatístico divulgado pela OAG mostra a SATA Air Açores em 149.º lugar (59% de chegadas sem atrasos e 3,6% de cancelamentos) no ‘ranking’ de pontualidade de março de 2018. O número total de voos foi 1.041.

Sobre a Azores Airlines (ex-SATA International), a lista de março revela 493 voos e um 154.º posto na pontualidade (41,2% sem atrasos e 3,2% de cancelamentos).

De Portugal consta ainda a Aero VIP, com 388 voos regionais, e que teve 94,3% chegadas sem atrasos e 1,6% de cancelamentos, enquanto a Orbest (filial da Evelop Airlines) operou com sucesso todos os 12 voos no terceiro mês de 2018.

Na análise estatística de 1.194 aeroportos em março de 2018, Lisboa ficou no 1.176 .º lugar de pontualidade (47,7% de partidas sem atrasos e 1,3% de cancelamentos).

Em termos de movimentos, com 8.318 voos o aeroporto da capital foi a 82.º infraestrutura, entre 1.200, a contabilizar mais ligações.

O Porto estava na 1.158.ª posição na pontualidade (53% de partidas sem atrasos e 2,1% de cancelamentos e 3.331 voos), enquanto Faro seguia no 1.140.º posto (57% de partidas sem atraso, 1,4% cancelamentos e 1.393 voos) e o Funchal no 1.113.º lugar (61% de partidas sem atrasos, 5,3% cancelamentos e 845 voos).

No arquipélago dos Açores, Ponta Delgada ocupou o 1.141. º posto na lista da pontualidade (56,8% partidas sem atrasos, 1,5% de cancelamentos e 621 voos), o aeroporto da Terceira seguiu em 1.128. º lugar (58,6% de partidas sem atrasos, 1,9% de cancelamentos e 410 voos) e a Horta esteve no 1.173.º posto (49,3% de partidas sem atrasos, 7,9% cancelamentos e 161 voos).

Esta lista de março foi liderada pelo aeroporto alemão Saarbruecken (99,1% de chegadas sem atrasos, 0,9% de cancelamentos e 219 voos), enquanto no extremo oposto esteve o aeroporto da localidade venezuelana Barcelona, a 300 quilómetros de Caracas, (14,8% de chegadas sem atraso, 5,3% de cancelamentos e 243 voos).

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TAP vende dois aviões ao China Development Bank

  • ECO
  • 10 Abril 2018

Transportadora portuguesa vendeu dois dos 14 novos aviões A330-900Neo que encomendou à Airbus ao China Development Bank. Mas vai manter os equipamentos em regime de leasing.

Dois dos novos Airbus A330-900Neo que a TAP tem encomendados foram já vendidos ao China Development Bank. O contrato estabelece, porém, que a transportadora portuguesa vai manter os dois aviões em regime de leasing.

De acordo com a agência Reuters, o preço de tabela destes dois aviões é de cerca de 592,8 milhões de dólares, cerca de 480 milhões de euros.

O consórcio Atlantic Gateway, que detém a maioria do capital da companhia aérea portuguesa, encomendou à fabricante Airbus 14 aeronaves A330neo. O primeiro dos aviões deverá chegar a Portugal em julho, com um atraso significativo face a inicialmente esperado — a transportadora esperava ter começado a receber os aviões no final de 2017.

A TAP está a fazer um investimento significativo na renovação da frota. Em causa estão 70 milhões de euros, não só para a compra de novos aparelhos, mas também para atualizar os interiores da frota existente. Em 2015, a TAP anunciou que ia acrescentar 53 novos aviões à sua frota, onde se incluem estes 14 A330neo, as novas aeronaves de longo curso da Airbus. O antigo presidente da TAP, Fernando Pinto, reconheceu que Antonoaldo Neves, o seu sucessor, tinha “um enorme desafio” pela frente porque a TAP está “a fazer um grande investimento na compra de aeronaves, por isso, a gestão da tesouraria tem de ser extremamente consciente”. “Mas ele está bem preparado”, ressalvou, em entrevista ao Jornal das 8, na TVI.

A compra destes aparelhos obriga ainda a TAP a contratar mais pilotos. Em causa está contratação de 170 novos pilotos.

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Governo reconhece papel importante de Fernando Pinto na TAP

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2018

O Governo reagiu à saída de Fernando Pinto da presidência executiva da TAP, após 17 anos na empresa. Expressa "inequívoco reconhecimento" pelo trabalho do gestor.

O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas manifestou esta quinta-feira “inequívoco reconhecimento” pelo trabalho de Fernando Pinto nos últimos 17 anos na transportadora aérea TAP, após o dirigente ter anunciado a saída e o seu sucessor, Antonoaldo Neves.

“No momento em que Fernando Pinto cessa funções como presidente da Comissão Executiva, o Governo manifesta o seu inequívoco reconhecimento pelo papel que desempenhou no equilíbrio e desenvolvimento da TAP na última década e meia”, indica a tutela em comunicado. Fernando Pinto anunciou esta quinta-feira que vai deixar a presidência executiva da TAP no final deste mês, numa carta dirigida aos funcionários da companhia aérea portuguesa e em que informa sobre o seu sucessor, Antonoaldo Neves.

Governo confirma recondução da atual administração por parte do Estado

O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas informa que “vai propor a recondução”, através da participação da Parpública na empresa, do conselho de administração presidido por Miguel Fransquilho, e também composto por Ana Pinto Silva, António Menezes, Bernardo Trindade, Diogo Lacerda Machado e Esmeralda Dourado, durante a próxima assembleia-geral da TAP, marcada para 31 de janeiro. “Na mesma assembleia-geral, será eleita uma nova Comissão Executiva, a qual, de acordo com o Acordo Parassocial da empresa, será designada pelos acionistas privados após consulta ao Estado”, adianta o executivo.

Na carta aos trabalhadores, Fernando Pinto indica estar “absolutamente seguro de que, com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento”. “Assim, o meu sentimento hoje é de absoluta realização profissional e pessoal. De missão cumprida. A empresa está no bom caminho e sinto-me plenamente realizado”, refere a missiva.

Na carta iniciada com a expressão “caros colegas”, Fernando Pinto diz que é com “grande orgulho” que comunica a sua saída “em breve” da direção executiva da TAP, onde esteve 17 anos e permanecerá como assessor “nos próximos dois anos”. No texto de 15 parágrafos, o ainda responsável da TAP multiplica elogios aos trabalhadores da empresa, que é “três vezes maior” do que à sua chegada e que “cresceu muito também nestes dois anos de privatização”.

“O nosso caminho é crescer. E irei acompanhar esse crescimento de perto, uma vez que continuarei ligado à companhia nos próximos dois anos enquanto assessor da TAP. Não é assim, nem jamais será, um adeus”, lê-se ainda na carta.

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Pinto aterrou em Lisboa em 2000. O que fez nestes 17 anos?

  • Rita Atalaia
  • 11 Janeiro 2018

A companhia área reúne numa cronologia os principais momentos da empresa sob a liderança de Fernando Pinto, que está agora de saída.

1 de abril de 2004. O Presidente do Conselho de Administração da TAP, Cardoso e Cunha acompanhado pelo Administrador-delegado, Fernando Pinto e todos os outros membros da administração, durante a apresentação dos resultados da empresa no ano de 2003.Paulo Carriço / Lusa

Fernando Pinto vai deixar a presidência executiva da TAP, a companhia aérea portuguesa. A saída deverá acontecer no final de janeiro e já há substituto: Antonoaldo Neves, que é atualmente administrador da aérea portuguesa. Apesar de, em outubro, Fernando Pinto ter garantido que não iria sair “em breve” da empresa, o discurso mudou na segunda metade de dezembro, afirmando depois sentir-se “absolutamente realizado” com o trabalho levado a cabo na companhia durante os últimos 17 anos. É com base neste período que a TAP reúne os principais momentos numa cronologia.

Os 17 anos de Fernando Pinto à frente da TAP

2000 – Fernando Pinto chega à TAP, acompanhado por uma equipa de gestão constituída por Manoel Torres, Michael Conolly e Luiz da Gama Mór. TAP opera para 38 destinos, com 35 aeronaves. 5,4 milhões de passageiros transportados. O resultado da TAP nesse ano foi de 110 milhões de euros negativos;

2003 – Governo cria a TAP SGPS, no âmbito da reestruturação económico-financeira da companhia aérea portuguesa. Nesse ano, a TAP SA tem resultados positivos de mais de 19 milhões de euros;

2005 – TAP faz 60 anos. A 1 de fevereiro é apresentada a nova imagem que integra um novo logótipo, o quinto desde que a TAP foi fundada, e uma nova designação: “TAP Portugal”. A 14 de março, a TAP integra a Star Alliance, a primeira e maior aliança de companhias aéreas em todo o mundo. E fecha o ano com resultados positivos superiores a três milhões e 600 mil euros. O então ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mexia, garante que Fernando Pinto continua à frente da companhia. Fernando Pinto assume Presidência da Associação de Companhias Aéreas Europeias (AEA);

2006 – Nova imagem da empresa é distinguida com o prémio Melhor Branding e Re-Branding. A TAP compra e assume o controlo da Variglog e da VEM, do antigo Grupo Varig (hoje TAP Manutenção e Engenharia), o maior Centro de Manutenção da América do Sul. Número recorde de 47 frequências semanais diretas para o Brasil;

2007 – Integração operacional da PGA na TAP. A empresa recebe o primeiro A330 diretamente do fabricante. Fernando Pinto como Presidente do Conselho da IATA (entre 2007 e 2008). TAP considerada 10.ª Companhia Aérea Mais Segura do Mundo (revista Newsweek);

2008 – A TAP atinge o recorde de 33.464 passageiros transportados num só dia. Mais de 8 milhões de passageiros transportados, mais um milhão que no ano anterior. TAP considerada a Companhia Aérea do Ano (prémios “Os 10 Mais do Turismo de 2007”);

2009 – Prémio “Planeta Terra 2010” (atribuído pela UNESCO e União Internacional de Ciências Geológicas), em reconhecimento do Programa de Compensação de Emissões de CO2 da TAP, a primeira companhia aérea do mundo a lançar este programa. TAP cresceu 20% no mercado brasileiro. Eleita Companhia Aérea Líder Mundial para a América do Sul (16ª edição World Travel Awards);

2010 – TAP Manutenção e Engenharia Brasil S.A certificada como Centro Autorizado de Serviços Embraer (EASC). TAP eleita “Melhor Companhia Aérea do Mundo”, pela revista Condé Nast Traveller. TAP, S.A. obtém o melhor resultado de sempre, com lucros de 62,3 milhões, que permitem regressar a uma situação líquida positiva;

2011 – TAP classificada como a Mais Segura Companhia Aérea da Europa Ocidental e a quarta Mais Segura de todo o Mundo (relatório JACDEC);

2012 – TAP ultrapassa os 10 milhões de passageiros transportados num único ano, um valor nunca antes alcançado;

2014 – Somam-se 11 novos destinos. Em 2014 tornou-se líder de operação no Brasil, com voos diretos à partida de Lisboa e Porto, para 12 destinos com voos bidiários em algumas rotas. Em 2000, quando o Engenheiro Fernando Pinto chegou, a TAP servia apenas cinco destinos no Brasil, nenhum diário, e alguns deles em voos combinados. TAP distinguida pela Câmara de Comércio Americana em Portugal com prémios AmCham, reconhecendo a companhia como veículo para a aproximação entre Portugal e os EUA;

2015 – Privatização da companhia aérea, consórcio Atlantic Gateway como novo acionista. Compra de 53 novos aviões e investimento de 70 milhões de euros para atualização dos interiores da frota existente. Fernando Pinto distinguido como “Gestor do Ano do Setor Privado”, pelos Amadeu Brighter Awards;

2016 – Com a extinção da marca PGA, nasce a marca TAP Express e a frota é renovada (17 novos aviões, oito aviões ATR72 e nove Embraer 190). Nova estrutura acionista. Criação da Ponte Aérea, com ligações diárias de hora a hora entre o Porto e Lisboa. Lançamento do programa Portugal Stopover. Mais de 90 mil clientes de todo o mundo da eDreams destacaram a TAP no TOP 10 das melhores companhias aéreas do mundo;

2017 – TAP recupera a designação “TAP Air Portugal” (utilizada entre 1979 e 2005). Mais de 14 Milhões de passageiros transportados, um crescimento de 21,7% face ao ano anterior. As rotas dos Açores e da Madeira, no seu conjunto, ultrapassaram pela primeira vez a marca de um milhão de passageiros. Pela primeira vez, a TAP ultrapassou também um milhão de passageiros num único ano no conjunto das rotas de África.

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Fernando Pinto escreve carta e diz que vai continuar como assessor da TAP nos próximos dois anos

De saída da presidência da TAP, Fernando Pinto adiantou em carta dirigida aos trabalhadores que vai continuar ligado à transportadora aérea como assessor nos próximos dois anos.

Fernando Pinto abandona funções como presidente executivo da TAP no final do mês. Mas vai continuar como assessor.Tiago Petinga / Lusa

“O nosso caminho é crescer. E irei acompanhar esse crescimento de perto, uma vez que continuarei ligado à companhia nos próximos dois anos enquanto assessor da TAP. Não é assim, nem jamais será, um adeus”. Em carta aos trabalhadores a que o ECO teve acesso, Fernando Pinto informou que está de saída da liderança da transportadora aérea portuguesa. Mas não é um adeus definitivo já que vai continuar como assessor da empresa nos próximos dois anos.

Numa longa missiva de despedida enquanto CEO da TAP, que acontecerá a 31 de janeiro, Fernando Pinto faz um balanço do que foram os últimos 17 anos da sua vida à frente da operadora aérea nacional. Esse balanço é “muito positivo” ainda que 15 anos desses 17 anos tenham sido “de sobrevivência” para a empresa, sublinha. De “sobrevivência à falta absoluta de capital, às imensas flutuações cambiais, à reestruturação da frota e por fim à chegada das low cost. Lembro-me de momentos de grandes desafios mas, acima de tudo, momentos de superação, em que foi possível, com a ajuda de todos, acreditar que a empresa tinha futuro”, conta o responsável brasileiro.

Por isso, diz que todos se devem “sentir felizes ao ver aquilo em que a TAP se transformou: numa empresa notável que em 17 anos triplicou o seu tamanho: três vezes mais receitas, três vezes mais passageiros, três vezes mais rotas e três vezes mais aviões”. “Hoje a companhia está presente em 85 destinos, em 35 países. Reconhecida com múltiplos prémios”, regozija-se.

É com grande orgulho que comunico que em breve estarei a afastar-me da direção executiva da nossa Empresa. Estes 17 anos na TAP foram a experiência mais enriquecedora da minha carreira. Não teria conseguido fazê-lo sem cada um de vós, de todos, os que já cá estavam quando cheguei e de todos os que foram entrando e que vi crescer profissionalmente com o passar dos anos, tal como a companhia.

Fernando Pinto

CEO cessante da TAP

Lembra que aterrou em Lisboa no início do milénio com a “missão de privatizar a empresa”, “um processo difícil, feito de muitos obstáculos e dificuldades”. Hoje em dia cerca de metade do capital da TAP pertence a investidores privados (consórcio Atlantic Gateway, de David Neeleman e Henrique Pedrosa) e o sentimento de Fernando Pinto é de “absoluta realização profissional e pessoal. De missão cumprida.”

Deixou a empresa no bom caminho e diz que cabe agora aos acionistas iniciarem um novo ciclo com a eleição do seu sucessor para o lugar de presidente executivo da TAP, o que deverá acontecer na próxima assembleia geral, a realizar no dia 31 de janeiro.

Sobre o seu sucessor, Antonoaldo Neves, as palavras não podia ser mais positivas. Considera que é a “pessoa certa” e que”Não podia estar mais contente e entusiasmado com a escolha para assumir os destinos da TAP. (…) É um profissional com grande know how no setor”, frisa Fernando Pinto. “Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento”, diz ainda.

Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento.

Fernando Pinto

CEO cessante da TAP

Despede-se dos trabalhadores com carinho e orgulho. Diz que são os melhores profissionais com quem teve o gosto de trabalhar e que também eles devem orgulhar-se do “contributo que deram para o crescimento do nosso país”.

(Notícia atualizada às 12h24)

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Quem é Antonoaldo Neves? Da Odebrecht, à McKinsey até chegar à presidência da TAP

  • Rita Atalaia
  • 11 Janeiro 2018

A administração da TAP está em processo de renovação. Fernando Pinto, o presidente executivo da companhia aérea, está de saída. E já tem substituto. Mas quem é Antonoaldo Neves?

A administração da TAP está em processo de renovação. Fernando Pinto, o presidente executivo da companhia aérea, está de saída. E já tem substituto: Antonoaldo Neves. Há vários anos ligado ao setor da aviação, o engenheiro de 42 anos foi, até ao ano passado, presidente da brasileira Azul e passou depois a ocupar um cargo de administrador na área portuguesa.

Com dupla nacionalidade, brasileira e portuguesa (o avô era de Oliveira de Azeméis), Antonoaldo Neves abandonou a presidência da Azul, de David Neeleman, em julho do ano passado. Passou depois a ser Chief Commercial Officer da TAP, ajudando a tomar as decisões estratégicos na empresa.

Neves, que começou sua carreira na Odebrecht como Engenheiro de Montagem de Obras Eletromecânicas, tem no currículo dez anos de experiência na McKinsey, onde chegou a ser sócio. Após um estudo da consultora sobre o setor aéreo, o Governo brasileiro, através do Secretariado da Aviação Civil do Brasil, nomeou-o membro do Conselho de Administração da Infraero, a empresa brasileira de aeroportos, ficando responsável pelo planeamento do setor aéreo brasileiro entre 2011 e 2012. Foi também diretor executivo da construtora Cyrela.

O executivo é formado em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, tem um MBA pela Darden School of Business da Universidade de Virgínia, EUA, e um mestrado em finanças corporativas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Antonoaldo Neves, natural de Salvador, na Baía, é casado, tem três filhos e mora atualmente em Cascais. Quando não está a gerir equipas, tem como hobbies o futebol, a corrida e o ciclismo.

Fernando Pinto vai deixar a presidência executiva da TAP no final de janeiro, de acordo com o Expresso. Apesar de, em outubro, Fernando Pinto ter garantido que não iria sair “em breve” da empresa, o discurso mudou na segunda metade de dezembro. Num encontro com jornalistas, disse que sentir-se “absolutamente realizado” com o trabalho levado a cabo na companhia durante os últimos 17 anos.

(Notícia atualizada às 12h com mais informação)

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Fernando Pinto deixa a TAP. Antonoaldo Neves é o sucessor

  • ECO
  • 11 Janeiro 2018

Fernando Pinto vai sair da presidência executiva da TAP no final deste mês. Estava na empresa há mais de 17 anos. Antonoaldo Neves vai suceder-lhe no cargo.

Fernando Pinto deixa um legado de quase duas décadas de trabalho na companhia aérea portuguesa.Paula Nunes / ECO

Fernando Pinto vai deixar a presidência executiva da TAP, a companhia aérea portuguesa. A saída deverá acontecer no final de janeiro, de acordo com o Expresso, que avançou a notícia. Segundo o jornal, o sucessor já terá sido escolhido: Antonoaldo Neves, de 42 anos, que é o antigo presidente executivo da companhia aérea brasileira Azul e atual administrador comercial da TAP. O anúncio da saída foi confirmado numa carta dirigida aos trabalhadores da empresa, a que a Lusa teve acesso.

“Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento. Assim, o meu sentimento hoje é de absoluta realização profissional e pessoal. De missão cumprida. A empresa está no bom caminho e sinto-me plenamente realizado”, lê-se na carta.

Apesar de, em outubro, Fernando Pinto ter garantido que não iria sair “em breve” da empresa, o discurso mudou na segunda metade de dezembro. Num encontro com jornalistas, disse que se sente “absolutamente realizado” com o trabalho levado a cabo na companhia durante os últimos 17 anos.

No entanto, questionado acerca da eventual saída, Fernando Pinto indicou: “Essa, obviamente, não é uma decisão minha.O gestor referia-se aos acionistas da empresa, algo que já tinha reiterado antes. Ora, em novembro, David Neeleman, um dos principais acionistas da TAP, disse, citado pelo Expresso: “Da maneira que ele quer ficar aqui, vai sempre ter um lugar. Sempre precisaremos da sabedoria e do conhecimento dele.”

Cheguei aqui com uma missão. A minha missão, foi-me dito no primeiro dia, era privatizar a TAP. Pois isso foi feito há dois anos.

Fernando Pinto

Mas a saída de Fernando Pinto da liderança da empresa acaba, assim, por se tornar realidade, na sequência do fim do mandato do gestor. Antonoaldo Neves, ex-líder da Azul, terá sido escolhido para o substituir. Os novos membros da administração deverão, até ao dia 16 de janeiro, ser propostos pela Parpública e pelos sócios privados da Atlantic Gateway, David Neeleman e Henrique Pedrosa.

Segundo o semanário, o filho deste último, David Pedrosa, irá manter-se na empresa, enquanto não deverão existir alterações nem oposição do lado do Estado. Diogo Lacerda Machado já o terá dito, sendo pragmático quando à não discordância do nome de Antonoaldo Neves para a liderança da TAP nesta nova era da companhia aérea.

Até aqui, Antonoaldo Neves era administrador comercial da TAP e já foi presidente executivo da Azul, empresa de David Neelman. É brasileiro e português, refere o mesmo jornal, que recorda também que, antes de entrar no mundo da aviação, o gestor de dupla nacionalidade era sócio da consultora McKinsey.

(Notícia atualizada às 11h34 com carta de Fernando Pinto aos funcionários da TAP, que confirma a saída)

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