Abutres levam Pharol a afundar 8%, Lisboa fecha ‘flat’
Praça portuguesa fechou a cair muito ligeiramente, pressionada pelas ações da Pharol. EDP Renováveis evitou queda maior.
Na vida animal, nunca é sinal de boas notícias quando vemos um grupo de abutres aproximar-se de um animal. É por isso que, nos mercados financeiros, se chamam fundos abutres àqueles fundos de investimento que costumam apostar em empresas falidas. Por esta razão, o interesse da Elliott Management, um dos fundos que entram nesta categoria, na operadora brasileira Oi foi sinalizado como perigo pelos investidores. Consequência? A Pharol, cujo principal ativo é a posição na Oi, afundou hoje mais de 8% na bolsa portuguesa.
Ainda assim, apesar desta queda acentuada, o PSI-20 fechou em zona quase ‘flat’. O principal índice português caiu uns ligeiros 0,14% para 4.370,89 pontos, sendo uma das poucas praças a fechar em terreno negativo na Europa. A evitar uma queda maior do índice de referência nacional estiveram os títulos da EDP Renováveis que, depois de uma semana horribilis com a eleição de Trump, registaram uma sessão de recuperação: as ações ganharam 1,29% até 5,9 euros.
O melhor desempenho em Lisboa pertenceu, ainda assim, à Sonae. Os títulos avançaram mais de 3% para 0,77 euros.
“A Sonae também manteve o comportamento positivo da semana passada que foi desencadeado pela publicação dos seus resultados e pela consequente série de subidas de preços-alvo”, referiram os analistas do BPI no comentário de fecho. “Em comunicado, a Sonae anunciou que vai abrir 10 lojas Wells até ao final do ano, reforçando a aposta na insígnia retalhista para a saúde e bem-estar e visando aumentar a cobertura em Portugal até às 200 unidades”, acrescentaram os analistas.
"A Sonae também manteve o comportamento positivo da semana passada que foi desencadeado pela publicação dos seus resultados e pela consequente série de subidas de preço-alvo.”
Na Europa, o arranque da semana foi timidamente positivo. Os ganhos de Madrid a Frankfurt situaram-se entre 0,2% e 0,5%. A destoar deste ambiente favorável ao risco esteve o FTSE Mib de Milão, que apresentou uma queda de 0,7%. Em Wall Street também se digeriam as notícias do dia após uma semana intensa com a eleição de Donald Trump.
“Os bancos e os produtores de matérias-primas lideraram os ganhos. De lembrar que estes foram dos setores que na semana passada mais beneficiaram com o resultado eleitoral, dada a expectativa de menor regulamentação no setor financeiro e a promessa política de maior investimento em infraestruturas”, explicaram os analistas do BPI.
O índice Bebanks, que acompanha o setor financeiro europeu, subiu cerca de 2%, com destaque para os títulos do Commerzbank, Credit Suisse, Bank of Ireland, Barclays e UBS, que encerraram a subir mais de 5%. Em Portugal, as ações do BCP avançaram mais de 1%.
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