Bruxelas prepara novo tipo de dívida senior para absorver perdas
Comissão Europeia está prestar a introduzir uma nova classe de obrigações seniores para acabar de vez com os resgates aos bancos financiados pelos governos europeus.
A União Europeia está a preparar a introdução de uma nova classe de obrigações seniores desenhada para absorver as perdas no caso de falência do banco, adiantou o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, citado pela Bloomberg.
A criação deste novo tipo de dívida faz parte do plano de Bruxelas para colocar um ponto final aos resgates financiados pela erário público, assegurando que serão os credores responder pelos prejuízos causadas numa eventual liquidação da instituição. Atualmente, há dois tipos de obrigações: subordinadas (juniores) e as seniores. E são os primeiros obrigacionistas que respondem pela falência do banco — além dos acionistas.
Neste momento, as autoridades europeias estão a definir o grau de elegibilidade desta nova classe de dívida sénior para absorver as perdas do banco. Isto é, a definir o nível de risco que vão representar este novo tipo de dívida que, na teoria, ficará entre o de uma obrigação sénior e uma subordinada.
“O que estamos a fazer é assegurar que há uma classe de ativos que está elegível para um resgate”, referiu o Dombrovskis, numa entrevista àquela agência. “Estamos a clarificar ou, se quisermos, a harmonizar a hierarquia dos credores para saber onde se situam”, explicou o responsável.
"“O que estamos a fazer é assegurar que há uma classe de ativos que está elegível para um resgate. Estamos a clarificar ou, se quisermos, a harmonizar a hierarquia dos credores para saber onde se situam.”
De acordo com as regras europeias, os acionistas e credores devem suportar perdas até 8% do total das responsabilidades do banco falido. Se necessário, também os obrigacionistas seniores serão chamados a financiar a liquidação da instituição.
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