Câmara de Lisboa quer reforço do orçamento para política da habitação

  • Lusa
  • 9 Novembro 2017

A vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa defendeu que “nada substitui o investimento público” na área da Habitação, exigindo que as novas políticas públicas tenham “tradução orçamental de peso".

A vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa defendeu hoje que “nada substitui o investimento público” na área da Habitação, exigindo que as novas políticas públicas tenham “tradução orçamental de peso” já no Orçamento do Estado para 2018.

No âmbito da primeira sessão pública “Para uma Nova Geração de Políticas de Habitação”, que decorreu em Lisboa, a vereadora Paula Marques disse que a autarquia da capital está empenhada em fazer parte do processo de construção de uma nova política nesta área para dar resposta “a carências antigas e a novos desafios”.

“As carências habitacionais atingem hoje uma diversidade de população, estendendo-se agora ao segmento de famílias com rendimentos intermédios”, avançou a autarca, lembrando que subsistem ainda carências nas camadas mais vulneráveis, pelo que “é necessária e urgente a resposta” neste âmbito.

"As carências habitacionais atingem hoje uma diversidade de população, estendendo-se agora ao segmento de famílias com rendimentos intermédios”, avançou a autarca, lembrando que subsistem ainda carências nas camadas mais vulneráveis, pelo que “é necessária e urgente a resposta”

Paula Marques

Vereadora da Câmara de Lisboa com o pelouro da Habitação

Paula Marques indicou que “nas últimas décadas, em particular nos últimos 10 anos, houve um desinvestimento na área da habitação”, criticando o facto de o investimento nesta área continuar a contar para o endividamento das autarquias.

Na perspetiva da vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, os principais problemas nesta aérea são “a especulação imobiliária, o crescimento do turismo, o fenómeno do alojamento local e as inerentes distorções que estes provocam”.

A autarca lembrou ainda a lei n.º 31/2012, que estabelece o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), “mais conhecida como a lei das rendas, que é da responsabilidade do anterior Governo [PSD/CDS-PP] e da responsabilidade direta da então ministra Assunção Cristas, que agudizou a precariedade dos contratos de arrendamento e provocou o despejo de milhares de famílias”.

Apesar do “esforço” feito já nesta legislatura para alterar a lei, Paula Marques advogou que “a verdade é que não foi suficiente”, referindo que os despejos resultantes da aplicação do NRAU continuam a verificar-se.

“Não será possível resolver todas estas questões sem uma política pública de habitação de âmbito nacional, que cruze diversas áreas como a política de solos, a política fiscal e a política de urbanismo”, defendeu a vereadora, considerando ser estruturante “garantir o acesso à habitação à população em geral, mas com particular incidência nas populações cujas habitações não reúnam condições de habitabilidade e das populações que estejam em situação de emergência e de extrema carência”.

"Não será possível resolver todas estas questões sem uma política pública de habitação de âmbito nacional, que cruze diversas áreas como a política de solos, a política fiscal e a política de urbanismo”

Paula Marques

Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro da Habitação

Para a autarca de Lisboa, as novas políticas públicas devem traduzir-se num investimento em habitação pública que aumente a oferta para responder às diversas dificuldades, nomeadamente “um amplo programa de acesso à habitação acessível” com a mobilização de propriedade pública para uso habitacional.

Em relação à propriedade pública da Administração Central, Paula Marques disse que, “embora possa e deva ser gerida também pelas autarquias, é fundamental que continue na esfera pública”.

A vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa apontou ainda como prioridades a definição de regras que permitam regular o mercado, o investimento em reabilitação urbana e uma política fiscal moderada para arrendamentos de longa duração a preços acessíveis.

“Para uma Nova Geração de Políticas de Habitação”, a autarca afirmou que é necessária a mobilização de vários setores para que se possa dar resposta cabal às diversas necessidades, designadamente o setor privado e, naturalmente, o setor da economia social e solidaria, mas “nada substitui o investimento público”.

Dirigindo-se à secretária de Estado da Habitação, que esteve presente na sessão pública para apresentação do projeto de “uma nova geração de políticas”, Paula Marques frisou que “é fundamental que haja tradução orçamental de peso e já neste Orçamento do Estado” para a concretização das novas políticas.

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Fraude fiscal: banco com cadastro investe na baixa lisboeta

  • ECO
  • 9 Novembro 2017

O banco suíço envolvido em fraude fiscal recorre a fundo luxemburguês para investir em Lisboa. Comprou um edifício arrendado pela Sonae e tem planos de subir a renda.

Um banco suíço com história de fraude fiscal está a investir na baixa lisboeta através de um fundo luxemburguês, segundo revela esta quinta-feira o Expresso Diário (acesso pago). O banco sueco Reyl, que pagou uma sanção por ter ocultado fundos de um antigo ministro francês, está no centro deste caso, fazendo uso de um veículo chamado Portugal Real Estate Opportunities Fund, com base no Luxemburgo.

Segundo escreve o Expresso, o fundo do banco Reyl já juntava 120 milhões de euros para investir em imobiliário em Portugal no final de 2016, valor que deverá ter crescido entretanto — 6,66 milhões de euros foram usados para adquirir o edifício Duque de Loulé, em Lisboa, em maio deste ano.

O mesmo fundo já adquiriu imobiliário na zona do Saldanha, de Picoas e do Parque das Nações em Lisboa, incluindo um edifício de escritórios que é arrendado pelo grupo Sonae. “O edifício é ocupado a 100% por um único inquilino de primeira linha”, cita o Expresso, a partir do relatório e contas de 2016 do Portugal Real Estate Opportunities Fund. “A estratégia para o ativo é capitalizar uma subida da renda no final de 2018, quando o atual contrato de arrendamento termina”.

O fundo, auditado pela PwC, já trabalhou com a empresa portuguesa FinSolutia, que gere carteiras de crédito e é administrada por Nuno Espírito Santo Silva, com laços ao antigo BES Investimento. E há mais ligações com o universo do Grupo Espírito Santo: o fundo já fora gerido pela ES Bankers Dubai Limited, pertencente ao mesmo grupo.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 9 Novembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das melhores para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O Web Summit e o Orçamento do Estado para 2018 estiveram em destaque esta tarde.

A startup francesa de distribuição e armazenamento de medicamentos Lifeina venceu a edição de 2017 do concurso de pitch do Web Summit. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira pela presidente do júri do pitch, Daniela Gerd tom Markotten, no palco principal, antes de Al Gore subir ao palco.

Para poupar as rendas anuais (cerca de 12 milhões de euros, pagas desde 2008), o Governo quer tirar os tribunais e serviços centrais de Justiça do Campus de Justiça, em Lisboa.

As ações dos CTT voltaram, esta quinta-feira, às quedas acentuadas e, desde o início do ano, já perderam metade do seu valor: em vez dos 6,445 euros com que entraram em 2017, cada título fechou a sessão de hoje a valer apenas 3,26 euros.

A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, pediu ao Governo que esteja atento ao turismo, não só por ser “um dos componentes mais voláteis da procura externa”, mas especialmente por estar a levar a um aumento dos preços do imobiliário, que provocou, em parte, a crise de 2011.

O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, admitiu esta tarde alargar o Complemento Solidário para Idosos (CSI) a grupos específicos de pensionistas que ainda não têm idade para aceder ao apoio, mas que contam com longas carreiras contributivas.

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Declaração de independência catalã foi “simbólica”, diz Presidente do Parlamento catalão

  • Lusa
  • 9 Novembro 2017

Parlamentares catalães consideraram "simbólico" declaração de independência para minimizarem as medidas que serão aplicadas caso sejam considerados "cúmplices" desse processo.

A presidente do parlamento catalão e os membros da mesa da instituição, que estão a ser ouvidos pelo Supremo Tribunal, afirmaram que acatam a intervenção do Governo espanhol na Catalunha e consideram que a declaração de independência tinha “caráter simbólico”.

Fontes jurídicas citadas pelos órgãos de comunicação social afirmaram, na tarde desta quinta-feira, que os parlamentares catalães ouvidos até agora tomaram esta posição para minimizarem as medidas que forem aplicadas no caso de serem considerados culpados por ajudarem o processo que levaria à criação de uma república independente na Catalunha.

Segundo as mesmas fontes, que pediram para que os seus nomes não fossem citados, a presidente do parlamento regional disse ao juiz que “sempre permitiu o debate sem prejudicar o resultado nem controlar o conteúdo, com o objetivo de preservar o direito à atividade parlamentar e o debate livre”.

Carme Forcadell também afirmou que, se tivesse evitado um debate parlamentar, “haveria um incumprimento da legalidade aplicável à Mesa do parlamento [catalão], da legalidade internacional e dos princípios do Estado democrático”.

A responsável parlamentar defendeu que cumpriu as suas funções ao assegurar a “soberania do parlamento e os direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e o direito de iniciativa dos deputados”, tendo explicado que não pode fazer um controlo “de fundo” das iniciativas parlamentares nem impedir votações.

Carme Forcadell e os cinco deputados regionais, todos membros da Mesa da instituição, estão a ser ouvidos, esta quinta-feira, pelo Tribunal Supremo de Justiça espanhol, em Madrid, por suspeitas de delito de rebelião, sedição e desvio de fundos públicos.

Os seis foram acusados pelo Ministério Público de terem apoiado a tentativa, considerada ilegal pelo Tribunal Constitucional, de criar uma república independente na comunidade autónoma da Catalunha que culminou coma votação em 27 de novembro último de uma declaração unilateral de independência.

O Governo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, ativaram no mesmo dia um artigo da Constituição espanhola que lhes permitiu dissolver o parlamento regional, anunciar a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e destituir todo o governo catalão.

Carme Forcadell respondeu esta quinta-feira às questões colocados pelo delegado do Ministério Público no Tribunal Superior de Justiça, em Madrid, ao contrário do que tinha acontecido em outras audiências, em Barcelona.

Depois de ouvir os seis suspeitos, o Ministério Público poderá ainda hoje pedir medidas cautelares que podem ir da retirada dos passaportes até à prisão.

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Hipóteses do Porto para acolher Agência Europeia do Medicamento estão a diminuir

  • ECO
  • 9 Novembro 2017

O Financial Times diz que as cidades favoritas para acolher a Agência Portuguesa do Medicamento são Milão e Bratislava. A cidade do Porto não aparece entre os favoritos.

O Financial Times escreve esta quinta-feira que Bratislava e Milão são as duas favoritas para acolherem a sede da Agência Portuguesa do Medicamento. A estas juntam-se ainda Amesterdão e Copenhaga, segundo diplomatas seniores da União Europeia consultados pelo jornal britânico.

O Porto, que no início do mês de outubro era dado, segundo um estudo da EY, como fazendo parte dos cinco favoritos está agora de fora.

Os mesmos diplomatas adiantaram ao FT que existe um “lobby massivo” para captar a sede da EMA (sigla em inglês). Em causa está não só os mais de 900 funcionários que a agência comporta como os mais de 35 mil visitantes, sobretudo reguladores e cientistas que procuram a EMA devido ao seu papel fundamental na aprovação de medicamentos.

A decisão final será conhecida a 20 de novembro e será feita através de votação secreta dos ministros da União Europeia. Na mesma data será também conhecida a cidade que irá albergar a Autoridade Bancária Europeia. Neste caso, as cidades melhores posicionadas são Dublin, Frankfurt e Paris.

A recolocação da EMA surge no âmbito de um procedimento desencadeado pela União Europeia, no âmbito do Brexit.

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Justiça gasta 2,6 milhões para reabilitar Supremo Tribunal

Mais de 30,4 milhões de euros vão ser canalizados para a Justiça em 2018. Governo quer reabilitar Supremo, construir nova prisão de Ponta Delgada e adquirir 85 viaturas por 3 milhões de euros

Um novo tribunal para Beja, um novo DIAP em Penafiel, construção da nova prisão de Ponta Delgada, nova sede do Instituto Nacional de Medicina Legal do Porto e reabilitação do Supremo Tribunal de Justiça são algumas das metas que o Governo – na área da Justiça – tem previstas para 2018. Só no caso do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) – localizado em pleno Terreiro do Paço – estão ‘reservados’ 2,6 milhões de euros. Tal como a prisão de Ponta Delgada, nos Açores.

Segundo o documento explicativo do Ministério da Justiça (MJ) relativo ao Orçamento do Estado de 2018, “a despesa mais importante no investimento de 2018 destina-se à execução das obras de adaptação e requalificação a qual se insere no Plano de Requalificação e Reabilitação dos Edifícios dos Tribunais”, diz o mesmo documento.

A despesa total consolidada da área da Justiça prevista no Orçamento de Estado de 2018 é de 1.383,7 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 7,7% face à estimativa para 2017.

Segundo o relatório do Orçamento do Estado, para o crescimento da despesa contribui em grande medida o orçamento de projetos, que evidencia um crescimento de 198,1% (23,2 milhões de euros) e deve-se essencialmente à Modernização das Tecnologias de Informação e Comunicação dos Tribunais e da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ), projetos para a Modernização dos Registos e Notariados e aquisição de viaturas especiais de segurança prisional (85 viaturas por três milhões de euros).

Quanto às políticas de justiça, o Governo procurará, com este orçamento, garantir o reforço do combate ao crime, prosseguindo a introdução de medidas de simplificação processual, de requalificação e reforço das infraestruturas físicas e tecnológicas que garantem a segurança e robustez dos sistemas de informação, bem como dos novos serviços associados e de transformação digital associados ao programa Justiça + Próxima.

“Importa ainda assegurar e reforçar a formação e requalificação dos recursos humanos da área da justiça, a monitorização dos ajustamentos ao mapa judiciário e a reavaliação da reforma judiciária”, refere a proposta.

O Governo promete ainda prosseguir com medidas que visem a agilização processual e a redução das pendências nos tribunais e à melhoria da capacidade de gestão processual das unidades administrativas de apoio aos tribunais e das conservatórias. “O Governo assume como prioridade reforçar o serviço público de Justiça de excelência, eficiente e célere ao serviço da proteção efetiva dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, que constitua também um elemento de confiança para os agentes económicos”, realça o documento.

A apresentação do plano de relocalização dos tribunais do Campus de Justiça de Lisboa e dos serviços centrais do Ministério da Justiça e o alargamento do modelo de atendimento dos tribunais, designado por Tribunal +, a um conjunto alargado de tribunais do país são outras das pretensões do Governo, a par do desenvolvimento das plataformas tecnológicas dos tribunais, o qual abrange o projeto de Desmaterialização dos Processos nos Tribunais Judiciais (CITIUS) e SITAF (dos Tribunais Administrativos e Fiscais).

A agilização e simplificação da tramitação dos processos de execução (cobrança de dívidas e penhoras), a redução das pendências e o reforço dos recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos da Polícia Judiciária, designadamente para o combate ao terrorismo, ao cibercrime e ao crime económico, são outros objetivos a alcançar.

Com este orçamento, o Governo quer ainda criar um novo regime de proteção às vítimas de crime e dar início ao programa de requalificação do sistema de reinserção social, prisional e tutelar educativo.

O reforço do sistema nacional de vigilância eletrónica, da instalação de sistemas de videovigilância e equipamentos complementares de segurança nas prisões e a melhoria da prestação de cuidados de saúde nas cadeias e centros educativos, em articulação com o Ministério da Saúde, são outras políticas de justiça anunciadas com este orçamento de Estado.

A ministra da Justiça Francisca Van Dunem vai esta sexta-feira ao Parlamento para ser ouvida na especialidade quanto ao OE para a Justiça perante os deputados.

 

 

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Marcelo: “Portugal merece” Web Summit em 2019 e 2020

Marcelo Rebelo de Sousa resumiu o seu discurso em cinco pontos fundamentais. E agradeceu a Paddy e aos portugueses pela 'revolução'.

Marcelo e Paddy Cosgrave no último dia de Web Summit.Paula Nunes/ECO

E, no último dia, veio Marcelo. O Presidente da República acompanhou Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, nas despedidas desta segunda edição em Lisboa. No palco principal, perante um Altice Arena completamente cheio, prometeu “cinco palavras em cinco minutos”. E cumpriu.

  1. “Gratidão: Obrigado Paddy. Obrigada ao Governo e, sobretudo, obrigada a vocês. Isto foi ainda melhor do que no ano passado”.
  2. “Orgulho: Tenho orgulho nos portugueses”.
  3. “Parabéns: Todo o resto está dito. Milhares de pessoas passaram por cá: vocês estão a fazer uma revolução. Não só têm a revolução no vosso DNA: vocês são os transformadores, estão a mudar o mundo, a cultura, a maneira como se vive”.
  4. “Preocupação: estou preocupado com alguns políticos, não com todos mas com alguns. Eles negam a realidade, as alterações climáticas. Esta revolução significa mudanças drásticas para muita gente.”
  5. “Esperança: espero que o nosso ponto de encontro seja em 2019 e 2020 seja Lisboa, Portugal. Espero, porque o merecemos. Por isso, toda a gente, aqui, à mesma hora, no ano que vem. Vemo-nos cá.”

 

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Al Gore: “Vamos fazer a nossa parte, independentemente do Presidente Trump”

O norte-americano esteve em Lisboa para fechar o Web Summit. No palco principal, apelou à ação.

Vocês, que têm negócios, têm mais impacto do que praticamente qualquer outro grupo no mundo inteiro”, reforça Al Gore. “Agora é a vossa vez”, diz. Enquanto elogia a ação dos empreendedores que veio “recrutar” para a sua causa, garante que os EUA vão cumprir o seu papel no acordo de Paris “independentemente do Presidente Trump”.

Al Gore no palco principal do Web Summit 2017.Paula Nunes/ECO

O “negócio está a liderar” e “os políticos a atrasar”, diz Al Gore. É aos empreendedores do Web Summit que se dirige porque, acredita, “podem ter mais poder do que qualquer pessoa” no combate às alterações climáticas. “Obrigado por o que estão a fazer. Já estão a fazer uma grande diferença”, diz, referindo-se à evolução a nível tecnológico em que as startups estão a participar.

A primeira questão a que Al Gore tentou responder no seu discurso foi “Temos de mudar?”. O político respondeu assertivamente: “Claro que temos de mudar! Não podemos condenar a próxima geração!” conclui, elevando o tom da voz entusiasticamente.

O meu papel aqui é recrutar-vos para resolver o problema.

Al Gore

Ativista

A segunda incerteza que se impõe, segundo o político, é “Podemos mudar?”. Sim. E por fim, “Vamos mudar?”. “O meu papel aqui é recrutar-vos para resolver o problema”, responde Al Gore.

Mas a intervenção de Al Gore não foi apenas recrutamento: houve mais. Depois de reunir por cerca de meia hora com António Costa, Al Gore dá inúmeros exemplos, por todo o mundo, de desastres naturais causados pelas alterações climáticas. “Tem também acontecido aqui em Portugal”, nomeia.

Por fim, Al Gore agradeceu às tecnológicas que estão presentes no Web Summit e a contribuir com o seu trabalho para criar soluções amigas do ambiente. “Obrigado por o que estão a fazer. Já estão a fazer uma grande diferença”.

 

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Governo admite alargar CSI a outros pensionistas com longas carreiras

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 9 Novembro 2017

O BE voltou a defender que é preciso compensar aqueles que passaram à reforma antecipada na legislatura de Passos com cortes agravados. Vieira da Silva admite alargar CSI em casos concretos.

O ministro do Trabalho e da Segurança Social admitiu esta quinta-feira alargar o Complemento Solidário para Idosos (CSI) a grupos específicos de pensionistas que ainda não têm idade para aceder ao apoio mas que contam com longas carreiras contributivas. Esta foi a resposta de Vieira da Silva ao Bloco de Esquerda, que voltou a insistir numa solução para compensar todos aqueles que pediram reforma antecipada no período de governação de Passos Coelho e que contaram com cortes significativos.

“O OE dá já um passo importante no sentido de alargar o Complemento Solidário para os pensionistas de invalidez, mesmo que não tenham a idade legal de reforma”, adiantou Vieira da Silva, acrescentando: “Julgo que existe espaço para discutirmos se outros pensionistas com carreiras contributivas sólidas e longas não deverão ter uma opção semelhante”.

O CSI é um apoio atribuído a partir da idade legal de reforma (66 anos e três meses em 2018, aumentando um mês em 2019) a pensionistas com reformas de valor reduzido. Vieira da Silva notou hoje que o Orçamento do Estado já admite alargar o critério de idade quando estão em causa pensionistas de invalidez, e admite agora ir mais longe.

Na audição, o deputado bloquista José Soeiro voltou a defender que é preciso compensar os pensionistas que passaram à reforma na legislatura anterior, com cortes significativos, apontando para pessoas com 30 ou mais anos de descontos que sofreram cortes que chegaram a 70% e que acabaram com uma prestação de pouco mais de 200 euros. Ainda assim, estas pessoas não podem aceder ao CSI porque ainda não preenchem o requisito de idade exigido, adiantou.

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CTT voltam a afundar. Ações já perdem metade do valor este ano

Os CTT continuam numa espiral vendedora na bolsa. As ações dos correios voltaram esta quinta-feira às quedas acentuadas e desde o início do ano já perdem metade do seu valor.

Os CTT continuam numa espiral vendedora na bolsa. As ações dos correios voltaram esta quinta-feira às quedas acentuadas e desde o início do ano já perdem metade do seu valor. Em vez dos 6,445 euros com que entraram em 2017, cada título fechou a sessão de hoje a valer apenas 3,26 euros.

Com uma queda de 4,63%, os CTT desempenharam o papel principal na evolução negativa do PSI-20. O principal índice português encerrou em baixa de 0,15% para 5.321,82 pontos, num dia de fortes perdas para os mercados europeus e americanos.

Para a cotada liderada por Francisco Lacerda, o tombo observado hoje não é novidade. Desde que cortou o dividendo em 20%, no dia 31 de outubro, na sequência dos maus resultados apresentados nos primeiros nove meses do ano, as ações dos CTT acumulam uma perda superior a 35%. Desde o início do ano, a queda é ainda mais acentuada: 49,5%. Ou seja, em 11 meses, os CTT emagreceram 480 milhões de euros na bolsa, passando de um market cap de 966 milhões de euros para 488 milhões de euros.

No total, foram 15 as cotadas nacionais que fecharam abaixo da linha de água, com destaque para os pesos pesados EDP e EDP Renováveis, que caíram 1,06% e 0,91%, respetivamente. Também a Pharol e a Ibersol cederam perto de 4%.

Do lado positivo, salvou-se a Nos: as ações ganharam 4,58% para 5,22 euros, depois de a operadora liderada por Miguel Almeida ter apresentado lucros de 33,6 milhões de euros no terceiro trimestre, mais 22% face ao mesmo período do ano passado. E a Galp ganhou 2,12%.

CTT voltaram a perder em força

“O PSI-20 conseguiu mitigar o impacto negativo da fraqueza que marcou as demais bolsas europeias. Para tal contribuíram as ações da Nos e da Galp”, referiram os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa. “Os resultados da NOS foram bem acolhidos pelo mercado, tendo a ação liderado as subidas do índice (…) A Galp beneficiou do resultado da emissão de 500 milhões de euros de dívida. Esta operação atraiu um forte interesse comprado”, explicaram ainda.

Lá por fora, a bolsa de Frankfurt liderou as perdas ao cair 1,5%. Paris cedeu mais de 1%.

(Notícia atualizada às 17h03)

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Governo quer garantir que trabalho de estudantes em férias não prejudica acesso a apoios

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 9 Novembro 2017

O ministro do Trabalho diz que o Governo quer garantir que o trabalho de estudantes em período de férias não prejudica o acesso a prestações sociais como o abono de família.

O Governo quer garantir que o trabalho de estudantes em período de férias não prejudica o acesso a prestações sociais como o abono de família. Falando perante os deputados, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, começou por explicar que esta matéria não está regulamentada e que o Orçamento do Estado “dá um primeiro passo no plano fiscal”, que o Executivo quer prosseguir na área da Segurança Social.

O trabalho de estudantes em período de férias “não é regulamentado em Portugal”, afirmou o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, acrescentando que “utiliza mecanismos contratuais que não são típicos desse tipo de atividades”.

O Orçamento do Estado para 2018 “dá um primeiro passo no plano fiscal que esperemos que seja prosseguido também na área da Segurança Social no sentido de permitir que os jovens estudantes nos seus períodos de férias possam desempenhar tarefas profissionais de acordo com os limites que a lei estabelece” e que “não os penalize do ponto de vista do acesso a um conjunto de prestações sociais”, nomeadamente mantendo o direito ao abono ou a bolsas nos casos em que estes são aplicáveis.

Recorde-se que o abono de família é um apoio social que depende de condição de recursos e que, por isso, só é atribuído a famílias com rendimentos abaixo de determinados limiares.

Vieira da Silva quer ainda garantir que “famílias não sejam penalizadas” nos “escalões de IRS”. Não avançou porém, como serão concretizadas as medidas.

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Francesa Lifeina vence concurso de pitch

Os franceses da Lifeina levaram para casa o cheque de 50.000 euros.

Lifeina venceu o concurso de pitch do Web Summit em 2017.

A startup francesa Lifeina venceu a edição de 2017 do concurso de pitch do Web Summit. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira no palco principal, antes de Al Gore subir ao palco.

A startup foi a última a apresentar o pitch horas antes mas saiu vitoriosa aos olhos do público logo que as votações arrancaram. “As pessoas com doenças têm que tomar a medicação mas têm muitas vezes vergonha. Acabam por ser uma grande despesa para os Governos”, disse o fundador da startup.

Lifeinthebox, o produto apresentado pela startup, é o “frigorífico mais pequeno do mundo” que não só conserva a medicação como também relembra o paciente de a tomar. “Não é só um frigorifico. É uma ferramenta para o coração e para a liberdade”, conclui.

Em resposta às questões do júri, o fundador da Lifeina assegurou que o produto “não é considerado um utensílio médico”, afastando assim os receios de que haja complicações em termos de regulação. Quanto a serem copiados, a startup explica que “temos tecnologia difícil de copiar”.

A vencedora ficou entre as três startups finalistas que foram ainda avaliadas por um painel de quatro jurados. Estiveram sob o escrutínio dos investidores Tom Hulme, da Google Ventures, Daniela Markotten, CEO da Daimler Fleetboard e Lydia Jett, do Softbank Vision Fund. A avaliar esteve também Casey Lau, o co-anfitrião do Rise, uma conferência organizada pelo Web Summit na Ásia. É também fundador do StartupsHK, uma comunidade de startups em Hong Kong.

Vencedora já tem 8.700 reservas de ‘mini frigorífico’

A ‘startup’ vencedora do concurso para empresas em fase inicial na conferência de tecnologia Web Summit, em Lisboa, já tem 8.700 pré-reservas para o ‘mini frigorífico’ portátil para medicamentos que custa pelo menos 150 euros, segundo o fundador.

Falando em conferência de imprensa, o presidente executivo da ‘startup’ francesa Lifeina, Uwe Diegel, indicou que o objetivo é vender o equipamento “em todos os países do mundo”, havendo já um total de 8.700 pré-reservas.

Uwe Diegel precisou que, para já, a Lifeina vai começar por apostar em países como os Estados Unidos, a Austrália e os europeus, por já saber “como funcionam”. Em 2019, o objetivo é passar a disponibilizar este equipamento na Ásia e na América Latina, apontou.

De acordo com o responsável, os preços “variam entre 150 e 250 euros”, dependendo do que o ‘pack’ traz – se apenas uma bateria ou mais e quais os acessórios.

A ideia para criar este ‘mini frigorífico’ portátil surgiu ao início por brincadeira para poder armazenar medicação do seu irmão, evitando colocá-la no frigorífico doméstico, confidenciou Uwe Diegel.

“É um negócio acidental”, admitiu, sustentando, ainda assim, que “os melhores projetos são guiados por necessidades”.Segundo a organização da Web Summit, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.

Com Lusa.

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