Dez aplicações para sobreviver nos festivais de verão

  • ECO
  • 20 Julho 2017

É tempo de festivais de música. Se gosta de música, descubra estas dez aplicações para telemóveis Android que prometem melhorar a experiência dos festivaleiros.

A popularidade dos festivais de música tem vindo a aumentar todos os anos, e são hoje marcos importantes no período das férias do verão. Estes estão bem recheados de festivais populares. O Nos Alive já lá vai, mas ainda faltam o Vodafone Paredes de Coura, o EDP Cool Jazz e o Meo Sudoeste, por exemplo — mas há muito mais para descobrir, dentro e fora de Portugal. A lista de festivais é longa e promete animar da melhor forma possível os dias de calor.

Para acompanhar de perto todos os momentos, a startup portuguesa Aptoide disponibiliza aos mais de 150 milhões de utilizadores da sua loja virtual uma lista recheada de aplicações que pretende ajudar os festivaleiros a não perderem as novidades, notícias e informações detalhadas dos cartazes. Estas aplicações vão ajudar a encontrar os melhores festivais, onde arranjar guarida e até a descobrir os amigos no meio da multidão. Conheça-as.

FestivAll

A FestivAll é uma aplicação quase obrigatória. É a mais atualizada base de dados de festivais de música na Europa, incluindo Portugal. A FestivAll permite fazer a pesquisa por país, por festivais, popularidade ou artistas. Depois da pesquisa, permite comprar o bilhete diretamente na aplicação.

Festival Buddy

Para que os festivaleiros não se percam dentro dos recintos, é aconselhável que tenham a app Festival Buddy, que permite assinalar os locais preferidos dentro do espaço. Esta aplicação pode ser usada como guia e os locais e direções são assinalados através do sinal GPS.

Airbnb

E porque sabe bem descansar depois de um concerto, nada melhor que descobrir o local perfeito para ficar hospedado através do Airbnb. Esta app abre as portas a mais de 600.000 alojamentos em mais de 34.000 cidades.

Bateria HD

Esta app é um gestor de bateria para o telemóvel ou tablet. É simples e pode ser calibrada especificamente para cada aparelho. A Bateria HD avisa qual a carga disponível e até a temperatura da mesma. Desta forma, é possível saber quanto tempo o utilizador tem disponível para ouvir música, falar ao telefone ou filmar o concerto preferido.

Shazam

A Shazam é já utilizada por mais de 100 milhões de pessoas por mês. Serve para identificar músicas, obter letras e até saber quais as música que os próprios artistas andam a pesquisar. No fundo, poderá descobrir o nome das músicas que não conhece no festival.

Friend Locator

É uma aplicação que serve para encontrar e localizar os amigos através do sinal de GPS. Uma vez instalada, basta ver no mapa da Friend Locator da aplicação onde estão os amigos. Os mapas são atualizados em tempo real, para que o utilizador possa saber rapidamente onde cada pessoa está.

Virtual Zippo Lighter

Este é um isqueiro virtual Zippo que abre com um movimento do pulso e acende uma chama. Desta forma, quando o artista pedir ao público para levantar os smartphones, em vez da luz de lanterna irá aparecer a imagem de um Zippo, relembrando os bons velhos tempos. Só para usar naquelas músicas mais melosas.

Musixmatch

E para quem gosta de cantar as músicas mas nem sempre sabe a letra, a Musixmatch é a app de eleição. Esta é das maiores coleções de letras de músicas do mundo, sendo já utilizada por milhões de pessoas para instantaneamente as lyrics, sincronizadas com o YouTube, Pandora, Spotify e outros serviços. Agora permite também obter traduções das músicas onde quer que o utilizador esteja. Como num festival, por exemplo.

Tradiio

A Tradiio é uma aplicação de música que funciona como um acelerador do sucesso dos artistas, colocando os utilizadores responsáveis por lançar novos artistas para a ribalta. Para os utilizadores que descobrirem talento, a app oferece vouchers, bilhetes e a hipótese de se ligarem aos seus artistas favoritos.

Storyo

Porque algumas memórias merecem uma boa história, esta é uma aplicação que automaticamente cria histórias a partir das fotografias do utilizador. A Storyo conta a história e cria vídeos únicos e personalizados dos momentos e experiências mais importantes.

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“Precisamos de ser mais pacientes em vez de mudar objetivo da inflação”

Mario Draghi em um problema de quatro biliões de euros para resolver. É este o tamanho do balanço do banco central com dívida pública. Quando é que começa a retirada dos estímulos?

Sem surpresas, o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) deixou inalterada a taxa de juro de referência na zona euro. Mas não é isso que os investidores querem saber de Mario Draghi. O presidente do banco central deverá ser confrontado pelos jornalistas com a questão da retirada dos estímulos. É um problema de quatro biliões que os investidores querem saber como vai ser gerido.

Acompanhe aqui em direto.

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Altice: “Governo não vê a importância” do investimento

Armando Pereira criticou esta quinta-feira o Governo português por não reconhecer a importância dos investimentos da empresa francesa em Portugal. O cofundador da Altice diz que vai continuar.

Armando Pereira, cofundador da Altice, natural de Vieira do Minho.Henrique Casinhas/ECO

Armando Pereira garantiu esta quinta-feira que os investimentos da Altice em Portugal são para continuar. Na passada sexta-feira, a empresa francesa anunciou que vai adquirir a Media Capital, dona da TVI e da Rádio Comercial. Em declarações transmitidas pela RTP, o cofundador criticou o Executivo por não reconhecer a importância dos investimentos feitos pela empresa em Portugal.

Muitas vezes o Governo português não vê essa importância. Mas nós não fazemos política. Somos industriais e só vemos uma coisa que é importante: fazermos um trabalho e dar trabalho aos portugueses”, afirmou Armando Pereira, em declarações feitas em Vieira do Minho, na inauguração do segundo call center da empresa. O cofundador da Altice diz ter “prazer” em trazer o que consegue para Portugal.

Mesmo se às vezes nos dizem ‘para que vêm para aqui, eles não nos querem, penso que não gostam de nós’, vamos continuar“, afirmou Armando Pereira, natural de Vieira do Minho. O cofundador da Altice admite que parece que em Portugal “não gostam” da empresa. Já na semana passada, na conferência de imprensa, o presidente executivo, Michel Combes, afirmou a empresa não está em Portugal “para fazer política”. “O que estamos a apresentar é um grande projeto para o país”, afirmou Combes.

A empresa voltou a estar na ordem do dia com o anúncio da compra da TVI e os problemas com os trabalhadores da PT. Ainda esta quarta-feira, no Parlamento, os dois assuntos estiveram em debate com os partidos à esquerda a pedir um travão no negócio, assim como uma intervenção mais forte na proteção dos trabalhadores. No entanto, o Governo remeteu a questão para os reguladores e a ACT.

Foi na passada sexta-feira, dia 14 de julho, que o grupo francês anunciou que chegou a acordo com a Prisa para comprar a Media Capital por 440 milhões de euros, depois de semanas de especulação. O negócio junta a operadora Meo à TVI, uma tendência de consolidação entre empresas de media e operadoras que já se verifica noutros mercados na Europa e América do Norte. Paulo Neves, da PT, passou a ser o chairman executivo da Altice Portugal e Claudia Goya passará a liderar a Meo.

No Debate do Estado da Nação, António Costa comentou o caso: “Partilho os receios sobre a evolução da PT [comprada pela Altice]. Porque receio bastante que a forma irresponsável como foi feita aquela privatização, possamos vir a ter um novo caso Cimpor e um novo desmembramento que ponha em causa não só os postos de trabalho como o futuro da empresa”. O primeiro-ministro foi mais longe, tendo sido posteriormente criticado: “Já fiz a minha escolha da companhia que utilizo”.

Na própria sexta-feira os analistas do BPI diziam que a operação poderá enfrentar “entraves políticos”. “Depois dos comentários do primeiro-ministro, António Costa, relativamente à Altice, acreditamos que possam existir barreiras políticas para a conclusão deste negócio por parte da Altice“, afirmou Pedro Oliveira, analista do BPI. A análise refere que a aprovação dos reguladores pode atrasar o negócio, principalmente se for feita uma “investigação aprofundada”.

(Atualizada às 13h56)

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Xara-Brasil Proença de Carvalho caça talentos com a Signium

  • ECO
  • 20 Julho 2017

O acordo feito pela empresa de gestão de talentos vai permitir o acesso a uma rede de 44 escritórios em 29 países em todo o mundo.

A Xara-Brasil | Proença de Carvalho estabeleceu uma parceria com a multinacional norte-americana Signium, duas empresas integradas no setor dos recursos humanos. Com este acordo, as empresas procuram potenciar a internacionalização, chegando a quase três dezenas de países.

“O acordo permite à empresa de consultoria na área da liderança e gestão de talento dirigida por Felipa Xara-Brasil e por Joana Proença de Carvalho a integração na Signium que conta com 44 escritórios em 29 países de todo o mundo”, de acordo com um comunicado. “A expectativa das duas empresas é que esta incorporação potencie sinergias e complementaridade de oferta nos mercados em que estas estão presentes”, acrescenta.

“A parceria com a Signium abre um novo capítulo da empresa e permite incrementar o potencial de internacionalização da nossa missão, conjugando-o com as necessidades dos nossos clientes”, diz a Xara-Brasil | Proença de Carvalho.

Ignacio Bao, chairman da Signium realça que, a “incorporação está em linha com o nosso compromisso contínuo para servir os nossos clientes e obter uma experiência personalizada e abrangente nos seus respetivos mercados”.

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Groundforce regressa a Faro. Promete criar 140 empregos

  • ECO e Lusa
  • 20 Julho 2017

A Groundforce Portugal regressou ao aeroporto de Faro, sete anos depois de "ter cancelado abruptamente" as operações no sul do país. Líder da empresa promete criar 140 novos postos de trabalho.

A Groundforce Portugal está de regresso ao aeroporto de Faro. Foi há sete anos que a empresa de logística cessou atividade naquela infraestrutura, regressando agora para “assegurar a assistência aos passageiros dos voos” de diversas companhias aéreas do grupo IAG, infirmou a companhia num comunicado.

“Para o início da operação, a Groundforce Portugal irá assegurar a assistência aos passageiros dos voos do grupo IAG – British Airways, Iberia, BA City Flyer, Vueling e Aer Lingus, numa altura em que o sul do país regista um incremento substancial de turismo e que coincide com a inauguração do novo terminal do aeroporto de Faro”, sublinha a empresa na mesma nota.

Segundo Paulo Neto Leite, presidente executivo da Groundforce Portugal, “esta operação vai gerar, a longo prazo, cerca de 140 novos empregos e criar novas oportunidades para algumas das pessoas que ficaram sem os seus postos de trabalho em 2010”. “O regresso a Faro comprova a recuperação da empresa e a sua robustez”, acrescentou.

A Groundforce junta as novas operações em Faro às que já leva a cabo nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Porto Santo, após ter atravessado um “profundo processo de reestruturação”. Esse processo foi “iniciado com a chegada da equipa de gestão liderada por Alfredo Casimiro, em 2012”, tendo a empresa voltado “aos resultados positivos”.

SITAVA convoca greve na Groundforce em Lisboa de três horas em 26 de julho

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) convocou esta quinta-feira uma greve dos trabalhadores da empresa de assistência em terra (‘handling’) Groundforce para a próxima quarta-feira, no aeroporto de Lisboa, para realização de um plenário.

De acordo com o aviso prévio da greve, em causa está o acordo com o Governo socialista, que possibilitou a desconvocação de uma greve alargada em dezembro último, em protesto contra a possibilidade de licenciamento de outras concorrentes, como a Groundlink ou a Ryanair, além de melhores condições de trabalho para os funcionários aeroportuários.

Segundo comunicado do SITAVA, a reunião geral de trabalhadores está prevista “das 15:00 horas às 18:00 do dia 26 de julho de 2017, na escala de Lisboa” e, “dada a modalidade de trabalho abrangida por este aviso prévio de greve, não há que formular qualquer proposta de definição de serviços mínimos”.

O SITAVA alerta ainda para o facto de o contrato entre a Groundforce e a TAP estar “a menos de um mês do final […] sem que se perspetive um acordo sustentável”, realçando os “mais de 2.300 trabalhadores” da empresa em causa. A empresa de ‘handling’ Groundforce é uma companhia de assistência à escala de passageiros, operações em pista e carga aérea, que opera em Lisboa, Porto, Funchal, Faro e Porto Santo.

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Salário mínimo: empresas vão ter 30 dias para pedir atualização dos contratos públicos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 20 Julho 2017

Portaria permite atualizar preço de contratos de aquisição de serviços. Empresas têm de provar que o aumento do salário mínimo teve impacto substancial no preço e Estado tem de autorizar.

Os contratos de prestação de serviços plurianuais celebrados com organismos públicos que tenham sentido o impacto do aumento do salário mínimo poderão ser ajustados com retroativos a janeiro. Mas, para isso, as empresas terão de requerer, a partir de sexta-feira e num prazo de 30 dias, a atualização extraordinária do preço. E depois ainda há um prazo para apreciação e autorização, cabendo a palavra final ao Estado. Por isso mesmo, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) teme que os efeitos práticos deste processo acabem por ser empurrados para o final do ano.

A medida foi negociada em concertação social: ao mesmo tempo que ficou acordado o aumento do salário mínimo de 530 para 557 euros em 2017, o Governo prometeu ajustar os contratos públicos plurianuais em que a remuneração mínima “tem forte impacto”. Nesse sentido, estão abrangidos os contratos anteriores a janeiro de 2017, que sofreram “impactos substanciais” com a subida do salário mínimo, indica a portaria publicada esta quinta-feira.

Que contratos estão então abrangidos?

Contratos de aquisição de serviços com duração plurianual em que, “comprovadamente, a componente de mão-de-obra indexada à Remuneração Mínima Mensal Garantida [RMMG] tenha sido o fator determinante na formação do preço contratual e tenham sofrido impactos substanciais” decorrentes do aumento do salário mínimo para 557 euros. Em causa estão os contratos:

  • Celebrados em data anterior a 1 de janeiro de 2017 ou
  • Celebrados depois de 1 de janeiro de 2017 mas que tiveram origem em procedimentos concursais cujas propostas tenham sido apresentadas antes de janeiro de 2017.

O que é preciso fazer?

A portaria entra em vigor amanhã. A partir daí, a entidade prestadora de serviços (cocontratante) pode, em 30 dias, requerer a atualização extraordinária do preço junto da entidade adjudicante.

O modelo de requerimento foi publicado em anexo à portaria e tem de ser acompanhado por um “relatório financeiro subscrito pelo Contabilista Certificado do cocontratante, que demonstre que o preço contratual acordado” acabou por sofrer “uma alteração não coberta pelos riscos próprios do contrato e com impactos substanciais” no seu valor, na sequência do aumento do salário mínimo.

Este relatório deve demonstrar nomeadamente que o preço não contava antecipadamente com o aumento do salário mínimo. De acordo com a portaria, o documento “deve evidenciar que os motivos que fundamentam o pedido de atualização especial do preço não foram devidos a defeito de previsão do cocontratante, nem eram inerentes ao risco próprio do contrato, demonstrando que não estava no preço inicialmente previsto o aumento antecipadamente esperado da RMMG, nem eram inerentes ao risco próprio do contrato, designadamente por variações de custos com salários, devendo os valores a considerar ser deduzidos das atualizações anuais já previstas no contrato e ter em consideração que esta componente salarial representa apenas parte do valor global do contrato”.

Quais os prazos de resposta?

A entidade adjudicante aprecia o requerimento no prazo máximo de 15 dias e se concluir que, de facto, o preço sofreu uma alteração que não está coberta pelos riscos próprios do contrato, deve submeter o processo aos membros do Governo das áreas setoriais e das finanças. A autorização deve depois constar de despacho conjunto destes membros do Governo (ou do órgão deliberativo ou executivo, no caso de contratos celebrados com autarquias), a emitir em 30 dias úteis. Porém, produzirá efeitos retroativos a janeiro.

Os prazos preocupam a CCP. Tendo em conta que a portaria só agora foi publicada, os seus efeitos práticos vão acabar por ser empurrados para os últimos meses do ano, afirma Ana Vieira. Além disso, importa agora saber como vão reagir os serviços públicos face às restrições orçamentais que existem, já que a atualização do preço depende de autorização. “Esperemos que os serviços públicos entendam que há um problema de custos e que não tenham uma leitura enviesada face aos seus próprios constrangimentos”, diz.

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Draghi mantém taxa. Estímulos podem ir além de dezembro

  • Rita Atalaia
  • 20 Julho 2017

O conselho de governadores liderado por Mario Draghi manteve a taxa de juro nos 0%. Uma decisão que era esperada pelos mercados. Analistas procuram agora pistas sobre o futuro da política monetária.

O conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) deixou inalterada a taxa de juro diretora na Zona Euro, uma decisão amplamente esperada pelos analistas. Decidiu também manter a dimensão atual do programa de estímulos económicos, que prevê a compra de 60 mil milhões de euros de ativos por mês. E reitera que o programa pode ir além de dezembro.

Os responsáveis de política monetária do espaço do euro mantiveram a taxa de juro de referência do espaço do euro nos 0%, um mínimo histórico fixado em março de 2016. O BCE prevê que a taxa se mantenha neste nível bem depois do fim do programa de estímulos, reiterando que as compras de dívida podem continuar além de dezembro “se as perspetivas piorarem”.

O foco vira-se agora para as declarações de Mario Draghi, que realizará uma conferência de imprensa às 13h30. Os investidores vão tentar “encontrar indícios sobre quando esta instituição irá iniciar o processo de normalização da sua política monetária. Esta normalização deverá assentar essencialmente em dois eixos: diminuição progressiva do programa de compra de ativos e a subida gradual das taxas de juro”, afirmam os analistas do BPI.

Isto depois de as declarações de Mario Draghi numa conferência em Sintra terem acabado por causar alguma confusão. O presidente do banco central abriu a porta a ajustamentos da política — como uma redução do programa de compra de obrigações — o que surpreendeu os investidores e levou o euro a valorizar para máximos de um ano. “A reunião desta quinta-feira é a oportunidade perfeita para acalmar o mercado, se for esse o desejo do BCE”, afirma o analista do Société Générale Kenneth Broux.

Foi nessa conferência que o presidente do BCE disse estar “confiante” de que as políticas do BCE vão permitir uma recuperação das pressões inflacionistas na Zona Euro. Mas, em junho, os preços voltaram a cair para os 1,3%. Na decisão desta quinta-feira, o BCE realça que o alívio monetário vai “manter-se até a inflação alcançar um caminho sustentado”.

"Os investidores irão tentar encontrar indícios sobre quando esta instituição irá iniciar o processo de normalização da sua política monetária. Esta normalização deverá assentar essencialmente em dois eixos: diminuição progressiva do programa de compra de ativos e a subida gradual das taxas de juro.”

Analistas do BPI

O presidente do BCE terá de ser muito cauteloso no seu discurso. Draghi tem de conseguir encontrar um equilíbrio entre o otimismo em torno da recuperação da Zona Euro e o objetivo de sair o mais lentamente possível da política de estímulo monetário. Se soar demasiado otimista, os traders podem levar as yields das obrigações a subirem demasiado. Se, pelo contrário, soar demasiado pessimista, terá de reajustar as expectativas caso os responsáveis queiram anunciar quaisquer alterações na próxima reunião, em setembro.

O BCE tem de preparar o mercado para a saída dos estímulos sem cometer os “erros que a Reserva Federal dos EUA cometeu em 2013. Numa série de intervenções contraditórias, esta instituição semeou uma confusão entre os investidores — em vez de suavizar a reação dos mercados à perspetiva de uma normalização da política monetária, as declarações da Fed geraram uma forte volatilidade no mercado da dívida que rapidamente se propagou aos mercados cambial e acionista”, relembram os analistas do BPI.

(Atualizado às 12h56 com mais detalhes)

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Endividamento bate novo recorde: 724,4 mil milhões de euros

  • Margarida Peixoto
  • 20 Julho 2017

O endividamento das administrações públicas, empresas e famílias atingiu um novo máximo. Ainda assim, o crescimento do PIB poderá acomodar estas subidas.

O endividamento da economia — setor público, empresas e famílias, excluindo-se os bancos — está num novo recorde: 724,4 mil milhões de euros. Dos três setores, só as famílias contribuíram para a desalavancagem. Os dados foram reportados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Desde janeiro deste ano que o valor do endividamento, em termos nominais, tem crescido todos os meses. Em maio, o endividamento do setor público aumentou 700 milhões de euros, enquanto o do setor privado registou uma subida de mil milhões.

Endividamento a crescer

Fonte: Banco de Portugal

Tendo em conta que o reporte do PIB é trimestral, ainda não há dados que permitam avaliar com rigor se o ritmo de crescimento da atividade económica foi o suficiente para acomodar este aumento nominal. Até março, o peso do endividamento no PIB era de 385,1%, um número abaixo tanto do verificado no último trimestre de 2016, como no período homólogo, quando chegou a atingir os 392,6%.

Assumindo o valor estimado pelo Ministério das Finanças para o PIB de 2017, o valor registado em maio representa uma redução do peso do endividamento para 379,5%.

O Banco de Portugal adianta que o aumento do financiamento foi feito através do recurso a operações dentro das próprias administrações públicas, tendo diminuído o financiamento no exterior.

Já no que toca o setor privado, os números refletem o aumento do endividamento das empresas no exterior, compensado por uma redução do recurso ao financiamento tanto das próprias empresas, como das famílias, junto da banca em Portugal. No caso das famílias, o seu nível de endividamento baixou para 141,8 mil milhões de euros, menos 207 milhões de euros do que o verificado em abril.

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Ferro Rodrigues: “Não me queira pôr a fazer a defesa do Governo”

O presidente da Assembleia da República afirma que há assuntos de "excitação" para os políticos, mas "não têm relevância para a população portuguesa". Governo "não precisa" que o defenda, diz Ferro.

Ferro Rodrigues não quer fazer a defesa do Governo, mas assinala os números positivos na economia e dos indicadores de confiança. Esta será uma solução governativa para continuar, pelo menos do lado do Presidente da República, já que Ferro garante que “nunca” será por Marcelo que haverá uma crise no Executivo. Para a oposição, o Presidente da Assembleia da República deixa elogios, mas critica Hugo Soares por não ter feito o apelo sobre a comissão de inquérito à CGD que tinha anunciado.

“Não me queira pôr aqui a fazer a defesa do Governo — até porque não precisa, tem quem o faça melhor do que eu — mas olhando para os resultados das análises de opinião, o que se verifica é muitas vezes coisas que são de grande excitação para a classe política e para os comentadores, não têm relevância para a população portuguesa que, no balanço que fazem entre o deve e o haver, o resultado é tirado de outra maneira”, afirmou Ferro Rodrigues, em entrevista à Antena 1.

Cortesia Antena 1

Já sobre Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da Assembleia da República garante que não será por causa de Belém que este Governo entrará em crise. “É da minha opinião, desde o princípio desta experiência governativo, que nunca será por ele [Marcelo] que haverá uma crise no Governo e desta solução governativa”, garante Ferro.

Cortesia Antena 1

À direita, Ferro Rodrigues deixa elogios a que sai, mas um alerta a quem entra. “O PSD também teve duas intervenções de nível bastante bom, embora não queira dizer que haja uma concordância”, afirmou, referindo-se a Pedro Passos Coelho e a Luís Montenegro, que abandonou esta quarta-feira o cargo de líder parlamentar.

Cortesia Antena 1

Entrou Hugo Soares, a quem Ferro deixa duas notas: aprecia o “sentido de humor”, mas critica o atual líder parlamentar do PSD por ter dito que ia apelar ao Presidente da AR por causa da primeira comissão de inquérito à CGD, mas não o ter feito.

“Não me chegou absolutamente nada em termos oficiais e fizeram bem em procurar que eu não interviesse porque as comissões parlamentares de inquérito são completamente independentes do Presidente da Assembleia da República”, considerou Ferro Rodrigues.

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Aposta dos portugueses em certificados está a cair

Certificados de aforro já perderam 700 milhões em 2017. Portugueses continuam a preferir os certificados do Tesouro porque rendem mais. Ainda assim, investimento total caiu 22% desde o início do ano.

Os aforradores portugueses aplicaram um total de 1.400 milhões de euros em certificados na primeira metade do ano, o que corresponde a uma quebra de 22,6% face ao mesmo período de 2016. Dados do Banco de Portugal até junho reforçam a popularidade dos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que têm conquistado cada vez mais a preferência (e poupanças) das famílias portuguesas em detrimento dos tradicionais certificados de aforro.

Desde o início do ano, os CTPM observaram aplicações na ordem dos 2.124 milhões de euros, traduzindo-se num crescimento de 22% face ao mesmo período do ano passado. Só no último mês de junho o montante aplicado nestes certificados foi de 260 milhões de euros.

Em sentido contrário, os certificados de aforro sofreram resgates de 685 milhões de euros no primeiro semestre do ano. Na verdade, este produto de poupança mais tradicional tem observado saídas de capital há oito meses consecutivos, de acordo com o boletim mensal do banco central nacional. Em junho, o desinvestimento nestes certificados situou-se em 57 milhões de euros.

Retornos dão gás aos certificados do Tesouro

Banco de Portugal

O que motiva este comportamento? A grande diferença nos juros oferecidos por estes dois produtos de poupança. Enquanto a remuneração dos CTPM fica nos 1,25% no final do primeiro ano de subscrição — subindo para os 2,25% quando atinge a maturidade dos cinco anos –, os certificados de aforro permitem uma remuneração que fica pela metade.

Concorrem ainda com estes produtos as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) que este ano já contaram com duas emissões. A primeira foi em abril, ofereceu uma taxa de juro de bruta de 1,9% (mais Euribor a 6 meses), tendo atraído 1.000 milhões de euros.

A segunda emissão destas obrigações dirigidas para o retalho encontra-se em fase de subscrição até 28 de julho e paga um juro de 1,6% (acrescido da mesma Euribor). O Estado procura 500 milhões mas a oferta pode aumentar.

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Popular: Funcionários vão ser integrados no Totta até ao final do ano

  • Rita Atalaia
  • 20 Julho 2017

Os trabalhadores do Banco Popular vão ser integrados no Santander Totta até ao final do ano. É nessa data que a compra do Popular pelo banco liderado por Ana Botín deve ser formalizada.

Os trabalhadores do Banco Popular vão ser integrados no Banco Santander Totta até ao final do ano. Um prazo que coincide com a data em que a compra do Popular pelo banco liderado por Ana Botín deve ser formalizada. Ao Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), o Totta garantiu que não haverá “qualquer despedimento coletivo”.

O SNQTB reuniu-se com o conselho de administração do Santander Totta para discutir o “processo de integração dos trabalhadores do Banco Popular e da sociedade Primestar”, lê-se no comunicado enviado pelo sindicato às redações. “A formalização do negócio, que depende ainda das autorizações da Direção-Geral da Concorrência e do Banco Central Europeu, deverá acontecer até ao final de 2017, altura em os trabalhadores serão então integrados no Banco Santander Totta“, acrescenta o sindicato.

"A administração do Santander Totta garantiu ao SNQTB que aplicará de forma igualitária a sua política de pessoal aos trabalhadores oriundos do Banco Popular, não havendo qualquer despedimento coletivo. Esta é uma decisão que nos tranquiliza, muito embora não nos impeça de nos mantermos atentos e interventivos neste processo.”

Paulo Marcos

Presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários

“A administração do Santander Totta garantiu ao SNQTB que aplicará de forma igualitária a sua política de pessoal aos trabalhadores oriundos do Banco Popular, não havendo qualquer despedimento coletivo. Esta é uma decisão que nos tranquiliza, muito embora não nos impeça de nos mantermos atentos e interventivos neste processo”, afirma Paulo Marcos, presidente do SNQTB.

Foi a 7 de junho que o Santander comprou o Popular por um euro, depois de sete dias em queda na bolsa e do ultimato de Bruxelas, no âmbito de uma medida de resolução. O Banco Santander vai também avançar com um aumento de capital de sete mil milhões de euros, para cobrir o capital e as provisões necessárias para fortalecer o Popular. A filial portuguesa do Banco Popular não foi objeto de resolução e está incluída no perímetro de venda, pelo que passa também a integrar o Grupo do Banco Santander.

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Nasceram mais empresas no primeiro semestre do ano

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

Abriram mais empresas e fecharam menos neste primeiro semestre de 2017. Os serviços, atividades imobiliárias, construção, agricultura, pesca e caça foram os setores estrela.

As empresas criadas em Portugal aumentaram em 1.187 na primeira metade deste ano, para 21.749, mais 5,8% do que em idêntico período de 2016, com a Área Metropolitana de Lisboa a representar 37% dos nascimentos, segundo a Informa D&B.

“Nos primeiros cinco meses deste ano verificaram-se subidas alternadas com descidas, sendo maio e junho meses de crescimento. Esta melhoria do número de constituições verifica-se após uma interrupção, ocorrida em 2016, do ciclo de crescimento de nascimentos (2013-2015), em que 2015 foi o melhor ano de constituições desde 2007”, explica a consultora no barómetro semestral empresarial, destacando também que a criação de novos negócios continuou a superar os encerramentos — 6.620 empresas.

A análise permitiu concluir que no primeiro semestre deste ano os encerramentos diminuíram em 3,2% em relação a igual período do ano passado, mantendo a tendência já observada no ano anterior. Após um primeiro trimestre instável, a partir de abril começou a desenhar-se uma tendência de descida e junho terminou com a maior queda do semestre (-15,9%), sinaliza o barómetro, lembrando que a queda observada nos encerramentos é justificada pelo comportamento dos serviços, grossista e retalho.

"Esta melhoria do número de constituições verifica-se após uma interrupção, ocorrida em 2016, do ciclo de crescimento de nascimentos (2013-2015), em que 2015 foi o melhor ano de constituições desde 2007.”

Informa D&B

A D&B explica ainda que a criação de novos negócios não é homogénea na primeira metade deste ano a nível setorial e é sustentada pelo aumento das constituições ocorridas nos serviços, atividades imobiliárias, construção, agricultura, pesca e caça. Já o retalho e as indústrias transformadoras foram os setores em que se registaram quedas mais significativas, embora os serviços e retalho mantenham o estatuto de setores onde nascem mais empresas.

Até junho, as insolvências ascenderam a 1.406, menos 24,7% ou menos 460, do que em igual período do ano anterior. A idade média das empresas que iniciaram processos de insolvência na primeira metade deste ano era de 16 anos, sendo que Lisboa e Porto lideram as descidas.

Nos últimos 12 meses, o rácio de nascimento/encerramentos situou-se nos 2,4, mantendo-se em valores semelhantes aos verificados nos últimos meses, e o atraso médio de pagamento no primeiro semestre manteve-se nos 27 dias. Ao nível dos atrasos de pagamentos, a percentagem de empresas que cumprem prazos de pagamento teve uma ligeira melhoria desde outubro de 2016, apesar de se manter ainda em valores reduzidos (17,7%).

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