SDC Investimentos vota hoje aumento de capital de 5,9 milhões

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2017

A empresa do setor da construção vai propor esta terça-feira aos seus acionistas um reforço de capital, em assembleia-geral extraordinária.

A sociedade SDC Investimentos (antigo Grupo Soares da Costa) vai deliberar esta terça-feira um aumento de capital de 5,9 milhões de euros, em assembleia-geral extraordinária.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no dia 15 de novembro, a SDC adiantou que da ordem de trabalhos consta a votação do “aumento de capital social da sociedade de 160.000.000,00 euros para 165.940.000,00 euros, por conversão de créditos no valor de 5.940.000,00 euros”.

De acordo com o documento, a assembleia extraordinária prevê também deliberar sobre a conversão das ações preferenciais sem voto em ações ordinárias.

A ordem de trabalhos inclui ainda a discussão da alteração das disposições dos estatutos: denominação social, firma e duração, mesa da assembleia-geral, remuneração dos membros dos órgãos sociais, Conselho de Administração e fiscalização.

A reunião da assembleia-geral de acionistas da SDC Investimentos irá decorrer pelas 15h00, em Lisboa.

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Ensino superior perdeu 42 milhões de euros do Estado num ano

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2017

Relatório "Estado da Educação 2016", diz ainda que o financiamento para despesas de funcionamento ficou no valor mais baixo desde 2012

O ensino superior perdeu 42 milhões de euros em 2016 face à execução orçamental de 2015, segundo o relatório “Estado da Educação 2016”, com o financiamento para despesas de funcionamento no valor mais baixo desde 2012.

De acordo com o relatório anual do Conselho Nacional de Educação (CNE), os 1.048 milhões de euros de despesa do Estado para funcionamento das instituições é o segundo valor mais baixo desde 2007, ano de início do período em análise, e o mais baixo desde 2012, quando a verba paga pelo Estado se fixou nos 947 milhões de euros.

Em 2016, a verba para investimento também baixou face ao ano anterior, passando de 309 milhões de euros em 2015 para 290 milhões de euros em 2016.

“Em 2016 o orçamento executado respeitante ao funcionamento apresentou uma diminuição de 23 milhões de euros e o de investimento uma diminuição de 19 milhões de euros, relativamente ao ano anterior. Por comparação com o ano de 2007, essa diminuição é de 16% e de 17%, respetivamente”, lê-se no relatório do CNE, que analisa os dados oficiais da execução orçamental.

Segundo o documento as receitas das instituições de ensino superior provenientes de investigação e desenvolvimento representaram 428 milhões de euros em 2016, bastante acima dos 310 milhões de 2007, mas abaixo dos 474 milhões de 2015.

O relatório refere ainda que os 317 milhões de euros em propinas pagos pelos estudantes em 2016 são o valor mais alto desde 2007.

A despesa do Estado com contratos de associação no ensino privado está em queda desde 2011, tendo atingido o pico em 2010, quando foram pagos aos colégios 237 milhões de euros, e caído para os 124 milhões de euros em 2016.

A ação social escolar no ensino básico e secundário representou uma despesa de 185 milhões de euros para o Estado no ensino público, mais cinco milhões do que no ano anterior, e de quatro milhões de euros no ensino privado, menos um milhão de euros do que em 2015.

No que diz respeito ao número de alunos abrangidos pela ação social escolar, houve um decréscimo no 2.º ciclo do ensino básico, dos 35% em 2008-2009 para os 30% em 2016-2017.

A percentagem de alunos abrangidos no 3.º ciclo do ensino básico está há cinco anos letivos estável nos 45%, e no ensino secundário tem-se assistido a um ligeiro aumento, passando dos 21% em 2008-2009 para os 25% em 2016-2017.

No ensino superior a despesa com ação social direta baixou em 2016 face ao ano anterior, quer na componente financiada por fundos nacionais, quer na financiada com verbas comunitárias.

Em 2016 o Estado aplicou em ação social direta no ensino superior 54 milhões de euros de fundos nacionais e 78 milhões de euros de fundos comunitários, contra os 58 milhões e 81 milhões, respetivamente, aplicados em 2015.

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Maior produtor nacional de cogumelos avança para PER

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

O grupo Sousacamp aderiu ao Processo Especial de Revitalização para fugir à falência. O Novo Banco é credor em dezenas de milhões de euros.

O maior produtor de cogumelos do país está com dificuldades financeiras, tendo aderido ao Processo Especial de Revitalização (PER) para evitar a falência, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) nesta terça-feira.

O PER foi pedido pela Varandas de Sousa, principal empresa do grupo que, há um ano, se apresentava como o maior produtor europeu de cogumelos e um dos maiores do mundo, com cinco fábricas em Portugal e duas em Espanha, empregando mais de 500 pessoas.

O prazo para a reclamação de créditos só termina no dia 19, sendo o Novo Banco, herdeiro do BES, antigo grande acionista e maior financiador da Sousacamp, credor de “algumas dezenas de milhões de euros” e dono do destino do grupo, segundo explicou ao Negócios uma fonte conhecedora do processo.

De acordo com a mesma fonte, na queda do BES estará grande parte da responsabilidade das dificuldades financeiras da empresa já que, em 2014, era a instituição financeira que estava a financiar a construção da “gigantesca unidade de produção de cogumelos, cuja obra, onde foram já investidos cerca de 20 milhões de euros, ficou a meio”.

O jornal explica ainda que o Novo Banco, entretanto, cortou o financiamento à Sousacamp e vendeu, há pouco mais de um ano, os fundos de capital de risco ES Ventures, que passaram a ser geridos pela Armilar Venture Partners, controlados pela sua equipa de gestão e cuja sociedade é detida em 35% pela Sonae IM.

A Varandas de Sousa fechou o ano passado com vendas de 18,8 milhões de euros e um resultado negativo de nove milhões de euros, agravando os prejuízos registados nos anos anteriores.

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Anacom avança com processos contra operadores que subiram os preços sem avisar

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

Anacom vai mesmo avançar com processos contra os operadores que subiram os preços sem avisar os clientes de que poderiam rescindir o contrato. Coimas pode chegar até a um milhão de euros.

Os operadores que subiram os preços das telecomunicações sem avisar os clientes de que podiam rescindir o contrato podem ter um presente inesperado no sapatinho este Natal. A Anacom vai mesmo avançar com os processos de contraordenação contra estas entidades, arriscando a NOS, a MEO, a Vodafone e a Nowo coimas de até um milhão de euros. De acordo com o Diário de Notícias, a Deco também está a ponderar aprovar uma ação coletiva que obrigue estas empresas a reembolsar os valores indevidamente cobrados. Em causa, estão 50 milhões de euros.

Face a um número significativo de queixas, o regulador tinha concluído, em julho, que estes operadores falharam nos seus deveres por terem subido os preços sem informar os clientes de que poderiam rescindir o contrato. Nessa ocasião, foram colocadas à escolha das empresas em causa duas medidas corretivas: ou revertiam os contratos para os valores anteriores ou davam ao cliente a possibilidade de quebrar o contrato, mesmo em período de fidelização e sem custos adicionais. Em agosto, as empresas acabaram por adotar a segunda opção.

Ainda assim, de acordo Ana Sofia Ferreira, coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumidor da Deco, manteve-se o problema dos valores cobrados antes da intervenção da Anacom, durante “nove a dez meses”, um total de 50 milhões de euros.

Os operadores têm recusado esse reembolso, baseando-se na deliberação da Anacom que não os obriga a devolver esse montante“, explica Ana Sofia Ferreira, referindo que os casos da NOS, Meo e Nowo (a Vodafone só fez aumentos nos novos contratos). Apesar de avançar com o processo de contraordenação, o regulador mantém a posição referida, isto é, continua a não obrigar ao reembolso, porque a lei não lhe permite dirimir conflitos entre operadores e clientes. Para recuperar os montantes que a Deco considera que foram cobrados “ilegalmente”, os consumidores terão, assim, de recorrer a centros de arbitragem, caso os operadores não cedam os valores de forma voluntária.

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De 2013 a 2017, Segurança Social deu 2,7 milhões à Raríssimas

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

Só em 2017, a IPSS viu entrar cerca de 606 mil euros, contribuição da pasta agora gerida por Vieira da Silva. Por definir estão ainda as contribuições dos outros ministérios.

Em cinco anos, a Raríssimas recebeu 2,7 milhões de euros das mãos do Ministério do Trabalho e Segurança Social. Só em 2017, a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) viu entrar cerca de 606 mil euros, entre valores pagos no âmbito da rede nacional de cuidados continuados e dos acordos de cooperação que mantinham a funcionar as valências.

O valor é divulgado esta terça-feira pelo jornal Público, no seguimento da revelação da TVI de que a presidente da IPSS estava a utilizar de forma danosa os fundos recebidos. Entre contribuições para manter a funcionar um lar residencial, uma residência autónoma, um centro de atividades ocupacionais e para financiar a construção da Casa dos Marcos, entre outros o valor de contribuição da pasta agora gerida por Vieira da Silva ascende aos 2.770.275 euros.

À fatura somam-se ainda pagamentos provenientes de outros ministérios, como o da Saúde. De acordo com a reportagem da TVI, a presidente da Raríssimas recebia um salário base de três mil euros mensais, a que acresciam 1.300 euros em ajudas de custo, bem como 816,67 euros de um plano poupança-reforma e ainda 1.500 euros em deslocações.

A estes valores juntava-se ainda o aluguer de um carro de luxo com o valor mensal de 921,59 euros, bem como compras de ordem pessoal que Paula Brito Costa faria com o cartão de crédito da associação. Uma fatura de um vestido de 228 euros ou de uma despesa de 364 euros em compras de supermercado, dois quais 230 euros diziam respeito a gambas, são alguns dos documentos facultados à TVI pelos antigos funcionários da Raríssimas.

Mas há mais nomes referidos na reportagem, sendo o atual secretário de Estado da Saúde — Manuel Delgado — um deles, a propósito da sua contratação em 2013 como consultor, cargo para o qual seriam pagos 3.000 euros por mês. Contudo, na reportagem da TVI, não é apontado ao atual governante a prática de apresentação de despesas fictícias ou do uso de fundos da empresa para despesas pessoais.

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Modelo da Breguet eleito Relógio do Ano

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

Grande Prémio de Relojoaria elegeu o melhor de 2017.

O Breguet Marine Équation Marchante 5887 foi considerado o “Relógio do Ano” pelo júri da primeira edição do Grande Prémio de Relojoaria, uma parceria entre o ECO e o Anuário dos Relógios e Canetas. A Escola de Relojoaria da Casa Pia de Lisboa foi distinguida com o Prémio Especial do Júri.

O Seiko Prospex venceu a categoria “Votação do Público”, através de votação online no site ECO.pt obtendo 40,8% dos votos. Na categoria “Complicação” o vencedor foi o Glashütte Original PanoGraph Cronógrafo Flyback, enquanto na categoria “Desportivo” o eleito foi o Omega Speedmaster Moonwatch Co-Axial Master Chronometer Moonphase Chronograph.

O Zenith Defy El Primero 21 venceu o prémio na categoria “Masculino” e o Piaget Limelight Gala na categoria “Feminino”. Foram ainda premiados Jaquet Droz Grande Seconde Power Reserve Black Ceramic Clous de Paris (categoria “Design”) e o modelo Junkers Eisvogel F13 (categoria “Quotidiano (PVP abaixo dos mil euros)”).

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Marta Santos Silva
  • 12 Dezembro 2017

A OCDE revela as taxas de desemprego nos seus países membros, a Fed começa uma reunião essencial na definição das suas políticas, e Draghi discursa. Saiba o que reserva esta terça-feira.

Esta terça-feira, a Reserva Federal dos Estados Unidos começa uma reunião na qual pode tomar uma opção de política monetária decisiva, e Mario Draghi dá um discurso em Frankfurt onde pode dar pistas para o que se vai passar na Zona Euro. O INE lança as estatísticas da cultura, um retrato do país neste setor, e a OCDE mostra como vai o desemprego nos seus 35 países membros. Leia aqui as cinco coisas que precisa de saber antes de começar o dia.

INE pinta o retrato da cultura em Portugal

O Instituto Nacional de Estatística lança às 11:00 um conjunto vasto de indicadores que permite saber, tintim por tintim, o que se passa na cultura em Portugal. Desde a percentagem de produção na economia que o setor representa, passando pelas empresas do setor e os seus lucros, até aos empregos mais procurados no campo e o número de visitas a museus, há muito para explorar nesta leva de dados.

Fed começa reunião onde poderá subir taxas de juro

A Reserva Federal norte-americana começa a reunião do Comité do Mercado Aberto, onde se prevê que as taxas de juro voltem a subir, pela terceira vez este ano. Esta decisão antevê-se devido à confiança crescente dos dirigentes da Fed na recuperação económica. Em 2018 espera-se que venham aí mais três ou mesmo quatro aumentos das taxas de juro.

OCDE mostra taxas de desemprego comparadas

Como está Portugal relativamente aos outros membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico? São 35 países cujas taxas de desemprego harmonizadas são divulgadas esta terça-feira, permitindo comparar Portugal com os vizinhos desde Espanha até aos mais longínquos como a Coreia do Sul.

Como está o sistema financeiro português?

O Banco de Portugal lança as estatísticas de instituições financeiras monetárias relativas a outubro, que incluem o balanço destas instituições, o balanço do próprio Banco de Portugal, e as estatísticas relativas às taxas de juro praticadas em depósitos e empréstimos às famílias e empresas.

Mario Draghi discursa em Frankfurt

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, discursará no encerramento dos Dias Culturais do BCE, em Frankfurt. O discurso não deverá ser longo, mas as intervenções públicas do presidente do banco central da Zona Euro merecem sempre atenção redobrada.

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Bit…quê? O bê-à-bá das criptomoedas

O mundo das criptomoedas está a marcar a atualidade. O ECO preparou um breve glossário com alguns dos termos que vale a pena conhecer para entender a febre das divisas virtuais.

O ECO preparou um breve glossário das criptomoedas.Pixabay

As moedas virtuais estão na moda, mas a febre começa também a chegar a Portugal. Bitcoin e blockchain são conceitos que já entraram no vocabulário de alguns portugueses e as subidas e descidas destas divisas fazem títulos nos jornais. Mas muita gente ainda não conhece os conceitos mais básicos do léxico das também chamadas “criptomoedas”. Por isso, o ECO preparou um breve glossário com o que precisa de saber para entender os básicos do universo dos ativos digitais.

B

Bitcoin: É a moeda virtual mais conhecida do mundo. Surgiu em 2009 e só este ano já valorizou mais de 1.600%. Ganhou fama por ser uma moeda totalmente descentralizada e independente — isto é, não é controlada por nenhuma entidade. Atualmente, existem cerca de 16 milhões de moedas em circulação e cada uma está a valer 16.100 dólares, aproximadamente. Diversas lojas online e outros comerciantes aceitam esta divisa. No entanto, a bitcoin tem estado na mira de especuladores que procuram comprar a um preço mais baixo para, depois, vender quando a moeda atinge um valor superior.

Blockchain: É a tecnologia inovadora na base das moedas virtuais. É comum comparar a blockchain a um livro de registos inviolável onde são apontadas todas as transações existentes. É essa blockchain que permite manter o rasto a todas as moedas, validar as trocas numa rede de computadores e impedir que qualquer pessoa possa gerar unidades da moeda (se assim fosse, a bitcoin perderia a totalidade do valor). Em suma, a blockchain permite garantir a integridade de uma determinada moeda virtual e poderá vir a revolucionar a banca tal como a conhecemos.

Block: É o nome dado a cada transação ou conjunto de transações inscritas numa blockchain. Imaginando a blockchain como um livro de registos, cada linha ou cada registo será um block. Uma vez que não existe um banco central que controle as moedas virtuais [ver Descentralização], o processamento das transações é feito por indivíduos que dedicam computadores a essa tarefa 24 horas por dia e de forma voluntária [ver Mineração]. Uma vez que sem esse trabalho as moedas desapareceriam, foi criado um sistema de incentivos em que os voluntários, chamados de “mineiros”, são compensados por esse trabalho. Desta forma, por cada block de transações processado, o mineiro recebe uma mais-valia nessa mesma moeda virtual como, por exemplo, bitcoin.

Bolha: Costuma dizer-se que o que é insustentável não se sustentará. Por isso, em economia, diz-se que um mercado é uma bolha quando há expectativas ou risco de vir a sofrer uma forte quebra num futuro relativamente próximo. É um conceito que também se aplica às moedas virtuais, mas o tema não é consensual. Face às acentuadas valorizações que divisas como a bitcoin têm tido nos últimos meses (a procura supera largamente a oferta), alguns analistas temem que essas escaladas não sejam sustentáveis e antecipam um afundanço da moeda. É por isso que alguns dizem que a bitcoin não é mais do que uma bolha prestes a rebentar.

C

Carteira: Em traços gerais, uma carteira, também chamada de wallet, é como uma conta bancária de uma ou de diferentes moedas virtuais. É com ela que o proprietário pode armazenar as moedas, transferir para outras carteiras ou receber pagamentos.

Criptomoeda: Chama-se criptomoeda a qualquer moeda virtual cujo funcionamento assente na tecnologia blockchain, uma vez que se trata de um sistema assente na criptografia. O termo é geralmente usado como sinónimo do próprio conceito de moeda virtual. No geral, estas moedas não são físicas nem são mais do que um instrumento financeiro que apenas existe na internet. Permitem fazer pagamentos em algumas lojas online ou transações entre duas entidades, diretas ou intermediadas.

D

Descentralização: É a grande característica distintiva das criptomoedas. O facto de funcionarem na internet, dependentes de um enorme número de pessoas e sistemas que se dedicam a garantir o seu funcionamento, permite que não haja um banco central a controlar os destinos das divisas. A quantidade de moedas em circulação — isto é, a oferta — é definida automaticamente por um programa informático.

E

Ether: É visto como uma das principais alternativas à bitcoin. O ether é a divisa virtual que suporta o Ethereum, uma rede descentralizada assente na tecnologia blockchain. O ether não tem um limite de oferta como tem a bitcoin e permite a criação de aplicações descentralizadas ou mesmo dos chamados smart contracts, transações que se realizam se determinada condição for cumprida. Atualmente, cada moeda de ether vale mais de 450 dólares.

F

Farm: Uma farm (“quinta”, em português) é um local onde alguém armazena dezenas, centenas ou mesmo milhares de computadores a minar uma determinada moeda virtual [ver Mineração]. Não se sabe quantos destes armazéns existem espalhados pelo globo, nem a quem pertencem. No entanto, acredita-se que muitos deles se localizem na China, onde a eletricidade é mais barata e fica mais em conta instalar e manter este tipo de estruturas.

Futuros: A partir deste mês, passou a ser possível negociar futuros de bitcoin no mercado internacional regulado. A introdução deste instrumento derivado ditou a chegada da bitcoin ao mundo dos grandes investidores de Wall Street. Um futuro é, basicamente, um contrato em que uma parte acorda com outra a troca de um determinado ativo a um preço específico numa data futura. No caso destes contratos, o pagamento é feito em dinheiro e, por isso, os investidores não chegam a tocar na moeda virtual propriamente dita, mas negoceiam com base nas subidas e descidas da moeda.

H

Halving: É o nome dado a um fenómeno que se aplica apenas à bitcoin. O código por detrás da moeda foi escrito de forma a que só possam existir 21 milhões de moedas em circulação. Atualmente, existem mais de 16 milhões. As novas moedas são geradas de cada vez que um block [Ver Block] é processado por um “mineiro”, como compensação pelo serviço prestado à comunidade. Originalmente, com o valor da bitcoin bem abaixo do atual, cada “mineiro” recebia 50 moedas por equação resolvida. Mas o sistema foi definido para, a cada 210.000 blocks processados, a recompensa é cortada em metade. Este fenómeno é conhecido por halving. Em 2012, a recompensa passou para 25 moedas e, desde fevereiro de 2016, voltou a ser cortada para 12,5 moedas. Após 64 fenómenos de halving, as 21 milhões de unidades deverão estar em circulação e a compensação deverá ser eliminada totalmente.

I

ICO: Uma ICO é uma oferta pública inicial de moeda. Por outras palavras, é um mecanismo de recolha de capital usado por muitas empresas e projetos e que dá origem a uma nova moeda virtual. Estas operações ganharam força em 2017, com o início do grande boom das criptomoedas. Várias startups têm lançado campanhas de oferta pública inicial deste género, em que uma pequena quantidade da nova moeda é distribuída por uma série de investidores iniciais a troco de um pagamento, geralmente em bitcoin ou ether. A portuguesa Aptoide conseguiu angariar 1,8 milhões de dólares em ether com a pré-venda de moedas e promove, durante este mês de dezembro, a oferta pública inicial que permitirá que a sua nova moeda, a AppCoins, entre em circulação no mercado.

M

Mineração: Face à ausência de uma entidade centralizadora, são os milhões de voluntários em todo o mundo quem se dedica a processar as transações das várias moedas virtuais. Essas pessoas chamam-se “mineiros”, que podem ser pessoas individuais ou donos de farms [ver Farms], e que possuem um ou vários computadores ligados a tempo inteiro para processar essas mesmas operações. No que toca ao sistema de blockchain, o processo de mineração não é mais do que computadores a tentarem decifrar complexas equações criptográficas. Estas equações correspondem às várias transações. O primeiro sistema a ser capaz de decifrar uma dada equação inscreve esse block na cadeia inviolável da blockchain e o seu proprietário é recompensado com uma soma da moeda virtual em causa.

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Lone Star contrata consultora para avaliar gestores do Novo Banco

O fundo Lone Star já é o dono maioritário do Novo Banco e contratou uma consultora para fazer uma avaliação da gestão e dos altos quadros do banco. O resultado poderá ditar mudanças na administração.

O fundo Lone Star entrou há dois meses no Novo Banco e uma das primeiras medidas do novo acionista foi contratar a consultora de recursos humanos Egon Zehnder para avaliar os administradores e a alta direção da instituição, apurou o ECO junto de fontes do banco. A avaliação ainda decorre e poderá prolongar-se por mais quatro meses, após a qual o Lone Star decidirá se mantém a atual administração ou procederá a mudanças.

A Egon Zehnder é uma consultora internacional com presença em Portugal especializada em serviços de consultoria, planeamento de sucessões de administrações e avaliação de altos cargos. Este ‘assessment’ no Novo Banco, a pedido do Lone Star, surpreendeu pelo alcance. Regra geral, estas avaliações são feitas aos altos quadros das empresas, mas desta vez abrange também a administração. Uma fonte que acompanhou o processo de venda revelou ao ECO que os responsáveis do Lone Star querem ter uma avaliação consistente e sólida das equipas, incluindo a gestão, antes de qualquer decisão e eventuais mudanças, que, a realizarem-se, serão concretizadas até outubro de 2018.

A nova estrutura de governo do Novo Banco foi oficializada a 18 de outubro deste ano, no mesmo dia em que o Lone Star assinou o contrato de compra do banco. O Novo Banco passou, assim, a contar com três órgãos de gestão: o Conselho Geral e de Supervisão (que substitui o antigo Conselho de Administração), o Conselho de Administração Executivo e a Mesa da Assembleia Geral.

É no Conselho Geral e de Supervisão que se encontram as principais novidades: o inglês Byron Haynes, indicado pelo Lone Star, é o presidente deste órgão e assume a função de chairman no Novo Banco. Além deste, Donald Quintin, Kambiz Nourbakhsh e Benjamin Dickgiesser também foram indicados pelo Lone Star. Na equipa executiva, além de António Ramalho, estão Vítor Fernandes, Jorge Cardoso, Isabel Ferreira, Luísa Soares da Silva, Rui Fontes e José Eduardo Bettencourt.

Tal como o ECO escreveu ainda em outubro, a equipa executiva estava sob avaliação, mas a ideia do Lone Star era passar para a administração executiva alguns dos nomes que entraram para o Conselho Geral em outubro. Na calha deverão estar, precisamente, aqueles três nomes que foram indicados pelo fundo norte-americano, até porque estiveram envolvidos nas negociações para a compra do Novo Banco.

O ECO questionou fonte oficial do Novo Banco sobre os objetivos desta avaliação, mas o banco não quis fazer quaisquer comentários.

O Novo Banco registou prejuízos de 419,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Um desempenho que, segundo o banco, se justifica com a deterioração do resultado operacional e da margem financeira. Estes foram as últimas contas apresentadas enquanto banco de transição, já que foi vendido ao Lone Star.

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Wall Street renova recordes, bitcoin também. Já vale mais de 17 mil dólares

Os ganhos foram ligeiros, mas suficientes para as principais praças renovarem máximos históricos. Os investidores aguardam pela reunião da Fed, mas as atenções estiveram viradas para a bitcoin.

As bolsas norte-americanas fecharam a primeira sessão da semana em alta, com ganhos ligeiros mas suficientes para renovar máximos históricos, numa altura em que os investidores aguardam pela reunião de política monetária da Reserva Federal. As atenções estiveram viradas, sobretudo, para a bitcoin, que bateu novos recordes e já vale mais de 17 mil dólares.

O índice de referência S&P 500 fechou a subir 0,32%, para os 2.659,99 pontos, renovando os recordes que já tinha registado na sexta-feira. Já o tecnológico Nasdaq valorizou 0,51%, para os 6.875,08 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avançou 0,23%, para os 24.386,03 pontos.

As principais bolsas negociaram, assim, indiferentes à explosão que ocorreu esta segunda-feira em Nova Iorque, que, veio a saber-se, tratou-se de uma tentativa de ataque terrorista. A impulsionar as bolsas estiveram, sobretudo, as cotadas do setor energético, num dia em que o petróleo registou ganhos superiores a 1%. O barril de West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, negoceia perto da casa dos 58 dólares.

A expectativa é que esta tendência de ganhos se mantenha durante os próximos tempos. “Este mercado já lidou com fogos em Napa, dois furacões e agora este ataque, e continua a avançar. Esta trajetória vai manter-se”, antecipa um analista da Systelligence LLC, citado pelo Marketwatch. A tendência de ganhos será ainda mais forte se a reforma fiscal da administração de Donald Trump for mesmo implementada, prevê.

Para já, os investidores aguardam a decisão de política monetária da Fed, que será anunciada ao final da tarde de quarta-feira. O mercado antecipa que o banco central norte-americano anuncie a terceira subida de juros deste ano.

Mas o destaque do dia nos mercados norte-americanos vai para outro plano: a estreia da negociação de contratos de futuros da bitcoin. Na primeira sessão de negociação, os futuros da bitcoin valorizaram mais de 25%, enquanto a bitcoin em si, ainda negociada no mercado não regulado disparou perto de 10%. O valor desta moeda virtual já ultrapassa, assim, os 17.100 dólares, tendo mesmo chegado a ultrapassar os 17.400 dólares.

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Trabalhadores da PT avançam com ações contra Altice

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2017

As primeiras ações judiciais serão relativas aos 37 trabalhadores da área da informática da PT Portugal, cujos contratos de trabalho foram passados para a empresa Winprovit.

Os funcionários da PT que foram transmitidos para outras empresas começarão a pôr os primeiros processos em tribunal contra a Altice até dia 22 deste mês, disseram, esta segunda-feira, dirigentes dos sindicatos representativos destes trabalhadores.

As primeiras ações judiciais serão relativas aos 37 trabalhadores da área da informática da PT Portugal, cujos contratos de trabalho foram passados para a empresa Winprovit, através do recurso a uma figura legal da “transmissão de estabelecimento”. “Vai dar entrada até ao próximo dia 22 [de dezembro] o processo relativo à Winprovit, metido pelo Sinttav e STPT”, disse o porta-voz dos sindicatos dos trabalhadores da PT, Jorge Félix, aos jornalistas.

Do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav) são 15 os trabalhadores que vão interpor ações em tribunal e do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT) deverão ser dois os funcionários que avançam com processos legais.

As ações são tanto contra a PT/Meo como contra a empresa para a qual foram transferidos, sendo o objetivo dos trabalhadores a reversão do processo pelo qual mudaram de empresa e o regresso ao seu local de trabalho original da PT.

As ações relativamente aos outros trabalhadores abrangidos por esta decisão da PT serão colocadas em tribunal já em 2018.

A operadora de telecomunicações PT, detida há dois anos pela francesa Altice, tem sido alvo de protestos por motivos laborais. No verão, provocou muita polémica a mudança de 155 funcionários da PT para outras empresas – Tnord, Sudtel, Winprovit e ainda Visabeira -, recorrendo à figura jurídica de transmissão de estabelecimento. Destes, 27 já rescindiram contrato com a empresa.

Os trabalhadores que passaram para outras empresas mantêm os direitos laborais contratuais que tinham na PT, mas apenas durante 12 meses, como definido na lei, pelo que os sindicatos temem que, terminado esse prazo, possa haver despedimentos.

Dos 128 trabalhadores que eram da PT e que estão agora noutras empresas, nem todos decidiram que vão avançar com processos em tribunal. Dos que avançarem, cada sindicato irá pôr os processos relativamente aos seus associados, ainda que a estratégia jurídica a usar tenha sido decidida em comum entre os advogados dos sete sindicatos.

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Caso Raríssimas: “A Belém não chegou nada de concreto”

  • ECO
  • 11 Dezembro 2017

O Presidente da República afirma que não teve conhecimento de "irregularidades ou ilegalidades específicas ou concretas que pudessem ser apontadas" relativamente à organização social Raríssimas.

O Presidente da República assegura que “a Belém não chegou nada de concreto relativamente ao que se passava em termos de ilegalidade” na Raríssimas. Afirma ter conhecimento dos dados através do programa de televisão que levantou a questão.

“Não tinha conhecimento de irregularidades ou ilegalidades específicas ou concretas que pudessem ser apontadas. Passei a conhecê-las quando vi o programa”, reforçou Marcelo Rebelo de Sousa face à insistência dos jornalistas. Quando questionado sobre eventuais “queixas mais vagas“, o Presidente da República hesita e tenta esclarecer o âmbito da questão antes de responder negativamente e repetir que os “dados concretos” foram conhecidos por todos através da televisão.

Marcelo Rebelo de Sousa escusa-se a comentar a ação do ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, que anunciou uma investigação mais aprofundada à Raríssimas quando o caso se tornou público, apesar de alegadamente ter conhecimento do mesmo desde outubro. O Presidente da República aponta a necessidade de “serenidade e celeridade” no escrutínio à associação.

“Sendo uma instituição com peso nacional e internacional, sujeita à fiscalização do Estado e financiada pelo Estado acho que faz todo o sentido que haja uma investigação completa, exaustiva e rigorosa relativamente ao que possa ter havido ou não de legalidade na sua gestão”, defende Marcelo.

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