Banco da Áustria alerta para os perigos da bitcoin

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2017

O aviso surge no dia em que os futuros da criptomoeda começaram a ser negociados em Wall Street, estando já a disparar 25%.

O governador do Banco Central da Áustria disse esta segunda-feira que a bitcoin, cuja negociação arrancou no mercado de futuros, não é uma moeda, mas um produto para especuladores e aconselhou a ter cuidado com investimentos neste ativo.

Segundo Ewald Nowotny, que também integra o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), o facto de o contratos futuros sobre a bitcoin terem começado a ser comercializados esta segunda-feira em Chicado, nos Estados Unidos, “não diz nada sobre o seu valor intrínseco” como moeda.

Para o responsável, a bitcoin é um produto “para especuladores, mas não é uma moeda”, e recordou que recentemente o BCE e outros bancos europeus fizeram avisos nesse sentido.

Nowotny considera que a dimensão atual desta criptomoeda é, contudo, relativamente pequena: cerca de 141 mil milhões de dólares (cerca de 119 mil milhões de euros), o que compara com os 1.100.000 milhões de euros atualmente em circulação.

Caso a dimensão aumente, considera o banqueiro, cabe à Comissão Europeia propor uma regulamentação.

Para o governador do Banco Central da Áustria, a bitcoin pode ser um desafio a nível jurídico, uma vez que pode ser usada para branquear dinheiro ou para transações ilegais, pelo que deveria ser-lhe aplicada a mesma norma da União Europeia sobre lavagem de dinheiro.

À hora de abertura do mercado de futuros nos Estados Unidos, o valor da bitcoin era pelas 12:50 (hora de Lisboa) de cerca de 16.500 dólares (cerca de 14 mil euros à taxa de câmbio atual), mais 10% do que o valor registado domingo, num fim-de-semana de bastantes oscilações do seu valor.

No início deste ano, a bitcoin valia 996 dólares (cerca de 846 dólares).

Depois de se ter estreado esta segunda-feira no mercado de futuros de Chicago (CBOE), é esperado que a bitcoin comece a operar na maior plataforma mundial de derivados em 18 de dezembro, a CME, também em Chicago, e para o ano está anunciada a sua entrada no mercado de futuros do Nasdaq.

Estas decisões significam o reconhecimento da bitcoin como ativo de valor pelos mercados financeiros e está na base da sua valorização, uma vez que a negociação nesses mercados aumenta o interesse de investidores particulares e empresas financeiras.

As operações de futuros de bitcoins, segundo especialistas, permitirão às empresas financeiras que operem com essa moeda virtual proteger-se de mudanças repentinas no preço.

Contudo, apesar de plataformas de mercados financeiros permitirem pela primeira vez que os investidores façam apostas de futuros sobre a bitcoin, as próprias bitcoins continuarão a ser negociadas apenas em trocas privadas, fora do alcance dos reguladores.

A moeda virtual tem fiéis seguidores, mas também os seus inimigos. Um deles é o presidente executivo do banco JP Morgan, Jamie Dimon, que a descreve como uma “fraude” e disse que em algum momento a bolha “estourará”.

Joseph Stiglitz, vencedor do prémio Nobel da Economia, considerou mesmo, em entrevista à agência de informação financeira Bloomberg, que a bitcoin deveria ser “proibida”.

Em abril, o Japão converteu-se no primeiro país do mundo a reconhecer legalmente a bitcoin como forma de pagamento, o que leva o iene a ser a divisa nacional mais trocada pela moeda virtual a nível mundial.

A bitcoin, nascida em 2009 e criada por uma pessoa com nome fictício de Satoshi Nakamoto, é a moeda virtual mais popular do mundo. Baseia-se na tecnologia blockchain, que suporta o seu valor material na criptografia de dados informáticos. Tal como as restantes criptomoedas, não está vinculada a um banco ou governo, pelo que o seu valor depende sobretudo da procura, até porque a oferta é restrita.

A bitcoin permite registos anónimos dos utilizadores, o que leva a críticas de que serve apenas para facilitar o branqueamento de capitais e pagamentos ilícitos. Apesar do crescente interesse, ainda não é amplamente aceite nas lojas para comprar mercadorias e não pode depositada num banco. Um dos problemas em usá-la como uma moeda é o seu valor ser volátil, às vezes de forma súbita.

Já os apoiantes da bitcoin dizem que é um novo tipo de moeda que pode ser trocada de maneira privada e segura.

Na quinta-feira da semana passada, foi divulgado que desconhecidos roubaram mais de 4.700 bitcoins, equivalentes a cerca de 70 milhões de dólares (cerca de 59,2 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), num ataque cibernético à empresa NiceHash, uma plataforma eletrónica eslovena especializada em criptomoedas.

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Altice Portugal pede “confiança e lealdade” aos sindicatos

Estruturas que representam os trabalhadores reuniram com Alexandre Fonseca, o novo líder da Altice Portugal. Gestor terá pedido "confiança e lealdade", disseram fontes sindicais ao ECO.

O novo presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, terá pedido “confiança e lealdade” aos sindicatos de trabalhadores afetos à empresa, revelaram fontes sindicais ao ECO. O gestor, que substituiu Cláudia Goya na liderança da dona da Meo, esteve reunido esta segunda-feira com os responsáveis das diferentes estruturas sindicais e terá apelado a que os problemas sejam resolvidos entre portas. O administrador João Zúquete também esteve presente no encontro.

Oficialmente, a Altice Portugal refere que “nesta reunião foram abordadas as orientações estratégicas da empresa, bem como escutados os temas considerados relevantes para as estruturas de representação dos trabalhadores, num espírito de diálogo, abertura e proximidade”. “Alexandre Fonseca mostrou disponibilidade para manter um diálogo transparente, aberto e frequente com os trabalhadores”, lê-se numa nota oficial remetida ao ECO.

Entre as preocupações dos funcionários têm estado a transmissão de trabalhadores para outras empresas do grupo ou parceiras, a alegada pressão para aceitarem rescisões ou a existência de pessoas sem funções atribuídas. Questões que não terão sido aprofundadas neste encontro. Ainda assim, a administração da Altice terá mostrado intenções de convocar reuniões regulares com os sindicatos — um sinal de abertura ao diálogo que está a agradar alguns responsáveis sindicais.

O encontro serviu também para tranquilizar os sindicatos para o período conturbado que a empresa tem atravessado, com mudanças na gestão e queda acentuada nas ações na bolsa de Amesterdão. Em causa, os fracos resultados do terceiro trimestre, que levaram a Altice a decretar o fim das compras e a venda de alguns ativos. Entre eles, o negócio na República Dominicana, torres de comunicações na Europa e data centers na Suíça. Em Portugal, está pendente a compra da Media Capital à Prisa por 440 milhões de euros, um negócio que está a ser avaliado pela Autoridade da Concorrência.

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Marisa Mirador acaba de integrar a equipa da SLCM

Foi associada senior do Departamento de Direito Público da DLA Piper ABBC, tendo também exercido a sua atividade na Gouveia Pereira & Associados e na Miguel, Goes & Associados.

A advogada Marisa Mirador acaba de integrar a equipa da Serra Lopes, Cortes Martins & Associados (SLCM) como associada sénior.

Licenciada em Direito, em 2003, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e mestre em Direito Público pela Universidade Católica de Lisboa, tem desenvolvido a sua carreira, de mais de 12 anos, nas áreas do Ordenamento do Território, Urbanismo e Construção, Contratação Pública, Contencioso Administrativo, Direito do Ambiente, Direito Administrativo Geral e Regulatório.

Foi anteriormente associada sénior do Departamento de Direito Público da DLA Piper ABBC, tendo também exercido a sua atividade na Gouveia Pereira & Associados e na Miguel, Goes & Associados, onde iniciou o seu percurso profissional.

Gonçalo Reino Pires, Sócio da SLCM responsável pela área de Imobiliário e Urbanismo, considera que a integração da Marisa Mirador “contribui de forma clara para dar resposta ao crescimento da SLCM na área do Imobiliário e Urbanismo e nas diversas áreas do Direito Público”. E acrescenta: “O seu sólido conhecimento técnico, aliado a uma forte experiência prática, reforçam a nossa capacidade de prestação de serviços especializados nestas áreas e a confiança dos nossos clientes”.

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Ministro do Trabalho solicitou inspeção à Raríssimas

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 11 Dezembro 2017

Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social falou esta segunda-feira sobre a polémica que envolve a associação Raríssimas.

O ministro do Trabalho negou ter conhecimento prévio das denúncias feitas pela TVI na reportagem que envolve a Raríssimas e anunciou que solicitou com urgência uma inspeção à instituição.

Vieira da Silva afirmou que há um processo “que tem corrido” no Instituto da Segurança Social (ISS), relativamente a “preocupações” de um ex-tesoureiro da instituição com o não cumprimento de “todas as normas do estatuto” das IPSS, nomeadamente “identificação de vários cargos sociais”. Quanto a denúncias de gestão danosa, o ministro garante que só teve conhecimento quando os jornalistas entraram em contacto com o Ministério no âmbito da peça da TVI.

“Afirmo de novo, com toda a clareza, para que não haja nenhuma dúvida que, relativamente às denúncias que foram feitas e foram divulgadas de gestão danosa nesta instituição, não tive, nem teve a minha equipa, nenhuma informação — repito, nenhuma informação — em particular aquelas que foram divulgadas na peça televisiva” da TVI, afirmou o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em conferência de imprensa transmitida pela TVI24.

O ISS já tinha desencadeado um “conjunto de procedimentos” de fiscalização, explicou também o ministro. Mas agora, Vieira da Silva decidiu solicitar uma “inspeção global”, com “caráter de urgência” à Inspeção-Geral do Ministério, que “decorrerá já a partir dos próximos dias”.

Os jornalistas abordaram um ofício enviado em outubro, que apontaria para movimentações de contas bancárias com irregularidades e apelaria a uma fiscalização não só ao financiamento, mas também às contas da instituição. Em resposta, Vieira da Silva voltou a afirmar que “não é verdade” que tenha sido alertado para uma situação de gestão danosa. “Todas as informações que foram chegando ao ministério acerca de irregularidades estatutárias ou potenciais irregularidades que essas irregularidades estatutárias poderiam conduzir foram enviadas aos serviços do Ministério do Trabalho para que fizesse a competente fiscalização, mas em nenhuma delas foi identificado, em nenhum caso concreto, nenhuma denúncia de atos de gestão danosa”, disse.

As declarações surgem depois de uma investigação da TVI ter apontado para a alegada utilização de fundos para pagar despesas pessoais da presidente da organização, Paula Brito Costa. A Raríssimas está a ser investigada pelo Ministério Público.

Passagem pela Raríssimas foi compromisso “cívico”

Vieira da Silva foi vice-presidente da Assembleia-Geral da Raríssimas, antes de ser ministro neste Governo, mas, sobre isso, quis sublinhar que esteve em causa apenas um “compromisso cívico”.

“Consta do meu registo de interesses na Assembleia da República, porque era deputado à altura, fui convidado para participar num órgão social, não executivo, sem responsabilidades de execução e sem nenhuma contrapartida de natureza financeira, foi apenas um compromisso cívico que assumi durante esses anos e que abandonei quando assumi de novo responsabilidades governativas”, salientou o ministro.

Garantindo que, que nesse período, nunca teve conhecimento de qualquer facto que tivesse levantado dúvidas sobre o funcionamento da instituição, Vieira da Silva também entende que a sua independência não é “posta em causa”. “Fi-lo sem nenhuma vantagem de tipo pessoal, não fui remunerado por nada, dei o me contributo cívico no apoio à definição das estratégias daquela instituição”, afirmou.

Que apoios recebe a Raríssimas?

O ministro do Trabalho também elencou os apoios públicos atribuídos à instituição. No âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), foi concedido um apoio de 420 mil euros para construção da Casa dos Marcos, no concelho da Moita.

Além disso, foram feitos acordos de cooperação em três áreas. Um deles é um centro de atividades ocupacionais para crianças e jovens com doenças raras, que conta com um apoio anual que depende do número de utentes e dos valores fixados nos termos da lei — “esse valor ronda os 170 mil euros anuais e a verificação da prestação desse serviço nessa valência é feita regularmente pelos serviços da Segurança Social”, disse o ministro.

Há ainda um lar residencial, onde vivem crianças e jovens com doenças raras ou deficiência aguda, que recebeu 264 mil euros (280 mil euros em 2016). Por fim, o ministro apontou para a “residência autónoma”, uma resposta residencial para pessoas com um maior nível de autonomia, que conta com 57/58 mil euros por ano, também aqui dependendo “da comprovação das frequências regulares destas instituições”.

Além disso, podem ainda ser atribuídos apoios eventuais, o que aconteceu em 2012, 2015 e 2016 com a Raríssimas “num valor total de 327 mil euros“, concluiu o governante.

(notícia atualizada às 17:15 com mais informação)

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Ministro do Trabalho foi vice-presidente da Assembleia Geral da Raríssimas

  • ECO
  • 11 Dezembro 2017

Fonte do Ministério indica que o cargo foi ocupado antes de Vieira da Silva integrar o atual Governo e remete mais declarações para a conferência de imprensa desta tarde.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, foi vice-presidente da Assembleia Geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, avança esta segunda-feira o Público.

Fonte do gabinete do ministro frisa que o cargo foi ocupado antes de integrar o atual Governo e remete mais declarações para a conferência de imprensa agendada para as 15 horas.

De acordo com o jornal, a passagem pela Raríssimas é o único cargo social que integra a declaração de registo de interesses divulgada por Vieira da Silva.

A polémica em torno da associação Raríssimas surgiu depois de uma investigação da TVI ter denunciado que a presidente, Paula Brito e Costa, terá usado dinheiro da instituição para pagar despesas pessoais. O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já declarou que vai “avaliar a situação” da Raríssimas e “agir em conformidade”. Uma denúncia anónima também colocou, em finais de novembro, a Raríssimas sob investigação do Ministério Público.

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Wall Street abre com ganhos ligeiros à espera da Fed

As atenções dos investidores estão viradas para a reunião da Fed, que se inicia na terça-feira, e para a estreia da negociação de futuros de bitcoin nos mercados.

Os mercados norte-americanos arrancaram esta semana com ganhos ligeiros, numa altura em que os investidores aguardam pela reunião da Reserva Federal de dois dias, que vai iniciar-se na terça-feira e de onde poderá sair uma decisão de aumento dos juros.

O índice de referência S&P abriu praticamente inalterado, a valorizar apenas 0,03%, para os 2.652,32 pontos. Já o tecnológico Nasdaq sobe 0,25%, para os 6.856,82 pontos, enquanto o industrial Dow Jones, que chegou a abrir em alta, inverteu a tendência e segue a cair ligeiramente, em 0,04%, para os 24.320,45 pontos.

Esta segunda-feira, as atenções dos investidores focam-se também numa estreia: a CME Group e a CBOE Global Markets começaram a negociar contratos de futuros da bitcoin, facilitando a negociação da moeda digital.

Os futuros da bitcoin abriram a negociar no mercado regulado nos 15 mil dólares e já dispararam 25%, negociando agora nos 18.850 dólares. A bitcoin em si, ainda negociada no mercado não regulado, dispara mais de 5%, para os 16.434 dólares.

Nota ainda para a recuperação do petróleo, que na semana passada negociou em baixa. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, segue agora a valorizar 0,4%, acima dos 57 dólares por barril, e o Brent, negociado em Londres, está a subir perto de 0,7%, para quase 64 dólares por barril.

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Grupo de Braga quer explorar mina de ouro em Vila Verde

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2017

O grupo Lusorecursos quer "preservar o interesse público e os recursos naturais do país", construindo "um autêntico cluster dos metálicos em Portugal.

O grupo mineiro Lusorecursos, de Braga, apresentou à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) um pedido de licença de exploração para uma mina de ouro, em Marrancos, Vila Verde, informou, esta segunda-feira, a empresa.

O pedido de licenciamento, explica um comunicado do grupo, é sequência do contrato de prospeção e pesquisa, para aquela área, assinado entre o grupo e o Estado em 2012. Esta é a mesma empresa que tem um contrato com o Governo para a prospeção e pesquisa de lítio.

“A Lusorecursos, ao apresentar este pedido de licença de exploração para o ouro, assume também o desafio de desenvolver com as autoridades competentes, em particular com o Ministério da Economia, um trabalho para, com as demais empresas do grupo, construir um autêntico cluster dos metálicos em Portugal, suportado nas competências e nos recursos nacionais”, lê-se.

No texto, o grupo aponta ainda que “procura dessa forma preservar o interesse público, os recursos naturais do país e contribuir para que as políticas públicas conduzam a que o valor acrescentado desse recurso fique de facto em Portugal” e “não continue a ser capturado por interesses que não respeitam o país”.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 11 Dezembro 2017

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Esta manhã, os juros da dívida portuguesa atingiram mínimos desde 2015 e, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as importações aumentaram mais do que as exportações, em outubro.

Entre analistas e investidores a expectativa é a mesma: a agência Fitch deverá retirar Portugal do nível “investimento especulativo”, quando atualizar a sua notação do país na próxima sexta-feira. À espera deste desfecho, os juros da dívida portuguesa atingem mínimos desde 2015.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), excluindo os combustíveis e lubrificantes (bens muito expostos à volatilidade dos mercados), “as exportações aumentaram 13% e as importações cresceram 19,9%”.

Mourinho Félix tinha falado de um novo reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de cerca de 500 milhões de euros ainda este ano, mas a meta do IGCP é mais ambiciosa: pretende devolver antecipadamente mais 1.000 milhões de euros à instituição nas próximas três semanas.

O Tribunal de Contas aponta o dedo à decisão de conceder apoios comunitários à empresa Waratah, a sociedade que a Scenic, um dos maiores operadores australianos de pacotes turísticos e cruzeiros de luxo, criou para as operações em Portugal.

A lista de escritórios de advogados que prestaram assessoria jurídica ao Estado em 2017 é extensa mas são três as sociedades que saltam mais à vista: VdA, Sérvulo e PLMJ. Os dados constam do portal Base (contratos públicos online), reportam-se a este ano e são contabilizados contratos até ao dia 6 de dezembro.

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Tecnológica OutSystems investe 10,4 milhões e cria 148 empregos em projeto com o Estado

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2017

O investimento da empresa tecnológica portuguesa deverá criar 148 postos de trabalho até 2019, no âmbito de um contrato com o Estado.

A empresa tecnológica portuguesa OutSystems vai investir 10,4 milhões de euros e deverá criar 148 postos de trabalho até 2019, no âmbito de um contrato com o Estado, segundo um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

A minuta final do contrato entre a Agência para o Investimento e Comércio Externo e a OutSystems Holdings e OutSystems – Software em Rede prevê as condições do projeto de investimento, no âmbito dos incentivos à investigação e desenvolvimento tecnológico.

Segundo o despacho, o investimento ronda os 10,4 milhões de euros, “contribuindo para gerar novas oportunidades de emprego através da criação pela OUTSYSTEMS – SOFTWARE EM REDE, S.A., até 2019, de 148 postos de trabalho, dos quais 24 são altamente qualificados”.

“O projeto, denominado RADicalize, pretende tornar real a disruptiva ideia de que o software das empresas e das organizações deve ser desenvolvido e modificado, de modo fácil e rápido, por quem conhece, de facto, o negócio e não por especialistas em informática”, explica-se no despacho, no qual se lê o objetivo de criar “importantes avanços técnico-científicos”.

Com as planeadas plataformas de desenvolvimento rápido de aplicações móveis empresariais, é esperado maior “valor e conhecimento para o país, em geral, e para as regiões de Lisboa e do Norte, em particular”.

Na sequência deste projeto, em 2019, a empresa, fundada em 2001, deverá somar um volume de vendas anual nos mercados internacionais superior a 107 milhões de euros.

O despacho tem a data de 16 de novembro e garante que, face ao seu “impacto macroeconómico”, o projeto “reúne as condições necessárias à concessão de incentivos financeiros previstos para os grandes projetos de investimento”.

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Ministério Público investiga Raríssimas desde novembro

  • ECO
  • 11 Dezembro 2017

Alegadas irregularidades na Raríssimas estão a ser investigadas pelo Ministério Público, desde o final de novembro. Na origem do inquérito esteve uma denúncia anónima.

Uma denúncia anónima colocou, em finais de novembro, a Raríssimas sob a lupa do Ministério Público. Segundo foi avançado em primeira mão pelo Expresso (acesso pago) e confirmado pelo ECO, está, neste momento, a decorrer um inquérito às alegadas irregularidades da associação, levado a cabo pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. Ainda não foram constituídos arguidos.

A atuação de Paula Brito na liderança da associação que tem por missão dar uma resposta inovadora às necessidades dos portadores de patologias raras está a ser posta em causa, depois de uma investigação da TVI ter revelado que poderá ter havido desvios de fundos para pagar, mensalmente, despesas pessoais da presidente da organização sem fins lucrativos. Em causa estão compras de vestidos de alta-costura, despesas de supermercado e mapas de deslocações fictícias.

A Raríssimas é parcialmente financiada pelo Estado, do qual recebeu 875 mil euros, em 2016. Em donativos, a associação terá acumulado 718 mil euros. De acordo com a reportagem da TVI, a presidente da associação recebia um salário base de três mil euros mensais, aos quais acresciam 1.300 em ajudas de custo, 1.500 em deslocações e 816,67 de um plano poupança-reforma.

Na reportagem, são também mencionados os nomes do atual secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado — a propósito da sua contratação, em 2013, como consultor — e da deputada socialista Sónia Fertuzinhos — que se terá deslocado à Noruega, numa viagem paga pela associação. No trabalho da TVI, Manuel Delgado não aparece ligado à prática de apresentação de despesas fictícias ou do uso de fundos da empresa para despesas pessoais.

Acusações ‘insidiosas’? PJ também investiga

À denúncia feita pela estação de televisão em causa, a Raríssimas reagiu, na sua página do Facebook, classificando as acusações de “insidiosas”. “Todas as acusações apresentadas nesta reportagem são insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada”, diz a associação. De acordo com a entidade sem fins lucrativos, as despesas efetuadas em deslocações e em representação da instituição foram aprovadas pelos órgãos da direção.

Segundo a TVI, o caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária. Em comunicado, o Ministério do Trabalho e da Segurança Social avançou também que “vai avaliar a situação e agir em conformidade”.

Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa também já comentou a polémica, confessando-se “surpreendido”. “É importante que se fiscalize e que se conclua se houve ou não eventual ilegalidade e irregularidade e é preciso que as crianças não sejam punidas por isso”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa sobre a ação do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, na SIC.

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Sporting perde 60% nos lucros, mas mantém-se no verde

A Sporting SAD anuncia um começo de época com resultados positivos. Vendas menos valiosas, abaixo do conseguido no ano anterior com João Mário e Slimani, ditam as quebras.

A SAD do Sporting relata resultados positivos no pontapé de saída: a época abre com lucros de 24 milhões. Contudo, a quebra é grande, com os resultados a afundarem 60% no primeiro trimestre da época em relação ao ano anterior.

Os lucros do Sporting caíram de 69,2 milhões para 24,748 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017/2018. A quebra de 60% é justificada pelo clube com o facto de as “duas maiores vendas de sempre de jogadores da Sporting SAD, João Mário e Islam Slimani” terem acontecido no período homólogo.

O volume de negócios deste ano foi de 61.821 milhares de euros, que comparam com os 105.117 milhares de euros do primeiro trimestre do ano anterior. O clube destaca a venda de Adrien Silva por 29,5 milhões de euros.

Neste período, os leões apostaram em três novos reforços. Marcos Acuña foi o mais caro, levando ao clube 10.591 milhares de euros. Segue-se Jeremy Mathieu, que custou 4.000 milhares de euros e Stefan Ristovsk, contratado por 2.563 milhares de euros.

Se a venda de jogadores ficou aquém, o mesmo não aconteceu com os bilhetes. A receitas da bilheteira subiram dos 4,2 mil para os 4,9 mil euros. Destaque para a UEFA Champions League, que no primeiro trimestre da época 2017/2018 rendeu 880 mil euros, expressivamente mais do que os 126 mil euros do mesmo período do ano anterior. Os bilhetes de época renderam 1,5 milhões e a plateia da Liga Nacional engordou Alvalade com mais 486 mil euros — menos que os 960 mil homólogos.

O Sporting terminou setembro com uma dívida total de 125.312 mil euros a pesar nos cofres leoninos. “Os principais saldos em dívida apresentados referem-se fundamentalmente a aquisição de direitos desportivos e económicos e direitos de imagem de jogadores, comissões de intermediação, entre outros”, lê-se no relatório.

(Notícia em atualizada às 13h52)

 

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Proibição de pesca de sardinha está afastada

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2017

Ministra do Mar afirmou esta segunda-feira que a pesca da sardinha vai começar um mês mais tarde em 2018 e que haverá mais controlo.

A pesca da sardinha vai começar um mês mais tarde em 2018 e de forma mais controlada, estando definitivamente afastado um cenário de paragem total, disse hoje, em Bruxelas, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

“Afastámos definitivamente o cenário de acabar com a pesca” da sardinha, disse Ana Paula Vitorino, sublinhando que houve um acordo para que seja feita de modo controlado e sustentado.

A ministra, que falou aos jornalistas após uma reunião trilateral com a sua homóloga espanhola, o comissário europeu para o setor e o diretor-geral das Pescas da Comissão Europeia, sublinhou que ficou acordado entre as duas capitais – e com o aval de Bruxelas – que a campanha da sardinha começará um mês mais tarde”, no início de maio.

Por outro lado, segundo o plano traçado por Portugal e Espanha, haverá mais controlo, sendo estabelecidas “área de não pesca se foram identificados juvenis”.

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