Dois meses depois, PSD ainda não avançou para o Tribunal Constitucional

Ainda se lembra do PSD dizer que ia enviar para o Tribunal Constitucional o decreto-lei do Governo relativo ao Estatuto do Gestor Público? Dois meses depois, o partido ainda não avançou.

A 6 de novembro o PSD ameaçou. Um dia depois, Luís Montenegro anunciou: o PSD ia avançar com o pedido de fiscalização sucessiva das alterações introduzidas ao Estatuto de Gestor Público por um decreto-lei do Governo. Estávamos no auge da polémica com António Domingues, ex-presidente da CGD, com a proposta dos sociais-democratas para reverter as mudanças a ser chumbada no Parlamento. A vontade, no entanto, não se efetivou. Dois meses depois, o PSD ainda não avançou até ao momento.

As mudanças envolvem os salários dos administradores das instituições financeiras do Estado, como é o caso da Caixa Geral de Depósitos, mas não só. O Estatuto do Gestor Público envolve ainda questões como a entrega da declaração de rendimento e património ou regras de conduta, por exemplo, a que os gestores públicos estão sujeitos. A exceção a este regime foi criada pelo Governo, em julho de 2016, através de um decreto-lei que o PSD afirma que é inconstitucional.

Esgotadas que estão as possibilidades de o legislador resolver o problema, vamos suscitar a questão ao Tribunal Constitucional.

Luís Montenegro

7 de dezembro de 2016

Porquê? Quando o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, anunciou que o partido ia avançar explicou que estavam “a aprofundar o requerimento, mas está centrado em não haver um tratamento igual em todo o setor público e no setor empresarial do Estado”. “Demos três oportunidades aos partidos que suportam o governo para revogar o regime que está hoje em vigor e que resultou do compromisso entre a atual administração e o Governo”, justificou na altura, referindo que “esgotadas que estão as possibilidades de o legislador resolver o problema, vamos suscitar a questão ao Tribunal Constitucional”.

No dia anterior, o deputado Luís Marques Guedes tinha explicado ao ECO outra linha de argumentação, diferente do tratamento desigual. O que está em causa para o ex-ministro da Presidência? Há um artigo do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial sobre o qual o Governo não pode legislar por cima.

Segundo o deputado do PSD, a responsabilidade da lei de bases gerais do setor empresarial do Estado é do Parlamento, uma vez que existe reserva de competência desta matéria para a Assembleia da República. O artigo 21º, relativo ao “gestor público”, do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial refere que é “aplicável o disposto no Estatuto do Gestor Público” a todos os gestores públicos. O deputado social-democrata explicou ao ECO que, “pela ordem jurídica”, o Governo não pode fazer este decreto-lei, pois “tem de se subordinar” à lei de bases.

Se o partido realmente enviar o pedido para o Palácio Ratton, os juízes vão analisar se as normas em concreto são ou não inconstitucionais, não tendo prazo para o fazer. Se o Tribunal Constitucional chumbar as normas enviadas, a decisão tem força obrigatória geral, o que significa que tem de ser eliminada a ordem jurídica.

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Cavaco lança livro sobre 10 anos em Belém

O ex-presidente da República vai lançar um livro sobre a década que passou em Belém. Cavaco Silva intitulou-o de "Quinta-feira e Outros Dias", por esse ser o dia da reunião com o primeiro-ministro.

Aníbal Cavaco Silva vai voltar a editar um livro, após os dez roteiros que publicou enquanto Presidente da República entre 2006 e 2016. Um ano depois de ter abandonado o cargo, o ex-chefe de Estado lança “Quinta-feira e Outros Dias” no dia 16 de fevereiro, na próxima terça-feira, avança a Rádio Renascença. O livro conta as memórias presidenciais do tempo passado em Belém.

Quinta-feira costuma ser um dia da semana bastante concorrido para o primeiro-ministro: primeiro porque tem, normalmente, Conselho de Ministros e, segundo, porque também costuma ser o dia da reunião semanal com o Presidente da República. Essa é a razão para o nome do livro que Cavaco Silva vai lançar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Segundo a Renascença, o ex-presidente da República escreve na primeira pessoa e justifica decisões anteriores.

Nunca [ocorreu] fugas de informação para a comunicação social sobre o que se passou nos meus encontros com o Primeiro-Ministro e outros membros do Governo.

Cavaco Silva

Ex-Presidente da República

No site da loja Fnac já se encontra disponível uma descrição do livro: “Tendo mantido até agora reservada parte importante da minha ação como Presidente da República, convicto de que essa era a melhor forma de defender o superior interesse nacional – e nunca tendo ocorrido fugas de informação para a comunicação social sobre o que se passou nos meus encontros com o primeiro-ministro e outros membros do Governo –, entendo que é altura de completar a prestação de contas aos portugueses dando público testemunho de componentes relevantes da minha magistratura que são, em larga medida, desconhecidos dos cidadãos”.

Cavaco Silva

Neste momento, Cavaco Silva está no Gabinete do Sacramento, as instalações no antigo Mosteiro do Santíssimo Sacramento, em Alcântara, Lisboa. O ex-Presidente da República tem sido reservado desde que deixou o cargo de chefe de Estado, mas recentemente, por ocasião dos 25 anos do Tratado de Maastricht, Cavaco apelou à responsabilidade do líderes europeus.

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Google Maps tem nova funcionalidade. Só para dispositivos Android

Há um novo painel com sugestões de sítios, horários de transportes públicos e informações de trânsito para condutores. Para já, a nova funcionalidade do Google Maps só está disponível para Android.

Os mapas da Google para dispositivos Android têm uma novidade. A empresa está a atualizar a aplicação Google Maps para incluir um novo painel com informações úteis e em tempo real. O novo painel está dividido em três abas: sítios, condução e transportes públicos. Na primeira, a aplicação mostra, fundamentalmente, locais para almoçar ou sítios onde beber um café nas redondezas. A aplicação indica também outros locais a pedido, como mercearias, postos de combustível, caixas multibanco e por aí em diante.

Na aba de condução, o Google Maps mostra os sítios guardados pelo utilizador, como a morada da casa ou do trabalho. Além disso, indica informações de trânsito em tempo real, bem como uma estimativa do tempo que demora a chegar a cada destino. Por fim, na terceira aba, o utilizador tem acesso aos vários transportes públicos e horários de chegada de autocarros, metro e por aí em diante. Tudo em tempo real, com base nas informações a que a Google tem acesso.

Os três novos painéis do Google Maps para Android.Google

Nada disto é novo na aplicação da Google. No fundo, o que a empresa fez foi reunir, num único local, as várias informações que já era possível obter na aplicação, com uma melhor usabilidade. A mudança já foi lançada para dispositivos Android e, brevemente, deverá chegar a todos os telemóveis e tablets com o sistema da Google. A aba é acessível arrastando o novo painel a partir do fundo do ecrã.

Para já, não há informação de quando é que a novidade vai chegar aos dispositivos da Apple. Num artigo no blogue oficial da empresa, um porta-voz da Google refere apenas que “quando estás em viagem, não há tempo para aplicações que não te conseguem acompanhar”.

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França pinta mercados de “rouge”

Os receios em torno do desfecho das eleições presidenciais francesas penalizaram os juros da dívida europeias e arrastaram as bolsas do Velho Continente para o vermelho. Lisboa acompanhou.

Com as eleições francesas cada vez mais perto, os receios dos investidores começam a vir à tona face à força da extrema-direita. O agravamento dos juros da dívida soberana e a queda das bolsas europeias na sessão de hoje comprovam a deterioração do sentimento. Os juros nacionais e a bolsa lisboeta acompanharam as perdas do resto da Europa, com o BPI a ser uma das principais referências negativas da praça nacional. Já o BCP foi o único destaque positivo: acelerou 3%.

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BPI abaixo da OPA do CaixaBank. Mas porquê?

Há meses que as ações do banco liderado por Fernando Ulrich registam poucas alterações. Mas esta tendência parece estar a mudar, inclinando-se para uma descida. Mas porquê? Incerteza e menor liquidez.

Há meses que as ações do banco liderado por Fernando Ulrich registam poucas alterações. Mas esta tendência parece estar a mudar, inclinando-se para uma descida. Isto numa altura em que estamos perto da conclusão da oferta pública de aquisição (OPA) que o Caixabank lançou sobre o banco. Mas porquê? Os investidores preveem um bom resultado para a instituição espanhola e estão a excluir do seu portefólio uma ação que terá menos liquidez.

Parece haver uma mudança no horizonte das ações do BPI. Os títulos negociavam há meses com poucas alterações. Mas a tendência está a mudar. Os títulos estão a deslizar, baixando mesmo do valor da OPA com a aproximação da conclusão… da OPA. A queda não está relacionada com a incerteza dos investidores em torno do sucesso da oferta que o acionista espanhol lançou ao BPI. Muito pelo contrário. Os analistas estimam que o resultado será positivo para o CaixaBank.

O banco espanhol transmitiu este otimismo quando apresentou os resultados: “Esperamos que o resultado da OPA, que termina na próxima semana, seja satisfatório“, afirmou Gonzalo Gortázar, o presidente executivo do CaixaBank, sublinhando a confiança do banco catalão na instituição portuguesa, nomeadamente na equipa de gestão liderada por Fernando Ulrich.

BPI afunda mais de 5%

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

O problema parece ser o que se segue quando esta primeira fase estiver concluída, o que está para breve. A oferta decorre até às 15h30 de dia 7 de fevereiro. A queda pode estar relacionada com “o final do período da oferta do CaixaBank e a incerteza que poderá seguir-se: OPA potestativa ou manutenção da negociação dos minoritários em bolsa num contexto de menor liquidez?”, refere a Patris Investimentos ao ECO.

“A segunda fase será novamente alvo de especulação, uma vez que representa o ponto de partida para um processo de transição e integração que irá determinar o futuro da instituição pois irá marcar as intenções da nova administração para o banco”, explica Eduardo Silva, gestor da XTB. Mas também realça: não se devem tirar muitas conclusões destas oscilações intradiárias na fase final da OPA.

"A segunda fase será novamente alvo de especulação, uma vez que representa o ponto de partida para um processo de transição e integração que irá determinar o futuro da instituição pois irá marcar as intenções da nova administração para o banco”

Eduardo Silva

gestor da XTB

Para a equipa de research do BiG, o movimento parece “injustificado”, podendo estar relacionado com a “necessidade de liquidez de algum investidor maior que não esteja disposto a esperar até que seja feito o pagamento da OPA”. Os investidores também podem estar simplesmente a desfazer-se de uma ação que terá menos liquidez.

Abaixo da OPA. Faz sentido?

Nem por isso. Os analistas do BiG referem que não faz sentido que o valor esteja abaixo do preço da OPA do CaixaBank — os catalães oferecem 1,134 euros por cada ação do BPI e os títulos seguem perto dos 1,118 euros. Uma opinião partilhada pela XTB. Eduardo Silva nota que “alguns investidores que estejam preocupados com a especulação de curto prazo poderão estar interessados em garantir que vendem as ações ao melhor preço atual possível. O otimismo é realista considerando as necessidades limitadas de aquisição e a evolução do preço nas últimas semanas. Assim, receios de última hora parecem infundados”.

O valor das ações em bolsa está dependente da OPA, mas também de uma eventual OPA potestativa. Ou seja, se os restantes acionistas forem obrigados a vender as suas ações ao CaixaBank. A Patris Investimentos explica que “se houver uma OPA potestativa, o mercado irá concentrar-se no preço dessa mesma oferta. Se não houver OPA potestativa, e uma vez concluída a oferta do CaixaBank, a cotação do BPI voltará a transacionar com base nos ‘fundamentais’ do banco, nomeadamente no que se refere às expectativas de evolução dos seus resultados para os próximos anos”.

E se não vender as ações?

Pode ser arriscado não vender na OPA. A Patris diz que “conservar as ações do BPI (ou seja, não as entregar na oferta do CaixaBank) pode ter como implicações ser posteriormente sujeito a uma oferta potestativa ou, na sua ausência, manter uma posição no capital do banco aceitando a menor liquidez que poderá haver em bolsa na sua negociação”.

E quanto maior a participação que o CaixaBank conseguir adquirir do BPI, maior o risco para o investidor que não vender as ações, esclarece a equipa de research do BiG. Os analistas dizem que as “as ações correm o risco de ficar com um free float muito baixo, o que tem implicações para a liquidez de negociação e consequentemente para a atratividade das ações para os investidores institucionais. Um baixo free float acaba por ter um impacto negativo no preço da ação”.

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Paulo Neves acumula cargos de chairman e CEO da PT Portugal

O anúncio é feito na sequência da saída de Armando Pereira, até aqui presidente do conselho de administração da PT Portugal, para integrar o conselho consultivo da Altice.

Paulo Neves, presidente executivo da PT Portugal, vai acumular este cargo com o de presidente do conselho de administração da empresa que detém a Meo.

O anúncio foi feito esta segunda-feira pela PT Portugal, na sequência da saída de Armando Pereira, que era o presidente do conselho de administração da empresa, para integrar o conselho consultivo da Altice, o grupo francês que detém a PT Portugal.

“A Altice reforça a sua confiança em Paulo Neves, cujo currículo no mercado da indústria das telecomunicações é altamente reconhecido e cujo desempenho na liderança da equipa executiva que gere a PT Portugal permitiu atingir os objetivos do seu plano estratégico: investimento inovação qualidade de serviço e desempenho financeiro e comercial”, refere a empresa, em comunicado enviado às redações.

Michel Combes, CEO da Altice, salienta a “estreita relação que [Paulo Neves] cria com os clientes”.

O comité executivo da PT Portugal, por seu lado, mantém-se como estava, composto por Gui Pacheco, João Zúquete, Alexandre Fonseca, Luís Nascimento, João Sousa, Sónia Machado e Alexander Freeze.

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O essencial do relatório da OCDE sobre Portugal

  • Margarida Peixoto
  • 6 Fevereiro 2017

A OCDE avaliou a economia portuguesa e apresentou um relatório onde faz um ponto de situação e deixa recomendações. Centeno avisou que não concorda com tudo. Aqui está um resumo do fundamental.

O Economic Survey da OCDE sobre Portugal, apresentado esta segunda-feira em Lisboa, faz uma radiografia da economia portuguesa e apresenta um conjunto de recomendações para potenciar o crescimento económico. O ECO faz-lhe um resumo com o essencial do documento, as chamadas de atenção feitas pelo secretário-geral Angel Gurría, e as reações do ministro das Finanças português, Mário Centeno.

O que diz a OCDE sobre o estado da economia?

A organização liderada por Angel Gurría reconhece que Portugal está a recuperar da crise e está a resolver alguns dos seus desequilíbrios fundamentais. Nota que as reformas estruturais aplicadas no passado estão a surtir efeito. Evidências dessa melhoria são:

  1. As exportações: em 2015 já pesavam mais de 40% no PIB, enquanto em 2005 não passavam dos 27%. Este ganho parece ser “estrutural”, avança a organização.
  2. A redução dos desequilíbrios externos: a balança de transações correntes está positiva — uma conquista que Gurría fez questão de sublinhar na cerimónia de apresentação do relatório — e a poupança interna aumentou.

Contudo, permanecem dificuldades por resolver:

  1. Os níveis de investimento estão demasiado baixos e sem uma retoma deste indicador, dificilmente Portugal consolidará a saída da crise.
  2. A força de trabalho em Portugal tem baixas qualificações, o que prejudica o potencial de crescimento da economia e a produtividade.
  3. Portugal é um dos países mais desiguais da Europa e tanto as desigualdades como a pobreza têm vindo a aumentar desde a crise. As crianças e os jovens foram os mais afetados pelo aumento da pobreza, com uma subida de três pontos percentuais, enquanto a pobreza entre os idosos caiu seis pontos.
  4. O setor financeiro continua a braços com um peso grande de malparado. Segundo a OCDE, mais de 12% do crédito concedido estava vencido, de acordo com dados do FMI, para o final do segundo trimestre de 2016. Isto prejudica a saúde do sistema financeiro e compromete a capacidade de financiar investimentos.
  5. A dívida pública portuguesa é elevada e levanta riscos, sobretudo num ambiente de baixo crescimento económico. Portugal tem “de remar um pouco contra a corrente”, disse Gurría.
  6. A eficácia dos impostos sobre o consumo está prejudicada pela utilização frequente de exceções.
  7. Os procedimentos de insolvência são morosos, o que torna os empréstimos a empresas mais arriscados.

O que prevê para Portugal?

A OCDE prevê menos crescimento do que o Governo está neste momento a antecipar, tanto para 2016, como para 2017. Enquanto o Executivo já está a contar com uma taxa de crescimento acima de 1,2% (a última previsão oficial do ministro das Finanças, apresentada em outubro), que deverá acelerar para 1,5% em 2017, a OCDE espera uma estagnação do ritmo no próximo ano.

Também no mercado de trabalho o Executivo português está mais otimista, com Mário Centeno a assumir que o Governo espera uma taxa abaixo dos dois dígitos, enquanto a organização liderada por Angel Gurría antecipa uma taxa de 10,1% tanto em 2017, como em 2018.

Previsões da OCDE

Fonte: OCDE
Fonte: OCDE

Que recomendações deixa?

A OCDE deixa recomendações para diferentes setores de atividade e de diferentes âmbitos. Deixa sugestões sobre as políticas macroeconómicas, o ambiente de investimento e o reforço das competências da força de trabalho. Aqui ficam algumas das medidas sugeridas:

Política macroeconómica

  1. Manter as reformas estruturais, juntamente com avaliação antes e depois de aplicadas. A OCDE nota, por exemplo, que a ‘regra 2 por 1’ para as admissões na Função Pública deve continuar a ser seguida e avisa que há professores e polícias a mais.
  2. Continuar a consolidação orçamental, mas de forma gradual para não comprometer a retoma económica;
  3. Reduzir os benefícios fiscais, taxas reduzidas e despesas fiscais — a OCDE duvida que a redução do IVA para a restauração surta os efeitos desejados, por exemplo.
  4. Reforçar os incentivos à redução do malparado;
  5. Apoiar o desenvolvimento de um mercado para o crédito malparado, nomeadamente através da criação de empresas de gestão de ativos.

Mercado de trabalho

  1. Cuidado com os aumentos do salário mínimo, diz a OCDE. A subida de 2017, para 557 euros, já coloca 20% dos trabalhadores em Portugal a receber menos, ou ao nível, da remuneração mínima. Se o Governo aumentar o salário mínimo para 600 euros, conforme previsto no seu Programa para a legislatura, este número sobe para 30%. Aumentos do salário mínimo fortes, sem o contraponto da subida da produtividade ameaçam reverter os ganhos obtidos com as reformas do passado.
  2. Cuidado com as portarias de extensão para os acordos coletivos. A OCDE defende que exigir requisitos mais apertados para a aplicação destas portarias, bem como a possibilidade de empresas poderem optar por ficar fora do âmbito da extensão, poderiam promover um alinhamento mais correto entre a situação financeira da empresa e os salários que esta pratica. A menor utilização destas portarias poderia também facilitar a entrada de mais empresas no mercado.

Reforçar o investimento

  1. Melhorar as regras de insolvência, nomeadamente reconsiderando o tratamento preferencial dos credores públicos, alargando a possibilidade de maiorias simples para a tomada de decisões dos credores e reduzindo os procedimentos nos acordos sem recurso ao tribunal;
  2. Resolver estrangulamentos administrativos, reduzindo, por exemplo, a discricionariedade na decisão das autarquias em questões de licenciamento;
  3. Aumentar a capacidade dos tribunais e atribuir juízes especializados aos tribunais especializados.

Melhorar as qualificações

  1. Reavaliar os programas de formação, unificar os diferentes sistemas de educação profissional;
  2. Aumentar o apoio para estudantes em risco de repetição dos anos letivos e melhorar a formação dos professores, atribuindo mais recursos à educação primária e pré-primária.

Como reagiu Mário Centeno?

O ministro das Finanças agradeceu os contributos, frisou que serão úteis, mas deixou um aviso: “Não concordaremos com tudo”. Mário Centeno fez questão de sublinhar que este relatório não é do Governo sugerindo, desta forma, que não deverá aproveitar todas as recomendações deixadas.

O governante optou também por defender os resultados já obtidos pelo Governo e lembrou algumas das medidas que estão a ser trabalhadas para resolver constrangimentos identificados pela OCDE. Por exemplo, Centeno garantiu que o trabalho preparatório indispensável ao arranque do investimento público no quadro do Portugal 2020 foi feito em 2016 e prometeu que os números “vão aparecer” este ano.

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Montepio investe seis milhões para renovar balcões

Ao longo dos próximos três anos, o Montepio vai renovar os cerca de 330 balcões que tem, com o objetivo de melhorar a relação com os clientes.

O Montepio Geral vai renovar a rede de balcões e apostar na transformação digital. O banco liderado por Jorge Félix Morgado vai investir, numa primeira fase, cerca de seis milhões de euros para melhorar a relação com os clientes, num plano que será implementado ao longo dos próximos três anos.

O objetivo desta renovação, explicou o presidente executivo do banco, é “corresponder àquilo que os clientes pedem em termos de comodidade, de simplificação no acesso ao banco e de resposta breve”. Na apresentação da nova imagem do balcão da Rua Barata Salgueiro, em Lisboa, Jorge Félix Morgado disse aos jornalistas que, com a transformação digital, os clientes do Montepio poderão agora ser atendidos “em qualquer lugar e a qualquer hora”.

Quer isto dizer que “o cliente passa a ter acesso ao banco por diversos canais, incluindo o home banking ou o mobile banking“. No futuro, acrescenta Félix Morgado, “há margem para ter horários diferenciados em termos de balcões”.

Ainda que o investimento inicial seja de seis milhões de euros, o valor investido poderá ultrapassar esse montante. “O investimento será aquele que se justifica à medida que formos desenvolvendo os diferentes canais, de acordo com as novas tendências da tecnologia”, referiu o CEO do Montepio.

O plano de renovação é para ser implementado em três anos e “ainda não está fechado o número de balcões que serão renovados este ano”. O Montepio conta, ao todo, com cerca de 330 balcões.

Depois do balcão da Barata Salgueiro, o próximo a ser inaugurado já com a imagem renovada é o da avenida Almirante Reis, também em Lisboa.

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Crédito pessoal através do smartphone? O Totta tem

O Santander Totta introduziu a possibilidade de os seus clientes contratarem um crédito pessoal através da app do banco, sem que seja necessário ir ao balcão.

Depois do Banco CTT, chegou a vez do Santander Totta também dar crédito através do smartphone. A instituição financeira liderada por Vieira Monteiro acaba de disponibilizar aos seus clientes a possibilidade de fazerem um crédito pessoal através da app do banco sem que, para tal, seja necessário que estes se dirijam ou falem com o banco.

Através desta nova funcionalidade, será possível aos clientes do Santander Totta fazerem simulações para o seu crédito pessoal, escolhendo o montante necessário e o prazo pretendidos. De seguida, são apresentadas pelo banco as condições do crédito bem como a respetiva documentação. “Após aprovação e aceitação do cliente, o montante do financiamento fica disponível na Conta do Cliente”, explica o Santander Totta.

Através do CrediSIMPLES, nome que designa o novo produto do banco, é possível obter financiamentos entre um mínimo de 2.500 e um máximo de 25.000 euros, para prazos que vão desde os 24 até aos 72 meses. Para o exemplo de um empréstimo de 7.500 euros para um prazo de 48 meses, as condições oferecidas pelo Totta implicam o pagamento de uma TAEG (taxa anual de encargos globais) de 12,4%.

O lançamento desta nova funcionalidade na app do Santander Totta surge poucos dias de pois de também o Banco CTT ter lançado uma app que permite a contratação de um crédito à habitação exclusivamente através do smartphone. Na ocasião, Luís Pereira Coutinho, CEO do banco justificou o lançamento da Casa Banco CTT como o resultado da constatação da forte adesão dos seus clientes aos meios digitais. “Temos uma posição relevante no segmento digital: 40% dos nossos clientes são ativos no digital”, disse o CEO na altura.

O mesmo tipo de argumento é utilizado pelo Santander Totta para justificar a possibilidade de contratar um crédito pessoal exclusivamente através da app do banco. “Este produto inovador vem de encontro ao objetivo do banco em tornar-se cada vez mais um banco digital, e ser cada vez mais simples, próximo e justo nos seus processos e na sua relação com os clientes”, diz o banco liderado por Vieira Monteiro, acrescentando que já tem mais de 500 mil clientes digitais.

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Carnaval não é só samba. Também é neve

O Carnaval é uma boa oportunidade para fugir às "altas temperaturas" e apostar nas emoções fortes de umas mini-férias na neve. Conheça algumas das melhores propostas para deslizar encosta abaixo.

O Carnaval está à espreita. Faltam pouco mais de duas semanas para que as ruas se inundem de cor, alegria e pessoas com pouca roupa a prestar homenagem o rei Momo. Mas o Carnaval também pode ser a desculpa perfeita para fugir do reboliço das comemorações e rumar a um destino onde a cor e alegria também imperam, mas em que a roupa quente é imprescindível. Ou seja, a neve.

Tendo em conta que fevereiro é o mês de eleição para a prática de desportos de inverno, quem tiver a possibilidade de juntar um dia de férias ao do Carnaval tem a desculpa perfeita para deslizar encosta abaixo num destino de neve mais ou menos próximo. A pensar nisso, o ECO reuniu um conjunto de propostas com destinos de neve para umas mini-férias neste carnaval. Entre 10 propostas selecionadas, incluímos também soluções para quem não pretende fugir às celebrações carnavalescas mais quentes.

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  • Serra da Estrela

A Serra da não é uma estância para grandes esquiadores, mas pode ser a escolha certa para quem prefere ficar por Portugal e aproveitar para praticar desportos de neve um pouco mais leves e ter um fim-de-semana de carnaval também mais calmo. A Pousada da Serra da Estrela, antigo sanatório das Penhas da Saúde recentemente convertido, pode ser o destino de eleição para o fazer.

A nova pousada dispõe de um programa específico para o Carnaval a partir de 118 euros, por noite, para quarto, com pequeno-almoço incluído. Depois só terá de usar a imaginação para preencher cada dia que por lá decidir passar. Para além de aproveitar a neve e a paisagem local, também poderá aproveitar para visitar algumas das atrações da zona da Serra da Estrela como o Museu Natural da Eletricidade ou o Museu do Pão, em Seia.

  • Andorra, Grandvalira

Andorra é uma das regiões mais procuradas pelos portugueses adeptos dos desportos de neve. A região dispõe de várias estâncias, sendo Grandvalira uma das mais populares. Esta nasceu da união de várias estâncias como Pas de la Casa – Grau Roig e Soldeu – El Tarter. No total, os turistas têm ao dispor cerca de 200 km de pistas de neve para percorrer.

A agência de viagens Best Travel dispõe de um programa rumo a este destino a partir de 433 euros por pessoa, com estadia no Euroski Mountain Resort (4 estrelas), incluindo pequeno-almoço. Este programa prevê três dias de forfait. Estas condições são válidas para entradas a 25 de fevereiro.

  • Andorra, Vallnord

Vallnord é outra das estâncias mais conhecidas de Andorra, concentrando dois setores — Pal-Arinsal e Ordino-Arcalís — sendo este último vocacionado para os esquiadores mais experientes. A agência de viagens Abreu disponibiliza um programa rumo a este destino de Andorra a partir de 461 euros, por pessoa. Este preço é válido para cinco noites de alojamento, em regime de meia-pensão, no Hotel Magic La Massana (4 estrelas), que fica a 150 metros de distância da estância. O valor do programa inclui quatro dias de forfait e seguro Multiviagens Neve Abreu. As condições são válidas para entradas a 26 de fevereiro.gondola-1949683_1280

  • Sierra Nevada

O fator de proximidade leva a que muitos portugueses escolham a Sierra Nevada como um dos destinos favoritos para a prática de desportos de inverno. Em seu favor sobressai o facto de se tratar da mais alta estância da Península Ibérica, graças aos seus 3.300 metros de altitude, mas também se destacam os seus 104 km de pistas muito bem preparadas.

A agência Abreu propõe um programa de cinco noites rumo a este destino a partir de 493 euros por pessoa, com alojamento num estúdio para duas pessoas. A estadia é no Aparthotel Trevenque (3 estrelas), com o preço a incluir pequeno-almoço e forfait para quatro dias. A entrada é a 26 de fevereiro.

  • Espanha, Formigal

Formigal é o maior domínio esquiável de Espanha, graças aos seus 137 km e 97 pistas. Quem pretenda rumar a esse destino no Cranaval encontra uma proposta à medida na Sporski. São cinco noites de estadia no Hotel Saliecho (4 estrelas), a unidade hoteleira que fica mais próxima das pistas, a partir de 652 euros, por pessoa, em quarto duplo e em regime de meia-pensão. O preço inclui cinco dias de forfait e seguro de viagem neve/ski e transfer até às pistas.

  • Espanha, Baqueira Beret

Baqueira Beret é uma estância composta por três zonas distintas: Baqueira, indicada para iniciados, Beret, com pistas para esquiadores experientes e a zona de Bonaigua, com maior altitude. Aqui, tal como em outros locais, os preços diferem muito consoante o tipo de alojamento e o regime escolhido. Uma das sugestões de destinos de neve para o Carnaval da Top Atlântico, ruma precisamente a esse destino.

O programa inclui cinco noites de estadia, a partir de 26 de fevereiro, no Hotel Himalaia Baqueira (4 estrelas), com regime de meia-pensão. O custo é de 1.018 euros, por pessoa, em quarto duplo, incluindo cinco dias de forfait.

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  • França, Vars

Existem mais de 20 estâncias de ski de referência em França, o que torna a escolha uma tarefa difícil. A pensar em quem disponha de um pouco mais de tempo, do que apenas os dias em torno do Carnaval, este programa rumo a Vars pode ser uma opção. Trata-se de uma programa de sete noites com partida de Lisboa e entrada a 25 de fevereiro, disponível na agência Top Atlântico a partir de 875 euros, por pessoa. A estadia é em regime de só alojamento num apartamento T1 (lotação dois adiltos e duas crianças) nos Les Chalets des Rennes (3 estrelas) que dista 100 metros do teleférico de esqui em Vars. O preço inclui seis dias de forfait e aluguer de equipamento para ski.

  • Suíça – Zermatt

No espaço europeu seria quase um ultraje não fazer uma referência às estâncias suíças. Naquele que é um dos destinos de neve mais procurados internacionalmente, Zermatt e St. Moritz são as estâncias favoritas. Rumo a Zermatt, a agência de viagens Snowtrex oferece um programa de quatro noites com estadia, em quarto duplo, no Hotel City (3 estrelas) situado na zona central em Täsch, em regime de meia-pensão. É necessário fazer uma viagem de comboio de 12 minutos até à estância. O preço deste pacote é de 799 euros por pessoa e inclui forfait. A entrada é a 26 de fevereiro.

  • Itália, Veneza

Veneza é considerado um dos destinos de eleição para os mais românticos, mas a cidade dos canais também é famosa pelo seu carnaval. Para quem não disponha de muito tempo ou prefira evitar as baixas temperaturas pode encontrar nesta cidade italiana uma forma alternativa de homenagear o rei Momo. A Top Atlântico, dispõe de um programa à medida dessas pessoas. Inclui três noites de estadia no Hotel Carlton on the Grand Canal (4 estrelas), a partir de 785 euros por pessoa, só com pequeno-almoço incluído. Há também a possibilidade de reservar jantar buffet com baile de máscaras no hotel por 140 euros por pessoa.

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  • Brasil, Rio de Janeiro

Há quem prefira não fugir ao óbvio e eleja as elevadas temperaturas e prefira celebrar o Carnaval na sua capital: o Rio de Janeiro. Para quem prefira essa opção, a agência Abreu disponibiliza um programa à medida. São sete noites de estadia, com partida marcada de Lisboa para 23 de fevereiro, num programa que custa desde 1.705 euros, por pessoa, com estadia no Hotel Vila Galé Rio de Janeiro. este preço apenas inclui alojamento e pequeno-almoço, bem como transfers.

Alguns conselhos a reter para a neve

  • Se é um estreante nestas andanças, não se agigante comece pelas pistas mais fáceis, para evitar dissabores físicos. Estas são classificadas por cores: verde, azul, vermelho e preto, do mais fácil para o mais avançado. Para os menos experientes provavelmente será preferível ficar no verde do que cair no negro.
  • O aluguer do equipamento através da própria agência, em vez de o fazer no local de destino, poderá poupar permitir uma poupança substancial. Na Sporski, por exemplo, uma agência especializada em destinos de neve, a reserva antecipada dos equipamentos permite uma poupança de 35%.
  • Para poupar uma quantia considerável opte também pelos pacotes de viagem que incluem o forfait, ou seja o passe que permite aceder às pistas da estância.
  • Há acessórios que não podem faltar na bagagem de viagem, quando o rumo é a neve. Inclua um par de luvas de boa qualidade e um gorro, se possível com pala, para se proteger tanto do frio como do sol. Não se esqueça também dos óculos de sol e/ou neve para proteger os olhos dos raios solares e do vento. Quanto à roupa, escolha peças com bom isolamento térmico, resistente e impermeáveis.
  • Se é estreante, talvez não seja má ideia investir num curso de ski. Mais uma vez, se fizer a contratação deste curso através de uma agência de viagens (e não no local) poderá poupar alguns euros.
  • A subscrição de um seguro específico para a neve é outro dos principais cuidados que os especialistas aconselham ter.

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Apenas o BCP sobreviveu em Lisboa

Inversão no sentimento dos investidores acabou por ditar perdas em toda a Europa. Lisboa não foi exceção e apenas as ações do BCP escaparam à maré vermelha. Riscos políticos em França pesaram.

Lisboa não foi exceção na inversão do sentimento dos investidores europeus. O otimismo da manhã deu lugar a maior pessimismo no final de sessão. Foram vários os fatores que pesaram na confiança dos mercados. Na bolsa nacional, as ações do BCP foram as únicas que escaparam à maré vermelha. Na dívida, os juros subiram em toda a Europa, pressionados pelo aumento dos riscos políticos.

O PSI-20, o principal índice português, caiu 0,56% para 4.597,07 pontos, com 17 das 18 cotadas que compõem o benchmark nacional a fechar em terreno negativo. Apenas o BCP encerrou acima da linha de água: as ações valorizaram 3,28% para 0,1734 euros, depois de o banco ter anunciado na sexta-feira que terminou com sucesso a operação de aumento de capital no valor de 1.300 milhões de euros.

Do lado negativo, as maiores quedas pertenceram à Jerónimo Martins (-1,11%), EDP (-1,48%) e Nos (-1,52%). Também a queda de 2% do BPI, um dia antes de terminar o período da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank, foi fonte de pressão para a bolsa nacional.

No mercado de dívida, os juros nacionais subiram em todos os prazos com a taxa associada às obrigações a 10 anos a escalar para o valor mais alto desde março de 2014. O BCE anunciou que comprou menos dívida portuguesa em janeiro, reforçando sinais de que está a ficar sem títulos nacionais disponíveis. E isto quando o Tesouro português se prepara para ir ao mercado tentar levantar até 1.250 milhões de euros em dívida a 5 e 7 anos, operações que vão ocorrer esta quarta-feira.

Juros a 10 anos em máximos de 2014

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Fonte: Bloomberg (valores em %)

Este comportamento foi semelhante na Europa. Os principais índices europeus desceram, com o IBEX-35 de Madrid (-1,12%) e o FTSE Mib de Milão (-2,21%) a apresentarem as maiores desvalorizações. Outro sinal de desconforto dos investidores veio dos mercados obrigacionistas, com as taxas da dívida a subirem em todos os países, incluindo a Alemanha.

“Há um senso de incerteza geral e não estou certo de que podemos citar alguma coisa em particular”, referiu Orlando Green, estratego do Crédit Agricole. “Podemos dizer que os mercados estão um pouco nervosos com o cenário político na Europa e nos EUA e também há alguma incerteza em relação à próxima subida dos juros da parte da Fed”, acrescentou.

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Marcelo deu posse a novo secretário de Estado

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

Álvaro Novo é o novo secretário de Estado do Tesouro. Assim, Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado que acumulava a pasta do Tesouro, fica destacado para as Finanças.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (D), cumprimenta o novo secretário de Estado do Tesouro,  Álvaro Novo, no final da cerimónia de tomada de posse que decorreu no Palácio de Belém, Lisboa, 06 de fevereiro de 2017. ANTÓNIO COTRIM/LUSA
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (D), cumprimenta o novo secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, no final da cerimónia de tomada de posse que decorreu no Palácio de Belém, Lisboa, 06 de fevereiro de 2017. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu posse aos secretários de Estado Adjunto e das Finanças e também do Tesouro, numa curta cerimónia no Palácio de Belém que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa.

O até agora responsável pela área do Tesouro, Ricardo Mourinho Félix, assume agora o cargo de secretário de Estado Adjunto e das Finanças, e Álvaro Novo, que até agora desempenhava as funções de economista-chefe no gabinete do ministro das Finanças, Mário Centeno, tomou esta segunda-feira posse como secretário de Estado do Tesouro.

Na cerimónia, que durou cerca de cinco minutos, ambos os governantes asseveraram lealdade no cumprimento das suas funções perante o olhar dos vários responsáveis do ministério das Finanças, Mário Centeno inclusive, e também do chefe do Governo, António Costa. Como é tradição nestes eventos, nem os governantes empossados nem o Presidente da República prestaram declarações à imprensa.

A nova equipa do ministro Mário Centeno é agora constituída por Ricardo Mourinho Félix (secretário de Estado Adjunto e das Finanças), Fernando Rocha Andrade (secretário de Estado dos Assuntos Fiscais), João Leão (secretário de Estado do Orçamento), Carolina Ferra (secretária de Estado da Administração e do Emprego Público) e Álvaro Novo (secretário de Estado do Tesouro).

No sábado, o Ministério das Finanças justificou a entrada de um novo secretário de Estado para a sua equipa com a necessidade de intensificar a execução da estratégia para o setor empresarial do Estado prevista no Programa do Governo. Álvaro Novo assume as competências relacionadas com o Setor Empresarial do Estado e a gestão do património público, que ficarão autonomizadas.

Fonte do Ministério das Finanças disse à agência Lusa que “o aumento da eficiência do Setor Empresarial do Estado implicará a intensificação da implementação da estratégia delineada no Programa do Governo para esse setor”, designadamente na execução de “medidas que conduzam a uma utilização mais eficiente do património do Estado”.

“No ano de 2017 é essencial completar a estabilização do sistema financeiro, intensificar o trabalho com os participantes nos mercados financeiros e agências de notação financeira, mas também com a Comissão Europeia”, disse a fonte do Governo à Lusa.

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