Assunção Cristas: “O défice não é tudo, não vale tudo”
A líder do CDS e candidata à Câmara Municipal de Lisboa reiterou que é importante cumprir a meta do défice, mas que isso deve ser feito "com crescimento sustentável da economia portuguesa".
Assunção Cristas insistiu esta terça-feira que o défice de 2% alcançado em 2016 foi conseguido com recurso a “impostos indiretos”. A líder do CDS-PP e candidata à Câmara Municipal de Lisboa falava aos jornalistas à saída de uma reunião com o Presidente da República, para discutir o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas.
Cristas disse que o défice “foi alcançado com austeridade”, destacando a “manutenção de uma elevada carga fiscal” através de impostos “que nos vão saindo do bolso sem percebermos o que está a acontecer”, bem como o “corte da despesa pública”. “Sentimos, de facto, uma degradação muito grande da qualidade” dos serviços, defendeu.
“Falta dinheiro para tudo. Temos recebido muitas queixas, temos visto essa falta gigante de verbas e de investimento público”, acrescentou Assunção Cristas, fazendo referência à regra das cativações que classificou como “cegas”. “Temos um Governo que deixa ficar muito para trás e depois vai apagando os fogos, vai às situações de emergência, mas não controla”, referiu.
"Falta dinheiro para tudo. Temos recebido muitas queixas, temos visto essa falta gigante de verbas e de investimento público.”
Para Assunção Cristas, é importante cumprir as metas, nomeadamente a do défice, “mas com crescimento sustentável da economia portuguesa”: “O défice não é tudo, não vale tudo. É preciso olhar para a qualidade desse défice”, reiterou.
A candidata autárquica tem feito referências ao trabalho no terreno levado a cabo nos últimos meses, chegando mesmo a dizer, nesta conferência de imprensa, que se depender da candidatura do CDS à Câmara da capital, “não haverá uma pessoa sem-abrigo em Lisboa”.
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