Teixeira dos Santos: “Mudança de nome do BIC vai ter custos significativos”
Banco apresenta hoje a nova identidade. Teixeira dos Santos, presidente do BIC Portugal, diz que mudança vai ter custos significativos.
O BIC Portugal, liderado por Fernando Teixeira dos Santos, vai apresentar esta quarta-feira a nova identidade do banco, depois de ter sido ser obrigado a mudar de marca e imagem até ao final do mês de julho, por ordem do Tribunal da Relação de Lisboa.
Teixeira dos Santos, em declarações ao ECO, adianta que: “vai ter que ser. Até dia 27 de julho vamos ter que proceder à mudança da marca e da imagem do banco“, frisa o líder do BIC, que confirma a data avançada na edição desta quarta-feira pelo jornal Público.
Em causa está uma “mudança de nome do BIC que vai ter custos significativos” por existirem semelhanças entre as duas marcas, uma notícia avançada pelo ECO, em abril.
O presidente do BIC adianta ainda que o banco já está a trabalhar numa nova marca, tendo mesmo contratado uma empresa do mercado para proceder à alteração da imagem. A nova identidade será apresentada esta tarde, na sede do banco na Av. António Augusto de Aguiar, em Lisboa, numa apresentação que vai contar com os membros da Comissão Executiva do Banco BIC Português.
“Já estamos a trabalhar neste processo, que volto a frisar tem que estar concluído até dia 27 de julho”.
Questionado sobre os custos que a instituição terá que suportar com estas alterações, Teixeira dos Santos foi cauteloso. Mas adiantou: “serão custos significativos”.
“Ainda é cedo para adiantar esses números, estamos ainda a fazer a respetiva avaliação, mas vai custar algum dinheiro”, sublinha o líder do BIC.
Processo tem seis anos
Em junho de 2013, o BIG avançou com uma ação no Tribunal de Propriedade Intelectual contra o BIC, por causa das semelhanças de imagem e nome entre as duas instituições. O banco liderado por Teixeira dos Santos perdeu o recurso apresentado após a decisão em primeira instância ter dado razão ao BiG. O BIC recorreu, mas o BIG viu o tribunal confirmar a sentença em seu favor. E em abril deste ano, Teixeira dos Santos confirmava ao ECO a decisão do tribunal, mas salientava que esta era passível de recurso e que o BIC já tinha recorrido.
“A decisão é passível de recurso e já recorremos da decisão. Aguardamos o resultado”, respondeu na altura o antigo ministro das Finanças.
Porém algo terá corrido mal, e o recurso não chegou a dar entrada. Segundo escreve o jornal Público na edição desta quarta-feira (conteúdo pago), em causa estará um fax enviado pela PLMJ, sociedade de advogados que representa o BIC, com o alegado recurso do acórdão para o Supremo, mas o documento não terá sido rececionado pelo tribunal devido a falhas no equipamento técnico judicial. Em virtude desta situação, a PLMJ terá pedido a anulação da sentença. Uma ação que foi de imediato contestada pelo BIG que exigia ao tribunal que fizesse todas as diligências para apurar a verdade dos factos. O Publico escreve que no seguimento desses acontecimentos a 17 de maio, a PLMJ deixava cair o pedido de anulação.
A este propósito, Teixeira dos Santos referiu que pediu explicações à PLMJ que foram devidamente esclarecidos e que: “não vejo razões para não continuar a confiar”.
(Notícia atualizada às 15h49)
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