Depois do Porto, Miró ruma a Lisboa a 8 de setembro

  • Lusa
  • 29 Julho 2017

A Coleção Miró, com 85 peças do artista catalão provenientes do antigo Banco Português de Negócios, será exposta no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, a partir de 8 de setembro.

A exposição é inaugurada a 7 de setembro, mas abre ao público no dia seguinte. A organização é do Ministério da Cultura, através da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), e da Fundação de Serralves. Intitulada “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose”, a mostra foi apresentada pela primeira vez na Casa de Serralves, no Porto, entre outubro de 2016 e junho deste ano, onde recebeu um total de 240.048 visitantes, indicaram à Lusa fontes da DGPC e da Fundação de Serralves.

Comissariada pelo especialista mundial na obra de Miró Robert Lubar Messeri, a sua apresentação original na Casa de Serralves teve projeto expositivo do arquiteto Álvaro Siza Vieira. A mostra abarca um período de seis décadas da carreira de Joan Miró (1893-1983), de 1924 a 1981, debruçando-se de forma particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão começou a desenvolver nos anos 20 do século passado.

“São abordadas as suas metamorfoses artísticas nos campos do desenho, pintura, colagem e trabalhos em tapeçaria, observando-se em detalhe o pensamento visual de Miró, o modo como trabalha com sensações que variam entre o tátil e o ótico, bem como os processos de elaboração das obras”, refere a organização.

A Galeria D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda, receberá as mesmas peças que estiveram expostas no Porto, entre as quais seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, e uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospetiva de Miró no Grand Palais de Paris, em 1974.

epa05564070 A visitor walks in the exhibition ‘Joan Miro: Materiality and Metamorphosis’ of Catalan artist Joan Miro at the Serralves Museum in Porto, Portugal, 30 September 2016. The works by Miro (1893-1983), that belonged to the former Portuguese Business Bank (BPN) and are now owned by the Portuguese state, are on display for the first time. EPA/JOSE COELHOEPA/JOSE COELHO

Para acolher as peças de Miró de forma permanente, a Casa de Serralves vai sofrer obras de adaptação, ainda sem data prevista, num projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira, que, em setembro, realçou não prever “grandes transformações”, uma vez que o edifício foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1996, e integra o conjunto da fundação considerado como Monumento Nacional.

A coleção de Joan Miró, que ficou na posse do Estado Português após a nacionalização do BPN, em 2008, reúne 85 obras, datadas entre 1924 e 1981, nas quais se encontram desenhos e outras obras sobre papel, pinturas com suportes distintos, além de seis tapeçarias de 1973, uma escultura, colagens, uma obra da série “Telas queimadas”, e várias pinturas murais.

 

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