CTT entregam menos cartas. Lucro afunda 44%
Os CTT voltaram a registar uma queda no tráfego do correio. Lucro semestral afundou 44% para 17,7 milhões de euros, fruto também do fim de um contrato com a Altice.
Os CTT CTT 0,00% registaram uma forte queda nos lucros no primeiro semestre de 2017. A penalizar os correios esteve o fim do contrato com a Altice e uma queda no tráfego de correio endereçado superior às estimativas.
A empresa de Francisco de Lacerda registou um resultado líquido reportado de 17,7 milhões de euros entre janeiro e junho, uma queda de 44% face aos seis primeiros meses do ano passado. São menos 14 milhões de euros de lucro do que em 2016. Os correios tiveram ainda um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) de 45,7 milhões de euros, um recuo de 19,8% em termos homólogos.
O tráfego do correio endereçado caiu 3,7% nesse período, fenómeno que se poderá justificar com o crescimento das tecnologias de comunicação por via eletrónica. Ou seja, enquanto passaram 211,5 milhões de objetos pelas mãos dos CTT no primeiro semestre de 2016, este ano já só passaram 203,6 milhões no período equivalente. A queda foi transversal aos três principais tipos de correio, mas foi a queda de 5,4% no correio transacional a que mais penalizou o negócio.
A pesar nas contas esteve ainda o fim do contrato com a Altice no primeiro trimestre do ano. Como o ECO explicou na altura, tratou-se de um acordo assinado com a empresa de Patrick Drahi em novembro de 2014, quando esta estava na corrida pela compra da PT Portugal. Segundo a empresa, o peso nas receitas foi de cinco milhões de euros.
Em contrapartida, os rendimentos operacionais dos CTT registaram uma subida ligeira de 0,3%, cifrando-se nos 352,1 milhões de euros no período em análise. Segundo a empresa, “esta evolução reflete o crescimento dos rendimentos em todas as áreas de negócio”.
Desde logo, o Banco CTT, uma nova área de negócio para a histórica empresa portuguesa, ajudou com um acréscimo de 3,3 milhões de euros. Como avançou ao ECO o presidente do banco, Luís Pereira Coutinho, a instituição bancária estará a ganhar, em média, 700 novos clientes todos os dias, numa base que já atingiu os 200.000 clientes em pouco mais de um ano.
A travar as perdas dos CTT esteve também o crescimento do negócio de correio expresso e encomendas, que evoluiu 4,8% para 62,8 milhões de euros em termos de rendimentos operacionais. A ajudar este segmento esteve a compra da Transporta, uma empresa do grupo barraqueiro, anunciada pelos CTT em maio.
Por fim, se a internet está a fazer com que os CTT entreguem menos cartas, o comércio eletrónico registou uma evolução de 18,1% e também contribuiu positivamente para este segmento de negócio da empresa.
(Notícia atualizada às 18h29 com mas informação)
Cotação das ações dos CTT na bolsa de Lisboa
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