IGCP vai emitir mais obrigações. Prevê colocar até 2.750 milhões em bilhetes

O Tesouro divulgou o seu programa de financiamento para o resto do ano. Para além de obrigações vai emitir até 2,75 mil milhões em bilhetes do Tesouro.

O Tesouro português divulgou as suas linhas de atuação para o quarto trimestre. No seu programa de financiamento para o resto do ano, para além da realização de leilões de obrigações do Tesouro (OT), o IGCP prevê emitir até 2,75 mil milhões em bilhetes do Tesouro (BT).

No documento divulgado nesta segunda-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) diz que “prevê emissões de OT através de leilões de OT, sendo esperadas colocações de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão”.

A entidade liderada por Cristina Casalinho, diz que os leilões de OT terão a “participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP)”, e que estes poderão ser realizados à 2.ª, 4.ª ou 5.ª quarta-feira de cada mês “após anúncio do montante indicativo e linhas de OT a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão”.

No calendário de emissões de BT, o IGCP agendou duas colocações: a primeira a realizar-se a 18 de outubro e e a segunda a 15 de novembro, envolvendo um montante de colocação entre 2.250 milhões e um máximo de 2.750 milhões de euros.

Na primeira colocação está prevista a reabertura de duas linhas — a três e a 11 meses –, com o montante global a caber no intervalo entre um mínimo de 1.000 milhões e um máximo de 1.250 milhões de euros. Na segunda colocação, tratar-se-á de uma reabertura de linha a seis meses e um lançamento de uma emissão a 12 meses, envolvendo um montante entre 1.250 e 1.500 milhões de euros.

“O IGCP, E.P.E. acompanhará ativamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de atuação”, conclui o comunicado da entidade liderada por Cristina Casalinho.

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E o prémio Nobel da Medicina vai para…

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

Investigadores foram premiados por descobertas relativas aos mecanismos moleculares que controlam o nosso "relógio biológico".

Os investigadores Jeffery C. Hall, Michael Rosbah e Michael W. Young acabam de ser distinguidos com o prémio Nobel da Medicina pelas suas descobertas relativas aos “mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano”.

Segundo o comité, as descobertas que explicam “como as plantas, animais e humanos adaptam o seu ritmo biológico de modo a ficarem em sincronia com as revoluções da Terra” justificaram a atribuição do prémio a Hall, Rosbash e Young, cita o The Guardian. O ritmo circadiano representa o período de 24 horas no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos. Uma das funções deste sistema é o ajuste do relógio biológico, controlando o sono e o apetite.

Quando há uma discrepância entre o relógio interno dos seres vivos e o seu ambiente, o bem-estar dos organismos é afetado. É assim que se explica, por exemplo, o jet lag. A equipa identificou vários genes e elementos proteicos responsáveis por esse controlo, explicando assim o funcionamento desse mecanismo de adaptação.

Os três laureados são americanos e já estão reformados. Durante as suas carreiras, os investigadores trabalharam, maioritariamente, na Universidade de Brandeis, em Massachusetts.

No ano passado, o Nobel da Medicina tinha sido atribuído ao japonês Yoshinori Ohsumi pelas suas investigações sobre a autofagia. Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901. Até hoje, em 116 anos, apenas 12 mulheres receberam o Prémio Nobel da Medicina.

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Autárquicas: O mapa cor-de-rosa e quem saiu a perder

  • Marta Santos Silva
  • 2 Outubro 2017

O Partido Socialista conseguiu um resultado histórico, mas perdeu a maioria absoluta em Lisboa. No PSD, alguns críticos pedem o afastamento de Passos pelos resultados "demasiadamente maus".

Um grande vencedor, o PS, e um grande perdedor, o PSD, que conseguiram respetivamente dos melhores e piores resultados de sempre em eleições autárquicas. Mas também a CDU teve de enfrentar desaires significativos ao perder câmaras históricas para o Partido Socialista. Já Isaltino Morais voltou para Oeiras. Leia aqui um resumo dos resultados dos principais partidos, e o que isto pode significar para o seu futuro político no país.

PS faz o “pleno” com melhores resultados de sempre

Foram 157 presidentes de câmara, 141 maiorias absolutas, a Câmara de Lisboa, e António Costa muito satisfeito. “O PS teve hoje a maior vitória eleitoral de toda a sua história”, disse, numa conferência de imprensa ainda em plena noite eleitoral com freguesias por apurar. “Quero, por isso, começar por saudar todos os portugueses pela forma como decorreram estas eleições”.

O primeiro-ministro, enquanto secretário-geral do Partido Socialista, aproveitou para considerar que “este resultado eleitoral reforça o PS” e atribui-lhe também uma leitura nacional: “Dá força à mudança do quadro parlamentar que permitiu a mudança política e de resultados. Esta mudança sai reforçada” para que o Governo continue a estratégia de devolução de rendimentos, redução da carga fiscal, redução do desemprego, do défice e da dívida, salientou António Costa. “Virada esta página, é altura de nos concentrarmos em visão de médio prazo para o país”, afirmou.

Fernando Medina abraça António Costa após se saber que foi reeleito para a Câmara de Lisboa.Paula Nunes/ECO

Em Lisboa, Medina perdeu a maioria absoluta na Câmara Municipal, ficando com oito vereadores dos 17 que compõem a Câmara. Na noite eleitoral, sem todos os resultados ainda conhecidos, garantiu que as promessas feitas durante a campanha, sobretudo no que toca à melhoria dos transportes públicos e à criação de um programa de habitação a rendas acessíveis, seriam para cumprir.

Destes resultados, Medina retira duas conclusões: “Ganhámos força para continuar o nosso projeto político, para aplicar um programa que dinamiza a economia, que aposta na redução do desemprego e na projeção de Lisboa como grande capital, ao mesmo tempo que investimos na qualidade de vida e na inclusão social”.

Grande derrotado é PSD — Passos pode sair

O PSD, cuja grande esperança era melhorar um resultado já de si mau nas últimas eleições autárquicas em 2013, conseguiu sair-se ainda pior. Para além de ter ficado em terceiro tanto no Porto como em Lisboa, elegeu menos presidentes da Câmara, mesmo incluindo as autarquias em coligação com o CDS. A nível nacional, o PSD recebeu 16,97% dos votos, mais 8,75% em coligação com os centristas.

Para António Costa, foi óbvio: “Agora, há claramente um derrotado nestas eleições e é o PSD. Procurar outros derrotados é procurar disfarçar a leitura essencial que há a retirar destas eleições”. O próprio Pedro Passos Coelho teve de reconhecer que o PSD teve “um dos piores resultados de sempre”, e que terá de os avaliar. Sem assumir que se demitiria, Pedro Passos Coelho disse que iria ponderar, à luz dos resultados, se se recandidatará a líder do partido.

Pedro Passos Coelho, (numa foto de arquivo), reconheceu que os resultados eram “dos piores de sempre”.Paula Nunes / ECO

A candidata a Lisboa, Teresa Leal Coelho, procurou em parte resguardar a responsabilidade de Pedro Passos Coelho, ao dizer em conferência de imprensa: “Só posso saudá-lo [a Fernando Medina] pelo resultado que conseguiu atingir e reforçar que este resultado que o PSD, que a minha candidatura, alcançou, é um resultado da exclusiva responsabilidade da equipa que apresentou o programa”. No entanto, os críticos do líder do PSD não esperaram para exigir a sua cabeça.

Manuela Ferreira Leite, questionada diretamente sobre se Pedro Passos Coelho tinha condições para permanecer na liderança do partido, afirmou: “Não, não tem”. Mauro Xavier, o ex-presidente da concelhia social-democrata lisboeta, fez o mesmo com uma publicação de Facebook: “A opção de Pedro Passos Coelho na escolha do candidato do PSD a Lisboa teve uma resposta clara do eleitorado. Demiti-me por não concordar com esta opção. Cabe-me pedir agora responsabilidades ao presidente do partido”. E Marques Mendes, na SIC, abriu a porta à possibilidade de Passos se afastar já, porque a sua vida “vai ser um inferno” se não o fizer.

CDS reforça-se com a liderança de Cristas

“Sejam bem-vindos”, disse Assunção Cristas, a candidata do CDS-PP à Câmara de Lisboa que deu por si como a segunda mais votada na capital, a quem pela primeira vez votava no partido. Em Lisboa, disse, “teremos (…) o melhor resultado do CDS desde 1976”, e “porventura estaremos em condições de triplicar o número de vereadores”. Em 2013, a coligação PSD-CDS resultou em quatro vereadores para a direita na Câmara de Lisboa — em 2017, o CDS sozinho conseguiu esse resultado.

A presidente do CDS/PP e candidata autárquica a Lisboa, Assunção Cristas, discursa durante a Convenção Autárquica Nacional do partido.Tiago Petinga/Lusa

“Queremos crescer autarquicamente”, reforçou Cristas. Sozinho, o CDS-PP conseguiu a presidência de quatro Câmaras Municipais, sem contar com os vereadores que elegeu em coligação com o PSD ou noutras combinações partidárias.

CDU perde câmaras históricas

O PCP manteve-se como a terceira força política autárquica no país, mas os seus resultados foram piores do que nas últimas legislativas, e houve perdas marcantes, como as Câmaras de Almada, de Beja e do Barreiro que passaram da CDU para o Partido Socialista.

Mas para Jerónimo de Sousa, no seu discurso de noite eleitoral, a perda era para as populações. “A perda destas câmaras é uma perda, sobretudo, para as populações, para os seus direitos e condições de trabalho, para a defesa do ambiente e da cultura. Nestes concelhos, é com a CDU que a população continuará a contar para fazer os valer os seus direitos”, disse o líder do PCP.

Aventurou ainda que dentro de quatro anos os eleitores das câmaras que a CDU perdeu para o PS estarão de volta: “Estarão a reconhecer que a CDU tem de estar de regresso às suas autarquias”.

Bloco tem mais eleitos

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, optou por realçar o resultado em Lisboa, onde o Bloco de Esquerda elegeu pela primeira vez um vereador na pessoa de Ricardo Robles, o seu candidato à Câmara. “A eleição do Ricardo Robles é a prova de que o Bloco pode eleger quem trabalhar todos os dias em nome da sua cidade”, disse Catarina Martins.

No entanto, o partido não conseguiu ganhar nenhuma câmara municipal nem impedir nenhuma maioria absoluta, os objetivos que tinham estipulado para si próprios. “Tudo indica que teremos mais maiorias absolutas no país. Temos de trabalhar mais”, afirmou a dirigente.

Isaltino volta a Oeiras

De entre os “dinossauros” autárquicos, o grande regresso incontornável foi o de Isaltino Morais à Câmara de Oeiras, no que considerou ser uma “grande vitória”. Após 24 anos à frente da autarquia, Isaltino Morais foi detido em 2013 e cumpriu dois anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais enquanto exercia o poder autárquico.

No entanto, os eleitores aceitaram-no de volta, após um período em que Paulo Vistas assumiu a Câmara Municipal como seu sucessor e concorreu agora contra ele.

“Os oeirenses, ao votarem na nossa candidatura, disseram o que queriam para Oeiras”, “mas também disseram o que não queriam” e “é muito importante nós interiorizarmos bem o que os oeirenses não queriam, que é justamente para não cometermos os erros que foram cometidos por outros”, disse Isaltino. “O poder não é a cadeira, o poder é a capacidade para ouvir as pessoas”, frisou.

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Dívida pública supera fasquia psicológica dos 250 mil milhões de euros

  • Margarida Peixoto
  • 2 Outubro 2017

A dívida pública já superou os 250 mil milhões de euros. Em agosto, apesar do pagamento antecipado ao FMI, o endividamento da República voltou a subir.

A dívida pública superou em agosto o patamar psicológico dos 250 mil milhões de euros. Está 388 milhões de euros acima deste limiar. Os dados foram publicados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

A subida de 1,3 mil milhões face ao mês anterior coloca a dívida da República na ótica de Maastricht — a que importa para as regras comunitárias e um indicador acompanhado de perto pelos mercados — pela primeira vez acima do patamar psicológico dos 250 mil milhões.

“Esta variação reflete emissões líquidas de títulos de 2,4 mil milhões de euros e uma diminuição de empréstimos de 1,2 mil milhões de euros, essencialmente por via do reembolso antecipado de empréstimos do Fundo Monetário Internacional (0,8 mil milhões de euros),” explica o banco central, liderado por Carlos Costa.

Dívida pública sobe, líquida de depósitos corrige

Fonte: Banco de Portugal

Já a dívida líquida dos depósitos da administração central corrigiu face a julho: ficou em 228,4 mil milhões de euros, 1,7 mil milhões de euros a menos do que no mês anterior.

Metas cada vez mais difíceis

Com o valor atingido em agosto, a meta da dívida pública está cada vez mais longe. Na segunda notificação deste ano feita ao abrigo do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), o Ministério das Finanças comprometeu-se com um valor nominal de 244,1 mil milhões de euros para a dívida pública no final de 2017.

Este número até foi revisto em baixa face ao valor apontado em abril (na primeira notificação) e corresponderá a um rácio de 127,7% do PIB, promete o Governo.

Por enquanto, os dados de junho revelavam um rácio de 132,1% do PIB, bem longe do objetivo.

À espera do “trambolhão” da dívida

Apesar de as metas definidas pelo Governo para a dívida pública estarem cada vez mais longe, o Executivo tem prometido que a partir de outubro o número vai dar um “trambolhão,” conforme disse o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, em entrevista ao ECO.

O Governo explica que em outubro será preciso pagar uma linha de Obrigações do Tesouro no valor de seis mil milhões de euros. Depois, há a hipótese de se fazer mais um reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de mil milhões de euros.

Assumindo estes dois efeitos, a dívida recua para cerca de 243 milhões de euros — ou seja, ainda tem margem para se manter dentro da meta definida no PDE. A ajudar ao cumprimento do objetivo está ainda o crescimento económico acima do previsto. No segundo trimestre a economia avançou 3%, o que permite apontar para um crescimento anual do PIB bem acima da meta de 1,8%.

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Marcelo promulga regime especial de acesso à pensão antecipada

  • Margarida Peixoto e Cristina Oliveira da Silva
  • 2 Outubro 2017

O Presidente da República promulgou esta segunda-feira oito diplomas do Governo. Um deles é o que prevê o regime de acesso à pensão antecipada.

O Presidente da República promulgou esta segunda-feira o diploma do Governo que estabelece o regime especial de acesso antecipado à pensão de velhice para as carreiras longas. Este foi um dos oito diplomas que tiveram luz verde de Marcelo Rebelo de Sousa.

Na nota que dá conta da promulgação, publicada no site da Presidência da República, não consta qualquer reparo do Presidente.

Tal como o ECO já tinha explicado, independentemente da data de promulgação do diploma e da sua entrada em vigor, a produção de efeitos está prevista a 1 de outubro. Os serviços da Segurança Social até já tinham recebido indicações para começar a analisar todos os pedidos que chegassem a partir dessa data à luz das novas regras.

Em causa está o diploma que elimina cortes nas futuras reformas antecipadas de trabalhadores com carreiras contributivas muito longas. Esta é a primeira fase das novas regras das reformas antecipadas, que abrange um grupo restrito de trabalhadores que venham a pedir pensão:

  • Pessoas com pelo menos 60 anos de idade e carreira contributiva igual ou superior a 48 anos;
  • Pessoas que começaram a trabalhar com 14 anos ou menos, tenham aos 60 anos de idade e pelo menos 46 anos de carreira contributiva.

O Governo já prometeu mexer nas regras de forma mais abrangente, atenuando ou eliminando cortes para um grupo mais vasto de pessoas e, ao mesmo tempo, restringindo o acesso à reforma antecipada. Mas estas mudanças ainda não estão fechadas.

Os outros sete diplomas promulgados pelo Presidente

Além do diploma das reformas antecipadas, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou esta segunda-feira outros sete diplomas:

  1. Programa Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI): define as regras e condições aplicáveis ao desenvolvimento da atividade de assistência pessoal, de criação, organização, funcionamento e reconhecimento dos Centros de Apoio à Vida Independente (CAVI), bem como os requisitos de elegibilidade e o regime de concessão dos apoios técnicos e financeiros;
  2. Alteração ao decreto-lei que regula o acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde por parte os utentes, nomeadamente o regime de taxas moderadoras e aplicação dos regimes especiais de benefícios;
  3. Diploma que cria a prestação social para a inclusão, alarga o complemento solidário para idosos aos titulares da pensão de invalidez e promove os ajustamentos necessários noutras prestações sociais;
  4. Aprovação do cartão de estacionamento de modelo comunitário para pessoas com deficiência, e alargamento do âmbito de aplicação;
  5. Diploma que revê o regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora e a constituição e o funcionamento dos fundos de pensões e das entidades gestoras de fundos de pensões, completando a transposição das Diretivas 2009/138/CE e 2014/51/UE;
  6. Diploma que cria o Fundo de Coinvestimento 200 M, que tem por objeto a realização de operações de investimento de capital e quase capital em PME, em regime de coinvestimento;
  7. Diploma que estabelece um regime excecional de controlo prévio relativo à reconstrução de edifícios de habitação destruídos ou gravemente danificados em resultado de catástrofe.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

Las Vegas acorda com o número de vítimas do tiroteio deste domingo a subir para 20. Crise política no Brasil ganha força e, na Europa, o Brexit abre portas inesperadas. Trump volta a "chilrear".

Trump volta ao Twitter e comete mais uma faux pas. Desta vez contraria um dos principais membros da sua própria Administração e insiste em chamar Kim Jong-un de rocket man, numa alusão ao sucesso musical de Elton John. Ainda nos Estados Unidos, um atirador fez dezenas de mortos, na cidade do jogo. Mais abaixo no continente americano, Temer e Lula são cada vez menos populares. Do outro lado do oceano, a saída do Reino Unido da União Europeia fortalece os laços da ilhas ao continente e cria oportunidades de negócio.

The New York Times

Tiroteio em Las Vegas faz pelo menos 20 mortos

Mais de cem pessoas ficaram feridas e pelo menos vinte morreram, na sequência de um tiroteio em Las Vegas, este domingo à noite, durante um concerto de música country. A Polícia de Las Vegas já confirmou que o suspeito foi abatido. O evento decorria nas proximidades do Mandalay Bay, casino a partir do qual o atirador terá aberto fogo sobre aqueles que assistiam ao concerto. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso gratuito/ conteúdo em inglês).

Washington Post

Trump considera “perda de tempo” negociações com Coreia do Norte

No seu espaço de discussão preferido, o Twitter, Donald Trump acaba de contradizer o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, e considera as negociações com Kim Jong-un “uma perda de tempo”. “Poupe a sua energia, Rex. Nós faremos o que precisa de ser feito”, sublinhou o Presidente dos Estados Unidos, insinuando, mais uma vez, a possibilidade de uso de força militar para responder à ameaça nuclear que representa a Coreia do Norte. Este fim de semana, Rex Tillerson declarou, em Pequim, que a Administração americana tem canais de comunicação diretos com o líder norte-coreano e admitiu estar a trabalhar numa resposta para o atual clima de tensão. Leia a notícia completa no Washington Post (acesso gratuito/ conteúdo em inglês).

Folha de São Paulo

Brasil quer Lula preso e Temer processado

A crise política e os escândalos de corrupção no Brasil seguem firmes e fortes. Mais de 50% dos brasileiros acredita que os factos já relevados pela operação Lava Jato são suficientes para justificar a prisão do ex-Presidente Lula da Silva e quase 90% são favoráveis a que Michel Temer, atual Chefe de Estado, seja processado por organização criminosa e obstrução de justiça. Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por ter recebido um apartamento de uma empresa de construção civil. Já Temer é acusado de liderar um esquema que terá dado ao seu partido 587 milhões de reais (mais de 156 milhões de euros). As conclusões são de um estudo da Datafolha que ouviu quase três mil pessoas em 194 cidades. Leia a notícia completa na Folha de São Paulo (acesso gratuito / conteúdo em português).

Les Echos

Banco de investimento Alantra assume controlo de rival britânico

O banco de investimento Alantra acaba de investir 30 milhões de libras (mais de 33 milhões de euros) na aquisição do seu concorrente britânico, o Catalyst. Segundo o líder do Alantra, as negociações decorreram nos últimos seis meses. A transação confirma a tendência geral desencadeado pelo Brexit de reforço das ligações ao continente europeu. Leia a notícia completa no Les Echos (acesso gratuito / conteúdo em francês).

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Portugal Ventures vende participação na Indie Campers

Fundo português deixa de ter capital na startup nacional fundada por Hugo Oliveira, da qual era investidora desde 2015.

A Portugal Ventures já não é acionista da startup portuguesa Indie Campers. O fundo público de capital de risco nacional vendeu a participação que detinha na empresa portuguesa fundada por Hugo Oliveira, desde 2015. A empresa prevê crescer o volume de faturação em mais de 300%.

“Após dois anos e meio, a Portugal Ventures cumpre a sua missão de levar as empresas da fase seed (semente) à internacionalização, permitindo ao FCR Dinamização Turística alienar a sua participação com sucesso“, anunciou a Portugal Ventures em comunicado.

O apoio foi na altura indispensável para potenciar e sustentar o crescimento que se acabou por verificar. Agora que queremos intensificar o nosso processo de internacionalização achamos que era a situação que mais fazia sentido.

Hugo Oliveira

CEO da Indie Campers

Desde 2015, ano em que a Portugal Ventures investiu na Indie Campers, a empresa tornou-se a maior empresa de aluguer de autocaravanas e camper vans em Portugal e uma das maiores da Europa. Com uma frota de mais de 450 veículos, a Indie Campers opera em mais de 70 localizações em quatro países (Portugal, Espanha, França e Itália) e prepara-se para estar presente em mais dez países no próximo ano. O investimento do fundo de capital de risco permitiu que a empresa crescesse, de uma equipa inicial de três colaboradores, para os atuais cerca de 80.

“Com uma perspetiva de forte crescimento e através do seu plano de expansão, estamos certos que a Indie Campers irá continuar o seu projeto de internacionalização com muito sucesso, mantendo a sua posição como líder de mercado neste segmento”, diz Celso Guedes de Carvalho, CEO da Portugal Ventures, citado em comunicado.

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Catalunha dita perdas de 1% à bolsa de Madrid. Europa passa ao lado

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

Investidores temem instabilidade política causada pelo referendo. Banca, com Sabadell e CaixaBank à cabeça, concentram as atenções e os receios. Os dois títulos lideram as perdas do IBEX.

As imagens de violência nas ruas da Catalunha envolvendo a polícia e manifestantes estão espalhadas pelo mundo, mas as bolsas europeias acordaram alheias a esse movimento. Em Espanha, a expectativa sobre como abriria o principal mercado era grande, e este correspondeu aos receios dos investidores. O IBEX 35 arrancou no vermelho, onde ainda se mantém. O índice de referência da bolsa de Madrid está a cair cerca de 1%, em contraciclo com o resto da Europa. Também os juros da dívida espanhola aceleram perante o aumento da perceção de risco.

O IBEX segue a desvalorizar 1,16%, naquele que é o pior registo em quase dois meses. As atenções no mercado espanhol estão viradas para a banca, que esta manhã está a penalizar o índice, mas apesar de tudo é o Sabadell e o CaixaBank, este último, o maior acionista do BPI, que concentram todos os olhares. O Sabadell perde perto de 5%, enquanto o CaixaBank desliza acima de 3%, ambos a liderar as perdas do índice espanhol. As duas instituições têm sede em Barcelona, mas não serão as únicas a ser penalizadas. Os analistas de KBW consideram que se o governo catalão declarar unilateralmente a independência isso terá um impacto negativo sobre todos os bancos espanhóis, independentemente da sua exposição à Catalunha.

A banca de resto, está atenta de tal modo que os funcionários bancários estariam mesmo em alerta para ter que acudir aos balcões, caso algo de anormal acontecesse, ou até mesmo se se verificasse um levantamento massivo de dinheiro das caixas multibanco, mas o fim de semana, a esse nível, foi considerado de normalidade.

Os analistas espanhóis preveem um período de volatilidade e de incerteza como consequência da situação na Catalunha. Aliás, a própria Standard & Poor’s, que na passada sexta-feira confirmou o rating de Espanha em BBB+ com perspetiva positiva, devido ao fortalecimento do crescimento económico que se situa nos 3%, alertava para o impacto que a tensão entre o governo central e a Generalitat da Catalunha, podem ter no confiança das empresas e dos próprios investidores e por inerência nas perspetivas de crescimento da economia espanhola.

A situação leva mesmo Manuel Martín-Muñio, diretor-geral da Norbolsa, em entrevista ao jornal espanhol Cinco Días, a afirmar que: “A situação na Catalunha nos faz a todos ser mais prudentes com a bolsa espanhola, apesar de estar ser uma das mais atrativas da Europa”.

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Desemprego em Portugal deve ficar abaixo da média do euro em agosto

  • Margarida Peixoto e Lusa
  • 2 Outubro 2017

Projeções do INE para a taxa de desemprego em Portugal colocam o país com um resultado melhor do que a média dos países da moeda única.

A taxa de desemprego em Portugal deverá ficar abaixo da média do euro, em agosto. De acordo com a projeção do Instituto Nacional de Estatística, o desemprego em Portugal deverá ficar em 8,9%, duas décimas abaixo do valor divulgado esta segunda-feira pelo Eurostat ,para a média dos países do euro.

Na zona euro, a taxa de desemprego manteve-se estável face ao mês anterior. Já no conjunto dos 28 Estados-membros, a taxa de desemprego recuou 0,1 pontos em cadeia, para o valor mais baixo desde novembro de 2008.

Taxa de desemprego mensal na zona euro

Nota: Estónia e Grécia sem dados disponíveis. Fonte: Eurostat

Entre os Estados-membros, as taxas de desemprego mais baixas foram registadas na República Checa (2,9%), na Alemanha (3,6%) e em Malta (4,2%) e as mais altas na Grécia (21,2% em junho) e em Espanha (17,1%).

Em Portugal, a projeção do INE aponta para uma taxa de desemprego estável nos 8,9% face a julho, mês em que recuou duas décimas.

Taxa de desemprego mensal em Portugal

Fonte: INE

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Ações da EDP em mínimos de mês e meio. Rendas pressionam

Os títulos da empresa liderada por António Mexia desvalorizam mais de 1%, depois de a ERSE ter proposto retirar 167,1 milhões de euros às rendas da EDP.

A EDP está sob forte pressão neste arranque de sessão da bolsa de Lisboa. As ações da elétrica caem 2,10% para 3,118 euros, até mínimos de 11 de agosto.

Na base das perdas sofridas pelo título está a proposta da ERSE de cortar as rendas da EDP. De acordo com a proposta que a reguladora enviou na última sexta-feira ao Governo, o valor a pagar ao longo dos próximos dez anos implica um corte de 167,1 milhões de euros por ano face ao montante desembolsado entre 2007 e 2017. A elétrica liderada, entretanto, acusou a ERSE de “violar grosseiramente a lei”.

Segundo o comunicado da reguladora do setor, entre 2007 e 2017 as produtoras de eletricidade receberam 2.500 milhões de euros (um valor composto por uma componente variável e outra fixa), o equivalente a 250 milhões de euros por ano. Mas nos próximos dez anos, a ERSE propõe-se a pagar 829 milhões de euros, o equivalente a 82,9 milhões por ano. A diferença são 1.671 milhões de euros em dez anos, ou 167,1 milhões de euros a menos por ano.

Ações da EDP sob pressão

Em comunicado enviado ao mercado na passada sexta-feira, a EDP considerou a proposta da ERSE “uma mera simulação teórica que viola grosseiramente a lei que esteve na base da aceitação, pela EDP, do regime de CMEC“.

Os CMEC (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual) são contratos que entraram em vigor em 2007 para compensar as donas das centrais elétricas pela liberalização do mercado. A partir desse ano, estas empresas tiveram de passar a vender eletricidade no mercado, sujeitando-se à variação dos preços, em vez de continuarem a receber o valor fixado de acordo com os CAE, que à data estavam em vigor. Perante a expectativa de quebra de receitas, as ações da elétrica estão sob forte pressão. Trata-se do título do PSI-20 que mais desvaloriza nesta sessão, com a quebra a ser a mais acentuada desde 18 de setembro.

Analistas: proposta com impacto negativo na EDP

Os analistas consideram que esta notícia é desfavorável para os títulos da EDP. “A ERSE irá divulgar a sua proposta final e documento completo no próximo dia 15 de outubro pelo que até lá poderá haver uma volatilidade acrescida e uma reação negativa nas ações da EDP face às notícias divulgadas”, antecipava o Caixa BI numa nota enviada a clientes esta manhã.

Também o Haitong aponta como “negativo” o impacto sobre os títulos da elétrica. “O valor do ajuste final dos CMEC é o primeiro evento regulatório da EDP em outubro (as receitas com a distribuição de eletricidade e as tarifas serão conhecidas a 15 de outubro) e o valor está abaixo das nosso — e aquilo que acreditamos — o mercado estima”, diz o banco de investimento numa nota emitida esta manhã.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

(Notícia atualizada às 11h24 com mais informação)

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Monarch entra em insolvência. Mais de 20 voos afetados em Portugal

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

A falência da quinta maior companhia aérea do Reino Unido deixa sem voo de regresso a casa mais de 110 mil passageiros. Governo britânico já alugou 30 aviões para repatriar passageiros.

A companhia aérea britânica Monarch Airlines entrou em processo de insolvência e interrompeu todas as operações já esta segunda-feira. O cancelamento que abrange cerca de 300 mil reservas futuras, deixa sem transporte de regresso ao Reino Unido perto de 110 mil passageiros. Em Portugal, só hoje, serão afetados mais de 20 voos.

A companhia, avança a Reuters, enviou uma mensagem aos funcionários, assinada por Andrew Swaffield, presidente executivo da empresa, a lamentar o sucedido.

O fim das operações da Monarch Airlines leva as autoridades britânicas a pôr em prática, o repatriamento de 110 mil clientes de volta ao Reino Unido, operação é mesmo considerada a maior repatriação feita em tempo de paz. O Governo britânico pediu à Autoridade de Aviação Civil (CAA, sigla em inglês) que alugue mais de 30 aviões para proceder ao retorno dos passageiros. A Monarch era a quinta companhia aérea do Reino Unido.

O ministro britânico dos Transportes, Chris Grayling adiantou ao The Guardian: “Esta é uma situação extremamente angustiante para os turistas britânicos no exterior – e a minha primeira prioridade é ajudá-los a voltar para o Reino Unido”. Os passageiros que estão no estrangeiro serão transportados para o Reino Unido sem custos acrescidos.

Grayling afirmou ainda estar esperançado que os mais de dois mil funcionários da Monarch consigam empregos noutras companhias.

A Monarch cuja sede fica no aeroporto de Londres Luton, foi fundada em 1968, e voava para mais de 40 destinos em toda a Europa, entre os quais Portugal. Ainda este ano, a companhia tinha reforçado os voos do Porto para Londres, Manchester e Birmingham.

A concorrência forte tem pressionado as companhias aéreas europeias, tendo mesmo levado à insolvência da Air Berlin e da Alitalia.

Portugal afetado com mais de 20 voos.

A insolvência da Monarch e a suspensão de todos os voos a partir desta segunda-feira vai ter impacto em Portugal. No site da ANA- Aeroportos os voos da companhia britânica não tem qualquer sinalização sobre o seu estado, limitando-se a não apresentar horas nem de partida nem de chegada. No total serão mais de 20 voos afetados, entre as cidades de Lisboa, Faro e Funchal. O Porto hoje não registava qualquer voo da Monarch pelo que só amanhã poderá ser afetado.

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Governo planeia abrir cinco cadeias e fechar oito

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

Sobrelotação e insegurança são dois dos grandes problemas que justificam a reforma planeada pelo Governo. Investimento deverá ultrapassar os 400 milhões de euros.

Sem mega cadeias e com estabelecimentos que não ultrapassem a lotação de 600 reclusos. É assim que o parque prisional, da próxima década, é projetado pelo Governo. Para isso, serão fechadas oito cadeias e construídas outras cinco.

Só em novas prisões, está planeado um investimento de 252,9 milhões de euros. No total, com a também prevista manutenção e requalificação de algumas cadeias mais pequenas no interior do país, serão gastos 446,5 milhões de euros no parque prisional. Esse esforço deverá ser concretizado, até 2027, com ajuda de fundos europeus e incluirá ainda o aumento de pessoal (guardas prisionais e técnicos).

A degradação e o estado de velhice justificarão, segundo o relatório do grupo de trabalho responsável pela estratégia de modernização das cadeias e dos centros educativos (para menores) a que o Diário de Notícias teve acesso, o encerramento do Estabelecimento Prisional de Lisboa e o Estabelecimento Prisional de Caxias, ambas atualmente sobrelotadas. Na lista das cadeias a fechar estão também a de Ponta Delgada (Açores), de Setúbal, Leiria (regional), Viseu (regional), Odemira (feminina) e Silves.

Os novos estabelecimentos prisionais nascerão em Setúbal (com lotação de 450 reclusos), Minho (com lotação de 450 reclusos), Aveiro (550), Algarve (600) e São Miguel, nos Açores (300 reclusos).

A segurança e a ameaça aos direitos humanos fundamentais dos reclusos são outros dos problemas assinalados pelo relatório. O desinvestimento nos equipamentos de segurança e nos recursos humanos e materiais é apontado como causa do panorama atual.

“Sem enfrentarmos o problema da sobrelotação, o que condiciona a possibilidade de uma gestão proativa da população prisional centrada em intervenções reabilitadoras e de uma reinserção social, e sem uma agenda que torne efetiva a titularidade dos direitos humanos fundamentais da população reclusa, não atenuaremos a distância entre a ambição da reforma legislativa de 2010 e o quotidiano prisional“, lê-se no documento, também citado pelo Público (acesso condicionado).

Em Portugal, a taxa de reclusão por cada 100 mil habitantes é de 140%. A média europeia é de 116%. O objetivo da ministra da Justiça para a próxima década é passar dos atuais 13.749 reclusos para um máximo de 12 mil (numa primeira fase, 13.589). Francisca Van Dunem quer, além disso, melhorar a distribuição dos presos de acordo com a sua área de residência.

Neste sentido, o Estabelecimento Prisional de Évora vai ser reafetado aos presos do distrito. Até agora, a afetação desta cadeia a uma população específica (35 reclusos) tinha obrigado os reclusos a cumprirem pena noutro distrito. Segundo o documento referido, esse foi o caso de 220 presos com residência no distrito de Évora. Os reclusos específicos do estabelecimento irão para um novo edifício penitenciário a ser construído em Leiria, que terá a lotação de 45 presos.

Um relatório divulgado, esta segunda-feira, pelo Ministério da Justiça realça que são as mulheres as que com maior frequência ficam em estabelecimentos fora da sua área geográfica e longe do seu agregado familiar. Nesse documento que delineia o perfil do sistema prisional português, adianta-se ainda que mais de metade dos condenados (51,1%) cumpria, no segundo semestre deste ano, penas entre os três e os nove anos e que eram os crimes contra o património (furto e roubo) os mais frequentes.

 

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