Regime do jogo ‘online’ deverá permitir apostadores estrangeiros em Portugal

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

Os jogadores estrangeiros em breve poderão entrar em jogos online em Portugal, algo que tem vindo a ser pedido há muito. Valor do imposto das apostas para o Estado deverá aumentar.

O regime que regula o jogo online em Portugal deverá passar a permitir que apostadores estrangeiros joguem no mercado português, uma reivindicação que os operadores têm vindo a fazer, segundo uma proposta preliminar.

Numa versão preliminar na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), com data de 10 de outubro que pode ainda ser alterada e a que a Lusa teve acesso na quarta-feira ao final da tarde, estão previstas alterações no sentido de permitir que as operadoras do jogo online possam “ser autorizadas a disponibilizar jogos e apostas online entre jogadores registados no domínio.pt e jogadores cujos acessos se estabeleçam a partir de localizações situadas fora do território português e que se encontrem registados noutro domínio”.

Esta proposta de alteração responde às críticas que o setor tem levantado, tendo a Remote Gambling Association (RGA) considerado em abril que a lei do jogo online em Portugal precisa de “uma revisão urgente”, ao nível regulatório para se tornar mais competitivo. Na altura, em entrevista à Lusa por ocasião dos dois anos da aprovação do regime jurídico dos jogos e apostas online, Pierre Tournier, da RGA, disse que o regime atual tem aspetos meramente regulatórios que tornam o regime português pouco competitivo.

Os jogadores portugueses só podem jogar com jogadores portugueses, não podem jogar com apostadores estrangeiros. Para ser um produto verdadeiramente atrativo, seria benéfico abrir o sistema e permitir um sistema de liquidez partilhada”, afirmou Tournier.

Outra alteração que consta da versão preliminar da proposta de OE2018 prende-se com a distribuição do montante líquido do imposto especial de jogo online nas apostas desportivas à cota, devendo ser aumentada a percentagem que reverte para o Estado, de 2,28% para os 3,17%. Também a parte que é entregue ao ministério que promove as políticas sociais de apoio à família, crianças e jovens em risco, idosos, de combate à pobreza e de promoção da inclusão social, atualmente o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, deverá ser aumentada, dos 34,52% para os 48,05%, passando a ficar “consignado ao Orçamento da Segurança Social, no âmbito do Subsistema de Ação Social”.

O Ministério da Saúde, que agora recebe 16,44% das receitas, deverá passar a receber 22,88% do montante líquido do imposto especial sobre o jogo online nas apostas desportivas à cota, e o Ministério da Administração Interna deverá ficar com 5,24% (acima dos 3,76% agora em vigor).

O ministério a quem cabe promover a política nacional de juventude e desporto passará a receber 20,66% do montante líquido daquele imposto (no regime em vigor, o Ministério da Educação e Ciência fica com 1,49% das receitas) e a Presidência do Conselho de Ministros, que ficava com 13,35% do valor do imposto, deixará de receber esta verba.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo puxa pela inflação. Sobe para 1,4% em setembro

A taxa de inflação acelerou graças às categorias relacionadas com o turismo: restauração, alojamento e transportes.

Os preços estão a aumentar. Em setembro, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de inflação acelerou para 1,4%, em termos homólogos, um movimento que fica a dever-se às categorias relacionadas com o turismo: restauração, alojamento e transportes.

A taxa de 1,4% em setembro fica 0,3 pontos percentuais acima da que tinha sido registada em agosto. Já a variação mensal do índice de preços no consumidor foi de 0,9%, o que também representa uma aceleração face a agosto, quando a variação tinha sido nula. Nos últimos doze meses, a variação mensal média fixou-se em 1,2%.

A contribuir para esta evolução, destaca o INE, estiveram, sobretudo, os restaurantes e hotéis, categoria em que os preços subiram 4,48% face a setembro do ano passado, e os transportes, com uma aceleração homóloga superior a 3%. Já a contribuição negativa mais relevante foi a do vestuário e calçado, que registou uma quebra de 3,44%.

Rendas voltam a subir

As rendas da habitação também voltaram a subir em setembro. “De acordo com os resultados apurados em setembro de 2017, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado de área útil registou uma variação mensal de 0,2% (taxa superior em 0,1 pontos percentuais à registada no mês anterior”, refere a nota do INE.

Lisboa foi a região onde mais se sentiu esta aceleração, com um aumento de 0,3% das rendas. Já na Madeira, a taxa de variação das rendas recuou em 0,1%.

Já em termos homólogos, a evolução das rendas está a estabilizar. A nível nacional, a taxa de variação das rendas mantém-se em 1%, valor que já tinha sido registado em agosto.

Notícia atualizada às 11h24 com mais informação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice “confiante” na aprovação da compra da Media Capital

O responsável pela área de media na Altice diz à Bloomberg que está "confiante" de que os reguladores portugueses vão aprovar a compra da TVI pela Meo.

Alain Weill, o líder do segmento de media da Altice, disse que o grupo está “confiante” de que os reguladores portugueses vão aprovar o negócio da compra da Media Capital aos espanhóis da Prisa, disse numa entrevista à Bloomberg. Atualmente, o negócio encontra-se a ser analisado pela ERC, o regulador dos media. Está avaliado em 440 milhões de euros.

O dossiê do negócio encontra-se sob a alçada da Autoridade da Concorrência (AdC), que tem a última palavra a dar. No entanto, as declarações de Weill surgem numa altura de forte contestação ao negócio por parte de empresas da concorrência, quer no setor dos media, quer no setor das telecomunicações.

A Anacom foi, até ao momento, o único regulador a pronunciar-se publicamente sobre esta aquisição vertical, recomendando a não aprovação da operação nos termos apresentados.

Além disso, a ERC, que se encontra atualmente com a pasta nas mãos, e que terá o poder vinculativo de travar a compra da dona da TVI, terá recebido dos serviços um parecer desfavorável ao negócio. Pelo menos segundo a informação revelada pelo comentador Luís Marques Mendes este domingo, na… SIC.

A ERC encontra-se fragilizada e com várias cadeiras vazias no conselho regulador. O parecer do regulador dos media deveria ter sido emitido na última terça-feira. Mas a falta de acordo entre os membros e a necessidade de uma votação unânime para que a deliberação seja aprovada, assim como o surgimento de novos factos relevantes e algumas dúvidas jurídicas, levaram o presidente Carlos Magno a pedir à AdC mais cinco dias. A AdC concedeu a extensão do prazo.

(Notícia atualizada às 11h06 com mas informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concessões do Governo na Função Pública “não chegam”. Greve mantém-se

  • Marta Santos Silva
  • 12 Outubro 2017

Os sindicatos veem como insuficientes as propostas do Ministério das Finanças para um descongelamento faseado das carreiras assim como um faseamento do pagamento das horas extra. A greve é dia 27.

Os três principais sindicatos da Administração Pública consideram que a proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2018 ainda tem muito por onde melhorar nas reuniões desta tarde. “Quem é que vai ficar satisfeito com uma proposta que não tem aumentos de salários?”, disse desde logo Ana Avoila, dirigente da Frente Comum, garantindo que a greve convocada por esta força sindical para 27 de outubro se mantém. “Até agora não há nenhum indicador” que dê motivos para uma desconvocação, acrescentou.

José Abraão, dirigente da FESAP, disse ao ECO que o documento enviado esta madrugada aos sindicatos pelo Ministério ainda “é pouco, é curto, é insuficiente”, apesar de conter avanços relativamente ao discutido anteriormente. Esta tarde, os sindicalistas reúnem separadamente com representantes do Ministério das Finanças para discutir essa proposta, a que o ECO teve acesso e cujos pontos principais se encontram aqui.

Para José Abraão, o faseamento do descongelamento das carreiras continua a ser inaceitável, independentemente do número de anos de que se trate — a nova proposta do Governo fá-lo-ia em três fases, com 33% do aumento a acontecer em 2018, e o remanescente a ficar para mais dois aumentos em 2019. “Porque é que temos de ter três pagamentos?”, questiona Abraão.

Já o faseamento do pagamento das horas extraordinárias por completo, por sua vez, pode mesmo “violar o princípio da igualdade” e ser inconstitucional, acrescenta o sindicalista. Isto porque a proposta do Governo só prevê o pagamento das horas extraordinárias por completo a 1 de dezembro de 2018, no último de quatro aumentos faseados, o que diferencia os funcionários públicos dos trabalhadores da saúde e do setor empresarial público, para quem o pagamento na íntegra chega já, sem cortes.

"É um avanço em relação àquilo que estava em cima da mesa mas queremos mais. Os trabalhadores têm suspensos os seus direitos. Isto não é razoável.”

Helena Rodrigues

Dirigente do STE

A FESAP juntar-se-ia à greve da Frente Comum, convocada para 27 de outubro? José Abraão não abre nem fecha a porta. “Estamos a negociar, o que está em cima da mesa já é valioso”, reconhece, mas “há coisas a esclarecer”.

“A reunião desta tarde vai servir para discutir esta proposta”, disse Helena Rodrigues, dirigente do STE. Os três sindicatos encontram-se com os representantes do Ministério separadamente: primeiro a Frente Comum, às 14h00, depois o STE, às 15h30, e finalmente a FESAP, às 17h00. Sobre a proposta, Helena Rodrigues alinha-se com os restantes sindicalistas. “É um avanço em relação àquilo que estava em cima da mesa mas queremos mais”, afirmou. “Os trabalhadores têm suspensos os seus direitos. Isto não é razoável”.

Quanto à greve, para Ana Avoila é certo que, pelo menos para já, se mantenha. A Frente Comum exige aumentos salariais para os funcionários públicos, assim como 35 horas para todos os trabalhadores — os trabalhadores com contrato individual de trabalho continuam a não estar abrangidos — entre outras reivindicações que não estão contempladas no documento do Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é o país ibero-americano com a melhor tarifa de bilhete de avião

Num universo de 80 países, Portugal é o sétimo com as tarifas de bilhetes de avião mais baratas - 5,97 euros por cada cem quilómetros. É ainda o país-ibero americano melhor classificado.

Parece que, afinal, os portugueses não têm assim tantas razões de queixa no que toca a viajar. De acordo com os dados do estudo Flight Price Index 2017, realizado pelo site de procura de voos Kiwi.com, Portugal é o país ibero-americano com a melhor tarifa de bilhete de avião, com voos com origem em aeroportos nacionais – uma média de 5,97 euros por cada 100 quilómetros.

No estudo, Portugal classifica-se ainda na sétima posição do ranking mundial e em primeiro lugar no conjunto de países falantes do português e do Castelhano. Em média, 100 Km de voo de longo curso numa companhia low cost têm um custo de 2,40 euros, sendo que num voo de curta duração e full service, os mesmos 100 Km custam 14,18 euros. No ranking relativo a 2016, Portugal ocupava a 4ª posição, com uma média de 6,71 euros, o que representa, ainda assim, uma melhoria no preço.

Os primeiros lugares pertencem à Malásia, com um custo médio de 3,84 euros, seguida pela Bulgária (4,28 euros) e pela Índia (4,56 euros). Portugal consegue ainda manter-se à frente do país vizinho. Espanha ficou classificada em 10º lugar, com um custo médio de 6,51 euros por cada 100km. Exatamente a meio da tabela está a Bielorrússia, com uma média de 12,73 euros por 100km. A Bélgica ocupa o último lugar deste ranking mundial, com um custo de 50,21 euros por 100km.

Oliver Dlouhý, CEO da Kiwi.com, explica que “os preços dos bilhetes variam constantemente por uma série de razões. As variações de um ano para o outro podem ser parcialmente atribuídas aos preços dos combustíveis, mudanças sociopolíticas como o Brexit, eleições recentes e variações nas taxas de câmbio“.

"Ao analisar o custo do voo por país, os viajantes têm mais informações para escolher destinos que lhes permitam viajar mais dentro do seu orçamento. Os viajantes sabem qual é a sua rota ideal, tempo e preço, então nós oferecemos-lhes as ferramentas para tornar isso possível.”

Oliver Dlouhý

CEO da Kiwi.com

 

O estudo analisou as tarifas para voos de curta e longa distância, de 80 países e cidades mais visitadas do mundo, calculando o custo médio de bilhete por cada 100 Km de viagem. Na pesquisa há uma distinção entre as companhias aéreas de baixo e alto custo e são tidos em conta os tipos de serviços oferecidos em cada voo.

Veja quais são os 10 países com as tarifas de avião mais baixas

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reino Unido: eBay e Netflix (só) pagaram 1,9 milhões de libras em impostos em 2016

Em 2016, no Reino Unido, o eBay e a Netflix pagaram em impostos, no total e em conjunto, a quantia de... 1,9 milhões de libras, pouco mais de dois milhões de euros.

Sabe quanto pagaram em impostos a Netflix e o eBay durante o ano passado no Reino Unido? Agarre-se bem: foram 1,9 milhões de libras, ou 2,1 milhões de euros à taxa de câmbio atual. Isso mesmo. Estas duas empresas norte-americanas, que contam com milhões de clientes britânicos e receitas milionárias no país, não pagaram nem dois milhões de libras em impostos durante um ano. Em conjunto e no total.

As contas foram feitas pelo jornal britânico Financial Times [acesso pago / conteúdo em inglês], que nota que estes números levantam novas questões acerca da forma como estas grandes companhias de base tecnológica estruturam os seus negócios para pagarem menos impostos nos vários mercados em que operam.

Que contas foram essas?

Comecemos pelo eBay, uma das maiores lojas online e um gigante no universo do comércio eletrónico. Em 2016, registou no país 200 milhões de libras (cerca de 223 milhões de euros) em receitas e um lucro de 7,6 milhões (8,5 milhões de euros). Desse valor, pagou apenas 1,6 milhões de libras (1,8 milhões de euros) em impostos por estes resultados financeiros.

Já a Netflix, o conhecido serviço de streaming de filmes e séries, tem vindo a registar uma queda nos lucros e receitas. Ainda assim, em 2016, conseguiu receitas de 22 milhões de euros no Reino Unido e um milhão de euros de lucro. O valor dos impostos pagos no país caíram 39% para… 300.000 euros. Estima-se que existam 6,5 milhões de subscritores deste serviço no país.

O tema dos impostos pagos pelas multinacionais tem estado na ordem do dia ao nível internacional e Portugal não é exceção. Em meados de setembro, soube-se que o Governo português decidiu associar-se a uma iniciativa de âmbito europeu para avançar com um modelo mais eficaz de tributação da economia digital.

Outros países, porém, têm adotado a estratégia inversa: a Irlanda, por exemplo, foi acusada por Bruxelas de criar benefícios fiscais ilegais para estas empresas e exigiu à Apple a devolução de 13 mil milhões de euros impostos irregularmente perdoados. A inércia do governo irlandês levou a Comissão Europeia a avançar com um processo contra a Irlanda no início deste mês de outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lufthansa compra parte da Air Berlin por 1.500 milhões de euros

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

Várias companhias aéreas mostraram-se interessadas em adquirir ativos da Air Berlin, mas é a Lufthansa que leva a maior fatia da companhia que se declarou insolvente no passado mês de agosto.

A Lufthansa vai adquirir os 81 aviões e assumir os três mil funcionários da Air Berlim por 1.500 milhões de euros, na sequência do pedido de insolvência daquela transportadora, anunciou esta quinta-feira o presidente da empresa alemã.

O responsável anunciou que o acordo de compra vai ser assinado às 12:00 horas locais (10:00 de Lisboa).

“Hoje é um grande dia. Vamos assinar o acordo dentro de umas horas”, disse Carsten Spohr.

A Air Berlin declarou-se insolvente a 15 de agosto e várias companhias aéreas manifestaram o seu interesse em comprar a empresa, como a Ryanair, a Lufthansa, a Condor e a TUIfly.

A Lufthansa e a companhia de baixo custo EasyJet são as duas transportadoras aéreas escolhidas para comprarem os ativos da insolvente Air Berlin.

A administração da Air Berlin negociou nas últimas três semanas exclusivamente com a maior companhia aérea alemã e a companhia aérea britânica.

A Air Berlin declarou-se insolvente após ter deixado de receber apoio financeiro da Etihad Airways, seu acionista maioritário, e começou a negociar a venda de parte da empresa, especialmente com a Lufthansa.

A partir de 15 de outubro, a Air Berlin vai deixar de realizar voos de longo curso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Horas extra no Estado repostas em 2018, progressões em 2019

  • Marta Santos Silva
  • 12 Outubro 2017

As horas extraordinárias vão ser pagas por inteiro (a pouco e pouco) e as progressões vão acontecer (até ao fim da legislatura). Os sindicatos debatem hoje as propostas do Governo.

O documento enviado esta madrugada pelo Governo aos sindicatos da Administração Pública, a que o ECO teve acesso, não responde totalmente às suas reivindicações, mas traz novidades mais positivas para os funcionários públicos do que a reunião da semana passada entre tutela e sindicalistas: o descongelamento das carreiras em dois anos e o pagamento das horas extraordinárias na totalidade são dois exemplos, mas ambos virão faseadamente.

Desde logo, como ontem noticiara o Jornal de Negócios, o Governo cedeu à insistência do Bloco de Esquerda de que o descongelamento de carreiras ficasse terminado em apenas dois anos. Os sindicatos são contra qualquer faseamento, mas a mudança já é significativa relativamente à informação anterior de que o faseamento duraria quatro anos.

As carreiras dos funcionários públicos estão congeladas desde 2011, e há quem não progrida na carreira há ainda mais tempo. Cada ano, o trabalhador deve ser avaliado através do sistema SIADAP e serem-lhe atribuídos pontos de acordo com o seu desempenho (embora nem todos o tenham sido). Agora, com o descongelamento, os pontos acumulados vão permitir aos trabalhadores avançar nas carreiras e beneficiar dos aumentos salariais correspondentes.

Mas isso não acontece tudo em simultâneo: o documento enviado aos sindicatos após negociações entre o Governo e os seus parceiros parlamentares, o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda, explica que as valorizações passam a ser permitidas a partir do dia 1 de janeiro de 2018, mas acontecem de forma faseada. A partir de 1 de janeiro de 2018, o trabalhador vai receber 33% do aumento remuneratório que lhe é devido relativamente à avaliação feita. A partir de 1 de janeiro de 2019, receberá o outro terço, ou seja, 66%, e a partir de 1 de dezembro desse ano começará a receber 100% do seu aumento. O documento prevê ainda, embora não esclareça, que para trabalhadores cujo aumento seja inferior a uma determinada quantia não se aplique o faseamento.

A quem não tenha sido feita a avaliação nos anos que decorreram desde o último descongelamento, será atribuído um ponto por cada ano — algo com que os sindicatos não concordavam, por considerarem que a avaliação nem sempre resulta num ponto — pode resultar em mais cada ano. Assim, o documento enviado prevê que o trabalhador possa pedir, se preferir, uma avaliação por ponderação curricular — ou seja, apresentar o seu currículo e o que fez neste período e ser avaliado de acordo com o seu mérito.

Horas extraordinárias pagas por inteiro em dezembro

Também no pagamento das horas extraordinárias o aumento vem por fases — quatro ao longo do ano, com efeitos a partir de 1 de janeiro e sem retroativos, como muitos pediam.

O regime de trabalho suplementar volta agora ao seu normal, previsto na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, sem cortes. A 1 de janeiro, os funcionários públicos começam a receber um quarto da diferença em relação ao normal por hora extraordinária. A 1 de abril, chegam aos 50%, a 1 de julho aos 75%, e a partir de 1 de dezembro começam a receber o valor normal.

Outra vitória para os sindicatos é que o aumento no subsídio de refeição que conseguiram em 2017 vai deixar de ser tributado — um gesto inédito por parte do Governo que fez com que parte do aumento ficasse no bolso do Estado. A proposta agora, como já teria ficado acordado na semana passada, prevê que o valor do subsídio de refeição da Administração Pública seja o valor de referência para efeitos de tributação — ou seja, só subsídios acima do da Função Pública são tributados, e apenas do valor de referência para cima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da Fosun sobe três lugares no ranking dos mais ricos da China

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

O presidente do maior acionista do banco Millenium BCP e detentor da seguradora Fidelidade detém uma fortuna pessoal avaliada em 9.300 milhões de dólares. Sobe para a 25ª posição.

O presidente do grupo Fosun, Guo Guangchang, que detém várias empresas em Portugal, subiu três lugares na lista dos mais ricos da China, para a 25.ª posição, segundo a unidade de investigação Hurun.

A fortuna pessoal de Guo Guangchang, 50 anos, subiu 40%, face a 2016, para 9.300 milhões de dólares (7.840 milhões de euros), detalha a Hurun Report Inc.

Presidente de um grupo de investimento internacional, Guo é também um dos 42 multimilionários com assento no principal órgão de consulta do Partido Comunista Chinês e do Governo da China.

A Fosun é o maior acionista do banco Millennium BCP e detém a seguradora Fidelidade, o grupo Luz Saúde e uma participação de 5,3% na REN – Redes Energéticas Nacionais.

A Hurun Report Inc, uma unidade de investigação fundada em 1999 pelo contabilista britânico Rupert Hoogewerf, publica anualmente uma lista dos mais ricos da China.

Xu Jiayin, presidente do gigante chinês do imobiliário Evergrande, ascendeu ao primeiro lugar, com uma fortuna de 43.000 milhões de dólares (36.200 milhões de euros).

Tudo junto, os dez mais ricos da China valem 248.000 milhões de dólares (209.000 milhões de euros) – quase 13% mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) português.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Teixeira Duarte dispara 11% com novo contrato na Argélia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 12 Outubro 2017

A empreitada de 137 milhões da Argélia está a render à Teixeira Duarte uma escalada de 11% na bolsa portuguesa.

A Teixeira Duarte anunciou esta terça-feira aos mercados que conseguiu adjudicar uma empreitada de mais de 130 milhões de euros na Argélia e esta quarta-feira os mercados estão a reagir. As ações da construtora liderada por Pedro Teixeira Duarte seguem a valorizar mais de 11%.

Segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a construtora vai executar uma empreitada de trabalhos marítimos “que inclui a elaboração do projeto, bem como a realização das áreas de trabalho e de transferência, das infraestruturas, das obras de construção civil e ainda o fornecimento e instalação de um elevador de barcos com capacidade de elevação superior a 9.000 toneladas e a respetiva formação de técnicos”. Falando em números, esta representa, ao cambio atual, a cerca de 137 milhões de euros.

Ainda que esta não negoceie no PSI-20, os mercados estão a reagir positivamente a esta notícia, com os títulos da empresa a escalarem 11,48% para 34 cêntimos. Durante esta sessão, os ganhos já ascenderam aos 17,38%, com os títulos a chegar aos 35,8 cêntimos.

O prazo previsto de execução da obra é de 29 meses, sendo que a participação do grupo no agrupamento é de 90,32%.

(Notícia atualizada às 9h40 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Google exige indemnização de mil milhões à Uber

A Waymo, a empresa da Google responsável pelo carro sem condutor, terá exigido o pagamento de mil milhões de dólares à Uber no processo por alegado roubo de tecnologia, avançou a Reuters.

A Waymo está responsável pelo carro sem condutor da GoogleWaymo

A Waymo, a subsidiária da Google que está a desenvolver o projeto do carro sem condutor, exige à Uber o pagamento de uma indemnização de pelo menos mil milhões de dólares e um pedido de desculpas público. Em causa, o processo colocado pela multinacional à conhecida empresa de transporte devido ao alegado roubo de tecnologia.

A notícia foi avançada esta quinta-feira pela Reuters, que cita fontes próximas do processo. A figura central é, como se sabe, Anthony Levandowski, um antigo engenheiro da Google que trabalhou no projeto do carro sem condutor. Levandowski mudou-se a dada altura para a Uber, onde ficou a trabalhar num projeto do mesmo género. Foi depois acusado de ter roubado tecnologias à Google e usado as mesmas no carro autónomo da Uber. Neste momento, já não trabalha para nenhuma das duas empresas.

A Google é uma das mais antigas investidoras da Uber, mas nem isso impediu de avançar judicialmente contra a empresa de transporte privado. Atualmente, decorrem as conversações entre ambas as companhias, que procuram um acordo. Mas não está fácil. A Waymo estará a impor condições apertadas à Uber e, para além do pagamento de mil milhões e do pedido de desculpas público (que iria afetar ainda mais a já muito abalada imagem da empresa), exige que seja destacado um auditor independente que garanta que a Uber não volta a usar as tecnologias da Google em causa.

À Reuters, fontes garantem que a Uber rejeitou estes termos e considerou-os um mau arranque negocial. Mas a Waymo estará suficientemente (e judicialmente) confiante para manter as exigências num processo capaz de ditar qual das duas empresas fica à frente na corrida a esta tecnologia emergente.

Os carros autónomos estão a proliferar-se cada vez mais e inúmeras empresas tecnológicas e fabricantes automóveis empenham esforços na investigação destas tecnologias. Os testes destes automóveis que não precisam de um condutor humano também já chegaram à via pública em várias cidades norte-americanas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

A Prisa confirmou que está em cima da mesa um aumento de capital de 500 milhões de euros. Impasse nas negociações do Brexit. EUA com um pé de fora do NAFTA.

A Prisa, que se vê a braços com uma elevada dívida financeira, tem em cima da mesa uma proposta para aumentar capital em 500 milhões de euros. Nesta revista de imprensa internacional, entre outros temas de destaque lá fora, fique ainda a par do impasse nas negociações do Brexit e do NAFTA.

El País

Prisa quer até 500 milhões de euros em aumento de capital

As dificuldades financeiras e a dívida elevada do grupo de media espanhol Prisa não são propriamente novidade. No entanto, a empresa que ainda detém a Media Capital, dona da TVI em Portugal, comunicou ao mercado que estuda, entre outras opções, um aumento de capital de 500 milhões de euros. No entanto, como se soube na terça-feira, a realização desta operação terá como condição a substituição do histórico chairman, Juan Luis Cebrián, pelo atual conselheiro do Santander, Javier Monzón. Segundo a Prisa, ainda não está nada fechado. Leia a notícia completa no El País [acesso gratuito / conteúdo em espanhol].

Financial Times

Negociações do Brexit estão virtualmente estagnadas

Um impasse. É assim que estão as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia. Numa altura em que decorre já a quinta ronda de negociações, ambas as partes continuam sem se entender sobre um futuro em que o país goes on its own. Esta semana, os responsáveis negociais mostraram-se surpreendidos pela falta de evolução em algumas áreas de maior relevo, como é o caso dos direitos dos cidadãos. Um oficial envolvido nas conversações disse mesmo: “Não houve nada, zero, nenhum progresso.” A primeira-ministra britânica Theresa May também já esta a preparar um cenário em que o Reino Unido abandona a União Europeia sem um acordo. Leia a notícia completa no Financial Times [acesso pago / conteúdo em inglês].

The New York Times

Estados Unidos muito próximos de abandonar o NAFTA

A renegociação do tratado norte-americano de livre comércio (vulgo NAFTA) poderá não chegar a bom porto, muito por causa da postura agressiva de Donald Trump na renegociação deste documento. Esta semana decorre a quarta ronda de negociações e, garante a imprensa norte-americana, o cenário mais visível é o de um colapso que faça os Estados Unidos desistirem do acordo. Trump admitiu essa possibilidade, mas deixou tudo em aberto: “É possível que não consigamos chegar a um acordo, e também é possível que consigamos. Vamos ver se conseguimos fazer as alterações de que precisamos”, disse o Presidente. Leia a notícia completa no The New York Times [acesso condicionado / conteúdo em inglês].

The Guardian

Incêndios na Califórnia já provocaram 23 mortes

Subiu para 23 o número de mortos provocados pelos incêndios que, por esta altura, lavram de forma incontrolável no Estado norte-americano da Califórnia. A previsão é de que o estado do tempo vá agravar as condições de combate às chamas, com uma subida das já altas temperaturas e diminuição da humidade atmosférica. Para já, pelo menos 3.500 casas e negócios terão sido destruídos pelo fogo. Cerca de 8.000 bombeiros estão envolvidos nas operações de combate, assim como 73 helicópteros e 30 aviões de grande porte. Leia a notícia completa no The Guardian [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

Bloomberg

Musk volta a enviar foguetão reutilizado para o espaço

A empresa privada SpaceX, liderada pelo também fundador da Tesla, Elon Musk, voltou a enviar para o espaço um foguetão reutilizado — isto é, um foguetão que já fez outra deslocação ao espaço no passado. Este foi o 15º lançamento da SpaceX este ano e, no aparelho, entre outras coisas, seguiu um satélite altamente avançado de comunicações para a multinacional EchoStar. Cada lançamento bem-sucedido é um passo largo no sentido de reduzir os custos da colocação destes equipamentos em órbita e de tornar a exploração espacial numa atividade mais economicamente viável. Leia a notícia completa na Bloomberg [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.