Ciclo de juros baixos atrasa rentabilidade do Banco CTT
O break even continua esperado para 2019, tal como foi anunciado aquando da criação do banco. Mas Francisco Lacerda assume que o prolongamento do período de juros baixos dificultou o arranque.
Francisco Lacerda revelou que o atual ciclo prolongado de juros baixos tem demorado o arranque do Banco CTT. Entrevistado no ECO24, o presidente dos CTT disse que o break even ainda é esperado para 2019, tal como previsto no anúncio inicial da criação da instituição bancária.
Questionado sobre se os desenvolvimentos no banco correspondiam às suas expectativas, Francisco Lacerda disse: “O que se passa de facto é que um banco de retalho para particulares se rentabiliza captando depósitos e através do crescimento do crédito. O cenário hoje, comparado com a altura em que lançámos o banco, tem uma característica: o período de taxas de juro mais baixas prolongou-se”. Assim, explica, a rentabilização do crédito tem sido mais demorada.
No entanto, acrescentou, a gestão do banco tem procurado manter as receitas equilibradas com os custos. Embora o banco não tenha ainda dado lucros desde a sua criação em março de 2016, os custos são geridos de maneira a que o impacto “a nível líquido esteja perfeitamente alinhado” com as receitas. “Temos uma estrutura de custos estruturalmente mais baixa”, acrescentou o presidente dos CTT, porque as agências bancárias são um dos maiores custos para os bancos, mas os CTT podem usar as agências que já utilizam no seu negócio postal.
O break even é esperado para meados de 2019, a partir do terceiro ano, disse Francisco Lacerda. A data continua a mesma que a apontada na altura do anúncio do lançamento do banco, em finais de 2015. “Até hoje ainda não revimos esse dado que demos”, disse Francisco Lacerda.
Os clientes do Banco CTT, afirmou o responsável, são mais jovens do que os dos restantes bancos e têm muita facilidade com os meios digitais.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Ciclo de juros baixos atrasa rentabilidade do Banco CTT
{{ noCommentsLabel }}