Lisboa entre as melhores cidades europeias onde viver

  • ECO
  • 14 Março 2017

Lisboa desceu um lugar em relação ao ano passado, ocupando agora a 43ª posição. Continua acima dos grandes centros cosmopolitas tradicionais, como Nova Iorque ou Madrid.

Apesar de ter descido uma posição em relação ao ano passado, Lisboa continua no top 50 das melhores cidades onde viver, mais propriamente na 43ª posição. A nível das infraestruturas, ocupa a 60ª posição, acima de cidades como Lyon, em França, ou Roma, em Itália. Os dados foram apurados no 19º estudo anual Quality of Living da Mercer.

Viena lidera a tabela das cidades com melhor qualidade de vida pelo oitavo ano consecutivo. Seguem-se-lhe, no Top10, uma esmagadora maioria de cidades europeias: Zurique (2º lugar), Munique (4º lugar), Dusseldorf (6º lugar), Frankfurt (7º lugar), Genebra (8º lugar), Copenhaga (9º lugar), e Basileia, uma estreante na lista, em 10º lugar. As únicas cidades não europeias neste Top10 são Auckland, na Nova Zelândia (3º lugar) e Vancouver, no Canadá (5º lugar). As cidades mais bem classificadas da Ásia e da América Latina são Singapura (25º lugar) e Montevidéu (79º lugar), respetivamente. Bagdade ocupa o fundo da tabela como a cidade com a pior qualidade de vida.

Um dos parâmetros analisados de forma independente foi o das infraestruturas das cidades — no qual Singapura ficou em primeiro lugar e Port-au-Prince em último — e é um item com grande poder na hora de as multinacionais escolherem para onde querem expandir as suas operações e enviar os seus colaboradores expatriados. Uma boa rede de transportes, serviços de energia fiáveis, uma boa rede de água potável, serviços de telecomunicações, o tráfego e congestionamento automóveis e ainda a variedade de voos internacionais a partir dos aeroportos locais são exemplos de fatores importantes no parâmetro das infraestruturas.

“A infraestrutura de uma cidade, ou a falta dela, pode afetar consideravelmente a qualidade de vida que os expatriados e as respetivas famílias usufruem diariamente. O acesso a uma variedade de opções de transporte, o acesso a eletricidade e a água potável estão entre as necessidades essenciais dos colaboradores expatriados que vão trabalhar para uma nova cidade. Uma infraestrutura bem desenvolvida pode ser uma vantagem competitiva importante para as cidades ou municípios que querem atrair empresas multinacionais e investimento estrangeiro”, esclarece Tiago Borges, responsável da área de Career na Mercer Portugal.

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Criação de emprego vai continuar a aumentar a partir de abril

  • Marta Santos Silva
  • 14 Março 2017

Os empregadores portugueses esperam continuar a contratar a partir da primavera, com boas perspetivas em todos os setores. A região Sul é a que prevê o maior volume de contratação.

A criação de emprego vai continuar a aumentar em abril: espera-se que, no segundo trimestre de 2017, haja um aumento de 10% da criação líquida de emprego, um aumento duas vezes superior ao que estava previsto para janeiro, fevereiro e março. As projeções são da ManpowerGroup, cujo Employment Outlook Survey, divulgado esta terça-feira, antevê ainda que as grandes empresas em Portugal aumentem a criação de emprego em 18% este trimestre, sobretudo na região Sul.

Entre os empregadores sondados pela ManpowerGroup, 81% previam manter o seu volume de contratação atual, 12% antecipavam aumentá-la e 2% apontavam para uma redução. É uma projeção mais otimista do que no início do ano — quando já era positiva — e que se espera que venha a ter outros impactos positivos.

“O Manpower Employment Outlook Survey projeta, para o segundo trimestre de 2017, que continuaremos a assistir a uma tendência positiva no mundo do trabalho em Portugal”, afirma Nuno Gameiro, country manager da ManpowerGroup Portugal, no comunicado da empresa. “A criação líquida de emprego vai aumentar 10%, o que certamente terá um efeito positivo no consumo privado, com impacto direto na economia nacional”, garante. “Se a esta projeção juntarmos a análise ao comportamento das taxas de juro comunicadas pelo Banco Central Europeu, podemos esperar que exista um efeito positivo no crescimento do nosso Produto Interno Bruto”, acrescenta.

Finanças e Seguros são dos setores mais positivos

Anteveem-se melhorias na contratação em todos os setores, mas as mais significativas surgirão no setor das Finanças, Seguros, Imobiliário e serviços, onde “a criação líquida de emprego é de 19%”. E onde é que as perspetivas são menos assinaláveis? Nos setores da Indústria e Público, onde os aumentos serão de 2% e 4%, respetivamente. Entre o máximo e o mínimo encontram-se expectativas de subida na Construção (12%) ou no Comércio Grossista e Retalhista (13%).

Comparativamente com os primeiros três meses do ano, o período de abril a junho deverá ser marcadamente melhor para a maioria do setores, incluindo no Fornecimento de Eletricidade, Gás e Água onde se regista um aumento de 12 pontos percentuais em comparação. Mas há dois setores onde as perspetivas de contratação são mais modestas, incluindo o dos Transportes, Logística e Comunicações.

“Quando comparado com as projeções para o último trimestre, a criação de emprego vai crescer ao dobro da velocidade, e a sazonalidade explica a mudança nos setores que esperam criar mais empregos”, acrescenta ainda Nuno Gameiro.

As grandes e médias empresas preveem os aumentos mais acentuados no seu volume de contratações, enquanto as pequenas e microempresas anteveem aumentos mais modestos, mas também eles positivos.

Um mau momento para o Brasil

Já fora de Portugal, entre os 43 países onde decorreram sondagens da ManpowerGroup, a expectativa também é maioritariamente positiva. Em 39 dos 43 países que participam, a contratação deverá aumentar ou manter-se estável, com oportunidades parecidas às do primeiro trimestre. As melhores perspetivas registam-se em Taiwan, com previsão de aumento de 24%, no Japão, 23%, na Eslovénia, 22%, e também na Índia onde a expectativa é um aumento de 18%.

Já piores destinos para quem procura emprego são a Suíça e Bélgica, onde não se preveem aumentos, e a Itália e o Brasil, onde se preveem reduções na contratação. Em Itália, o corte antecipado é de 2% e no Brasil espera-se uma queda de 4%.

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Aprovada lei que autoriza Governo britânico a notificar Bruxelas da saída da UE

  • Lusa
  • 13 Março 2017

Proposta de lei para autorizar o Governo a notificar a UE da saída do Reino Unido foi aprovada pelo parlamento britânico, após a derrota na Câmara dos Lordes na votação de duas alterações.

A proposta de lei para autorizar o Governo a notificar a União Europeia da saída do Reino Unido foi hoje aprovada pelo Parlamento britânico, após a derrota na Câmara dos Lordes na votação de duas alterações.

As duas emendas pretendiam inserir no texto da lei um compromisso do Governo para que oferecesse garantias aos cidadãos europeus residentes no Reino Unido e uma obrigação de apresentar a escrutínio o acordo que resulte das negociações com Bruxelas sobre a futura relação com a UE.

Porém, após a rejeição destas emendas pela Câmara dos Comuns hoje à tarde, a maioria dos lordes entendeu existir pouca margem para conseguir cedências do Governo e inverter o sentido de voto da câmara baixa, onde o partido Conservador tem a maioria dos assentos.

A emenda para proteger os direitos dos cidadãos europeus foi derrotada por 274 votos contra e 135 a favor, enquanto que, na semana passada, a mesma proposta tinha arrecadado 358 votos favoráveis e 256 contra.

A proposta que daria um poder de veto ao Parlamento sobre o acordo que o Governo negoceie com Bruxelas foi derrotada por 274 votos contra e apenas 118 votos favoráveis, quando há uma semana 366 lordes tinham aprovado a proposta e só 268 votos foram contra.

A votação desta noite colocou assim fim ao processo legislativo da Lei da União Europeia (Notificação de Saída), que será apresentado à rainha Isabel II para ratificação, entrando imediatamente em vigor.

A partir desse momento, a primeira-ministra, Theresa May, poderá ativar o artigo 50 do Tratado da União Europeia, que determina o desejo de saída da UE, seguindo o resultado do referendo realizado a 23 de junho de 2016.

O Governo não revelou a data precisa da notificação, mantendo que acontecerá até ao final do mês de março.

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Montepio vende dívida do Benfica antes de ter o ok da CMVM

O Benfica vai voltar a emitir obrigações para o retalho... segundo o Montepio. O banco está a publicitar a nova operação ainda sem haver sequer a aprovação do prospeto pela CMVM.

Um ano depois de ter obtido 50 milhões de euros com obrigações colocadas junto do retalho, o Benfica vai voltar a pedir financiamento aos pequenos investidores. É, pelo menos, essa a informação apresentada pelo Montepio, no seu site. O banco está a vender os títulos de dívida do clube da Luz que vão pagar uma taxa de 4%, apesar de não haver ainda a aprovação do prospeto da operação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A SAD “lançou uma oferta pública de subscrição de obrigações, destinada ao público em geral, denominada ‘Benfica SAD 2016-2019′”, diz o banco liderado por Félix Morgado — no título de entrada é “Benfica SAD 2017-2020”. “A oferta pública de subscrição decorre entre 27 de março e 5 de abril de 2017 com um montante máximo de até dez milhões de euros“, acrescenta no site, na secção de Modalidade Mutualistas de Poupança. O prospeto associado, contudo, remete para uma operação de 2015. Porquê? Porque ainda não há sequer um prospeto aprovado.

Esta operação não foi ainda oficialmente comunicada ao mercado. No site da CMVM não há ainda qualquer prospeto publicado, não havendo também qualquer informação sobre a operação na página do Benfica. Contactado, o clube da Luz remeteu para mais tarde informações. Já fonte oficial da CMVM, contactada pelo ECO, diz que não foi aprovado qualquer prospeto relativamente a esta emissão de dívida do Benfica. Não foi possível obter esclarecimentos por parte do Montepio que minutos depois da publicação da notícia do ECO retirou a ligação do site.

No site, no final da informação sobre a emissão que o Benfica irá realizar, há um botão para subscrever este produto que ainda não foi sequer validado pelo regulador do mercado de capitais, liderado por Gabriela Figueiredo Dias. Contudo, após selecionar o botão de subscrição, os utilizadores são enviados para a página de login no banco. Depois de se identificarem e colocarem a palavra-chave surge, no entanto, a indicação de que não há produtos em subscrição.

Dez milhões… com juro de 4%

As obrigações a emitir em mais esta operação de financiamento são bastante menos do que as que disponibilizou no ano passado. Em 2016, o Benfica avançou com uma emissão de 50 milhões de euros, mas desta vez, de acordo com a informação avançada pelo Montepio, o total deverá ascender a apenas dez milhões de euros.

Estes títulos “assumem um valor nominal e preço de subscrição de cinco euros cada”, sendo que o prazo da emissão é de três anos (realizando-se o reembolso em 10 de abril de 2020). Por este empréstimo, o Benfica compromete-se a pagar uma taxa bruta anual de 4%, inferior aos 4,25% da emissão de 2016.

Esta taxa, apesar de inferior aos juros pagos em operações anteriores, é elevada num contexto em que os bancos estão a praticar juros muito reduzidos nas aplicações a prazo — que estão, contudo, isentas de risco. Nestas obrigações, além do risco de incumprimento, os investidores devem ter em conta que ao juro é preciso deduzir as comissões cobradas pelos bancos.

(Notícia atualizada às 23h25 com a informação de que o Montepio retirou do site o link para a emissão do Benfica)

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Novo Banco: 150 trabalhadores interessados em sair

  • ECO
  • 13 Março 2017

O processo de rescisões voluntárias do Novo Banco já terá 150 interessados. O banco de transição quer cortar entre 250 e 350 trabalhadores, mas dá prioridade à reforma antecipada.

Foram já 150 os colaboradores do Novo Banco que manifestaram interesse no processo de rescisões voluntárias da instituição, que pretende cortar entre 250 e 350 postos de trabalho em Portugal. Segundo avança o Dinheiro Vivo (acesso gratuito), há bastantes voluntários apesar de o banco oferecer poucas condições no processo de rescisão, que começou este mês.

Da redução que pretende fazer de entre 250 e 350 postos de trabalho, o banco de transição que saiu da resolução do BES procura recorrer principalmente às reformas antecipadas. Sessenta balcões do Novo Banco vão encerrar neste processo.

Segundo o Dinheiro Vivo, os trabalhadores tinham até à última sexta-feira para manifestarem o seu interesse nas rescisões, tendo sido criado um prazo excecional até esta quarta-feira para alguns departamentos. É possível que nem todas as pessoas que se mostraram interessadas sejam efetivamente abrangidas pelo processo.

Com o novo corte de 350 trabalhadores, o banco ficará muito perto de alcançar o seu objetivo: uma redução de 1.500 funcionários até junho de 2017, uma vez que não foi vendido dentro do prazo previsto. Incluindo as operações internacionais, já foram dispensadas 1.327 pessoas, explica a instituição.

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Programa “Reabilitar para Arrendar” financia 258 habitações

  • Lusa
  • 13 Março 2017

São 13,8 milhões de euros que o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana está a utilizar para financiar a reabilitação de 77 casas no Porto e 65 em Lisboa destinadas ao arrendamento.

O programa “Reabilitar para Arrendar” está a financiar com 13,8 milhões a reabilitação de 258 habitações destinadas a arrendamento, desde que entrou em funcionamento há ano e meio, disse hoje em Torres Vedras o presidente do IHRU.

Desde que entrou em vigor há ano e meio, o programa “Reabilitar para Arrendar” já acompanhou 91 processos, com a reabilitação de 258 habitações que, após a conclusão das obras, vão dar origem a 359 casas, disse o presidente Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Vítor Reis, durante a assinatura de um acordo com o município de Torres Vedras.

O programa financiou as obras de reabilitação em 13,8 milhões de euros através de crédito concedido pelo Banco Europeu de Investimento, de um investimento total de 20 milhões de euros.

“Há dinheiro mais do que suficiente para todas as candidaturas que aparecerem”, afirmou Vítor Reis à agência Lusa.

No âmbito do programa, foram reabilitadas ou estão em fase de reabilitação 77 casas no Porto e 65 em Lisboa, correspondentes a um investimento respetivamente de 4,8 milhões de euros e 8,8 milhões de euros.

No sentido de alargar o programa ao país, o IHRU já celebrou acordos de cooperação com mais de 50 municípios.

Dados do IHRU apontam para o aumento do número de habitações no país, de 2,7 milhões em 1970 para seis milhões em 2011 ao ponto de o país ter “mais casas do que famílias”.

O aumento do parque habitacional teve como objetivo a aquisição de casa, motivo pelo qual o arrendamento baixou. Em 1970, existia cerca de um milhão de casas alugadas, número que desceu para 794 mil em 2011. Já 2002 foi o ano em que mais casas novas se construiu, 126 mil, contra apenas sete mil em 2015.

Em oposição, aumentaram os fogos devolutos de 380 mil em 1970 para 735 mil em 2015, sem que tivessem sido reabilitadas. Em 2002, apenas duas mil foram reabilitadas e em 2006 quase nove mil. Em resultado, o país ficou com “casas a mais em detrimento da opção de reabilitação”, afirmou.

A câmara de Torres Vedras aderiu esta segunda-feira ao programa, depois de integrar o Fundo Nacional para a Reabilitação do Edificado (FNEE) e avançado com intervenções em Áreas de Requalificação Urbana (ARU), três frentes de intervenção distintas, mas com o mesmo objetivo.

No âmbito da zona envolvente ao futuro Centro de Artes do Carnaval, o município tenciona investir 5,7 milhões de euros na aquisição e reabilitação de imóveis. Já integrado no FNEE, vai adquirir três este ano e pretende adquirir cinco a seis por ano.

Em 2016, a câmara investiu 1,2 milhões de euros na aquisição e requalificação de cinco imóveis.

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Sócrates: Ministério Público não tem “factos nem provas, só uma teoria”

No âmbito da Operação Marquês, José Sócrates garantiu aos jornalistas que o Ministério Público não tem "factos nem provas, só uma teoria". Por isso, não o espanta se houver novo adiamento.

O antigo primeiro-ministro já saiu ao Departamento Central de Investigação e Ação Central (DCIAP) onde foi ouvido pelo procurador. José Sócrates garantiu aos jornalistas que o Ministério Público não tem “factos nem provas, apenas uma teoria”. Isto depois de o ex-ministro ter dito à entrada que nunca recebeu dinheiro de ninguém.

“O Ministério Público não tem evidências, factos ou provas, só uma teoria”, disse José Sócrates à saída do DCIAP em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3. Isto no âmbito do processo Operação Marquês, que, relembra Sócrates, já dura há três anos e meio. “A obrigação do Ministério Público é trazer uma acusação que possa sustentar”, acrescentou o antigo ministro.

"Eu julguei que esta era a última oportunidade para o Ministério Público, finalmente, apresentar elementos de prova, elementos de facto, que pudessem sustentar as suas alegações”

José Sócrates

Ex-primeiro-ministro

“Eu julguei que esta era a última oportunidade para o Ministério Público, finalmente, apresentar elementos de prova, elementos de facto, que pudessem sustentar as suas alegações”, disse José Sócrates, ao fim de mais de seis horas de interrogatório. “Fiquei espantadíssimo porque o Ministério Público não foi capaz de apresentar nada, a não ser uma escutazinha aqui e outra ali”, acrescentou.

José Sócrates saiu do interrogatório sem uma acusação, porque o despacho final só pode ser proferido quando o Ministério Público tiver reunido todos os elementos. Isto a apenas cinco dias do final do prazo dado pela Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, para fechar a investigação. Segundo noticia o Expresso este sábado (link para assinantes), o ex-chefe de Governo socialista será acusado de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

Mas o ex-primeiro-ministro não é o único a ser ouvido. Ao longo desta semana, há vários arguidos que vão ser confrontados por Rosário Teixeira com os factos novos que foram apurados. A ex-mulher de José Sócrates, Sofia Fava, será quarta-feira interrogada pelos procuradores do Ministério Público que investigam a ‘Operação Marquês’, disse à Lusa fonte ligada ao processo. No mesmo dia, Diogo Gaspar Ferreira, antigo presidente da empresa gestora do empreendimento Vale do Lobo, outro dos 25 arguidos do processo, será ouvido no DCIAP.

Esta semana, segundo notícias avançadas em vários órgãos de comunicação social, os procuradores deverão também interrogar o ex-administrador e vice-presidente do grupo Lena Joaquim Barroca.

Ordem dos Advogados critica demora do processo

O bastonário da Ordem dos Advogados criticou a demora da investigação, que teve início em 2014. Guilherme Figueiredo diz, segundo a agência Lusa, que o arrastar de processos cria problemas à credibilização da justiça.

“Há processos que têm uma morosidade superior àquela que deveriam ter e que têm um significado especial relativamente aquilo que são as perceções do cidadão. O cidadão tem apenas perceções da justiça, o que significa que, quando um processo que tem uma dimensão, que tem uma personalidade, que foi no caso primeiro-ministro, e o processo se arrasta durante imenso tempo, é evidente que isso cria problemas da própria credibilização do sistema”, disse aos jornalistas Guilherme Figueiredo, quando questionado sobre os mais de dois anos que dura a investigação da ‘Operação Marquês’.

“Deve-se ter um cuidado não no sentido da discriminação propriamente negativa ou positiva, mas no sentido de que isso tem consequências no sistema judiciário”, disse, sublinhando que “havendo uma prisão preventiva deve existir uma acusação com outra celeridade”.

(Notícia atualizada às 21h35 com mais informação)

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Wall Street pouco alterado à espera da Fed

Os índices norte-americanos encerraram entre ganhos e perdas, numa altura em que os sinais apontam para o anúncio de uma nova subida de juros na maior economia do mundo já na próxima quarta-feira.

As bolsas norte-americanas encerraram com um rumo indefinido com o mercado à espera do resultado da reunião da Fed que termina na próxima quarta-feira. A maioria das apostas vão no sentido de que nessa ocasião seja anunciada uma subida de juros na maior economia do mundo.

Em Wall Street, os principais índices bolsistas fecharam com rumos opostos, com o S&P 500 e o Nasdaq a terminarem com sinal positivo e o Dow Jones a encerrar com sinal negativo. O índice bolsista que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas fechou com um ganho de ligeiro de 0,04%, nos 2.373,51 pontos, enquanto o índice tecnológico fechou com uma valorização de 0,24%, para os 5.875,79 pontos, no dia em que a Intel anunciou que chegou a acordo para comprar a Mobileye, uma companhia de Israel que és especialista na tecnologia de carros autónomos, por 15,3 mil milhões de dólares. Uma notícia que não invalidou que as ações da tecnológica recuassem 2,3%, para os 3,085 dólares.

Inicia-se esta terça-feira a reunião de dois dias do Comité do Mercado Aberto da Fed. É dado como certo pelos analistas que a entidade liderada por Janet Yellen promova a primeira de três subidas das taxas diretoras em 2017. Um anúncio que só será feito na quarta-feira e deverá levar os juros para 0,75% a partir de março.

Os números do emprego revelados na sexta-feira ajudaram a reforçar o bom momento da economia norte-americana que, deste modo, deverá absorver sem grandes complicações o impacto de um aperto das condições de crédito que resultará da subida dos juros.

Assim, mais do que saber se os juros vão subir, os investidores vão estar mais atentos àquilo que o banco central norte-americana deverá deixar quanto ao rumo da política monetária do outro lado do Atlântico.

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Diretor da Católica vai ser reitor na Imperial College London

  • Marta Santos Silva
  • 13 Março 2017

Francisco Veloso, "uma autoridade em inovação e empreendedorismo", dirigiu a Católica Lisbon School of Business and Economics desde 2012, e vai agora ser 'dean' da Imperial College Business School.

Francisco Veloso, o diretor desde 2012 da Católica Lisbon School of Business and Economics, vai para Londres. O economista especializado em empreendedorismo vai assumir o posto de dean, ou reitor, da escola de gestão da renomada Imperial College London, a partir de agosto.

Considerado, no comunicado da universidade britânica, “uma autoridade em inovação e empreendedorismo”, o economista que também é professor convidado da norte-americana Carnegie Mellon vai substituir Nelson Phillips, reitor interino desde o verão de 2016.

“Sinto-me honrado com esta nomeação e satisfeito por me juntar a uma instituição tão prestigiada”, afirmou Francisco Veloso, citado no mesmo comunicado. “A Imperial College Business School já conseguiu tanto na sua curta história e está numa posição privilegiada para o futuro. A crescente importância da inovação e do empreendedorismo movidos pela tecnologia em todas as áreas está a criar oportunidades que caem precisamente nas potencialidades da escola e da instituição”.

O provost da Imperial College London elogiou a liderança “extraordinária” de Francisco Veloso na Católica, que levou a instituição a tornar-se uma das mais respeitadas da Europa” — sendo inclusive uma das 25 melhores escolas de gestão na Europa de acordo com o Financial Times. “Estou entusiasmado por trabalhar com ele para levar a Business School de força em força”, disse James Stirling.

Contactado pelo ECO, o gabinete de imprensa da Católica Lisbon School of Business and Economics esclareceu que ainda não foi definido o substituto de Francisco Veloso. Outro nome será escolhido e anunciado até 1 de agosto, data em que o professor abandonará o cargo.

Notícia atualizada às 22:15 com a resposta da Católica Lisbon School of Business and Economics.

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CGD foi o banco que mais recursos perdeu

Os clientes retiraram dinheiro dos grandes bancos. Desapareceram mais de 2.500 milhões de euros em 2016, com a CGD a ser a principal responsável pela evolução. O Estado foi o principal beneficiado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou os piores resultados da sua história. Registou prejuízos de 1.859 milhões de euros, penalizada por elevadas imparidades. Foi um ano conturbado para o banco estatal que ao mesmo tempo que viu o malparado arrasar-lhe as contas, viu os clientes reduzirem os recursos no banco. Foi, entre os grandes, aquele em que os valores confiados mais caíram. Mais de 2,5 mil milhões de euros.

Recursos de clientes dos maiores bancos encolhe

Fonte: Relatório e contas dos bancos

O banco liderado por Paulo Macedo fechou o ano com recursos totais de clientes num montante de 70.260 milhões de euros. É o valor mais elevado entre os grandes bancos nacionais, sendo que encolheu em 3,38% face ao final do ano anterior. São menos 2.457 milhões de euros, isto num período em que também BCP e BPI sentiram uma redução nos recursos dos clientes (797 e 676 milhões de euros, respetivamente). Só o Santander Totta os aumentou em 1.151 milhões, evolução que poderá ficar a dever-se à incorporação do Banif. O saldo global é negativo em 2.780 milhões.

Esta quebra na CGD é explicada essencialmente devido aos clientes institucionais. “A descida dos recursos deve-se precisamente à descida de investidores institucionais, por natureza mais voláteis“, refere fonte oficial da instituição ao ECO. Os recursos deste segmento encolheram 2.939 milhões de euros (35,15%) na totalidade do ano passado, para os 5.448 milhões de euros, ao mesmo tempo que os recursos de clientes particulares e das empresas registaram uma tendência contrária. Subiram 0,58% e 2,44%, respetivamente, para se fixarem em 58.061 e 6.751 milhões de euros no final de 2016.

Recursos de clientes por banco

Fonte: Relatório e contas dos bancos

Olhando exclusivamente para os depósitos, a CGD volta a destacar-se. O banco público apresentou uma quebra de 3.105 milhões de euros, ou 5,24%, para 56.165 milhões de euros, uma quebra mais expressiva do que a do BCP (2,3%, ou 814 milhões), isto quando BPI e Santander Totta apresentaram um crescimento das aplicações por parte dos seus clientes, sejam eles institucionais, empresas ou particulares. Conseguiram aumentá-los apesar do contexto de taxas de juro muito baixas. A remuneração média está em mínimo histórico, sendo que o BPI não paga qualquer juro nas aplicações a prazo.

No caso da CGD, a quebra nos depósitos é explicada, mais uma vez, com a retirada de dinheiro por parte de institucionais (-35,89%). Mas o valor dos depósitos dos particulares no banco do Estado também encolheu (-1,81%), isto apesar de os recursos totais dos particulares crescerem. Confuso? É que houve muitos clientes que perante a queda das taxas das aplicações optaram por manter o dinheiro na instituição, mas noutros produtos como fundos de investimento, PPR, ou outras aplicações fora do balanço dos bancos como as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) lançadas pelo Estado e outras obrigações. Isso mesmo aconteceu no caso do BCP que viu os depósitos caírem 2,34%, mas os recursos só encolheram em 1,66%.

Menos recursos no banco do Estado, mais no Estado

Entre os grandes bancos, a CGD foi a instituição que assistiu à maior quebra nos recursos e depósitos de clientes. BCP e BPI também registaram uma quebra, sendo o Totta a exceção. O saldo global do último ano é negativo para os grandes bancos, isto num ano em que o Estado ficou a ganhar. O leque de produtos de dívida portuguesa, com taxas bastante mais atrativas face às que estão a ser praticadas pelas instituições financeiras, levou muitos aforradores a trocarem os balcões dos bancos pelos certificados, mas especialmente pelas OTRV.

Em 2016, o Estado conseguiu captar quase sete mil milhões de euros em produtos financeiros colocados junto do retalho, contando com um grande empurrão das OTRV. Só com este produto, o Estado conseguiu mais 3.450 milhões de euros através das três operações lançadas durante o último ano. A outra metade do dinheiro foi canalizada para os certificados, com os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) a captarem a maior parte dos valores investidos. Em 2016, os portugueses aplicaram 3.355 milhões de euros em CTPM, procurando tirar partido da oferta de juros também acima da banca. A remuneração média é de 2,25%, quando mantidos durante cinco anos.

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Rocha Andrade: Novo IVA aduaneiro vai beneficiar empresas e portos nacionais

  • Lusa
  • 13 Março 2017

Rocha Andrade lembra que novo regime do IVA aduaneiro vai entrar em funcionamento a 1 de setembro, pondo fim a um adiantamento de dinheiro que as empresas estavam a fazer ao Estado.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, disse hoje que a importação de mercadorias pelos portos nacionais vai deixar de ser penalizada, com o novo IVA aduaneiro, que entra em vigor em 1 de setembro.

No regime atual, as empresas que importassem matérias-primas através dos portos nacionais tinham de adiantar o valor do IVA ou prestar garantia, o que representava um custo, enquanto se o fizessem por portos de outros países da União Europeia, tal não era exigido.

“O novo regime do IVA aduaneiro vai entrar em funcionamento numa versão ‘beta’ em 1 de setembro e plenamente em 1 de março, para tentar reduzir os custos das empresas sem reduzir a receita do Estado”, disse.

O novo regime do IVA aduaneiro vai entrar em funcionamento numa versão ‘beta’ em 1 de setembro e plenamente em 1 de março, para tentar reduzir os custos das empresas sem reduzir a receita do Estado.

Fernando Rocha Andrade

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Rocha Andrade, que falava num debate sobre o impacto do Orçamento de Estado de 2017, organizado pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, da Universidade de Aveiro (ESTGA-UA), deu como exemplo o caso de uma empresa metalomecânica que importe o metal de fora da União Europeia, através do porto de Algeciras (Espanha), a qual não paga IVA à entrada porque o destino final é Portugal e não Espanha.

Ao abrigo do regime das aquisições intracomunitárias, o metal entra na empresa que só vai pagar IVA quando vender o produto, ou nem o vai pagar se for para exportação.

Já se entrar em Aveiro, como é destinado a ser utilizado em território nacional, ou paga o IVA na importação, ou presta uma garantia para adiar por 60 ou 90 dias esse pagamento, e suporta esse custo financeiro.

“Não faz nenhum sentido que o Estado esteja a cobrar adiantado a quem tem problemas em se financiar, quando o Estado não tem nenhuma vantagem nisso, pelo que, na prática, é um incentivo fiscal à importação pelos portos estrangeiros”, considerou.

Não faz nenhum sentido que o Estado esteja a cobrar adiantado a quem tem problemas em se financiar, quando o Estado não tem nenhuma vantagem nisso, pelo que, na prática, é um incentivo fiscal à importação pelos portos estrangeiros.

Fernando Rocha Andrade

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Segundo aquele membro do Governo, com o novo IVA aduaneiro, que será aplicado já em setembro a alguns produtos, as empresas deixam de suportar esse custo, tal como já acontecia quando importassem as mercadorias por portos de outros países da União Europeia.

Fernando Rocha Andrade referiu-se a outras medidas que o Governo avançou para beneficiar as empresas, como o tratamento fiscal mais favorável ao financiamento através de capitais próprios e a descida do imposto sobre o gasóleo no transporte de mercadorias, igualando-o a Espanha.

Segundo o secretário de Estado, essa medida, que representa cerca de menos 150 milhões de receita fiscal, terá um custo, não para o Estado português, mas para Espanha, já que as transportadoras deixam de ter vantagem em abastecer do outro lado da fronteira, logo deixando mais imposto para o Estado português.

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