Depois dos máximos, juros da dívida aliviam

  • Rita Atalaia
  • 9 Fevereiro 2017

Os juros da dívida portuguesa estão em queda, afastando-se dos máximos alcançados nos últimos dias. Uma tendência que é transversal aos outros países da Zona Euro.

Os juros da dívida portuguesa estão em queda. Acompanham a tendência de alívio dos restantes países da Zona Euro, depois de se ter realizado o primeiro leilão de títulos de longo prazo deste ano. As taxas estão a cair perto de quatro pontos base, afastando-se dos máximos alcançados nos últimos dias.

A queda das taxas das obrigações do Tesouro não se verifica apenas em Portugal, mas também na Alemanha, França e Espanha. É, por isso, transversal aos países da Zona Euro. Entre os vários prazos, os juros da dívida portuguesa a dois anos são os únicos que sobem. Mas a tendência geral é de alívio na pressão do mercado.

Os juros a cinco anos registam uma queda de 2,7 pontos base, enquanto as taxas a sete anos aliviam ligeiramente, isto depois do leilão. A descida também se está a observar no prazo a dez anos, com os juros a recuaram 2,2 pontos base para os 4,093%, depois dos máximos de três anos registados no final da semana passada.

Juros da dívida a dez anos aliviam

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

Portugal voltou ao mercado. E voltou a pagar mais para obter um financiamento de 1.180 milhões de euros, aquém do máximo previsto. Depois de ver a taxa disparar na emissão a dez anos no arranque do ano, os juros escalaram no duplo leilão a cinco e sete anos, refletindo o sucessivo agravamento das yields no mercado secundário nos últimos tempos. A taxa no prazo a sete anos chegou aos 3,668%.

Portugal tem estado sob os holofotes dos investidores, mas não pelos melhores motivos. A pressão tem sido provocada pelos receios dos investidores em torno do fim do programa de compras de dívida do Banco Central Europeu, assim como pela indefinição política na Europa, num ano marcado por várias eleições em países como França e Alemanha. Isto além da desconfiança dos investidores em torno da banca.

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Só 11 economias têm nota máxima da Fitch. Sabe quais são?

  • Margarida Peixoto
  • 9 Fevereiro 2017

Desde 2003 que a agência de rating não atribuía tão poucas notas máximas. E este panorama deverá manter-se nos próximos 12 a 24 meses.

A Austrália foi a única economia a ganhar nota máxima na última década.

A Ficth está a olhar para o panorama da economia mundial com máxima cautela. Das mais de 100 economias seguidas pela agência de rating, há apenas 11 que merecem a nota máxima. Este é o valor mais baixo desde 2003, revela a agência num comunicado divulgado esta quinta-feira.

Quais são estas economias estrela? Austrália, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Singapura, Suécia, Suíça e Estados Unidos da América. Estas são as únicas 11 economias, do universo Fitch que merecem o triplo AAA — a melhor nota da escala e que significa que são portos seguros para o investimento em dívida soberana.

A Fitch frisa ainda que este será um panorama que se deverá manter nos próximos 12 a 24 meses. Primeiro, porque nenhuma destas economias tem outlook negativo, o que quer dizer que não se antecipa qualquer descida de rating. Segundo, porque nenhuma das economias que estão classificadas no nível imediatamente abaixo (AA+) tem outlook positivo, o que implica que também não se perspetivam subidas.

O máximo número de notas AAA alguma vez atribuído pela Fitch foram 16, no período entre 2004 e 2009. A Austrália é o único país cuja dívida soberana foi promovida para a nota máxima ao longo da última década. A subida verificou-se em novembro de 2011. Até ao momento, nunca um país que alguma vez tenha perdido a nota máxima foi capaz de recuperá-la, garante a agência de rating.

A Fitch classifica a dívida da República portuguesa — a par da Moody’s e da Standard & Poor’s — como investimento especulativo. Na última avaliação que fez ao país, frisou que o outlook está estável mas chamou a atenção para a importância de estabilizar o sistema financeiro e reduzir o endividamento.

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Exportações têm pior registo em sete anos

O défice da balança comercial situou-se em 10.766 milhões de euros no ano passado, um agravamento de 281 milhões de euros. Além disso, as exportações tiveram o pior crescimento desde 2009.

As exportações de bens aumentaram 0,9% no ano passado, uma desaceleração face ao crescimento de 3,7% que tinha sido registado em 2015. O valor ficou também aquém do das importações, que cresceram 1,2%, o que também corresponde a uma desaceleração face aos 2,2% que tinham crescido em 2015. Os dados foram divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e mostram que este foi o pior crescimento das exportações portuguesas de bens desde 2009, ano em que contraíram 18,4%.

Ao todo, Portugal exportou 50.290 milhões de euros, ou 47.282 milhões sem contar com os combustíveis e lubrificantes (nesse cenário, as exportações teriam crescido 2,4%). Por outro lado, importou 61.055 milhões de euros (sem contar com combustíveis e lubrificantes, as importações teriam crescido 4,8%, para 54.923 milhões).

Feitas as contas, o défice da balança comercial situou-se em 10.766 milhões de euros, um agravamento de 281 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice teria sido de 7.641 milhões, um aumento de 1.405 milhões face a 2015.

Angola cai para 8º destino das exportações

Os principais destinos das exportações portuguesas cresceram todos no ano passado. Espanha mantém-se como o maior, com um crescimento de 5,5% das exportações. Segue-se França, para onde as vendas portuguesas subiram 4,8%.

As exceções continuam a ser Angola e Brasil, ambos com quedas expressivas. As exportações para Angola, atualmente o oitavo destino do comércio internacional português (era o sexto em 2015), derraparam 28,4%. Já o Brasil, para onde as vendas caíram 5,2%, foi ultrapassado pela Polónia e é agora o 13º destino das exportações portuguesas.

Do lado das importações, o maior fornecedor de Portugal volta a ser Espanha, com um aumento de 0,39%. Segue-se a Alemanha, com mais 6,2%.

Bens de consumo puxam pelas exportações

Os “fornecimentos industriais” mantiveram-se como o principal produto exportado por Portugal, ainda que tenham registado uma quebra de 1,2% no ano passado.

A puxar pelas exportações estiveram os bens de consumo, com um crescimento de 6,1%, e os produtos alimentares e bebidas, cujas vendas para o exterior subiram 4,5%.

(Notícia atualizada às 13h27 com mais informações)

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BCP: “Os CoCo’s estão a ser pagos neste momento”

  • Rita Atalaia
  • 9 Fevereiro 2017

Um dos objetivos do aumento de capital do BCP era pagar o que ainda devia ao Estado. Ou seja, os 700 milhões de euros que ainda faltam. Um pagamento que "está a ser feito neste momento", diz o BCP.

O BCP está neste momento a pagar o que ainda devia ao Estado. Dos três mil milhões de euros que foram injetados, ainda faltavam pagar 700 milhões no final do ano passado. Mas essa dívida é hoje saldada. “O BCP está neste momento a pagar os CoCo’s”, diz o CFO do BCP, Miguel Bragança, na sessão comemorativa de entrada em bolsa das ações resultantes do aumento de capital do banco liderado por Nuno Amado.

CFO do BCP, Miguel Bragança. (Paula Nunes / ECO)

“Neste momento estão a ser pagos estes 700 milhões de euros”, diz o CFO do banco português, no dia em que o banco lança mais 14 mil milhões de novas ações no mercado, resultantes do aumento de capital no valor de 1.300 milhões de euros. “A transferência já foi feita e o dinheiro deve estar a chegar”. Este era o montante que o BCP ainda devia ao Estado no final do ano passado. Ao todo, foram três mil milhões de euros que o Estado injetou no banco português. Uma injeção que proporcionou um “retorno de 9%”, refere.

O dia é de comemoração, mas as ações não estão em festa. Os títulos arrancaram a sessão a cair 3,08% para os 14,14 cêntimos, acentuando a tendência negativa para uma queda de cerca de 9% que leva as ações para um novo mínimo histórico nos 13,3 cêntimos. Uma descida que “é normal”. O banco desvaloriza a queda e diz que é apenas uma “tomada de mais-valias”.

Fosun mantém compromisso de alcançar 30%

A Fosun aproveitou o aumento de capital para reforçar a posição no BCP para 23,92%. Apesar do aumento face aos 16,67% que detinha até agora, a atual participação ainda fica abaixo do objetivo do grupo chinês, que passa por ficar a deter 30% do banco português.

Mas este compromisso mantém-se. “A Fosun tinha dois compromissos: dar a ordem de compra de no sentido de aumentar a sua participação para 30% do capital do BCP — que cumpriu — e tinha um compromisso público — não legal mas reputacional — de chegar aos 30%. E esse compromisso mantém-se”, explica o banco.

O outro acionista de referência, a Sonangol, aumentou a participação de 14,87% para 15,24%, numa operação que foi totalmente subscrita e o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta.

Nesta oferta, os acionistas qualificados ficaram com 40% ou 41% e os institucionais com uma percentagem entre os 26% e os 27%. O restante (um terço) ficou nas mãos do retalho.

(Notícia atualizada às 10h43 com mais detalhes sobre a operação)

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Montantes do abono de família já foram atualizados. Veja aqui

Passam a existir quatro escalões de rendimentos, ligados ao Indexante de Apoios Sociais, mais um do que até agora.

Já foi publicada, em Diário da República, a portaria que atualiza os montantes do abono de família para crianças e jovens, do abono de família pré-natal, e respetivas majorações.

“A presente portaria, para além de atualizar o valor das prestações garantidas no âmbito do subsistema de proteção familiar, dá início a um processo de convergência do valor de apoio de que beneficiam as crianças entre os 12 meses e os 36 meses com o montante de apoio que atualmente é atribuído, dentro de cada escalão, às crianças até 12 meses“, refere o documento publicado esta manhã.

Os valores atualizados têm retroativos a janeiro, pode ainda ler-se no documento.

Voltam a existir quatro escalões de rendimentos, ligados ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS), mais um do que até agora. O que conta são os rendimentos anuais do ano anterior àquele em que é feito o pedido de abono. Aqui pode ver quem tem direito ao abono em 2017.

Dependendo do escalão em que se encontram e da idade das crianças, as famílias terão direito aos seguintes abonos:

No caso dos montantes do abono de família pré-natal, só há três escalões:

Também as majorações às famílias monoparentais e famílias numerosas foram atualizadas. No caso das famílias numerosas, as majorações são as seguintes:

Já no caso das famílias monoparentais, o montante mensal da majoração do abono de família corresponde a 35% do abono atribuído normalmente a cada escalão.

O Governo atualizou ainda a bonificação por deficiência, o subsídio mensal vitalício (que passa para 177,64 euros) e o subsídio por assistência de terceira pessoa (que passa a ser de 101,68 euros). Os montantes da bonificação por deficiência são os seguintes:

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Fevereiro 2017

Baterias que (ainda) explodem e recordes nas energias renováveis. Isto e muito mais na revista internacional de hoje.

Enquanto na Europa o espírito verde tem vindo a crescer, do outro lado do Atlântico voltou-se aos combustíveis fósseis. Goldman Sachs está a abandonar Londres, mas a culpa não é do Brexit. Na Coreia a culpa continua a ser das baterias. Estes e outros assuntos marcam a atualidade nacional nesta quinta-feira.

The Guardian

Quase 90% da nova energia gasta na Europa veio de fontes renováveis

A Europa está a tornar-se mais verde. Pela primeira vez, quase 90% da nova energia que foi adicionada à rede elétrica europeia teve origem em fontes de energia renováveis, com mais de metade desta a vir de parques eólicos. Dos 24,5 GW de nova capacidade incluída pela Europa fora no ano passado, 21,1 GW foi renovável.

A Alemanha estabeleceu-se como o país que mais energia eólica produziu, seguida dos Países Baixos, Finlândia, Irlanda e Lituânia.

BBC

Goldman Sachs transfere fundo de investimento de Londres para os Estados Unidos

Os membros da equipa do Goldman Sachs Investment Partners foram convidados a mudarem de país, depois do responsável da equipa se ter despedido. Assim, este fundo de investimento que estava em Londres desde 2008 vai fechar e os oito funcionários que estavam no ativo vão ser transferidos para a sede do banco, em Manhattan.

Apesar da primeira justificação que surge na cabeça de todos ser o Brexit, o banco fez questão de sublinhar que a saída do Reino Unido da União Europeia não foi um fator decisivo. “Esta é uma decisão discreta por razões específicas do GSIP, um fundo de investimento dentro do Goldman Sachs, e não deve ser interpretado como outra coisa.”

Financial Times

Recomeçam os trabalhos no oleoduto Dakota Access

Depois de Trump ter assinado a ordem executiva que levantava as restrições impostas por Obama à construção de dois oleodutos, os trabalhos recomeçaram num deles, o Dakota Access. Segundo a empresa responsável pelas obras, a Energy Transfer Partners, a aprovação final para construir a parte final da infraestrutura foi recebida esta quarta-feira, pelo que não houve tempo a desperdiçar.

Recorde-se que este projeto foi alvo de grandes críticas por parte dos liberais, que afirmavam que a construção deste oleoduto prejudicaria não só o ambiente, mas também a vida da população desta zona, maioritariamente indígena.

Quartz

Facebook contrata executiva da MTV para competir com Netflix e YouTube

A tecnológica de Mark Zuckerberg contratou Mina Lefevre, antiga responsável pela produção de guiões da MTV, para começar uma guerra com as grandes produtoras de conteúdo original. Estará nos planos da empresa começar a criar conteúdo multimédia próprio e de qualidade. Já foi noticiado que estará a ser desenvolvida uma aplicação que permitirá transmitir vídeo da rede social para televisão e que Zuckerberg estaria em negociação com grandes estúdios para fechar contratos de licenciamento.

Reuters

Incêndio na fabrica de baterias da Samsung

Parece que chegou a altura de a coreana Samsung contratar um seguro contra incêndios. Depois do Note 7, cujas baterias explodiam por um defeito de fabrico, e das ações, que também entraram em combustão com o escândalo, foi a vez da fábrica que produz as baterias dos dispositivos Samsung ter pegado fogo.

O “pequeno fogo”, como a empresa o caracterizou, foi rapidamente extinto. Na página oficial do corpo de bombeiros de Tianjin, aldeia onde funciona a Samsung SDI, pode ler-se que a causa do incêndio foi… explosão de baterias de lítio.

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Novas ações empurram BCP para mínimo histórico

Se o BPI está a afundar com o fim da OPA, o BCP está em queda acentuada na estreia das novas ações. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado atingiram já um novo mínimo histórico.

O Banco Comercial Português está a afundar em bolsa. Num dia marcado pela queda acentuada do BPI, após a conclusão da OPA, o banco liderado por Nuno Amado atingiu um novo mínimo histórico no mercado nacional. As ações já estiveram a ser negociadas a apenas 13,3 cêntimos perante a entrada em bolsa de mais de 14 mil milhões de novas ações do aumento de capital.

Os títulos seguem a perder 8,84% para 13,31 cêntimos, mas estiveram já a perder um máximo de 8,9% para tocarem nos 13,3 cêntimos, um novo mínimo histórico, de acordo com os dados da Bloomberg. Este mínimo resulta de três sessões consecutivas de fortes quedas das ações com os investidores a anteciparem a chegada dos novos títulos. Caíram 7% na última sessão, depois de terem afundado quase 10% na anterior.

O BCP fez um aumento de capital de 1.330 milhões de euros. Vendeu mais de 14 mil milhões de novos títulos aos investidores, ações essas que chegaram esta quinta-feira ao mercado. Pelo comportamento apresentado pelos títulos, muitos acionistas que participaram na operação estarão a despejar as ações neste que é o primeiro dia em que as podem transacionar. Já trocaram de mãos 134 milhões de ações nesta sessão.

No aumento de capital, o banco liderado por Nuno Amado contou com a participação dos maiores acionistas. Os acionistas de referência marcaram presença, caso dos recém-chegados chineses da Fosun (que aproveitaram para reforçar para 24%), da Sonangol, do grupo EDP e do fundo BlackRock, o que permitiu ao banco dispensar a tomada firme do sindicato bancário que preparou o aumento de capital.

Com sucesso a operação de reforço de capital, o banco vai conseguir efetuar o reembolso antecipado da ajuda do Estado, no valor de 700 milhões de euros. Ao mesmo tempo, o banco vai cimentar os rácios de capital, de forma a mostrar mais solidez ao mercado numa altura em que o setor financeiro português continua a ser alvo de desconfiança por parte dos investidores.

(Notícia em atualização)

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Ouro em máximo de três meses com tensão política

  • Rita Atalaia
  • 9 Fevereiro 2017

A incerteza regressou ao mercado. Resultado? Os investidores procuram refúgio no ouro, que já está em máximos de três meses.

O otimismo em torno de Donald Trump e das suas promessas eleitorais está a desaparecer. E a incerteza está a regressar à economia e aos mercados financeiros, tendo em conta o calendário político na Europa. Por isso, os investidores estão à procura de refúgio num ativo considerado seguro em períodos de instabilidade: o ouro, que já está em máximo de três meses.

Nestas alturas de forte turbulência nos mercados, os investidores tendem a procurar ativos mais seguros para colocarem o dinheiro. É o caso do ouro, considerado um ativo de refúgio por excelência. O metal precioso está a subir de forma sustentada, negociando em máximos de três meses. Segue a valorizar, nesta sessão, 0,1% para cotar nos 1.242,10 dólares a onça.

Ouro em máximo de três meses

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

A incerteza está a voltar à economia e aos mercados financeiros, com a euforia em torno de Trump a começar realmente a desaparecer. Isto vai continuar a suportar o ouro”, refere Jordan Eliseo, economista-chefe da Australian Bullion, à Bloomberg.

Além de Trump, os mercados estão também a olhar para a Europa, mais propriamente para o calendário eleitoral. Com o populismo a ganhar terreno, aumentam os receios dos investidores que, assim, afastam-se de ativos considerados mais arriscados, como as ações, aumentando a aposta em ativos mais seguros.

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BPI: CaixaBank gastou 645 milhões. Está a perder 100

O banco catalão comprou 568 milhões de títulos por 1,134 euros. A forte queda das ações após a OPA está a gerar uma menos-valia potencial de mais de 100 milhões de euros.

O CaixaBank ofereceu 1,134 euros por cada ação do BPI. Conseguiu comprar mais de 568 milhões de títulos, deixando muito poucas ações no mercado de capitais. Perante a falta de liquidez, e sem a sustentação da OPA, o banco está em forte queda na praça nacional, gerando um menos-valia potencial de mais de 100 milhões de euros com estes títulos à instituição catalã.

O banco espanhol comprou o equivalente a 39% dos direitos do BPI com a venda de posições por parte de Isabel dos Santos, do Grupo Violas e também de muitos pequenos acionistas. A operação que permitiu ao banco liderado por Gonzalo Gortázar ficar com 84,52% do capital, representou um desembolso de 644,52 milhões de euros. Esses mesmos títulos comprados a 1,134 euros estão agora a 0,948 euros.

As ações do BPI chegaram a afundar mais de 19% no primeiro dia de negociação após a conclusão da OPA. Seguem a perder mais de 21,9% para 82 cêntimos, valor que gera uma menos-valia potencial avultada ao banco catalão. Dos 644,52 milhões investidos restam 538 milhões, ou seja, menos 105 milhões.

Esta queda traduz o fim da sustentação dos títulos pela OPA. Não só porque o prazo de aceitação da oferta acabou, mas também porque o banco catalão não conseguiu títulos suficientes para avançar com a aquisição potestativa dos restantes ao mesmo valor. Assim, e sem liquidez, as ações lideram as quedas no índice de referência português, uma “montra” da qual vai sair.

“A Euronext comunica que, na sequência dos resultados alcançados na Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI, e face à informação disponível à data, foi decidida a exclusão das ações do Banco BPI do índice PSI-20, com data efetiva a 10 de fevereiro”, informou a Euronext, dona da bolsa de Lisboa.

Com esta decisão, o principal índice português passa de 18 para 17 cotadas, sendo que um substituto apenas será promovido na revisão anual do índice, que ocorre apenas em março.

 

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Câmara dos Comuns dá aprovação final ao Brexit

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Fevereiro 2017

A casa mais baixa do parlamento aprovou a legislação necessária para o Brexit continue. A decisão passou agora para a mão da Câmara dos Lordes.

A Câmara dos Comuns aprovou esta quarta-feira a legislação necessária para que Theresa May consiga começar o processo de saída da União Europeia. Através de uma votação bastante expressiva e depois de sete horas de debate, a lei foi aprovada com 494 deputados a favor e 122 contra.

À saída, o secretário de estado para a saída da UE, David Davis, afirmou que esta foi uma decisão histórica. “Tem sido um debate sério, saudável, com contribuições dos deputados representantes de todas as partes do Reino Unido, e eu respeito as visões fortes de todos os lados”, completou Davis.

O próximo passo agora fica a cargo da Câmara dos Lordes, que tem duas opções: aprovar também a lei depois de ponderação, passando a para responsabilidade real, ou fazer alterações e enviar a lei de volta para a casa abaixo, a Câmara dos Comuns, para assim continuar o debate e se proceder a uma nova votação.

Está previsto que a administração de May consiga a aprovação do parlamento até ao inicio de março e que despolete imediatamente o processo. Este deverá demorar dois anos.

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Mais de 13 mil alunos à espera de receber bolsa

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2017

As associações do ensino superior pedem soluções e propõem que haja um contrato pelo período de tempo que dura o curso, para evitar que o pedido de bolsa tenha de ser renovado anualmente.

Com o segundo semestre prestes a arrancar, ainda há 13.604 alunos à espera de saber se terão bolsa neste ano letivo, avança o Jornal de Notícias (acesso pago), na edição desta quinta-feira.

O jornal cita dos dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), que mostram que, a 2 de fevereiro, aguardavam por uma decisão final quase oito mil alunos de instituições de Ensino Superior públicas (9,6% das candidaturas) e 5623 de privadas (50,9% dos requerimentos). Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior (MCTES), estes processos estão em “análise, reclamação ou reanálise”.

Neste cenário, as associações do ensino superior exigem mudanças que resolvam esta situação. Entre as soluções apresentadas, citadas pelo JN, uma seria um contrato pelo período de tempo que dura o curso. Atualmente, o pedido para bolsa tem de ser renovado anualmente.

Em 2017, nota ainda o jornal, candidataram-se a bolsa mais de 93.800 estudantes, mais 3.700 do que em 2015.

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Schäuble: Corte da dívida grega viola lei europeia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Fevereiro 2017

Para o ministro alemão, um alívio da dívida não é uma opção devido às leis europeias. Se o país quer cortes, tem de sair da Zona Euro.

Para Wolfang Schaeuble, ministro das finanças alemão, a possibilidade de aliviar a dívida grega está fora de questão, visto que viola leis europeias. Para tal ser possível, o país teria de abandonar a zona euro. O comentário é avançado pela Bloomberg, e vem no seguimento das declarações do Fundo Monetário Internacional acerca da necessidade de medidas de alívio adicionais.

O ministro alemão afirmou também que a Grécia vai ser capaz de completar o programa de resgate financeiro se forem cumpridas todas as condições impostas pelos credores. Estes, por sua vez, não podem deixar de pressionar Atenas. “A pressão para que a Grécia desenvolva reformas tem de ser mantida para que se torne competitiva, senão não pode continuar na Zona Euro.”

Também Jeroen Djesselbloem teve uma palavra a dizer sobre este assunto, garantindo que os Países Baixos não iriam participar no resgate grego se o FMI retirar o seu apoio, visto que o programa não seria mais viável.

Os juros da dívida grega a dois anos estão esta quinta-feira nos 9,444%, tendo superado a fasquia dos 10% nesta quarta-feira, dia das declarações do FMI.

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