Depósitos sobem, mas portugueses preferem o Estado

Em 2016, o saldo dos depósitos engordou em mais de dois mil milhões, mas representa apenas 30% do valor angariado pelos produtos do Estado. No banco, quase um terço do dinheiro está à ordem.

Em 2016, o montante aplicado em depósitos voltou a crescer, mas a um ritmo mais lento, com os portugueses a preferirem colocar as suas poupanças nos produtos do Estado. No final do ano, as famílias tinham um total de 142.222 milhões de euros em depósitos a prazo e à ordem, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central Europeu (BCE). Ou seja, mais 2.048 milhões face aos 140.174 milhões que estavam depositados no final de 2015. O valor aplicado em depósitos representa apenas 30%, em comparação com os 6.934 milhões de euros que os aforradores colocaram nos produtos de poupança do Estado, no ano passado.

Evolução dos depósitos em 2016

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Fonte: BCE (valores em milhões de euros)

O montante que entrou nos depósitos, em 2016, representa menos de metade face aos 5.554 mil milhões de euros captados no ano anterior. Esta quebra reflete a busca das famílias por retorno, numa altura em que as taxas de juro oferecidas pelos bancos nos novos depósitos a prazo — tradicionalmente o produto de poupança preferido dos portugueses — se encontram em mínimos históricos. Os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, relativos a novembro do ano passado, indicam que os bancos ofereceram uma taxa de juro média de 0,34% pelas novas aplicações em depósitos a prazo. Trata-se do valor mais baixo, pelo menos desde 2000.

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Muitos portugueses preferiam assim direcionar as suas poupanças para os produtos do Estado, onde conseguem captar rentabilidades superiores. Em 2016, o Estado conseguiu captar quase sete mil milhões de euros em produtos financeiros colocados junto do retalho, contando com um grande empurrão das novas obrigações do Tesouro de rendimento variável (OTRV). Só com este produto, o Estado conseguiu mais 3.450 milhões de euros através das três operações lançadas durante o último ano, apoiado pela oferta de remunerações bastante superiores às oferecidas pelos bancos.

Comparação dos montantes aplicados em 2016

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Fonte: BCE (valores em milhões de euros)

A outra metade do dinheiro foi canalizada para os certificados, com os certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) a captarem a maior parte dos valores investidos. Em 2016, os portugueses aplicaram 3.355 milhões de euros em CTPM, procurando tirar partido da oferta de juros também acima da banca. No primeiro ano, este produto oferece uma taxa de juro bruta de 1,25%, sendo que quem esperar pela maturidade do produto (cinco anos) pode atingir uma remuneração média de 2,25%, em termos brutos. Bem acima dos da taxa dos depósitos a prazo.

A tendência de quebra das remunerações dos depósitos a prazo acompanha o rumo descendente das Euribor, que se mantêm em valores negativos. Mas esta também decorre do desinteresse dos bancos em captar recursos, num altura em que reequilibraram os seus rácios e em que o Banco Central Europeu cede liquidez ilimitada. Tendo em conta essa realidade, a prioridade dos bancos passa agora por maximizar os seus proveitos pela via das comissões e do crédito.

No banco, mas à ordem

A remuneração oferecida nos depósitos a prazo é de tal forma baixa que os aforradores preferem ter o dinheiro disponível na conta à ordem. Em 2016, os valores à ordem ascendiam a 43.302 milhões de euros, o que representa o valor mais elevado de sempre, tendo em conta um histórico que remonta ao início de 2003. Já os montantes aplicados em depósitos a prazo, ascendiam na mesma altura a 98.657 milhões de euros, o valor mais baixo desde agosto de 2011.

Esta distribuição leva a que quase um terço dos depósitos detidos pelos portugueses no final de 2016, estivessem à ordem. Mais em concreto 30,5%, o que representa um novo máximo histórico face ao último recorde atingido em julho do ano passado. Algo que é fácil de explicar numa altura em que há bancos que oferecem uma taxa de juro de 0% nos depósitos a prazo. É o que acontece, por exemplo, com todos os depósitos a prazo do BPI. Já a CGD vai passar também a não remunerar este tipo de aplicações já a partir de março. Uma decisão que acontece depois de o banco público ter sido aquele que mais cortou na remuneração dos depósitos a prazo no último ano.

E todos os sinais apontam para que a tendência de juros baixos se mantenha durante alguns anos. Ou pelo menos enquanto a entidade liderada por Mário Draghi não inverter o rumo à política de juros historicamente baixos. Os futuros para a Euribor a 3 meses, colocam os juros em terreno negativo até março e 2019. Só a partir dessa altura o indexante deverá assumir valores cada vez mais positivos, mas com um movimento de subida muito gradual, e pouco vantajoso para quem aprecia colocar o seu dinheiro a render em depósitos a prazo.

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Patrões aceitam descida do PEC. UGT só assina adenda se CGTP assinar acordo inicial

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2017

A UGT apoia a descida do Pagamento Especial por Conta, mas só assina adenda ao acordo se a CGTP assinar o acordo inicial. Já a CIP considera que esta é uma alternativa aceitável.

A UGT apoia a alternativa do Governo ao chumbo da TSU, que prevê a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC), mas avisa que não assinará a adenda ao acordo de concertação social se a CGTP não assinar o acordo inicial.

A CGTP manifestou na quinta-feira a intenção de participar na discussão da adenda ao acordo de concertação social, relativa à redução do PEC, que considera positiva, mas não pretende aderir ao acordo por rejeitar parte do seu conteúdo.

Já esta sexta-feira, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse em conferência de imprensa, em Lisboa, que a UGT “está satisfeita” com a proposta alternativa do Governo, mas avisou: “Estamos sempre sentados à mesa [das negociações], mas não vamos discutir o aditamento se a CGTP não assinar o acordo de concertação social”.

Questionado sobre a possibilidade de a CGTP entrar na negociação da adenda sem assinar o acordo de concertação social, Carlos Silva reforçou a posição: “Não estaremos [na mesa das negociações], nem assinaremos qualquer aditamento”.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou uma redução de 100 euros no PEC para todas as empresas sujeitas ao seu pagamento já a partir de março e até 1 de janeiro de 2019, e uma redução adicional de 12,5% do remanescente da coleta paga por cada empresa.

O Governo aprovou na quinta-feira em Conselho de Ministros a redução progressiva do PEC para as Pequenas e Médias Empresas (PME), um dia depois do chumbo da redução da Taxa Social Única (TSU) no Parlamento.

Na quarta-feira, o PSD, o Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV revogaram no Parlamento o decreto do Governo que previa uma descida temporária da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais como compensação pelo aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros em 2017.

Redução do PEC é alternativa aceitável para a CIP

Já o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, disse que a redução do Pagamento Especial por Conta é uma alternativa aceitável, uma vez que corresponde a um valor semelhante à descida da Taxa Social Única.

Para nós o importante era alcançar uma contrapartida ao aumento extraordinário do salário mínimo. Inicialmente poucos estavam de acordo na necessidade de ter que arranjar uma alternativa, a não ser o Governo, praticamente. Constato agora com agrado que todos concordam que tinha que ser encontrada uma alternativa”, disse António Saraiva à Lusa.

“O PEC atinge uma tipologia diferente de empresas, muitas são comuns, mas é uma proposta de valor equivalente, na ordem dos 40 milhões de euros, e isso é que é importante registar”, acrescentou.

António Saraiva destaca, por isso, que na conclusão deste processo é necessário destacar que passou a ser unânime a necessidade de ser encontrada uma alternativa ao aumento do salário mínimo para os 557 euros.

“Vemos que tudo acabou minimamente bem e com a constatação, que nos agrada de sobremaneira, de todas as forças políticas, sindicais e Governo considerarem que de facto era necessário uma alternativa e ela foi arranjada”, disse.

 

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EUA: Crescimento abranda com o comércio como travão

  • ECO
  • 27 Janeiro 2017

O comércio internacional foi o maior peso na economia norte-americana em 2016, com o ano a fechar em tendência de abrandamento.

O crescimento económico dos Estados Unidos abrandou no último trimestre de 2016, nos últimos meses do mandato de Barack Obama, com o PIB a crescer 1,9% comparativamente com os 3,5% registados no trimestre anterior, segundo dados revelados esta sexta-feira pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos. O principal travão? Foi o comércio internacional, cujo défice se agravou após um grande sucesso com a exportação de soja no terceiro trimestre.

O crescimento ficou aquém de já modestas expectativas — a Bloomberg, por exemplo, previa que descesse para os 2,2% quando na verdade caiu até aos 1,9%. Assim, a média do ano de 2016 fica também nos 1,9%. A maior força a segurar o PIB foi a despesa das famílias, que se manteve alta e reforçou a sua importância para o crescimento da maior economia do mundo.

“A economia continua a arrastar-se pela faixa lenta”, disse à Bloomberg o economista da PNC Financial Services, Stuart Hoffman. “As despesas dos consumidores foram bastante sólidas. Estamos num ponto de viragem para o investimento empresarial. Com base na economia e nas polícias que esperamos ver, o crescimento deverá acelerar este ano”.

As exportações caíram 1,7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, em parte devido a uma aceleração inesperada no período do verão por elevada procura de soja, o que ajudou a empurrar os números nesse período.

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Centeno espera “decisão positiva” de Bruxelas sobre encerramento de défice excessivo

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2017

Mário Centeno esteve com o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, no âmbito da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia que decorreu esta sexta-feira.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, espera uma “decisão positiva” sobre o encerramento, pela Comissão Europeia, do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), um dos temas da reunião que teve com o comissário Pierre Moscovici.

“Portugal tem, neste momento, condições para que as decisões futuras sobre Procedimento por Défices Excessivos sejam positivas”, disse Centeno aos jornalistas à saída do encontro, sublinhando ter sido “nessa base e nesse tom” que decorreu a conversa com o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros.

“Temos de trabalhar e o esforço que temos feito, em todos os processos que tivemos com a Comissão Europeia e com as instituições, foi muito determinado no sentido de ter um resultado positivo, tivemos sucesso em todos eles ao longo de 2016. Este é mais um passo importante, criámos todas as condições, do ponto de vista das contas públicas, para que isso aconteça e vamos bater-nos nesse sentido”, acrescentou Centeno, que participou esta sexta-feira na reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin).

O encerramento formal do PDE permitirá que os mercados adotem uma posição diferente sobre Portugal, sublinhou, acrescentando que “a situação de liquidez e da nossa capacidade de financiamento em 2016 não está posta em causa”.

Ainda sobre a reunião com Moscovici, o ministro referiu que deu ao comissário “informação detalhada sobre a economia portuguesa e a projeção do ano 2017”.

Para a Comissão Europeia propor o encerramento do PDE a Portugal, tem de concluir que o défice excessivo foi corrigido de forma duradoura e sustentável, o que pressupõe que o défice seja inferior a 3% do Produto Interno Bruto até 2017, o que só se concluirá nas previsões económicas da primavera, altura em que o Eurostat já deverá ter confirmado o valor final do défice de 2015.

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Receitas dos call centers deverão atingir 540 milhões de euros

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2017

A atividade dos call centers em Portugal deverá ter subido 2% em 2016, face ao ano anterior, para os 540 milhões de euros. Setor beneficiou das melhorias na conjuntura económica.

A atividade dos call centers em Portugal deverá ter subido 2% em 2016, face ao ano anterior, para os 540 milhões de euros, mantendo a tendência crescente dos anos anteriores, revela um estudo hoje publicado pela Informa D&B.

“Neste contexto, é de esperar que as receitas resultantes da gestão dos centros de atendimento telefónico atinjam os 540 milhões de euros em 2016, o que representa cerca de 2% mais do que em 2015”, refere o estudo ‘Setores Portugal Call Centers’.

De acordo com os autores do estudo, o crescimento da atividade económica, juntamente com a crescente externalização do serviço, permitiram que o crescimento da faturação no setor se mantivesse em 2015 e 2016. As cinco principais empresas do setor detêm uma quota de mercado conjunta superior a 70%, conclui.

Segundo o estudo, a procura pelo setor dos call centers beneficiou da melhoria da conjuntura económica, num contexto de comportamento positivo tanto do consumo privado como do investimento das empresas, juntamente com o aumento progressivo da externalização da gestão dos centros de atendimento telefónico por parte das empresas e organismos públicos portugueses.

No entanto, verifica-se um menor dinamismo do negócio comparativamente a anos anteriores, em que se registaram taxas de variação de dois dígitos. Em 2015, a faturação setorial ascendeu a 530 milhões de euros, o que representa um crescimento de 3,5% face ao ano anterior, enquanto em 2016 é expectável um valor de 540 milhões, mais 1,9%.

A faturação por serviços de atendimento telefónico ascendeu a 347 milhões de euros em 2015, representando dois terços da faturação total, enquanto o negócio de emissão de chamadas telefónicas representou 20%, correspondendo o restante a outros serviços, os quais tendem a ganhar quota de mercado.

O setor é constituído por cerca de 35 operadores “com atividade significativa”, sendo de salientar “o alto grau de concentração da oferta num reduzido número de operadores pertencentes a grupos de telecomunicações e de gestão de recursos humanos, bem como a multinacionais especializadas”.

A curto e médio prazo, de acordo com a Informa D&B, é expectável “a captação de novos clientes situados no estrangeiro, graças às boas infraestruturas instaladas em Portugal e à existência de mão-de-obra qualificada a custos mais baixos do que outros países da Europa”.

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Wall Street abre só com Dow Jones no verde

  • Ana Luísa Alves
  • 27 Janeiro 2017

Depois de ontem o índice industrial ter atingido um novo máximo histórico, o principal índice norte-americano, o S&P 500 abriu a sessão desta sexta-feira com uma ligeira queda.

Razões para celebrar parecem não terminar na bolsa norte-americana. Dow Jones passou a fasquia dos 20 mil pontos esta quarta-feira, mas ontem passou os 20.100 pontos. Esta sexta-feira o índice industrial sobe no início da sessão.

O principal índice de referência norte-americano, o S&P 500, abriu a última sessão da semana no vermelho, com uma desvalorização ligeira de 0,04% para os 2.295,66 pontos. O índice Dow Jones sobe 0,05% 20.220,26 pontos.

Embora se esperem apresentações de resultados de algumas cotadas do índice tecnológico, o Nasdaq também abriu a cair 0,06% para os 5.652,31 pontos.

Esta semana tem sido marcada pelas primeiras ordens executivas de Donald Trump, o novo Presidente dos EUA, mas não só. Várias das cotadas estão a divulgar os seus resultados financeiros, sobretudo alguns dos mais importantes bancos norte-americanos, como a Goldman Sachs.

A decisão de Trump relativa à construção de um muro na fronteira com o México levou ao cancelamento da viagem de Peña Nieto, primeiro-ministro mexicano, até aos Estados Unidos. Já Theresa May, primeira-ministra a britânica tem viagem marcada e vai encontrar-se esta sexta-feira com o Presidente dos EUA.

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Uber e motoristas acertam agulhas. Seguem-se os partidos

A associação de parceiros da Uber reuniu-se com a empresa esta quinta-feira, sabe o ECO. Próxima reunião é com o Bloco de Esquerda.

Esta quinta-feira, a Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transportes (ANPPAT) reuniu pela primeira vez com a Uber Portugal. A informação foi confirmada ao ECO pela empresa e por João Pica, presidente desta associação que reúne parceiros da Uber e da Cabify.

“O Rui Bento considera que o nosso mercado ainda não está 50% explorado sequer”, avançou ao ECO João Pica. Na reunião terá estado ainda presente Nuno Rodrigues, gestor de operações da empresa de transporte privado. “No fundo, foi um cartão-de-visita da associação para eles e também deles para nós”, acrescentou o presidente da associação.

Segundo João Pica, os responsáveis da Uber mostraram-se “preocupados” devido à falta de legislação que regule a atividade: “Estão à espera que a legislação saia, porque consideram que não podem tomar algumas iniciativas que gostariam de tomar sem estar tudo devidamente regulamentado”, revelou o líder da ANPPAT. Tanto Rui Bento como João Pica concordaram num aspeto: “Está tudo nas mãos dos deputados”, indicou o presidente. Tem de sair uma lei, seja ela “boa” ou “má” — será “a lei possível”, frisou.

Ao ECO, fonte oficial da Uber Portugal disse: “Para garantirmos que a plataforma da Uber corresponde às expectativas da nossa comunidade de parceiros e motoristas, que veem em nós importantes oportunidades económicas, é fundamental ouvi-los. Foi com esse espírito que reunimos com a ANPPAT. Continuaremos determinados em tornar a plataforma da Uber cada vez melhor para quem partilha esta viagem connosco atrás do volante, e procuraremos apoiar os motoristas numa transição para um quadro regulatório moderno e inclusivo de novas tecnologias que esperamos ver entrar brevemente em vigor.”

Associação já reporta diretamente à Uber

A reunião entre a Uber e a ANPPAT serviu ainda para abrir vias de comunicação. Mais propriamente um “canal aberto” que permitirá à associação de parceiros reportar diretamente aos responsáveis da Uber, sem ser pelo sistema de tickets atualmente em vigor. Como explicou João Pica ao ECO, “criámos um canal onde problemas que não sejam de simples logística operacional do dia a dia, problemas um pouco maiores, os parceiros passam para nós e nós reportamos diretamente [à Uber]”. Segundo o presidente da ANPPAT, será “um canal muito direto, com respostas muito diretas também”. Era algo que “não havia até à data”, indicou.

De resto, João Pica indicou que a Uber está disponível para “rever algumas coisas”. Mais propriamente no que toca a “queixas que os parceiros fazem, nomeadamente a questão das viagens no vazio”. Recorde-se que a Uber continua na expectativa da aprovação de legislação que regule o setor dos transportes angariados com recurso a plataformas eletrónicas. Há duas semanas, a Uber suspendeu a inscrição de novos automóveis na plataforma, salvo algumas exceções, avançou o ECO em primeira mão. A empresa, liderada por Rui Bento, já terá reunido com a ANA – Aeroportos de Portugal, mas a falta de regulamentação acaba por impedir que as instituições avancem com medidas concretas.

Parceiros vão ao Parlamento

Como o ECO avançou em primeira mão na semana passada, a ANPPAT tem já reuniões marcadas com os grupos parlamentares do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Comunista Português (PCP). A primeira acontece já esta sexta-feira à tarde, pelas 15h30, onde os parceiros têm encontro marcado com o deputado bloquista Heitor de Sousa, confirmou o ECO. Depois, a 31 de janeiro, a associação regressará ao Parlamento para reunir com o deputado comunista Bruno Dias.

Questionado pelo ECO sobre o teor da reunião, Bruno Dias disse que foi um encontro pedido pelos parceiros e que “não é correto estar a falar em nome de outra instituição”. “Confirmo que vamos ter a reunião e que vamos falar, com certeza”, frisou o deputado. Haverá abertura para rever alguma posição? “Nós temos sempre abertura para ouvir e para receber questões que nos queiram colocar, seja de que instituição for. E, por isso, decidimos aceder ao pedido de audiência que essa associação nos dirigiu”, concluiu.

Quanto à reunião desta sexta-feira, com o BE, o deputado Heitor de Sousa disse ao ECO que crê que “vai ser uma normal troca de opiniões entre uma associação que quer apresentar as suas motivações e principais preocupações”. Ainda assim, a posição do partido é clara: “A Uber é uma empresa que se acha acima da lei, que não paga impostos em Portugal, não paga contribuições à Segurança Social [e] vende serviços pelos quais não fatura às empresas. Portanto, há aqui um conjunto de ilegalidades que são absolutamente inaceitáveis”, indicou.

Entretanto, da parte dos parceiros, já foram pedidas reuniões a outros grupos parlamentares, entre eles o do PSD, e à própria Cabify. Por agendar está também uma reunião com o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP). Em causa, as coimas que estão a ser aplicadas aos motoristas ao serviço das plataformas eletrónicas, com base numa lei proposta pelo PCP e aprovada em novembro, que ilegaliza a Uber e a Cabify aos olhos das autoridades, como o ECO avançou com base num parecer interno da PSP.

João Pica garantiu ao ECO que o valor total das coimas já supera os 300 mil euros, havendo registo de pelo menos 131 motoristas autuados, como avançou o jornal Correio da Manhã no início da semana. As verbas obtidas com estas coimas revertem a favor do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

Procuraremos apoiar os motoristas numa transição para um quadro regulatório moderno e inclusivo de novas tecnologias.

Fonte oficial da Uber Portugal

Em que ponto estamos?

Atualmente, o ponto é este: o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma proposta de lei para regular a atividade das plataformas como a Uber e da Cabify. O documento já chegou ao Parlamento e a discussão deverá arrancar em breve. Ao ECO, os responsáveis das duas principais instituições do setor do táxi mostraram reservas face ao documento e traçaram como linha vermelha a contingentação dos veículos das plataformas.

Esta semana, o jornal Observador avançou que o PCP e o BE deverão votar contra a proposta de lei do Governo, deixando nas mãos do PSD a aprovação ou chumbo da regulamentação. O BE deverá apresentar uma proposta alternativa e, ao que o ECO pôde apurar, a bancada social-democrata ainda não tomou uma decisão acerca do tema. Fonte social-democrata confidenciou que “decidimos que só tomaremos uma posição final sobre o tema na véspera ou no dia do debate em plenário”. Outra fonte da mesma cor política referiu que “ainda não vamos fechar posição por agora”. O PSD quer “trabalhar o diploma com calma e tomar posição [depois]”.

De momento, é mesmo a alteração à lei — aprovada em novembro — que está a criar constrangimentos aos parceiros da Uber e da Cabify, que enfrentam coimas que podem chegar aos 15 mil euros. É com base nessa alteração à lei que a PSP tem vindo a autuar os motoristas ao serviço destas plataformas. Do lado dos taxistas e segundo o Observador, o Ministério da Administração Interna deverá reunir com a Federação Portuguesa do Táxi esta sexta-feira, a pedido desta última. De recordar que os taxistas têm vindo a apontar o dedo à Uber e à Cabify, queixando-se de concorrência desleal.

Atualizado às 15h21 com declarações do deputado Heitor de Sousa, do Bloco de Esquerda. Última atualização às 15h50, com informação de que os taxistas também vão reunir com o Governo esta sexta-feira.

Correção: Numa versão prévia, o ECO indicou que Rui Bento disse na reunião que 50% do mercado português ainda está por explorar. O artigo foi alterado para tornar explícito que essa informação foi avançada por João Pica, que citava uma frase que Rui Bento terá dito durante a reunião.

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PS e direita “chumbam” mais dias de férias

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2017

As bancadas de PS, PSD e CDS-PP rejeitaram na Assembleia da República os seis projetos de lei de BE, PCP e PAN para repor os 25 dias de férias e majoração das mesmas na Função Pública.

As bancadas de PS, PSD e CDS-PP rejeitaram hoje na Assembleia da República os seis projetos de lei de BE, PCP e PAN para repor os 25 dias de férias e majoração das mesmas na Função Pública.

BE, PCP, PEV e PAN votaram a favor das iniciativas e o deputado socialista Rui Riso anunciou que o seu grupo parlamentar iria entregar uma declaração de voto sobre o assunto.

Na quinta-feira, durante o debate em plenário dos diplomas, Rui Riso tinha afirmado que o seu partido está de acordo com o princípio de mais dias de férias, mas que eventuais alterações à legislação laboral têm de ser feitas com consulta à concertação social, no caso do setor privado, e em negociações entre Governo e sindicatos para a Função Pública.

As iniciativas de PCP e BE iam no sentido de reverter o regime de férias na Função Pública e no Código Geral do Trabalho, ambos alterados durante a vigência do memorando de entendimento para o Programa de Assistência Económico-Financeiro com a “troika” (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), que reduziu os dias de férias a 22 úteis.

Na Administração Pública estão ainda em causa as majorações em função da idade, que vigoraram até 2014: 26 dias de férias entre os 39 e os 49 anos, 27 dias até o trabalhador completar 59 anos e 28 dias a partir dos 59 anos de idade, bem como mais um dia útil de férias por cada dez anos de serviço efetivamente prestado.

Os projetos de lei do PAN defendiam o reconhecimento do direito a 25 dias úteis de férias, tanto no setor público como no privado.

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Precariedade: relatório e medidas chegam na próxima semana

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 27 Janeiro 2017

PCP levou ao debate quinzenal questões em torno da precariedade e dos atrasos nos CTT, que põem em causa o pagamento atempado de pensões.

O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira que o relatório e as medidas destinadas a combater a precariedade no Estado serão tornados públicos na próxima semana.

“Nós, na próxima semana, vamos ter concluído e será público o relatório que foi feito, mas também o conjunto de medidas” para “responder a este flagelo”, revelou António Costa no debate quinzenal, respondendo a uma questão levantada por Jerónimo de Sousa, do PCP.

“O Estado tem de ser exemplar”, indicou ainda primeiro-ministro, salientando que já foram dados alguns passos nesse sentido no que diz respeito a medidas ativas de emprego e ao emprego científico.

Também na área da docência, há já a garantia “de que haverá uma integração imediata de 3.000 docentes que estão em situação de precariedade” e, em setembro, serão abertos concursos “que permitirão a integração de mais 2.000 docentes”, referiu ainda António Costa.

Atrasos dos CTT: Governo espera que ANACOM “aja em conformidade”

O PCP também confrontou o Governo com atrasos nos CTT, que põem em causa o recebimento atempado de pensões através de vale postal. O primeiro-ministro diz que ainda há 21% de pensionistas que recebem a suas reformas por esta via. “Qualquer atraso é absolutamente inaceitável”, salientou, frisando, porém, que a responsabilidade não é da Segurança Social.

António Costa afirmou que o Ministério do Trabalho já se reuniu com os CTT e “os CTT comprometeram-se a assumir medidas”. “E tenho esperança que a ANACOM, que já confirmou a existência destes atrasos e destas reclamações, aja em conformidade” para “que de uma vez por todas isto não volte a acontecer”, rematou.

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EDP vai ao aumento de capital do BCP

O fundo de pensões da EDP vai ao aumento de capital do BCP para manter a posição de 2,56%.

O fundo de pensões da EDP vai acompanhar o aumento de capital do BCP de 1,33 mil milhões de euros para poder manter a posição de acionista qualificado.

Num cenário de entrada dos chineses da Fosun e de uma autorização de a Sonangol reforçar a sua posição também para 30%, a EDP não quer ficar para trás e deixar de ser um acionista qualificado e por isso vai acompanhar o aumento de capital, avançou o Jornal Económico e confirmada pelo ECO.

O reforço vai implicar um investimento de 31,82 milhões de euros, porque vai comprar as ações a 9,4 cêntimos.

Recorde-se que a EDP já tinha, no final do ano passado, uma posição ligeiramente superior no BCP, que hoje é de 2,56%. Isto porque, o fundo de pensões da EDP detinha 0,78% do capital do banco liderado por Nuno Amado, enquanto a EDP Imobiliária tinha 1,84% — uma posição total de 2,62%. No entanto, em dezembro do ano passado, a posição foi totalmente transferida para o fundo de pensões.

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Fonte: Millennium BCP

A operação de reforço do capital do BCP de 1,3 mil milhões de euros, termina a 2 de fevereiro. Esta operação para além de permitir o fim do pagamento ao Tesouro da totalidade do financiamento que chegou a três mil milhões de euros, em 2012, vai permitir que os chineses da Fosun reforcem a sua presença dos atuais 16,7% para até 30%.

No final da operação, a petrolífera estatal angolana, Sonangol, que detém 17,84% do BCP irá manter-se como acionista de referência, tal como já avançou o Público e o Expresso, terá de investir cerca de 238 milhões de euros. Mas este valor subirá se os angolanos optarem por subir a sua presença para uma percentagem superior a 20% do capital, um passo para o qual já têm autorização.

A InterOceânico, outro dos acionistas qualificados do banco também deverão acompanhar o aumento de capital do BCP, avançou o Jornal de Negócios.

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Estas são as notas mais falsificadas em Portugal

  • Leonor Rodrigues
  • 27 Janeiro 2017

O Banco de Portugal apreendeu mais de sete mil notas contrafeitas em 2016, o equivalente a cerca de 295 mil euros em notas falsas. Veja na fotogaleria quais são as mais falsificadas.

O número de notas falsas detetadas pelo Banco de Portugal caiu para mínimo de 14 anos. De acordo com os dados da instituição, foram retiradas da circulação no ano passado menos 9,7% notas contrafeitas do que em 2015.

O número de falsificações continua a ser muito reduzido em Portugal, em comparação com o total de notas em circulação. No ano passado, o Banco de Portugal apreendeu um total de 7.757 notas, o valor mais baixo desde 2002, ano em que foram retiradas do mercado 4.733 notas.

A nota de 20 euros continua no topo das preferências dos falsificadores portugueses, representando cerca de 50% (3.876), isto é, mais de 77,5 mil euros em notas falsas. No quadro europeu, a nota mais contrafeita é a de 50 euros.

Já a nota menos contrafeita no panorama nacional é a de 500 euros — muito por ser um valor elevado e que facilmente levanta suspeitas. No entanto, é o único valor que tem crescido: em 2015 foram retiradas de circulação 44 notas de 500 euros falsificadas e, no ano passado, o número aumentou para 50.

Feitas as contas, o Banco de Portugal conseguiu apreender em 2016 mais de 295 mil euros em notas contrafeitas.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Tesco compra britânica Booker por 4,6 mil milhões

  • Marta Santos Silva
  • 27 Janeiro 2017

A empresa de supermercados Tesco vai comprar a grossista Booker por 4,6 mil milhões - o maior negócio de sempre da Tesco - passando a controlar 30% do mercado da alimentação de conveniência britânico.

A empresa de hipermercados Tesco vai comprar a Booker, uma grossista e operadora de lojas de conveniência, num negócio de 3,7 mil milhões de libras, o equivalente a 4,6 mil milhões de dólares. É o maior negócio de sempre da Tesco, que subiu 8% em bolsa após ter tornado a aquisição pública.

Não é certo que o negócio possa ir para a frente, visto que o regulador britânico da concorrência, a CMA, terá de aprovar uma compra que dá à Tesco controlo sobre 30% do mercado britânico da alimentação de conveniência, ao juntar as suas cadeias de supermercados às lojas detidas pela Booker. “Não é de todo claro que a CMA permita que as coisas se processem sem ver atentamente qual a sobreposição”, disse à Bloomberg o analista independente Nick Bubb.

A Booker subiu 13% na bolsa após o anúncio, chegando a valores recordes, enquanto a Tesco subiu 8%. A aquisição é vista como um sucesso para a Tesco, que vai ter “mais poder de negociação com os fornecedores e uma fatia enorme do mercado do retalho de conveniência”, afirmou Bryan Roberts, analista da TCC Global, citado pela Bloomberg.

O CEO da Booker, Charles Wilson, passa para o quadro administrativo da Tesco, que espera gerar sinergias anuais de pelo menos 200 milhões de libras dentro de três anos da transação.

O BNP Paribas não vê a aquisição como positiva, tendo emitido uma nota na qual os analistas do banco exprimiram as suas reservas: “Estrategicamente, questionaríamos a aquisição visto que as combinações no retalho da alimentação nunca parecem funcionar quando a integração é mais do que superficial”, escreveram.

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