ABB compra unidade industrial da GE por 2,6 mil milhões de dólares

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

O grupo ABB vai expandir-se em território norte-americano e comprar a unidade de soluções industriais da General Electric por 2,6 mil milhões de dólares. Espera-se um lucro de 200 milhões de dólares.

O grupo suíço ABB vai comprar a unidade de soluções industriais da General Electric – GE Industrial Solutions, por 2,6 mil milhões de dólares (2,18 mil milhões de euros). Uma compra que vai reforçar a posição da empresa nos Estados Unidos, o seu maior mercado.

Em dezembro do ano passado, a General Electric deu início a um processo de licitação para a venda da unidade de soluções industriais e, na passada sexta-feira, a Bloomberg avançou a notícia de que as duas empresas estariam próximas de chegar a um acordo.

Estima-se que esta compra vá gerar um lucro de 200 milhões de dólares anuais (168 milhões de euros), segundo um comunicado enviado pela empresa esta segunda-feira.

Esta aquisição vai permitir ao grupo ABB manter a sua posição de número dois no setor elétrico e, sobretudo, aumentar o acesso aos mercados norte-americanos, disse Ulrich Spiesshofer, diretor executivo.

"Juntamente com o relacionamento de fornecimento estratégico de longo prazo com a GE, esta transação cria um valor significativo para os nossos acionistas.”

Ulrich Spiesshofer

Diretor Executivo

O grupo prevê concluir a compra da GE Industrial Solutions na primeira metade de 2018 e espera sinergias anuais nos custos à volta dos 200 milhões de dólares (168 milhões de euros) no quinto ano.

“Esta combinação (de negócios) junta duas empresas globais que se complementam nas áreas da proteção elétrica e na distribuição de ativos”, adiantou o CEO da General Electric, John Flannery.

A GE Industrial Solutions está presente em mais de cem países e conta com mais de 13 mil empregados. Em 2016 a empresa faturou aproximadamente 2,7 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros).

Desde 2010 o grupo ABB lucrou cerca de 11 mil milhões de dólares (9,2 mil milhões de euros) no mercado norte-americano e prevê que esse valor aumente com a compra da unidade da GE.

Esta segunda-feira as ações do grupo ABB valorizavam 0,5% para os 20,76 francos suíços (2,38 euros).

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Lisboa disponibiliza hoje site para registo de precários

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

A Câmara já fez um levantamento inicial em meados deste ano, tendo chegado à conclusão de que tem 387 contratos de prestação de serviço.

A Câmara de Lisboa disponibiliza a partir desta segunda-feira e durante 30 dias uma plataforma ‘online’ para eventuais trabalhadores precários do município se registarem, visando a sua futura integração quando forem definidas as regras para as autarquias.

“Aprovámos em Câmara [no final de junho passado] fazer um processo de levantamento da outra parte e, por isso, disponibilizamos esta ferramenta para as pessoas dizerem que acham que são precárias”, disse à agência Lusa o vereador das Finanças do município, João Paulo Saraiva.

O autarca explicou que a plataforma só surgiu agora porque “houve um processo de consulta com os sindicatos para validar o inquérito”, que será realizado tanto através do ‘site’, como em papel, através de um formulário disponível nos espaços de atendimento municipal.

Ali são feitas questões relativas à identificação e às funções exercidas pelos funcionários, nomeadamente sobre o tipo de vínculo, a unidade orgânica a que pertencem e a data de início de atividade na autarquia. O objetivo é “confrontar estes dados com o nosso levantamento” e depois “dar informação” à Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), acrescentou João Paulo Saraiva.

Contudo, só admite 37 situações de potencial precariedade (isto é, que não se tratam de necessidades temporárias ou de profissões liberais), número que baixa para 11 tendo em conta casos de contratualização contínua há mais de três anos. Este processo visa a integração dos trabalhadores que se venham a verificar como precários, mas “isso só pode arrancar quando a Assembleia da República criar legislação para as autarquias”, notou João Paulo Saraiva.

Para trabalhadores precários da administração pública e do setor empresarial do Estado foi feito um Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários do Estado, com vista ao seu vínculo permanente, que está a decorrer. Depois deste período para registo, que termina a 24 de outubro, a Câmara de Lisboa vai elaborar um relatório com as situações verificadas, comprometendo-se a divulgá-lo até meados de novembro (20 dias após o fim do prazo para inscrição).

No caso do Estado, o processo de integração dos precários que preencham os requisitos deverá iniciar-se em janeiro e decorrer até ao final de 2018, estando a ser acompanhado por comissões de avaliação bipartidas (uma em cada ministério) com representantes dos ministros das Finanças e do Trabalho, outro do dirigente do serviço e ainda dos três sindicatos da Função Pública.

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Portugal na retaguarda do ensino de línguas estrangeiras no 1º Ciclo

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

Menos de metade dos alunos do 1º Ciclo estão a aprender línguas estrangeiras. A língua inglesa é a que ocupa a maioria dos currículos escolares por toda a Zona Euro.

O Eurostat publicou um relatório sobre o ensino de línguas estrangeiras no 1º ciclo do Ensino Básico na Zona Euro. Nos dados relativos a 2015, Portugal é destacado entre os países onde menos de metade dos alunos têm aulas de uma outra língua que não a materna. Apenas 35,4% dos alunos da primária aprendem uma língua estrangeira, sendo que a esmagadora maioria (35%) aprende Inglês, e 0,1% aprendem Espanhol. Os números indicam que 0,3% têm aulas de duas ou mais línguas.

Ensino de línguas estrangeiras no 1º ciclo

Fonte: EurostatEurostat

Segundo o Eurostat, quase 19 milhões de alunos do 1º ciclo, correspondente a uma percentagem de 84%, têm aulas de pelo menos uma língua estrangeira na União Europeia. Destes, um milhão aprende duas ou mais línguas.

Em países como Chipre, Luxemburgo, Áustria e Malta, a totalidade dos alunos da primária têm acesso a estas aulas. Segue-se a Croácia com 99,9%, Espanha com 99,4%, e França com 99,2%. Por outro lado, para além de Portugal, Eslovénia, Países Baixos e Bélgica encontram-se abaixo da linha dos 50%, com percentagens de alunos de 49,8%, 42,9% e 36,7% respetivamente.

Fonte: Eurostat

A língua inglesa consta dos currículos das escolas primárias dos vários Estados-Membros, com exceção da Bélgica e do Luxemburgo, ambos com várias línguas oficiais. Quanto à segunda língua estrangeira mais ensinada, o cenário varia de país para país.

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Um dia depois das eleições, já há uma baixa na extrema-direita alemã

Frauke Petry, uma das figuras mais proeminentes da extrema-direita alemã, anunciou que não se vai sentar com o grupo parlamentar da AfD no Bundestag. Decisão apanhou os políticos alemães de surpresa.

Frauke Petry anunciou de surpresa que não se sentará com o grupo parlamentar pelo qual foi eleita deputada este domingo. Permanecerá deputada independenteWikimedia Commons

O partido de extrema-direita alemão Alternative für Deutschland (AfD) alcançou um resultado histórico nas eleições deste domingo, ficando em terceiro lugar com 13% dos votos e conquistando 88 lugares no parlamento, o Bundestag. No entanto, um dia após o sufrágio, surge uma baixa de peso: Frauke Petry, líder da AfD e considerada uma das figuras mais proeminentes do partido, segundo o jornal britânico The Guardian.

De acordo com o The Independent, Frauke Petry anunciou, em conferência de imprensa, que decidiu que não irá exercer o mandato no grupo parlamentar da AfD, o que a tornará automaticamente numa deputada independente. “Decidi, após uma cuidadosa reflexão, que não me sentarei com o grupo parlamentar [da AfD]”, disse aos jornalistas em Berlim. Petry posicionava-se na ala mais moderada dentro do partido de extrema-direita.

Porém, a decisão causou surpresa a muitos políticos alemães, que não esperavam uma decisão deste género. Nem mesmo Jörg Meuthen, um dos líderes da AfD, que terá ficado perplexo com o anúncio de Petry: “Isto não foi discutido connosco. Não sabíamos de nada”, disse após a conferência de imprensa, acusando Petry de ter “largado uma bomba”.

Ainda não é claro se Frauke Petry continuará militante do partido. Segundo o The Independent, a recém-eleita deputada esteve envolvida num imbróglio com outra figura forte do partido, Alexander Gauland. Petry reclamava o título de cabeça-de-lista da candidatura, mas perdeu-o para Gauland, a principal cara a AfD na imprensa alemã, refere o jornal.

O The Guardian destaca que esta decisão põe a descoberto uma AfD que continua desunida, sendo que Petry era vista como um elemento unificador no partido. Com 88 lugares conquistados, a extrema-direita regressa assim ao parlamento alemão, algo que não acontecia desde o fim da segunda guerra mundial. Angela Merkel, atual chanceler, conseguiu a vitória com 33% dos votos, mas terá de formar uma coligação para conseguir governar no mandato que aí vem.

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Quatro pistas sobre o futuro da gestão de riscos do BCE

  • Margarida Peixoto
  • 25 Setembro 2017

Yves Mersch, membro da comissão executiva do Banco Central Europeu, deixou quatro pistas sobre o futuro da gestão de riscos Uma delas passa por apertar o escrutínio ao trabalho das agências de rating.

Yves Mersch, membro da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE), deixou esta segunda-feira quatro pistas sobre o modo como o BCE vai gerir os seus riscos de atuação num futuro próximo. Por exemplo, avisou que pode ser importante reforçar recursos para permitir que a avaliação da qualidade dos ativos, das contrapartes e do risco de crédito passe a depender mais do seu próprio julgamento, do que do de terceiros. O responsável falava em Lisboa, na conferência sobre gestão de risco dos bancos centrais, organizada pelo Banco de Portugal.

Antes de começar a desvendar o futuro, Yves Mersch reforçou a mensagem que tem sido veiculada pelo presidente do BCE, Mario Draghi, para o presente: “É claro que uma vez que tenhamos visto um ajustamento sustentado no caminho da inflação, vamos continuar a ajustar de forma prudente as nossas ferramentas para a política monetária, tal como temos feito desde dezembro do ano passado,” disse, referindo-se à progressiva retirada do programa de compras de dívida por parte do BCE.

“Quando necessário, algumas medidas temporárias serão retiradas. Mas também vamos considerar se há áreas em que assumimos novos riscos para os nossos balanços — e consequentemente alguns elementos [dessa política não convencional] devem ser mantidos”, explicou.

O Conselho de Governadores tem de decidir se temos de nos basear mais no nosso próprio julgamento sobre a qualidade dos ativos e contrapartes, e expandir mais a avaliação de risco interna do Eurosistema.

Yves Mersch

Membro da comissão executiva do BCE

De seguida, enumerou quatro traços fundamentais do modelo de gestão de riscos que o Banco Central deverá adotar no futuro.

1 – Enquadramento atual dos colaterais pode não ser para manter

O responsável explicou que “à medida que a procura de liquidez diminui, haverá menos necessidade de um extenso menu de colaterais elegíveis” para o BCE. E frisou que saber se algumas medidas temporárias devem ser transformadas num mecanismo de reação contingente, “pronto a ser ativado em caso de necessidade futura, é uma questão em aberto.” E reforçou: “Cada crise precisa de uma resposta à medida.”

2 – Enquadramento de colaterais tem de reagir à inovação

Yves Mersch frisou que este enquadramento de colaterais tem de ser capaz de se adaptar à inovação própria dos produtos financeiros. “A nova regulação da securitização ‘simples, transparente e estandardizada’ é um ponto fundamental”, defendeu, porque “permitirá avaliar melhor os colaterais que aceitamos.”

3 – Enquadramento de controlo de risco é para manter

O enquadramento do controlo de risco para os programas de compra de ativos deve ser mantido para lá do horizonte das compras líquidas. Isto porque mesmo uma vez terminado o período de compras líquidas os ativos mantêm-se no balanço e por isso os riscos de que deles emanam mantêm-se.

4 – Avaliação interna dos ativos

“O Conselho de Governadores tem de decidir se temos de nos basear mais no nosso próprio julgamento sobre a qualidade dos ativos e contrapartes, e expandir mais a avaliação de risco interna do Eurosistema,” avisou Yves Mersch. Caso seja essa a opção, “serão necessários recursos adicionais”. Isso tornará necessário reforçar a due diligence na notação de crédito externa, notou, frisando que “transparência suficiente no julgamento subjacente a estes ratings é essencial”.

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S&P: Situação em Portugal ainda é “muito frágil”

Um dos principais responsáveis da Standard & Poor's elogiou os progressos feitos em Portugal, mas alertou que a situação ainda é "muito frágil".

Foi com surpresa que Portugal viu a sua dívida ser retirada do lixo a 15 de setembro. A S&P atalhou o caminho, não subiu o outlook antes de melhorar o rating e surpreendeu os mercados, o que levou os juros da dívida nacional a atingirem mínimos. Esta segunda-feira, em entrevista à Bloomberg, um dos principais responsáveis da agência de notação financeira deu nota positiva ao progresso feito por Portugal.

O chefe do departamento de ratings soberanos garantiu que a subida de Portugal se deveu à ação das autoridades nacionais. “Quando subimos o rating de Portugal de volta para o grau de investimento, [essa decisão] não estava relacionada com a expectativa de haver o apoio de terceiros, outros países ou da União Europeia… Foi o reflexo do progresso que as autoridades fizeram para virar o barco” da economia, explicou Moritz Kraemer, que também já foi analista da economia portuguesa.

Contudo, ao mesmo tempo que deixa elogios, Kraemer também faz um alerta: “A situação continua a ser muito frágil dado que a classificação de Portugal ainda é BBB-, que é o grau de investimento mais baixo”.

A situação continua a ser muito frágil dado que a classificação de Portugal ainda é BBB-, que é o grau de investimento mais baixo.

Moritz Kraemer

Analista da S&P

O analista da S&P prevê que, caso haja mutualização da dívida na zona euro, isso pode vir a ter um reflexo positivo nos ratings dos países da moeda única, inclusive Portugal. No entanto, para Moritz Kraemer, tudo vai depender da forma como essa mutualização avançar.

Há dez dias, a agência de notação financeira tornou-se a primeira, entre as principais, a subir o rating de Portugal, cinco anos após a decisão de colocar a dívida da República no “lixo”. A Standard & Poor’s juntou-se assim à DBRS, até agora a única outra agência de notação financeira reconhecida pela Comissão Europeia que considerava a dívida portuguesa investment grade.

Em declarações ao ECO depois da decisão, o analista da S&P responsável pelo relatório de Portugal, Marko Mrsnik, reconhecia que “é pouco habitual” subir o rating sem mudar o outlook primeiro. Mas também não é algo raro. “Acreditamos que os riscos de uma deterioração significativa das condições de financiamento externo diminuíram. E que o BCE vai garantir uma transição suave para uma política monetária menos acomodatícia”, argumentou Mrsnik.

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Nets é o maior negócio com recurso a dívida desde 2013. Ações aceleram 7%

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

Fundo norte-americano de private equity compra fintech escandinava Nets. Crescimento do comércio online tem direccionado a atenção dos investidores para os serviços de pagamentos digitais.

O maior serviço de processamento de pagamentos digitais da Escandinávia, o Nets A/S, foi comprado por 5,3 mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros) pelo fundo norte-americano de private equity Hellman&Friedman. Esta transação representa o maior negócio com recurso a dívida, dos últimos quatro anos (desde março de 2013), na Europa.

As ações da Nets A/S estão a refletir o anúncio desta operação, disparando 6,44% para as 21,76 coroas dinamarquesas (2,92 euros). Ou seja, para a cotação mais elevada desde a entrada em bolsa da fintech escandinava há um ano.

Desempenho das ações da Nets no mês

O valor oferecido pelo fundo norte-americano — de 165 coroas por ação –, fica 27% acima da cotação que se verificava a 30 de junho, um dia antes de a empresa ter dito que estava a ser alvo de interesse no sentido de uma aquisição.

Nos últimos meses, os investidores têm reforçado o seu interesse no mercado dos pagamentos digitais. A expansão do comércio online e a alteração consequente dos padrões de consumo são apontadas como as principais razões para esse comportamento.

“A indústria tem registado, recentemente, uma aceleração da consolidação com os concorrentes a ganharem uma escala considerável e a aumentarem a sua abrangência geográfica“, assinalou a companhia americana, em comunicado.

Segundo o Financial Times, o Advent Internacional e o Bain Capital Private Equity, anteriormente acionistas maioritários da Nets A/S, concordaram em manter uma participação de 16%.

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Uma nova alternativa para a Catalunha? A JP Morgan acredita que sim

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

A convocatória de novas eleições é a sugestão da sociedade gestora de ativos. O caminho para a região poderá ser o estado de "semi-independência" face a Madrid.

A JP Morgan aponta um possível cenário para domar os ânimos em Espanha. Numa análise tornada pública esta segunda-feira, a gestora de ativos fala da convocatória de novas eleições para a Catalunha após o dia 1 de outubro. A decisão abriria “uma janela para o diálogo” entre Madrid e Barcelona, avança o Cinco Días.

A gestora entende que, com mais concessões por parte de Madrid, a Catalunha poderia aproximar-se do estatuto de estado de “semi-independência”, sob o argumento de que a região espanhola “teria pouco a ganhar numa luta por uma separação que vá para lá de uma cidadania e uma bandeira simbólica”, cita a mesma fonte.

De acordo com a análise da JP Morgan, a Catalunha poderá organizar novas eleições para aferir “a intensidade do sentimento pró-independência”, quer o referendo do próximo domingo se realize ou não. Tais eleições permitirão aos partidos reorganizar-se e abrir um canal de comunicação com Madrid, de forma a proceder a uma revisão da Constituição.

A gestora de ativos sublinha a importância de uma “trégua” entre ambas as partes, no sentido de abrir um diálogo de financiamento regional caso, após a desconvocação do referendo. O ambiente na Catalunha, porém, espera-se ainda agitado até 1 de outubro.

A JP Morgan refere ainda que a Catalunha tem vindo a evitar os efeitos negativos potenciais da separação com a restante Espanha. A análise refere, nomeadamente, uma declaração da UE que determina a retirada da Zona Euro caso consiga a sua independência. Em causa poderá estar a deslocação de empresas para fora da região, bem como a perda da moeda e a dificuldade de acesso ao Mercado Único.

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“A tentação de reduzir a independência dos bancos centrais não é só portuguesa”, diz Carlos Costa

  • Margarida Peixoto
  • 25 Setembro 2017

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, sublinhou a importância da independência dos bancos centrais para cumprirem o seu papel.

“A tentação de reduzir a independência dos bancos centrais não é só dos países do sul. (…) Não é só uma questão dos portugueses, coloquem dinheiro num lado qualquer e a tentação vai surgir,” disse Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, esta segunda-feira, numa conferência sobre gestão de risco nos bancos centrais.

O governador defendeu que “a independência é fundamental” para os bancos centrais manterem as suas funções fundamentais, que são a estabilidade de preços e do sistema financeiro.

O aviso surge num momento em que o Governo liderado por António Costa prepara uma reformulação do modelo de supervisão financeira em Portugal.

Carlos Costa frisou ainda que um dos maiores riscos que os bancos centrais enfrentam, sobretudo num primeiro momento, é a necessidade de “agir no momento certo”, avançando soluções que nem sempre estão testadas e que envolvem potenciais danos colaterais.

Depois a natureza dos riscos muda. “O paciente sobrevive, mas temos de garantir que os riscos dos medicamentos estão sob controlo,” explicou. E continuou: “Como é que as medidas de política podem evitar riscos colaterais e lidar com riscos significativos para os balanços dos bancos centrais? Alguns destes riscos podem colocar em causa a independência dos bancos centrais. Os bancos centrais precisam de agir, mas agir implica correr riscos para si mesmos”.

"Temos de aceitar que os danos colaterais fazem parte e são um risco que temos de correr.”

Carlos Costa

Governador do Banco de Portugal

Seja como for, argumentou, “a arte do banco central é lidar com os riscos sem perder os seus principais objetivos que são a estabilidade de preços e a estabilidade financeira.” “Temos de aceitar que os danos colaterais fazem parte e são um risco que temos de correr,” reconheceu.

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Unilever compra marca de cosméticos sul-coreana

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

Unilever fortalece presença no mercado norte asiático dos cuidados de pele, o maior do mundo. Compra da Carver Korea segue a estratégia da multinacional de investimento nas marcas de alta-qualidade.

A Unilever quer reforçar a sua presença na indústria da beleza asiática. A multinacional anglo-holandesa acaba, por isso de anunciar a compra da Carver Korea, marca de cuidados de pele sul-coreana, por 2,27 mil milhões de euros.

“É um dos maiores montantes que a Unilever já pagou, mas é um negócio bastante rentável”, explica Martin Deboo, analista da Jefferies, à Bloomberg. No último ano, a Carver Korea registou 321 milhões de euros em vendas. A Coreia do Sul é o quarto maior mercado no que diz respeito a este tipo de cuidados, a nível mundial.

Ainda assim, as ações da Unilever chegaram a perder 0,9%, esta segunda-feira, na praça londrina.

A compra da Carver Korea pela Unilever segue a estratégia de reforço do seu braço dedicado aos cuidados pessoais de alta qualidade. A marca coreana foi fundada em 1999 e dedica-se à produção de máscaras e loções faciais. O antienvelhecimento um dos seus principais focos.

“É um negócio impressionante que está completamente alinhado com a nossa estratégia. [A compra] irá fortalecer significativamente a nossa posição no norte asiático, o maior mercado de cuidados de pele do mundo”, garantiu Alan Jope, presidente da Unilver Personal Care, ao Financial Times.

No ano passado, o Goldman Sachs e o Bain Capital Private Equity tinham adquirido uma participação de 80% na marca sul-coreana, por 307 milhões de dólares, reportou a BBC.

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Grécia sai do Procedimento por Défice Excessivo

O Conselho Europeu confirmou esta segunda-feira a recomendação da Comissão Europeia para retirar a Grécia do Procedimento por Défice Excessivo.

Portugal saiu oficialmente em junho. Três meses depois, é a vez de a Grécia sair do Procedimento por Défice Excessivo. O Conselho Europeu retificou esta segunda-feira a decisão de julho da Comissão Europeia.

Depois de muitos anos de dificuldades severas, as finanças gregas estão em muito melhor estado“, afirmou o representante da Estónia, Toomas Tõniste, cujo país ocupa neste momento na presidência do Conselho Europeu. “Estamos agora no último ano do programa de ajuda financeira, e o progresso que está a ser feito irá permitir à Grécia ter acesso ao financiamento nos mercados financeiros a juros sustentáveis”, explicou o ministro das Finanças estónio.

Tal como Portugal, a Grécia passará agora a estar sob as regras do braço preventivo das regras europeias. O país deixa de ter as suas finanças públicas sob vigilância reforçada de Bruxelas, goza de alguma flexibilização das regras orçamentais e liberta-se da ameaça das sanções por não cortar o défice.

Segundo o Conselho Europeu, as autoridades gregas comprometeram-se a manter um saldo primário de 3,5% do PIB até 2022. Ainda que para este ano esteja projetado um ligeiro défice, as autoridades europeias estão confiantes de que o equilíbrio orçamental foi atingido. Além disso, o Conselho Europeu espera que a Grécia diminua o seu rácio de dívida de 179%.

O Procedimento por Défice Excessivo à Grécia tinha sido aberto em abril de 2009. Nesse ano, o défice atingiu os 15,1%. Sete anos depois, em 2016, a Grécia atingiu um excedente orçamental de 0,7%. A Comissão Europeia prevê que o défice este ano seja de 1,2%.

Apesar das finanças públicas estarem em melhor estado, o mesmo não se pode dizer da economia grega. O PIB retraiu no final de 2016, tendo depois recuperado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano. No segundo trimestre, a economia da Grécia avançou 0,8%, ainda aquém de crescimento mais significativos.

A 16 de junho, o Conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) formalizou, em Luxemburgo, a saída oficial de Portugal e da Croácia do PDE.

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Senhorios podem subir rendas em 1,12% no próximo ano

O coeficiente de atualização foi publicado esta segunda-feira em Diário da República.

Os senhorios vão poder aumentar as rendas em 1,12% em 2018, tal como indicava a estimativa do INE. O valor da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística foi publicado oficialmente esta segunda-feira em Diário da República. O coeficiente de atualização do arrendamento urbano e rural para o próximo ano fixou-se nos 1,0112.

A partir deste momento, os senhorios já podem comunicar o aumento aos inquilinos, sendo que têm de respeitar uma antecedência mínima de 30 dias face ao momento exato da atualização da renda. Contudo, não são obrigados a aplicar a atualização.

Por exemplo, um aumento de 1% numa renda de 200 euros significa que o inquilino poderá pagar mais dois euros –24 euros por ano. Já numa renda de 400 euros traduz-se num aumento de quatro euros — 48 euros anuais. Caso o inquilino rejeite, tem de responder no prazo de 30 dias.

Este é a atualização mais significativa das rendas desde 2013 (3,36%). Em 2017 foi de 0,54%.

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