Os seis recados de Catarina Martins

Em entrevista ao Expresso, Catarina Martins diz não acreditar que se repita o acordo à esquerda. Preparada para formar Governo, alerta os eleitores para o que foram as maiorias absolutas do PS.

Catarina Martins, a coordenadora do Bloco de Esquerda, um dos partidos que dão apoia parlamentar ao Governo de António Costa adianta numa extensa entrevista ao jornal Expresso que o acordo à esquerda que existe “não é repetível”.

A coordenadora do Bloco de Esquerda não se compromete assim com novos acordos à esquerda para lá desta legislatura. Mas vejamos ponto por ponto o que defendeu Catarina Martins.

  • Acordo

Apesar de se dizer bastante satisfeita com o acordo estabelecido à esquerda (PS, BE e PCP), a coordenadora do BE diz agora que este “não é repetível”. “O acordo que existe tem a ver com uma conjuntura e uma relação de forças muito específicas, portanto não é repetível”. A conjuntura a que a líder bloquista se referia eram os anos da troika “absolutamente destruidores”. Para Catarina Martins, o objetivo do acordo era o de criar uma maioria para afastar a direita do poder e para que “não existisse a tentação no PS, que se percebe que tem protagonistas, força e espaço para um acordo à direita”. A coordenador do BE adianta mesmo que: “Face a perigos concretos, a esquerda deu suporte a uma outra solução, para travar o empobrecimento do país e para este começar a recuperar”. Apesar de afirmar que gosta “muito do acordo a três” porque, admite, é como tem mais força, reconhece que não é possível ter reuniões a três.

  • Maioria absoluta do PS

Admitindo estar preparada para participar no Governo, Catarina Martins diz estar “absolutamente convencida” de que uma maioria do PS seria um retrocesso. “Estou absolutamente convencida de que sim”, afirmou. Catarina Martins refere mesmo que: “As pessoas conhecem as maiorias absolutas do PS”. Questionada diretamente sobre se a atual experiência não teria mudado essa perceção, Catarina Martins respondeu: “As pessoas têm a perceção de que houve uma alteração política, que veem com simpatia, e percebem que foi feita porque o PS não teve maioria absoluta nem ganhou as eleições.”

  • Incêndio de Pedrógão

Acerca do trágico incêndio de junho em Pedrógão Grande, o Bloco defende que é preciso perceber o que aconteceu e o que falhou. “A nossa convicção é de que, sem prejuízo de poderem existir responsabilidades pessoais, que devem ser conhecidas e ter consequências, é preciso analisar o modelo de proteção civil”, disse. Para Catarina Martins “nada seria pior do que demitir uma ministra ou dois ministros e a seguir continuarmos com o mesmo modelo, sem corrigir nada, e com o mesmo desordenamento do território e a mesma ausência de política florestal“.

  • Autárquicas

A líder do Bloco de Esquerda diz que o objetivo do partido é ter mais votos e mais autarcas. Para Lisboa, a bloquista admite “convergência política” com Fernando Medina e deixa nas mãos dos lisboetas a possibilidade de formar “uma gerigonça autárquica”. Catarina Martins sublinha que cabe aos lisboetas dar expressão eleitoral ao Bloco para que possa repetir a nível municipal o que já existe no Estado Central. “Se o Bloco de Esquerda tiver força em Lisboa, para determinada linhas essenciais de programa, nomeadamente em torno da habitação e dos transportes, estou certa que haverá uma solução de governo da cidade bem melhor do que a que tem existido”, acrescentou. Um bom resultado nas autárquicas “eleger em Lisboa é seguramente importante e também no Porto”, referiu.

  • Folga financeira

Bloco de Esquerda e o primeiro-ministro, António Costa estão de lados opostos no que se refere à folga financeira. Costa diz que não há folga e o Bloco afirma o contrário. Para Catarina Martins, a questão tem a ver com opções políticas. Questionada sobre se estas divergências se mantém no Orçamento de Estado para 2018, Catarina Martins adianta que: “O PS não é de agora interiorizou o discurso de austeridade europeu. Mesmo quando compreende os resultados económicos positivos e fica contente com eles, acaba sempre a olhar para a economia da mesma posição”. Ainda assim, Catarina Martins acredita que o orçamento de Estado vai ser aprovado.

  • Grandes investimentos

O Bloco opõe-se à ideia de maioria de dois terços para aprovar grandes investimentos. Para Catarina Martins, “existe uma maioria capaz de discutir planos de investimento a longo prazo e discutir o que são os investimentos e infraestruturas essenciais para o país”. A líder do Bloco diz que a discussão deve ser feita “com um amplo debate público, mas não faz nenhum sentido ficar refém do voto da direita”. Quanto aos investimentos que o Bloco considera prioritários, Catarina elenca o aeroporto de Lisboa, e a ferrovia, que considera mesmo como o “grande investimento do futuro”.

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Passos Coelho: Greve dos juízes é “impensável”

  • Lusa
  • 9 Setembro 2017

O presidente do PSD, Passos Coelho, disse que a greve dos juízes anunciada para o mês de outubro "é impensável" num país democrático. Já o Governo diz que discutiu amplamente o estatutos dos juízes.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse hoje que a greve dos juízes anunciada para o mês de outubro “é impensável” num país democrático, pese embora toda a razão que possam ter.

“Acho impensável e não faz sentido, num país democrático, que aqueles que fazem parte de órgãos de soberania, por mais razão que tenham, recorram à greve para fazer valer os seus pontos de vista ou os seus direitos”, disse Pedro Passos Coelho durante a sua intervenção na apresentação dos candidatos autárquicos em Aljezur no Algarve.

"Acho impensável e não faz sentido, num país democrático, que aqueles que fazem parte de órgãos de soberania, por mais razão que tenham, recorram à greve para fazer valer os seus pontos de vista ou os seus direitos”

Pedro Passos Coelho

Líder do PSD

Para o líder do PSD, “seria impensável que o Presidente da República, os deputados e os membros do Governo fizessem greve, o mesmo sendo com impensável com os juízes e os magistrados“.

Passos Coelho defendeu que “os órgãos de soberania não devem ter os seus membros, os seus agentes, nessa aceção que se dá do ponto de vista sindical ao direito à greve”.

“Espero, realmente, que esta decisão seja reavaliada. Não me parece que faça sentido”, sublinhou.

Na sua intervenção, Pedro Passos Coelho acrescentou que não compreende como é que o Governo se manifestou surpreendido com as reações de muitos agentes da administração pública, quando essas reações decorrem do que se constata atualmente: “Há muitas instituições em Portugal, sindicatos e trabalhadores, que com esta solução de Governo [PS, PCP e BE), criaram expectativas extremamente elevadas quanto àquilo que deveria ser o resultado de negociações que decorrem com o Governo“.

“O Governo vem colhendo aquilo que semeou, dando a entender às pessoas que vivemos como nunca, em grandes possibilidades, o que não era possível antes quando havia um governo terrível que não gostava das pessoas e dos trabalhadores”, frisou numa alusão ao seu Governo, acrescentando que “esses agentes, muitas vezes, quando sentem que os problemas não se resolvem, decidem passar para outra fase da sua insatisfação”.

O líder do PSD criticou também o comunicado emitido pelo Governo em resposta à anunciada greve dos juízes, ironizando que o mesmo refere que “o Governo tem grande simpatia pelos senhores juízes, mas acha que a conjunta económica e financeira não permite satisfazer as suas reivindicações“.

“Para nossa surpresa este não é o discurso habitual do Governo, e não é habitual desculparem-se com a conjuntura económica para não resolver problemas”, destacou o líder dos sociais-democratas, questionando que “o primeiro-ministro e os ministros estão sempre a dizer que a economia está melhor e como é que aqui não permite resolver os problemas”.

Para Pedro Passos Coelho “não se pode levar a sério o Governo no discurso político com esta maneira de estar”, afirmando que é assim que se descredibiliza a política.

Governo diz que “discutiu amplamente e em todas as suas dimensões” estatuto dos juízes

Por seu turno, o Governo considerou hoje que “discutiu amplamente e em todas as suas dimensões” o estatuto dos juízes, avançando que o não acolhimento das propostas relacionadas com a remuneração “decorre das limitações da conjuntura económico-financeira do país”.

“O não acolhimento da generalidade das propostas envolvendo a componente remuneratória decorre das limitações da conjuntura económico-financeira do país e não da menor consideração para com os senhores juízes, o que ficou claro desde o início”, refere o Ministério da Justiça, em comunicado.

Em reação à greve dos juízes marcada pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) para os dias 3 e 4 de outubro, o Ministério da Justiça garante que o “Governo discutiu amplamente e em todas as suas dimensões o estatuto com a ASJP” e “logrou-se atingir um amplo consenso na maioria das matérias”.

O Governo sublinha que “foi um debate de grande abertura, participação e empenhamento de ambas as partes, tendo sido acolhidas várias das sugestões e propostas apresentadas”.

Apesar de não terem sido acolhidas as propostas envolvendo a componente remuneratória, o Ministério da Justiça sustenta que se comprometeu a eliminar o corte que incidia sobre o subsídio de compensação – que era de 620 euros e volta a ser 775 – correspondendo a um esforço financeiro superior a quatro milhões de euros.

“O objetivo primordial da iniciativa legislativa em curso é a conformação do Estatuto dos Magistrados Judiciais com o novo sistema de organização judiciária”, justifica o MJ, adiantando que os Estatutos necessitavam atualização relativamente ao articulado aprovado e em vigor.

Na sexta-feira, a ASJP marcou uma greve para 3 e 4 de outubro, paralisação que vai servir para demonstrar o protesto dos juízes contra o facto de o Governo se “mostrar intransigente” nas negociações para a revisão do Estatuto dos magistrados judiciais.

A direção da ASJP alega que o “Governo se mantém irredutível e não discute com os juízes o Estatuto na sua integralidade”.

O sindicato justifica a greve porque o Estatuto “continua a negar aos juízes a progressão profissional adequada à dignidade da sua função” e “os sucessivos governos continuam a protelar a necessária revalorização do estatuto socioeconómico dos juízes”, que considera ser “aspeto fundamental para a garantia da sua independência”.

A ASJP refere ainda que, não obstante toda a abertura e sentido de responsabilidade demonstrados, “o Governo continua a desconsiderar os juízes com o seu ruidoso silêncio”.

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Quem é quem na Yupido, a empresa dos 29 mil milhões

Quais os nomes de quem faz a Yupido, a empresa com o maior capital social em Portugal? O ECO preparou uma infografia com os protagonistas, os cargos e as percentagens de quem participa na sociedade.

Na Yupido, a empresa portuguesa com um capital social de 28,8 mil milhões de euros, existe um CEO, um CMO, um CFO, um CTO, um CSO, um CCO, um CRO, uma COO e uma CHRO. Existe também uma tax advisor, uma legal advisor e uma financial advisor. A par com os cargos de chefia, dois dos três fundadores acumulam ainda as funções de chairman e vice-chairman. Há ainda um presidente da mesa da Assembleia Geral, uma vice-presidente e um porta-voz da empresa que, por estes dias, é quem tem falado com os jornalistas.

A empresa esteve no centro da agenda mediática esta semana, depois das notícias de que completou um aumento de capital na ordem dos 11.000%, de cerca de 240 milhões, para os tais 28,8 mil milhões de euros em 2016. Ao longo de três dias, o ECO revelou que: a esmagadora maioria desse capital é em “ativos intangíveis”; esses ativos são, em traços gerais, uma “plataforma digital inovadora” de media; e que o revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital está certo de que a empresa pode valer ainda mais.

Ficou a faltar falar dos protagonistas. Os nomes por detrás desta empresa multimilionária que, apesar da dimensão, ainda não tem operações: registou um volume de vendas nulo entre 2015 e 2016, teve zero pessoas ao serviço no mesmo período e somou, então, um resultado líquido negativo (prejuízo) superior a 33.000 euros. Na infografia, fique a conhecer os nomes e os cargos que cada envolvido ocupa. O ECO dá mais alguns detalhes acerca dos principais intervenientes.

Fonte: Site da Yupido e documentação obtida pelo ECOInfografia por Louise Farias / ECO

E quem são estas pessoas? Sabe-se, por exemplo, que Torcato André Jorge e Filipe Besugo terão desempenhado funções na Juventude Popular de Loures, a jota do CDS-PP. Tiago Gama e Sofia Asseiceiro (esta última não consta no site da Yupido mas terá estado entre a equipa fundadora) são advogados da Pares Advogados. Assim como Rui Rompante, o advogado que certifica os documentos entregues pela empresa na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa.

Sabe-se ainda que Francisco Mendes, que foi quem deu a cara e a voz pela Yupido após o lançamento das notícias (mas que não consta no site da empresa) estará nos Estados Unidos. Já Cláudia Sofia Alves, a detentora da maioria do capital da empresa em ativos intangíveis, é também a proprietária da CPEGERH – Companhia Portuguesa de Economia e Gestão de Empresas e Recursos Humanos, uma empresa unipessoal que detém a marca “Yupido” e que não apresenta balanços há vários anos. Segundo o ECO apurou não tem mais nenhuma participação financeira.

Quanto a António Alves da Silva, o revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido, consta no site da RFF Advogados como membro do Conselho Superior da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas desde 2011 e terá mais de 50 anos de carreira.

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Costa: Autárquicas importantes para a descentralização

  • Lusa
  • 9 Setembro 2017

António Costa, defendeu em Viana do Castelo que as eleições autárquicas de 1 de outubro "são importantes para dar força" ao partido "para continuar a ser motor da descentralização".

O secretário-geral do PS, António Costa, defendeu hoje em Viana do Castelo que as eleições autárquicas de 1 de outubro “são importantes para dar força” ao partido “para continuar a ser motor da descentralização do país”.

“Estas eleições são importantes para dar força ao PS e dar força ao PS para poder prosseguir a sua ação e dar força ao PS para continuarmos a ser o motor da descentralização. Nós não podemos perder mais tempo e esta nova geração de autarcas, as mulheres e os homens que os portugueses vão eleger no próximo dia 01 de outubro, têm que ser a nova geração que vai beneficiar das novas competências e dos novos meios para poderem fazer ainda mais e melhor”, disse António Costa.

O líder socialista, que falava na capital do Alto Minho, durante a apresentação de todos os candidatos de Viana do Castelo, juntamente com a também secretária-geral-adjunta Ana Catarina Mendes, afirmou que a descentralização é importante para o desenvolvimento económico do país e para a criação de emprego.

Costa referiu que “os países mais desenvolvidos da União Europeia não são os mais centralizados, pelo contrário, onde o poder está mais próximo das pessoas, mais próximo dos problemas e, por estar mais próximo, é melhor exercido, com maior eficiência e rapidez e, sobretudo, maior controlo por parte cidadãos”.

"a descentralização é a grande reforma do Estado que há para fazer””

António Costa

Secretário geral do PS

António Costa disse que “a descentralização é a grande reforma do Estado que há para fazer” e adiantou que o “grande desafio que as autarquias e têm pela frente é contribuir para o desenvolvimento económico e para a criação de emprego“.

O secretário-geral do PS lançou ainda um apelo ao “combate à abstenção” nas eleições de 01 de outubro porque “as eleições não se ganham nas sondagens, mas nas urnas”.

“Não podemos correr o risco do excesso de confiança. Do achar que está tudo ganho, do achar que não temos adversários à altura, do achar que está tudo a correr bem e, por isso, vai correr melhor. Não. Tal como tudo na vida requer trabalho e ganhar as eleições também requer trabalho. Por isso vamos todos ao trabalho, vamos mobilizar os cidadãos, vamos todos combater a abstenção”, frisou.

O candidato do PS à Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, que concorre ao último mandato autárquico, destacou “o contributo de Viana do Castelo para o desenvolvimento económico e para criação de emprego” no país, referindo que “desde outubro de 2013 até julho de 2017 o concelho reduziu a taxa de desemprego em 46%”.

O autarca socialista disse que, nos últimos quatro anos, foram criados no concelho “1.900 postos de trabalho e que até final de 2018 serão criados mais 1.000 empregos”.

Elegeu a qualificação dos recursos humanos e a inovação como “as principais batalhas” caso seja eleito para um novo mandato e apelou “ao combate à abstenção”, com a mobilização da população “porta a porta”.

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Incêndios: Mais de 1000 bombeiros combatem chamas na Sertã e Covilhã

  • ECO e Lusa
  • 9 Setembro 2017

Combate às chamas continua no distrito de Castelo Branco. Trânsito continua cortado na nacional 238.

Mais de 1000 bombeiros e cerca de 300 viaturas e 16 meios aéreos estão a combater os incêndios na Sertã e na Covilhã, segundo consta na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Por via destes incêndios a estrada nacional 238 permanece cortada. O incêndio da Sertã já na sexta-feira à noite tinha levado ao corte do IC8 nos dois sentidos, entre os quilómetros 94 e 97, junto à localidade de Carvalhal, tendo entretanto sido reaberta.

Apesar dos meios aéreos envolvidos os incêndios continuam a lavrar com grande intensidade. Segundo avança a Sic Notícias o vento que se faz sentir na região está a dificultar as operações. O caso mais preocupante é o da Sertã, tendo levado mesmo à retirada de algumas pessoas das suas habitações, por precaução.

 

Estes dois incêndios estão ativos desde a tarde de sexta-feira no distrito de Castelo Branco.

 

 

 

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Jorge Sampaio foi operado de urgência e “correu bastante bem”

  • Lusa
  • 9 Setembro 2017

Jorge Sampaio foi operado de urgência “há dias” devido a “problemas acrescidos de mobilidade”, e “correu bastante bem”, estando a recuperar, afirmou fonte próxima do ex-Presidente da República.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio foi operado de urgência “há dias” devido a “problemas acrescidos de mobilidade”, e “correu bastante bem”, estando a recuperar, informou hoje fonte próxima do socialista.

Em declarações à agência Lusa, a mesma fonte indicou que “houve necessidade de fazer uma intervenção cirúrgica de urgência” porque o antigo Presidente da República Jorge Sampaio “estava com problemas acrescidos de mobilidade”.

“É um problema que tem estado a ter há já alguns meses, se não há quase um ano”, precisou.

De acordo com a fonte, “a intervenção correu bastante bem e, neste momento, está a convalescer dentro do que estava previsto e as coisas estão a correr bem”.

A fonte não especificou, contudo, o local da operação, referindo apenas que foi em Lisboa.

O semanário Expresso, que hoje avançou a notícia, informa que a intervenção cirúrgica ocorreu no Hospital Egas Moniz, depois de ter sido admitido na urgência do Hospital de São Francisco Xavier.

Este ano, o antigo chefe de Estado já foi operado duas vezes.

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Presidente do Turismo de Portugal é dono de alojamento local

  • ECO
  • 9 Setembro 2017

Luís Araújo detém 15% de uma empresa de alojamento local e lidera em simultâneo o Turismo de Portugal. Gestor diz que "não há nenhuma incompatibilidade".

Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, detém 15% de uma empresa de alojamento local que arrenda quartos a turistas no Chiado, em Lisboa, noticia o Público na edição deste sábado.

Luís Araújo respondeu ao Público: “Não há nenhuma incompatibilidade. O que seria grave era se aproveitasse o cargo para proveito próprio o que não faço e nunca fiz”.

O Turismo de Portugal tem algumas competências de fiscalização do alojamento local, além de ser uma das entidades envolvidas na criação da legislação sobre a matéria.

Pouco tempo depois de tomar posse como presidente do Turismo de Portugal, em fevereiro do ano passado, Araújo abandonou todos os cargos que ocupava em várias empresas do setor, nomeadamente o grupo Pestana, de acordo com a declaração entregue ao Tribunal Constitucional, consultada pelo Público. Mas manteve a posição minoritária nas Casas do Barão, empresa criada em março de 2013.

Para Luís Araújo, “a empresa está legal, o empreendimento tem uma licença que foi emitida antes de eu entrar no Turismo de Portugal. Nunca ocultei isto, acho que não é uma questão“.

O ECO questionou a secretaria de estado do Turismo que não avançou mais detalhes, limitando-se a afirmar que: “A participação do Dr. Luís Araújo na referida empresa é pública e está declarada ao Tribunal Constitucional. Todas as respostas e esclarecimentos foram prestados pelo próprio na citada notícia“.

(Notícia atualizada às 19:16 com a resposta da secretaria de Estado do Turismo)

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Yupido: professor universitário descobriu empresa por acaso

  • ECO
  • 9 Setembro 2017

Académico estava a analisar uma base de dados com mais de 300 mil empresas quando descobriu o capital social de 29 mil milhões de euros da Yupido.

Foi por acaso que um investigador universitário da Universidade do Minho descobriu a Yupido, a empresa que está no centro da agenda mediática, depois de, no ano passado, ter aumentado o capital social de 243 milhões de euros para 28,8 mil milhões de euros, duas vezes o capital da Galp Energia. Este montante resultou da incorporação de uma “ativo intangível” de valor multimilionário — uma plataforma digital inovadora de media que se destaca “pelos algoritmos que a constituem”, como o ECO avançou em primeira mão.

O Observador escreve este sábado que o investigador estava a trabalhar na base de dados Amadeus, que reúne informação financeira pública de cerca de 20 milhões de empresas europeias, quando descobriu a “anomalia estatística”. O Observador conversou mesmo com o professor universitário, que contudo não quer ser identificado. Um dos trabalhos de investigação deste académico consiste em analisar a performance das empresas portuguesas, de modo a perceber quais as que têm melhores desempenhos financeiros. Em análise estão parâmetros como o capital social, o número de trabalhadores, o volume de negócios e lucros, por exemplo.

Foi precisamente durante esta análise que o investigador deparou com o valor do investimento inicial da empresa, os 243 milhões de euros.

Segundo avança o Observador, a anomalia detetada tinha por base a correlação entre o capital social e o número de colaboradores da Yupido. Como a empresa não tinha colaboradores, este valor individual apareceu com um total de 243 milhões de euros por colaborador. Por esta altura, o investigador desconhecia ainda que o capital social da empresa era de 28,8 mil milhões de euros.

“Temos empresas com capital social superior aos 243 milhões, mas quando dividimos o valor de uma Galp, por exemplo, pelo número de trabalhadores da empresa, o valor que nos aparece é razoável. Na Yupido, o valor que aparecia era 243 milhões por trabalhador. Este número ainda é pior do que os 28 mil milhões”, explicou o investigador ao Observador.

Por curiosidade o professor consultou a internet para pesquisar o que surgia sobre a empresa. Um dos aspetos que mais o intrigou foi o facto da empresa manter os 243 milhões de euros em depósitos bancários. Quando se deu conta do aumento de capital que avaliava a empresa em perto de 28,8 mil milhões de euros, partilhou na sua página de Facebook a informação.

O investigador faz questão de frisar que: “Aqui não houve nenhuma fuga de informação, qualquer investigador que acede à plataforma tem acesso a estes dados”.

A Yupido está registada como uma empresa de consultadoria e tem como presidente executivo Hugo Martins, e foi fundada por Cláudia Alves, diretora de operações e Torcato Jorge, diretor de marketing.

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Portugal com 60% do território em seca severa e extrema

  • Lusa
  • 9 Setembro 2017

Sessenta por cento de Portugal continental estava no final de agosto em situação de seca severa e extrema, menos 20 por cento do que no final de julho, segundo o IPMA.

Sessenta por cento de Portugal continental estava no final de agosto em situação de seca severa e extrema, menos 20 por cento do que no final de julho, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“No final do mês de agosto mantém-se a situação de seca meteorológica em todo o território de Portugal continental, verificando-se um desagravamento da área em seca severa e extrema”, indica o boletim climatológico de agosto.

A 31 de agosto, 58,9% do território estava em seca severa e 0,7% em seca extrema, contrastando com os 69,6% em seca severa e 9,2% em seca extrema verificados no final de julho.

Segundo o boletim, 2,6% do território estava em seca fraca e 37,8% em seca moderada, no final do mês passado.

O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

Apesar deste desagravamento, o mês de agosto foi quente e extremamente seco, com um valor médio de precipitação em Portugal continental de 8,2 milímetros, o que corresponde a 60% do valor médio, segundo o IPMA.

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Luís Onofre:”Horas extraordinárias são taxadas de forma injusta”

  • ECO
  • 9 Setembro 2017

Para Luís Onofre, presidente da APICCAPS, há falta de mão-de-obra na indústria do calçado. Onofre diz ainda que "as horas extraordinárias são taxadas de forma injusta".

Luís Onofre, presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS), diz que há falta de mão-de-obra no setor. Onofre que assumiu o cargo de presidente da associação do setor, há quatro meses, sucedendo a Fortunato Frederico diz na sua primeira entrevista ao Dinheiro Vivo, deste sábado que : “as horas extraordinárias são taxadas de forma injusta em Portugal”.

“Esse é o nosso grande problema, há défice enorme nessa área. As pessoas que temos são poucas o que nos obriga a recorrer a horas extraordinárias, e temos até tentado sensibilizar o Governo para que as horas sejam um prémio para os funcionários e não taxadas de forma injusta que são”, referiu.

"Esse é o nosso grande problema, há défice enorme nessa área. As pessoas que temos são poucas o que nos obriga a recorrer a horas extraordinárias, e temos até tentado sensibilizar o Governo para que as horas sejam um prémio para os funcionários e não taxadas de forma injusta que são.”

Luís Onofre

Presidente da APICCAPS

O novo presidente da APICCAPS disse ainda que: “Ainda temos muito para fazer ao nível das marcas”. Para isso garante a indústria vai apostar forte no mercado dos Estados Unidos. E Onofre justifica a escolha: “este é o mercado onde todas as marcas de luxo têm a sua maior representação”.

Uma das prioridades do empresário para o setor passa pela Industria 4.0. para onde tem disponíveis 49 milhões de euros. Ao Dinheiro Vivo, Onofre afirmou que: “Esse é o investimento global até 2020, e que abarca diversas realidades como a inovação, com o desenvolvimento de novos materiais e de novos equipamentos e um grande foco na área digital”.

Ainda assim, Onofre referiu que o roteiro para a economia digital, designado de FooTure 4.0 ainda não está concluído. “Está a ser, ainda ultimado, porque quisemos ouvir os empresários e as suas ideias e estamos agora a incorporar as proposta recolhidas na reunião do Conselho Consultivo”.

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Função Pública: Carreiras custam dobro do previsto

  • ECO
  • 9 Setembro 2017

A verba prevista pelo Governo para o descongelamento das carreiras só chega para metade dos funcionários públicos. Os cálculos apontam para um impacto orçamental de 419 milhões. Estado só tem 248.

A verba prevista pelo Governo para o descongelamento das carreiras só chega para metade dos funcionários públicos. Os cálculos orçamentais apontam para um impacto orçamental de 419 milhões de euros por ano, praticamente o dobro dos 248 milhões de euros de que o Governo dispõem, verba inscrita no Programa de Estabilidade e Crescimento.

Os números são avançados na edição deste sábado do jornal Expresso e foram ontem apresentados aos sindicatos da Administração Pública. A estimativa é ainda feita por baixo uma vez que não tem em conta uma fatia de mais de 52 mil funcionários (dos quais não existe informação pormenorizada), nem a totalidade dos trabalhadores das autarquias locais.

O documento intitulado “Relatório síntese do impacto do descongelamento das carreiras a partir de 2018“, foi entregue por Fátima Fonseca aos sindicatos e serve de base para o arranque das negociações.

O Expresso avança que os trabalhadores protestaram pela ausência de uma proposta concreta para o descongelamento das carreiras no Estado e contestaram a ideia de que as promoções venham a ser feita de forma gradual. Também motivo de protestos está o facto de não haver lugar à abertura de discussão sobre aumentos salariais.

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Furacão Irma: Florida manda retirar 5 milhões de pessoas

  • Lusa
  • 9 Setembro 2017

O furacão Irma, que se prevê causar devastação no sudeste dos Estados Unidos, fez com que as autoridades da Florida emitissem uma ordem para retirar 5,6 milhões de pessoas.

O furacão Irma, que se prevê causar devastação no sudeste dos Estados Unidos, fez com que as autoridades da Florida emitissem uma ordem para retirar 5,6 milhões de pessoas.

Segundo o responsável pelo programa de furacões do estado, Andrew Sussman, cerca de 5,6 milhões de pessoas deste estado receberam, até sexta-feira, uma ordem para deixarem as suas casas devido ao perigo mortal que o Irma representa.

Não é esta noite, não é daqui a uma hora. É agora”, afirmou o governador do estado, Rick Scott, sublinhando a urgência da ordem para que os cidadãos se mudem para os abrigos que existem em todo o estado.

Scott ordenou na noite de quinta-feira, e até segunda-feira, o encerramento de todas as escolas e universidades públicas para que possam estar disponíveis como abrigos.

Mesmo assim, muitos centros de acolhimento no condado de Miami-Dade e Broward fecharam portas na sexta-feira depois de terem atingido a capacidade máxima.

Entre quinta e sexta-feira as estradas estaduais com direção a norte registaram engarrafamentos, naquele que é já considerado um êxodo sem precedentes de residentes e turistas.

A Florida Power & Light Company, uma das principais fornecedoras de eletricidade do estado, antecipa que pelo menos 4,1 milhões de clientes vão ficar sem energia como resultado do impacto do Irma.

A empresa, que é proprietária de centrais nucleares, informou que estas serão encerradas gradualmente e com antecedência perante o surgimento dos ventos.

Este furacão, o mais poderoso registado no Atlântico, causou pelo menos 25 mortos à passagem pelas Antilhas Menores e Porto Rico, e destruiu a ilha de Barbuda e a parte francesa de Saint-Martin.

Força Aérea apoia aeronaves nos Açores

A Força Aérea Portuguesa (FAP) está a apoiar as tripulações e as aeronaves de apoio humanitário às vítimas do furacão Irma que passam pela Base Aérea da ilha Terceira, nos Açores, indicou hoje a FAP.

Em comunicado, a Força Aérea adianta que a Base Aérea Nº4 (BA4), na Ilha Terceira, nos Açores, atendendo a sua posição geográfica e estratégica, está a receber, desde sexta-feira, várias aeronaves de transporte e tripulações ligadas ao apoio humanitário às vítimas do furacão Irma.

Segundo a FAP, estas aeronaves, que se dirigem para as zonas devastadas pelo furação, estão envolvidas na assistência logística, alimentar e psicológica às populações afetadas e passam por esta infraestrutura militar para reabastecimento de aeronaves e descanso de tripulações.

A FAP refere que já passaram pela BA4, desde sexta-feira, várias aeronaves de transporte e tripulações ligadas ao apoio humanitário, com destaque para dois C-17, um deles ao serviço da NATO e outro da Royal Air Force (RAF), bem como um Airbus A400M do Reino Unido.

Este movimento de aeronaves de apoio humanitário às vítimas do furacão IRMA está previsto prolongar-se até terça-feira.

(Notícia atualizada às 16H38 com informação da Força Aérea)

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