STE dá como certo o descongelamento das carreiras faseado. É para todos

  • ECO e Lusa
  • 8 Setembro 2017

Após a reunião com o Governo, a dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado dá como certo o descongelamento das carreiras faseado e para todos mas sem os aumentos salariais.

Durante a tarde de quinta-feira, a nova secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, ouviu os sindicatos da administração pública. Há uma exigência comum: medidas concretas. Helena Rodrigues, presidente do STE, diz que “está colocada de parte qualquer atualização remuneratória” mas que a única certeza para já é que o descongelamento das carreiras será faseado e abrangerá todos os trabalhadores.

Cerca de 230 mil funcionários públicos não tiveram qualquer valorização salarial nos últimos sete anos, mas todos terão direito a progredir, por fases, adiantou esta quinta-feira a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. Durante o encontro houve uma “abordagem” ao relatório do Governo sobre o impacto orçamental do descongelamento de carreiras, documento ainda não divulgado, onde constará esse número.

Helena Rodrigues adiantou que o documento revela uma “disparidade de análise e de situações” e que a única certeza que há é de que o descongelamento das carreiras será feito “por fases” e abrangerá todos os trabalhadores, com ou sem progressões nos últimos anos. Sobre o faseamento e a forma como será feito o descongelamento das carreiras, que estão congeladas desde 2010, nada foi dito, acrescentou a sindicalista. Para a dirigente sindical, que esperava do encontro de hoje medidas concretas do Governo, “a austeridade mantém-se para os trabalhadores da administração pública, embora comunicada de forma diferente”.

"A austeridade mantém-se para os trabalhadores da administração pública, embora comunicada de forma diferente”

Helena Rodrigues

Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado

A forma mais justa [para o descongelamento das carreiras] é repor a legalidade, ou seja, repor a lei que estava em vigor relativamente a cada carreira”, considerou a presidente do STE.

A dirigente disse ainda que “está colocada de parte qualquer atualização remuneratória” para o próximo ano. O STE exigia aumentos salariais de 2% para 2018. “Vamos esperar pela segunda reunião, analisar o relatório e vamos ver se o Governo vem mais ao nosso encontro porque neste momento não houve essa aproximação”, concluiu Helena Rodrigues.

Frente Comum e FESAP rejeitam faseamento

Ana Avoila, cara da Frente Comum, rejeita o faseamento no descongelamento das carreiras pois “a Troika já passou” e “o Estado não pode ter funcionários sem saber que tem de ter custos“. Frisa ainda em declarações à RTP3 que a lei “tem estado a ser violada com o congelamento das carreiras” pelo que “naturalmente” o descongelamento deve, no seu entender, abranger todos os funcionários públicos. Quanto a um aumento salarial de 4%, a líder sindicalista diz que é uma “reivindicação justa” e que fica “aquém” tendo em conta a estagnação que se verifica desde 2009.

A última reunião foi com o FESAP que ameaça organizar uma greve caso não sejam avançadas “decisões claras, sérias e concretas”. Defende que se deve procurar “um pouco mais” para os trabalhadores da administração pública, quer seja através de aumentos, pela carga fiscal, pelo descongelamento, pelas progressões ou pelo aumento do subsídio de alimentação.

As três estruturas sindicais da administração pública enviaram no final de agosto uma carta ao ministro das Finanças a pedir a reunião urgente sobre o Orçamento do Estado de 2018 que se realiza agora. O descongelamento das carreiras é uma das bandeiras do Governo e deverá ser “hasteada” no início do próximo ano.

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Afinal, o que faz a televisão multimilionária da Yupido?

O ECO revela mais detalhes do relatório do revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido, de 240 milhões para 28,8 mil milhões de euros. O que faz, afinal, esta tecnologia?

A Yupido tem um capital social avaliado em 28,8 mil milhões de dólares, mas não tem operações nem funcionáriosPaula Nunes / ECO

A Yupido está no centro da agenda mediática por causa do insólito aumento de capital que realizou no ano passado, de 243 milhões de euros, para 28,8 mil milhões de euros — duas vezes a Galp Energia em valor de mercado. Como o ECO avançou em exclusivo, essa operação resultou da incorporação de um “ativo intangível” de valor multimilionário — uma “plataforma digital inovadora” de media que se destaca “pelos algoritmos que a constituem”.

Ora, que plataforma é essa? À primeira vista, não é fácil perceber do que se trata esta “nova tecnologia”. A carta de intenções no site da empresa não é clara e parece assentar em grandes chavões, como: “[a Yupido] foi fundada para ser um parceiro forte de todas as pessoas que querem servir a sociedade”, ou “estamos a preparar uma solução para ajudar a criar novas empresas, focada em fornecer os serviços essenciais e ajudá-las a superar os obstáculos principais”.

A Yupido planeia lançar “os primeiros serviços” em 2018. Mas, ao jornal Expresso [acesso pago], Francisco Mendes, que é o porta-voz da Yupido, recusou detalhar que tipos de serviços são esses em concreto. Para saber o que faz a Yupido, não restam muitas mais hipóteses do que ver o que diz quem já contactou com essa plataforma: António Alves da Silva, o revisor oficial de contas que avaliou este ativo e deu luz verde ao aumento de capital de 11.722% — sim, leu bem o valor.

Uma plataforma de distribuição de conteúdos

O ECO teve acesso ao relatório no qual António Alves da Silva descreve e justifica a avaliação dada à plataforma da Yupido. Numa primeira referência, o revisor oficial de contas aponta que a plataforma da Yupido permite o “armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media”.

O que significa isto? Vamos por partes:

  • “Conteúdo media”: poderá ser tanto um programa de televisão como um artigo em suporte digital, um vídeo ou uma gravação em áudio, como por exemplo um Podcast. Pode ainda ser um filme ou uma série. Este tipo de conteúdos divide-se, na maior parte das vezes, entre conteúdos informativos ou de entretenimento. O foco da Yupido estará voltado para estes últimos.
  • “Armazenamento”: a plataforma da Yupido deverá permitir guardar esses conteúdos, ou seja, fornecer alojamento aos mesmos. Face às tendências do mercado, é possível que a plataforma permita algum tipo de armazenamento na “nuvem” (cloud). Para tal, ou recorrerá às soluções já oferecidas, por exemplo, pelas gigantes Google, Amazon, Microsoft ou Dropbox, ou terá de criar uma rede de data centers para permitir o alojamento remoto dos arquivos. Não é certo o que terá a Yupido em mente, mas há pelo menos uma referência a investimentos em “servidores de armazenagem de dados” no relatório.
  • “Proteção”: esta nova tecnologia, além do armazenamento, deverá fornecer proteção aos conteúdos multimédia em causa. A proteção dada poderá ser de dois tipos: proteção ao nível da segurança (ou seja, garantir que os conteúdos, na forma de ficheiros, estão seguros) ou proteger ao nível dos direitos de autor ou de uso. A plataforma da Yupido deverá atuar em ambas as vertentes, uma vez que, mais à frente, no relatório, o revisor escreve que a tecnologia permite, “em simultâneo, a proteção dos arquivos” e “assegura todos os direitos de utilização dos mesmos”.
  • “Distribuição”: a plataforma da Yupido terá ainda a missão de fazer chegar esses mesmos conteúdos ao público. No relatório, o revisor garante que a tecnologia dá “a possibilidade de tais conteúdos chegarem a novos públicos”. Ainda não entendeu? Neste momento, as maiores plataformas de distribuição de conteúdos serão o Facebook e a Google, pelo que a Yupido, segundo o revisor, poderá concorrer diretamente com estas gigantes tecnológicas.
  • “Divulgação”: É um complemento da distribuição. Ao mesmo tempo que a plataforma fornece o canal para que o público aceda aos conteúdos em causa, a plataforma deverá permitir que esses conteúdos cheguem a outras pessoas que, de outra forma, não os iriam conhecer. Os tais “novos públicos” a que o revisor, António Alves da Silva, se refere, tal como vimos no tópico anterior.

Importa referir que quando a Yupido assume que a plataforma é destinada a “todo o tipo de conteúdo media”, isso implica bem mais do que simples vídeos ou programas em áudio. O relatório também lança alguma luz sobre este assunto, com referências aos “novos formatos”.

Estes novos formatos são, por exemplo, o vídeo em 360 graus ou qualidade 4K. E o relatório é explícito nesse aspeto, pois tem, aliás, um parágrafo só dedicado à evolução da televisão. “A tecnologia objeto da nossa avaliação centra-se igualmente na própria televisão”, que passou “da tecnologia HD” para “ultra HD ou 4K”. Vai mesmo mais além, indicando que a comercialização de televisores “com 6K e filmes a 360 graus” já é uma realidade.

A tecnologia objeto da nossa avaliação centra-se igualmente na própria televisão.

António Alves da Silva

Revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido

O jornal Observador conseguiu chegar à fala com António Alves da Silva, que disse que quando a tecnologia lhe foi apresentada, ficou “maravilhado”. “Reuni com algumas pessoas, os responsáveis pela empresa e alguns técnicos. Vi a imagem da televisão e pouco mais. Não sou nenhum técnico especializado, mas fiquei maravilhado”, indicou.

Disse ainda: “Fiz este relatório há três anos. Quando se começar a ver esta tecnologia, se calhar o valor até é irrisório. Se esta tecnologia se efetivar, vai revolucionar todo o sistema.” E concluiu: “O que me motivou para fazer esta avaliação foi olhar para aquilo e sabe de quem me lembrei? Lembrei-me de Steve Jobs.”

Uma plataforma com “algoritmos avançados”

Outro aspeto a suportar a avaliação elevada desta “nova tecnologia” são os “algoritmos de computação avançados” que a compõem. Um algoritmo é, basicamente, um conjunto de regras, através do qual um computador executa uma determinada função caso se verifique uma determinada condição. É como um livro de comandos que o computador consulta para saber o que fazer numa qualquer situação. Por exemplo, é um algoritmo que escolhe o que aparece na página inicial do Facebook, com base nos interesses de cada pessoa.

Segundo o relatório acedido pelo ECO, “a plataforma digital que foi avaliada reúne um conjunto de tecnologias de compressão, armazenamento, transporte e proteção dos conteúdos media”. É nestas áreas que atuam os algoritmos da Yupido, e servem quatro grandes propósitos:

  • “Diminuição dos consumos de espaço”, ou seja, permitir armazenar mais conteúdos no menor espaço possível. Isso permite reduzir custos, na medida em que o revisor considera que esta tecnologia “não requer o aumento proporcional as infraestruturas ao nível do armazenamento físico”.
  • “[Diminuição dos consumos de] transferência de dados, ou seja, permitir aceder a conteúdos com a menor utilização de tráfego possível na rede. Aliás, o revisor enfatiza no relatório que o aumento da qualidade dos conteúdos, bem como do número de utilizadores interessados, está a impor “novos desafios” aos fornecedores de serviços na internet e aos distribuidores de conteúdos.

"Da análise do mercado dos dispositivos móveis com capacidade de acesso e consumo de conteúdos media, poderemos observar um crescimento contínuo a uma taxa de 66,67% para os próximos cinco anos, passando dos atuais 15 biliões [sic] de dispositivos (em 2015) para 25 biliões até 2019.”

António Alves da Silva

Revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido

  • “Proteção dos arquivos”, garantindo a sua segurança e integridade.
  • “[Proteção de] todos os direitos de utilização”, ou seja, assegurar que a utilização desses conteúdos segue todos os conformes definidos pelo proprietário dos direitos — o dono dos conteúdos.

Tecnologia “já adaptada” aos principais mercados

O revisor oficial de contas que fez esta avaliação garante ainda que a plataforma da Yupido “encontra-se já adaptada para funcionar nos principais mercados”, nomeadamente a Europa, a América do Norte, a Ásia e a América do Sul. Será também esta a ambição da empresa.

E fica a faltar falar dos números que suportam a avaliação de 28,8 mil milhões de euros: “Considerou-se o valor global do mercado de entretenimento cuja média é de 1,93 triliões [sic] de dólares, continuando tal mercado em crescimento constante para os anos vindouros, esperando-se um crescimento a uma taxa média de 22%, prevendo-se que o mercado atinja em 2019 2,36 triliões de dólares”.

Os 28,8 mil milhões de dólares foi o valor alcançado com base “na metodologia dos cash-flows descontados”, um método contabilístico de avaliação de empresas. “Assim, por recurso a este critério, foi possível encontrar um valor para tal ativo que foi fixado em 28.524.864.970 [de euros], lê-se no documento. “Tal valor foi calculado descontando, para o momento presente, a libertação de fundos expectável na venda e manutenção do software e das despesas inerentes e com ele relacionadas, ao longo de um período estimado de dez anos, em quatro mercados considerados relevantes” (os que já indicámos mais acima).

E acrescenta: “No modelo de avaliação foram anda considerados cenários que previam a necessidade de novos investimentos no hardware (servidores de armazenagem de dados) e no software (incorporando, designadamente, despesas decorrentes de inovações tecnológicas e de alterações legislativas que impliquem alterações ao programa).”

António Alves da Silva deixa um recado curioso. Escreve que a avaliação considerou “uma taxa de penetração no mercado conservadora”, e garante que “o potencial de valorização do referido software poderá ascender a valores ainda mais significativos”. No final, responsabiliza-se pela “razoabilidade” desta avaliação. O ECO tentou obter mais esclarecimentos junto de um porta-voz da Yupido, mas não tinha sido possível até à hora de publicação deste artigo.

"O potencial de valorização do referido software poderá ascender a valores ainda mais significativos.”

António Alves da Silva

Revisor oficial de contas que aprovou o aumento de capital da Yupido

Vídeo: Conheça a empresa que diz valer 29 mil milhões

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BCP dispara 6%. Bolsa lidera ganhos na Europa

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

A bolsa nacional destacou-se das pares pela positiva. A forte recuperação do BCP, que subiu mais de 6%, ditou a primeira sessão de ganhos do PSI-20 após quatro sessões.

Depois de fortes quedas, o Banco Comercial Português (BCP) deu a volta. As ações do banco chegaram a cair mais de 7%, mas acabaram por valorizar mais de 6%, recuperação que permitiu à bolsa nacional voltar aos ganhos. O PSI-20 liderou as subidas entre as principais praças do Velho Continente.

O PSI-20 fechou esta sessão a valorizar 0,54% para os 5.101,67 pontos. Destacou-se na Europa — o Stoxx 600 somou 0,15% para os 375,51 pontos — acabando por conseguir recuperar à boleia do banco liderado por Nuno Amado. Encaminhava-se para a quinta sessão consecutiva de quedas, mas inverteu a tendência mais perto do final do dia.

O BCP vem de uma série de quedas consecutivas (com a liquidez a disparar), tendo chegado a afundar um máximo de mais de 7% durante a negociação para mínimos de abril. Chegou aos 18,9 cêntimos, cotação que atirou a capitalização bolsista para baixo da fasquia dos três mil milhões de euros — 2.803 milhões de euros –, mas disparou no final da negociação. O banco fechou esta sessão com um avanço de 6,12% para os 21,17 cêntimos.

A EDP e a EDP Renováveis deram o seu contributo para o desempenho no índice nacional, com subidas de 0,49% e 0,40%, respetivamente. Por sua vez, a Galp, a Nos e a Jerónimo Martins pesaram no índice com deslizes superiores a 1%. A Sonae também encerrou no vermelho, a desvalorizar 0,64%.

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Portuguesa MindProber fecha ronda de 450.000 euros

Startup portuguesa ligada aos neurociências fechou ronda de financiamento liderada pela Wisenext.

A startup portuguesa MindProber acaba de anunciar ter fechado uma ronda de financiamento de 450.000 euros liderada pela Wisenext, Smart Capital, e que conta ainda com a Ideias Glaciares e Ganexa Seed Capital. O financiamento servirá, nesta fase, para o alargamento da equipa.

Equipa da MindProber, incubada em Braga.D.R.

“O financiamento está focado na otimização do produto, dos sensores psicofisiológicos aos seus componentes de software, passando pela implementação de outras funcionalidades, tanto a nível nacional como internacional”, explica Pedro Almeida, CEO da MindProber, em comunicado enviado às redações.

A solução tecnológica da startup incubada na Startup Braga — uma plataforma de automação de estudos de neurociência — integra “sistemas fisiológicos completos e análises de comportamento”, esclarece João Paixão, presidente da Wisenext.

Pedro Almeida sublinha que a ronda de financiamento é resultado “de um trabalho intenso, antes da fase pre-seed, que valida a capacidade técnica e científica” para levar a cabo um programa piloto que envolva parceiros e clientes, marcas e consumidores.

A ronda de financiamento chega logo depois de a MindProber ter vencido o primeiro prémio do Insight Innovation Competition, que garantiu à empresa um investimento de 20.000 euros em dinheiro.

 

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Wall Street no vermelho. A culpa é do Irma

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

Os principais índices norte-americanos abriram em queda. Seguradoras empurram Wall Street para o vermelho devido ao furacão Irma.

O último dia da semana não começou muito sorridente para o mercado norte-americano. Os futuros pagamentos por parte das seguradoras às vítimas do furacão Irma levaram o Wall Street a abrir no vermelho, com os principais índices em queda.

Os três principais índices acordaram em queda, com o principal índice norte-americano, o S&P 500, a cair 0,11% para 2.462,25 pontos, com o setor industrial e energético a contribuir fortemente para tal. Já o índice industrial Dow Jones começou o dia a desvalorizar 0,10% para 21.764,43 pontos e o tecnológico Nasdaq a recuar 0,13% para 6.389,65 pontos, com a Apple, Cisco, e a Celgene a perderem valor.

A pesar no comportamento dos índices norte-americanos estavam os títulos do setor financeiro, tendo recuperado pouco depois: o Morgan Stanley seguia a avançar 1,52% e o Goldman Sachs ganhava 1,56%. No setor segurador, contudo, a tendência continua a ser negativa com os investidores a fazerem contas às indemnizações.

O furacão Irma causou até agora mais de 12 mortos à passagem pelas Antilhas Menores e Porto Rico, deixando uma destruição generalizada, e obrigou cerca de 700 mil pessoas a deixarem as suas casas em Cuba e mais de 19 mil na República Dominicana. Depois da sua passagem por Cuba e Bahamas, espera-se que siga em direção ao estado norte-americano da Florida até ao final do fim de semana.

Perante a catástrofe natural, muitos investidores estão a optar por manterem-se afastados dos ativos de maior risco. Está a aumentar a procura por ativos de refúgio como o dólar e o ouro. Jeremy Klein, responsável pela estratégia de investimentos na FBN Securities, diz que “além do furacão, o foco são os juros da dívida dos EUA”, numa altura em que os investidores estão reticentes sobre um novo aumento das taxas de juro da Fed.

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Fisco invoca “sigilo fiscal” no caso da Yupido, a empresa dos 29 mil milhões

Em resposta ao ECO, o Ministério das Finanças refere que "não se pode pronunciar sobre a situação contributiva" da Yupido. Polícia Judiciária está "a analisar" a empresa.

O Ministério das Finanças, que tem a tutela da Autoridade Tributária (Fisco), invoca “sigilo fiscal” para não informar se está ou não a investigar a Yupido pelo aumento de capital multimilionário que a empresa realizou no ano passado, através do qual passou a ser avaliada em 28,8 mil milhões de euros.

Contactado pelo ECO sobre se o Fisco estaria a investigar a empresa ou a desenvolver diligências para apurar a legitimidade do valor, fonte do ministério de Mário Centeno afirmou apenas: “O Ministério das Finanças não se pode pronunciar sobre a situação contributiva de pessoas individuais ou coletivas em concreto por uma questão de sigilo fiscal.”

O ministério das Finanças não se pode pronunciar sobre a situação contributiva de pessoas individuais ou coletivas em concreto por uma questão de sigilo fiscal.

Ministério das Finanças

Fonte oficial

Esta notícia surge um dia depois de uma fonte da Polícia Judiciária ter dito ao jornal Expresso [acesso pago] que as autoridades estão a “analisar” a situação para perceber se há indícios ou suspeitas que justifiquem uma investigação criminal.

Ao Dinheiro Vivo, Francisco Mendes, porta-voz da empresa, garantiu esta quinta-feira a “origem legal” do numerário envolvido, que andará à volta dos 243 milhões de euros, de acordo com um relatório e contas de 2016, a que o ECO teve acesso. O restante montante que perfaz os 28,8 mil milhões de euros de capital é, como o ECO avançou em primeira mão, o valor do “ativo intangível” no qual a empresa assentou o insólito aumento de capital, que é descrito como uma “plataforma digital inovadora” de media que se distingue “pelos algoritmos que a constituem”.

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Disney vai juntar Pixar, Star Wars e Marvel para criar o streaming mais feliz

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

A Disney vai migrar os seus filmes da Marvel, Pixar e Star Wars em exclusivo para um canal de streaming detido exclusivamente por si. O plano concretiza-se já em 2019.

A Disney vai migrar os seus filmes da Marvel, Pixar e Star Wars para um canal de streaming detido exclusivamente pela empresa já em 2019. O canal, que junta algumas das histórias e heróis mais conhecidos da terra, foi anunciado pelo CEO Bob Iger na conferência de Media, Comunicação e Entretenimento do Bank of America.

“Vamos lançar em grande e vamos lançar sexy“, disse Bob Iger. Para além de filmes da Disney, Marvel e Star Wars, o CEO revelou que o serviço prestes a ser lançado irá conter também quatro a cinco filmes originais da Disney e terá a sua própria biblioteca televisiva. No entanto, é ainda desconhecido o custo que o serviço terá.

Desde 2012 que a Disney tem licenciado os seus filmes para o Netflix, entre outras plataformas, já que até agora não tinha nenhuma solução própria onde pudesse disponibilizar os conteúdos exclusivos. Agora, os fãs dos seus protagonistas poderão assinar o serviço exclusivo. Existe ainda a possibilidade de haver versões internacionais do serviço serem lançadas antes da estreia norte-americana da plataforma, devido a questões de direitos de streaming.

Para reforçar o serviço, a Disney comprou a maior parte da empresa de media digital BAM Tech, aumentando os 33% de investimento que fez o ano passado. Como resultado do anúncio desta plataforma de streaming, que teve lugar no final de agosto a propósito da divulgação dos resultados da Disney, a empresa já disse que iria retirar os seus filmes da Netflix.

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CMVM espera aceder e analisar totalidade da documentação do Banif nas próximas semanas

  • Lusa
  • 8 Setembro 2017

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que estão a ser resolvidos os problemas no acesso aos documentos do Banif e que espera avançar com a sua análise nas próximas semanas.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que estão a ser resolvidos os problemas no acesso ao acervo documental do Banif e que espera avançar com a sua análise nas próximas semanas, como os clientes lesados têm pedido.

“Os constrangimentos relacionados com o acesso à informação estão a ser, com a colaboração de todos, progressivamente superados“, afirmou à Lusa fonte oficial do regulador dos mercados financeiros, acrescentando que “conta poder ter a possibilidade de aceder à totalidade da documentação relevante e progredir na respetiva análise nas próximas semanas”.

A necessidade de a CMVM aceder ao acervo documental do Banif prende-se, nomeadamente, com as mais de mil reclamações que os obrigacionistas do Banif fizeram chegar ao regulador a dar conta de como lhes foram vendidos esses títulos. O objetivo desses investidores é que se prove que houve vendas fraudulentas (‘misseling’) no Banif.

Contudo, nos últimos meses a CMVM assumiu dificuldades em encontrar a documentação que os clientes assinaram (boletins de inscrição ou fichas de adequação do produto ao perfil do cliente), para saber se houve ou não vendas fraudulentas. “Aceder à documentação é decisivo, mas não sei como vai ser feito“, afirmou a presidente da CMVM, Gabriela Dias, em julho no parlamento, informando que já então tinha feito contacto para isso quer com ao Banif ‘ banco mau’ (entidade que continua a existir após a resolução do banco, à espera de entrar em liquidação) e com o Fundo de Resolução (entidade gerida pelo Banco de Portugal, que determinou a resolução do Banif).

Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que o regulador também contactou o Santander Totta, que comprou parte da atividade do Banif, para saber se terá essa documentação entre o espólio com que ficou do Banco fundado no Funchal.

Em dezembro de 2015, o Banif foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal. Parte da atividade bancária do Banif foi então vendida ao Santander Totta por 150 milhões de euros, tendo sido ainda criada a sociedade-veículo Oitante para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não comprou.

Continua a existir ainda o Banif, o designado ‘banco mau’, no qual ficaram os acionistas e os obrigacionistas subordinados, que provavelmente nunca receberão o dinheiro investido. Desde então, sobretudo os obrigacionistas têm andado em ‘luta’ por uma solução. Em causa estão cerca de 3.500 investidores, em grande parte oriundos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores e das comunidades portuguesas na África do Sul, Venezuela e Estados Unidos, que perderam 263 milhões de euros.

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Portugal volta ao mercado de dívida na próxima semana

O Tesouro português pretende colocar até mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a 10 anos. Esta colocação surge num período marcado pelo alívio das yields portuguesas.

Portugal regressa aos mercados na próxima semana. O Tesouro português pretende colocar até mil milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) a dez anos. Esta colocação surge num período marcado pelo alívio das yields portuguesas no mercado secundário.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 13 de setembro pelas 10h30 um leilão da OT com maturidade em abril de 2027, com um montante indicativo entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões“, diz o organismo liderado por Cristina Casalinho.

A última vez que Portugal foi ao mercado buscar financiamento nesta maturidade foi há cerca de dois meses, a 12 de julho. Na ocasião, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) foi buscar ao mercado 685 milhões de euros, numa emissão com maturidade em abril de 2027.

Na altura, a taxa de juro desta emissão fixou-se em 3,085%, um pouco abaixo do valor a que as yields a dez anos se encontravam no mercado secundário.

Desde essa altura, as yields da dívida nacional têm apresentado uma tendência decrescente, estando atualmente abaixo da fasquia dos 3%. Quando se aguardava que Mario Draghi pudesse sinalizar que os estímulos vão acabar, o presidente do Banco Central Europeu (BCE) decidiu adiar o anúncio. E mantém-se disponível até para prolongar as compras de dívida soberana, o que está a pressionar os juros. A taxa a dez anos de Portugal recuou na última quinta-feira abaixo dos 2,75%. Nesta sessão, a yield nesta maturidade segue a aliviar dois pontos base, para os 2,842%.

(Notícia atualizada às 13h37 com mais informação)

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IRS: Finanças reembolsaram 2,56 mil milhões de euros

Até 31 de agosto foram processadas 5.161.700 declarações de IRS, mais 162 mil que em igual período do ano passado. Os contribuintes que foram reembolsados receberam, em média, 997 euros.

O Ministério das Finanças revela, em comunicado, que foram reembolsados aos contribuintes 2,56 mil milhões de euros referentes ao IRS de 2016. É um valor 159 milhões de euros acima do ano anterior. Contudo, o Governo também adianta que foram emitidas notas de cobrança referentes a 829 mil declarações, exigindo 1,38 mil milhões de euros aos contribuintes — mais 182 milhões do que no ano passado.

Estando já concluída “a generalidade” da campanha de IRS 2016, as Finanças contabilizam 5.161.700 declarações processadas, mais 162 mil do que em igual período do ano passado. O número de declarações liquidadas aumentou em todos os escalões de rendimentos, exceto no primeiro.

A maioria das declarações (2,6 milhões) deram origem a reembolso, tendo este atingido um valor médio de 997 euros. Houve 1,77 milhões de declarações em que não foi preciso reembolsar os contribuintes nem pedir mais imposto — as contas estavam certas — e as restantes deram origem a nota de cobrança.

806 mil contribuintes com IRS Automático

O Executivo adianta que 806 mil contribuintes fizeram o IRS Automático, o que acelerou o processo de reembolso. No total, o prazo médio de reembolsos baixou para 23 dias — dos anteriores 36 dias — enquanto o prazo de reembolso na entrega automática foi de apenas 12 dias (contra 30 dias no ano anterior). O número de reclamações baixou consideravelmente: houve menos 17.130 processos, tendo sido registados 2.273.

A redução do prazo médio de reembolso do IRS, quando comparado com o verificado em 2016, foi a principal razão que justificou uma evolução do défice orçamental pior do que o esperado nos primeiros seis meses deste ano. O efeito parece, contudo, ter sido temporário, conforme mostrou a execução orçamental referente ao período de janeiro a julho, quando o défice baixou 1.153 milhões de euros face ao mesmo período de 2016.

Para clarificar o impacto dos prazos médios de reembolso nas contas, as Finanças esclarecem quanto foi pago em cada mês, tanto em 2016, como em 2017.

Diferentes perfis de pagamento em 2016 e 2017

Fonte: Ministério das Finanças

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Ainda não percebeu o que está a acontecer na AG do Novo Banco?

Há quatro cenários em cima da mesa nas assembleias do Novo Banco que estão a acontecer hoje. O ECO ajuda-o a perceber os desfechos possíveis.

O Novo Banco lançou uma oferta no dia 24 de julho, propondo-se a recomprar as 36 linhas de obrigações vivas, com um saldo de três mil milhões de euros, e com um desconto real que pode ultrapassar os 30%.

Os credores foram convocados esta sexta-feira para 36 assembleias gerais (uma para cada linha de obrigação) e, teoricamente, há dois dois cenários possíveis em cima da mesa, que vão depender da participação dos investidores nestas reuniões.

Para haver quórum nas AG desta sexta-feira, é necessário que estejam presentes investidores representativos de mais de dois terços (66%) do valor das obrigações alvo da oferta.

1. Não há quórum na AG

Não havendo investidores suficientes, então os credores ficam automaticamente convocados para uma nova AG que se realizará no dia 29 de setembro.

Mas na segunda convocatória, o quórum mínimo deixa de ser 66% e passa a 33%, ou seja, será teoricamente mais fácil que a reunião se concretize. Nesta segunda reunião, e havendo o quórum mínimo, para que a oferta seja aprovada bastará então a aprovação por parte de investidores representativos de 25% do montante alvo da oferta.

2. Há quórum na AG

Havendo quórum nas reuniões de hoje, então os credores são chamados a votar uma cláusula designada de “solicitação de consentimento de reembolso antecipado”.

2.1. Credores aprovam a cláusula

Para aprovar esta cláusula, é necessário que 75% dos credores presentes na AG a votem favoravelmente. Neste cenário, há um efeito de arrastamento, ou seja, os restantes 25% são obrigados a aceitar compulsivamente a oferta. Neste caso, o assunto para este credores fica resolvido, embora ainda tenham de ficar a aguardar pelo resultado final das outras ofertas para saber se o Novo Banco conseguiu atingir o montante mínimo da poupança pretendida.

2.2. Credores não aprovam a cláusula

Se os credores optarem por chumbar a cláusula do “solicitação de consentimento de reembolso antecipado”, então a decisão de aceitar a oferta fica nas mãos de cada um dos credores individuais. Ou seja, têm até ao dia 2 de outubro para aceitarem ou não as condições oferecidas pelo Novo Banco.

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Marcelo: “Quando viro à direita em Portugal, a direita não nota”

  • Lusa
  • 8 Setembro 2017

Numa visita a Andorra o Presidente da República liga o crescimento de Portugal ao turismo e acrescenta que em Portugal a direita "não nota" quando Marcelo envereda nessa direção.

O Presidente da República comentou esta sexta-feira com emigrantes portugueses em Andorra que Portugal “está a crescer, a crescer”, após uma caminhada em que deixou recados à oposição, afirmando que, quando vira à direita, “a direita não nota”.

No dia nacional de Andorra, Marcelo Rebelo de Sousa desceu até ao Santuário de Nossa Senhora de Meritxell, onde assistiu a uma missa em honra da padroeira do principado. “Agora viramos à direita, coisa que eu em Portugal já não faço há algum tempo”, observou a certa altura, acrescentando: “De vez em quando faço, mas a direita não nota. Eu quando viro à direita em Portugal, a direita está distraída a bater na esquerda, não nota. Em vez de aproveitar, não nota”.

"Eu quando viro à direita em Portugal, a direita está distraída a bater na esquerda, não nota. Em vez de aproveitar, não nota”

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República de Portugal

Antes, quando lhe sugeriram que se aproximasse da beira da ravina para tirar uma fotografia, o chefe de Estado declarou que essa sugestão só podia partir de alguém “feito com a oposição” e interrogou: “Quem será a oposição ao Presidente que ama todos os portugueses?“. Depois, deu a resposta: “Não há oposição. Tem de ser alguém muito distraído. Com quotas de popularidade de 80 e tal por cento, tem de ser alguém muito distraído”.

À conversa com o ministro do Interior de Andorra, Xavier Espot Zamora, Marcelo Rebelo de Sousa falou do início do seu percurso político e considerou que “a política é difícil em todo o lado e, sobretudo, é cada vez mais difícil“.

No início deste percurso, o Presidente da República encontrou portugueses, entre os quais uma jovem enfermeira que lhe pediu “para lutar pelos enfermeiros em Portugal”. O Presidente da República retorquiu: “Vou recebê-los, vou recebê-los”, numa referência aos encontros que terá na próxima semana, no Palácio de Belém, com as ordens profissionais ligadas à saúde.

No final, já no Santuário, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a encontrar emigrantes e, enquanto tirava sucessivas fotografias com os portugueses, comentou a situação nacional declarando: “Aquilo está a crescer, a crescer, a crescer. Turistas, turistas, turistas“.

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