Partiu o ecrã do telemóvel? Tenha cuidado com as substituições de marca branca

Uma universidade mostrou que é possível controlar telemóveis através de ecrãs suplentes previamente manipulados. Mais de metade das pessoas com smartphone já partiu o ecrã pelo menos uma vez.

Um ecrã partido é dos problemas mais comuns nos telemóveis. É também dos mais aborrecidos de se resolver — e substituir este componente não é, por norma, barato. Já lhe aconteceu? Não temos boas notícias: uma universidade israelita mostrou que é possível comprometer um smartphone através dos ecrãs de substituição instalados nas oficinas de reparação.

Em traços gerais, o estudo agora publicado mostra que há forma de instalar um componente malicioso em ecrãs não homologados pelas fabricantes que, muitas vezes, são as alternativas mais baratas à reparação de um telemóvel com ecrã partido. Esse chip é capaz de abrir brechas de segurança no sistema.

Segundo o site The Verge, o método pode abrir caminho para que um burlão possa aceder aos seus dados pessoais, aplicações ou mesmo fotografias e vídeos. Alguém mal-intencionado e com a motivação certa poderia ter acesso e o controlo total do seu telemóvel.

A Universidade Ben-Gurion do Negev simulou o ataque em dois dispositivos Android modificados com ecrãs com o componente malicioso: um telemóvel Huawei Nexus P6 e um tablet LG G Pad 7.0. Em ambos os casos, a vulnerabilidade permitiu aos hackers obter o controlo dos aparelhos. Não é certo se este ataque seria possível num iPhone, mas a hipótese não é totalmente descabida.

Mais de metade já partiu o ecrã pelo menos uma vez

Para já, não há indicação de que o método esteja a ser usado para burlas e não há grandes motivos para preocupação. Mas o site refere que metade dos utilizadores de smartphones já partiu o ecrã pelo menos uma vez, o que pode tornar este caso numa Caixa de Pandora prestes a ser aberta.

Além do mais, as marcas apelam sempre a que se usem os componentes oficiais, em detrimento dos de marca branca. Mas importa referir que, apesar de possível, não seria fácil levar a cabo um ataque desta envergadura. Ainda que não seja detetável nos antivírus, manipular um ecrã com o chip malicioso poderá não ser tecnicamente possível em alguns modelos.

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Empresas mais amigas da sociedade? A eSolidar dá a mão

A startup portuguesa eSolidar criou um programa que vem introduzir práticas de solidariedade nas empresas.

Chama-se Business eSolidar e é um programa que quer envolver os funcionários das empresas para maximizar e analisar o impacto social. Esta é a nova aposta da startup portuguesa eSolidar, cuja plataforma online já se dedicava à angariação de fundos para causas sociais.

O Business eSolidar quer criar uma rede de solidariedade nas empresas, capacitando os funcionários para que se envolvam em iniciativas de voluntariado corporativo e donativos. É um programa de recursos humanos que estimula a partilha de ideias e preocupações sociais dos funcionários, promovendo desta forma o trabalho em equipa e orgulho na empresa. Os benefícios para a empresa passam pela retenção de talento, aumento da reputação e um maior impacto na sociedade.

Na ótica do CEO e fundador da eSolidar, Marco Barbosa, “esta é mais uma forma de crescimento da plataforma, permitindo um maior alcance empresarial e acesso às ferramentas mais atuais de responsabilidade social”. Marco Barbosa foi distinguido com o título Forbes 30 under 30, que seleciona os empreendedores que mais se destacaram entre vários setores.

A plataforma da startup portuguesa já contava como os Leilões Solidários, através dos quais instituições sociais podem angariar fundos para as causas que defendem em troca de um prémio — desde uma camisola autografada de um clube de futebol até bilhetes para festivais. No total, até ao momento, as 806 organizações que utilizaram a plataforma conseguiram angariar 238.562,78 euros.

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Ministra do Mar dá o OK à linha marítima Madeira/Continente

  • Lusa
  • 21 Agosto 2017

Haverá agora um concurso público internacional para a concessão de serviço de transporte marítimo por ferry entre a região e o continente português, segundo explicou o governo regional.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, deu parecer favorável à ligação marítima entre a Madeira e o continente, abrindo espaço para o lançamento do concurso público internacional, disse hoje a Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura.

“Depois da pronúncia da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), chegou a vez de o Governo Regional receber o parecer favorável da Ministra do Mar relativamente às peças do procedimento do Concurso Público Internacional para a concessão de serviço de transporte marítimo regular, por ferry, entre a região e o continente português”, refere o governo regional em comunicado.

O parecer técnico favorável possibilita, conforme sublinha o secretário da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, “o cumprimento de mais um passo no desenvolvimento deste processo e o lançamento, na plataforma, do Concurso Público Internacional, no decorrer da semana que agora se inicia, ou seja, entre os dias 22 e 25 de agosto”.

O governante garante “que o trabalho que competia à região foi desde cedo assegurado e que, agora, cabe proceder à abertura do concurso e tudo fazer para que o mesmo suscite o interesse do mercado”.

A Secretaria adianta que, em termos de calendário, “mantêm-se as condições previstas e já publicamente avançadas, ou seja, aberto o concurso na plataforma, segue-se um prazo de 70 dias para a apresentação de propostas dos armadores, seguindo-se, depois, o tempo relativo à montagem da operação”, que espera concretizada e a funcionar no primeiro semestre de 2018.

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Wall Street em baixa à espera de Janet Yellen

As bolsas norte-americanas abriram em queda, numa semana que ficará marcada pelo encontro entre os líderes da Fed e do BCE. Discurso de Janet Yellen será acompanhado atentamente pelos investidores.

As bolsas norte-americanas abriram a cair ligeiramente, acompanhando a tendência das congéneres europeias. Os três principais índices abriram com perdas entre 0,03 e 0,20%, depois de uma semana de recuos.

O S&P 500 desvalorizava 0,18%. O industrial Dow Jones caía 0,05%. Já o tecnológico Nasdaq também arrancou sob pressão, caindo na ordem das décimas, mas não tardou a recuperar, avançando lentamente, na ordem dos 0,06%.

"[Esta semana] o foco dos mercados será provavelmente Yellen, tendo em conta o ambiente geral de baixa inflação e a probabilidade de a Fed começar a reduzir o balanço muito em breve.”

Peter Goves

Estratega do Citigroup

A semana será marcada especialmente pelo encontro entre os líderes da Reserva Federal norte-americana e do Banco Central Europeu, Janet Yellen e Mario Draghi, na conferência anual Jackson Hole, no Estado do Kansas.

Na sexta-feira, Yellen falará de “estabilidade financeira”, um discurso que será acompanhado atentamente pelos investidores, numa altura em que crescem as preocupações em relação à baixa inflação, de acordo com a Bloomberg.

“O principal evento desta semana será o fórum das políticas dos bancos centrais, que começa na quinta-feira. O foco dos mercados será provavelmente Yellen, tendo em conta o ambiente geral de baixa inflação e a probabilidade de a Fed começar a reduzir o balanço muito em breve”, disse à agência o estratega do Citigroup, Peter Goves.

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Acordo do PS com PSD? “Não tenho de pensar o mesmo que o primeiro-ministro”

  • ECO
  • 21 Agosto 2017

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares garante não haver nenhuma contradição entre as suas declarações e as de António Costa. Mas salienta que não têm de partilhar as mesmas opiniões.

No passado sábado, António Costa desafiou o PSD para um consenso sobre obras públicas e fundos europeus. Em entrevista ao Expresso, o primeiro-ministro disse ser “fundamental” contar com os sociais-democratas. Esta posição contrasta com a declaração do seu braço-direito, Pedro Nuno Santos, no início do ano, ao Jornal Económico: “O PS nunca mais vai precisar da direita para governar”. Confrontado com as declarações de Costa pelo jornal i, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares nega que exista uma contradição.

Pedro Nuno Santos justifica que, apesar de não precisar da direita para ter uma maioria absoluta, isso não quer dizer que “não se devam procurar consensos com outras forças políticas em matérias que justificam consensos mais alargados”. Citado pelo i, o secretário de Estados dos Assuntos Parlamentares relembra que o PS tinha dito em campanha que queria uma “maioria qualificada para o plano de obras públicas em que o país deve investir”.

Recusando que, neste caso específico, existam “contradições de pensamentos”, Pedro Nuno Santos afirma que se existisse não haveria problema. “Eu não tenho de pensar exatamente o mesmo que o líder do Governo no que diz respeito a todas as matérias”, esclarece, assinalando que a questão se coloca ainda menos no que toca à “política de alianças do PS”. Ainda assim, assegura que neste caso pensam “o mesmo”.

No sábado, na entrevista ao Expresso (acesso pago) ao semanário, António Costa afirmou que “a esquerda e a direita não se distinguem, em nenhum país do mundo, por decidir se fazem um aeroporto ou não, uma linha férrea e se ela tem este ou aquele traçado”. “São objetivos que têm de ser consensuais porque são compromissos que ficam para séculos”, argumentou, referindo que o “consenso não deve ser construído a partir do nada, mas a partir da análise das necessidades concretas do país e deve estar alicerçado em boa informação”.

No mesmo dia, o PSD reagiu. Hugo Soares, o atual líder parlamentar dos sociais-democratas, acusou Costa de regresso ao socratismo dada a prioridade nas obras públicas. “Anunciar obras públicas como prioridade para o país é voltar aos tempos do engenheiro Sócrates e nós isso não queremos e creio que o país também não quer”, criticou o deputado do PSD.

No início do mês, a o Barómetro das Obras Públicas da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) revelou que as obras públicas atingiram um máximo desde o início do resgate. O volume de concursos de obras públicas mais do que duplicou face ao período homólogo de 2016 para os 1.480 milhões de euros.

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Moçambique cria fundo soberano com receitas dos recursos naturais

  • Lusa
  • 21 Agosto 2017

Moçambique vai criar um fundo soberano para "financiar boas iniciativas". Será alimentado pelas receitas provenientes dos recursos naturais e arranca, para já, com 350 milhões de dólares.

O Governo moçambicano vai criar um fundo soberano com as receitas da exploração dos recursos naturais, afirmou o ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, citado pelo diário O País. “Nós temos que criar o Fundo Nacional de Desenvolvimento. É o que nós estamos a pensar. O Fundo Nacional de Desenvolvimento é para financiar boas iniciativas, mas que precisa de um capital suficiente para começar”, afirmou o ministro da Economia e Finanças.

Segundo Adriano Maleiane, a referida conta será alimentada pelas mais-valias provenientes dos recursos naturais, nomeadamente carvão e gás natural. “Este fundo será alimentado da mesma forma que os outros países alimentam um fundo soberano. O que estamos a defender, como Governo, é que quando a gente receber as mais-valias não é para aumentar a despesa e gastar para depois termos problemas de ajustamento”, declarou o ministro da Economia e Desenvolvimento de Moçambique.

Adriano Maleiane acrescentou que as reservas serão geridas por uma entidade autónoma, havendo a possibilidade de vir a ser o Banco Nacional de Investimentos (BNI). Adriano Maleiane adiantou que o capital inicial do fundo serão os 350 milhões de dólares que a multinacional italiana ENI pagou pelo valor que encaixou com a venda de uma parcela da sua participação na concessão de gás natural na bacia do Rovuma à norte-americana Exxon Mobil.

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Total às compras. Gasta seis mil milhões com a Maersk

Os negócios no mercado do petróleo voltam a acelerar com a compra da Maersk pela Total. O preço de aquisição da unidade de petróleo e gás dinamarquesa excedeu as expectativas.

Numa altura em que os preços do petróleo estão baixos, são raros os negócios no setor. Apesar do contexto, a Total não se coibiu de avançar para o seu maior negócio desde 1999 ao chegar a acordo para a compra da unidade de petróleo e gás da Maersk. Vai gastar 6,4 mil milhões de euros.

A Total concordou assumir 2,1 mil milhões de euros da dívida da Maersk e pagar ainda 4,2 mil milhões de euros com ações próprias em troca da unidade de petróleo e gás da empresa dinamarquesa. Um negócio de 6,4 mil milhões de euros que supera as expectativas de alguns analistas, levando as ações a dispararem um máximo de 5,7%.

As ações da Maersk estavam a valorizar pelas 13h15 uns 3,13%, subindo para os 1.776,15 euros por ação. Contudo, desde o anúncio. A Maersk é uma empresa dinamarquesa conhecida sobretudo por se mover no setor da indústria e logística de transportes. O CEO, Soren Skou, diz à Bloomberg que considerou várias opções mas que a venda da unidade de produção de gás e petróleo foi “a melhor opção”.

A Total explora agora o mercado do Mar do Norte após os movimentos de expansão que desde o início do ano já alargaram a rede da empresa para o Uganda e Brasil. O CEO da Total, Patrick Pouyanne, já tinha mostrado disponibilidade para aquisições de forma a aproveitar a desvalorização das empresas de energia petrolífera, que acompanharam as quebras nos preços da matéria-prima.

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A Great Wall quer a Fiat. Ações da fabricante italiana disparam

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Agosto 2017

A fabricante automóvel chinesa quer a Jeep, mas não se importa de comprar o grupo todo. A Fiat Chrysler já garantiu que não foi abordada com propostas de compra.

A Fiat Chrysler poderá vir a fazer parte da Grande Muralha chinesa, mas não do monumento. A fabricante automóvel chinesa Great Wall afirmou-se interessada na compra da italiana, seguindo assim uma estratégia de expansão mundial. A “menina dos olhos” da Great Wall será a Jeep, cuja aquisição permitirá cumprir um dos objetivos já anunciados pela empresa: tornar-se o principal fabricante de SUV até 2020.

Em declarações a uma revista da especialidade, a responsável da comunicação da fabricante chinesa afirmou que esta “está interessada na Jeep”. Quando questionada acerca do montante que estariam dispostos a pagar pelo grupo italiano, bem como mais detalhes do negócio, a empresa não prestou mais declarações.

Contactada por diversos meios de comunicação, a Fiat Chrysler emitiu um comunicado garantindo que ainda não foi abordada pela empresa chinesa. Ainda assim, é conhecida a intenção do presidente executivo do grupo, Sergio Marchionne, de arranjar uma empresa parceira para ajudar a liderar o barco depois das suspeitas de manipulação de emissões.

Quem também se mostrou bastante animado com a intenção da chinesa foram os mercados. As ações da fabricante italiana já chegaram a valorizar cerca de 5% nesta sessão para 11,22 euros, valor que representa o mais elevado de sempre da empresa. Os títulos seguem a negociar nos 11,08 euros.

Ações da Chrysler aceleram 5%

Fonte: Bloomberg

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Desempregados inscritos no IEFP em mínimos de 2008

Os dados divulgados pelo IEFP mostram que o número de desempregados registados caiu 16,4% em julho, face ao mesmo mês do ano passado. Ao todo são 416 mil, o número mais baixo desde dezembro de 2008.

Em julho, existiram 24 mil ofertas de emprego — uma subida de 17,1% face ao período homólogo — para 416 mil desempregados registados. Desse total, 44 mil são jovens, o que representa uma diminuição face aos 55 mil registados em julho de 2016. Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo IEFP, todos os grupos de desempregados contribuíram para a diminuição do desemprego registado.

Estes mínimos de mais de oito anos nos desempregados inscritos no IEFP é uma tendência que se tem verificado este ano, dado que o desemprego estimado pelo INE continua a superar as expectativas do Governo. O número de desempregados inscritos no IEFP em julho deste ano foi de 416.275, o que compara com os 416.005 de dezembro de 2008. Em termos homólogos, registam-se menos 81,4 mil pessoas desempregadas no IEFP. Face a junho, o número de desempregados registados caiu 1,9 mil.

“A nível regional, comparando com o mês de julho de 2016, o desemprego diminuiu em todas as regiões do País, destacando-se o Algarve com a descidas percentual mais acentuada (-26,9%)”, revela a informação mensal do Instituto do Emprego e Formação Profissional. “Relativamente ao mês homólogo de 2016, o grupo “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” apresentou a mais expressiva descida percentual do desemprego (-24,6%), seguido dos “operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (-21,6%)”, acrescenta.

Dados: IEFP

Os desempregados de longa duração contribuíram para essa diminuição dado que registaram uma queda de 33 mil pessoas, menos 13,5% do que no período homólogo. O número registado caiu de 244 mil para 212 mil pessoas. Ao longo do mês de julho foram colocados 6.946 pessoas, menos 22,9% do que em julho de 2016.

Governo: diminuição entre os jovens foi “particularmente expressiva”

O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, sinalizou que os dados de julho do IEFP mostram uma diminuição “particularmente expressiva” do desemprego registado entre os jovens. “É uma diminuição particularmente expressiva entre os jovens. Ou seja, o desemprego registado diminui no total 16,4%, está agora nas 416 mil pessoas, mas o desemprego jovem diminuiu 19,5%, o que é um sinal importante porque, como sabemos, os jovens e os desempregados de longa duração são dois grupos particularmente desfavorecidos”, disse o governante em declarações à agência Lusa.

Para Miguel Cabrita, os dados demonstram também que há um trabalho que o serviço público de emprego está a procurar fazer “de funcionar mais como um agente pro ativo de resposta às necessidades do mercado de trabalho e de inserções mais sustentáveis no mercado de trabalho e menos como uma porta giratória de políticas ativas que sirvam apenas para ocupar as pessoas”.

“O trabalho que temos vindo a fazer é procurar fazer do serviço público de emprego um agente dinâmico, de procurar respostas para as pessoas e de procurar calibrar também as nossas próprias políticas ativas àquelas que são as necessidades das pessoas e das empresas, conseguindo inserções mais sustentáveis no mercado de trabalho”, disse.

(Atualizado pela última vez às 14h55)

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Turistas gastam 33 milhões por dia em Portugal

O ritmo de crescimento dos gastos dos turistas em Portugal duplicou face ao que era registado no ano passado. As receitas turísticas ultrapassaram os seis mil milhões, só no primeiro semestre.

As receitas turísticas ultrapassaram os seis mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, um aumento superior a mil milhões de euros face aos valores que tinham sido registados no mesmo período do ano passado. Os números divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal mostram que os turistas deixaram, por dia, mais de 33 milhões de euros em Portugal.

Entre janeiro e junho deste ano, as receitas turísticas totalizaram 6.060.430.000 euros. É uma subida de 21% face às receitas de 5 mil milhões do primeiro semestre do ano passado. Há uma aceleração muito significativa deste crescimento: em 2016, as receitas turísticas tinham aumentado, em termos homólogos, 9% no primeiro semestre e 10,5% no conjunto do ano.

Receitas turísticas ultrapassam seis mil milhões no primeiro semestre

Por outro lado, os portugueses gastaram 2,1 mil milhões de euros no estrangeiro, no primeiro semestre, o equivalente a 11,6 milhões de euros por dia.

Feitas as contas, o saldo da balança de viagens e turismo aumentou para 3,9 mil milhões de euros no final de junho. É o equivalente a quase 65% do saldo da balança de serviços, que no primeiro semestre se fixou em pouco mais de seis mil milhões de euros.

A aceleração das receitas provenientes do turismo não foi, ainda assim, suficiente para compensar o aumento das importações. No primeiro semestre, o saldo da balança de bens e serviços fixou-se em perto de 713 milhões de euros, uma quebra de 412 milhões face ao período homólogo, que fica a dever-se ao aumento de 14,7% das importações de bens, contra uma subida de 12,1% das exportações. Assim, sem o turismo, a balança de bens e serviços seria negativa em mais de três mil milhões de euros.

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Abatido autor do atentado de Barcelona que estava a monte

A polícia da Catalunha realizou uma operação no concelho de Subirats, fora de Barcelona. O autor do ataque da passada quinta-feira, que esfaqueou um homem para roubar uma carrinha, foi morto.

Esta segunda-feira de tarde a polícia catalã, os Mossos, abateu Younes Abouyaaqoub, confirmou fonte policial ao El País. O homem que era procurado pela sua participação no atentado de Barcelona na quinta-feira passada, especificamente por ter esfaqueado mortalmente um homem para lhe roubar a carrinha e fugir do local, foi morto quando aparentava usar um cinto de explosivos que, de acordo com a agência Efe, já se confirmou ser falso.

A polícia catalã montou uma operação num concelho a cerca de 50 quilómetros de Barcelona após ter recebido um aviso de presença de pessoa suspeita. No Twitter, a polícia da Catalunha confirmou que abateu o suspeito.

O atentado, reclamado pelo grupo terrorista Estado Islâmico, matou 15 pessoas e também resultou numa centena de feridos, escreve o El País. Na noite do atentado, cinco terroristas foram abatidos, mas um suspeito continuaria a monte, de acordo com a polícia catalã. O suspeito era descrito como tendo a pele escura, o cabelo curto, 1,80 metros de altura e podendo usar barba. Foi este suspeito o abatido esta tarde a oeste de Barcelona, no bairro de Subirats, com o que aparentava ser um cinto de explosivos, mas que era simulado, segundo a Efe. A identificação tardou um pouco a ser confirmada.

A polícia da Catalunha tinha esclarecido esta segunda-feira de manhã que foram identificadas todas as 15 vítimas mortais do atentado da quinta-feira passada, incluindo a pessoa que foi esfaqueada, além dos 14 que foram abalroados por uma carrinha.

A 15.ª vítima mortal, Pau Pérez é o dono do automóvel que foi roubado por este suspeito, que terá esfaqueado a vítima para poder apoderar-se do veículo. Das restantes vítimas, seis eram espanholas, duas portuguesas, uma norte-americana, uma canadiana, três italianos, e uma criança com dupla nacionalidade britânica e australiana.

Rua evacuada devido a mochila

Esta segunda-feira também viu a evacuação de uma rua no centro de Barcelona, próxima do local onde acontecera o atentado, devido a uma mochila abandonada considerada suspeita. Tratava-se de um falso alarme e pouco depois a normalidade regressava ao local.

Na conferência de imprensa, as autoridades esclareceram que “cada vez que houve um atentado numa cidade europeia, as pessoas ficam mais sensíveis e a polícia faz verificações”. Já se confirmou que a mochila continha apenas “objetos pessoais”.

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Mochilas mais pesadas, carteiras mais leves. Regresso às aulas custa 393 euros às famílias portuguesas

Os portugueses vão gastar em média 393 euros, menos 62 euros que em 2016, diz o estudo do Observador Cetelem.

Enquanto os jovens enchem as mochilas para o regresso às aulas, as carteiras dos pais ficam mais leves. Em média, as famílias planeiam gastar 393 euros, ainda assim serão menos 62 euros que no ano passado. Este é o valor mais baixo desde 2013. A verdadeira correria às compras deverá começar duas semanas antes do início do ano letivo, para aproveitar as promoções.

Uma média de 393 euros — é esta a quantia que as famílias estão dispostas a gastar este ano para os jovens entrarem no período de aulas com o pé direito. Em 2016, a média era de 455 euros, e havia mais famílias a admitirem gastos acima dos 1.000 euros — um total de 10% que desce este ano para 4%. Mais de metade das famílias, 61%, aponta para despesas entre 250 a 750 euros no regresso às aulas, diz o Observador Cetelem.

O material escolar essencial como mochilas, cadernos e canetas, assim como equipamento desportivo e materiais de apoio didático são os itens que mais pesam na carteira dos encarregados de educação. Para os jovens, a regra é comprar tudo de uma vez e, de preferência, nas duas semanas que antecedem o início das aulas. Os adultos que estudam tendem a dividir os gastos pelo ano.

O Observador Cetelem nota ainda que a crescente concorrência no mercado dos materiais escolares tem beneficiado os consumidores. Pedro Camarinha, Diretor de Distribuição do Cetelem acredita que os preços mais baixos justificam as expectativas mais modestas das famílias em relação aos gastos deste ano.

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