Incêndios: Mais de mil operacionais combatem fogos em cinco distritos

  • Lusa
  • 21 Agosto 2017

Mais de mil operacionais combatiam, ao início da madrugada de hoje, sete grandes incêndios nos distritos de Braga, Viseu, Lisboa, Leiria e Aveiro, dois dos quais dados como dominados.

Mais de mil operacionais combatiam, ao início da madrugada de hoje, sete grandes incêndios nos distritos de Braga, Viseu, Lisboa, Leiria e Aveiro, dois dos quais dados como dominados, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas 02:20, o incêndio que deflagrou ao final da tarde de domingo em Celorico de Basto, no distrito de Braga, mobilizava o maior número de meios, juntando 219 operacionais e 69 veículos no combate a três frentes.

Idêntico número de operacionais – 214 homens e 69 viaturas – combatiam o fogo em Porto de Mós, no distrito de Leiria, que lavra desde a tarde de domingo e que, pela mesma hora, tinha duas frentes.

No distrito de Viseu estavam em curso dois grandes incêndios, ambos no concelho de Resende, pelas 02:10. O da freguesia de Ovadas e Panchorra, que deflagrou na manhã de domingo, mobilizava 140 operacionais e 37 meios terrestres; enquanto o de São Martinho de Mouros, também com duas frentes, que deflagrou na madrugada de quinta-feira, reunia 127 homens e 26 viaturas.

No concelho de Cadaval, no distrito de Lisboa, pelas 02:20, encontravam-se no terreno 75 operacionais apoiados por 21 viaturas no combate ao incêndio, com uma frente, que deflagrou na noite de domingo.

Cerca de 260 operacionais mantinham-se ainda no terreno, pela mesma hora, em Santa Maria da Feira (Aveiro) e Cabeceiras de Basto (Braga) devido a dois incêndios que entraram em fase de resolução na noite de domingo, segundo indicou fonte da ANPC.

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5 coisas que vão marcar o dia

Lá fora, terminam as campanhas eleitorais em Angola e a Coreia do Norte pode acumular tensões com a Coreia do Sul. A OPEP repensa medidas. Cá, avalia-se o investimento internacional.

Segunda-feira é dia de suspense na política internacional. Termina o período de campanha eleitoral em Angola enquanto as tensões na Coreia do Norte podem aumentar, desta vez com a vizinha Coreia do Sul. Também lá fora, a OPEP reúne para discutir novas medidas que reequilibrem o mercado do petróleo. Em Portugal, faz-se o balanço do investimento estrangeiro para o segundo trimestre.

Portugal é atrativo para os investidores?

O Banco de Portugal lança as estatísticas da posição de investimento internacional para o segundo trimestre de 2017. Em 2016, Portugal conseguiu captar o maior valor de investimento direto estrangeiro dos últimos 20 anos, segundo o Inquérito à Atratividade de Portugal 2017, realizado pela EY. Alemanha e Espanha foram os maiores investidores.

Terrorismo mantém mercados sob pressão

Depois dos ataques na Catalunha, em Espanha, na Finlândia e também na Rússia, os investidores mostraram a sua apreensão. As últimas sessões têm sido de quedas consecutivas nos ativos de risco, levando muitos investidores a procurarem ativos considerados de refúgio, nomeadamente os títulos de dívida soberana mas principalmente o ouro. O metal precioso passou no final da semana passada a fasquia dos 1.300 dólares por onça. Será que a tensão nas ações vai dar ainda mais brilho ao metal amarelo?

 

“Fogo e Fúria” pode levantar as chamas

Na segunda-feira começam os treinos militares da Coreia do Sul. Apesar de já se encontrarem agendados há bastante tempo, este início pode acrescentar tensões com a Coreia do Norte numa altura em que as relações com os EUA preocupam. O presidente Trump, admite atuar com “fogo e fúria” sobre a Coreia do Norte enquanto Pyongyang diz ter planeado o lançamento de quatro mísseis para a ilha americana de Guam. Wall Street, bem como os restantes mercados acionistas mundiais, têm recuado na sequência desta troca de ameaças.

OPEP discute novas medidas

O comité técnico da OPEP reúne esta segunda-feira em Viena para discutir as medidas propostas na última reunião da organização. Na mesa estão a criação de um sistema para controlar a produção e outro para verificar o cumprimento dos acordos pelos membros. A Agência Internacional de Energia que apesar dos esforços da OPEP que estão a reequilibrar o mercado do petróleo, as reservas continuam demasiado elevadas.

Eleições em contagem decrescente em Angola

No dia 21 de agosto termina a campanha eleitoral para a presidência de Angola, permitindo a reflexão para as eleições que se realizam no dia 23. O sucessor mais provável para José Eduardo dos Santos é João Lourenço, do mesmo partido, o MPLA. A consultora BMI Research prevê “mais do mesmo em termos de política económica” embora alerte para o risco de revoltas populares. Também esta segunda-feira, o opositor da Merkel começa a rota de campanha na Alemanha.

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Negociações do OE2018 arrancam esta semana. O que falta cumprir dos acordos?

  • Margarida Peixoto e Cristina Oliveira da Silva
  • 21 Agosto 2017

As negociações do Orçamento do Estado para 2018 arrancam esta semana. O ECO foi revisitar os acordos para saber o que ainda falta cumprir.

Quase a meio da legislatura, a maior parte das medidas emblemáticas dos acordos firmados entre o PS e os partidos da esquerda já está cumprida. Mas ainda faltam passos decisivos em matérias de Segurança Social e impostos. Além disso, há muitos dossiês em que as medidas estão a avançar, mas não foram suficientemente longe para descansar as esquerdas. Os acordos não estão esgotados e o Orçamento de Estado para 2018 está à porta. O que falta fazer?

Esta semana arrancam as negociações entre as esquerdas para o Orçamento do Estado e os partidos começam a delinear as suas estratégias. O Governo já tinha dito que queria os principais dossiês do OE fechados até ao final de junho mas as negociações foram interrompidas por causa dos incêndios. O documento tem de ser entregue na Assembleia da República até 15 de outubro que, como calha a um domingo, poderá implicar acertos no calendário — ou é entregue antes ou na segunda-feira.

“O acordo não está esgotado,” garante Joana Mortágua, ao ECO. A medida “mais gritante, e mais pesada, é a do desagravamento fiscal através do IRS,” sublinha. Este será um dos temas quentes da discussão nas próximas semanas, com o Bloco a pedir um alívio na ordem dos 600 milhões de euros, perante um ponto de partida de 200 milhões de euros da parte do Governo.

A deputada do Bloco de Esquerda reconhece porém que há medidas que foram “escrupulosamente cumpridas.” E outros princípios pelos quais o partido terá de continuar a lutar. Até porque há ideias que não foram especificamente detalhadas no acordo, mas que o Bloco vai continuar a levar para cima da mesa. É o caso do descongelamento de carreiras da função pública, ou do financiamento dos serviços públicos, com destaque para o Serviço Nacional de Saúde.

“Por estar escrito no acordo não quer dizer que venha de bandeja,” diz Manuela Cunha, dirigente nacional dos Verdes, ao ECO. E dá um exemplo: a restrição à plantação de eucaliptos estava prevista no acordo, mas não foi o atual ministro da tutela que negociou diretamente o acordo. “Por isso o meu entendimento da frase que lá está escrita não era o mesmo que o do Governo,” explica Manuela Cunha, que esteve presente nas negociações das áreas do ambiente.

Contactada pelo ECO, fonte oficial do PCP frisou apenas que “o exame comum do Orçamento do Estado para 2018, já iniciado e que prosseguirá nos próximos dois meses” será norteado, da parte dos comunistas, “pelo objetivo de assegurar a consolidação e novos avanços no caminho da reposição e conquista de direitos.”

Então o que falta fazer?

A medida mais emblemática que falta cumprir é a do desagravamento do IRS. Mário Centeno já disse, em junho, que o Governo prepara alterações que podem passar pela criação de novos escalões. O foco deverá ser o segundo escalão, que compreende rendimentos até 20 mil euros. Segundo disse o ministro das Finanças, no IRS vai ser introduzida uma “diminuição que permita progressividade no imposto adequada.”

Mas esta não é a única medida por concretizar. Falta rever o regime contributivo dos recibos verdes ainda que já haja acordo com o Bloco. Um dos objetivos é que o desconto passe a incidir sobre o rendimento efetivo do trabalhador e não sobre os valores do ano anterior. O Orçamento do Estado para 2017 já prevê uma autorização legislativa para avançar com estas alterações, mas ainda nada foi concretizado.

Nos acordos com as esquerdas também está previsto diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social, mas por enquanto este objetivo não foi concretizado. Vieira da Silva já admitiu avançar com essa diversificação no próximo Orçamento.

Um primeiro sinal foi dado com o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis, cuja receita está consignada ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). Ou seja, não serve ainda para pagar prestações da Segurança Social, mas sim para alimentar o pé-de-meia dos pensionistas caso o sistema previdencial entre em rutura. Seja como for, sinaliza que é possível encontrar fontes de financiamento alternativas às contribuições dos empregadores e dos trabalhadores.

O Bloco inscreveu ainda no seu acordo uma redução gradual da Taxa Social Única a cargo dos trabalhadores com salários até 600 euros, como forma de aumentar os rendimentos. Esta redução não teria impacto no valor das reformas. Mas ainda nada foi feito neste sentido.

Já os Verdes colocam como um dos objetivos fundamentais para os próximos tempos a revisão da Convenção de Albufeira, que regula a gestão ibérica do Tejo e está por isso relacionada com o dossiê de Almaraz. “Não há conclusões públicas sobre a matéria,” frisa Manuela Cunha.

O que está em curso?

Neste conjunto de medidas trata-se, sobretudo, de ir ao pormenor. Ou seja: até é possível — e provável — que os passos que foram dados num determinado dossiê sejam considerados conclusivos por parte do Governo, mas para quem está do do outro lado da mesa da negociação ainda é só o princípio. A subjetividade na avaliação do que foi feito é tanto maior quanto mais indefinidas são as medidas.

Por exemplo: o Governo avançou com o PREVPAP — um programa extraordinário de regularização de precários nas administrações públicas. Esta iniciativa enquadra-se no âmbito do combate à precariedade. Tal como os concursos extraordinários de regularização de professores visam o mesmo objetivo. Mas para o Bloco de Esquerda, por exemplo, a procissão ainda vai no adro. Como disse Joana Mortágua ao ECO, este é um assunto que será levado para cima da mesa das negociações, porque o caminho percorrido ainda não chega.

Outro exemplo é o aumento de recursos para o Serviço Nacional de Saúde. Foram contratados médicos e enfermeiros, mas a esquerda reclama que persistem carências. Também foi aumentada a dotação orçamental para a Saúde, mas o financiamento é considerado ainda insuficiente.

Pelos Verdes, Manuela Cunha dá outros exemplos: no acordo está prevista a reversão do processo de fusões das empresas de água (cujo objetivo seria privatizar) e foram dados passos importantes. Mas a medida “ainda não está concluída,” diz a dirigente.

O que está feito?

Há ainda várias medidas que já estão feitas mas que atravessam toda a legislatura, implicando assim um acompanhamento constante. Desde logo, o aumento do salário mínimo, negociado pelo Bloco mas reivindicado por toda a esquerda. Os bloquistas defendem a subida para 600 euros durante a legislatura e o Governo já assumiu esse compromisso para 2019, apontando para um valor intermédio de 580 euros em 2018. Em 2016, o salário mínimo aumentou para 530 euros e em 2017 para 557.

Foi para contrabalançar o aumento do salário mínimo que a concertação social aceitou reduzir a TSU das empresas afetadas — ainda que em acordos com a esquerda esteja claro que o programa do Governo deve excluir qualquer redução das contribuições. A medida acabou por ser chamada ao Parlamento e caiu.

As pensões também já foram descongeladas, através da reposição das regras automáticas de atualização. Este ano, dois milhões de pensionistas tiveram ainda direito a um aumento extraordinário em agosto. O Governo já disse que, no futuro, o aumento voltará a ter em conta as regras de atualização previstas em lei, ligadas à economia e à inflação.

Os cortes salariais também já foram revertidos, o IVA da restauração caiu para 13% e os quatro feriados suspensos pelo anterior Executivo foram repostos.

Ponto de situação do cumprimento dos acordos

Fonte: ECO

A lista: o que falta cumprir, o que está em curso e o que está feito

O ECO organizou as medidas dos acordos firmados entre o PS e o BE, PCP e Os Verdes consoante estejam cumpridas, em curso ou por fazer. Em alguns casos, como o do aumento do salário mínimo, em que a medida está prevista para vários anos, o ECO considerou cumprido quando nos anos que já decorreram de mandato os passos que estavam previstos para esse período foram dados. Houve também medidas em relação às quais não foi possível verificar o ponto de situação. Essas medidas foram classificados “por apurar”.

O que falta cumprir ?

  • Diversificação de fontes de financiamento da Segurança Social
  • Redução gradual até 4 pontos percentuais, sem consequências na formação das pensões, da TSU paga pelos trabalhadores com salário base bruto igual ou inferior a 600€ por mês
  • Aumento da progressividade do IRS, através do aumento do número de escalões
  • Revisão da base de cálculo das contribuições pagas pelos trabalhadores a recibo verde
  • Retirar da fatura da energia elétrica a contribuição do audiovisual e incorporá-la no universo das comunicações sem perda de receita para a RTP
  • Revisão da Convenção de Albufeira com o objetivo de garantir as exigências ambientais e os interesses nacionais
  • Desenvolver o plano estratégico para a mobilidade de passageiros, considerando a generalidade dos modos de transporte e procurando as condições para o desenvolvimento do transporte ferroviário

O que está em curso ?

  • Combate à precariedade, incluindo aos falsos recibos verdes, ao recurso abusivo a estágios e ao uso de contratos emprego/inserção para substituição de trabalhadores
  • Alargamento do estímulo fiscal às PME em sede de IRC
  • Reforço da capacidade do Serviço Nacional de Saúde pela dotação dos recursos humanos, técnicos e financeiros adequados, incluindo a concretização do objetivo de assegurar a todos os utentes médicos e enfermeiros de família
  • Vinculação dos trabalhadores docentes e não docentes das escolas
  • Redução do número de alunos por turma
  • Eliminação das restrições à contratação na Administração Pública central, regional e local
  • Eliminação do obstáculo que as taxas moderadoras constituem no acesso ao SNS
  • Alargamento do acesso e montantes das prestações de proteção social e apoio social
  • Não privatização da água
  • Rever o PETI com o objetivo de recentrar a política de transportes no ferroviário, quer para passageiros, quer para mercadorias
  • Reavaliação das reduções e isenções da TSU
  • Reforçar os meios humanos e técnicos na conservação da natureza e da biodiversidade

O que está feito ?

  • Salário mínimo nacional nos 600 euros durante a presente legislatura, com aumentos de 5% nos primeiros dois anos.
  • Não reduzir a TSU dos empregadores — o Governo tentou a medida para contrabalançar o aumento do salário mínimo mas foi travada no Parlamento
  • Reposição gradual dos salários da função pública
  • Reposição do horário de trabalho de 35 horas na Administração Pública
  • Descongelamento das pensões
  • Reposição dos feriados retirados
  • Reforço dos poderes da Autoridade para as Condições do Trabalho na regularização de falsos recibos verdes e outros vínculos ilegais com imediata conversão em contratos de trabalho e acesso aos respetivos direitos
  • Fim do regime de requalificação / mobilidade especial
  • Reposição integral dos complementos de reforma dos trabalhadores do setor empresarial do Estado
  • Redução para 13% do IVA da restauração
  • Proibição das execuções fiscais sobre a casa de morada de família relativamente a dívidas de valor inferior ao valor do bem executado e suspensão da penhora da casa de morada de família nos restantes casos
  • Revogação da alteração à lei de interrupção voluntária da gravidez
  • Garantia até 2019 do acesso ao ensino pré-escolar a todas as crianças a partir dos três anos
  • Progressiva gratuitidade dos manuais escolares do ensino obrigatório
  • Promoção da integração dos investigadores doutorados em laboratórios e outros organismos públicos e substituição progressiva da atribuição de bolsas pós-doutoramento por contratos de investigador
  • Não admissão de qualquer novo processo de privatização
  • Eliminação do quociente familiar do OE2015, substituição por dedução por filho, sem caráter regressivo e com efeito neutro do ponto de vista fiscal
  • Salvaguarda que limite a 75 euros por ano os aumentos de Imposto Municipal sobre Imóveis em reavaliação de imóvel que seja habitação própria permanente de baixo valor
  • Reverter na reforma do IRC a participation exemption (regressar ao mínimo de 10% de participação social) e o prazo para reporte de prejuízos fiscais (de 12 para 5 anos)
  • Criar um sistema de incentivos à instalação de empresas e ao aumento da produção nos territórios fronteiriços, através de um benefício fiscal, em IRC, modulado pela distribuição regional do emprego.
  • Tarifa social da energia
  • Anulação das concessões e privatizações em curso dos transportes coletivos de Lisboa e Porto
  • Reversão das fusões de empresas de água que tenham sido impostas aos municípios
  • Eliminação da sobretaxa de IRS
  • Recusa do aumento da tarifa fixa para a água na agricultura
  • Reavaliar o Plano Nacional de Barragens
  • Aumento das áreas de montado de sobro e de azinho e de pinheiro bravo, travando a expansão da área do eucalipto, revogação da lei que liberaliza a plantação de eucaliptos criando um novo regime jurídico
  • Reversão do processo de privatização da EGF, com fundamento na respetiva ilegalidade — a reversão não avançou porque o processo não é ilegal

Por apurar ?

  • Agilizar as situações em que pode ser negociado e aceite um plano de pagamentos por dívidas fiscais e tributárias e à Segurança Social
  • Revisão dos valores desproporcionados de coimas e juros por incumprimento de obrigações tributárias e introdução de mecanismos de cúmulo máximo nas coimas aplicadas por contraordenações praticadas por pessoas singulares, designadamente por incumprimento de obrigações declarativas
  • Cumprimento do direito à negociação coletiva na Administração Pública
  • Reforço da ação social escolar direta e indireta
  • Reposição do direito ao transporte de doentes não urgentes de acordo com condições clínicas e económicas dos utentes do SNS
  • Apoiar micro, pequenas e médias empresas, eliminando barreiras de acesso, sistematizando e disponibilizando bases de dados com informação detalhada e atualizada sobre investimentos em infraestruturas programados e em curso
  • Apoiar micro, pequenas e médias empresas, oferecendo apoio técnico em processos de certificação ou de pré-qualificação enquanto fornecedores
  • Oferecer apoio na organização de consórcios ou outras formas de cooperação entre PME, apresentação de propostas e identificação de financiamentos aos clientes
  • Não encerrar mais nenhum serviço público de proximidade

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Acordo com o PSD? Costa quer retomar a iniciativa política

No comentário semanal na SIC, Marques Mendes afirmou que a entrevista de António Costa foi uma tentativa de retomar a agenda política. Mas Pedrógão Grande é um "abcesso".

António Costa deu uma entrevista em que desafiou o PSD, o principal partido da oposição, para um consenso nas obras públicas, nomeadamente no que respeita à negociação de fundos comunitários com Bruxelas. Marques Mendes diz que o primeiro-ministro quer retomar a iniciativa política, mas ainda há o problema de Pedrógão Grande.

“Se queremos ser competitivos temos de ter boas infraestruturas e para isso é necessário consolidar conceitos. É extraordinário ver hoje notícias sobre o esgotamento do aeroporto de Lisboa quando há quatro anos havia quase uma guerra civil no país sobre a necessidade da construção de um novo aeroporto”, disse Costa ao Expresso.

Questionado pelo Expresso se conta com o PSD para ter a maioria de dois terços necessária na Assembleia da República para aprovar estes investimentos, que estão assentes num novo acordo com a União Europeia para fundos comunitários, Costa diz que “é fundamental [contar com o PSD]

 

“António Costa quis retomar a iniciativa política” com a entrevista concedida ao Expresso em que o primeiro-ministro abriu a porta a um consenso com o PSD. Para Marques Mendes, esta entrevista foi a forma de Costa voltar a assumir a agenda. “Anda atrás dos acontecimentos. Quer ser ele a marcar a agenda Mas não vai ser bem-sucedido”, disse o comentador.

“António Costa quer mudar a agulha”, depois de todos os problemas que tem tido, principalmente com o incêndio de Pedrógão Grande que vitimou 64 pessoas. “Ele não muda [a agenda política] enquanto não resolver Pedrógão”. “Pedrógão é um abcesso” para António Costa.

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Esta portuguesa já conquistou o Japão. Agora só falta o mundo

Com sede em Lisboa e Cernache do Bonjardim, foi em Leiria que a Sendys produziu uma nova tecnologia para as impressoras topo de gama da marca japonesa Oki.

A empresa portuguesa Sendys não pôs o homem na lua mas levou tecnologia portuguesa no Japão. Através de uma subsidiária em Leiria, o grupo desenvolveu software que será implementado em impressoras topo de gama da marca japonesa Oki. O destino são 29 mercados corporate nos quatro cantos do mundo, num investimento que, da parte do grupo português, “andou à volta de 600.000 euros” só para que começasse “a ser qualquer coisa”, explica Fernando Amaral, o presidente executivo e chairman do grupo.

Podem não ser marcas conhecidas da generalidade dos portugueses. No entanto, a Sendys garante ter faturado 7,4 milhões de euros no ano passado, 70% em Portugal e 30% noutros mercados internacionais como Angola e Moçambique. Tem sede no coração de Lisboa, mas não se fecha na capital: “A sede institucional do grupo Sendys é no sítio onde nasci, em Cernache do Bonjardim”, conta Fernando Amaral. Diz não ser uma decisão de gestão mas sua, “enquanto indivíduo”. “Nunca nos devemos esquecer do sítio onde nascemos”, sublinha o gestor, em conversa com o ECO.

Mas como é que a Oki se interessou pelo trabalho da Sendys? Tudo começou com uma ideia, desenvolvida ao longo de quatro anos e apresentada à Oki Europa. A notícia da solução “Sendys Explorer” espalhou-se depressa nas fileiras da gigante japonesa e acabou por chegar a Tóquio. “Apresentámos à Oki, que se mostrou interessada no desenvolvimento deste negócio para a Europa e para o Médio Oriente e, mais tarde, numa segunda fase, também para o Japão. É uma coisa que nos orgulha bastante porque estamos a falar de diálogo que é feito em solo português e que consegue ter o interesse de um monstro mundial como a Oki. É tecnologia 100% portuguesa, desenvolvida por nós“, indica.

E o que faz esta solução? Está tudo explicado no vídeo acima. O software “Sendys Explorer” interliga computadores, dispositivos móveis e impressoras Oki na “nuvem” (cloud), permitindo a gestão documental à distância e a impressão, a digitalização e o armazenamento de documentos de uma forma mais rápida, simples e intuitiva.

Um rol de desafios

Fernando Amaral não poupa nas palavras para explicar quão desafiante é este projeto para uma empresa como a Sendys. “A atividade tecnológica é das coisas mais desafiantes que há no mercado. Nós não vendemos sapatos, e até os sapatos evoluíram imenso. Sem desprimor, nós vendemos tecnologia. Vendemos um negócio em que temos de estar a trabalhar em coisas que venham a ser importantes para as empresas amanhã. Temos de estar sempre um passo à frente. E fazemos isto há 33 anos”, sublinha o líder desta que, garante, é a software house mais antiga do país.

Entre os desafios, desde logo, está a barreira do idioma. “O site que temos para este produto está em 25 línguas diferentes”, conta. Depois, a criação de uma linha de apoio técnico, que terá de funcionar em fusos horários muito diferentes do de Portugal continental. “O fuso horário de Tóquio é muito diferente do de Portugal. Quando para nós é de noite, para eles é de dia e começam a trabalhar. E quando começam a trabalhar, têm uma dúvida, têm uma questão, e temos de ter alguém disponível para poder dar assistência, conta, ressalvando que esta assistência será feita em inglês.

Nós vendemos tecnologia. Vendemos um negócio em que temos de estar a trabalhar em coisas que venham a ser importantes para as empresas amanhã.

Fernando Amaral

Presidente e chairman do grupo Sendys

À parte dos negócios com a Oki, a Sendys está num processo de internacionalização para novos mercados, como o da América do Sul. E porquê? “A razão principal é porque Angola e Moçambique vivem um momento muito específico da sua História que é do conhecimento de todos nós. Isso obriga-nos a ter de olhar para outras geografias. Outro fator é o de normal crescimento”, sublinha. Diz ser uma “lei da natureza”, pois “tudo o que não cresce, morre”, e que “algumas leis da natureza também se aplicam à gestão e à economia”. Entre os caminhos da estagnação ou o de avançar, a Sendys escolheu este último.

Fernando Amaral é presidente e chairman da SendysD.R.

“Nunca tive ajuda do Estado”

Para Fernando Amaral, há ainda um desafio que é crítico quando o tema em questão é o crescimento das empresas. Trata-se da “imprevisibilidade fiscal”. “É muito difícil hoje, em termos de investimento, montar um plano de negócios. Se me perguntarem qual é a minha previsão a nível fiscal para 2018, consigo dizer com mais facilidade quem vai ser campeão na final em 2018 e com risco menor de falhar. Não consigo dizer qual vai ser o regime fiscal que vamos ter em Portugal em 2018”, defende o empresário, quando questionado se a conjuntura económica é favorável à Sendys.

Mas o gestor vai ainda mais longe nas críticas. “O maior sócio de qualquer empresa é o Estado, que só cá vem tirar dinheiro, com quem não podemos falhar. E nunca sabemos quanto é que esse sócio quer para o ano que vem. É como se tivéssemos um sócio invisível, que nunca investe em nós, mas que todos os anos nos vem cá buscar dinheiro. E que nunca sabemos a um ano, dois ou três, quanto é que vai querer mais”, atira.

"Nunca tive do Estado qualquer tipo de ajuda. Antes pelo contrário. Tenho é contas para pagar.”

Fernando Amaral

Presidente e chairman do grupo Sendys

Diz, por fim, que o problema da imprevisibilidade não é o da fiscal. E diz também que este é “um problema muito europeu”, que ficou evidente com o voto a favor da saída do Reino Unido da União Europeia, mas também noutro nível, com a eleição de Donald Trump. “A palavra imprevisibilidade é o maior inimigo de qualquer gestor”, remata. “E ela não é só fiscal”, conclui.

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Renault dá mais argumentos para Captur(ar) condutores

É grande a concorrência nos crossovers do segmento B, mas a Renault vai à frente. O Captur é um sucesso. Um novo? Ainda não. Uma renovação que reforça os argumentos do pequeno SUV.

As linhas que fizeram do Captur um sucesso de vendas são as mesmas, mas há algumas novidades no crossover da fabricante francesa que lhe dão um ar mais “fresco”. São pequenos detalhes estéticos no exterior, mas também novos argumentos no interior, que prometem continuar a capturar condutores.

O que salta à vista, logo à partida, é a assinatura luminosa do Captur que agora tem faróis dianteiros full LED. E na parte inferior do para-choques, o Captur recebe os faróis diurnos de LED em forma de C, tal como os restantes modelos da Renault. Na traseira, os faróis também estão mais limpos, dando uma imagem mais atual ao modelo lançado inicialmente em 2013.

Mas se por fora são as luzes que fazem a diferença — já que mantém-se a pintura bi-tom, embora com novas cores –, é no interior que se encontram as principais novidades neste pequeno SUV. A Renault reviu tanto os painéis das portas como os botões, introduziu cromados e deu um novo toque ao volante e à alavanca da caixa de velocidades.

Ao mesmo tempo, a consola central conta com novos espaços de arrumação, enquanto o painel de bordo integra o ecrã tátil de sete polegadas seja com o Media Nav Evolution, a proposta para a entrada de gama, ou o Renault R-LINK Evolution, presente na versão ensaiada pelo ECO. Tem rádio, navegação, visualização de fotos, vídeos, mas também acesso aos sistemas de ajuda à condução.

Alma diesel (com novas propostas a gasolina)

Se esteticamente, mas também em termos de conforto e tecnologia, há novos argumentos, a marca francesa introduziu também novidades debaixo do capot… a gasolina. Ao TCe de 90 cv junta-se agora um 1.2 que debita 120 cv de e 205 Nm de binário a partir das 2.000 rotações, recorrendo à tecnologia de injeção direta, turbocompressor e Stop & Start.

Mas o diesel mantém-se. O dCi de 90 e também o de 110 cv, presente na versão XMOD ensaiada pelo ECO — esta versão vem equipada com o Grip Control, um sistema de controlo de tração, que proporciona uma maior aderência em condições de circulação mais difíceis (neve, lama, areia…). É muito motor para um automóvel destas dimensões.

Muito motor, poucos consumos

O Captur com o motor de 110 cv é muito solícito, evitando o recurso frequente à caixa de seis velocidades (também há uma caixa automática de dupla embraiagem EDC). Uma resposta rápida com consumos que se mostraram comedidos (em torno dos seis litros), sendo ainda mais baixos se se acionar o botão Eco que impõe uma condução mais cuidada. Mesmo sem o Eco ativo, há uma luz no painel que o alerta para o tipo de condução que está a fazer.

Juntam-se assim novos argumentos à mesma qualidade, mas também ao conforto de condução de um automóvel que faz sucesso nas cidades pela posição mais elevada. Mas o preço não muda muito. Este novo Captur, que já está à venda, está disponível a partir de
18.080 euros (o TCe de 90 na versão base), sendo que para a versão testada a fatura é um pouco mais elevada: 25.630 euros.

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CASA-CE quer ser a chave para “geringonça angolana”

  • Lusa
  • 20 Agosto 2017

Abel Chivukuvuku, mostrou-se convicto de que aquela força será, pelo menos, parte do novo Governo, não excluindo uma "coligação à angolana" com UNITA ou MPLA.

O cabeça-de-lista da CASA-CE às eleições gerais angolanas de quarta-feira, Abel Chivukuvuku, mostrou-se hoje convicto de que aquela força será, pelo menos, parte do novo Governo, não excluindo uma “coligação à angolana” com UNITA ou MPLA.

“Nós já anunciamos no ano passado que a CASA-CE tem probabilidade de ser Governo. Se não for Governo, no mínimo vai ser parte do Governo”, afirmou Abel Chivukuvuku, confrontado pelos jornalistas com a disponibilidade já demonstrada pelo presidente e candidato da União para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, para um entendimento pós-eleitoral.

“Por Angola, pela mudança, temos que por todas as portas abertas”, admitiu Chivukuvuku, classificando esse hipotético entendimento como uma “gerigonça angolana”.

O líder daquela coligação, atualmente segunda maior força da oposição, falava aos jornalistas à margem do comício de encerramento da campanha da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitora (CASA-CE) em Luanda, que concentra desde as primeiras horas da manhã milhares de apoiantes no centro da capital angolana.

A possibilidade de entendimento pós-eleitoral com o partido no poder em Angola desde 1975 também não é totalmente colocada de parte por Abel Chivukuvuku, cabeça-de-lista da CASA-CE e candidato à eleição, indireta, para Presidente da República de Angola.

“Com este MPLA não, tinha de ser um MPLA diferente”, disse.

Por sua a vez, o cabeça-de-lista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, tem vindo a repetir os apelos ao voto e à conquista de uma maioria qualificada nestas eleições, afirmando que aquele partido é o único que pode garantir a estabilidade em Angola.

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, disse na quinta-feira, à Lusa, acreditar ser possível replicar em Angola uma solução governativa semelhante à “geringonça” em Portugal, entre PS, PCP e Bloco de Esquerda.

O cabeça-de-lista da UNITA às eleições gerais de Angola admitiu uma coligação pós-eleitoral com os partidos da oposição, nomeadamente a CASA-CE, “se as condições e as circunstâncias” o exigirem.

"Penso que poderei dizer que sim, porque antes de acontecer em Portugal ninguém falava disso. Antes de acontecer em Portugal ninguém falava dessa fórmula. Quando aconteceu em Portugal parece que as pessoas despertaram para uma realidade de que afinal é possível.”

Isaías Samakuva

Presidente da UNITA

“Desde que as condições, as circunstâncias no momento nos forcem a isso, não hesitaremos”, disse Isaías Samakuva.

O presidente e candidato do maior partido da oposição angolana assumiu que esta é uma proposta inspirada, em certa medida, pela solução encontrada em Portugal entre o PS, o PCP e o Bloco de Esquerda (com acordos separados a possibilitar a governação do segundo partido mais votado nas eleições de 2015, o PS).

“Penso que poderei dizer que sim, porque antes de acontecer em Portugal ninguém falava disso. Antes de acontecer em Portugal ninguém falava dessa fórmula. Quando aconteceu em Portugal parece que as pessoas despertaram para uma realidade de que afinal é possível”, explicou à Lusa, após a ação junto dos militantes.

“Se chegarmos à posição de Portugal – na qual os partidos da esquerda juntos foram capazes de formar uma maioria – nós poderemos fazê-lo. O essencial é afastar o MPLA”, completou.

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.

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Porta 65 Jovem abre novas candidaturas em setembro. Como funciona?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 20 Agosto 2017

Novas regras vão estender o acesso ao programa mas não se aplicam nas candidaturas feitas este ano.

O programa de arrendamento Porta 65 Jovem vai ser mais abrangente mas as novas regras só entram em vigor com a aprovação do Orçamento do Estado para 2018. Antes disso, há novos períodos de candidatura, ocorrendo o próximo já entre 14 de setembro e 2 de outubro.

Portanto, as candidaturas em 2017 terão em conta as atuais normas. Conhece as regras deste programa?

Quem pode concorrer?

Jovens com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 30. Na situação de casais, um dos elementos pode ter até 31 anos, inclusive. Além disso, se o jovem completar 30 anos — ou 32 se for elemento do casal — durante o prazo em que beneficia do apoio, pode ainda candidatar-se mais duas vezes, em candidaturas consecutivas e ininterruptas.

Quando as novas regras entrarem em vigor, o acesso ao programa será alargado, já que vai passar a abranger jovens com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 35, podendo, no caso de casais, um dos elementos ter até 36 anos, inclusive. Também aqui, é possível apresentar mais duas candidaturas, ininterruptas, se o jovem completar 35 anos enquanto recebe o apoio (ou 37 se for um dos elementos do casal).

Quanto tempo dura o apoio?

O apoio é pago por 12 meses, podendo existir candidaturas posteriores, até 36 meses, seguidos ou não. Com as futuras regras, o limite vai subir para 60 meses.

Quais os requisitos?

Para beneficiar do programa, o candidato deve ter contrato, ou contrato-promessa, de arrendamento ao abrigo do NRAU ou do regime transitório. Deve ainda residir de forma permanente na habitação e a morada fiscal de todos os elementos do agregado deve ser a da casa arrendada.

Nenhum dos membros do agregado poderá ser proprietário ou arrendatário para fins habitacionais de outro imóvel. Além disso, não podem acumular este apoio com outros incentivos públicos à habitação nem deter qualquer grau de parentesco com o senhorio.

Entre os vários requisitos, o acesso a este apoio depende também do nível de rendimentos do agregado, com normas específicas. E a renda também tem de respeitar os limites estabelecidos em portaria.

Como é feita a candidatura?

Por via eletrónica, no Portal da Habitação. Para avançar com a candidatura, é preciso disponibilizar um conjunto de dados pessoais e do imóvel e ainda vários documentos, entre os quais o recibo de renda ou prova de pagamento do mês anterior e comprovativos de rendimentos.

Qual o valor do apoio?

O apoio corresponde a uma percentagem do valor da renda, variável consoante o escalão de rendimento, e é atribuído de forma decrescente para cada 12 meses de pagamento. Porém, pode haver uma majoração de 20% se a habitação estiver localizada em áreas urbanas classificadas como históricas ou antigas, em áreas de reabilitação urbana e ainda em áreas críticas de recuperação e reconversão urbanísticas.

O acréscimo é de 10% se a casa estiver em áreas beneficiárias de medidas de incentivo à recuperação de problemas de interioridade. A mesma majoração é aplicada caso algum dos elementos do agregado tenha uma deficiência com grau superior a 60% bem como em famílias com dependentes. Com as novas regras, estas majorações serão mais elevadas.

Quando entram em vigor as novas regras?

As novas regras aguardam o Orçamento do Estado para 2018, que vai reforçar a dotação para este programa. As alterações vão abranger as candidaturas iniciais ou subsequentes que venham a ser apresentadas depois da entrada em vigor. Porém, os apoios que se encontrem em curso nessa altura vão poder beneficiar dos novos acréscimos ao valor previstos para casos específicos.

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Helicóptero cai no combate a incêndio em Castro Daire

  • Lusa
  • 20 Agosto 2017

O piloto do helicóptero que combatia hoje um incêndio em Castro Daire faleceu no acidente.

Um helicóptero que combatia hoje um incêndio em Castro Daire, Viseu, caiu pouco antes das 13h00, disseram à agência Lusa fontes da Câmara Municipal e dos bombeiros. O piloto morreu no acidente.

O presidente da Câmara Municipal de Castro Daire, Fernando Carneiro, e o comandante dos bombeiros, Paulo Almeida, confirmaram a queda do helicóptero. O helicóptero estava sediado no Centro de Meios Aéreos de Armamar, Viseu.

A aeronave embateu em cabos de alta tensão, caiu e incendiou-se, tendo o piloto ficado preso no aparelho, segundo fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

“O piloto era o único ocupante do aparelho e infelizmente não sobreviveu. Tinha 51 anos, nacionalidade portuguesa e experiência como piloto de combate a incêndios”, escreve a empresa em comunicado.

O conselho de administração da Everjets “já decidiu instaurar um inquérito às circunstâncias do acidente e garante a substituição do aparelho ora acidentado no dispositivo em alerta”, lê-se ainda no comunicado.

Além do incêndio de Castro Daire, existem mais focos de preocupação neste fim de semana que está com risco máximo de incêndio, tendo levado o Governo a decretar o estado de calamidade pública.

Existem 16 meios aéreos, quase 500 bombeiros e 124 viaturas a combater às 11h45 um incêndio que deflagrou no sábado em Barrigais, concelho da Covilhã, refere a página na internet da Proteção Civil.

Em Ortiga, no concelho de Mação, onde o incêndio foi dado como extinto no sábado, registaram-se esta manhã vários reacendimentos na aldeia que tem estado praticamente isolada nos últimos três dias, diz a Lusa.

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Lisboa reforça segurança após ataque em Barcelona

A autarquia está a proceder ao reforço da instalação de medidas passivas de segurança na via pública.

Após o ataque terrorista em Barcelona, Lisboa está a reforçar as medidas de segurança. Estão a ser reforçadas medidas passivas de segurança na via pública, nas zonas do Chiado, Rua Augusta e Mosteiro dos Jerónimos.

“A Câmara Municipal de Lisboa está a proceder ao reforço da instalação de medidas passivas de segurança na via pública”, refere em comunicado. “Trata-se de soluções compatíveis com o acesso rápido para eventuais operações de socorro, em particular por parte de bombeiros e ambulâncias”, explica.​

Esta intervenção, com vista a melhorar a proteção das pessoas, está a ser feita em coordenação com a PSP, na zona do Chiado, Rua Augusta e Mosteiro dos Jerónimos”, zonas com elevada afluência de pessoas, nomeadamente turistas.

O anúncio do reforço das medidas de segurança surge no seguimento dos atentados em Barcelona. Uma carrinha branca avançou sobre a multidão fazendo 14 mortos e mais de uma centena de feridos. No ataque, reivindicado pelo Daesh, faleceram duas cidadãs portuguesas.

António Costa, que esteve em Barcelona na cerimónia de homenagem às vítimas, já tinha afirmado que tinha conhecimento de que estavam a ser tomadas medidas a nível autárquico. “Sei que várias autarquias estão a tomar medidas de reforço de barreira de segurança, mas é preciso que essas barreiras sejam amovíveis”, declarou.

“Mas não nos podemos cercar de muralhas. E o terrorismo hoje é feito desde com uma faca de cozinha e um qualquer automóvel. Há uma banalização das formas como se faz terrorismo”, salientou.

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Risco de fracasso nas negociações com credores de Moçambique está a aumentar

  • Lusa
  • 20 Agosto 2017

A BMI Research considera que o risco de as negociações com os credores da dívida pública redundarem num fracasso está a crescer.

A consultora BMI Research considera que o risco de as negociações entre os credores da dívida pública e o Governo de Moçambique redundarem num fracasso está a crescer, apesar de manter a previsão de acordo.

“A posição forte adotada até agora pelo Governo de Moçambique sugere que há um risco crescente de as negociações sobre a reestruturação dos títulos de dívida pública entre as duas partes poder dar em nada”, escrevem os analistas desta consultora do Grupo Fitch.

Num relatório sobre o Risco Político de Moçambique, a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que as consequências de um fracasso no acordo que ambas as partes dizem desejar “não representariam um colapso total no crescimento económico, mas é provável que haja um aumento no risco político do país e possíveis atrasos na construção das infraestruturas essenciais ao país”.

Até à existência de uma resolução da dívida, para além da manutenção da avaliação negativa das agências de notação financeira, Moçambique enfrentará também “uma posição orçamental limitada”, que obrigará a canalizar os cortes para a despesa social, arriscando um aumento da instabilidade social no país.

A curto prazo, a BMI Research considera que a resolução da dívida será o principal encargo do Executivo, que tem “recusado abandonar o princípio de tratamento igual para todos os credores”, nomeadamente os detentores dos títulos de dívida pública emitidos em 2016 e os credores dos empréstimos de empresas públicas contraídos em 2013 e 2014.

Esta “estranha decisão” é, aliás, uma das razões que leva a BMI Research a considerar que os riscos de não haver acordo estão a aumentar.

“Os investidores, até agora, mantiveram-se otimistas sobre um acordo, com as taxas de juro da emissão de dívida a caírem apesar da falta de pagamento do cupão de janeiro, mas mesmo assim acreditamos que vale a pena equacionar as possíveis ramificações se as duas partes abandonarem as negociações sem um acordo”, dizem os analistas.

“Moçambique enfrenta um ambiente de risco político cada vez mais desafiante, com a inflação elevada e os cortes sociais a aumentarem o risco de instabilidade popular em larga escala”, escrevem os analistas.

Entre as vantagens do país, a BMI Research salienta “os abundantes recursos naturais, particularmente no carvão e gás, e a significativa capacidade de produção de eletricidade”, que são, ainda assim, mitigadas pela dependência dos megaprojetos, um baixo nível educacional da população e a “enorme dívida externa, que ronda os 110% do PIB este ano”.

O Governo, acrescentam, deverá ser obrigado a imprimir ainda mais austeridade se conseguir renegociar a dívida pública, e a corrupção “permanece um grande problema e um obstáculo ao investimento estrangeiro”.

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“Terrorismo não derrota o nosso modo de vida”

  • ECO
  • 20 Agosto 2017

Presidente da República e primeiro-ministro estiveram juntos na missa que prestou homenagem às vítimas dos atentados terroristas de Espanha que vitimou duas portuguesas.

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa estiveram em Barcelona na missa pela paz e concórdia que prestou homenagem às vítimas dos atentados terroristas de Espanha. No final da cerimónia, Presidente da República e primeiro-ministro passearam pelas Ramblas, onde aconteceu o ataque que vitimou duas portuguesas, para demonstrarem que o “terrorismo não derrota o nosso modo de vida”.

Portugal devia estar presente não apenas pelas duas vítimas portuguesas, mas pela amizade a um país que tem sido inexcedível, não apenas no combate aos incêndios em Portugal“, disse Marcelo Rebelo de Sousa, no final de uma cerimónia que o Presidente classificou como “comovedora”.

Terminada a cerimónia realizada na basílica de Barcelona, onde tanto o chefe de Estado português como o primeiro-ministro estiveram com os reis de Espanha, Felipe VI e Leticia, o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy e o presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemon, Marcelo e António Costa seguiram para as Ramblas.

Viemos às Ramblas para prestar homenagem aos mortos e aos feridos. E ficámos impressionados pelas muitas nacionalidades que aqui vêm numa luta contra o terrorismo“, disse o Presidente. O “terrorismo não derrota o nosso modo de vida”, afirmou depois António Costa, em declarações às televisões.

A presença aqui é um sinal de homenagem às vitimas portuguesas, a todos os que morreram neste ataque, mas também à vitalidade desta cidade cosmopolita”, notou.

Numa altura em que surgem críticas à ausência de barreiras nas Ramblas, António Costa foi questionado sobre a necessidade de reforçar a segurança nos pontos mais turísticos em Portugal. “Sei que várias autarquias estão a tomar medidas de reforço de barreira de segurança, mas é preciso que essas barreiras sejam amovíveis”, declarou.

“Mas não nos podemos cercar de muralhas. E o terrorismo hoje é feito desde com uma faca de cozinha e um qualquer automóvel. Há uma banalização das formas como se faz terrorismo”, salientou.

 

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