Tribunal recusa afastar gestores de insolvência da Rioforte

  • ECO
  • 8 Agosto 2017

A Pharol alegava a existência de um "conflito de interesses" e pedia o afastamento dos curadores da liquidação da Rioforte.

No mês passado, a Pharol juntou-se a mais de 900 lesados do papel comercial do Banco Espírito Santo para pedir ao tribunal do Luxemburgo o afastamento dos gestores de insolvência da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES) em que a ex-PT SGPS investiu 897 milhões de euros. O tribunal luxemburguês considerou que os argumentos não tinham fundamento e rejeitou o pedido, noticia, esta terça-feira, o Jornal de Negócios.

Os lesados “invocaram um conflito de interesses entre os administradores de insolvência da ESI e da Rioforte e requereram a sua substituição como curadores da Rioforte”, indica a nota publicada pelos curadores Alan Rukavina e Paul Laplume.

No documento enviado para o tribunal, a que a Lusa teve acesso, a Pharol argumentava que a forma como os curadores da Rioforte (que são também responsáveis pela ESI) estão a tratar da liquidação da Rioforte poderá ter impacto no modo como os credores vão beneficiar da massa falida, entre os quais Ricardo Salgado, antigo presidente do BES.

Contudo, o tribunal rejeitou este argumento. “O tribunal luxemburguês, depois de ter ouvido as partes, rejeitou o pedido, por considerar que os argumentos dos requerentes não têm fundamento”, pode ler-se na nota publicada no site de insolvências do GES.

Segundo o Negócios, a Pharol ainda está a avaliar se irá recorrer da decisão do tribunal luxemburguês.

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Contratos públicos aumentam 25% no primeiro semestre

  • ECO
  • 8 Agosto 2017

No primeiro semestre deste ano, o Governo gastou mais na aquisição de bens e serviços a privados do que pelo menos desde 2010. Relativamente ao ano passado, é um aumento de 25%.

Os contratos públicos atingiram um valor recorde desde pelo menos 2010 no primeiro semestre deste ano, escreve esta terça-feira o Diário de Notícias / Dinheiro Vivo. O jornal assinala que o Governo gastou mais de 2,9 mil milhões de euros na aquisição de bens e serviços a privados — um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, o que é a subida mais acentuada de que há registo no portal Base, dedicado à contratação pública.

Na área dos concursos públicos, o montante contratado atingiu os 1,1 mil milhões, um aumento que é de 47% em relação a 2016, assinala ainda o jornal.

O aumento histórico no investimento nesta área segue-se a um 2016 com valores excecionalmente baixos neste campo. Muito do impulso no investimento no primeiro semestre deste ano deve-se à área da recuperação rodoviária e à compra de material militar, acrescenta o jornal, com base nos dados da execução orçamental para esses campos.

De acordo com os dados do Instituto dos Mercados Públicos, Imobiliário e Construção, a maioria dos contratos assinados no primeiro semestre são para compras de bens e serviços, com o valor gasto em empreitadas de obras públicas a aumentar significativamente também.

O Diário de Notícias / Dinheiro Vivo assinala ainda os maiores ajustes diretos do ano até agora: são dois contratos de aquisição de medicamentos antivirais, ambos para o Centro Hospitalar Lisboa Norte.

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Vistos Gold crescem. Investimento passa dos 650 milhões de euros

  • Lusa
  • 8 Agosto 2017

O investimento caiu em julho, mas o saldo no ano continua a ser positivo face ao ano passado. A maior fatia continua a ser para a compra de imóveis, especialmente por parte de chineses.

O investimento captado através dos vistos ‘gold’ subiu 14,8% nos primeiros sete meses do ano, face a igual período de 2016, para 656 milhões de euros, de acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Em julho, o investimento resultante da Autorização de Residência para a Atividade de Investimento (ARI), também conhecido como vistos ‘gold’, atingiu os 59.779.968,88 euros, uma descida de 2,8% face a igual mês do ano passado (61.552.086 euros) e um aumento de 52% face a junho (39.250.091,91 euros).

Do montante captado em julho, a maioria continua a corresponder à aquisição de imóveis (57.760.317,22 euros), enquanto o critério de transferência de capital ascendeu a 2.019.651,66 euros.

No mês passado, foram atribuídos 98 vistos ‘dourados’, dos quais 96 pela compra de bens imóveis e dois pelo requisito de transferência de capital.

Dos 98 vistos atribuídos por compra de bens imóveis, foram concedidos em julho mais oito ARI para reabilitação urbana, no âmbito das novas regras de concessão que estão em vigor desde setembro de 2015.

Até final de julho tinham sido atribuídos 53 vistos ‘dourados’ para reabilitação urbana, sendo que o primeiro do género foi concedido há exatamente um ano (julho de 2016).

Nos primeiros sete meses do ano, o investimento angariado atingiu os 656.226.116,72 euros, mais 14,8% do que os 571.511.345,63 euros registados em igual período de 2016.

Em termos acumulados – desde que este tipo de instrumento, que visa a captação de investimentos para Portugal, começou a ser atribuído, em 08 de outubro de 2012 até julho último -, o investimento ascendeu a 3.223.403.061,34 euros. Deste montante, 311.956.342,61 euros foram captados por via da transferência de capital e 2.911.446.718,73 euros mediante o critério da compra de bens imóveis.

Desde a criação deste instrumento foram atribuídos 5.243 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016 e 1.041 este ano.

Em termos acumulados, até junho foram concedidos 4.849 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 288 por transferência de capital e oito pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.472 até julho), seguida do Brasil (432), África do Sul (201), Rússia (179) e Líbano (103).

As novas regras para a obtenção de vistos ‘gold’, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor em 03 de setembro de 2015.

Desde 2013 foram atribuídas 8.434 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016 e 2.000 em 2017.

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Queixas por atividade financeira ilegal quase triplicam

  • ECO
  • 8 Agosto 2017

O Banco de Portugal fez queixa de 88 pessoas ou entidades por práticas financeiras ilegais, como a concessão de empréstimos através da Internet.

As queixas do Banco de Portugal por atividade financeira ilegal quase triplicaram no último ano. Em 2016, o regulador da banca fez 15 comunicações ao Ministério Público por práticas ilegais cometidas por 88 pessoas ou entidades; em 2015, só 28 entidades tinham sido envolvidas nestas queixas. Os dados são avançados, esta terça-feira, pelo Público (acesso condicionado).

Em causa estão atividades com fortes indícios criminais, como concessão de empréstimos ou captação de poupanças junto de particulares. No ano passado, detalha o Público, houve um aumento da oferta de empréstimos ou outros serviços financeiros pela Internet ou por telefone. A prática, cometida muitas vezes através das redes sociais, de anúncios nos jornais ou de publicidade nas caixas de correio, afeta sobretudo consumidores endividados e com conhecimentos financeiros reduzidos, que procuram empréstimos concedidos rapidamente.

As participações feitas pelo Banco de Portugal deram origem à abertura de 63 processos, um aumento face aos 50 que foram abertos em 2015, mas menos dos que os 67 registados em 2014. Já o número de processos concluídos, que inclui alguns que transitaram do ano anterior, ascendeu a 72, o número mais elevado desde 2013.

A maioria dos processos abertos diz respeito a “outras situações fraudulentas”, o que reflete o crescimento de novas formas de fraude financeira — aqui entram, por exemplo, os empréstimos pela Internet. Logo a seguir, vem a receção ilícita de depósitos e outros fundos, concessão de crédito e transferências de fundos.

Os processos concluídos deram origem a sete contraordenações e a 12 emissões de “determinações específicas”.

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Vento forte continua a condicionar Aeroporto da Madeira

  • Lusa
  • 8 Agosto 2017

Os ventos fortes já provocaram o cancelamento de mais de 100 voos, afetando cerca de 15 mil passageiros.

O vento continua hoje a fazer condicionar os voos com partida e chegada ao aeroporto da Madeira, que às 06h30 previa o cancelamento de seis ligações, segundo o ‘site’ da ANA – Aeroportos de Portugal.

Apesar do vento, às 06h08 partiu do Funchal um voo da TAP com destino a Lisboa, estando na fase final de preparativos a partida de mais dois voos da TAP com saída até às 07h10, para o Porto e Lisboa.

Às 06h30, o ‘site’ da ANA indicava para hoje o cancelamento das chegadas de voos oriundos de Paris (operado pela Transavia), de Lisboa (TAP) e Ponta Delgada (Azores Airlines). Também nas partidas há o cancelamento destas mesmas ligações.

Os fortes ventos que se fazem sentir no principal aeroporto do arquipélago da Madeira desde sexta-feira, já provocaram o cancelamento de mais de 100 voos, afetando cerca de 15 mil passageiros, segundo um balanço feito na segunda-feira à tarde pela ANA.

O vento vai manter-se moderado a forte de nordeste com rajadas na ordem dos 80 quilómetros por hora nos extremos Leste e Oeste da Madeira e nas terras altas, até ao final do dia de quarta-feira, havendo a possibilidade de prolongar-se até quinta-feira, disse já hoje à agência Lusa fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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Primeiras alterações na reforma antecipada produzem efeitos em outubro. O que muda?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 8 Agosto 2017

O primeiro conjunto de alterações, destinado a carreiras contributivas mais longas, vai já abranger a Função Pública. Conheça os pontos da proposta do Governo, que ainda pode sofrer alterações.

A primeira fase das reformas antecipadas vai produzir efeitos a 1 de outubro e também vai abranger a Caixa Geral de Aposentações (CGA). O Governo tinha mostrado disponibilidade para discutir a adaptação das novas regras a outros regimes mas a proposta do Executivo já aborda esta matéria no caso da Função Pública.

A proposta de diploma ainda aguarda contributos, pelo que está sujeita a mudanças. Terá ainda de ser aprovada em Conselho de Ministros e passar no crivo do Presidente da República para que possa entrar em vigor. Se nada mudar nesta redação, já se sabe que produzirá efeitos a 1 de outubro, uma ideia que também já tinha sido deixada pelo Governo.

A primeira fase das mudanças só abrange carreiras contributivas mais longas, deixando outras alterações para mais tarde. Estes são alguns dos pontos previstos na proposta do Governo:

  • Carreiras muito longas protegidas. Deixam de ser aplicados cortes — fator de sustentabilidade ou penalização por antecipação — a pessoas que venham pedir a reforma antecipada com 60 ou mais anos de idade e com, pelo menos, 48 anos de descontos. O mesmo acontece a quem começou a contribuir “com 14 anos de idade ou em idade inferior” e conta pelo menos 60 anos de idade e 46 de descontos. No documento distribuído aos parceiros sociais no final de junho, o Governo apontava, neste caso, para pessoas que começaram a descontar “antes dos 15 anos” — o ECO tentou saber se a forma como a proposta está redigida implica alguma alteração prática face ao plano inicial mas não obteve resposta.
  • Funcionários públicos abrangidos. O Estatuto da Aposentação vai ganhar um novo artigo: “aposentação por carreira longa”. Também aqui serão abrangidos os trabalhadores com pelo menos 60 anos de idade numa das situações já indicadas: ou contam 48 anos de serviço ou começaram a trabalhar aos 14 anos (ou antes) e já reúnem 46 anos de serviço. Porém, isto não se aplica a subscritores da CGA com regimes especiais: Forças Armadas, GNR, PSP, magistrados e embaixadores, por exemplo.
  • Fator de sustentabilidade cai nas pensões de invalidez. Atualmente, o fator de sustentabilidade abrange, ainda que ditando um corte menor, pensões de invalidez relativa e absoluta atribuídas por um período até 20 anos quando estas são convertidas em pensões de velhice (aos 65 anos). O corte vai ser retirado da legislação. Além disso, a pensão de invalidez passa a pensão de velhice no mês seguinte àquele em que o pensionista atinge a idade legal de reforma (66 anos e três meses em 2017, aumentando um mês em 2018) e não aos 65 anos — neste caso em específico, a alteração aplica-se a pensões de invalidez já atribuídas mas ainda não convoladas em pensão de velhice.
  • Períodos contributivos. Há um conjunto de alterações nos períodos contributivos que são tidos em conta nos cálculos. O diploma começa por explicar que essa “totalização” passa “a relevar para a abertura do direito em todas as formas antecipadas de acesso à pensão de velhice e de aposentação”, bem como “para o cômputo dos anos de carreira contributiva relevantes para aplicação das taxas de formação da pensão diferenciadas em função dos anos de carreira contributiva e do montante da remuneração de referência”. Mas a proposta de diploma também indica agora que os “regimes especiais de contagem de tempo” não são considerados à contagem da carreira contributiva dos beneficiários que passam a estar protegidos de cortes (casos de pessoas com 48 ou 46 anos de descontos nas condições já enunciadas), por exemplo. A exceção é feita ao tempo de serviço militar obrigatório e de ex-combatentes. O ECO quis saber o que muda na prática mas não obteve resposta.
  • Entrada em vigor. O diploma vai entrar em vigor no dia seguinte ao da publicação mas produzirá efeitos a 1 de outubro.

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5 coisas que tem de saber hoje

Mercado crédito e mercado imobiliário em Portugal, Venezuela, resultados da Walt Disney e petróleo lá fora. São estes os principais temas que deverão marcar a atualidade esta terça-feira.

O Banco de Portugal atualiza dados da evolução do crédito concedido à economia no segundo trimestre do ano, no mesmo dia em que o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulga dados complementares acerca das dinâmicas do mercado imobiliário, com os índices de custo de construção de novas casas e de manutenção e reparação de habitação. Lá por fora, o tema Venezuela reúne ministros no Peru. Há resultados da Walt Disney e relatórios que deverão influenciar o comportamento dos preços do petróleo.

Banco de Portugal atualiza concessão de crédito

O Banco de Portugal atualiza esta terça-feira as estatísticas dos empréstimos concedidos pelas instituições financeiras à economia. Os dados vão permitir perceber a evolução do crédito concedido às famílias e às empresas no segundo trimestre do ano. Nos primeiros três meses do ano, os portugueses contrataram um total de 1,5 mil milhões de euros em empréstimos ao consumo. Foi o valor mais elevado, em termos homólogos, dos últimos quatro anos.

Quanto custa construir uma casa?

O INE divulga dados dos custos de construção de habitação nova e ainda sobre os preços manutenção e reparação regular da habitação. Dados complementares que ajudam a perceber as dinâmicas de um mercado imobiliário em forte expansão em Portugal. Uma expansão que já começa a alimentar os receios de uma bolha especulativa.

Venezuela reúne ministros no Peru

Ministros dos Negócios Estrangeiros da América Latina encontram-se em Lima, capital do Peru, para discutir as implicações do voto para a Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela. O Governo peruano espera comitivas de países de vários países, incluindo a Argentina, Brasil, México e Canadá, Estados que não reconheceram a eleição da Constituinte, à semelhança de Portugal.

Rato Mickey apresenta contas

Prossegue a temporada de resultados em Wall Street. Esta terça-feira é a vez da Wall Disney prestar contas ao mercado. Os analistas esperam que a dona do icónico rato Mickey tenha obtido receitas de 14,4 mil milhões de dólares no último trimestre. Também a agência de viagens online Priceline reporta resultados.

Evolução do mercado de petróleo

Dois importantes relatórios para o mercado de petróleo são divulgados do outro lado do Atlântico, numa altura em que os preços do barril desta mercadoria continuam a mostrar sinais de resistência ao acordo da OPEP. Por um lado, a Administração de Informação Energética apresenta o seu outlook mensal de curto prazo. Por outro, também o American Petroleum Institute divulga o seu relatório mensal sobre os inventários de petróleo.

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Novo Banco não convence. Credor espanhol também critica “baixo preço” da oferta

"Estas ofertas deviam encorajar os investidores a participar com preços mais elevados do que o mercado... não é este o caso", critica a Ever Capital, que investiu cinco milhões no Novo Banco.

Oferta do Novo Banco termina a 2 de outubro.Paula Nunes / ECO

Duas semanas após o lançamento da oferta de troca de obrigações, os credores do Novo Banco continuam a manifestar muitas reservas quanto ao preço que o banco se propõe a pagar para absorver os cerca de 2,7 mil milhões de euros de títulos de dívida. Ao fundo alemão Xaia junta-se agora a sociedade espanhola Ever Capital Investments, que vem criticar aquilo que considera ser um “preço baixo” que não convence qualquer investidor a participar na operação.

Com perto de cinco milhões de euros aplicados em obrigações do Novo Banco, a espanhola Ever Capital Investments é um dos credores que a instituição liderada por António Ramalho tenta convencer a vender os seus títulos a troco de numerário ou depósitos através de uma operação que, assegura, “segue os preços de mercado, ligeiramente acima do valor médio verificado no ultimo ano”. O objetivo é que, no final desta operação, os rácios de força financeira do Novo Banco sejam alimentados em pelo menos 500 milhões de euros. Mas a proposta lançada a 24 de julho parece pouco convincente.

“O preço é baixo”, sublinhou, ao ECO, Eva Rodríguez Roselló, que ajudou a fundar o Ever Capital Investment, com sede em Madrid. “Normalmente, estas ofertas de aquisição deviam encorajar os investidores a participarem e os preços têm ser mais elevados do que os níveis secundários anteriores à oferta. E este não é o caso com a oferta do Novo Banco”, acrescentou a responsável.

"O preço é baixo. Normalmente, estas ofertas de aquisição deviam encorajar os investidores a participarem e os preços deviam ser mais elevados do que os níveis secundários anteriores à oferta. E este não é o caso com a oferta do Novo Banco.”

Eva Rodríguez-Roselló

Ever Capital Investments

Ainda que seja uma operação vital para o futuro do banco, dado que só assim o acordo de venda aos norte-americanos do Lone Star fica fechado, aquilo que está neste momento em cima da mesa não é do agrado de muitos investidores, mesmo perante a possibilidade de um falhanço na operação provocar a liquidação da instituição com perdas para todos.

De acordo com os termos da oferta, o Novo Banco pretende recomprar 36 linhas de dívida pelo seu valor de mercado com preços que cobrem entre 10% e 90% o valor nominal das obrigações. Que é como quem diz: há descontos implícitos entre 10% e 90%, que variam consoante a linha de obrigações.

Mas há casos e casos. Por exemplo, no caso das obrigações com cupão zero, que apresentam as maturidades mais longas, os descontos são teoricamente maiores porque se aplicam sobre um valor que não é o atual mas antes sobre o valor que as obrigações vão atingir no final da maturidade, dentro de alguns anos — algumas obrigações só vencem em 2052. Ou seja, os investidores perdem mais em função do valor que esperavam receber no final da maturidade.

Foi por causa deste “preçário” diferenciado que o fundo alemão Xaia Investments, que também está no grupo de grandes investidores que colocou Portugal em tribunal num outro caso relacionado com obrigações que foram transferidas para o “BES mau”, questionou a matemática por detrás da oferta logo após o seu anúncio.

“Parece-me que os preços não seguem uma fórmula justa num sentido económico. Parece-me mais uma decisão motivada politicamente“, disse ao ECO Jochen Felsenheimer, diretor daquele fundo alemão que tem cerca de 100 milhões de euros investidos em obrigações do BES/Novo Banco.

Na altura, Felsenheimer queixou-se ainda do tratamento preferencial que é dado aos clientes de retalho, considerando que essa diferenciação não é correta porque “por detrás dos todos investidores institucionais estão investidores de retalho, isto é, os clientes privados aplicaram investimentos que são geridos pelos gestores de ativos institucionais”.

A alternativa tanto para o Xaia Investment como para a Ever Capital Investment pode passar pela opção depósitos em vez do cash. Mas tanto um como o outro fundo ainda não conhecem as condições da oferta que visa trocar dívida por depósitos a três e cinco anos, adiantaram ao ECO. Segundo explicou Felsenheimer, o banco está a informar individualmente os credores acerca das condições após perceber qual o montante que detêm em obrigações do Novo Banco.

"Parece-me que os preços não seguem uma fórmula justa num sentido económico. Parece-me mais uma decisão motivada politicamente.”

Jochen Felsenheimer

Diretos do fundo Xaia Investments

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Há nove sessões que o Dow Jones fecha em máximos históricos

Apesar da quebra do setor energético, bolsas norte-americanas foram compensadas pelas ações do setor de consumo. Para o Dow Jones, primeiro dia da semana foi sinónimo de novo recorde.

Arranque de semana positivo do outro lado do Atlântico. As bolsas subiram ligeiramente esta segunda-feira, mas foi o suficiente para o Dow Jones encerrar num novo máximo histórico. Há nove sessões que este índice industrial fecha com um novo recorde.

O Dow Jones somou 0,12% para 22.118,42 pontos. Também os outros dois principais índices terminaram a sessão com ganhos modestos: o índice de referência mundial S&P 500 ganhou 0,16% e o tecnológico Nasdaq avançou 0,51%.

Apesar da queda das ações do setor energético, em dia de pressão sobre os preços do petróleo, este efeito foi em parte compensado com uma valorização do setor ligado ao consumo. Por exemplo, as ações da retalhista Wal-Mart valorizou 1% para 81,28 dólares.

“Assistimos a uma pequena rotação setorial nos mercados”, referiu Rick Meckler. “Este é um período de muitas compras que envolve as lojas e a natureza inconstante dos jovens. Tende a ser um período mais de compras diretas nas lojas do que na internet”, explicou à Reuters este analista da LibertyView Capital Management.

No plano mais económico, o sentimento positivo dos investidores foi sobretudo alimentado pelos dados do mercado laboral nos EUA, apresentados na última sexta-feira. O Departamento do Trabalho norte-americano revelou que foram criados 209 mil empregos no último mês, um número que superou a estimativa de 183 mil postos esperados pelos economistas sondados pela Reuters. A taxa de desemprego caiu para 4,3% em junho.

"Assistimos a uma pequena rotação setorial nos mercados. Este é um período de muitas compras que envolve as lojas e a natureza inconstante dos jovens. Tende a ser um período mais de compras diretas nas lojas do que na internet.”

Rick Meckler

LibertyView Capital Management.

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Autárquicas: PSD prevê gastar 8,8 milhões em despesas de campanha, menos 20% face a 2013

  • Lusa
  • 7 Agosto 2017

O PSD prevê gastar 8,8 milhões de euros na campanha para as eleições autárquicas de outubro, uma redução de 20% face a 2013, ano em que o orçamento rondou os 11 milhões de euros.

“Prevê-se que o orçamento para a candidatura autárquica deste ano registe um corte de cerca de 20% face às contas de 2013, o que representa menos dois milhões de euros nos orçamentos locais, para um total de 8,8 milhões de euros”, anunciou o partido esta segunda-feira, na sua ‘newsletter’.

O PSD lidera ou integra 120 coligações, sendo cerca de 70.000 os candidatos que concorrem às próximas eleições autárquicas nas listas do Partido Social Democrata (PSD).

“Reconhecendo a existência de uma nova geração de jovens autarcas – muito preparados e disponíveis para o próximo ciclo do poder local –, cerca de 30% dos candidatos do PSD têm entre 29 e 40 anos. O PSD vai além do que determina a Lei da Paridade, e reconhecendo sempre a competência dos candidatos garantiu-se que 43% dos candidatos são mulheres, um aumento dos 35% registados em 2013”, sublinha o documento dos social-democratas.

A ‘newsletter’ indica que “a grande maioria dos candidatos nas listas” do partido é constituída por cidadãos independentes, “uma presença que o PSD privilegiou desde o início do caminho” para as autárquicas deste ano.

“Não obstante a renovação, foram valorizadas as candidaturas de autarcas e antigos autarcas do PSD que, com a sua experiência, voltam a apresentar-se a votos, sendo eles verdadeiros representantes da força autárquica que o PSD tem em todo o país e que, de resto, é historicamente reconhecida”, acrescenta o PSD.

A última alteração à Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais, que entrou em vigor em janeiro, reduziu em 20% os limites máximos admissíveis de despesas de campanhas eleitorais. Assim, as candidaturas autárquicas a Lisboa e Porto podem gastar até 460.080 euros, que corresponde a 1.350 salários mínimos mensais nacionais (SMMN), a valores de 2008, como prevê a lei.

Nos municípios com 100 mil ou mais eleitores, o limite das despesas é de 900 SMMN, 306.720 euros e, nos municípios com mais de 50 mil e menos de cem mil eleitores, o limite é de 153.360 euros.

O prazo para a entrega das listas de candidatos às autárquicas de 1 de outubro e dos orçamentos de campanha terminou hoje, a menos de dois meses das eleições. De acordo com o calendário da Comissão Nacional de Eleições (CNE), partidos, coligações e grupos de cidadãos candidatos tiveram de entregar os processos no tribunal competente até às 18h00 de hoje.

Os orçamentos de campanha terão de ser apresentados ao Tribunal Constitucional.

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O retrato do emigrante português: mais jovem, mais qualificado e com mais emprego

Ao todo, há mais de 1,7 milhões de portugueses espalhados pela Europa, dos quais quase metade são já de segunda geração.

Mais jovem, mais qualificado e com uma maior taxa de emprego do que a população residente em Portugal. Assim é o emigrante português na Europa, segundo um estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta segunda-feira, sobre as condições dos emigrantes portugueses no mercado de trabalho europeu.

Quantos são

O INE divide os emigrantes entre primeira (os que nasceram em Portugal e partiram para outro país) e segunda geração (os que já nasceram noutro país mas têm pai ou mãe portugueses).

Em 2014, à volta de 1,7 milhões de portugueses estavam emigrados pela Europa. Destes, 907,1 mil são emigrantes de primeira geração e outros 812,2 mil são emigrantes de segunda geração.

Onde estão

França é, de longe, o país com a maior comunidade emigrante portuguesa na Europa. Segue-se a Suíça, Espanha, Reino Unido e Luxemburgo. O INE aponta, contudo, que este estudo, que foi realizado junto dos membros da União Europeia, não contou com a participação da Alemanha, Irlanda, Dinamarca e Países Baixos. O INE ressalva, assim, a “impossibilidade de definir um retrato completo do fenómeno emigratório português, pela ausência de informação de importantes destinos europeus da emigração portuguesa, como a Alemanha”.

Que idade têm

A população emigrada é mais jovem do que a população residente em Portugal.

Entre os mais de 1,7 milhões de emigrantes portugueses na Europa, 20% encontrava-se no grupo etário dos 15 aos 24 anos e outros 36,6% tinham entre 25 e 39 anos. Em Portugal, a percentagem da população que se encontram nestes grupos é, respetivamente, de 16,2% e de 30,2%.

Por outro lado, entre os emigrantes, 30,3% têm 40 a 54 anos e 13,2% têm entre 55 e 64 anos. Em Portugal, estes grupos representam 34% e 19,7%, respetivamente, da população residente.

Até onde estudaram

Os emigrantes são também mais escolarizados do que a população residente em Portugal, muito graças aos emigrantes de segunda geração.

Entre os emigrantes, menos de metade (43,5%) só concluiu o ensino básico; em Portugal, este grupo representa 57,1% da população. Por outro lado, 35,6% dos emigrantes concluíram o ensino secundário ou pós-secundário; esta percentagem cai para 23,6% entre a população residente em Portugal. Já ensino superior, a proporção é semelhante: 19,1% dos emigrantes concluíram o ensino superior; 19,3% dos residentes em Portugal também.

Se se fizer a distinção entre emigrantes de primeira e segunda geração, a diferença é ainda mais evidente. Mais de 27% dos emigrantes de segunda geração concluíram o ensino superior e 42,5% concluíram o secundário ou pós-secundário.

Quantos têm emprego

No que toca à taxa de emprego, a situação dos emigrantes é melhor do que a dos residentes.

A taxa de emprego dos emigrantes portugueses, em 2014, era de 84,6%; nesse ano, a taxa de emprego em Portugal era de 77,6%. O emprego entre os emigrantes portugueses é também superior à média verificada na Europa nesse ano, quando a taxa de emprego foi de 76,4%.

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Governo da Madeira envia carta a companhias aéreas a pedir rapidez

  • Lusa
  • 7 Agosto 2017

Secretário regional da Economia, Turismo e Cultura apelou às companhias aéreas para disponibilizarem mais voos, em aeronaves com capacidade para transportar mais passageiros.

O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, apelou esta segunda-feira às companhias aéreas para que reforcem as operações para esta ilha, visando o “eficaz escoamento” dos passageiros ainda retidos nesta região.

Uma informação divulgada na Madeira refere que o governante madeirense enviou uma missiva às companhias aéreas sensibilizando para “o mais rápido e eficaz escoamento dos passageiros que ainda se encontram retidos no Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo, assim como a chegada de novos passageiros ao destino”.

O Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo esteve condicionado devido ao forte vento desde a passada sexta-feira, o que provocou, segundo a ANA – Aeroportos de Portugal, o cancelamento de 101 voos, uma situação que afetou cerca 15 mil passageiros.

Este responsável do executivo madeirense menciona que “os transtornos e constrangimentos associados à inoperacionalidade desta infraestrutura, devida aos ventos fortes que se fazem sentir há três dias, só têm vindo a ser minimizados graças ao empenho e à colaboração de todas as entidades públicas e privadas”. Acrescenta ainda a importância do “recurso às infraestruturas aeroportuárias e portuárias existentes na Madeira e no Porto Santo”.

[Apelo] às companhias aéreas responsáveis pela maior parte dos movimentos para que seja equacionada a possibilidade de serem disponibilizados voos extraordinários, eventualmente em aeronaves de maior dimensão.

Eduardo Jesus

Secretário regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira

Por isso, neste esforço coletivo, para minimizar os problemas causados aos passageiros afetados e em beneficio da imagem deste destino turístico, Eduardo Jesus apela “às companhias aéreas responsáveis pela maior parte dos movimentos para que seja equacionada a possibilidade de serem disponibilizados voos extraordinários, eventualmente em aeronaves de maior dimensão”.

Considera que contribuiria para “com a maior celeridade possível” conseguir dar “resposta aos passageiros, da melhor forma, em complemento às alternativas que têm vindo a ser encontradas a outros níveis e contando com o envolvimento de todos”.

“A resposta aos passageiros foi, desde o primeiro momento, prioritária”, escreveu o governante insular, concluindo que “aguarda que também as companhias aéreas possam fazer parte da “solução conjunta” que tem sido dada.

A mesma nota aponta que as previsões permitem antever que “a normalidade regresse ao Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo, a partir de terça-feira e até à próxima quarta-feira”.

De acordo com a página da ANA – Aeroportos de Portugal, esta segunda-feira foram canceladas 15 chegadas e 18 partidas, tendo até cerca das 17h00 aterrado 17 aviões e descolado o mesmo número de aeronaves.

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