Algarve foi destino preferido dos europeus em Portugal

A região liderou a lista dos destinos portugueses preferidos pelos cidadãos europeus, seguindo-se Lisboa. Dados agora revelados dizem respeito a 2015, antes do boom turístico que afetou o país.

Em 2015, quando os europeus pensavam em Portugal, pensam sobretudo no Algarve e em Lisboa. Foram as regiões portuguesas onde os turistas da União Europeia (UE) mais pernoitaram nesse ano, num total de 18,9 milhões de noites passadas no sul do país e 15 milhões na capital. Os dados foram agora revelados pelo Eurostat e dizem respeito a um período anterior ao boom turístico do país.

Aliás, nessa altura, nenhum destino nacional constava nos primeiros 30 lugares da lista de destinos preferidos pelos cidadãos europeus. Em contrapartida, as posições de topo foram praticamente todas conquistadas por cidades em Espanha, França e Itália. As Canárias foram o destino mais visitado dentro da UE, com 94 milhões de pernoitas, seguindo-se Ilha de França com 76,8 milhões de noites passadas por turistas europeus. Em terceiro ficou a Catalunha, com 75,5 milhões de pernoitas.

Segundo o gabinete de estatística da UE, os viajantes europeus passaram 85% das noites em Estados-membros e 15% em destinos exteriores à união. Quanto às pernoitas dentro da UE, 90% foram por europeus e os restantes 10% por cidadãos de países exteriores à UE. Quanto aos portugueses, apenas 7% do total de pernoitas em viagem foram passadas em destinos não europeus.

Os portugueses que viajaram para fora da UE preferiram o Brasil como destino, país que registou 19,1 milhões de estadias por parte de cidadãos oriundos de Portugal. O segundo destino preferido foi a Suíça, com 13,9 milhões de estadias. Em terceiro lugar, Cabo Verde, com 8,9 milhões de estadias. No total da UE, os destinos exteriores preferidos pelos viajantes europeus foram os Estados Unidos, a Turquia e Marrocos.

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Marcelo convoca Conselho de Estado e Conselho Superior de Defesa para dia 21

  • ECO
  • 7 Julho 2017

O Presidente da República marcou reuniões com Tancos e Pedrógão Grande em cima da mesa. A reunião do Conselho de Estado esteve agendada para a última semana de junho mas foi adiada.

Marcelo Rebelo de Sousa convocou para dia 21 de julho uma reunião com o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa, avança o Expresso e confirmou fonte de Belém à Lusa. Embora ainda não haja agenda oficial, é certo que o assalto a Tancos e o incêndio de Pedrógão Grande serão dois dos temas principais.

Segundo a mesma fonte, a reunião do Conselho de Estado tinha sido marcada para a última semana de junho mas acabou por ser adiada, com a atualidade ocupada pelos fogos, que causaram a morte a 64 pessoas e fizeram 200 feridos, e pelo roubo na base militar. Com o primeiro-ministro está de férias, o Presidente marca a reunião para o final de mês, quando António Costa já estará de volta.

O Expresso assinala ainda que a agenda ainda não é conhecida. É a primeira reunião destes órgãos desde o incêndio de Pedrógão Grande.

Esta é a sexta reunião do órgão político de consulta presidencial convocada por Marcelo Rebelo de Sousa, que imprimiu ritmo trimestral às reuniões do Conselho de Estado. A última reunião do Conselho de Estado realizou-se no dia 31 de março.

Artigo atualizado às 13h38 com a confirmação da informação à Lusa por fonte de Belém

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Esquerdas querem integração de precários antes de 2018

  • Marta Santos Silva
  • 7 Julho 2017

Para José Soeiro do Bloco de Esquerda, não há motivo para "esperar até fevereiro" para dar início à integração dos precários do Estado. O PSD e o CDS criticaram a proposta e não vão apoiá-la.

A proposta de lei do Governo para a integração dos precários nos quadros do Estado “peca por tardia”, assinalou Rita Rato, deputada do PCP, no debate do documento no plenário esta sexta-feira. Para os partidos à esquerda do Partido Socialista, os prazos indicados na proposta — para abertura dos concursos a partir de janeiro de 2018 — são mais tardios do que seria necessário. “Para quê esperar até fevereiro?”, perguntou José Soeiro, do Bloco de Esquerda, ao ministro do Trabalho Vieira da Silva, que estava no Parlamento para apresentar a proposta do Governo.

Para Rita Rato, do PCP, os prazos fixados na proposta do Governo deveriam ser “prazos máximos e não prazos mínimos”, como disse esta quinta-feira ao ECO. A deputada comunista lamentou que se esteja a discutir “uma proposta de regularização de vínculos precários quando a última foi há 20 anos”, e assinalou que esta regularização é uma questão “de elementar justiça”.

José Soeiro, do Bloco de Esquerda, aproveitou a sua intervenção para sublinhar que a proposta do Governo “não dispensa o trabalho de especialidade”, onde o Parlamento deverá “corrigir a proposta do Governo e melhorar o que precisa de ser melhorado”. O deputado destacou quatro pontos que considera importante alterar:

  1. Para o Bloco, a proposta deve tornar claro que os bolseiros, os estagiários e os trabalhadores em situação de falso outsourcing estão incluídos na regularização;
  2. O critério de horário completo “não é um critério de laboralidade” e deveria ser retirado como componente obrigatória para ser considerado que se cumpre uma necessidade permanente;
  3. A norma que prolongará os contratos até ao momento da vinculação deve ser aplicada já, em vez de apenas a partir de dezembro, para salvaguardar os casos daqueles cujos contratos terminem entretanto;
  4. Os prazos deveriam ser antecipados. “Há todas as condições para esta proposta entrar em vigor antes”, afirmou José Soeiro.

Já os deputados da oposição criticaram a proposta por ser “pouco esclarecedora”. António Carlos Monteiro, do CDS-PP, pediu esclarecimentos sobre a forma como vão ser desenvolvidos os processos concursais, e disse ainda que o Governo não tem feito o trabalho necessário de perceber quais os serviços “que têm funcionários a mais e quais os que têm funcionários a menos”.

Do lado do PSD, Carla Barros criticou o Governo por ter vinculado poucos professores no seu mandato e por ser “o mesmo rosto que aumenta a precariedade ao mesmo tempo que a devia reduzir”, demarcando-se assim de apoiar a proposta em causa, que apelidou de “eleitoralista”.

A proposta de lei vai agora ser discutida na Comissão do Trabalho e Segurança Social, onde poderá ser alterada. Deverá decorrer ainda o período obrigatório de discussão pública de 30 dias, por se tratar de legislação laboral, antes de a proposta poder ser aprovada pelo Parlamento.

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CDS quer informação mensal sobre cativos

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 7 Julho 2017

O deputado João Almeida desafiou a esquerda a mostrar que defende a transparência, propondo a publicação mensal da evolução dos cativos.

O CDS-PP quer que o Governo passe a dar informação sobre a evolução dos cativos todos os meses. A proposta foi apresentada esta sexta-feira, na Assembleia da República, durante o debate sobre a transparência na gestão da despesa orçamental e a aplicação de cativos.

Centeno não pode “ser só o ministro das boas notícias, porque o ministro das boas notícias não está à altura” do que é pedido ao ministro das Finanças, criticou o deputado e porta-voz do CDS-PP, João Almeida. “Vamos ver nesta assembleia quem está a favor da transparência”, desafiou, anunciando que vai propor que comece a haver relatórios mensais das cativações, em vez de só se saberem quais as cativações efetuadas num ano, em junho do ano seguinte.

"Não nos escondemos atrás de cativações, não nos escondemos atrás de secretaria.”

João Almeida

Deputado do CDS-PP

No corpo da proposta, distribuído de seguida aos jornalistas, o CDS explica que quer que as sínteses de execução orçamental publicadas todos os meses pela Direção-geral do Orçamento passem a incluir “informação suficientemente pormenorizada relativamente à evolução dos montantes cativos.” A ideia é passar a disponibilizar os montantes cativos discriminados por ministério, por programa orçamental e por serviços e organismos.

Durante o debate, João Almeida recuperou informação sobre as cativações aplicadas em anteriores, defendendo que 2016 só tem paralelo “no ano da graça de 2010, quando governava José Sócrates.” E associou o recurso a esta medida com falta de transparência, por oposição ao recurso a Orçamentos Retificativos, muito utilizados pelo anterior Governo PSD/CDS-PP: “Não nos escondemos atrás de cativações, não nos escondemos atrás de secretaria.”

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Empresas prevêem aumentar investimento em 5,1%

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 7 Julho 2017

Esta é a intenção manifestada pelas empresas para 2017, que compara com a previsão anterior de 3,8%. Em 2016, o investimento aumentou 7,4%.

As empresas contam aumentar o seu investimento em 5,1% este ano. É esta a intenção demonstrada no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de abril, que se revela mais otimista. No inquérito de outubro realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a previsão era de 3,8%, ainda que em 2016 o investimento tenha registado um crescimento de 7,4%.

“Entre os objetivos do investimento, perspetiva-se um aumento do peso relativo do investimento orientado para a racionalização e restruturação e para outras finalidades, com a consequente diminuição da importância relativa do investimento de substituição e do investimento associado à extensão da capacidade de produção, continuando este, no entanto, a ser o objetivo mais referido”, avança o destaque do INE.

Já o “principal fator limitativo do investimento empresarial” apontado pelas empresas nos dois anos “foi a deterioração das perspetivas de venda, seguindo-se, em 2016, a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos e, em 2017, a insuficiência da capacidade de autofinanciamento”, continua.

Entre 2016 e 2017, espera-se que aumente o “peso relativo da insuficiência da capacidade de autofinanciamento” e reduza o “peso relativo da incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos”, conclui o INE.

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BCP sem estofo para Santander e Commerzbank na compra polaca

O BPI considera que o BCP tem pouca margem para competir com os outros dois gigantes da banca europeia na corrida pelas operações do Deutsche Bank na Polónia.

Para o BPI Research, o BCP BCP 0,00% dificilmente terá condições para competir com o Santander e Commerzbank na corrida pelo banco polaco do Deutsche Bank. Porquê? O negócio vai afetar de forma considerável os rácios de capital do banco português.

BCP, Santander e Commerzbank estão na corrida pela compra do negócio do alemão Deutsche Bank na Polónia, numa operação que está avaliada em torno de 500 milhões de euros, segundo avança imprensa do país. O jornal Puls Biznesu coloca o Commerzbank na pole position num processo que conhecerá novos desenvolvimentos no início do próximo mês com a apresentação de ofertas vinculativas.

Os analistas do BPI Research dizem que “os impactos de capital tornam menos provável que o BCP possa superar o Santander ou o Commerzbank no processo de venda do Deutsche Bank“. “Para o BCP, estimamos que o potencial negócio (…) poderá ter um impacto negativo de cerca de 80 pontos base no rácio de capital Tier 1 (11,2% em março)”, calcula o BPI Research.

O BCP está no mercado polaco através do Millenium Bank. O ECO tentou obter uma reação do BCP, mas ainda não obteve uma resposta até ao momento.

Em relação ao Santander, o impacto nos rácios de força financeira seria bastante menos negativo, de apenas cinco pontos base, adianta ainda o BPI Research.

O Deutsche Bank está a vender o seu negócio na Polónia, exceto os empréstimos denominados em moeda estrangeira. Estes ativos poderão estar avaliados em 500 milhões de euros, excluindo um fator de desconto que costuma estar incluindo quando alguma entidade pretende alienar determinado ativo.

BCP perde força na bolsa

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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BE: “O Orçamento executado não é o que aprovámos”

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 7 Julho 2017

Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, não deixou passar a crítica da bloquista. E perguntou: "Qual foi a consequência que tirou disso?"

“O Orçamento executado em 2016 não é o que aprovámos”, criticou Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, apontando diretamente para o ministro das Finanças. Mário Centeno esteve esta sexta-feira no Parlamento para explicar as cativações aplicadas na despesa em 2016. O debate foi convocado pelo PSD, mas o ministro não escapou às críticas da esquerda.

“Uma coisa é verdade, vamos criticar as coisas pelo que elas são e não pelo que nos dá jeito criticar. O Orçamento executado em 2016 não é o Orçamento que nós aprovámos,” assumiu Mariana Mortágua, afirmando que o défice ficou abaixo do previsto por maiores cativações do que o que tinha sido planeado.

No final do debate, Luís Montenegro, líder da bancada parlamentar do PSD, não deixaria passar a crítica: “A deputada Mariana Mortágua veio dizer que o Orçamento executado não correspondeu ao que aprovou. E qual foi a consequência que tirou disso?”

A deputada defendeu que as cativações foram feitas de forma nada transparente e de acordo com o que era necessário para agradar à União Europeia. Mas “quem lhe dá [ao Governo] a maioria não é a União Europeia,” avisou Mortágua.

Mais: é preciso explicar. “A Conta Geral do Estado diz que há cativações na Saúde,” diz Mariana Mortágua, e na Educação. “O Governo deve descrever de que forma essas cativações não afetaram as escolas nem o SNS,” argumentou. Além disso, “a despesa tem de aumentar. Porque é esse o compromisso, que a despesa nos serviços públicos aumente,” lembrou.

Ainda assim, a bloquista fez questão de sublinhar, dirigindo-se ao PSD e ao CDS, que o que se viu entre 2012 e 2015 foram cortes, enquanto em 2016, quando se olha para o valor executado do Orçamento vê-se “reforço de verbas.”

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Centeno: “Os cativos são transparentes”

  • Margarida Peixoto
  • 7 Julho 2017

Mário Centeno explicou os dois tipos de cativos que foram aplicados à despesa de 2016. O valor dos cativos adicionais face a 2015, aplicados sobre receitas de impostos, foi de 0,09%, garantiu.

São “transparentes,” estão regulados na lei, foram aplicados por precaução ou sobre a despesa que cresceu. A defesa é do ministro das Finanças, Mário Centeno, que foi esta sexta-feira ao Parlamento explicar aos deputados o funcionamento dos cativos em 2016, depois de o Governo ter sido acusado de ocultar a estratégia que aplicou para conter a despesa.

“Por razões que desafiam a lógica, este debate é centrado nos cativos”, frisou Mário Centeno, da tribuna. O ministro defendeu que “os cativos são transparentes,” até porque “estão regulados no decreto-lei de execução orçamental” e na própria lei do Orçamento.

Centeno explicou o funcionamento dos cativos em 2016, que são de dois tipos:

  1. 15% são aplicados ao valor de determinadas rubricas de despesa orçamentada, “por motivos de precaução,” para garantir que ao longo do ano há receita suficiente para fazer face àqueles gastos. Este tipo de cativos já existiam no ano anterior, ainda com o Executivo de Passos Coelho;
  2. Cativos sobre o crescimento da despesa. “Só existem sobre a parte da despesa que representam um acréscimo,” esclareceu o ministro. E aproveitou para lançar uma farpa ao PSD e CDS-PP: “É natural que não existissem nos orçamentos anteriores.” É esta segunda forma que justifica o aumento de cativos em 2016, assegurou ainda Centeno.

Ora, no final do ano, ficaram cerca de 942 milhões de euros de despesa por executar, devido aos cativos. Mas Centeno frisou que “dois terços resultam da evolução de receitas próprias.” Aqui o racional é garantir que os serviços só executam a despesa quando têm a receita suficiente para pagá-la. E por isso “nunca esta operação teria impacto no défice porque a receita esta associada à despesa,” argumenta Centeno.

Aliás, notou o ministro, a despesa cresceu 1,9%. Os gastos na Saúde subiram 3% e na Educação 4,5%.

Já os restantes cativos, no valor de 295 milhões de euros, foram aplicados sobre receitas gerais. Mas o ministro nota que “em 2015, estes cativos foram de 118 milhões de euros.” Ou seja, “os cativos que dependem das receitas de impostos cresceram apenas 0,09% do PIB, 175 milhões de euros.”

E deu conta de todos os cativos que deixaram de vigorar com o Governo socialista: não existem sobre escolas nem sobre o Serviço Nacional de Saúde. Também não existem sobre a lei de Programação Militar, que “foi reforçada e ficou isenta de cativos.” Já no Ministério da Defesa, em 2015 os cativos foram 118 milhões de euros e caíram para cerca de 90 milhões. E a Segurança Social também não tem cativos.

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 7 Julho 2017

Três empresas bascas estão à beira do fim e algumas centrais nucleares são agora o alvo dos hackers. Estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

A volta à imprensa internacional deste último dia da semana começa em Espanha, onde três empresas bascas estarão prestes a desaparecer, passa pelos Estados Unidos, onde os hackers apontam como próximo alvo algumas centrais nucleares e termina com as boas notícias para a Samsung, que está a um trimestre de ultrapassar a Apple como empresa de dispositivos móveis mais lucrativas. Estas e outras notícias na revista de imprensa desta sexta-feira.

El País

Três grandes empresas bascas estarão prestes a desaparecer

A General Electric, a Muebles Xey e a Fagor, três empresas originárias do País Basco, terão tomado, em menos de uma semana, decisões tão drásticas que põem em causa não só a sobrevivência das mesmas, como cortam as perspetivas favoráveis de evolução da economia basca. A Fagor anunciou um plano de reestruturação que inclui o despedimento de trabalhadores, a General Electric irá fechar uma das suas filiais e a Muebles Xey anunciou a liquidação da Zumaia, uma das suas subsidiárias.

(Conteúdo em espanhol / Acesso livre)

The New York Times

Hackers atacam instalações nucleares norte-americanas

Segundo investigações do FBI e do Departamento de Segurança Nacional, hackers estarão a atacar as redes informáticas de empresas que gerem estações nucleares e outras infraestruturas de produção de energia nos Estados Unidos da América. As conclusões do relatório, obtidas pelo NYT em exclusivo, não indicam se estes ataques terão como objetivo principal espiar as empresas ou causar danos.

(Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Bloomberg

Próximo ataque do WannaCry poderá custar 2,5 mil milhões às seguradoras

Graeme Newman, CIO da CFC Underwriting, afirmou em entrevista que, se uma combinação do WannaCry e do Petya atacar a rede, poderá trazer despesas às seguradoras de cerca de 2,5 mil milhões de dólares. Juntando o alcance do vírus que infetou mais de 200.000 computadores e 10.000 empresas em 150 países e a força destrutiva do vírus que atacou quase um mês depois, pode criar-se uma ameaça altamente dispendiosa.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

Agence France Press

Dieselgate: Ex-gestor da Audi indiciado pela justiça norte-americana

Um antigo gestor da fabricante de automóveis Audi foi acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América de ter dado ordens à sua equipa para que esta mascarasse os valores das emissões. Giovanni Pamio, que esteve à frente da equipa de engenheiros que desenhava os sistemas de controlo de emissões entre 2006 e 2015, terá sido indiciado por conspiração para defraudar os Estados Unidos, fraude eletrónica e violação do Clear Air Act.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

MarketWatch

Samsung vai ultrapassar a Apple como empresa mais lucrativa

Após a apresentação dos resultados do último trimestre, a Samsung ficou um pouco atrás da Apple no que toca aos lucros. Ainda assim, isto pode mudar. A tecnológica coreana estabeleceu como previsão dos lucros para o próximo trimestre os 12,1 mil milhões de dólares, enquanto a previsão da tecnológica norte-americana ficou-se pelos 10,6 mil milhões de dólares.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

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Maioria da despesa cativada em 2016 foi relativa a receitas próprias dos serviços

  • Lusa
  • 7 Julho 2017

A Conta Geral do Estado aponta para 942,7 milhões de euros em cativos finais no ano passado, ou seja, despesa prevista no Orçamento do Estado mas cuja utilização pelos serviços não foi autorizada.

A maioria da despesa cativada em 2016 foi a que era financiada por receitas próprias dos serviços (muitas vezes não gerada) e, por isso, apesar de estar autorizada, não foi desbloqueada, segundo dados do Ministério das Finanças.

A Conta Geral do Estado (CGE) de 2016 deu conta de que houve 942,7 milhões de euros em cativos finais no ano passado, ou seja, despesa que estava prevista no Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) mas cuja utilização pelos serviços não foi autorizada pelo Ministério das Finanças.

Dados fornecidos pela tutela detalham a repartição destas cativações finais: dos quase 943 milhões de cativos finais, cerca dois terços (617 milhões de euros) foi despesa financiada por receitas próprias e apenas um terço (295 milhões de euros) foi despesa financiada por receitas gerais (ou seja, impostos) e cuja utilização não foi permitida até ao final do ano.

As cativações de despesa são um instrumento de gestão orçamental comum a todos os orçamentos e que, segundo o relatório da CGE de 2016, permitem “adequar o ritmo da execução da despesa às reais necessidades e assegurar a manutenção de uma folga orçamental que permita suprir riscos e necessidades emergentes no decurso da execução”.

Tipicamente, os Orçamentos do Estado incluem este instrumento e o OE2016 continha a cativação de 12,5% das despesas afetas a projetos com financiamento nacional e de 15% das despesas com aquisição de bens e serviços. No entanto, a lei orçamental do ano passado introduziu cativos adicionais sobre o crescimento da despesa, pelo que, depois de aplicados aqueles primeiros cativos (que tipicamente os orçamentos preveem), quando as despesas crescessem acima da execução de 2015, eram desencadeadas novas cativações.

Por exemplo, a despesa com pessoal financiada por receitas próprias dos serviços era cativada se aumentasse mais de 4% do que a execução do ano anterior (porque era este o aumento expectável da massa salarial decorrente da reversão dos cortes salariais no ano passado).

Por outro lado, qualquer aumento da despesa com pessoal que fosse financiado por receitas gerais ficava totalmente cativado (havia uma dotação específica para acomodar o fim das reduções remuneratórias na função pública).

O objetivo desta prática de cativação, que incide apenas sobre os aumentos de despesa verificados face à execução anterior, era o de garantir que a despesa dos serviços só cresce na medida em que sejam geradas receitas próprias que suportem essa mesma despesa.

Importa também ter em conta que, tipicamente, na preparação dos seus orçamentos anuais, os serviços tendem a prever aumentos de receitas superiores ao que de facto se materializam por forma a justificar também aumentos de despesa.

Na prática, a cativação automática desencadeada quando as despesas aumentam face ao executado no ano anterior dá mais discricionariedade ao ministro das Finanças, na medida em que aumenta a sua capacidade de controlar as execuções orçamentais dos serviços.

Foi este novo método de cativações que justificou que, de 2015 para 2016, tenha havido um aumento expressivo do montante de despesa cativada.

Em 2015, permaneceram cativados cerca de 500 milhões de euros até ao final do ano (118 milhões relativos a despesa financiada por receitas gerais e 382 milhões relativos a despesa financiada por receitas próprias).

Em 2016, dos cerca de 1.730 milhões de euros contemplados em cativações iniciais, foram descativados pouco mais de 800 milhões de euros e permaneceram por utilizar quase 943 milhões, um valor que representa pouco mais de 0,5% do total da despesa pública realizada no ano passado.

Para este ano, o Governo determinou como cativações iniciais de despesa um montante da ordem dos 1.700 milhões de euros, equivalente ao previsto em 2016.

Esta semana, no parlamento, os deputados do PSD, do CDS e do BE interrogaram o Governo sobre as cativações feitas em 2016 e quiseram saber onde em concreto é que essa despesa foi mantida cativa, considerando que a não utilização de despesa prevista prejudica a qualidade dos serviços públicos causados.

A deputada do BE Mariana Mortágua apresentou mesmo um requerimento por escrito para compreender o “real impacto” destas nos serviços públicos: “Achamos que tem de ser escrutinado o valor das cativações para perceber se elas colocam em causa os serviços públicos ou se são um instrumento de gestão diária e normal como é argumentado pelo Ministério das Finanças”, disse a bloquista no final de uma comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

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PSD: “Custa ver BE e PCP aplicar esta austeridade manhosa”

  • Marta Santos Silva
  • 7 Julho 2017

Um debate de atualidade foi convocado no Parlamento sobre a falta de transparência nas cativações nos serviços públicos. Mário Centeno está presente para responder às questões dos deputados.

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EUA aumentam produção. Petróleo abaixo dos 45 dólares com bastante oferta

Produção de ouro negro voltou a acelerar nos EUA na última semana, absorvendo impacto dos cortes da OPEP. Em Nova Iorque, crude volta a negociar abaixo da fasquia dos 45 dólares.

O petróleo volta à zona de pressão abaixo dos 45 dólares, depois de os EUA terem aumentado a produção ao maior ritmo desde janeiro, absorvendo o impacto dos cortes promovidos pela OPEP e outros parceiros.

Em Nova Iorque, o barril do WTI cai 1,49% para 44,84 dólares, e vai a caminho da sexta semana de perdas desde o final de maio. Também o barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, desvaloriza 1,31% para 47,44 dólares.

De acordo com a Administração de Informação de Energia norte-americana, a produção desta matéria-prima registou na semana passada o maior aumento desde janeiro. A produção de crude aumentou em 88 mil barris por dia na última semana para 9,34 milhões de barris, de acordo com o relatório semanal divulgado esta quinta-feira.

Petróleo cede à pressão americana

Bloomberg (valores em dólares)

“A pressão regressou ao mercado e não é uma surpresa este movimento, tendo em conta os ganhos que assistimos depois dos mínimos perto dos 42 dólares”, referiu Michael McCarthy, estratega da CMC Markets, à Bloomberg. “O petróleo deverá negociar em ambos os sentidos a médio e longo prazo, com os mínimos de 40 dólares e os máximos à volta de 55 dólares por barril”, acrescentou.

"A pressão regressou ao mercado e não é uma surpresa este movimento, tendo em conta os ganhos que assistimos depois dos mínimos perto dos 42 dólares. O petróleo deverá negociar em ambos os sentidos a médio e longo prazo, com os mínimos de 40 dólares e os máximos à volta de 55 dólares por barril.”

Michael McCarthy

Estratego da CMC Markets

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