Carlos Moedas: Portugal volta a ter “voz na Europa” com saída do PDE

  • Lusa
  • 28 Maio 2017

O comissário europeu Carlos Moedas, que fez parte do Governo durante o resgate financeiro, considera que, com a saída do PDE, Portugal ganhou credibilidade para “levantar a voz na Europa”.

O comissário europeu Carlos Moedas, que fez parte do Governo durante o resgate financeiro, considera que, com a saída do Procedimento por Défice Excessivo, Portugal ganhou credibilidade para poder “levantar a voz na Europa” e influenciar reformas e decisões.

Podemos ter uma voz mais forte na Europa. É interessante, porque quando estava no Governo estávamos na parte pior e as pessoas [diziam] ‘porque é que eles não gritam, porque é que eles não vão lá e dizem isto não pode ser?’. Porque nessa altura não vale a pena gritar”, disse, em entrevista à TSF e ao DN, o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação.

“Agora sim, temos a credibilidade para levantar a voz, para dizermos aquilo que queremos, para avançar com reformas que outros não querem e que para nós são tão importantes. Eu acho que isso é bom para o país no seu todo”, acrescentou.

Para Carlos Moedas, que integrou o Governo de Passos Coelho (PSD), Portugal deve ter em conta três prioridades na União Europeia, a começar pelos mercados capitais. “Portugal hoje sofre no sentido que as nossas empresas têm taxas de juro superiores a países como a Alemanha e isso é injusto, porque temos a mesma qualidade, o mesmo talento, e estamos a ser prejudicados por um mercado de capitais e uma união bancária que não aconteceu”, afirmou.

Moedas sublinhou também que Portugal está em condições de dizer à Europa que “durante um período de ajustamento foi dos países que mais liberalizaram os seus serviços”.

“Portugal hoje tem um mercado de serviços liberalizado e há países que não têm. E pode ser também uma voz mas da importância de essa transposição dos serviços que é importante para criar emprego, ser feita porque nós a fizemos e isso criaria mais riqueza na Europa”, apontou.

No âmbito das prioridades, Carlos Moedas destacou ainda que Portugal tem características “extraordinárias” na ciência e inovação: “Hoje temos ciência fundamental ao nível dos melhores países do mundo […] e podemos posicionar-nos nessa área”, disse.

Na entrevista à TSF e DN, o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação disse que se deve olhar para a questão da dívida em geral como “uma questão europeia”. “Mas, para que haja um dia à volta da mesa dos países da União [Europeia] vontade de fazer aquilo que se chama a mutualização de uma parte da dívida, é preciso que os países respeitem as regras, porque ninguém vai deixar que se mutualize a dívida, ou seja, que sejamos todos responsáveis pela dívida uns dos outros”, afirmou.

Para Carlos Moedas, “é importante”, na senda do que tem sido feito nos últimos anos, conseguir reduzir a dívida para que “um dia isso esteja em cima da mesa”. “Agora, quando é que isso vai estar em cima da mesa, não sei”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mégane Sport Tourer, a eleita das famílias e das frotas

A carrinha da marca francesa é um sucesso de vendas entre as famílias portuguesas, mas também o é entre as frotas. Venceu a 15ª edição do Carro Frota do Ano realizada pela LeasePlan.

Após três anos consecutivos de vitórias da Volkswagen, com a Golf Variant, agora é a vez da Renault assumir o lugar de destaque na escolha para frotas de empresas. A Mégane IV Sport Tourer, que é um caso de sucesso de vendas entre as famílias portuguesas, venceu a eleição na 15ª edição do Carro Frota do Ano, evento realizado pela LeasePlan.

Para além de ser eleito como Carro Frota do Ano 2017 – qualificação obtida por ser o carro com a melhor classificação global, dos nove carros em concurso – o Renault Mégane IV Sport Tourer 1.5dCi Intense venceu, ainda, na categoria “Pequeno Familiar”, na qual concorria com o Seat Leon ST Style 1.6 TDI e com o Volkswagen Golf Variant Trendline 1.6 TDI DSG.

“Fatores como a versatilidade e funcionalidade do habitáculo, o design, o TCO [Total Cost of Ownership, ou custo de utilização de um veículo] e o volume de vendas (ACAP) foram determinantes para que este modelo se destacasse”, refere a gestora de frotas.

Além da Renault, que arrebatou o prémio principal, houve mais marcas distinguidas. “Na categoria de ‘Médio Familiar Generalista’ o primeiro lugar foi atribuído ao Ford Mondeo Mondeo SW Business Plus 1.5 TDCi, que superou a concorrência: o Peugeot 508 SW Active 1.6 BlueHDi e o Volkswagen Passat Variant Confortline 1.6 Tdi”, nota.

“Por fim, na categoria “Médio Familiar Premium”, o vencedor foi o Volvo V60 D4 Momentum 2.0, que se destacou do BMW Serie 3 320d Touring Advantage 2.0 e do Mercedes-Benz Classe C Station 220 d Avantgarde 2.1″, conclui a LeasePlan.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Teixeira Duarte aprova dividendo bruto por ação de 0,2 cêntimos

  • Lusa
  • 28 Maio 2017

Em assembleia-geral ficou decidido distribuir 840 mil euros para pagamento de dividendos aos acionistas.

A Teixeira Duarte aprovou este sábado em assembleia-geral a distribuição de 840 mil euros para pagamento de dividendos aos acionistas, a que correspondem 0,002 euros brutos por cada ação da construtora.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa informa que, entre outros pontos, “foi aprovado, por unanimidade, a proposta de aplicação de Resultados apresentada pelo Conselho de Administração, segundo a qual se propõe que os resultados líquidos da Teixeira Duarte, S.A. apurados no exercício de 2016, no montante de 7.092.173,40 (sete milhões noventa e dois mil cento e setenta e três euros e quarenta cêntimos) “, sejam aplicados nomeadamente na distribuição de lucros.

Assim, do total de 7,092 milhões de euros, 5,5 milhões servirão para reforço da reserva legal da empresa, cerca de 752 mil euros para reforço das reservas livres e 840 mil euros para distribuir por dividendos aos acionistas.

“Da proposta de Aplicação de Resultados apresentada pelo Conselho de Administração e aprovada por unanimidade, resulta ter sido atribuído um dividendo bruto por ação de 0,002 euros“, referem, acrescentando que “brevemente” serão divulgadas as demais informações relativas ao pagamento de tal dividendo.

Refira-se que registaram presença na assembleia-geral, que se realizou em Porto Salvo (Oeiras), 83,05% do capital social e dos direitos de voto da construtora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bagão Félix: Classe média é taxada como “se fosse rica”

  • ECO
  • 28 Maio 2017

O ex-ministro das Finanças defende que a prioridade do Governo no próximo ano deve ser a reposição gradual dos escalões anteriores do IRS. Nota ainda que a classe média é taxada como se fosse "rica".

Bagão Félix considera que a reposição gradual dos escalões anteriores do IRS é a prioridade do Governo no próximo ano. O ex-ministro das Finanças refere ainda que a última reforma levou a que a classe média começasse a ser taxada como “se fosse rica”.

“A [medida] que considero mais urgente, embora gradual, é a reposição dos escalões anteriores do IRS“, afirma Bagão Félix numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios (acesso pago).

Uma posição que já tinha sido expressada pelo primeiro-ministro. António Costa admitiu a reposição dos escalões do IRS na conferência de imprensa em que reagiu à recomendação da Comissão para tirar Portugal do PDE. Em resposta a questões dos jornalistas, o primeiro-ministro referiu que o Governo dará no próximo ano “mais um passo” para devolver rendimentos aos cidadãos. Esse passo será o começo da reposição dos escalões do IRS em 2018, “de forma equilibrada”.

Bagão Félix defende também que a classe média está a ser taxada como “se fosse rica”. O ex-ministro afirma que “temos cinco escalões, o que sujeita qualquer rendimento mediano a taxas marginais elevadíssimas. Ou seja, desde a última reforma as pessoas que pagam IRS são na grande maioria [taxadas como] fiscalmente ricas, embora sejam da classe média e mediana e, às vezes, relativamente baixa. É preciso ter em conta que só 52% das famílias pagam IRS”.

“Acho que o Governo está a ser prudente e cauteloso. A situação está melhor mas não podemos, em abstrato, transformar números que podem ser ilusórios em excelentes”, nota.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fosun aposta numa “forma suave” de fazer negócios no estrangeiro

  • Lusa
  • 28 Maio 2017

"Quando se quer iniciar um negócio num novo país, temos de estar preparados para nos adaptar", disse o diretor geral da Fosun, Xu Lingjiang, Horasis Global Meeting, em Cascais.

O diretor geral da Fosun, Xu Lingjiang, responsável pela operação em Portugal, revelou este sábado que a estratégia de expansão internacional do grupo chinês passa pela aposta numa “forma suave” de fazer negócios com os parceiros.

“Queremos ter uma comunicação suave e uma forma suave de fazer negócios com os nossos parceiros”, afirmou o gestor durante a sua intervenção no debate de arranque da Horasis Global Meeting, em Cascais.

"Queremos ter uma comunicação suave e uma forma suave de fazer negócios com os nossos parceiros.”

Xu Lingjiang

Diretor geral da Fosun

Xu Lingjiang, que passou recentemente a ser administrador não executivo do Banco Comercial Português (BCP), no qual a Fosun é o maior acionista com cerca de 25% do capital, assinalou que “qualquer negócio transfronteiriço depende da compreensão” entre as partes, apontando para as “muitas diferenças” existentes a vários níveis, como as culturais e ao nível das mentalidades, que o grupo chinês enfrenta nas suas operações externas.

“Quando se quer iniciar um negócio num novo país, temos de estar preparados para nos adaptar”, admitiu o líder da Fosun em Portugal, empresa que, além de ter entrado recentemente no capital do BCP, adquiriu uma participação relevante no capital da Rede Elétrica Nacional (REN) e também é dona da Fidelidade (a maior seguradora portuguesa) e da Luz Saúde.

“É isso que temos feito e com benefícios mútuos”, considerou, vincando a necessidade de “ganhar a confiança” nos novos mercados em que entra o maior grupo empresarial privado chinês.

“Se houver confiança, é fácil haver entendimentos. Se não houver confiança, é muito mais difícil ultrapassar as dificuldades”, vincou o líder da Fosun em Portugal, país onde o grupo já investiu quase três mil milhões de euros.

E acrescentou: “É por isso que mantemos confiança nas equipas de gestão das companhias que adquirimos”.

A Lusa tentou falar com o gestor chinês à margem do evento, mas Xu Lingjiang não se mostrou disponível.

A Horasis Global Meeting, que hoje começou com o painel “China e Europa – unir as mãos para a inovação”, reúne em Portugal até terça-feira mais de 400 participantes de 70 países.

Durante o debate de hoje, o embaixador da China em Portugal, Cai Rua, realçou o elevado investimento feito nos últimos anos por empresas chinesas no mercado português, em áreas como a energia, a banca, os seguros e a saúde, sublinhando que ultrapassa os oito mil milhões de euros.

“Em breve [a partir de 6 de julho] vai haver ligações aéreas diretas entre Pequim e Lisboa”, salientou o diplomata, mostrando-se confiante no aprofundamento das relações em vários níveis entre os dois países, como no investimento, nos negócios e no turismo.

“Portugal tem um grande potencial e, através da cooperação entre a China e Portugal, é possível atingir um nível mais alto”, rematou Cai Rua.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crise implicou mais horas de trabalho em Portugal, mas menos em Espanha

A diferença não se nota apenas nas horas trabalhadas. A dívida pública cresceu mais em Portugal e a economia menos. Em comparação com Espanha, Portugal só fica bem na figura das exportações e turismo.

Fotomontagem de Raquel Sá Martins.

O ano 2008 é dado como o início oficial da mais recente crise financeira mundial. Na Europa o cataclismo nas dívidas soberanas viria a acontecer pouco depois. Numa comparação entre Portugal e o seu vizinho ibérico, em vésperas da 29.ª Cimeira Luso-Espanhola, Espanha, mostra que os trabalhadores portugueses passaram a trabalhar mais tempo, em comparação com 2015. Segundo uma publicação do INE divulgado esta sexta-feira sobre a realidade ibérica, os trabalhadores espanhóis passaram a trabalhar menos horas no mesmo período, mas Espanha cresceu mais e tornou-se mais produtiva do que Portugal.

Há cerca de uma década, o trabalhador português trabalhava em média, numa semana, 41 horas e 36 minutos. Sete anos depois, em 2015, o mesmo trabalhador já estava a trabalhar quase mais uma hora: 42 horas e 24 minutos por semana a tempo inteiro. Ainda assim, Portugal não era nesse ano o país onde mais tempo se trabalhava. Esse troféu estava nas mãos dos gregos que trabalhavam em 2015 durante 44 horas e 30 minutos por semana. Do lado oposto estava a Dinamarca onde se trabalhava, em média, 39 horas por semana.

O caso de Espanha diverge com o de Portugal. Os trabalhadores espanhóis passaram de trabalhar 41 horas e 48 minutos, em 2008, para trabalhar 41 horas e 24 minutos em 2015. Ou seja, durante a crise, os espanhóis viram o seu horário de trabalho diminuir 24 minutos, em média. Aliás, para o conjunto da União Europeia registou-se um valor igual em 2015, de 41 horas e 24 minutos trabalhadas por semana. Em média, os portugueses trabalharam nesse ano mais uma hora do que os seus pares europeus. Apenas no Reino Unido, Áustria e Grécia é que se trabalhava mais.

O destaque do Instituto Nacional de Estatística envolve muitas variáveis sobre a realidade ibérica. Ainda relacionado com o mercado de trabalho, a análise “Portugal e Espanha: Realidade ibérica e comparações no contexto europeu – 2016” revela que no primeiro semestre de 2016, “os valores do salário mínimo mensal (considerando a remuneração anual dividida por 12) em Portugal e em Espanha foram, respetivamente, 618 euros e 764 euros, contrastando claramente com os valores mínimo e máximo existentes na UE: 215 euros na Bulgária e 1.923 euros no Luxemburgo”. Ou seja, nessa data, o salário mínimo era 146 euros maior em Espanha, face a Portugal.

Além disso, o nível de qualificações dos trabalhadores espanhóis era mais elevado. “O nível de instrução dos empregados em 2015 era claramente mais elevado em Espanha por comparação com Portugal: enquanto em Espanha 49% tinham pelo menos o ensino superior, em Portugal 45,5% não tinham mais do que o 3.º ciclo”, explica o Instituto Nacional de Estatística. Acresce que em Espanha existe um maior peso na força de trabalho dos empregados estrangeiros, tanta da União Europeia como de fora da UE.

PIB per capita desceu mais em Espanha

A economia espanhola é maior e está a recuperar a um ritmo superior do que a portuguesa. Ainda assim, o INE assinala que “no período 2006-2015, o PIB per capita em Portugal foi sempre inferior ao verificado em Espanha, apesar deste ter registado uma descida mais acentuada”. Contudo, dado que a produtividade caiu mais acentuadamente em Portugal, a economia espanhola registou taxas de variação anuais mais fortes, nomeadamente em 2015, ano em que Espanha já estava a crescer mais do que 3% e Portugal a metade desse ritmo.

Contudo, uma das principais diferenças entre os dois países verifica-se no peso no Produto Interno Bruto (PIB) da dívida das Administrações Públicas. Em 2006 a diferença entre a dívida portuguesa e a dívida espanhola era de 21,2 pontos percentuais. Quase uma década depois, a diferença entre a dívida portuguesa e a dívida espanhola era de 29,2 pontos percentuais. O INE resume: “Em Espanha, passou de 38,9% em 2006 para 99,8% em 2015; em Portugal, a alteração foi de 60,1% em 2006 para 129,0% em 2015”.

Mas há um indicador em comum: tanto em Portugal como em Espanha, o mercado interno europeu perdeu peso como destino das exportações no período entre 2006 a 2015. “Sobretudo entre 2006 e 2013, registando-se alguma recuperação nos dois anos seguintes”, refere o INE, acrescentando que “no caso das importações com origem na UE, também no período 2006-2015, registaram-se oscilações de perfil idêntico em ambos os países, com valores muito próximos no início e no final de cada série, que foram sempre mais elevados em Portugal (2006: 77,0%; 2015: 76,5%) do que em Espanha (2006: 61,8%; 2015: 60,6%)”.

Espanha tem um peso significativo nas exportações portuguesas, sendo este destino responsável por cerca de um quarto do total das exportações nacionais. O peso é ainda maior nas importações, ou seja, nos produtos espanhóis que os portugueses compram. Contudo, o peso de Portugal nas exportações espanholas é consideravelmente mais baixo, cerca de 7,3%, em 2015. A economia espanhola tem parceiros comerciais mais diversificados, sendo os principais França, Alemanha e China.

“A classe de produtos mais comercializada entre os dois países em 2015 – quer num sentido, quer noutro – foi a dos ‘Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios’: 10,3% das exportações de Portugal para Espanha e 9,6% das exportações da Espanha para Portugal”, explica o INE. Nesta parceria comercial, é Portugal quem fica a perder a nível da balança comercial: são quase oito mil milhões de euros de défice comercial de bens para o lado português.

Turismo, o ouro da Península Ibérica

O período da crise foi de evolução significativa no turismo em ambos os países. Entre 2006 e 2015, o movimento de passageiros nos aeroportos aumentou, quer em Espanha, quer em Portugal. Contudo, esse aumento em termos absolutos foi maior nos aeroportos espanhóis: mais 24.054.000 mil passageiros em Espanha e mais 13.977.000 em Portugal. Contudo, em termos relativos foi maior em Portugal com a chegada de mais 63,4% de passageiros face a 16% em Espanha.

Já a taxa de crescimento das camas em estabelecimentos hoteleiros, no período 2006-2015, “registou trajetórias oscilantes, quer em Portugal, quer em Espanha”. Contudo, “os valores parecem indiciar uma tendência de crescimento em Portugal e uma tendência de decréscimo em Espanha”, indica o INE. Ainda assim, o número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros aumentou mais em Espanha do que em Portugal. Porém, “em termos relativos o aumento foi maior em Portugal: 6,7% (contra 4,4% em Espanha)”, acrescenta o relatório. A taxa de ocupação-cama foi maior na Madeira (60,5%).

A Península Ibérica é o destino de muitos britânicos e alemães. “Os turistas com residência no Reino Unido e na Alemanha foram os que mais noites pernoitaram nos estabelecimentos hoteleiros de ambos os países ibéricos em 2015”, explica o Instituto Nacional de Estatística. “Registe-se ainda que, no caso de Portugal, os turistas com residência em Espanha ocupam o terceiro lugar, com 10,7%, mas Portugal não integra sequer o grupo dos dez países cujos residentes mais pernoitam em Espanha“, concluiu o destaque que faz uma análise comparativa dos dois países da Península Ibérica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um mês depois, Ovar paga seis vezes mais pelo concerto de Salvador Sobral

A Câmara de Ovar tinha um plano, mas a vitória na Eurovisão trocou-lhe as voltas. O concerto de Salvador Sobral vai custar seis vezes mais, mas receitas também aumentam.

A economia capitalista rege-se pela lei da oferta e da procura. Depois de vencer a Eurovisão perante milhões de europeus, o nome do artista português passou a ter outro valor. Salvador Sobral — até então conhecido por ter entrado em concursos televisivos de música — abriu telejornais, foi capa de jornais e revista e o alvo de notícia em todo o mundo. A euforia à volta do tema “Amar Pelos Dois” levou a um forte aumento da procura de bilhetes para as suas atuações, tendo alguns concertos inclusive esgotado. Foi isso que aconteceu no concerto marcado para este sábado em Ovar.

Antes da vitória em Kiev a 13 de maio, o concerto de Sobral estava orçamentado nos 3.900 euros para a Câmara de Ovar. O documento não consta do Portal Base do Governo, tendo apenas a informação de que o contrato foi firmado a 27 de abril, que a contratada é a Fado in a Box — a agência de Salvador Sobral — e que o objetivo é a realização do espetáculo “Excuse Me”, o nome do álbum de jazz do artista que entretanto tem chegado ao cima dos tops nacionais. Contudo, este contrato foi anulado, explica fonte oficial da Câmara de Ovar.

Um mês depois, esta sexta-feira, a Câmara de Ovar publicou outro contrato no valor de 24.500 euros com a Plateias e Bastidores, produtora de espetáculos da cidade. Este contrato é mais abrangente, referindo-se à “aquisição de serviços para a realização do espetáculo ‘Excuse Me’ com Salvador Sobral”. Neste caso é publicado o contrato onde está o caderno de encargos desta empresa: contratar o artista, com pagamento do respetivo cachet no dia do espetáculos, assegurar o palco, rider técnico, um piano Steinway B, gerador com capacidade, a colocação de mil cadeiras e a limpeza do Arena Dolce Vita antes e depois do espetáculo.

Este montante envolve, por isso, custos que vão além do cachet do vencedor da Eurovisão 2017. Contudo, a Câmara de Ovar explicou ao ECO que a atualização do montante deve-se também à evolução do cachet do artista, além da logística de montar um palco num novo espaço onde este não existe. Feitas as contas, o concerto de Salvador Sobral custará seis vezes mais do que inicialmente previsto.

O concerto estava inicialmente previsto para acontecer no Centro de Arte de Ovar, mas foi transferido para a Arena Dolce Vita. O primeiro auditório tinha capacidade para 376 pessoas. A procura por bilhetes aumentou e, no total, segundo fonte oficial da Câmara de Ovar, foram postos à venda mais 1.624 bilhetes, totalizando uma lotação de 2.000 lugares para o concerto que acontece este sábado à noite.

Se vender todos os bilhetes ao preço fixado na Bilheteira Online (10 euros), a Câmara pode ter receitas na ordem dos 20 mil euros, se a totalidade da receita for para os cofres da autarquia.

Esta sexta-feira, fontes contactadas pela Blitz garantiam que um espetáculo de Salvador Sobral custa atualmente nove mil ou dez mil euros. Porém, é de referir que o cachet deverá também incidir sobre os músicos que acompanham o artista.

O ECO tentou contactar a Fado in a Box e a Plateias e Bastidores, mas até ao momento não obteve resposta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Polícia nega objeto suspeito em teatro de Londres

  • Rita Atalaia e Lusa
  • 27 Maio 2017

Centenas de pessoas foram retiradas do Teatro Old Vic, em Londres, depois de a polícia ter recebido um alerta de um "objeto suspeito". Uma informação que foi entretanto negada pelas autoridades.

Centenas de pessoas foram retiradas do Teatro Old Vic, em Londres, durante um espetáculo, depois de a polícia ter avançado que tinha recebido um alerta devido a um “objeto suspeito”. Uma informação que acabou por não se confirmar.

Segundo a agência Associated Press, a polícia informou estar no local, enquanto espetadores utilizaram a rede social Twitter para relatar o pedido de saída do local onde decorria uma matiné da peça “Woyzeck”, protagonizada pelo ator inglês John Boyega.

Fotografias mostravam o perímetro policial em redor do teatro localizado perto da movimentada estação de Waterloo Station, num dia em que a primeira-ministra, Theresa May, anunciou a descida em um nível do alerta terrorista no país, de “crítico” para “severo”. Mas a polícia disse, entretanto, que o objeto não é suspeito.

O alerta máximo tinha sido decretado após o atentado, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, na segunda-feira em Manchester. O ataque provocou vários mortos e feridos. Foi este o resultado da explosão que se verificou na Arena de Manchester, em Inglaterra, enquanto decorria o concerto da cantora norte-americana de 23 anos, Ariana Grande.

(Notícia atualizada às 16h50 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Líderes do G7 reafirmam luta contra protecionismo

  • Lusa
  • 27 Maio 2017

Na declaração final na cimeira do G7, os líderes pedem "esforços coordenados" na gestão do fluxo migratório e na luta contra o protecionismo. Aquecimento climático também esteve em cima da mesa.

Os líderes do G7 reclamaram este sábado “esforços coordenados” nacional e internacionalmente para a gestão do fluxo migratório e reafirmaram a luta contra o protecionismo.

“Enquanto defendemos os direitos humanos de todos os imigrantes e refugiados, reafirmamos os direitos soberanos dos Estados, individuais ou coletivos, para controlar as suas próprias fronteiras no seu interesse e segurança nacional”, segundo o comunicado final da reunião, que decorreu na cidade italiana de Taormina.

Os líderes das economias mundiais mais fortes — Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Itália e Japão — comprometeram-se ainda a lutar contra o protecionismo, depois dos EUA ultrapassarem as suas reticências em incluir este assunto nas conclusões.

"Reiteramos o nosso compromisso de manter os nossos mercados abertos e lutar contra o protecionismo, enquanto nos mantemos firmes contra todas as práticas comerciais injustas.”

Líderes do G7

Reiteramos o nosso compromisso de manter os nossos mercados abertos e lutar contra o protecionismo, enquanto nos mantemos firmes contra todas as práticas comerciais injustas”, segundo o documento aprovado.

Outra posição tomada pelos G7 teve como destinatário a Coreia do Norte, que deverá “abandonar todos os programas balísticos e nucleares” de forma “verificável e irreversível”.

Os dirigentes do G7 também reconheceram a incapacidade para encontrar um terreno de entendimento com os Estados Unidos sobre a luta contra o aquecimento climático, indicou uma fonte da presidência francesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MX-5 RF: 13 segundos de puro espetáculo

O MX-5 está a ser um sucesso. Mantém o mesmo espírito do original mas com um estilo renovado. E agora, a Mazda juntou-lhe um tejadilho retrátil que em apenas 13 segundos o transforma num targa.

Botão para cima, botão para baixo, botão para cima… É um vício. Um pequeno toque num pequeno botão no centro do tablier é quanto basta para dar início ao espetáculo de dança deste modelo com capota rígida a que a Mazda deu o nome de Retractable Fastback (RF). Transforma o MX-5 em MX-5 RF sem perder o espírito do roadster, mas agora com um estilo targa.

Houve muito engenho na introdução desta capota rígida elétrica no pequeno roadster nipónico. Os dois pilares que suportam o vidro traseiro, que parecem solidamente assentes, de repente levantam. Ficam a pairar sobre a bagageira, permitindo que o teto comece a recorrer para se arrumar num pequeno compartimento entre o cockpit e a pequena bagageira.

É um espetáculo de curta duração — qualquer sinal vermelho permite abrir ou fechar a capota. Mas se o é para quem está dentro do MX-5 RF, também o é para quem o vê de fora. O ECO ensaiou o novo Mazda. E com um fim de semana em que as temperaturas da primavera aqueceram como se fosse verão, o botão não parou de funcionar para gáudio de transeuntes e outros condutores nos seus familiares (e muitos SUV). A dança do hardtop delicia, mas toda a linha do RF chama à atenção. Foi bem conseguida pelos designers da marca.

Os 13 segundos são divertidos, mas não tanto quanto as muitas horas de diversão que são proporcionadas pelo volante, caixa de velocidades e o pedal direito do MX-5 RF. Debaixo do capot existe o mesmo 1.5 de 131 cv do MX-5 (havendo também a opção pelo 2.0 a gasolina com 160 cv, além da transmissão automática com patilhas no volante), mais do que suficiente para permitir até ao menos expert na condução parecer um verdadeiro às ao volante.

A melodia que sai do escape entusiasma — mesmo quando não se passa dos 50 km/h. A caixa rápida e a direção quase como a de um kart puxam a uma condução mais desportiva sempre que se senta no banco do condutor. E um passeio pelas curvas e contracurvas de Sintra sabe sempre bem com um automóvel como este. O carro segura-se à estrada, sendo que com a capota em baixo (que aumentou o peso em 45 kg) existem alguns deslizes da traseira que são rapidamente corrigidos pelo controlo de tração. Com o controlo desligado, liga-se a emoção de condução.

Todas as rotundas acabam por ser palco de uma atravessadela mais ou menos barulhenta — pneus novos não gritam assim tanto, até porque ainda há muita goma para retirar. E nem é preciso ir rápido para se andar um pouco de lado, despertando o sorriso no condutor e naqueles que o vêm cometer pequenas loucuras controladas.

A diversão é a mesma que se obtém num MX-5, mas com o RF parece que há um “capacete”. Pura ilusão, é certo, mas talvez, em conjunto com o facto de não se estar perante uma capota de lona, este seja um bom argumento para quem sempre quis ter um pequeno roadster, seja para o dia-a-dia (sim, é um carro facilmente utilizável nas voltas diárias), seja para guardar na garagem à espera de dias de sol brilhante.

E a diferença de preço face ao MX-5 nem é por aí além. Para ter um RF são necessários mais 2.500 euros. Assim, na versão de entrada, a Evolve, a fatura são 29.840 euros. E a da bomba de gasolina? Depende do pé. Tanto faz em torno de seis litros aos 100 km como pode ir aos 8, 8,5 litros. Quanto quer divertir-se?

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

British Airways deve retomar voos a partir de Londres

  • Rita Atalaia
  • 27 Maio 2017

A companhia aérea britânica cancelou os voos a partir de Gatwick e Heathrow. Mas devem ser retomados este domingo, depois de se ter verificado uma falha no sistema informático da empresa.

A British Airways deve retomar este domingo os voos a partir de Londres. A companhia aérea foi obrigada a cancelar todas as reservas dos passageiros que partiam dos aeroportos de Gatwick e Heathrow devido a uma falha informática que impedia a realização do check in. Isto num fim de semana mais longo para os britânicos, já que segunda-feira é feriado.

A agência Lusa avança que um responsável da empresa britânica de aviação comercial disse no sábado que a British Airways conta retomar voos a partir de Londres e que a falha informática global se deveu a um “problema com o fornecimento elétrico”.

A British Airways decidiu cancelar os voos para evitar o congestionamento e as longas filas, num dia em que os aeroportos estiveram mais cheios do que o habitual. Na segunda-feira, é feriado de Spring Bank. A empresa pediu mesmo que os passageiros não se deslocassem para os aeroportos de Gatwick e Heathrow.

 

Entretanto, ficou também confirmado não se tratar de um ataque informático. De acordo com a Lusa, o conselheiro delegado da transportadora, o espanhol Alex Cruz, negou que o erro tenha sido motivado por um ciberataque, pediu desculpa aos clientes e prometeu “apressar os reembolsos”.

Insatisfeitos com a situação, os passageiros usaram o Twitter para se queixar dos atrasos dos voos, das longas filas de check in e da demora nos embarques. Em setembro do ano passado, a British Airways sofreu uma falha semelhante, que causou problemas a nível mundial.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alunos do ensino superior gastam mais em alojamento do que em propinas

  • ECO
  • 27 Maio 2017

Estudo mostra que estudar no ensino superior custa, em média, 6.445 euros anuais por cada estudante. Ou seja, cada aluno paga menos 2,7% de propinas. Mas os custos de vida aumentaram.

Fazer um curso superior está mais barato. Mas há outros custos que pensam hoje na carteira dos estudantes, nomeadamente as despesas com habitação, alimentação e transportes. Um estudo do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, que será apresentado na próxima terça-feira, mostra que estudar no ensino superior custa, em média, 6.445 euros anuais por cada estudante. Ou seja, cada aluno paga menos 2,7% de propinas.

O instituto chegou à conclusão que cada aluno pagou agora menos 179 euros no ano letivo 2015/16 em comparação com 2010/11, avança o jornal Público. Esta descida deve-se à queda de 217 euros anuais dos custos da educação, que incluem propinas, taxas, livros, equipamento e material.

Mas, por outro lado, mostra o estudo, os custos de vida aumentaram 0,8%, situando-se agora nos 4.727 euros por ano. A diminuição do custo com a educação é “algo surpreendente”, afirma Luísa Cerdeira, coordenadora do estudo, ao jornal. Mas a investigadora da Universidade de Lisboa refere que os valores baixos da inflação e a necessidade de redução dos custos a que as famílias foram forçadas, devido à queda dos rendimentos, podem explicar esta variação.

Nos últimos anos, “as instituições privadas têm vindo a fazer um esforço na fixação do valor das propinas e taxas”, sublinha Cerdeira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.