Choque de Trump insuficiente para acordar Wall Street

  • ECO
  • 26 Abril 2017

No plano fiscal de Donald Trump para espevitar a economia ficaram algumas respostas por dar. E Wall Street não gostou.

Depois de grande parte do dia a negociar em alta, os principais índices norte-americanos fecharam em queda, embora muito ligeira.

O S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, fechou a perder 0,05% para os 2.387,45 pontos, o industrial Dow Jones escorregou 0,1% para 20.975,09 pontos, enquanto o Nasdaq permaneceu praticamente inalterado a marcar 6.025,23 pontos.

Como prometido pelo próprio presidente, as linhas orientadoras do novo plano fiscal para os Estados Unidos da América foram apresentadas esta quarta-feira.


Gary Cohn, conselheiro, e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, apresentaram aos jornalistas o “maior corte de impostos desde 1986”, do qual fazem parte medidas como a redução do IRC e a modificação das tabelas de tributação.

No entanto, no final da conferência de imprensa, ficaram duas perguntas sem resposta e que podem fazer toda a diferença na hora de o plano ter luz verde no Congresso: o impacto no défice e a data de execução do plano.

“Não conheço ninguém em Wall Street que esteja a ajustar em alta as estimativas de resultados por causa da reforma fiscal. Os pormenores continuam por conhecer e ainda não foram incorporados pelo mercados”, explicou à Bloomberg o estratega Alan Gayle da casa de investimento RidgeWorth Investments.

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Vendas da Chronopost aumentam 13% no trimestre

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Abril 2017

A empresa de distribuição de correio expresso registou um aumento de 13% nas vendas relativamente ao mesmo período de 2016, impulsionado pelo serviço internacional.

O primeiro trimestre deste ano foi de crescimento para a Chronopost. A empresa de distribuição de correio expresso registou um aumento de 13% nas vendas relativamente ao mesmo período de 2016, impulsionado não só pela entregas para a Europa, mas também pela atividade Business to Consumer (B2C).

Tendo em conta o aumento de 28% no serviço rodoviário de entregas para a Europa e o de 14% na atividade B2C — uma aposta diferenciadora da empresa –, a Chronopost contou com um crescimento de 32% no seu resultado operacional, atingindo uma taxa de rentabilidade com dois dígitos.

“Após o nosso melhor ano de sempre, em 2016, registamos com muita satisfação que continuámos a crescer neste primeiro trimestre de 2017. Estes números permitem-nos continuar focados no nosso objetivo, que é a liderança do mercado até 2020”, refere Olivier Establet, Presidente da Chronopost Portugal.

Este objetivo já tinha sido estabelecido por Olivier Establet em entrevista ao ECO, tendo este afirmado que a Chronopost estava “a ganhar novamente quota de mercado e até estamos adiantados na trajetória que nos vai levar à liderança”.

O grupo francês DPDgroup, que detém a Chronopost, registou também um crescimento global de 12% nos primeiros três meses do ano, considerando também os resultados da segunda filial a operar em Portugal, a SEUR. Assim, o grupo expandiu as suas previsões de vendas para este ano de 2017 para 62,5 milhões de euros.

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Vai abrir um museu para celebrar o falhanço

O falhanço faz parte do sucesso. Esta é a frase mais transmitida no mundo dos negócios. Para que as falhas sejam celebradas vai abrir um museu na Suécia com inovações que não vingaram.

A Coca-Cola Black era uma mistura entre a bebida original e café.

Os museus não servem apenas para celebrar as vitórias de um país ou de um artista específico. Pelo menos é isso que quer mostrar o Museum of Failure (museu do falhanço) que vai abrir a 7 de junho na Suécia. O objetivo é celebrar os produtos inovadores que não tiveram sucesso e, por isso, celebrar as falhas de quem arrisca. Entre os produtos estão os óculos da Google, mas também um produto da Apple, um telemóvel da Nokia e uma bebida da Coca-Cola.

O promotor do museu chama-se Samuel West, um psicólogo organizacional que reuniu mais de 60 produtos inovadores que não sobreviveram até ao presente. A ideia é mostrar como os negócios arriscados, que envolvem inovação, têm sucesso, mas também muito falhanço. Num vídeo, West mostra alguns dos produto que vão estar no museu: é o caso dos Google Glass, do Apple Newton, do Nokia N-Gage e o Coca-Cola Black, uma mistura entre a bebida original e café.

Quanto mais diferentes do normal forem as invenções, mais interesse tem Samuel West. Existem mais exemplos, nomeadamente canetas que a Bic fez especialmente para mulheres (“lady-pens”). “O objetivo do museu é mostrar que a inovação requer fracasso”, explica o promotor no vídeo. Ou seja, que o insucesso faz parte do sucesso e que a arte de falhar também deve ser ensinada.

A inspiração de Samuel West surgiu quando estava no Museu das Relações Acabadas, que existe em Los Angeles mas também na Croácia. Foi aí que percebeu que era possível também ter um museu dedicado à falta de sucesso e decidiu começar a trabalhar no projeto. Em causa esteve também o facto de a maior parte dos livros, por exemplo, serem sobre sucesso e não existir tanta literatura sobre falhar.

O critério para a escolha dos produtos passou pela falta de correspondência entre as expectativas de sucesso e depois o sucesso que o produto realmente teve. Para já existe uma coleção composta por nove produtos que está a fazer uma digressão por várias cidades. Além das principais cidades suecas, esta coleção já foi a Londres e irá passar por Berlim em junho, Amesterdão em outubro, Miami em dezembro e Istambul em março do próximo ano.

Entre os produtos estarão os óculos da Google.

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Já se sabe mais do plano Trump. Menos o estrago no défice

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Abril 2017

As linhas orientadoras do novo plano fiscal dos Estados Unidos foram apresentadas e o objetivo principal é que a economia cresça. Mas não é nada que já não se soubesse.

Como prometido pelo próprio presidente, as linhas orientadoras do novo plano fiscal para os Estados Unidos da América foram apresentadas esta quarta-feira. Gary Cohn, conselheiro, e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, apresentaram aos jornalistas o “maior corte de impostos desde 1986”, do qual fazem parte medidas como a redução do IRC e a modificação das tabelas de tributação.

A preocupação da Casa Branca é, segundo os próprios funcionários, simplificar o sistema fiscal através de uma reformulação que beneficie as empresas, a classe média e os mais pobres em detrimento dos mais ricos. Entre as medidas apresentadas destacam-se:

  • Redução do imposto sob o rendimento das empresas de 35% para 15%;
  • Eliminação da taxa de repatriação dos lucros;
  • Modificação das tabelas de tributação e redução dos escalões de sete para apenas três;
  • Eliminação da maior parte dos impostos cobrados aos particulares, nomeadamente aqueles que são definidos localmente e a Taxa Alternativa Mínima, uma taxa que, em 2005, totalizou 82% da fatura fiscal de Trump;
  • Redução do imposto máximo a ser cobrado dos 39,6% para os 35%.

O secretário do Tesouro reiterou que “o objetivos destas medidas é fazer a economia crescer”, tendo argumentado que, em conjunto com a redução da regulação e a negociação dos tratados comerciais, vai fazer com que o PIB cresça na ordem dos 3%. Ainda assim, o sentimento de segurança não se estende a todos. Vários economistas contactados pela Bloomberg afirmaram que estas medidas farão com que o défice do país aumente de uma forma insustentável.

Para trás ficam os detalhes de sempre: como é que este novo plano será financiado e quais os impactos concretos. Todas as medidas apresentadas tinham ficado definidas em campanha, pelo que nem Cohn nem Mnuchin apontaram uma data concreta para que este novo plano fiscal seja apresentado no Congresso para votação.

Ainda assim, apelaram à consideração dos democratas para que este plano passe sem muitos obstáculos, visto que é algo “muito desejado por todos.” Detalhes à parte, ambos confirmaram que o processo está a avançar “em reuniões muito produtivas” e que “estamos determinados a movermo-nos o mais depressa que conseguirmos para que isto fique feito este ano.”

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Montepio retira pedido de estatuto de empresa em reestruturação

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 26 Abril 2017

Assinado o Acordo Coletivo de Trabalho, o banco retirou o pedido que lhe permitiria ultrapassar as quotas de rescisões amigáveis com acesso a subsídio de desemprego.

O Montepio retirou no mês passado o pedido de estatuto de empresa em reestruturação, que lhe permitiria aumentar o número de trabalhadores com acesso ao subsídio de desemprego no âmbito de rescisões amigáveis. A decisão está relacionada com o novo Acordo Coletivo de Trabalho.

O pedido foi feito em outubro mas acabou por ser retirado em março, explicou fonte do Ministério da Economia ao ECO, acrescentando: “o parecer do IAPMEI foi emitido e o Despacho elaborado mas não seguiu para assinatura devido ao pedido do Montepio de não avançar”.

Por seu turno, fonte do Montepio confirma esta decisão e explica o motivo: “isso deveu-se ao facto de a Caixa Económica Montepio Geral ter assinado o Acordo Coletivo de Trabalho” com os sindicatos. O Montepio “garantiu que, por via da assinatura do acordo, iria retirar o pedido de libertação de quota, na perspetiva de manter postos de trabalho”, continua.

O que implica o estatuto de empresa em reestruturação? Entre outras condições, o subsídio de desemprego é atribuído a trabalhadores que perderam o seu posto de trabalho de forma involuntária. E aqui podem ser consideradas as rescisões amigáveis, mas dentro de determinados parâmetros. Desde logo, são abrangidas empresas em situação de viabilização, recuperação, reestruturação ou em situação económica difícil. E a legislação também admite que seja considerada como empresa em reestruturação aquela que obtenha um despacho favorável do Governo, depois de demonstrar que a sua viabilidade implica ultrapassar as quotas legais de acesso ao subsídio.

Ou seja, com o estatuto de empresa em reestruturação, as entidades conseguem garantir que os trabalhadores com quem rescindem contrato por acordo têm acesso ao subsídio, ultrapassando os limites que a lei institui neste caso. E que limites são estes?

  • Até três trabalhadores ou 25% do quadro de pessoal em cada triénio, no caso de empresas com até 250 trabalhadores;
  • Até 62 trabalhadores ou 20% do quadro de pessoal (com o máximo de 80 trabalhadores) em cada triénio, no caso de empresas com mais de 250 trabalhadores.

Em novembro, o Público indicava que o banco tinha a intenção de duplicar, em 2016, o plano anual de rescisões amigáveis com direito a subsídio, de 80 para 160 trabalhadores.

Seis empresas fizeram pedidos em 2016

De acordo com dados do Ministério do Trabalho que reportam a janeiro de 2017, foram 25 as entidades que pediram o estatuto de empresa em reestruturação entre 2013 e 2016. Não adiantam, porém, que processos foram aprovados ou rejeitados.

A decisão cabe sempre ao ministro do Trabalho, depois de consultado o Ministério da Economia e de ouvidos os parceiros sociais sobre a situação económica e do emprego no setor em causa. Estas foram as empresas que apresentaram pedidos:

2016

  • Lena Engenharia e Construção SA
  • Grupo Novo Banco
  • Grupo BANIF – Oitante
  • Fidelidade – Companhia de Seguros S.A
  • Teixeira Duarte, Engenharia e Construções S.A
  • Banco Popular Portugal, S.A.

2015

  • Metropolitano de Lisboa e Carris
  • Arco Têxteis SA
  • Edifer

2014

  • Arco Texteis SA
  • Securitas Serviços Tecnologia de Segurança SA
  • CHARON
  • MARTIFER
  • Sociedade Transportes Coletivos do Porto
  • Millennium BCP
  • Tecnovia Açores
  • Banif
  • Multiflow
  • EFACEC

2013

  • JFS – Sociedade de Construções Joaquim Ferreira Santos, Ld.ª
  • PARVALOREM
  • SOMAGUE
  • REFER
  • Lena Engenharia e Construções S.A
  • RTP – Rádio Televisão de Portugal, S.A.

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Portuguesa Talkdesk lança loja de apps para empresas

A Talkdesk é uma startup portuguesa e lançou hoje a AppConnect, uma loja de apps 100% com engenharia portuguesa. Mais de mil receberam a notícia em São Francisco.

Talkdesk, uma startup portuguesa, dá cartas em São Francisco. Anunciou hoje o lançamento de uma loja de apps para empresas, a AppConnect. Fê-lo no Opentalk, o evento que a própria organizou em São Francisco e que atraiu mais de mil participantes com oradores de empresas como a Netflix e Slack. O novo projeto da startup foi 100% desenvolvido com engenharia portuguesa.

O empreendedorismo começa com a identificação de um problema — a Talkdesk fê-lo e lançou hoje a solução. Para todas as empresas cujo desafio é a interação com os consumidores através de tecnologia, a Talkdesk lançou a AppConnect, que permite as empresas procurar, testar e comprar apps quase instantaneamente. É uma plataforma de B2C onde, diz a empresa, o teste das soluções é gratuito e o pagamento é cobrado à medida das necessidades. O CEO, Tiago Paiva, quer permitir aos clientes “estarem na vanguarda” através de “um excelente trabalho de engenharia portuguesa”, através do qual o processo foi simplificado “ao máximo”.

A AppConnect serve ainda de ligação para o mercado europeu, “no qual vamos desenvolver a nossa expansão nos próximos anos” anuncia Marco Costa, o diretor da Europa, Médio Oriente e África da Talkdesk.

As novidades foram lançadas no Opentalk, evento organizado pela Talkdesk e que este ano juntou mais de 1.000 profissionais atraídos por oradores de renome como Steve Johnson, vice-presidente de design da Netflix e Ali Rayl, diretora de experiência de consumo da Slack. Tiago Paiva afirma que o Opentalk se tornou “um evento de referência em São Francisco, com uma adesão crescente de empresas, gestores e profissionais ligados à tecnologia e inovação”.

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Portugal ainda tem uma autoridade de gestão por nomear

O Programa Operacional Mar 2020 ainda não tem nomeada a sua autoridade de gestão, apurou o ECO. A execução do programa pode ser comprometida. A solução está prevista para maio.

Para que um quadro comunitário esteja verdadeiramente em velocidade cruzeiro é necessário que todas as autoridades de gestão estejam nomeadas. Mas, apesar de o Portugal 2020 já estar no terreno desde 2014, ainda não estão nomeadas todas as autoridades de gestão. O ECO sabe que é a autoridade de gestão do Mar que está em falta.

A Comissão Europeia faz mensalmente uma listagem de todas as autoridades de gestão em falta em todos os países beneficiários de fundos estruturais. O ECO teve acesso aos relatórios desde janeiro e em todos vem assinalada a falta. O último relatório, que se refere à situação a 31 de março, mas que tem data de 18 de abril, sublinha que em Portugal ainda falta nomear uma das 17 autoridades de gestão que deveriam ter sido escolhidas. Este foi, aliás, um alerta que o eurodeputado José Manuel Fernandes fez aos jornalistas quando esteve de passagem por Lisboa para falar das alterações ao Plano Juncker.

O ECO averiguou junto de fonte governamental que é a autoridade de gestão do Programa Operacional Mar 2020 que falta nomear e que a situação só deverá ficar resolvida em maio.

O ECO questionou oficialmente a Agência para a Coesão e a resposta que obteve foi: “Todos os Programas Operacionais Temáticos e Regionais do Portugal 2020 estão devidamente designados e todos têm comissões diretivas nomeadas”.

Mas qual a importância das autoridades de gestão? Entre outras coisas é a esta entidade que cabe validar despesas. Caso essa validação não aconteça, a execução do programa operacional é posta em causa. Inicialmente os programas operacionais podem sobreviver com os adiantamentos que a Comissão Europeia vai fazendo, mas a partir de determinada altura é necessário validar as despesas para que as faturas dos promotores dos projetos sigam para Bruxelas e sejam pagas.

E o pior aluno é…

Não é pois de estranhar que o Mar seja o programa operacional com a pior execução. Os últimos dados disponíveis, que permitem comparar todos os programas operacionais, revelam que o Mar tinha, em dezembro de 2016, uma taxa de execução de 0,2%, que comparava com a média de todo o quadro comunitário de 11%. E só tinha colocado a concurso 5% da dotação do programa. Por exemplo, o Compete (o programa operacional das empresas) tinha colocado a concurso, no final do ano 2016, 64% da sua dotação.

Mas Portugal não é o único aluno europeu em falta, nem tão pouco o pior. A Alemanha é o país que a 31 de março tinha mais autoridades de gestão por nomear, mais exatamente 18. Na Alemanha há 49 programas operacionais (em Portugal só há 17) e só foram ainda nomeados 31.

No conjunto da UE há ainda 113 autoridades de gestão por nomear.

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BPI com prejuízos de 122 milhões no primeiro trimestre

A venda de 2% do BFA penalizou os resultados do BPI. Sem esta operação, o banco teria lucros de 90 milhões.

O BPI reportou prejuízos de 122,3 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. O resultado negativo reflete o impacto da venda de 2% do Banco de Fomento Angola (BFA). Sem esta venda, o banco teria registado lucros de 90 milhões.

A venda de parte do negócio em Angola e consequente desconsolidação desta entidade “reflete um impacto negativo de 212,3 milhões de euros”, esclarece o banco agora liderado por Pablo Forero num comunicado enviado à CMVM. Um resultado que levou o banco a registar um prejuízo de 122,3 milhões de euros no primeiro trimestre, em comparação com lucros de 45,8 milhões no mesmo período do ano passado.

A instituição financeira esclarece que quando se exclui esta alienação, o lucro líquido consolidado ascende a 90 milhões de euros, com contributos de 43,8 milhões de euros da atividade doméstica (7,9 milhões no período homólogo) e de 46,2 milhões de euros da atividade internacional (37,9 milhões no período homólogo).

Foi em janeiro deste ano que o BPI concretizou a venda de 2% do BFA à Unitel, que se “destinou a solucionar a situação de ultrapassagem do limite dos grandes riscos com que o banco BPI estava confrontado, resultante da exposição do BFA a dívida pública angolana”, relembra o BPI.

No mercado nacional, é de destacar o crescimento da margem financeira de 7,1%, para os 6,7 milhões de euros. “A evolução positiva da margem financeira é explicada principalmente pela redução do custo dos depósitos a prazo”, refere. Já as comissões cresceram 2,8% no primeiro trimestre.

Por outro lado, as imparidades e as provisões resultaram num impacto positivo no resultado de 6,3 milhões de euros. “Recuperaram-se 6,2 milhões de euros de crédito e juros vencidos anteriormente abatidos ao ativo e despesas”, explica o banco.

Os rácios de capital também estão mais fortes. O rácio CET1, com as regras aplicáveis em 2017, ficou nos 11,9%. Já o CET1, com as regras totalmente implementadas, situou-se nos 10,8%.

Nos primeiros três meses do ano, o banco também conseguiu reduzir os custos de estrutura. Em relação à atividade do banco em França, os custos com pessoal, excluindo reformas antecipadas e indemnizações, caíram 8,5% (o equivalente a 6,2 milhões de euros), para um total de 66,8 milhões, fruto da redução em 6,7% do número de trabalhadores dos quadros. Ao todo, saíram do BPI 394 trabalhadores neste primeiro trimestre.

(Notícia atualizada às 19h30 com mais detalhes)

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DBRS: Desempenho orçamental de Portugal “surpreendeu pela positiva”

A agência de notação financeira reconhece que o défice ficou abaixo do alvo e o crescimento está a recuperar. Mas deixa um alerta: a dívida pública ainda está num nível elevado.

O desempenho orçamental de Portugal “surpreendeu pela positiva”. Esta é a opinião da DBRS, a única agência de notação financeira que coloca o país no nível de investimento. A agência, que manteve a notação de Portugal em BBB (low) e o outlook estável, reconhece que o défice está abaixo da meta e que o crescimento está a recuperar. Mas deixa um alerta: os superávites primários e o crescimento estável devem ser sustentados para permitirem uma redução do nível elevado da dívida pública.

“Desde que a DBRS reviu o rating de Portugal em outubro de 2016, o desempenho orçamental do país surpreendeu pela positiva“, afirma a agência canadiana numa nota enviada a clientes, com a data de hoje. Isto depois de ter decidido não alterar a notação ou perspetiva do país no passado dia 21 de abril. Também nessa altura referiu que o défice de 2016 ficou “significativamente mais baixo” do que o esperado, em 2% do PIB.

"Desde que a DBRS reviu o rating de Portugal em outubro de 2016, o desempenho orçamental do país surpreendeu pela positiva.”

DBRS

Agora volta a salientar este indicador. “De forma geral, houve uma melhoria em Portugal nos últimos meses, com o défice abaixo do alvo e o crescimento a recuperar. No entanto, os superávites primários e o crescimento estável devem ser sustentados ao longo do tempo para reduzirem o nível elevado da dívida pública”. A DBRS já tinha referido que o rácio da dívida pública continua “muito elevado, em 130,4% do PIB em 2016 e só está projetada uma descida gradual”. A agência avisou que “isto deixa as finanças públicas vulneráveis a choques adversos”.

A agência de notação refere ainda que os “receios dos investidores em torno do setor bancário e o nível elevado da dívida pública também contribuíram para a subida das taxas de juro, embora estejam a recuar nas últimas semanas” –– a taxa a dez anos situa-se nos 3,574%. No entanto, os custos de financiamento, diz a DBRS, continuam a ser “geríveis” e o impacto da subida das yields é “parcialmente mitigado por uma estrutura favorável da dívida“.

Nichola James, co-responsável pelo departamento de ratings soberanos da DBRS, explicou ao ECO porque é que a agência canadiana ainda não vê perspetivas de subir a nota que atribui a Portugal. Não é que os resultados tenham sido maus até ao momento, mas as provas dadas ainda não chegam, garantiu.

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Boleia da Mota mantém PSI-20 acima dos 5.000 pontos

A praça de Lisboa fechou em máximos de maio do ano passado. No resto da Europa, o sentimento também é positivo.

A praça de Lisboa registou um ganho ligeiro, mas foi o suficiente para se manter acima dos 5.000 pontos. A subida superior a 5% da Mota-Engil compensou o dia negativo do setor energético, penalizado pela desvalorização do petróleo nos mercados internacionais. No resto da Europa, a tendência também foi de ganhos ligeiros, numa altura em que os mercados vão sendo animados pela reforma fiscal anunciada esta tarde por Donald Trump.

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Seis aplicações de finanças e economia na loja Aptoide

  • ECO
  • 26 Abril 2017

Conheça seis aplicativos financeiros e de economia para telemóveis Android, que pode descarregar e experimentar gratuitamente a partir da loja portuguesa Aptoide.

Tem um telemóvel Android? Há outras formas de descarregar aplicações para além da loja da Google. Uma dessas alternativas é a Aptoide, a terceira maior loja do mundo, que tem ADN bem português. São já mais de 700.000 aplicações para descarregar de diversas categorias diferentes. Uma dessas categorias é a financeira. Por isso, a Aptoide selecionou seis aplicações ligadas à economia e à finança, para ajudar na administração das despesas pessoais, entre outras coisas.

Abra – Free Money Transfer

Envie dinheiro instantaneamente para qualquer pessoa em qualquer parte do mundo, usando apenas o seu smartphone e sem taxas de transferência. A Abra é a primeira rede de transferências de fundos totalmente privada e global. Disponível também para Bitcoin. Descarregue aqui.

Monefy – Expense Manager

Organize as suas despesas de forma fácil. Basta adicionar os ganhos e as despesas, assim como as novas transações quando comprar algo em loja ou pagar um táxi, por exemplo. Descarregue aqui.

PayPal

Faça uma gestão fácil do seu dinheiro. Poderá pagar, enviar e receber pagamentos através de um único local. Envie dinheiro em poucos segundos. Descarregue aqui.

Wallet

Wallet vai ajudá-lo a planear de forma flexível orçamentos e gastos para ter suas finanças sob controlo e assim poder-se concentrar nos seus objetivos futuros. Planeie e faça a gestão das suas finanças de forma segura em diferentes moedas mundiais e instituições financeiras. Ganhe tempo e mantenha o controlo total das suas finanças. Descarregue aqui.

Spendee

Uma app financeira que ajuda a controlar as despesas e a otimizar o orçamento. Verificar as suas finanças com o Spendee agora é muito mais fácil, graças a uma segura sincronização com a sua conta bancária. Saiba quanto dinheiro gasta por mês. Verifique regularmente suas despesas mensais para jantar fora, pagar as contas de casa, combustível e compras. Descarregue aqui.

eFatura

Com o eFatura pode gerir a sua conta do portal e-fatura, corrigindo, validando ou inserindo novas faturas, e com a garantia de funcionamento e fiabilidade, uma vez que apesar de ser independente do Portal das Finanças, está ligada aos servidores daquela instituição. Descarregue aqui.

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EDP Renováveis: Preço oferecido pela EDP “é adequado”

A empresa de energias limpas considera os 6,80 euros por ação que a EDP ofereceu adequados, para já. Mas admite que, a longo prazo, este preço pode não refletir o valor da EDP Renováveis.

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela EDP sobre a sua subsidiária de energias limpas “é amigável” e o preço oferecido “é adequado”, ainda que não reflita o potencial de valorização da empresa a longo prazo. É a própria EDP Renováveis, o alvo da oferta, quem o diz, num relatório enviado esta quarta-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O conselho de administração entende que a oferta, não obstante não ter sido solicitada, é amigável, na medida em que é realizada pela acionista fundadora da EDP Renováveis, que sempre foi titular de uma posição de controlo maioritário no seu capital e, nessa qualidade de acionista de referência, tem prestado um apoio permanente e de relevo inquestionável à estratégia de crescimento e afirmação da EDP Renováveis”, refere o conselho de administração da empresa, no relatório que contou com a assessoria do Deutsche Bank no que respeita aos aspetos financeiros da OPA.

Quanto ao preço oferecido pela casa mãe, de 6,80 euros por ação, a EDP Renováveis admite que este pode “não refletir integralmente o valor potencial da empresa no longo prazo”. A EDP Renováveis responde, desta forma, ao MFS Investments, o acionista da empresa que, esta semana, considerou o preço de 6,80 euros por ação demasiado baixo, uma vez que não reflete a capacidade de crescimento no longo prazo.

Isso mesmo nota a EDP Renováveis. O setor de energias renováveis “denota sólidos fundamentais, nos quais se verifica uma procura crescente de energia juntamente com a necessidade de implementação de uma economia baixa em carbono, impulsionada, em algumas das geografias, por objetivos governamentais”, refere a empresa.

Contudo, e ainda que reconheça “o potencial de crescimento do setor no longo prazo, assim como o posicionamento de liderança da EDP Renováveis no mesmo”, a empresa admite também que “o setor de energias renováveis tem assistido inequivocamente a uma crescente concorrência de mercado, facto que o conselho de administração destaca como um dos principais desafios e incertezas para o futuro”.

Por isso mesmo, e considerando apenas o presente, o preço encontra-se “num intervalo de valorização da sociedade que se considera adequado”, diz a empresa. E é “adequado” por vários motivos. Primeiro, a tal “crescente concorrência no setor”. Por outro lado, “os riscos potenciais decorrentes do entorno macroeconómico, jurídico e fiscal nas diferentes geografias em que a EDP Renováveis opera” e “as métricas obtidas no mercado de capitais”.

A EDP Renováveis salienta ainda que a oferta representa um prémio de 9,7% relativamente à cotação de fecho da ação no dia anterior ao dia do anúncio preliminar e um prémio de 10,5% face à cotação média ponderada dos seis meses anteriores.

Por fim, “a contrapartida da oferta não considera um prémio de controlo”, uma vez que a EDP já tem o controlo da Renováveis. Além disso, o Deutsche Bank, UBS e Mediobanca analisaram a oferta e também considerar a oferta “justa do ponto de vista financeiro”.

Acionistas devem preparar-se para sair da bolsa

No relatório publicado esta tarde, a EDP Renováveis aproveita para dizer aos acionistas que se preparem para a probabilidade de saírem da bolsa.

“Os acionistas deverão ter em consideração possíveis implicações para a liquidez das ações objeto da oferta subsequentemente à oferta, designadamente em virtude da possibilidade, expressamente admitida pela oferente, de promover a exclusão de negociação das ações objeto da oferta no mercado regulamentado Euronext Lisbon“, refere a empresa.

Administradores votam a favor da OPA

Os administradores da EDP Renováveis que detêm ações da empresa, e que são independentes da casa mãe, deram indicação de que vão votar a favor da OPA lançada pela casa mãe.

A indicação dada por cada um destes administradores ainda está sujeita “a alteração caso ocorra alguma modificação do atual quadro de circunstâncias ou sejam alterados os termos da oferta”, mas, para já, todos dão nota de “aceitação” da oferta.

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