Dívida da Caixa “será obviamente honrada”

Mário Centeno esclareceu que é "aquilo que todos esperamos que a CGD venha a fazer". Sobre o reembolso, este poderá começar a ser feito cinco anos após a emissão.

Mário Centeno voltou ao Parlamento para esclarecer os deputados sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD). O ministro das Finanças esteve esta manhã na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), onde foram abordados os resultados e a reestruturação do banco público, a pedido do PSD e do Bloco de Esquerda.

A CGD reportou prejuízos de 1.859 milhões de euros em 2016, penalizada sobretudo pelas imparidades de três mil milhões de euros. Os prejuízos levaram à necessidade de uma capitalização de 2,5 mil milhões, além de uma reestruturação do banco. Paulo Macedo já anunciou que o programa de rescisões da Caixa vai arrancar em abril, com o objetivo de dispensar 2.200 pessoas. Até 2020, o banco público deverá ficar com apenas 470 a 490 balcões, contra os atuais 651.

A reunião desta quarta-feira serviu ainda para votar o requerimento do PSD para audição do ministro das Finanças sobre o acordo alcançado com o Santander Totta no caso dos swaps.

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Sem ajudas à banca, défice de 2016 teria sido 1,8%

O défice português do ano passado podia ter sido ainda menor. O INE reviu em baixa de 2,1% para 2%, mas caso não houvesse impacto das ajudas à banca, o défice seria duas décimas menor.

Segundo os cálculos do Eurostat, o défice do Estado português em 2016 poderia ter sido de 1,8% caso não tivesse de ajudar as instituições financeiras. No total, no ano passado, o impacto negativo das ajudas à banca foi de 0,2% do PIB. A informação consta da primeira notificação de abril sobre os défices da zona euro que o gabinete de estatísticas europeu divulgou esta segunda-feira. Em 2015 esse mesmo cálculo levava o défice para os 2,8%, dado que o impacto das ajudas à banca foi de 1,6%.

Na tabela em que faz este cálculo, o Eurostat alerta, no entanto, que estes números não são usados no contexto do Procedimento por Défices Excessivos, um método de controlo da Comissão Europeia da qual Portugal espera sair este ano. São vários os países onde as intervenções no setor bancário pesaram nas contas públicas. Em Portugal os dois anos em que pesou mais foram 2014 e 2015 com a resolução do BES e do Banif, respetivamente.

Impacto das ajudas aos bancos no défice do Estado (em percentagem do PIB).Eurostat

“No total, durante o período de referência de 2007-2016, o aumento mais significativo do défice fruto de intervenções governamentais nas instituições financeiras registou-se na Irlanda, seguida da Grécia, Eslovénia e Chipre“, explica o Eurostat. Existem países que até melhoraram o seu défice dado a dividendos de intervenções passadas, nomeadamente a Dinamarca, a Suécia e o Luxemburgo.

Esta quarta-feira, o Jornal de Negócios (acesso pago) avançou que as ajudas à banca — desde 2007 — já somaram mais 20,9 mil milhões de euros à dívida. Ainda assim, Portugal não é o país com o valor mais alto em percentagem do PIB. Dentro da zona euro, a Grécia lidera com 24%, seguindo-se a Irlanda com 22% e a Eslovénia com 16%. Em Portugal, o impacto das ajudas ao sistema financeiro nos últimos dez anos atingiu 11,3%.

Desse volume de ajudas, desde 2007 até 2016, 15.131 milhões de euros tiveram impacto no défice, com as maiores parcelas a registarem-se em 2014, 2015 e 2010. No mesmo período, o Estado só teve de volta do sistema financeiro 2,2 mil milhões de euros de receita.

Esta informação consta de um relatório suplementar em que o Eurostat faz um retrato das intervenções dos Estados-membros para ajudar as instituições financeiras.

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Banca internacional quer sair de Londres. Mas a sério

O terramoto do Brexit já se se sente em Frankfurt. No primeiro trimestre, a atividade no setor imobiliário aumentou com a procura de escritórios para acolher os bancos vindos de Londres.

Custa-lhe a crer que os bancos realmente deixem Londres por causa do Brexit? Pois bem: começa a ser a sério. De acordo com corretores imobiliários alemães, a procura por espaços em Frankfurt já começou e não vai haver espaço para toda a gente, avança a Bloomberg esta quarta-feira.

Com a saída do Reino Unido da União Europeia, é provável que a cidade alemã ganhe uma nova vida no setor financeiro. “Nada de concreto aconteceu no ano passado, mas tudo mudou no primeiro trimestre deste ano. Os bancos estão agora a olhar seriamente para localizações específicas”, disse à agência Carsten Ape, do grupo imobiliário CBRE.

Segundo fontes próximas dos bancos, Goldman Sachs e Citigroup são duas das instituições que consideram escolher Frankfurt para acolher uma nova sede europeia. O setor financeiro está a preparar instalar estes polos em países no interior da Europa, para poder continuar a usufruir das condições do mercado único. Estima-se que Londres possa vir a perder dez mil profissões de banqueiro e outros vinte mil cargos ligados à finança com o Brexit.

"Nada de concreto aconteceu no ano passado, mas tudo mudou no primeiro trimestre deste ano.”

Carsten Ape

CBRE Group

Frankfurt tem sido das cidades mais apontadas como destino dos ativos que os bancos querem transferir da capital britânica. Mas não vai haver espaço para toda a gente, garante Juergen Schmid, da Savills Plc, uma empresa ligada ao investimento imobiliário em Frankfurt. À Bloomberg, disse que isso vai resultar num “aumento da procura por escritórios em zonas menos atraentes”, levando à subida das rendas.

Contas feitas, uma coisa é certa: há muita atividade no mercado, garantem alguns profissionais do setor imobiliário. Um indicador de que o êxodo bancário poderá ser um fenómeno real a atormentar Londres e os britânicos nos próximos tempos.

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Sonae vai às compras e põe a Brio no cesto

Através da sua unidade de retalho alimentar, a Sonae adquiriu 100% do capital da Brio, uma cadeia de seis supermercados especializados em alimentação biológica na zona metropolitana de Lisboa.

A Sonae adquiriu a totalidade do capital da Brio, uma cadeia de seis supermercados na zona metropolitana de Lisboa, especializados em alimentação biológica. A operação, realizada através da sua unidade de retalho alimentar, foi comunicada esta quarta-feira aos mercados e a transação depende ainda da “verificação de condições suspensivas previstas no acordo”. O montante da aquisição não foi revelado.

Em comunicado, a retalhista refere que esta compra permitirá à Sonae “acelerar a avenida estratégica de crescimento” no segmento da alimentação saudável, “beneficiando da rede de lojas da Brio, do seu elevado grau de especialização e de uma alargada rede de fornecedores no segmento biológico”.

Esta operação surge poucos meses depois e a Sonae ter adquirido, em dezembro, 51% do capital da Go Well. A empresa opera, através da marca “Go Natural”, 22 restaurantes igualmente especializados em alimentação saudável no país, localizados normalmente em centros comerciais. A compra foi noticiada pelo ECO na altura. Entretanto, a Sonae MC abriu o primeiro supermercado “inteiramente dedicado à alimentação biológica e saudável”.

A Sonae tem vindo, assim, a apostar nestas áreas “da saúde e do bem-estar, nomeadamente na alimentação. É uma resposta “à crescente procura dos consumidores por ofertas que promovam um estilo de vida saudável e contribuam para uma melhoria da qualidade de vida”, indica a empresa em comunicado.

(Notícia atualizada às 8h40 com mais informação)

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Santander aumenta lucros em 14% no primeiro trimestre do ano

O grupo bancário espanhol conseguiu aumentar os lucros no primeiro trimestre de 2017. E foi por pouco que não chegou aos dois mil milhões de euros em lucro.

O Santander comunicou esta quarta-feira, em Madrid, que lucrou 1.867 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. Ou seja, os lucros aumentaram 14,3%, revela o banco. O grupo espanhol beneficiou também da atividade em Portugal que cresceu 3,8% face ao primeiro trimestre de 2016, atingindo os 125 milhões de euros em lucro atribuível. Contudo, os maiores crescimentos verificaram-se na América Latina, principalmente no Brasil, um mercado onde os lucros subiram 76,8%.

“Em Portugal o lucro atribuível aumentou 4% para os 125 milhões de euros em comparação com o primeiro trimestre de 2016 dado o crescimento de clientes leais, baixos custos com créditos e um controlo forte dos custos”, explica o comunicado do banco. Segundo o documento, Portugal representa 5% dos lucros atribuíveis do Santander. O principal mercado é o brasileiro, seguido do Reino Unido e só depois Espanha.

Na informação que enviou hoje de manhã à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o grupo explica que os resultados se devem ao sólido comportamento do negócio ordinário, com tendências positivas em todos os mercados. O grupo fechou o primeiro trimestre com 15,5 milhões de clientes que consideram o Santander o seu banco principal, enquanto os clientes digitais aumentaram em 4,2 milhões no último ano e alcançaram os 22,1 milhões.

Espera-se que todas as economias dos nossos mercados principais cresçam este ano e confiamos que o modelo de negócio, assim como a execução consistente da nossa estratégia, nos irá permitir continuar a oferecer, no futuro, o melhor aos nossos clientes e funcionários, ao mesmo tempo que geramos crescimento rentável”, afirmou a presidente do grupo Santander, Ana Botín.

O relatório enviado à CNMV também salienta que o rácio de capital do banco CET1 era no final de março de 12,12 %, que contrasta com os 12,36 d% de um ano antes, acima do mínimo requerido de 9,75 %, enquanto o CET1 (fully loaded) (que cumpre todas as exigências de Basileia III), alcançou os 10,66 % (10,27 um ano antes).

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PSI-20 no limbo. BCP abre em queda

A praça lisboeta abriu no verde, mas por pouco. A maior parte das cotadas está a valorizar, mas existem quedas fortes: BCP e Pharol são as principais.

Depois de um dia em que o índice português bateu máximos de quase um ano, o PSI-20 abre esta quarta-feira em terreno positivo. As ações do BCP foram um dos destaques esta terça-feira, 25 de abril, mas um dia depois estão a cair ligeiramente. Pela positiva destacam-se ainda os títulos da Mota-Engil e pela negativa os da Pharol.

Esta quarta-feira o PSI-20 começou o dia em terreno positivo, mas praticamente no limbo: a praça lisboeta avança 0,04% para os 5.048,32 pontos. A Mota-Engil sobe 1,47% para os 2,21 euros por ação. Já as ações da Pharol estão a cair 5,63% para os 27 cêntimos. Os títulos do BCP estão em queda (-0,48%) para os 20,53 cêntimos.

O dia começou também com a notícia de que a Sonae vai adquirir a totalidade da cadeia de mercados biológicos Brio. As ações da empresa estão a cair 0,11% esta manhã para os 93 cêntimos. Além disso, a EDP Brasil venceu um leilão de quatro novas concessões de transporte de eletricidade, mas as ações da EDP em Lisboa estão a cair 0,1% para os 3,11 euros.

No resto da Europa, as bolsas começaram o dia praticamente todas no vermelho. Depois do alívio com o resultado da primeira volta das eleições presidenciais francesas, os mercados estão a aguardar mais informação, nomeadamente dos planos de Donald Trump para a reforma fiscal e também os resultados trimestrais das cotadas.

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Offshores: Dois peritos do Técnico na auditoria aos sistemas do Fisco

  • ECO
  • 26 Abril 2017

Dois professores universitários do Instituto Superior Técnico (IST) estão a colaborar com a Inspeção-Geral das Finanças na peritagem aos sistemas informáticos do Fisco no âmbito do caso dos offshores.

A Inspeção-Geral de Finanças (IGF) conta com dois professores universitários do Instituto Superior Técnico (IST) a colaborar na peritagem dos sistemas informáticos do Fisco. Esta auditoria visa descobrir o que esteve na origem das falhas no processamento da informação sobre transferências bancárias para contas em paraísos fiscais. Em causa, a saída de dez mil milhões de euros do país para offshores entre 2011 e 2014, comunicadas pelos bancos mas ausentes das estatísticas e não controladas pelo fisco.

De acordo com informações apuradas pelo jornal Público [acesso condicionado], estão a colaborar com a investigação dois professores doutorados com experiência em análise de processos, sistemas de informação e de infraestruturas relacionadas.

É Arlindo Oliveira, presidente do Técnico, quem o confirma. Mas optou por não revelar as identidades destes dois docentes que estão a ajudar “na identificação dos eventos relacionados com os processos e com a tecnologia relacionada” que resultou nos problemas com o processamento das declarações do Modelo 38.

Como o ECO explicou neste artigo, o Modelo 38 são as fichas que os bancos são obrigados a preencher e entregar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), dando conta das transferências e do envio de fundos para países com regime de tributação privilegiada e mais favorável — vulgo offshores.

Os dois peritos do Técnico, que faz parte da Universidade de Lisboa, terão começado a trabalhar algures na segunda semana de março. O Público explica ainda que essa colaboração surge no âmbito de um protocolo que existe desde 2015 entre o instituto e a IGF. Os termos do protocolo também são desconhecidos.

Neste momento, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal está a analisar a documentação recolhida pelo Ministério Público e remetida pela Procuradoria-Geral da República, e está a ponderar avançar com algum procedimento, indica ainda o jornal.

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Banco de Portugal à margem da auditoria da Caixa

  • ECO
  • 26 Abril 2017

Banco de Portugal não pode participar na auditoria independente aos atos de gestão da CGD desde 2000 porque isso "extravasa claramente" as suas competências.

O Banco de Portugal considera que não pode participar na auditoria independente aos atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos desde 2000 porque isso “extravasa claramente” as suas competências, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) esta quarta-feira.

“O Banco de Portugal recebeu um pedido da CGD para considerar a possibilidade de participar na ‘coordenação e supervisão’ de uma auditoria independente a atos de gestão” levados a cabo desde 2000. Mas a resposta foi negativa. “O Banco de Portugal informou a CGD em fevereiro que as suas competências no que se refere a auditorias especiais às instituições supervisionadas (…) só lhe permitem exigir a realização de auditorias ‘ad hoc’ por uma entidade independente e unicamente para fins de supervisão prudencial”, respondeu o supervisor ao Jornal de Negócios.

A instituição liderada por Carlos Costa escusa-se assim a fazer uma auditoria às administrações de António de Sousa, Vítor Martins, Carlos Santos Ferreira, Fernando Faria de Oliveira e José e Matos, porque “uma eventual iniciativa do BdP para requerer ou participar numa auditoria aos atos de gestão da CGD extravasaria assim claramente as suas atribuições e competências, tanto à luz dos seus poderes de supervisor prudencial como de quaisquer outras das suas funções legais”, acrescenta ainda o Banco de Portugal, na mesma resposta.

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Rui Moreira: “Não serei ministro nem eurodeputado”

  • ECO
  • 26 Abril 2017

O autarca portuense garante que não vai sair do Porto para outro tipo de cargos políticos. Para já o foco está na reeleição e na introdução de uma taxa turística na cidade.

O atual Presidente da Câmara do Porto recusa a acusação do socialista Manuel dos Santos de que teria um acordo com António Costa para o futuro. Em entrevista ao Público (acesso condicionado), Rui Moreira afirma que não quer sair do Porto, rejeitando tanto a hipótese de vir a ser ministro como a de ser eurodeputado pelo Partido Socialista. Moreira admite ainda sair após o próximo mandato, se for eleito. Antes disso, irá implementar uma taxa turística, tal como tinha referido no ECO Talks no início de fevereiro.

Questionado sobre se gostaria mais de ser ministro ou eurodeputado, Rui Moreira é direto: “Não serei nem uma coisa, nem outra”. A razão que apresenta passa por não ter “vontade nenhuma” de sair do Porto. O tema tinha sido levantado no início deste mês pelo socialista Manuel do Santos no Facebook onde este diz existir um acordo entre Costa e Moreira para que este último tenha lugares de destaque no futuro, contando nestas eleições autárquicas com o apoio do PS.

A vontade de Rui Moreira é ficar no Porto e, se for reeleito nas eleições autárquicas de 1 de outubro, irá implementar uma taxa turística que “deve ser utilizada para mitigar a pegada turística”, explica na mesma entrevista. O atual chefe do executivo portuense justifica ainda não ter avançado com essa medida porque esta não constava do seu programa eleitoral de 2013. Em fevereiro, no ECO Talks, Moreira referiu que “o objetivo não é fazer concorrência aos privados” e admitiu ainda que o valor da taxa “não está ainda definido”.

O autarca adianta ainda que “o mais provável será fazer mais um” mandato à frente da Câmara do Porto. “Dois mandatos será o ciclo razoável para estas coisas. A partir daí voltarei a tratar das coisas que sempre gostei, como escrever ou fotografar”, explica.

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SNS vai compensar médicos que trabalhem fora do horário normal

  • ECO
  • 26 Abril 2017

Os profissionais do Sistema Nacional de Saúde vão poder receber entre 12 e 19 euros mais por consultas e exames fora do horário normal de trabalho. Governo vai instaurar prazos máximos de espera.

Até ao final deste ano, o Ministério da Saúde quer instaurar — e reduzir — prazos máximos de resposta até aos quais os doentes podem esperar por vários tipos de exames no Sistema Nacional de Saúde. Para tal, vai pagar mais aos médicos que aceitem trabalhar fora do horário normal de trabalho. À semelhança do que acontece com as cirurgias, o Ministério da Saúde pondera pagar entre 12 e 19 euros mais por consulta.

A informação foi avançada ao jornal Público [acesso condicionado] pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo. Face ao aumento da despesa, o Ministério da Saúde espera equilibrar as contas recorrendo menos vezes a unidades privadas e do setor social. São parcerias entre público e privado que, segundo o jornal, custaram no ano passado mais de 440 milhões de euros, uma despesa “muito elevada”, considera Fernando Araújo.

Os prazos que deverão ser estipulados até ao final de 2017 preveem uma espera máxima de 15 dias para radioterapia, 30 dias para medicina nuclear e angiografias e 90 dias para endoscopias, tomografias axiais computorizadas (TAC) e ressonâncias magnéticas. Por fim, entre as novidades está ainda a intenção de dar atendimento prioritário aos doentes cardíacos (já acontece com os doentes oncológicos). De acordo com o jornal, em caso de insuficiência cardíaca grave, o prazo máximo de espera pelas consultas é de 15 dias.

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Quem é Pablo Forero, o homem escolhido pelo CaixaBank para o BPI

O homem apontado pelo CaixaBank para liderar o BPI já esteve 19 anos no JP Morgan. Até agora diretor-geral de riscos do banco catalão, assume hoje a presidência executiva do banco português.

Chega ao fim a era Ulrich. 13 anos depois, Fernando Ulrich deixa a liderança do BPI, para ser substituído por Pablo Forero Calderón. Até aqui diretor-geral do CaixaBank, Forero foi o nome escolhido pelos catalães, e já aprovado pelos acionistas do BPI, para presidente executivo do banco português. Assume hoje a pasta.

Forero está no banco catalão desde 2009 e este é o cargo mais alto que irá assumir numa instituição bancária. Licenciado em Economia e especializado em macroeconomia pela Universidade Autónoma de Madrid, Forero acumula cargos de liderança desde a década de 80. O primeiro foi como chefe do departamento de auditoria da Arthur Andersen, de onde partiu para diretor de mercados e responsável pelas relações com Espanha da Manufacturers Hanover Trust.

Pablo Forero é o nome escolhido pelo CaixaBank para liderar o BPI.Paula Nunes / ECO

Seguiu-se o JP Morgan, onde esteve 19 anos, na sociedade JP Morgan Investment Management, e onde chegou a ser membro do comité de gestão de ativos do banco norte-americano. Chegou ao banco catalão em setembro de 2009. É diretor-geral de riscos desde 2013, cargo que mantém até agora.

Forero já integra o conselho de administração do BPI desde 26 de outubro do ano passado. Nessa altura, o CaixaBank retirou do banco português Isidro Fainé, que estava na administração do BPI desde 1996, e Además de Fainé, para serem substituídos por Gonzalo Gortázar, o CEO do CaixaBank, e Pablo Forero.

Sobre os planos que tem para o BPI, pouco se sabe. Na conferência de imprensa onde foram apresentados os resultados da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank sobre o banco português, Forero falou pouco e disse apenas querer manter o foco comercial do BPI. Sobretudo, quer mesmo focar-se exclusivamente no BPI — questionado sobre a possibilidade de uma proposta de compra do Novo Banco, Forero foi claro: “o que queremos é não nos distrair com mais operações como esta“.

A nova composição do conselho de administração e da comissão executiva do BPI será decidida esta quarta-feira, em assembleia geral. Se a proposta do CaixaBank for aprovada pelos acionistas, Pablo Forero ficará como presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich como chairman e Artur Santos Silva como presidente honorário.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

A reforma fiscal da Administração Trump promete marcar o dia, com as empresas ansiosas pela expectável redução de impostos. Em Portugal, a ida de Centeno ao Parlamento é um dos eventos a acompanhar.

Os mercados vão continuar a subir à boleia do resultado das eleições francesas? O que Mário Centeno ainda tem para dizer sobre a Caixa? E a passagem de testemunho no BPI será tranquila? Perguntas que vão ter resposta ao longo desta quarta-feira.

Assembleia-geral do BPI

A assembleia geral do BPI que tem lugar esta quarta-feira em Serralves, às 10h00 da manhã, marca um novo ciclo na vida do banco. O CEO histórico do BPI, Fernando Ulrich, também conhecido por enfant terrible, sai da presidência do conselho de administração do banco para o lugar de chairman, um cargo ocupado até agora por Artur Santos Silva. Este, por seu turno, assume o cargo de presidente honorário. Os destinos do banco vão passar para as mãos de Pablo Forero, agora que será o CaixaBank a decidir os destinos do banco.

Centeno e o plano de reestruturação da CGD

O dia começa com a audição do ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre os resultados e o plano de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos, na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa. Recorde-se que Paulo Macedo já anunciou que o programa de rescisões da Caixa vai arrancar em abril — o objetivo é dispensar 2.200 pessoas — e, até 2020, o banco público deverá ficar com apenas 470 a 490 balcões, contra os atuais 651. O processo promete inflamar os ânimos. Ainda na terça-feira, a população de Silvares, no Fundão, saiu à rua para protestar contra o encerramento da agência da CGD. A audição de Mário Centeno, agendada para as dez da manhã, no Parlamento, servirá ainda para discutir e votar um requerimento do PSD relativo a uma audição do ministro das Finanças sobre o acordo com o Santander Totta.

Santander apresenta resultados

O Banco Santander Totta apresenta os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2017. Recorde-se que o banco liderado por António Vieira Monteiro fechou 2016 com lucros de 395,5 milhões de euros, mais 35,8% do que o registado em 2015. A instituição financeira de origem espanhola comprou parte da atividade bancária do Banif no final de 2015, no âmbito do processo de resolução deste banco. Os resultados do primeiros três meses do ano são apresentados ao meio dia na Rua da Mesquita, n.º 6. Em fevereiro, a Moody’s manteve o rating do Santander Totta no grau de lixo, mas alterou a perspetiva para “positiva”, sendo expectável que venha a melhorar a médio prazo a nota de crédito do banco.

Empresas divulgam resultados

São várias as empresas que prestam contas esta quarta-feira. A Endesa tem prevista a assembleia-geral ordinária dos seus acionistas na qual vai apresentar os resultados das suas subsidiárias juntamente com os da empresa-mãe. O evento decorre em Madrid às 18:00 locais (17:00 em Lisboa). A Cofina, a Altri e a F. Ramada reúnem os acionistas em assembleia geral no Porto, na sede da empresa, na Rua do General Norton de Matos ao longo da manhã. Também a Boeing, Fiat Chrysler, GlaxoSmithKline, Pepsico e Procter&Gamble têm agendado apresentar resultados esta quarta-feira.

Stocks de petróleo em queda?

A Administração de Informação sobre Energia divulga esta quarta-feira o seu relatório sobre os stocks de crude nos Estados Unidos. O mercado está a antecipar uma queda nos inventários pela terceira semana consecutiva. E os futuros já está a refletir essa expectativa. O crude está a subir, tanto o WTI como o Brent. Os stocks de ouro negro nos Estados Unidos provavelmente caíram em 1,75 milhões de barris na semana passada, de acordo com uma sondagem da Bloomberg. Os preços do petróleo estiveram a cair depois do ministro russo da Energia, Alexander Novak, ter dito que o seu país vai esperar para decidir se se juntará à OPEP na decisão de prolongar os cortes na produção.

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