“Daqui a 10 anos, 25% das PME vai financiar-se nos mercados”

  • ECO + RAIZE
  • 24 Abril 2017

A forma de financiamento das PME portuguesas é um dos principais temas da atualidade nacional, assim como a rentabilização das poupanças dos investidores num ambiente de taxas de juro zero.

Estimular o mercado de capitais para PME (ações e dívida) não tem sido tarefa fácil em Portugal e na Europa, e têm-se verificado poucos progressos. Mas o crescimento das bolsas de empréstimo em todo o mundo tem tido um grande contributo para juntar cada vez mais empresas e investidores.

Dependência dos bancos

Em Portugal, os bancos gerem praticamente todo o sistema financeiro, a poupança e os serviços de pagamento. Juntas, estas instituições financiam as empresas e as famílias em mais de 200 mil milhões de euros (110% do PIB), injetando anualmente cerca de 41 mil milhões de euros em novos empréstimos.

Estas instituições são também as principais depositárias de poupança dos portugueses, com cerca de 172 mil milhões de euros em depósitos. Sabemos ainda que é nos bancos que a maioria dos portugueses faz os seus investimentos. De acordo com um recente estudo da Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, apenas 10% da população investe em ativos além dos depósitos a prazo e dos certificados de aforro.

“Até aqui, têm sido os bancos a assegurar praticamente todo o financiamento das PME em Portugal”. Mas, de acordo com José Maria Rego, responsável da Raize, “os tempos são outros, e existe hoje a necessidade de reduzir a dependência dos bancos e de desenvolver mecanismos alternativos de financiamento, com maior envolvimento de investidores privados”. Segundo o empresário, o problema coloca-se um pouco por toda a Europa, e não apenas em Portugal. “A sociedade portuguesa está muito dependente dos bancos, mas o resto da Europa também. A situação é diferente nos EUA, onde existe uma cultura de financiamento em mercado mais forte”.

 

Fonte: Banco de Portugal, CMVM, análise Raize

Bolsas de empréstimo podem desbloquear mercado de capitais

Os números mostram uma realidade evidente: as bolsas de empréstimo são hoje a principal alternativa de financiamento das PME e estão a dinamizar milhões de investidores privados por todo o mundo.

E porque? De acordo com Afonso Eça, responsável da Raize e Professor na Nova School of Business and Economics, “os investimentos em dívida (ex. obrigações, empréstimos) acarretam tipicamente menos risco e são relativamente simples de montar visto não envolverem a partilha de propriedade da empresa. Com ‘empréstimos’, existe uma obrigatoriedade de restituição dos montantes investidos, e esse facto, faz toda a diferença para os investidores.”

Desde do seu lançamento em Portugal, a Raize já realizou mais de 300 operações de financiamento junto de micro e pequenas empresas. As operações envolvem tipicamente mais de 250 investidores e têm um valor médio entre os 10 e os 50 mil euros. A plataforma tem atualmente mais de 10 mil investidores que estão a receber um retorno bruto médio de 6% ano sobre os empréstimos realizados.

António Marques, Afonso Eça e José Maria Rego, fundadores da Raize, a bolsa de empréstimos para micro e pequenas empresas em Portugal, uma alternativa de financiamento aos bancos.

“Os valores apresentados revelam uma crescente abertura dos investidores nacionais ao investimento direto em micro e pequenas empresas portuguesas”. Segundo os responsáveis da Raize, chegou a altura de consolidar o interesse dos investidores nas PME nacionais.

Apesar de tudo o que se passou nos mercados financeiros em Portugal nos últimos anos, o mercado de capitais para PME está hoje mais forte e em crescimento. Estimamos que daqui a 10 anos em Portugal, cerca de 25% das PME se financiem junto de investidores.

José Maria Rego, Co-fundador da Raize

No Reino Unido, por exemplo, os empréstimos através de bolsas de empréstimos a PME já representavam 14% dos novos empréstimos em 2015.

Em Portugal, existem 3 bolsas onde as PME portuguesas podem obter financiamento: Alternext (bolsa do grupo Euronext), a Seedrs e a Raize. No total, estas plataformas de mercado levantaram cerca de 22 milhões de euros para PME nos últimos 2 anos.

 

Fonte: Euronext, Raize. Dados da Seedrs extraídos de comunicados de imprensa. Dados de Janeiro 2015 a Março 2017.

O crescimento da Raize é um excelente presságio para o aumento do investimento em capital das PME portuguesas. Será mais fácil investir em ações de PME, quando os investidores já estiverem confortáveis com empréstimos. As empresas, por outro lado, já terão tido o primeiro contacto com os “mercados” e já estão mais abertas e preparadas para partilhar o capital. Na Raize, já facilitámos o contacto entre várias PME e investidores nacionais, que resultaram em processos de levantamento de capital.”

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Angola marca eleições gerais para 23 de agosto

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

A oposição admite que estão reunidas as condições para a realização de eleições, mas aponta desafios que ainda têm de ser ultrapassados para que estas sejam "livres, justas e transparentes".

O Conselho da República de Angola deu parecer favorável, por unanimidade, à proposta do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, para convocar eleições gerais para 23 de agosto. Os líderes dos principais partidos da oposição angolana, UNITA e CASA-CE, já concordaram com esta data.

Em declarações à imprensa, o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, referiu que estão criadas as condições para que o Presidente possa convocar eleições, na data sugerida e aceite pelos membros do Conselho da República. Ainda assim, há aspetos que precisam de ser resolvidos até ao ato eleitoral, defende Samakuva.

A UNITA tem insistido na necessidade de uma auditoria independente à base de dados dos mais de 9,4 milhões de eleitores registados no processo de atualização, concluído a 31 de março.

Por sua vez, o líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Abel Chivukuvuku, disse que foi recomendada unanimemente pelo Conselho da República que sejam convocadas as eleições gerais, mas também admitiu que há ainda “grande preocupação e desafio para todos”.

“Isso também foi abordado durante a reunião [do Conselho da República]. É trabalharmos todos no sentido de garantir que tenhamos em agosto eleições livres justas e transparentes, que possam, não só, orgulhar todos angolanos, mas sobretudo refletir a vontade do cidadão expressa no voto”, avançou.

Já o vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, sublinhou a importância da anuência dos membros do Conselho da República ao Presidente para a convocação de eleições gerais em agosto.

Lourenço, candidato do partido no poder à sucessão de José Eduardo dos Santos, frisou ainda o apelo feito pelo Presidente de Angola à tolerância e ao civismo, para que as eleições decorram da melhor forma possível, destacando a necessidade de se assegurar que angolanos “possam exercer pacificamente o seu direito de votar” em agosto.

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Vitória do ex-banqueiro Macron faz subir bolsas europeias. PSI-20 segue a marcha

O resultado da primeira volta das eleições francesas está a marcar os mercados internacionalmente. A bolsa portuguesa não foi exceção, tendo fechado com uma valorização de 2,48%.

Do petróleo às yields do Tesouro francês, passando por Wall Street, o euro e a própria bolsa francesa: o mundo respirou de alivio com o resultados da primeira volta das eleições presidenciais em França. A crescente confiança de que Macron vai vencer Le Pen na segunda volta animou os investidores. O mesmo aconteceu em Lisboa com apenas duas cotadas a desvalorizar, tendo o índice português superado no intradiário os 5.000 pontos.

Os apoios a Emmanuel Macron, ex-ministro da Economia do Governo francês, têm-se multiplicado nas últimas horas. Até o atual Presidente francês que não se recandidatou, François Hollande, o apoia. Os analistas e as sondagens afastam cada vez mais o cenário de uma vitória de Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional, e este sentimento tem sido bem recebido nos mercados internacionais.

Na Europa, e principalmente em Portugal, isso verificou-se ainda mais. O PSI-20 valorizou 2,48% para os 4.997,54 pontos, tendo superado no intradiário os cinco mil pontos. Apenas a Mota-Engil e as unidades de participação do fundo do Montepio desvalorizaram. Todos as restantes cotadas fecharam esta segunda-feira em terreno positivo, com destaque para o BCP, a Galp, a Jerónimo Martins, a EDP e os CTT.

Evolução do PSI-20 de 18 de abril a 24 de abril

Créditos: Raquel Sá Martins

Este foi também um dia marcado pelas subidas do petróleo e das cotadas europeias do setor financeiro. O BCP acabou por beneficiar dessa onda e fechou com uma valorização de 5,6% para os 20 cêntimos por título. Já a EDP subiu 2,27% para os 3,11 euros por ação e a Galp cresceu 1,31% para os 14,36 por título.

O PSI-20 foi também influenciado pelo impacto positivo das bolsas europeias. O índice francês, o CAC-40, está a subir mais de 4% assim como o principal índice da Europa, o Stoxx 600, que valorizou mais de 2%.

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Uber esteve quase a ser expulsa da App Store

A empresa norte-americana Uber era capaz de identificar os iPhones dos clientes, mesmo se a aplicação tivesse sido desinstalada. Prática quase levou à expulsão da loja da Apple. Caso remonta a 2015.

E por uma unha negra, a Uber quase perdeu acesso ao mercado dos milhões e milhões de iPhones que existem com a aplicação instalada. Aconteceu no início de 2015, quando o presidente executivo Travis Kalanick foi convocado para uma reunião com Tim Cook, o líder da Apple. O tema era sensível: a marca tinha descoberto o que a empresa de transporte estava, alegadamente, a tentar esconder.

A notícia é avançada pelo The New York Times e dá conta de que a Uber recorreu a um método para poder marcar os telemóveis dos clientes, mesmo depois de estes desinstalarem a aplicação. A prática é conhecida por fingerprinting e vai contra as regras de privacidade da fabricante do iPhone. Tim Cook informou Kalanick de que sabia o que a empresa estava a fazer e das duas uma. Ou a Uber parava com isso, ou a aplicação era retirada da loja App Store.

Em traços gerais, a prática da Uber permitia à empresa identificar um iPhone específico. Assim, quando os utilizadores desinstalavam a aplicação e a instalavam mais tarde, a Uber sabia que esse telemóvel já tinha estado ligado à Uber. A empresa já reagiu à notícia com aquilo que, na altura, Travis Kalanick terá tentado explicar a Tim Cook: a prática servia apenas para prevenir fraudes e não para espiar os clientes. A marca garante ainda que é um método comum na indústria.

A Apple já teve um sistema idêntico que permitia às aplicações identificar um iPhone. No entanto, a funcionalidade foi removida em 2013 por razões de segurança e de privacidade. Segundo o Tech Crunch, essa identificação foi substituída por outras mais que, sendo mais vagas, impossibilitavam as marcas de ligar um dispositivo a um utilizador. Não é claro se a Uber recorreu ou recorre à mesma prática em dispositivos Android.

Esta é só a última polémica a manchar a reputação da empresa de transporte que, nos Estados Unidos, tem vindo a atravessar várias crises. No mês passado, o ECO resumiu algumas aqui. Entretanto, somaram-se a essas a notícia de que a marca teria uma ferramenta interna que, recorrendo a contas falsas na aplicação concorrente Lyft, conseguia saber onde os motoristas dessa aplicação se encontravam e, assim, ganhar vantagem concorrencial.

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Jimmy Choo está à venda: este é um negócio de luxo

  • ECO
  • 24 Abril 2017

A marca de sapatos de luxo dá um salto nas vendas e na valorização mas é colocada na montra dos mercados. A JAB quer vendê-la para se concentrar em negócios da área da alimentação e bebidas.

A JAB Luxury quer vender a Jimmy Choo numa altura em que a marca de luxo está a valorizar. O motivo? Uma redefinição de estratégia da JAB, que foge dos sapatos na direção dos comes e bebes, nos quais tem vindo a investir. Ainda não há interessados.

A emblemática Jimmy Choo esteve nos pés da Princesa Diana ou da personagem Carrie Bradshaw, da série Sexo e a Cidade. Chegou às mãos da JAB em 2011 por 587 milhões de euros. Em 2014, uma parcela de 30% foi vendida nos mercados, mas a JAB continua soberana. A mais recente decisão foi a venda, pois a JAB quer focar-se nos bens de consumo em que tem investido milhares de milhões nos últimos anos, com a aquisição da Caribou, Krispy Kreme Doughnuts e Panera Bread.

Esta proposta surge numa altura de grande valorização da marca de sapatos. As vendas aumentaram 15% no último ano, para os 427 milhões de euros, considerando o efeito do Brexit na libra esterlina, que permite beneficiar das conversões nas vendas no estrangeiro. Mesmo sem este efeito, as vendas aumentaram 1,6% em 2016. As ações valorizaram 25% só no último ano. Para mais, a procura por estes artigos na China está a crescer a olhos vistos. Segundo Jonathan Buxton, chefe de consumo na Cavendish Corporate Finance, este aumento da procura na Ásia e Médio Oriente pode promover “ofertas de compradores estrangeiros”.

O processo de venda deverá ser concluído no final do verão, apesar da escassez de ofertas que se verifica para já. Também a Bally, outra marca de luxo do portefólio, irá pelo mesmo caminho.

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CMVM aplicou mais de 62 mil euros em coimas no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

Regulador multou três instituições por violação de deveres de informação ao mercado. Estão ainda pendentes de decisão nos tribunais nove processos.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu três processos de contraordenação no primeiro trimestre deste ano, abaixo dos 15 processos de igual período de 2016, e aplicou mais de 62 mil euros em coimas, informa o regulador.

“Das decisões tomadas nos primeiros três meses do ano, um processo respeita a contraordenação muito grave e dois a contraordenações graves, tendo sido aplicadas coimas no total de 62.500 euros e duas admoestações”, esclarece a CMVM em comunicado divulgado esta segunda-feira.

Uma pesquisa em comunicados anteriores da CMVM permite perceber as estatísticas mais recentes, tendo a entidade proferido, nos três primeiros meses de 2016, decisão em 15 processos de contraordenação, aplicando coimas de 637,5 mil euros; no segundo trimestre de 2016 decidiu sobre 11 processos com coimas de 750 mil euros e no último trimestre de 2016 aplicou coimas de 242 mil euros a sete processos de contraordenação.

No comunicado desta segunda-feira, a CMVM esclarece que as últimas estatísticas, do primeiro trimestre, revelam decisão em três processos de contraordenação, “dos quais dois por violação de deveres referentes à atividade dos organismos de investimento coletivo de informação ao mercado e um por violação dos deveres de informação ao mercado”.

No mesmo período, segundo a CMVM, foram instaurados cinco processos de contraordenação, dos quais dois referentes à atividade dos organismos de investimento coletivo, um por violação dos deveres de intermediação financeira, um relativo aos deveres de informação ao mercado e um referente à atuação dos auditores.

No primeiro trimestre, encontravam-se pendentes de decisão nos tribunais nove processos, segundo o comunicado.

“No final de março, estavam em curso na Comissão 99 processos de contraordenação”, afirma o regulador, dando conta de que destes 29 respeitam a violações de deveres de intermediação financeira, 24 a violações de deveres de informação, 20 à atividade dos organismos de investimento coletivo, 21 a violação de deveres de negociação em mercado e cinco à atuação dos auditores.

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Governo aperta acesso à reforma antecipada

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 24 Abril 2017

Para aceder à pensão antecipada não bastará ter mais de 60 anos de idade e 40 de descontos. Estes 40 anos de descontos têm de ser alcançados aos 60. Proposta ainda está em aberto.

Com o novo regime que está a ser preparado pelo Executivo, só poderão aceder à pensão antecipada na Segurança Social os trabalhadores que aos 60 anos de idade já contem com 40 anos de contribuições. Uma alteração face ao regime que hoje vigora e que acabará por limitar as saídas para a reforma antecipada. No entanto, a medida ainda está em discussão e sujeita a mudanças, uma vez que o Governo está a recolher contributos dos parceiros sociais.

Atualmente, num regime considerado transitório, a pensão antecipada na Segurança Social é uma possibilidade para quem tem 60 anos de idade e 40 de descontos. Estes mesmos dois critérios continuarão a existir no novo regime, mas com uma diferença significativa.

Falar em 60 anos de idade e 40 anos de contribuições não é obrigatoriamente o mesmo que falar em 40 anos de contribuições aos 60 anos de idade. Senão vejamos: um trabalhador que tenha 39 anos de descontos aos 60 anos de idade e 40 anos de descontos aos 61, por exemplo, poderia passar à reforma antecipada com 61 anos no regime atual, com as respetivas penalizações — isto porque as regras transitórias abrem esta via a beneficiários com “idade igual ou superior a 60 anos e 40 ou mais anos civis com registo de remunerações relevantes para o cálculo da pensão”.

Mas na proposta do Governo — que ainda não é final — a intenção é outra. O documento entregue aos parceiros sociais no início de abril começa por explicar que “a idade e a carreira mínimas para a antecipação da reforma, corresponde respetivamente a 60 anos de idade e 40 anos da carreira contributiva” mas remete depois para uma nota de rodapé, onde se lê: “como condição inicial de acesso à reforma antecipada é verificada a existência de 40 anos de carreira contributiva aos 60 anos de idade“.

Quer isto dizer que, independentemente da altura em que o trabalhador peça a reforma antecipada, terá sempre de reunir 40 anos de descontos na altura em que tinha 60 anos de idade. No exemplo acima, aquela pessoa não poderia sair para a reforma antecipadamente no novo regime, porque mesmo já tendo 40 anos de descontos aos 61 anos de idade, aos 60 ainda só tinha 39 anos de carreira contributiva. Terá assim de esperar pela idade normal de reforma — 66 aos e três meses de idade em 2017, aumentando um mês em 2018 e continuando a evoluir no futuro, acompanhando a esperança de vida. O ECO confirmou que esta é a leitura subjacente à proposta inicial do Governo. Se for para a frente, acabará por restringir as saídas. Em termos gerais, a reforma antecipada só estará disponível para quem começou a trabalhar, o mais tardar, aos 20 anos e consiga chegar aos 60 com 40 ou mais anos de descontos. No entanto, há exceções a ter em conta, nomeadamente os anos de carreira que podem ser bonificados.

Portanto, um trabalhador com 64 anos de idade e 40 de descontos, por exemplo, não poderá passar à reforma antecipada, no pressuposto de que aos 60 tinha 36 anos de contribuições — ao contrário do que aconteceria hoje. Mas se este trabalhador tivesse 40 anos de descontos aos 60 e mantivesse esta mesma carreira contributiva aos 64, já poderia abandonar o mercado de trabalho com pensão antecipada.

Com este tipo de redação, o Governo regressa ao modelo que vigorou no período pré-troika, embora apertando significativamente os critérios: antes, a reforma antecipada era possível para quem aos 55 anos de idade já contasse 30 de descontos (a mesma regra que ainda abrange a função pública). Entretanto, o regime foi suspenso na Segurança Social e, depois, parcialmente desbloqueado para trabalhadores com 60 anos de idade e 40 de descontos. Esta redação vigora novamente, desta vez replicada pelo ministro Vieira da Silva, enquanto o regime de reformas antecipadas está a ser revisto. É essa revisão que está agora na mesa.

Além desta norma que obriga os trabalhadores a terem 40 anos de descontos aos 60 de idade, a proposta inicial do Governo também prevê que a idade mínima de reforma avance todos os anos, à boleia da idade normal de acesso à pensão, conforme avançou o Jornal de Negócios. Ou seja, o novo regime limita as saídas para a reforma antecipada, mas também reduz os cortes aplicados a quem conseguir aceder a este regime — desde logo porque é eliminado o fator de sustentabilidade (que tem vindo a aumentar todos os anos e retira 13,88% às pensões antecipadas iniciadas este ano). O Executivo também prometeu eliminar cortes a quem peça a pensão com 48 anos de carreira (com 60 ou mais anos de idade) mas, entretanto, já estendeu a possibilidade a quem começou “a trabalhar com, por exemplo, 14 anos e tenha tido 46 anos de descontos“, confirmou Pedro Nuno Santos.

Estão também previstas idades de reforma “personalizadas”, progressivamente mais baixas a partir de 41 anos de carreira, que permitem mitigar ou eliminar a penalização que resulta do corte de 0,5%, em regra, por cada mês de antecipação, num regime diferente do atual.

Todas as alterações em discussão deixam de fora, pelo menos para já, a função pública e os regimes específicos, como o associado ao desemprego de longa duração.

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Portugueses apoiantes de Le Pen e Macron confiantes na vitória

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

Os portugueses que estão envolvidos nas campanhas dos dois candidatos que passaram à segunda volta estão confiantes na vitória dos respetivos líderes.

Davy Rodriguez de Oliveira, vice-presidente da juventude da Frente Nacional (FN), e Carlos Soares de Sousa, um dos responsáveis de ações de campanha de Emmanuel Macron, estão confiantes na vitória dos respetivos candidatos na segunda volta das presidenciais francesas. Davy Rodriguez de Oliveira, que apoiou Jean-Luc Mélenchon nas presidenciais francesas de 2012 e hoje é uma das vozes da juventude de Marine Le Pen, disse à Lusa que acredita que os eleitores que votaram no candidato da esquerda radical vão votar no FN a 7 de maio.

“Estive a falar com antigos camaradas e há muitos deles que vão votar em Marine Le Pen porque esta União Europeia da austeridade e de fronteiras totalmente abertas aos produtos agrícolas não responsáveis, por exemplo, são temas que falam aos eleitores de Jean-Luc Mélenchon“, afirmou. O diretor nacional adjunto da Frente Nacional da Juventude está, assim, confiante na vitória da candidata da extrema-direita através da capitalização dos votos, não apenas dos eleitores de Jean-Luc Mélenchon, mas também do conservador François Fillon e do nacionalista Nicolas Dupont-Aignan.

Há quase 50% das pessoas que disseram que não queriam esta União Europeia da ‘troika’ nem esta globalização selvagem.

Davy Rodriguez de Oliveira

Vice-presidente da juventude da Frente Nacional (FN)

“Há quase 50% das pessoas que disseram que não queriam esta União Europeia da ‘troika’ nem esta globalização selvagem, como vimos nos votos a favor de Jean-Luc Mélenchon e Marine Le Pen e de alguns militantes soberanistas. Depois, estou convencido que no eleitorado de François Fillon há uma vontade de defender o que é a França”, argumentou.

Carlos Soares de Sousa, organizador de reuniões de campanha de apoio a Emmanuel Macron no distrito de Val-d’Oise, nos arredores de Paris, contou à Lusa que está “muitíssimo feliz” e que acredita que o candidato centrista vai ser o próximo Presidente de França. “Estou otimista na vitória de Emmanuel Macron. Este novo movimento, nem de direita, nem de esquerda, tem ideias muito interessantes para o futuro. Ele é um homem jovem, é um novo futuro”, descreveu o vereador em Cormeilles-en-Parisis, nos arredores de Paris.

Agora, o franco-português vai “intensificar a campanha” com reuniões no seu distrito para contrariar a abstenção, ou seja, “os eleitores que votaram Fillon e Mélenchon e que não querem votar nem Macron nem Le Pen”. “Isso é uma preocupação, vamos para o terreno, fazer porta-a-porta, fazer mercados, para convencer as pessoas a irem votar e a votarem Emmanuel Macron”, avançou.

Este novo movimento, nem de direita, nem de esquerda, tem ideias muito interessantes para o futuro.

Carlos Soares de Sousa

Organizador de reuniões de campanha de apoio a Emmanuel Macron

Os dados da primeira volta das eleições presidenciais em França, quando estavam apurados 97% dos votos, indicam que Emmanuel Macron obteve 23,86%, enquanto Le Pen conquistou 21,43%, disputando a segunda volta, dentro de duas semanas, a 7 de maio.

Em terceiro lugar ficou o conservador François Filon, com 19,94%, enquanto Jean-Luc Mélenchon (esquerda) obteve 19,62% dos votos. O socialista Benoît Hamon obteve uma derrota histórica para o seu partido, com 6,35% dos votos.

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Eleições francesas: Políticas orçamental e económica serão chave para ‘rating’ da Moody´s

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

Este domingo realizaram-se as eleições presidenciais franceses com Macron e Le Pen a passar à segunda volta. A Moody's diz que as prioridades são as políticas orçamental e económica.

A agência de rating norte-americana Moody’s considerou esta segunda-feira que “as políticas orçamentais e económicas são provavelmente as principais responsáveis pelo ‘rating’ na próxima presidência francesa, dada a dívida do país e os desafios de crescimento”. Num comunicado, a empresa de rating adianta que “vai avaliar quaisquer implicações de crédito associado com a eleição presidencial em França, quando o resultado for conhecido”.

O centrista Emmanuel Macron liderou a primeira volta das presidenciais de domingo com quase mais 2,5 pontos percentuais do que a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen. De acordo com os dados do Ministério do Interior, quando faltava apurar apenas 3% dos votos, Macron contava com 23,86% dos votos, enquanto Le Pen ficou com 21,43%. Em terceiro lugar ficou o conservador François Filon, com 19,94%, enquanto Jean-Luc Mélenchon (esquerda) obteve 19,62% dos votos.

O candidato socialista, Benoît Hamon, que foi quinto, pagou o preço de um mandato impopular e não conseguiu reconciliar um partido dividido entre os defensores de uma linha de esquerda e os que preferem uma orientação mais social-liberal.

A ferida abriu-se quando alguns socialistas apelaram ao voto em Emmanuel Macron, nomeadamente Manuel Valls, que quebrou a promessa de apoiar o vencedor das primárias socialistas, justificando-se com o risco de vitória da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.

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França chega a Wall Street. Investidores respiram de alívio e bolsas disparam

O apetite dos investidores pelo risco está a aumentar e a levar as bolsas norte-americanas a valorizarem mais de 1%. Em sentido contrário seguem os ativos de refúgio, com o ouro a cair mais de 1%.

O ânimo com os resultados da primeira volta das eleições francesas já chegou a Nova Iorque. Esta segunda-feira, e depois de ter fechado a semana em queda, Wall Street abriu com ganhos expressivos, tranquilizada pela vitória temporária de Emmanuel Macron sobre Marine Le Pen.

O apetite dos investidores pelo risco está a subir e a levar as bolsas norte-americanas a avançar acima de 1%. O índice de referência S&P 500 sobe 1,07%, para os 2.373, pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valoriza 1,16%, para os 5.978,39 pontos. Já o industrial Dow Jones soma 0,99% e chega aos 20.752,66 pontos.

Em sentido contrário seguem os chamados ativos de refúgio: o ouro está a desvalorizar mais de 1%, para os 1.270,44 dólares a onça, enquanto o iene recua face ao dólar.

A puxar pelas bolsas norte-americanas está sobretudo o setor financeiro, enquanto o setor energético impede ganhos mais expressivos. Isto numa altura em que o petróleo está a desvalorizar 0,44% e negoceia abaixo dos 50 dólares por barril em Nova Iorque. A pressionar o preço da matéria estão as expectativas em torno de um novo aumento das reservas norte-americanas.

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Devin Nunes: Presença de estrangeiros perto da Base das Lajes é inaceitável

  • ECO e Lusa
  • 24 Abril 2017

"É um local estratégico e não precisamos de ter ninguém por perto", indicou o congressista norte-americano Devin Nunes.

O congressista norte-americano Devin Nunes disse esta segunda-feira que a presença de entidades estrangeiras perto da Base das Lajes, nos Açores, é inaceitável, e vincou que a base açoriana “é um dos locais mais estratégicos no mundo”.

“Qualquer estrangeiro perto dessa base não é boa ideia. É um local estratégico e não precisamos de ter ninguém por perto”, vincou o republicano em entrevista à Lusa, no âmbito de uma visita às instalações de defesa naval portuguesa, que se segue à participação num encontro de legisladores luso-americanos, no fim de semana.

“Há 70 anos que as Lajes têm sido um local estratégico, não só para projetar as forças de segurança norte-americanas, mas também para proteger os Estados Unidos, e esse continua a ser o caso, e será sempre o caso, a não ser que as ilhas desapareçam por qualquer razão”, acrescentou o membro do Partido Republicano dos EUA.

A resposta de Devin Nunes sobre os estrangeiros perto das Lajes surge na sequência de declarações críticas da expansão da China a nível económico em várias partes do mundo, nomeadamente nas ilhas açorianas.

Em outubro, durante uma visita oficial à China, o primeiro-ministro português, António Costa, disse que “a base nos Açores é muito importante em termos militares, mas também em termos de logística e tecnologia e pesquisa nas águas profundas e de alterações climáticas”. Perante a insistência do jornalista da agência financeira Bloomberg, que o entrevistava em Macau, sobre a utilização da base aérea pela China, Costa admitiu: “Claro que é uma boa oportunidade para criar uma plataforma de pesquisa científica e estamos abertos a cooperação com todos os parceiros, incluindo a China”.

António Costa vincou, no entanto, que “o uso militar da base não está em cima da mesa, o que está em cima da mesa é reutilizar a infraestrutura para fins de pesquisa” e concluiu: “Seria uma enorme pena não usar a infraestrutura, e se não para fins militares, porque não para pesquisa científica“, questionou.

“Estou muito preocupado sobre qualquer envolvimento externo não só nessa base, mas em qualquer outra do mundo”, disse hoje Devin Nunes, criticando a política norte-americana sobre este tema nos últimos oito anos.

Durante a entrevista, o congressista criticou ainda a atuação da China em termos globais, nomeadamente em África, por não levar benefícios às populações dos países onde investe e militarizar as regiões.

“A China espalha influência pelo mundo; em África trazem pessoas, constroem estruturas, que muitas vezes não funcionam bem, colocam militares, não se misturam com as pessoas e só se preocupam com eles”, disse.

Para Devin Nunes, os chineses frequentemente argumentam com razões económicas quando têm fins militares: “Quando vão para esses sítios, e dizem que vão para pesquisa científica ou razões económicas e depois aparecem os militares, isso é inaceitável”, vincou.

Questionado sobre as relações entre a Rússia e as eleições norte-americanas, que ditou o afastamento de Devin Nunes da investigação, apesar de se manter como presidente da comissão parlamentar sobre informações, o republicano lembrou que “a Rússia tem estado fortemente envolvida nas eleições [norte-americanas] há décadas, mas dantes não se falava nisso”.

Os russos, considerou, “são muito bons em propaganda” e estão envolvidos também nas eleições europeias, “é o velho KGB a funcionar, há televisões russas em toda a Europa, incluindo a RT em Portugal, e são muitos bons a promover o seu regime”.

“O desafio é saber se a Rússia sai da Crimeia, da Ucrânia, e trabalha connosco contra o ‘jihadistas’, isso seria positivo, mas acho que não”, disse.

Sobre a União Europeia e a recente decisão do Reino Unido de abandonar esta entidade, e o ressurgimento de nacionalismos que têm colocado os partidos de extrema-direita mais perto do topo das intenções de voto, Devin Nunes preferiu não se alongar na análise.

“É muito importante ter uma União Europeia forte, e o desafio é o nível de burocracia em Bruxelas, saber quanta burocracia é demasiada, porque há uma linha ténue entre ter uma enorme burocracia que dificulta a vida diária das pessoas, versus dar-se bem com os vizinhos e ter uma boa relação; nós só queremos ser úteis e fortalecer a relação com os nossos aliados”, concluiu.

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“Vive la France” diz o PSI-20: índice supera os 5.000 pontos

O índice PSI-20 acelera os ganhos do início da sessão, acompanhando a a euforia dos pares europeus, tendo superado novamente a fasquia dos 5.000 pontos, apoiado no disparo de mais de 6% do BCP.

O resultado da primeira volta das presidenciais francesas continua a dar força às ações europeias, um desempenho que está a ser acompanhado pela bolsa nacional. O índice PSI-20 acelera os ganhos registados desde o início da sessão, tendo já superado a fasquia dos 5.000 pontos, o que já não acontecia desde o dia 6 de abril.

Bolsa nacional em alta

O índice PSI-20 segue nos 5.015,63 pontos, face a uma valorização de 2,85% que apresenta: a mais acentuada desde junho do ano passado. O avanço da praça lisboeta está a ser suportado pelo disparo dos títulos do BCP. As ações do banco liderado por Nuno Amado aceleram 6,24%, para os 6,24%, para os 19,92 cêntimos, acompanhando o comportamento do setor financeiro europeu que encabeça os ganhos do índice Stoxx Europe 600.

Segundo os analistas, o setor financeiro é um dos que mais pode tirar partido de uma vitória de Emmanuel Macron na corrida presidencial francesa no voto que decorre a 7 de maio. Este cenário a confirmar-se afasta os riscos de uma eventual saída da moeda única que poderia resultar de uma subida de Marine Le Pen à presidência francesa. O setor financeiro seria um dos mais afetados por esse cenário, já que teriam de redenominar os seus ativos para outra moeda.

Contudo, são muitos os títulos que contribuem para a forte subida do índice de referência da boa nacional, já que apenas dois escapam à toada de ganhos em Lisboa. Grande parte da subida do índice nacional está também a ser apoiada pelo disparo de 5,27%, para os 5,31%, dos títulos da Nos, mas também do avanço de 3,01%, para os 5,16 euros, das ações dos CTT.

As energéticas também somam e seguem. As ações da EDP valorizam 2,43%, para os 2,43%, para os 3,12%, enquanto as da sua participada EDP Renováveis avançam 0,87%, para os 6,94%. No mesmo sentido segue a Galp Energia, cujas títulos sobem 1,98%, para os 14,45 euros, num dia marcado também por fortes ganhos no preço do petróleo. As cotações do “ouro negro” aceleram em torno de 1% nos mercados internacionais.

Em queda seguem apenas a Mota-Engil e as unidades de participação do fundo do Montepio. As suas ações recuam 0,32% e 1,2%, respetivamente, para os 2,21 euros e 41 cêntimos.

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