Quando um Ferrari vale menos por ter sido de… Trump

O F430 F1 Coupe foi vendido em leilão, mas não atingiu os valores inicialmente estimados. O desportivo que pertenceu a Donald Trump, atual Presidente do EUA, foi arrematado por 270 mil dólares.

Junte-se um superdesportivo, de uma marca de luxo como é a Ferrari, a um dono que é Presidente dos EUA. O resultado é, regra geral, um preço elevado. Mas nem sempre. No leilão realizado na Florida, nos EUA, o F430 F1 Coupe ficou-se pelos 270 mil dólares, aquém dos 350 mil estimados. Porquê? Em parte, porque o Presidente a quem pertenceu é… Donald Trump.

As licitações pararam nos 240 mil dólares, dez mil abaixo do preço de reserva — valor abaixo do qual o automóvel não é vendido. Mas o Ferrari acabou mesmo por ganhar uma casa (ou melhor, uma garagem) nova. Horas depois do leilão, a leiloeira emitiu um comunicado a anunciar a venda do superdesportivo por 270 mil dólares, sem revelar quem o adquiriu.

O F430 foi mesmo vendido, mas por um valor bem aquém do histórico recente. A Bloomberg diz que a Sotheby’s vendeu um F430 GTC por 459.200 euros (490 mil dólares) em janeiro, e um F430 Spider por 357 mil em 2016. Esta venda acabou por ficar aquém do esperado, especialmente se se tiver em conta que além de ser um Ferrari pertenceu a um Presidente.

O baixo preço poderá ser reflexo exatamente do seu anterior dono: Donald Trump. Um porta-voz da Hagerty, a leiloeira responsável pela venda do F430, admitiu isso mesmo, salientando o amor-ódio provocado pelo novo inquilino da Casa Branca. Mas há ainda outro fator: o carro foi de Trump, mas já não era quando foi a leilão. Se a compra fosse feita diretamente ao Presidente poderia render um pouco mais.

“O interesse é ligeiramente menor por parte de quem licita do que se estivessem a comprar o carro diretamente a Trump”, refere a leiloeira. O Ferrari vermelho comprado em 2007 pertenceu ao magnata durante quatro anos. Chegou a leilão com apenas seis mil quilómetros percorridos.

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A, B, C, SS… Sabe quais os anexos do IRS?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 2 Abril 2017

Desde rendimentos de trabalho ou de capital, passando por rendas e mais-valias, são 13 os anexos que podem ser apresentados pelos contribuintes agora que se aproxima o período de entrega do IRS.

Em conjunto com a declaração modelo 3, existem 13 anexos para reportar ao Fisco os rendimentos e despesas do ano anterior, embora nem todos tenham de ser preenchidos: tudo dependerá da situação concreta do contribuinte.

Em alguns casos, o IRS ainda pode ser entregue em papel. Mas quem tem de apresentar os anexos B, C, D, E, I e L, a entrega tem de ser feita por via eletrónica, através do Portal das Finanças, o que exige uma senha pessoal de acesso. Este ano, a entrega da declaração de IRS ocorre entre 1 de abril e 31 de maio em todos os casos.

Modelo 3

É na declaração modelo 3 que os contribuintes apresentam, em conjunto com vários anexos, os rendimentos do ano anterior ao Fisco. Neste documento em específico, o contribuinte identifica um conjunto de características do seu agregado e pode optar pela tributação conjunta ou separada.

Entre as alterações a este impresso, destaca-se um novo quadro, relativo a dependentes em guarda conjunta — se o dependente fizer parte do agregado do sujeito passivo que apresenta a declaração, deve ser assinalado o quadrado “SP”; já se integrar o agregado do outro progenitor, deve ser assinalada a opção “outro progenitor”, indica um ofício da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Como este ano os contribuintes já podem consignar 0,5% do seu IRS ou o benefício de 15% do IVA também a entidades culturais, o quadro 11 foi reestruturado nesse sentido. O benefício de 15% do IVA — que faz com que o contribuinte abdique deste valor — também se estende agora a entidades ambientais.

Anexo A

Aqui são declarados os rendimentos de trabalho dependente (categoria A) e pensões (categoria H). São identificados os rendimentos do ano anterior, bem como as retenções na fonte e da sobretaxa, contribuições para a Segurança Social e descontos para sindicatos. Constam ainda eventuais deduções, nomeadamente quotas obrigatórias para ordens profissionais.

Anexo B

Neste anexo, entram os rendimentos empresariais e profissionais (categoria B). Abrange regime simplificado e ato isolado. O anexo é individual, o que significa que só podem constar os elementos respeitantes a um titular.

Anexo C

Já neste anexo, devem constar os rendimentos de Categoria B, mas no regime de contabilidade organizada. Deve ser indicado o número de identificação fiscal do técnico oficial de contas.

Anexo D

É aqui que são declarados rendimentos no âmbito dos regimes de transparência fiscal e herança indivisa. Destina-se, portanto, a membros de empresas sujeitas ao regime de transparência fiscal e a contitulares de herança indivisa que produza rendimentos da categoria B, bem como a sócios de sociedades não residentes e aí sujeitos a um regime claramente mais favorável.

Há um novo quadro neste anexo, ligado à discriminação dos rendimentos de explorações silvícolas plurianuais.

Anexo E

Os rendimentos de capitais, como os que resultam de ações ou depósitos bancários, são arrumados neste anexo. Estes rendimentos devem ser declarados quando estão sujeitos a tributação às taxas especiais ou por retenção na fonte às taxas liberatórias e haja, neste caso, opção pelo englobamento.

Anexo F

São os rendimentos prediais que cabem no anexo F. Os sujeitos passivos ou dependentes que tenham recebido rendas de imóveis, por exemplo, devem declarar aqui estes rendimentos desde que não tenham optado pela sua tributação no âmbito da categoria B. Além disso, devem ainda identificar os gastos suportados com manutenção, IMI, taxas autárquicas e outros.

Anexo G

Este é o espaço para declarar os incrementos patrimoniais, como as mais-valias obtidas com a venda de ações ou imóveis. A AT explica que o anexo foi sujeito a ajustamentos para identificar situações relevantes. Nos quadros referentes a “Instrumentos financeiros derivados, warrants autónomos e certificados” e “Outros incrementas patrimoniais”, por exemplo, os diferentes membros do agregado passam a poder declarar a mesma natureza de rendimentos.

Anexo G1

É no anexo G1 que são declaradas as mais-valias não tributadas, como a alienação onerosa de partes sociais e outros valores mobiliários adquiridos antes de 1989. O anexo destina-se ainda a declarar, por exemplo, a alienação onerosa de imóveis não sujeita a tributação.

Anexo H

Benefícios fiscais e deduções são apresentados no anexo H. Aqui entram rendimentos isentos, deduções à coleta que não sejam diretamente apuradas pela AT (como donativos), informação relativa a imóveis que originam encargos dedutíveis e acréscimos à coleta ou ao rendimento por incumprimento de requisitos legais.

E é também no anexo H que o contribuinte tem possibilidade de declarar um conjunto de despesas, caso discorde dos valores apresentados pela AT — em causa estão gastos com saúde, formação e educação, imóveis destinados a habitação permanente e lares. Mesmo que só discorde de alguns valores, se substituir os dados apresentados terá de inserir todas as despesas, uma vez que a AT só considerará os valores deste quadro.

O anexo foi alterado para passar a prever as refeições escolares no âmbito das despesas com educação.

Anexo I

O anexo I serve para declarar os rendimentos de herança indivisa: o lucro ou prejuízo que deva ser imputado aos contitulares na proporção das suas quotas na herança.

Com a reformulação do anexo é possível, por exemplo, autonomizar os rendimentos decorrentes de vendas em explorações silvícolas plurianuais, para calcular o benefício fiscal.

Anexo J

Os rendimentos obtidos por residentes fora do território português são declarados aqui. São igualmente identificadas as contas de depósitos ou de títulos abertas em instituição financeira não residente em território português. Este anexo também foi sujeito a ajustamentos.

Anexo L

Destinada a contribuintes com estatuto de residente não habitual em território português, este anexo serve para declarar rendimentos de atividades de elevado valor acrescentado, com caráter científico, artístico ou técnico, bem como a respetiva opção de tributação. Também aqui é feita a opção pelo método pretendido para eliminar a dupla tributação internacional relativamente a rendimentos obtidos no estrangeiro das categorias A, E, F, G e H e da categoria B de atividades de elevado valor acrescentado.

Anexo SS

Os trabalhadores independentes devem preencher o anexo SS, declarando os rendimentos do ano anterior e, em alguns casos, identificando as entidades a quem prestaram serviços.

É com estes dados que a Segurança Social posiciona, todos os anos, os “recibos verdes” em escalões contributivos — um modelo que o Governo já prometeu alterar. E é também com estes dados que a Segurança Social fica a saber quem são as entidades contratantes, ou seja, que são responsáveis por 80% ou mais dos rendimentos de um trabalhador e que ficam por isso sujeitas a uma taxa de 5% e a fiscalização. Mas isto só acontece em alguns casos: trabalhadores independentes isentos de contribuir, por exemplo, não têm de identificar as entidades a quem prestaram serviços.

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Iogurte grego (mas português) já dá lucro

  • Lusa
  • 2 Abril 2017

Filipe Botto, fundador da Yonest, conta com investidores para passar à segunda fase, a de crescimento, que envolve a instalação da capacidade que poderá triplicar produção.

Filipe Botto quis provar que iogurte se pode escrever com letra maiúscula e fundou a Yonest, marca que nasceu na sua cozinha, já atraiu investidores. Já está a dar lucro e, este ano, quer duplicar a faturação para um milhão de euros.

A Yonest, marca portuguesa de iogurte grego tradicional, nasceu com poupanças próprias e, em 2015, após um ano de mercado, alcançou os primeiros resultados operacionais positivos. No ano passado registou “um resultado líquido positivo”. “Curtinho, mas já conseguimos um pequeno lucro”, comentou à agência Lusa o empresário, sem adiantar o valor.

Para a primeira empresa do setor do comércio que se instalou na Startup Lisboa (incubadora de empresas apoiada pelo município) entraram recentemente três investidores – dois suíços e um francês -, “donos de grandes grupos familiares”, que juntos faturam cerca de mil milhões de euros anualmente e que ficaram com “cerca de 30%”, mediante uma avaliação de um milhão de euros.

Estes investidores – que Filipe Botto espera que sejam também mentores e conselheiros – são uma “força adicional” para a entrada da empresa na segunda fase, a de crescimento, que envolve a instalação da capacidade que poderá triplicar produção, num espaço de 500 metros quadrados na Venda do Pinheiro (concelho de Mafra).

Até ao final do ano, os planos passam ainda por aumentar o número de funcionários de 15 para 20 a 25, enquanto o “objetivo ambicioso” a nível da faturação é alcançar o milhão de euros, ou seja, uma duplicação em relação a 2016.

“Neste momento, ainda temos uma linha de produto bastante conceptual, ultra premium e ultra artesanal, mas o nosso objetivo é sermos uma marca de iogurte transversal para nos internacionalizarmos e entrarmos na grande distribuição”, afirmou à Lusa o empresário, que deixou para trás uma carreira na banca.

Ser um “ultra nicho” no pequeno mercado português é um “tiro no pé”, pelo que os planos são agora chegar a “mais bolsas e mais momentos de consumo”, ao demonstrar, por exemplo, que o iogurte pode substituir as natas ou a maionese e ser utilizado como sobremesa. Para 2018, podem até surgir cremes salgados, antecipou Filipe Botto.

Atualmente, a Yonest conta com clientes que totalizam 100 espaços em todo o país, mas “muitos são pequenas lojas, pequenas cafetarias que não trazem massa crítica”.

“O nosso caminho vai ser aumentar a rede, aumentar a dimensão dos nossos clientes e aumentar as vendas por cliente”, assim como trabalhar com hotelaria e restauração e iniciar as exportações, estando previsto para breve um teste em Angola. Com parcerias estabelecidas com distribuidoras espanholas, a empresa espera também chegar ao país vizinho.

Já fora da incubação na Startup Lisboa, o empresário prevê continuar a sentir-se como startup (empresa recente com rápido potencial de crescimento) “durante bastante tempo” por associar o conceito ao empreendedorismo e irreverência.

Outra ‘promessa’ é continuar a provar que há “iogurte com ‘i’ maiúsculo”, que passa por uma receita que usa dois litros de leite num quilo de iogurte, através de processo artesanal.

Outros “ingredientes” usados até agora para afirmar a Yonest foram vender fora das prateleiras do supermercado e em embalagens diferenciadas.

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BES: Suíça bloqueou 150 milhões suspeitos de lavagem de dinheiro

  • Lusa
  • 2 Abril 2017

Investigação suíça começou a partir de um pedido de cooperação judicial apresentado pelas autoridades portuguesas. Foram bloqueadas contas no valor de 150 milhões de euros.

A Suíça bloqueou 160 milhões de francos (cerca de 150 milhões de euros) de pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro, no contexto processo de desmantelamento do Banco Espírito Santo (BES), confirmou o Ministério Público daquele país.

A investigação suíça começou a partir de um pedido de cooperação judicial apresentado pelas autoridades portuguesas, indicou a entidade pública à agência de notícias daquele país, a Ats, cita pela Efe.

Em setembro de 2014 realizaram-se vários procedimentos e em maio do ano seguinte foi formada uma equipa de investigadores, mas o Ministério Público salientou que ainda não pode comentar sobre o resultado do trabalho realizado.

A comunicação social suíça publicou hoje informações a indicar que as autoridades seguem pistas relacionadas com o ex-presidente do BESA, em Angola, de quem terão indícios de lavagem de dinheiro e de outras situações, como a aprovação de créditos a entidades insolventes.

Segundo aquelas informações, o responsável e a sua família ter-se-iam apropriado de 500 milhões de dólares (cerca de 470 milhões de euros).

Em agosto de 2014, as autoridades portuguesas transferiram os ativos “saudáveis” do BES para o Novo Banco, enquanto os “ativos tóxicos” ficaram no primeiro.

Na sexta-feira, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmou a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, que vai realizar injeções de capital no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho da operação e 250 milhões de euros até 2020.

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Arménio Carlos ameaça trazer sindicatos à rua

  • ECO
  • 2 Abril 2017

O líder da CGTP diz que é preciso "passar da constatação à ação" no que respeita à "situação de pobreza laboral" em Portugal.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considera que o país entrou numa situação de pobreza laboral, da qual é preciso tirar consequências, incitando o governo a fazer algo contra a precariedade que afeta muitos trabalhadores portugueses. O alerta foi deixado por Arménio Carlos, em entrevista ao Jornal de Notícias (acesso condicionado), onde levanta a cortina à possibilidade de os sindicatos regressarem à rua.

“Com as alterações da legislação laboral e com a imposição do memorando da troika, houve uma redução significativa dos rendimentos, um aumento do desemprego e uma redução da proteção social, e houve também uma generalização da precariedade“, afirmou o líder da CGTP, acrescentando que “quando se faz uma constatação deste nível e se conclui que o país entrou numa situação de pobreza laboral, então temos de tirar as consequências”. Para Arménio Carlos, as consequências são: “passar da constatação à ação“, salientando que “a CGTP considera que este é o momento para certo” para o fazer.

A precariedade de muitos trabalhadores portugueses destaca-se entre as preocupações do líder sindicalista. “Continuamos a ter uma saída muito significativa de trabalhadores, particularmente jovens, para o estrangeiro, e o emprego que foi criado entre outubro de 2013 e janeiro de 2017, 83% são empregos com vínculos precários”, diz. Arménio Carlos que até valoriza o esforço feito pelo governo, incita-o contudo a “encaixar o discurso com a ação”. “O discurso que o Governo faz está correto: o país tem de romper com o modelo de baixo salários e trabalho precário. A ação para resolver este problema é que ainda está muito distante”, afirma.

Neste sentido, o secretário-geral da CGTP, considera ser necessário exigir mais ao governo. “Entendemos que temos de ser um pouco mais exigentes com o governo. Valorizamos o que foi feito, mas dizemos que há matérias estruturantes que não estão consignadas no compromisso final. Porque o governo não quis”, concluiu.

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Portugueses confiam mais no Governo que a média da Europa

  • ECO
  • 2 Abril 2017

Apesar da solução governativa inédita encontrada por António Costa, a confiança dos portugueses no Executivo está a aumentar.

Os portugueses estão mais confiantes nas instituições políticas nacionais, mais até do que a média da Europa. O relatório nacional do Eurobarómetro 86, elaborado para a representação da Comissão Europeia em Portugal, mostra uma crescente taxa de confiança no Parlamento e no Governo, apesar da solução governativa ser inédita encontrada por António Costa.

Em Portugal “há uma tendência de recuperação, em particular ao longo do ano de 2016”, especialmente no caso do Parlamento e do Governo, diz o estudo publicado pelo Público (acesso condicionado). “As proporções de portugueses que confiam nestas instituições no outono de 2016 são duas vezes mais elevadas do que as observadas no outono anterior, e ligeiramente mais altas do que a média europeia”, refere.

Enquanto o relatório anterior (outono de 2015) analisava dados recolhidos num momento de impasse em relação à formação de Governo com base nos resultados das eleições legislativas, este relatório explora dados recolhidos quase um ano após a formação de um Governo minoritário do PS com o apoio dos partidos à sua esquerda, já com Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente.

A fórmula inédita de Governo tem-se revelado estável, e no momento da realização deste Eurobarómetro tanto o primeiro-ministro como o Presidente da República gozavam de ampla popularidade”, diz o estudo realizado por uma equipa composta por José Santana Pereira (Instituto de Ciências Sociais – Universidade de Lisboa); Carlos Jalali (Universidade de Aveiro); Marina Costa Lobo (Instituto de Ciências Sociais – Universidade de Lisboa) e Patrícia Silva (Universidade de Aveiro).

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Isabel dos Santos: “Continua a excluir-se África do sistema financeiro mundial”

A empresária angolana afirmou, em Londres, que o forte crescimento do setor bancário em África não impede que o continente continue a ser excluído do sistema financeiro mundial e do acesso ao capital.

Isabel dos Santos considera que o crescimento do setor financeiro em África não está a ser suficiente para abrir portas no sistema financeiro mundial e no acesso ao capital por parte do continente. O lamento da empresária angolana foi feito durante a cimeira anual sobre a importância de África no Mundo organizada pela London School of Economics (LSE) — LSE Africa Summit — que decorreu na semana passada, onde participou como oradora e deixou alguns alertas sobre os principais desafios que o continente enfrenta.

“Apesar do forte crescimento do setor bancário em África, e de hoje haver milhões de africanos com contas bancárias e serviços financeiros modernos, continua-se a excluir África do sistema financeiro mundial e do acesso ao capital”, queixou-se Isabel dos Santos.

Durante a sua intervenção, a empresária mostrou alguns exemplos que, na sua opinião, demonstram desafios semelhantes partilhados pelos diversos países africanos. Nomeadamente a questão do desenvolvimento urbano das grandes cidades em África, dando como exemplo o Plano Metropolitano de Luanda, que procura responder a desafios como o aumento da população e mobilidade. As estimativas apontam para que o número de habitantes da capital angolana passe de 6,5 milhões em 2017 para 13 milhões em 2030. Ou seja, o dobro. Isabel dos Santos sublinhou ainda que o futuro passa claramente por África e que as grandes áreas de desenvolvimento são a Energia e a Agricultura.

A empresária africana aproveitou a ocasião para deixar ainda alguns conselhos aos estudante sobre temáticas relacionadas com África e no âmbito da discriminação. “Têm de acreditar em vocês para conseguirem lutar contra todos os tipos de discriminação que vão encontrar a partir de agora nas vossas vidas profissionais”, disse Isabel dos Santos, acrescentando que “infelizmente, o mundo ainda está cheio de preconceitos, ou se é africano, ou se é demasiado jovem para fazer alguma coisa, ou se é demasiado inteligente, ou se é demasiado privilegiado, ou se é mulher e, portanto, do sexo errado”.

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Descarrilamento corta linha do Norte por tempo indeterminado

  • Lusa
  • 2 Abril 2017

A Infraestruturas de Portugal não sabe ainda quanto tempo será necessário para repor a circulação após o descarrilamento de um comboio de mercadorias.

A circulação na linha ferroviária do Norte continua hoje cortada e por tempo indeterminado, disse à agência Lusa fonte da Infraestruturas de Portugal.

A Linha do Norte está cortada à circulação ferroviária desde as 18h10 de sábado, junto a Adémia (Coimbra), devido ao descarrilamento de um comboio de mercadorias.

Os passageiros que planeiam utilizar a linha ferroviária do Norte terão de recorrer ao autocarro para fazer o trajeto entre Coimbra e Pampilhosa.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, o descarrilamento do comboio de transporte de cimento não provocou feridos, não tendo sido ainda apurada a causa do acidente.

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330 mil trabalhadores sobem na Função Pública

  • ECO
  • 2 Abril 2017

Metade dos funcionários do Estado já conseguiram os 10 créditos necessários para progredir na carreia, avança o Correio da Manhã.

Cerca de 330 mil funcionários públicos — o equivalente a metade dos trabalhadores do Estado — já conseguiram reunir os 10 créditos necessários para que possam progredir na carreira. O número é avançado pelo Correio da Manhã deste domingo (acesso pago), que refere que os trabalhadores do Estado que progredirem na carreira vão receber entre 51 e 52 euros brutos a mais, por mês, por avançarem uma posição na tabela de remunerações da Função Pública.

Segundo o jornal diário, devido ao número elevado de funcionários com direito à progressão na carreira, o Governo atribuiu à Inspeção-Geral de Finanças a coordenação do levantamento dos trabalhadores que já adquiriram esse direito, bem como a medida do respetivo impacto financeiro na despesa com pessoal por parte do Estado. O objetivo será evitar que ocorram erros na identificação dos beneficiários e assegurar que o impacto na despesas não será destorcido.

A título de exemplo, um funcionário público que ocupe a posição remuneratória 12, na qual o vencimento bruto é de 1.047 euros por mês, passará a ganhar mais 51 euros por mês na posição remuneratória seguintes: 1.098 euros por mês se tiver progressão na carreira, explica o Correio da Manhã.

Esta terça-feira, os sindicatos do setor reúnem-se com a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, ocasião em que Carolina Ferra, dará informações sobre o descongelamento faseado das carreiras na Função Pública a partir de 2018.

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Trump cria “ansiedade e incerteza” na imprensa

  • Lusa
  • 2 Abril 2017

O relatório da Sociedade Interamericana de Imprensa salienta os vários ataques feitos por Trump enquanto candidato à presidência dos EUA.

A presidência de Donald Trump criou um ambiente de “ansiedade e incerteza” em relação ao futuro da liberdade de imprensa devido às ameaças e ataques contra os meios de comunicação nos EUA, refere um relatório da Sociedade Interamericana de Imprensa.

O documento, que ainda vai ser aprovado, foi apresentado no sábado na Guatemala e faz referência a vários ataques feitos por Trump enquanto candidato, nomeadamente contra o diário The New York Times por um dos seus artigos.

O relatório refere também que, depois de assumir a presidência dos Estados Unidos, Trump negou-se a responder a uma pergunta formulada durante uma conferência de imprensa por Jim Acosta, da CNN, e atribuiu a essa estação de televisão “notícias muito falsas”, tendo pedido uma investigação a “fugas” de informação para a imprensa a partir da Casa Branca e de outros departamentos do Governo federal.

Para a Sociedade Interamericana de Imprensa, estes ataques, pelo facto de virem do líder dos Estados Unidos, são “motivo de preocupação sobre o futuro da circulação de notícias e da liberdade de imprensa”.

“O quarto poder é uma das marcas da democracia norte-americana; uma imprensa livre funciona como controlo sobre o poder governamental. (…) Embora seja comum haver tensões entre a imprensa e a Casa Branca, a retórica da Administração de Trump não tem precedentes e ameaça minar a capacidade dos meios de comunciação”, adverte.

O relatório faz refere os casos de violência contra jornalistas no Brasil como “rotineiros”, alertando para a atuação da polícia.

Também no México, a SIP aponta a polícia como uma das principais instituições responsáveis pelas agressões de jornalistas no país.

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Montepio: Entrada da Santa Casa “tem pernas para andar”

Tomás Correia admite que a Santa Casa possa vir a entrar no capital da Caixa Económica Montepio, mas não será a única. O presidente da Associação vê mais potenciais investidores.

Tomás Correia admite que a Santa Casa venha a tornar-se acionista do Montepio. Vê “pernas para andar” nesse investimentos, mas o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral diz, ao Diário de Notícias, que há mais investidores interessados. O único requisito: “sejam da economia social e nacionais”

“Acho que é um projeto que tem pernas para andar. Precisa de ser trabalhado, vai ser trabalhado e vai ser uma alavanca decisiva para o país e para as instituições da economia social”, disse Tomás Correia ao DN, referindo-se ao potencial interesse da Santa Casa em investir na Caixa Económica Montepio.

O presidente da Associação Mutualista diz está “muito confiante” nesse investimento da entidade liderada por Santana Lopes. O Provedor da Santa Casa que em entrevista à TVI veio dizer que “a Santa Casa não entra em aventuras”. No Twitter, salientou que “faz falta um banco virado para a economia social. Seja aquele [o Montepio] ou outro”.

Tomás Correia está confiante relativamente à Santa Casa, mas não fecha a porta a outros investidores. “Estamos abertos a outros investidores, desde que sejam da economia social e nacionais“, diz, admitindo que outros entrem no capital do banco, mas sempre com a Associação como acionista maioritário.

“O Montepio tem muita flexibilidade em relação a essa matéria” mas admite que “naturalmente, pela dimensão do capital da Associação Mutualista e da sua situação líquida é natural que fique maioritário“, referiu ao jornal. “Olhamos para o projeto. Se houver, a partir desse arranque inicial, mais instituições da economia social que queiram partilhar connosco esse caminho estaremos abertos a outros investidores”, rematou.

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Angola vai passar a ser o maior emitente de dívida de África

  • Lusa
  • 2 Abril 2017

A agência de notação financeira prevê que Angola venha a financiar-se em 15 mil milhões de dólares nos mercados ao longo deste ano.

A Standard & Poor’s prevê que Angola ultrapasse a África do Sul como o país que vai endividar-se mais este ano, antecipando dívidas no valor de 15 mil milhões de dólares.

“Angola ultrapassou a África do Sul e vai tornar-se o país com maior endividamento em 2017; a África do Sul deve emitir 12,4 mil milhões de dólares, Angola 15 mil milhões e a Nigéria 7,4 mil milhões de dólares”, escrevem os analistas da S&P numa nota de análise ao mercado africano subsaariano.

No documento enviado aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta agência de ‘rating’ estimam que estes três países, que representam as três maiores economias da África subsaariana, “devem emitir a grande maioria da dívida comercial do Governo, de cerca de 35 mil milhões de dólares, ou seja, aproximadamente 82% do total”.

A dívida pública de Angola e da Nigéria, apontam, tem uma maturidade média mais curta que a da África do Sul.

No total do ano passado, dizem os analistas da S&P, a emissão de títulos de dívida pública inclinou-se mais para o mercado interno do que para o mercado externo, com apenas Moçambique, Gana e África do Sul a acederem aos mercados internacionais.

“Esperamos que isto volte acontecer em 2017, apesar de a Nigéria ter confirmado que iria aos mercados internacionais”, com o objetivo de angariar 500 milhões de dólares para financiar o Orçamento do Estado, afetado pela descida do preço do petróleo nos mercados internacionais e pela consequente diminuição das receitas fiscais.

As emissões do ano passado, lembram os analistas da S&P, “tiveram um preço, com as taxas de juros médias a ultrapassar os 9%, bem acima da média de 6% de que estes países gozaram entre 2013 e 2015”.

Olhando para a totalidade dos países da África subsaariana, a S&P estima que o nível de endividamento dos países africanos vá cair 19%, para 43 mil milhões de dólares por causa das desvalorizações cambiais e das dificuldades económicas destes países.

“A S&P Global Ratings prevê que os 17 países da África subsaariana, cujo crédito soberano avaliamos, vão pedir emprestado o equivalente a 43 mil milhões de dólares de fontes comerciais de longo prazo, o que representa uma queda de 19% face à emissão de dívida no ano passado”, diz o relatório enviado aos investidores.

No documento, a que a Lusa teve acesso, a S&P atribui esta descida “à forte depreciação das moedas nacionais e às dificuldades económicas, que obrigaram os países a abrandar o ritmo” de pedido de empréstimos ou de emissões de dívida pública.

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