Ricon: Afinal não há solução, empresa vai mesmo para liquidação

A Ricon vai mesmo para liquidação. Por terra fica a última réstia de esperança de encontrar investidores para o projeto.

A réstia de esperança que existia para a Ricon desvaneceu-se esta manhã. A solução que estava a ser trabalhada, segundo anunciou Pedro Pidwell, administrador de insolvência, depois da assembleia de credores realizada esta terça-feira, afinal não avançou. Empresa vai mesmo para liquidação, apurou o ECO junto de fontes próximas ao processo.

A solução que passava por encontrar um investidor, ou grupo de investidores, que pudesse viabilizar a empresa, não vai ser apresentada, pelo que a liquidação deverá ser aprovada. Em declarações ao ECO, proferidas, ontem Pedro Pidweell dava conta de que as 24 horas seriam decisivas para o futuro da têxtil de Famalicão e mostrava-se esperançado. “A esperança é a última a morrer, enquanto houver condições de ressarcimento para os credores, cá estarei para salvaguardar os interesses dos credores e dos trabalhadores”, referiu.

Pedro Pidwell garantia ainda que: “Até à assembleia deliberar a liquidação das empresas operacionais do grupo há sempre tempo de inverter o caminho, não é expectável, mas em tese…”.

A assembleia de credores de mais três empresas do grupo Ricon, agendadas para esta manhã, estava em risco de não se realizar devido à greve dos funcionários judiciais, mas acabou por começar com mais de uma hora de atraso.

Esta oficialização do fecho da Riconacontece já depois dos 580 funcionários da têxtil terem recebido as cartas de despedimento.

O pedido de insolvência da Ricon — constituído por oito empresas e 20 lojas sob a marca Gant — aconteceu em dezembro passado. O grupo sueco, detentor da Gant rejeitou todas as soluções para viabilizar a empresa, como a entrada direta no capital da Ricon, a entrada de investidores terceiros e/ou, finalmente, através da restruturação da dívida existente. A Gant, devido aos atrasos dos pagamentos da Ricon, começou a reduzir o volume de encomendas ao grupo português, cuja dependência era na ordem dos 70%.

O total de créditos reclamados ultrapassa os 32 milhões de euros, sendo a banca o maior credor da empresa liderada por Pedro Silva.

(Notícia atualizada às 12:02 com mais informação)

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Gestão da Carris pela Câmara de Lisboa aplaudida por trabalhadores e contestada por utentes

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2018

Enquanto os trabalhadores apontam melhorias nas condições de trabalho, os clientes queixam-se que o serviço "continua a ser o mesmo pandemónio".

O primeiro ano da gestão da Carris pela Câmara de Lisboa foi “positivo” para os trabalhadores da rodoviária, já os utentes afirmam que “não houve grandes melhorias”, advogando que o serviço prestado “continua a ser o mesmo pandemónio”. Na perspetiva de Cecília Sales, porta-voz da Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa, o serviço da Carris estava “de tal maneira degradado” que “agora é mais difícil a recuperação”, processo que se prevê que demore “alguns anos”.

“Mas até agora não estamos a ver nada, continua o mesmo pandemónio dos autocarros demorarem”, apontou a representante dos utentes, em declarações à agência Lusa, afirmando que é preciso “mais investimento” na frota e na contratação de motoristas. Para a comissão de utentes, a municipalização da Carris foi uma “má decisão”, porque os serviços públicos devem ser “sempre da responsabilidade do Estado”.

"Até agora não estamos a ver nada, continua o mesmo pandemónio dos autocarros demorarem.”

Cecília Sales

Porta-voz da Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa

“Mas já que está decidido, ao menos que consigam solucionar alguns problemas que vêm de trás, e sabemos que vêm de trás dos anteriores Governos que deixaram degradar as empresas públicas”, declarou Cecília Sales, indicando como principais problemas da rodoviária a eliminação de carreiras, os tempos de espera e o preço dos passes que são “caríssimos”.

Com uma visão mais otimista, Paulo Gonçalves, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Carris disse que este foi “um ano de transição”, cujo balanço da gestão da rodoviária pela autarquia é “positivo”, porque “havia muito por fazer”, uma vez que a empresa passou por “anos muito complicados com o anterior Governo, […] com a saída de muitas centenas de trabalhadores, nomeadamente motoristas”.

Utilizadores da Carris veem tempo de espera nos mostradores digitais.Paula Nunes / ECO

“Pensamos que, a partir de agora, estão reunidas as condições para que as coisas comecem a melhorar à velocidade cruzeiro”, defendeu Paulo Gonçalves, referindo que no último ano entraram 125 novos motoristas e este ano irão entrar mais 220 profissionais.

Relativamente ao material circulante, o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Carris referiu que já foi adjudicada a aquisição de novas viaturas, “225 autocarros a gás e última geração de modelos a diesel”, que devem começar a operar a partir de agosto. “Alguns investimentos que estavam programados já foram adjudicados e estamos convencidos que nos próximos dois anos, a partir de agora, – e os utentes vão sentir -, o serviço da Carris vai melhorar substancialmente”, frisou.

"Pensamos que, a partir de agora, estão reunidas as condições para que as coisas comecem a melhorar à velocidade cruzeiro.”

Paulo Gonçalves

Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Carris

Em declarações à agência Lusa, Orlando Lopes, dirigente da Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris considerou que o primeiro ano de gestão municipal da rodoviária foi “bastante positivo, até excedeu as expectativas”, advogando que o serviço de transporte melhorou em todos os aspetos, nomeadamente ao nível dos tempos de espera.

Apesar das melhorias, o dirigente sindical reconhece que “ainda há muito a fazer”, desde a aquisição de novos autocarros à contratação de motoristas. “O que se estragou em quatro anos não se consegue recuperar num ano”, argumentou Orlando Lopes, perspetivando “uma melhoria substancial”, ainda este ano, do serviço prestado.

Já o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), Manuel Leal, reiterou a posição assumida há um ano de que a passagem da Carris para a Câmara de Lisboa é “uma oportunidade adiada de construção de uma rede integrada de transportes ao nível da Área Metropolitana”, já que a rodoviária também serve populações de concelhos limítrofes da capital.

"Quando digo que a situação presente está a confirmar estas nossas reservas é que, passado um ano, em termos de Carris, mantêm-se as limitações que existiam quanto ao número de autocarros ao serviço da população, houve alguma admissão de trabalhadores, mas claramente ainda em termos insuficientes para corresponder à necessidade de dar cumprimento ao serviço total.”

Manuel Leal

Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portuga

“Quando digo que a situação presente está a confirmar estas nossas reservas é que, passado um ano, em termos de Carris, mantêm-se as limitações que existiam quanto ao número de autocarros ao serviço da população, houve alguma admissão de trabalhadores, mas claramente ainda em termos insuficientes para corresponder à necessidade de dar cumprimento ao serviço total”, justificou Manuel Leal.

Neste sentido, o STRUP pretende “lutar e fazer tudo” para que “sejam efetivados quer os investimentos necessários para a existência de mais veículos, quer autocarros, quer elétricos, ao serviço da população, assim como a contratação de mais trabalhadores que, tanto para as áreas do tráfego como para as áreas da manutenção, são essenciais para garantir quer a diminuição dos tempos de espera quer a qualidade do serviço que é prestado”.

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Time elege Puigdemont como um dos fugitivos mais procurados de 2018

  • Lusa e ECO
  • 31 Janeiro 2018

O ex-presidente do governo catalão junta-se a nomes como Julian Assange, Ramush Haradinaj ou Mikheil Saakashvili.

A revista norte-americana Time inclui o ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont, que se encontra fugido à justiça espanhola em Bruxelas, entre os cinco “fugitivos mais procurados” em 2018 do ponto de vista geopolítico. A revista diz querer identificar “as personalidades ‘mais procuradas’ que captaram a atenção do mundo” e analisar “o que as suas histórias específicas nos dizem sobre o estado do mundo em 2018”.

Juntamente com Puigdemont, que aparece como o primeiro da lista, a revista inclui o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres, e o primeiro-ministro kosovar e um dos fundadores do Exército de Libertação do Kosovo, Ramush Haradinaj.

A Time refere ainda o islamita turco exilado nos Estados Unidos Fethullah Gulen, que a Turquia acusa de estar por detrás do golpe de Estado falhado de julho de 2016, e o ex-Presidente georgiano Mikheil Saakashvili, condenado pela justiça do seu país por abuso de poder.

Sobre Puigdemont, a Time recorda que os cidadãos da Catalunha apoiaram, numa votação em 1978, com mais de 90% dos votos, a nova Constituição espanhola, redigida após a morte do ditador Francisco Franco e a instauração de um sistema democrático no país. Essa consulta “tornou ilegal que uma região declarasse a sua separação de Espanha sem mudar a Constituição, o que só pode fazer o parlamento espanhol em Madrid”, lembra a revista.

No entanto, 40 anos depois, o independentista Puigdemont “seguiu em frente com um referendo sobre a independência à margem do que diz a Constituição”. Puigdemont “utilizou os resultados enviesados dessa consulta para anunciar a secessão da Catalunha e o Governo de Madrid, defendendo o direito constitucional, destituiu o parlamento catalão e ordenou novas eleições regionais”, escreve a Time.

O ex-presidente do Governo regional da Catalunha fugiu com quatro dos membros do seu executivo para Bruxelas, enquanto a justiça espanhola ordenou a sua detenção, acusando-o de delitos como sedição e rebelião.

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Portugueses defendem plataformas como a Uber nas cidades

De acordo com um estudo que inquiriu residentes de Lisboa e do Porto, os portugueses defendem a existência deste tipo de serviços nas cidades e a sua regularização no Parlamento.

A maioria dos habitantes de Lisboa e do Porto quer ver serviços como a Uber nas cidades e defende a sua regularização. De acordo com um estudo da Eurosondagem, 82% dos inquiridos afirma que a qualidade prestada por estes serviços é superior à prestada pelos táxis. O inquérito foi feito a mais de mil portugueses e teve como foco o papel das tecnologias na mobilidade urbana.

A maioria dos inquiridos residentes em Lisboa e no Porto defende a existência de serviços como a Uber no país: 77% concorda com a sua existência e 83% defende as suas regularizações no Parlamento. Se forem consideradas as respostas dadas pelos utilizadores destes serviços, as percentagens sobem para 84% e 86%, respetivamente.

Relativamente aos serviços prestados, 70% dos lisboetas e portuenses dizem ser diferentes dos prestados pelos táxis. Se forem tidas em conta as respostas dadas pelos utilizadores destas plataformas, a percentagem aumenta para 81%. E, quanto à qualidade, os táxis voltam a ficar em desvantagem, com 82% dos inquiridos a reconhecer uma maior qualidade nos serviços destes novos serviços.

De acordo com o diretor geral da Uber para Portugal e Espanha, Rui Bento, “a maioria dos portugueses defende aplicações como a Uber e quer cada vez mais alternativas ao carro próprio. Temos a expectativa que nas próximas semanas seja possível chegar a um acordo alargado no Parlamento que coloque Portugal na linha da frente da mobilidade, como este estudo demonstra que é a vontade da esmagadora maioria dos portugueses”.

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“Cumprimos”, diz Centeno. “Temos mais 288 mil empregos que em 2015”

  • Margarida Peixoto
  • 31 Janeiro 2018

Na semana em que a PGR fez buscas no Ministério das Finanças, Mário Centeno, foi ao Parlamento com os números sobre o mercado de trabalho e o investimento bem preparados.

“Cumprimos”, disse Mário Centeno, no arranque da sua audição na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, esta quarta-feira, na Assembleia da República. O ministro, que chegou ao Parlamento numa semana em que a Procuradoria-Geral da República confirmou que fez buscas nas Finanças, trazia os números estudados e os dossiês preparados para focar a discussão nos progressos da economia.

“Temos mais 288 mil empregos do que em dezembro de 2015”, frisou Mário Centeno. É o “maior crescimento do emprego desde que há registo mensal do Instituto Nacional de Estatística,” somou. “Temos menos 225 mil desempregados do que no início da legislatura”, continuou, para depois rematar: “Revertemos a maior doença gerada pela forma como o ajustamento foi feito em Portugal.”

Da saúde do mercado de trabalho, que permitiu “devolver rendimentos” e “reforçar a credibilidade” não só junto dos investidores ou dos parceiros europeus, mas também “junto dos concidadãos”, Centeno passou para o tema do investimento.

“O investimento cresce acima de 10%”, afirmou o ministro das Finanças, sublinhando que no terceiro trimestre todas as componentes registam aumentos: “nas máquinas e equipamentos cresce 15%, na construção 9%, nos materiais de transporte 14%”. Centeno lembrou o investimento na Caixa Geral de Depósitos, no Serviço Nacional de Saúde — onde as despesas com pessoal cresceram não só à boleia da devolução de rendimentos mas também do aumento do número de médicos e enfermeiros e ainda a subida de 20% do investimento público, um valor que fica “acima do verificado em 2014 e 2015”.

No final, fechou com o tema das cativações, que gerou polémica em 2017, revelando o valor final dos cativos: 560 milhões de euros. Para 2018, disse o ministro, o Orçamento conta com cativos na ordem dos 1.086 milhões de euros.

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Isabel dos Santos em Portugal para acelerar mobilidade elétrica da Efacec

A empresária Isabel dos Santos, que detém a Efacec, vai marcar presença na inauguração da nova unidade de mobilidade elétrica da empresa portuguesa. Evento tem lugar em Matosinhos, na segunda-feira.

A Efacec, empresa controlada pela empresária Isabel dos Santos, vai inaugurar uma nova unidade de mobilidade elétrica. O evento que acontece, na próxima segunda-feira, na Maia, sede da empresa, vai contar com a presença da sua principal acionista, um facto relevante na medida em que são raras as aparições da empresária angolana em eventos públicos.

A nova unidade industrial vai permitir aumentar a capacidade anual de produção de carregadores rápidos para veículos elétricos, segmento no qual a Efacec é líder mundial. O objetivo da Efacec é triplicar o peso da mobilidade elétrica na atividade da empresa.

Ângelo Ramalho já afirmou mesmo que o objetivo é crescer a três dígitos para a casa dos cem milhões de euros, nos próximos três anos. Nesta área a empresa liderada por Ângelo Ramalho está presente em mais de 40 países repartidos por cinco continentes.

Para além de Isabel dos Santos, a cerimónia conta com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que vai presidir à inauguração.

Da iniciativa consta ainda o Plug in Talks, um espaço de debate do futuro da mobilidade elétrica, e onde participarão alguns especialistas como é o caso de Helena Braga, investigadora da FEUP, e da Universidade Austin (EUA); Ricardo Oliveira, fundador do World Shopper, e ainda o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.

A sessão conta ainda com representantes de marcas automóveis e dos principais operadores europeus de mobilidade elétrica.

(Notícia atualizada às 11h13 com mais informação)

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Pagámos ao FMI, e agora? Portugal entre recompras e emissões de muito longo prazo

O Governo já se livrou das taxas de mais de 4% do empréstimo do FMI. A taxa é, agora, residual. Daqui para a frente, o foco estará nas taxas altas no mercado. E na gestão do calendário de reembolsos.

Embora a tranche mais cara do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) já tenha sido devolvida, num esforço do Governo para se livrar os elevados juros da dívida oficial o mais rapidamente possível, Portugal não deverá abrandar o ritmo na gestão do seu elevado endividamento público. Acelerar operações de recompra de dívida no mercado? É uma estratégia que faz sentido adotar a partir de agora, dizem os analistas ouvidos pelos ECO. Emitir títulos com prazos mais ambiciosos? Também.

Não foi propriamente uma surpresa quando o secretário de Estado Adjunto e das Finanças revelou esta segunda-feira a possibilidade de o Tesouro português avançar com uma emissão de obrigações com o prazo entre 20 a 30 anos. Ricardo Mourinho Félix dixit: “Transmitimos ao IGCP que estamos disponíveis para olhar para outras oportunidades em termos de emissão de obrigações de longo prazo (…). Podemos olhar para propostas concretas que os investidores possam ter, mas [20 a 30 anos] são o tipo de maturidades que outros países que estão muito longos [já emitiram e] isso é o tipo de coisas sobre as quais podemos”.

Para o analista chefe do Danske Bank, Jens Peter Sørensen, será uma boa jogada após Lisboa se ter livrado do spread extra de 400 pontos com a devolução de mais 800 milhões de euros ao FMI na semana passada.

“Na verdade, este segmento [dívida de muito longo prazo] está a observar bom apetite nos mercados periféricos como Espanha e Itália. É aqui que podemos encontrar financiamento realmente barato“, argumenta o especialista ao ECO.

Na verdade, este segmento [dívida de muito longo prazo] está a observar bom apetite nos mercados periféricos como Espanha e Itália. É aqui que podemos encontrar financiamento realmente barato.

Jens Peter Sørensen

Analista chefe do Danske Bank

Na mente de Sørensen estão as muito bem-sucedidas emissões de Itália e Espanha nas últimas semanas e que mostram como os investidores estão particularmente gulosos por dívida da periferia da Zona Euro. Por exemplo, no caso italiano, a oferta de nove mil milhões de euros em obrigações a 20 anos foi escassa para satisfazer pedidos que rondaram os 30 mil milhões de euros. Em Espanha, a emissão de uma nova linha de obrigações a dez anos, a pagar um cupão de 1,4%, atraiu ordens na casa dos 43 mil milhões de euros…

Contactados pelo ECO, tanto o Ministério das Finanças como o IGCP não comentaram em tempo útil sobre quais os próximos passos a seguir num caminho que não se fará apenas de oportunidades. Também há desafios.

Juro da dívida a dez anos continua abaixo dos 2%

Fonte: Reuters

Desde logo, há um relógio a contar em Frankfurt e Portugal (e os outros países) corre contra o tempo. Em setembro acaba o programa de compra de obrigações dos Governos da Zona Euro que tem ajudado a conter o risco dos países. E, assim terminado o quantitative easing, o Banco Central Europeu (BCE) vai começar paulatinamente a subir as taxas de juro.

Depois, há um calendário de reembolsos ao mercado exigente nos próximos cinco anos. Portugal enfrenta uma “parede” de dívida para devolver já em 2021, ano em que obrigações de cerca de 17 mil milhões de euros atingem a maturidade. No ano a seguir, expiram quase 14 mil milhões de euros em obrigações. São dois anos que vão exigir uma disponibilidade financeira significativa da parte do Governo.

Steen Jakobson, economista chefe do Saxobank, salienta que é uma “absoluta” necessidade de o IGCP proceder a um alisamento das necessidades de financiamento — isto é, olhando para o gráfico em baixo, aliviar os picos de reembolsos que Portugal terá de fazer entre 2021 e 2024.

“Com aquilo que o BCE tem em mente, apontando para 2019 ou 2020 um novo ciclo de subida das taxas de juro, Portugal tem todas as razões para começar a fazer uma gestão deste calendário de reembolsos“, diz o especialista.

Calendário de reembolsos de Portugal. Em milhares de milhões de euros.IGCP

Neste ponto, Jens Peter Sørensen sugere que se acelerem recompras de dívida, operações que vão ajudar Portugal a “empurrar” alguma desta dívida mais lá para a frente do horizonte temporal — no ano passado, o IGCP adiou em alguns anos o reembolso de um total de 1.500 milhões de euros em dívida que ia vencer entre 2017 e 2019.

“Talvez fazer substituições com uma nova linha de obrigações com maturidade em 2023 [a cinco anos], onde as taxas exigidas pelos investidores são mais baixas”, diz o analista chefe do Danske Banke.

Com aquilo que o BCE tem em mente, apontando para 2019 ou 2020 um novo ciclo de subida das taxas de juro, Portugal tem todas as razões para começar a fazer uma gestão deste calendário de reembolsos.

Steen Jakobson

Economista chefe do Saxobank

“Acho que um ponto de equilíbrio para Portugal seria este: por um lado, saber quanto é que o país consegue pedir emprestado a um preço justo e, considerando o exemplo de outros países e os ratings que foram recentemente atribuídos a Portugal, não me parece haver qualquer problema… por agora”, diz Steen Jakobson.

“Por outro, saber quanto é que o país vai precisar de dinheiro extra — e aqui a gestão da dívida torna-se uma questão política. Por exemplo, uma empresa com plano de investimento deverá levantar dinheiro para satisfazer esse plano de investimento e ter linhas em standby negociadas para o caso de ser preciso mais dinheiro”, acrescenta.

Em 2017, a gestão da dívida pública deu frutos: o custo médio da dívida baixou de 3,2% para 3%, o valor mais baixo da década. O objetivo para 2018 é o mesmo: continuar a embaratecer o endividamento público.

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Portugal regista a terceira maior queda na taxa de desemprego em toda a União Europeia

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2018

No mês de dezembro, a taxa de emprego em Portugal recuou para os 8,7%, representando a terceira maior queda na UE. Quanto ao desemprego jovem no país, este baixou para os 22,1%.

A taxa de desemprego recuou em dezembro e em termos homólogos na Zona Euro e na UE, com Portugal a registar a terceira maior quebra entre os Estados-membros, divulgou esta quarta-feira o Eurostat.

Na Zona Euro, a taxa de desemprego recuou para os 8,7%, face aos 9,7% de dezembro de 2016, tendo-se mantido estável face à de novembro. Na União Europeia (UE), a taxa de desemprego caiu dos 8,2% de dezembro de 2016 para os 7,3% em dezembro de 2017, sem variação face ao mês anterior. Na variação homóloga, Portugal registou a terceira maior quebra no indicador (de 10,2% para os 7,8%), depois da Grécia (de 23,3% para 20,7% – dados de outubro) e da Croácia (de 12,5% para 10,0%).

Segundo o gabinete de estatísticas da UE, a República Checa (2,3%), Malta e a Alemanha (3,6% cada) tiveram as menores taxas de desemprego em dezembro e a Grécia (20,7% em outubro) e Espanha (16,4%) as maiores. No que respeita aos jovens com menos de 25 anos, a taxa de desemprego recuou para os 17,9% na Zona Euro (20,3% em dezembro de 2016 e 18,1% em novembro de 2017) e para os 16,1% na UE (18,0% homóloga e 16,2% em cadeia).

A República Checa (4,9%), a Alemanha (6,6%) e a Estónia (6,8 em novembro) registaram as menores taxas de desemprego jovem e a Grécia (40,8% em outubro), a Espanha (36,8%) e a Itália (32,2%) as mais altas. Em Portugal, este indicador baixou para os 22,1% em dezembro, quer em termos homólogos (26,2%), quer em cadeia (22,8%).

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Agora não, mas Montepio vai precisar de mais capital nos próximos três anos

  • ECO
  • 31 Janeiro 2018

Segundo o Banco de Portugal, o banco liderado por Félix Morgado vai precisar de outra injeção de capital daqui a três anos, quando a Santa Casa já deverá fazer parte da estrutura acionista.

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) precisará de nova injeção de capital nos próximos três anos, altura em que a Santa Casa de Lisboa já deverá ser um dos acionistas da instituição financeira ainda liderada por Félix Morgado, avança o Público (acesso condicionado). Este reforço, previsto em vários estudos realizados pelo Banco de Portugal, deve-se ao modelo de negócio e aos riscos que o banco assumiu no passado, como a venda de produtos da Associação Mutualista ao balcão do Montepio.

Para o banco central liderado por Carlos Costa, avança o Público, as mudanças em curso na gestão do Montepio vão afastar as dúvidas em torno do grupo. Além disso, não existe neste momento uma perceção de risco elevado. Ou seja, o banco cumpre com alguma margem os rácios de capital impostos, reforçados pelo aumento de capital de 200 milhões da Associação Mutualista, dona da CEMG.

No entanto, o banco terá nos próximos três anos que recorrer aos seus acionistas, avança o jornal, numa altura em que a Santa Casa de Lisboa já deverá fazer parte desta estrutura. E, se for esse o caso, terá de entrar com dinheiro nesta injeção.

Segundo o Expresso, a Santa Casa poderá vir a pagar mais que o previsto para entrar no capital do Montepio. Inicialmente, o investimento deveria ser de 200 milhões de euros, o que corresponderia a 10% do capital do banco. Contudo, há agora outra possibilidade em cima da mesa: a SCML poderá vir a pagar 160 milhões de euros por 6% do capital, o que encarece o negócio. Assim, em vez de dois mil milhões, o Montepio poderá ficar avaliado em 2,6 mil milhões.

No Plano de Ação da Associação para 2018, aprovado no final do ano passado, o banco está avaliado em 2,045 mil milhões. No mesmo documento, está previsto que o orçamento de 2018 o valorize em 2,09 milhões.

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Preços sobem 1,1% em janeiro

A estimativa rápida do INE indica que os preços desaceleraram face à inflação média de 2017 que ficou nos 1,4%.

É a primeira vez que o Instituto Nacional de Estatística divulga uma estimativa rápida para a inflação. No último dia do mês, com a informação que existe, o INE estima que a inflação registada em janeiro tenha sido de 1,1%. A inflação subjacente — que exclui produtos alimentares e não transformados e os combustíveis — ficou em 1%. A inflação anual registada em 2017 tinha sido de 1,4%.

“Tendo por base a informação apurada até à data do presente destaque, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá sido de 1,1% em janeiro de 2018”, avança o INE esta quarta-feira. Esta variação dos preços representa uma desaceleração face à média registada no ano passado: a inflação aumentou 1,4% em 2017, recuperando dos 0,6% registados em 2016.

“Em linha com a prática de divulgação do Eurostat e de alguns institutos de estatística de Estados-Membros da União Europeia, o INE inicia a publicação de uma estimativa rápida do IPC/IHPC com o objetivo de fornecer uma indicação avançada sobre o comportamento da inflação”, explica o INE, ressalvando que estes dados não podem ser utilizados em “atualizações de valores no âmbito de contratos ou de processos em contencioso”.

Esta quarta-feira também o Eurostat divulgou os resultados da zona euro. Segundo o gabinete de estatísticas europeu, a inflação deverá ter uma variação de 1,3% em janeiro, 0,2 pontos percentuais acima da variação verificada em Portugal. Isto traduz-se também numa desaceleração dos preços a nível europeu face ao ano passado.

Ainda assim, o INE destacada que “os resultados apresentados tenderão a ser próximos dos definitivos, atendendo aos resultados obtidos nos últimos dois anos em que o INE internamente produziu estas estimativas“. Os dados definitivos referentes ao mês de janeiro serão publicados no próximo dia 12 de fevereiro.

Os dados divulgados esta quarta-feira mostram não só uma desaceleração face ao total do ano passado, mas também face ao mês anterior. Em dezembro, a variação homóloga da inflação tinha atingido os 1,6%. A inflação subjacente, que retira os produtos mais expostos a choques temporários nos preços, tinha ficado nos 1,2%.

“Relativamente à variação média dos últimos doze meses, o IPC registou uma taxa estimada de 1,3% (o valor apurado em dezembro de 2017 foi 1,4%)”, refere ainda o Instituto Nacional de Estatística, assinalando que se estivermos a falar da inflação subjacente a taxa de variação nos últimos doze meses foi idêntica (1,1%).

(Notícia atualizada às 10h10 com informação do Eurostat)

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Revista de imprensa internacional

May quer acordo de comércio livre com a China. Irlanda apresenta candidato à vice-presidência do BCE. Fujifilm vai unir-se à Xerox e o Facebook vai banir publicidade a moedas virtuais.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, está a realizar uma visita de três dias à China, numa tentativa de realizar um acordo de comércio livre com o país. Não na China, mas no Japão, a Fujifilm vai unir-se à Xerox. Um pouco ao lado, na Irlanda, há um novo candidato à vice-presidência do BCE. Mas Espanha diz não estar preocupada. Em território norte-americano, os casinos queixam-se da falta de jogadores jovens. Por último, nas redes sociais, o Facebook vai banir publicidade às moedas virtuais, de forma a evitar fraudes.

Reuters

Theresa May quer um acordo de comércio livre com a China

Esta quarta-feira, a primeira-ministra britânica voou para a China, numa visita de três dias, para ter conversações com os líderes do país, com o objetivo de chegar a um acordo que permita o comércio livre entre as duas nações. A ideia passa por permitir que as empresas do Reino Unido se consigam expandir na China. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Expansión

Irlanda apresenta candidato para a vice-presidência do BCE

O Governo irlandês disse esta terça-feira que vai apresentar Philip Lane, o atual governador do Banco Central da Irlanda, como candidato ao cargo de vice-presidente do BCE, atualmente ocupado por Vítor Constâncio. O economista ainda não confirmou oficialmente a notícia, mas Espanha já afirmou que tem todo o apoio necessário para vencer. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Fujifilm vai adquirir posição maioritária na Xerox

A japonesa Fujifilm tem estado em conversações com a Xerox para adquirir uma participação de 50,1% nas ações da norte-americana. A ideia passa por unir ambas as empresas, de forma a reduzir custos. O acordo, que deverá ser anunciado esta quarta-feira, vai avaliar a nova empresa cerca de oito mil milhões de dólares. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

Forbes

Facebook vai banir publicidades a moedas virtuais

A empresa de Mark Zuckerberg vai eliminar todo o tipo de publicidade que seja feito na rede social às moedas virtuais. A empresa já esclareceu que essa medida não pretende refletir a opinião do Facebook quanto às criptomoedas, mas sim evitar fraudes que manipulem os utilizadores na rede social. Leia a notícia completa na Forbes (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Casinos veem lucros reduzidos pela falta de jogadores entre os 20 e os 30 anos

As slots machines dos casinos de Las Vegas dizem estar a perder dinheiro devido à falta de jogadores millennials. Os casinos falam na influência que as novas tecnologias têm hoje em dia e têm tentado encontrar formas de atrair público nas casas dos 20 e dos 30 anos. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Governo vai retomar curso com acesso direto à Função Pública

  • ECO
  • 31 Janeiro 2018

Os formados da última edição, em 2015, estão todos colocados em diversas repartições. Governo admite reabertura do curso no ano letivo 2018/2019.

A última edição do Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública foi em 2015, mas após a revisão da Portaria que estabelece as regras do curso, o Governo decidiu retomá-lo ainda este ano. Esta formação, que tem uma propina de cinco mil euros, dá acesso direto a uma posição na Função Pública.

A informação avançada pelo Público e confirmada pelo ECO junto do Ministério das Finanças aponta para que o plano de curso esteja na fase final de reformulação e que irá ser retomado no ano letivo 2018/2019. O curso foi suspenso em 2016, quando o Governo anunciou a revisão das regras do curso, informação que ainda se mantém no site oficial da Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas.

“O CEAGP é um instrumento privilegiado de recrutamento de trabalhadores com perfis de competências diferenciados e com particular potencial de adaptação às novas realidades da Administração Pública”, disse o Ministério em resposta ao ECO. “Pretendendo incrementar o alinhamento deste instrumento com as necessidades dos serviços, o plano de estudos está a ser reformulado, sendo intenção do Governo abrir este ano uma nova edição do curso.”

"Pretendendo incrementar o alinhamento deste instrumento com as necessidades dos serviços, o plano de estudos está a ser reformulado, sendo intenção do Governo abrir este ano uma nova edição do curso.”

Ministério das Finanças

A edição de 2015 do curso foi constituída por 200 vagas, por entre Lisboa e Porto. Ao jornal, as Finanças garantiram também que todos os que acabaram essa formação estão colocados em diversas repartições públicas. Durante a crise, esta foi a única porta de entrada para a Função Pública.

(Notícia atualizada às 11h17 com a confirmação do Ministério das Finanças ao ECO)

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