Costa diz que propostas para mudar Orçamento valem 5,7 mil milhões. Aprovar todas “seria uma catástrofe orçamental”

António Costa já fez as contas e diz que a aprovação de todas as propostas de alteração no Parlamento desequilibra o Orçamento em 5,7 mil milhões: “seria uma catástrofe orçamental”, afirma.

Ou aumentam a despesa, ou reduzem as receitas. O primeiro-ministro já fez as contas e diz que, se todas as propostas de alteração na especialidade fossem aprovadas, isso representaria um desequilíbrio de 5,7 mil milhões de euros — 3,8 mil milhões pela via da redução de receitas e 1,8 mil milhões de euros pela via do aumento da despesa.

“Se somarmos a totalidade das propostas apresentadas pelos diferentes partidos, para reduzir a receita e aumentar a despesa, teríamos uma catástrofe orçamental” já que, em causa, estão “5,7 mil milhões de euros de desvio”, face à proposta aprovada na generalidade, disse António Costa, numa conferência de imprensa para assinalar os três anos de Governo.

O chefe do Executivo precisou ainda que as propostas que implicam uma redução de receita somam 3,8 mil milhões de euros e as que representam um aumento da despesa ascendem a 1,8 mil milhões de euros. “É absurdo o cenário em que todos votassem as propostas de todos, já que desvirtuava completamente a proposta inicial”, onde está inscrita uma meta para o défice orçamental de 0,2% do PIB. António Costa acrescentou ainda que, neste cenário, “a Assembleia da República desrespeitava a própria votação na generalidade”.

Seria uma catástrofe financeira que não pode existir“, frisou o primeiro-ministro, dando assim um novo ênfase aos alertas que têm sido feitos nos últimos dias para o caráter despesista das propostas de alteração apresentadas pelos partidos. Foram os casos do líder da bancada parlamentar do PS, Carlos César, esta sexta-feira, e do ministro das Finanças, num artigo de opinião ao ECO, alertou para o risco de uma “euforia despesista”.

“Devemos confiar no sentido de responsabilidade de cada partido”, acrescentou o chefe de Governo. “Cada um fez as contas às suas próprias propostas sem ter em conta as propostas dos outros”, sublinhou reiterando uma vez mais que caso as propostas de alteração fossem todas aceites isso “seria uma catástrofe orçamental pura e simples”.

Um Orçamento sem cativações é como um carro sem travões

O primeiro-ministro garantiu que “as cativações são um instrumento normal e necessário”. Na conferência de imprensa, António Costa fez uma analogia com um carro. “Um Orçamento sem cativações é como um carro sem travações”, sublinhou, detalhando que “um carro não pode apenas ter um volante”, é necessário ter também ter travões para adequar a velocidade ou travar.

Costa reiterou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não teria mais investimento se não houvesse cativações já que “não é objeto de cativações, tal como a despesa de edução”, frisou. O chefe de Executivo defende as cativações como “um instrumento normal e necessário” porque “o que os deputados aprovam é um limite máximo de despesa e uma previsão de receitas” e é necessário “assegurar que, ao longo do ano, a despesa não dispare”.

António Costa passou ainda em revista os sucessos do Executivo e lembra como foi difícil, no início da legislatura, convencer a Comissão Europeia da política de reversões do Governo: da TAP, da Carris, da STCP, cortes da sobretaxa no IRS e, ainda assim, cumprir os compromissos orçamentais. Por isso, exclui a possibilidade de apresentar a Bruxelas qualquer proposta para reduzir a dívida pública.

O primeiro-ministro lembra que iniciou a legislatura com uma dívida pública em 130% do PIB e vai terminar em 118%. E ironizou, lembrando que, ainda assim, “a Comissão Europeia continua a prever as maiores tragédias e a incapacidade de Portugal cumprir”. Bruxelas, na sua avaliação à proposta de Orçamento do Estado dos diferentes Estados-membros, disse que o OE português põe em risco o cumprimento do Pacto de Estabilidade e, nas Previsões de outono, prevê que o défice orçamental português, em 2019, vai ser três vezes superior ao previsto pelo Executivo (0,6% contra 0,2%).

A pior forma de gerir a relação com a Europa é apresentar propostas que não têm viabilidade”, garantiu o chefe de Governo, justificando por que razão não acede à vontade do Bloco de Esquerda, parceiro de geringonça, neste capítulo.

BE e PCP no Governo? “Teríamos de ter um grau de proximidade maior”

Questionado sobre o futuro da geringonça, António Costa avalia que a “evolução que existiu não permite” que PCP, Bloco de Esquerda e PS venham a integrar o mesmo Executivo. “Os partidos são diferentes. A qualidade desta solução é cada um ser capaz de respeitar a diferença um dos outros e isso foi um enorme fator de estabilidade”, sublinhou.

O primeiro-ministro garantiu ainda que o sucesso da geringonça assenta no facto de os três partidos não disputarem o eleitorado uns dos outros — ao contrário do que o ex-Presidente Aníbal Cavaco Silva defendeu nas suas memórias, fez questão de frisar –, “a chave é cada um ter a sua posição identitária fundamental”.

Sobre a possibilidade de bloco e PCP virem a integrar um próximo Executivo, Costa questionou: “Era melhor tê-los dentro? Porquê? O Governo não é uma prisão, é um instrumento de ação política”, acrescenta. “Se calhar no futuro vai ser possível”, se as diferenças se esbaterem, sublinhou.

António Costa recorreu ainda a mais uma comparação, em jeito de ironia: “Todos nós já tivemos experiência, na nossa vida pessoal, de como muitas vezes se estragaram boas amizades na tentativa de ter relações que não tinham condições para durar”.

(Notícia atualizada às 20h09 com mais informação)

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Madeira quer redução do IVA do mel de cana para 6%

  • ECO
  • 23 Novembro 2018

A intenção é equiparar, em sede de IVA, o mel de cana ao mel de abelha e a xaropes.

A Assembleia Legislativa da Madeira quer ver a taxa reduzida de IVA aplicada ao mel de cana, tal como já acontece com o mel de abelha e sumos de frutas, avança o Jornal Económico (acesso livre).

A proposta lembra que a produção do mel de cana utiliza métodos e tecnologias semelhantes à produção de sumos concentrados de frutos, devendo por isso ter uma equiparação aos xaropes, concentrados de sumos e ao mel de abelha. Através desta proposta de alteração, o parlamento regional pretende dar cabimento fiscal a marcas como o ‘Mel de Cana da Madeira’, o ‘Bolo de Mel de Cana da Madeira’ e ‘Broas de Mel de Cana da Madeira’.

A estimativa aponta para que existam 1.114 explorações com cana sacarina.

O Governo regional já aprovou e entregou esta sexta-feira ao presidente da Assembleia Legislativa Madeira as propostas de Orçamento da Região Autónoma da Madeira (ORAM) para 2019 e Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira para 2019 – PIDDAR 2019. O ORAM está orçado em 1.928 milhões de euros, mais 43 milhões do que o inicialmente previsto para 2018.

O reforço financeiro será canalizado para a área da saúde — um aumento de 50 milhões de euros — tendo em vista a construção do novo hospital no arquipélago. O Governo da república vai financiar metade da obra. No Orçamento para 2019 está já inscrito um valor de 14 milhões, sendo que está estabelecido um calendário de pagamento para os próximos cinco anos: 2020 (21 milhões de euros); 2021 (15 milhões de euros); 2022 (15 milhões de euros); 2023 (15 milhões de euros) e 2024 (15 milhões de euros).

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Galp arrasta Lisboa para o vermelho com petróleo em mínimos de um ano

As quedas no petróleo para mínimos de um ano pressionaram a portuguesa Galp, que pesou no desempenho da bolsa nacional. Lisboa terminou a semana em terreno vermelho.

A bolsa nacional fecha a última sessão da semana em terreno vermelho, contagiada pelas quedas no preço do petróleo, que está tocar mínimos de um ano. Os títulos da petrolífera portuguesa Galp caíram cerca de 2%, arrastando a praça lisboeta.

O PSI-20, índice de referência nacional, encerrou a sessão a cair 0,38% para os 4.800,59 pontos. Das 18 cotadas, oito terminam em queda, uma inalterada, a Sonae Capital, e nove a subir. A pesar no comportamento da bolsa encontra-se a Galp Energia, e o setor papeleiro.

A produção e oferta de petróleo mundial, especialmente por parte de produtores norte-americanos e sauditas, está a crescer mais depressa que a procura, o que cria um excedente no mercado e faz cair os preços. A petrolífera nacional foi contagiada pelas quedas na matéria-prima, e recuou 2,01% para os 14,40 euros. À hora do fecho da bolsa, o Brent, em Londres, recuava 5,96% para os 58,87 dólares.

O setor do papel também se destacou nas quedas, com a Navigator e a Altri a registar perdas superiores a 3%. A papeleira liderada por Diogo da Silveira caiu 3,39% para os 3,64 euros, enquanto a Altri recuou 3,08% para os 6,60 euros. Em terreno vermelho também ficou a Pharol, que recebeu luz verde dos acionistas para avançar com um aumento de capital até 80 milhões de euros. A empresa liderada por Luís Palha da Silva deslizou 1,24% para os 0,17 euros.

Já a liderar os ganhos encontra-se a F. Ramada, que valorizou 2,31% para os 8,85 euros nesta sessão. A empresa anunciou que a distribuição do dividendo extra, em antecipação do resultado alcançado em 2018, vai acontecer a 14 de dezembro. Os acionistas vão receber 1,15 euros por cada título detido.

A valorizar nesta sessão ficou também a Jerónimo Martins. A retalhista subiu 1,33% para os 10,64 euros, com fatores a seu favor como a melhoria das vendas a retalho alimentar na Polónia, cujo mercado polaco representa cerca de 86% do valor da Jerónimo Martins. Para além disso, do terceiro para o quarto trimestre haverá uma diminuição dos domingos em que os supermercados estarão encerrados de 8 para 5, o que “deverá ser um fator positivo para as vendas trimestrais”, dá conta o Caixabank BPI no Diário de Bolsa desta sexta-feira.

No Velho Continente, apesar das pressões do petróleo e a incerteza em torno da política italiana e pelas negociações do Brexit, a generalidade das praças europeias conseguiu terminar a sessão com ganhos ligeiros, ou quedas pouco expressivas. O índice que agrega as principais cotadas europeias, o Stoxx 600, somou 0,4% nesta sessão.

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Rui Moreira demite-se da Associação Turismo do Porto e indica vereador do Turismo

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

O vereador da Câmara do Porto, Ricardo Valente, com os pelouros da Economia, Turismo e Comércio, confirmou esta sexta-feira à agência Lusa que ia ser o novo presidente da direção da ATP.

O presidente da direção da Associação de Turismo do Porto e Norte, Rui Moreira, demitiu-se do cargo e indicou o vereador do Turismo da Câmara do Porto para o substituir em representação da autarquia, avançou esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.

O vereador da Câmara do Porto, Ricardo Valente, com os pelouros da Economia, Turismo e Comércio, confirmou esta sexta-feira à agência Lusa que ia ser o novo presidente da direção da Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP) em “representação da Câmara Municipal do Porto”, um cargo que vinha a ser ocupado por Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto.

“A Câmara do Porto, por uma questão estatutária tem direito a estar representada nesse organismo [ATP] e o presidente Rui Moreira entendeu que deveria ser o vereador com a pasta do Turismo”.

Em setembro de 2017, a ATP anunciava, em comunicado, que nos novos corpos sociais para o triénio 2017/2019 o presidente da direção da ATP seria Rui Moreira, e na vice-presidência estaria Mário Ferreira, empresário do turismo, designadamente na atividade de cruzeiros no rio Douro, e Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto.

No mesmo comunicado da ATP era realçado “um marco particularmente relevante” que era a “aproximação da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte (ERT) à ATP, enquanto Agência Regional de Promoção Turística”, com Melchior Moreira, presidente da ERT, a assumir a “função de presidente da mesa da Assembleia Geral da ATP.

Questionado pela Lusa sobre se a demissão da Rui Moreira poderia também estar relacionada com a detenção e prisão preventiva de Melchior Moreira, Ricardo Valente negou e explicou que a ERT está na ATP porque a “direção da ATP, como um todo, decidiu incluir a representação institucional da ERT na ATP”.

O atual presidente da ERT, Melchior Moreira, que foi reeleito em junho deste ano para um novo e último mandato na Turismo do Porto e Norte de Portugal, está em prisão preventiva desde outubro passado e é um dos cinco suspeitos numa alegada viciação de procedimentos de contratação pública.

A Associação de Turismo do Porto e Norte vai receber 6,2 milhões de euros para a promoção turística externa entre 2019-2021, que se traduz num aumento de 38% em relação ao triénio que termina agora, avançou esta semana à Lusa fonte oficial da ATP.

Sobre o aumento em 38% da verba que a ATP vai receber do Estado, Ricardo Valente assume que se trata de uma “notícia que o satisfaz” e que vem “validar a aposta do país na fileira do Turismo”, bem como vem “reconhecer o excelente trabalho que a ATP tem estado a desenvolver”.

O Norte é uma região que está a crescer a dois dígitos, quase a 12%, em termos de proveitos totais”, acrescentou.

A Lusa tentou obter informações da ATP sobre a mudança na presidência da direção, mas não foi possível até ao momento, tendo-nos sido explicado por fonte do gabinete de imprensa que o diretor executivo, Rui Gonçalves, se encontrava em viagem de trabalho de regresso dos Açores.

A Lusa pediu um esclarecimento ao presidente da Câmara do Porto sobre a sua demissão do cargo na ATP, mas até ao momento ainda não foi possível obter resposta.

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Mais de 4.000 investidores compraram obrigações do Sporting. “Emissão foi um case study”, diz Varandas

Foram 4.087 os investidores que compraram obrigações do Sporting, numa operação que permitiu um financiamento de 26 milhões à SAD leonina. "Esta emissão será um case study", destacou Varandas.

Foram 4.087 os investidores que compraram obrigações do Sporting, numa operação que permitiu um financiamento de 26 milhões de euros à SAD leonina. “Este empréstimo obrigacionista será um case study para todos nós, desde os prazos até à forma como foi montado”, destacou o presidente do Sporting, Frederico Varandas, numa curta declaração após a apresentação dos resultados da emissão.

Varandas destacou sobretudo o papel do regulador neste processo. “A CMVM foi um parceiro desde o início do processo, com a qual tivemos uma relação muito boa connosco. Superámos barreiras que seriam difíceis de superar. Sem essa colaboração teria sido impossível”, disse o presidente dos leões.

Agradeceu ainda aos investidores que participaram na operação “porque acreditaram na Sporting SAD”.

No total, a SAD sportinguista conseguiu arrecadar 25,9 milhões de euros com este empréstimo, de um total de 30 milhões de estava em oferta. O montante levantado foi revisto em baixa face aos números apresentados pelo Sporting esta quinta-feira, onde dizia que tinha apurado ordens no valor de 26,16 milhões de euros, após eliminadas 25 ordens no valor de 250 mil euros devido a duplicação de ordens.

"Este empréstimo obrigacionista será um case study para todos nós, desde os prazos até à forma como foi montado.”

Frederico Varandas

Presidente do Sporting

Apesar de ter falhado a fasquia dos 30 milhões, os leões mais do que cumpriram a condição mínima de sucesso da operação. Apenas precisavam de garantir 15 milhões de euros para que este empréstimo fosse bem-sucedido.

Desta forma, a SAD assegurou o financiamento necessário para proceder ao reembolso de outro empréstimo no valor de 30 milhões de euros e que vence no dia 26 deste mês, depois de em maio ter sido alvo de uma moratória de seis meses. A sociedade já comunicou ao mercado que vai proceder a esse pagamento na segunda-feira.

Este foi o sexto empréstimo obrigacionista realizado pela SAD verde-e-branca desde 2002. Desde então, já levantou 125 milhões de euros através deste tipo de operações.

(Notícia atualizada às 17h01)

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Petróleo caminha para pior mês em quatro anos. Petrolíferas afundam

Oferta de petróleo, especialmente dos EUA e Arábia Saudita, está a crescer mais depressa que a procura. Expetativa é que OPEP volte a cortar produção em dezembro.

O preço do petróleo está tocar mínimos de um ano. Regista uma queda acentuada que poderá levar novembro a registar a maior queda mensal desde o final de 2014, com descidas de mais de 20%. O tombo está a ser causado por preocupações de uma enchente de oferta e está a penalizar as ações das petrolíferas europeias. A portuguesa Galp não escapou.

A produção e oferta de petróleo mundial, especialmente por parte de produtores norte-americanos e sauditas, está a crescer mais depressa que a procura e os mercados mostram preocupação que a desaceleração do crescimento económico na China enfraqueça ainda mais a procura.

A projeção da Agência Internacional de Energia é que a produção dos países fora Organização dos Países Exportadores de Petróleo aumente 2,3 milhões de barris por dia, em 2019 face a este ano. Em contrapartida, a procura deverá crescer 1,3 milhões de barris por dia.

O crude está a cair como uma pedra“, afirmou Pedro Amorim, senior broker da corretora XTB. “As pressões de Donald Trump referentes à baixa de preços por barril tem-se refletido no mercado, com a OPEP a cumprir com o desejo do presidente norte-americano. Segundo a mais recente opinião dos analistas, estão a apontar o target do crude nos 50 dólares”.

No início da semana, o presidente dos EUA Donald Trump usou o Twitter para mostrar agrado com a queda nos preços da matéria-prima, agradecendo à Arábia Saudita após a produção por parte do país ter atingido valores recorde. O ministro da Energia saudita já garantiu o país não irá lançar para o mercado “petróleo que os consumidores não precisem” e outros membros do cartel também sinalizaram que deverá ser acordado um novo corte na oferta na reunião de dia 6 de dezembro.

No entanto, os esforços não estão a ser bem-sucedidos em travar as quedas do petróleo. Às 15h00, o Brent negociado em Londres cai 5,53% para 59,14 dólares por barril, enquanto o crude WTI de Nova Iorque desvaloriza 6,77% para 50,87 dólares por barril. O saldo na semana é negativo em 12% e 9,5%, respetivamente.

Em ambos os casos, estão em mínimos de outubro de 2017. No acumulado do mês de novembro, acumulam um tombo superior a 20% e níveis de volatilidade que não se viam desde o período entre 2014 e 2016 quando o mercado enfrentou um problema de excesso de procura.

O tombo no valor da matéria-prima está a arrastar as ações das petrolíferas para terreno negativo. O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 Oil & Gas perde 2,68%, enquanto o norte-americano S&P Oil & Gas recua 0,55%. Entre as cotadas do setor, a Repsol tomba 2,42%, a Total cai 2,68%, a BP perde 2,55% e, em Portugal, a Galp desvaloriza 0,55% para 14,505 euros por ação.

“A cotação do barril de crude de Nova Iorque já caiu cerca de 35% desde o pico de 3 de outubro, quando atingiu os 76,90 dólares. Tecnicamente inverteu a trajetória de subida que tinha iniciado em 2016, o que em termos de disciplina de análise técnica projeta para a correção até próximo dos 42 dólares, níveis de junho do ano passado. Isto faz com que a tendência de médio a longo prazo tenha passado a ser negativa, não obstante a possibilidade de uma recuperação de curto prazo até um patamar entre os 55 e os 60 dólares por barril”, acrescentou o BCP, numa nota citada pela Reuters.

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Governo assegura ligação aérea Bragança/Portimão

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

Executivo aprovou despesa para lançar novo concurso para a ligação aérea entre Trás-os-Montes e o Algarve. Enquanto decorre o processo, vai ser feito "um ajusto direto" e ligação não vai ser suspensa.

O Governo autorizou a despesa para o concurso público internacional para a concessão da ligação aérea Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão, que deverá ser lançado “nos próximos dias”, disse esta sexta-feira fonte do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.

A ligação aérea Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão é subsidiada pelo Estado e o contrato, em regime de concessão por um período de três anos, termina a 22 de dezembro.

No Conselho de Ministros de quinta-feira, o Governo autorizou a realização de despesa com vista à “adjudicação da prestação de serviços aéreos regulares, em regime de concessão, na rota Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão, pelo período de quatro anos”.

Fonte do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas disse esta sexta-feira à agência Lusa que o concurso deverá ser lançado nos “próximos dias” e que, enquanto decorre o processo, será efetuado “um ajuste direto” com a atual empresa de forma a não suspender a carreira aérea.

A fonte adiantou ainda que o concurso público internacional será lançado em moldes similares ao anterior.

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse à Lusa estar “tranquilo com este processo” e acreditar que “não haverá interrupção dos voos enquanto decorre o processo”.

“Há largos meses que eu sei que era intenção do Estado lançar este concurso e que, aliás, estava a receber elementos para que este concurso fosse lançado. O facto de haver um ajusto direto enquanto ele não for adjudicado em nada prejudica as populações e o Estado. Estou tranquilo”, frisou.

Rui Santos classificou a ligação aérea como “vital” para Vila Real e para o Douro e considerou que é também “importante para que, quem vive no litoral, se possa deslocar com rapidez ao interior”.

“Quebra sobretudo uma barreira psicológica que é a barreira que se demora muito a chegar ao interior. Não, do Algarve a Vila Real demoramos menos de duas horas”, salientou.

No entanto, o autarca ressalvou que continua a defender que o avião deveria aterrar no aeroporto Humberto Delgado em vez do aeródromo de Tires, em Cascais, como acontece atualmente.

A região de Trás-os-Montes teve voos regulares durante 15 anos com a carreira aérea Bragança/Vila Real/Lisboa, subsidiada pela União Europeia em 2,5 milhões de euros anuais.

A suspensão dos voos entre Trás-os-Montes e a capital, em 2012, foi decidida com o argumento de que Bruxelas não autorizava mais o financiamento direto à operadora.

O Governo anunciou, em dezembro de 2014, que a carreira aérea iria ser retomada com o mesmo modelo de financiamento, mas com um trajeto alargado de Bragança a Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão.

A ligação foi concessionada por três anos e contou com uma dotação orçamental de 7,8 milhões de euros.

A carreira aérea é assegurada pela companhia área Aero Vip, detida pelo Grupo Seven Air, que apresentou, em 2015, a única proposta para a exploração desta ligação.

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Afinal, a emissão de dívida o Sporting foi um sucesso ou nem por isso?

A SAD do Sporting queria vender 30 milhões de euros, mas só conseguiu colocar no mercado 26 milhões em dívida. Isso quer dizer que a emissão foi um fracasso ou nem por isso?

A SAD do Sporting colocou à venda há duas semanas 30 milhões de euros de obrigações com maturidade a 26 de novembro de 2021. O encaixe serve para reembolsar uma outra emissão, lançada em maio de 2015, e que atingiria a maturidade em maio deste ano.

Mas a crise vivida no clube, depois dos episódios de violência em Alcochete, levou a SAD a propor aos credores uma moratória, adiando o pagamento para 26 de novembro. O dinheiro encaixado agora pelo Sporting, 26,1 milhões de euros, servirá precisamente para reembolsar os credores que investiram em 2015 e que deverão receber o dinheiro já na próxima segunda-feira.

Esta venda de dívida, que terminou esta quinta-feira, aconteceu numa altura ainda de maior instabilidade no clube, coincidindo com uma mudança do treinador da equipa de futebol sénior e com a detenção do ex-presidente Bruno de Carvalho (acusado do crime de terrorismo e de mais 98). A procura pelas obrigações do Sporting não foi suficiente para os 30 milhões de euros que a SAD pretendia vender, mas isto quer dizer que a emissão foi um fracasso? Um dos critérios para aferir o sucesso da operação é compará-la com a última venda de dívida que aconteceu em maio de 2015.

Na venda que terminou esta quinta-feira, a SAD do Sporting conseguiu um encaixe ligeiramente superior a 26 milhões de euros, mais precisamente: 26.162.035 euros. Isto é, ficou a pouco menos de 4 milhões de euros do valor disponibilizado para a venda.

Na emissão anterior, “Sporting SAD 2015-2018”, os verdes e brancos colocaram à venda os mesmos 30 milhões de euros e conseguiram um encaixe de igual montante.

Na operação de venda que terminou esta semana, o administrador financeiro Francisco Salgado Zenha queixou-se “da falta de apoio dos bancos” na promoção desta colocação.

A diferença entre os 30 milhões propostos e os 26 milhões de euros conseguidos deverá, segundo o Sporting, ser colmatada com fundos próprios da SAD, permitindo assim o reembolso dos credores que tinham investido em 2015.

É a grande diferença face à emissão anterior. Na venda que terminou esta quinta-feira, a procura não foi suficiente para igualar a oferta, ficando-se pelos 26,1 milhões de euros.

Na oferta realizada em maio de 2015, a procura excedeu em 2,57 vezes a oferta. O Sporting tinha colocado seis milhões de obrigações à venda (a 5 euros, cada) e os investidores manifestaram a intenção de adquirir 15,4 milhões de obrigações, ou seja, estavam dispostos a investir mais de 77 milhões de euros.

Nessa emissão, há três anos, a SAD teve o conforto da banca, já que a operação previa que se a procura fosse “inferior ao número de obrigações disponíveis, o Novo Banco e o Millennium bcp prestariam “uma garantia de colocação de até 10 milhões de euros”. Na venda que terminou esta semana não houve promessa de tomada firme.

 

Em 2015, na última emissão comparável, participaram um total de 4.241 investidores. Na venda desta semana, a SAD anunciou à CMVM que foram dadas “4.112 ordens”, o que corresponde a uma quebra de 3% face à venda anterior, no pressuposto de que cada ordem corresponde a um investidor.

É outra forma de aferir o sucesso de uma operação. Quando maior o risco, teoricamente, maior é a remuneração exigida pelos investidores. Na emissão de 2015, a SAD pagou um juro de 6,25%/ano (correspondia a uma taxa de rendibilidade efetiva bruta de 6,34059% ou líquida de 4,546%, considerando os impostos).

Agora, a SAD ofereceu aos credores um juro mais pequeno, de 5,25% (que corresponde a uma taxa de rentabilidade ilíquida de impostos de 5,31% e a uma taxa líquida de imposto de 3,81%, considerando uma taxa liberatória de 28%).

O juro, olhado de forma isolada, não é um indicador suficiente para aferir o nível de risco de um ativo, neste caso de uma obrigação. A remuneração oferecida terá de ser comparada com a remuneração do sistema financeiro em que se insere o ativo. Neste caso, considerámos na comparação os juros das obrigações portuguesas com a mesma maturidade de três anos.

Em 2015, estavam a cotar nos 0,484%, o que subtraído aos 6,25% de remuneração do Sporting resultou num prémio de risco de 5,77%. Agora, os juros soberanos estão negativos (a -0,012%), o que faz com que a emissão do Sporting, que paga 5,25%, esteja a oferecer um prémio de risco de 5,26%.

Apesar da turbulência no clube, a SAD não precisou de oferecer uma remuneração mais agressiva para convencer os credores. Contudo, o preço a pagar poderá ter sido a procura que ficou bastante aquém da última oferta pública de subscrição realizada em 2015.

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“Choque” petrolífero derruba Wall Street

Barril de "ouro negro" está a pressionar bolsas americanas após feriado do Dia de Ação de Graças. Petrolíferas como Chevron e Exxon cedem mais de 2%. Sessão americana termina mais cedo, pelas 18h00.

Após o Dia de Ação de Graças, Wall Street voltou a abrir esta sexta-feira e, a julgar pelos primeiros minutos de negociação, os investidores não regressaram do feriado com grande entusiasmo. No mercado petrolífero, a cotação do barril está a afundar 7% para mínimos de mais de um ano e contagia as bolsas do outro lado do Atlântico, isto antes da decisiva reunião entre EUA e China sobre o braço de ferro no comércio que terá lugar durante o encontro do G20 na próxima semana.

Ainda que se espere que o volume de transações venha a ser mais reduzido face ao habitual, uma vez que Wall Street terá uma sessão mais curta, fechando às 18h00 (horas de Lisboa), o dia não começou com o pé direito. Perante a derrocada dos preços do petróleo, os principais índices foram arrastados. O S&P 500, o índice de referência mundial, perde na abertura 0,60% para 2.633,36 pontos. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones cedem 0,76% e 0,52%, respetivamente.

Em Nova Iorque, o contrato WTI está a ceder 7% para 50,80 dólares. No mercado londrino, o contrato Brent desvaloriza 5% para baixo dos 60 dólares, isto perante o cenário global de excesso de oferta que, conjugado com as perspetivas de menor consumo perante o arrefecimento da economia mundial, pressiona as cotações do “ouro negro”. Por outro lado, a OPEP já disse que pretende baixar a produção de petróleo para equilibrar os preços, mas os investidores estão a sinalizar que os cortes previstos não serão suficientes para retirar os barris a mais no mercado.

Neste cenário, são as cotadas do setor petrolífero quem mais seguem sob pressão. A Exxon Mobil e a Chevron cedem mais de 2%. A Marathon Oil tomba 4%. Enquanto isso, fornecedores de serviços nos campos petrolíferos como a Schlumberger perde 2,8%.

Destaque ainda para as ações da Tesla, que recuam 1,62% para 332,70 dólares. A fabricante de automóveis elétricos anunciou esta quinta-feira que vai reduzir os preços dos carros na China para compensar o aumento das tarifas naquele mercado, na sequência da guerra comercial entre Washington e Pequim.

De resto, os investidores esperam novidades da próxima reunião do G20, que se realiza na próxima semana em Buenos Aires, Argentina. Espera-se que Donald Trump e Xi Jinping promovam encontros à margem para discutir a disputa comercial entre ambas as economias.

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Os jovens do Brexit: a campanha que é o censo da atual juventude britânica

O filme lançado online faz parte da apresentação ao mercado da Collusion, a nova marca britânica de moda do universo Asos.

Estes são os jovens do Brexit. Falam sobre a importância de votar, sobre temas como a emigração. Assumem-se de género não-binário, reclamam ser ouvidos. São jovens para quem o 18 é apenas mais um número, que expõem de forma crua as suas dúvidas mas também as suas convicções.

O filme de seis minutos lançado online é assinado pelo realizador Dan Emmerson, residente em Londres, e faz parte da apresentação ao mercado da Collusion, a nova marca britânica de moda do universo Asos.

Para conquistar uma das gerações que mais tem ocupado a cabeça dos marketeers nos últimos anos, a Collusion chega com princípios de inclusão e de experimentação já que, para além de animal-free, a primeira coleção foi trabalhada em colaboração com um grupo de estudantes, visual artists e YouTubers, estratégia que deverá permanecer nas próximas coleções. A inclusão e a representatividade são valores não negociáveis para estes jovens.

Para a campanha de lançamento, a Collusion reúne no vídeo 100 jovens nascidos em 2000, todos com 18 anos e vindos de outras cidades para além da capital, como Birmingham, Brighton e Glasgow. A todos foi perguntado: “o que desejas para este ano?” e as respostas resultam naquilo a que, mais do que uma campanha, já se chama o censo da atual juventude britânica.

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Elton John emociona mas a Burberry de Calypso é o anúncio mais cool deste Natal

Kristin Scott Thomas, Matt Smith, M.I.A, Naomi Campbell e a mãe Valerie Morris-Campbell são os rostos da campanha assinada pela artista britânica.

Primeiro muda de diretor criativo, depois faz um rebranding ao histórico nome, torna-se influente no Instagram e, agora, dá uma volta também à comunicação, e chama a sempre inesperada visão da artista/fotógrafa britânica Juno Calypso para a realização da nova campanha. O ano foi intenso para a Burberry e fecha com a colaboração mais cool deste Natal.

Close Your Eyes and Think of Christmas é a primeira campanha desde que a tradicional casa de moda britânica passou a contar com a direção criativa de Riccardo Tisci. E a sua abordagem menos tradicional fica clara no seu interesse, quer pela comunidade criativa londrina, quer pela própria escolha de Juno.

Quis mostrar um natal inglês mais realista mas, ainda assim, através de uma lente de fantasia.

Juno Calypso

A propósito da campanha de Natal da Burberry

O resultado traz a assinatura da jovem artista, uma fotografia de grande impacto e uma atmosfera cinematográfica, e reúne um elenco de luxo como Kristin Scott Thomas, Matt Smith, M.I.A, Naomi Campbell e a mãe da ex-modelo, Valerie Morris-Campbell.

“Quis mostrar um natal inglês mais realista mas, ainda assim, através de uma lente de fantasia”, explica a artista, no site da Burberry. Do imprevisível clima britânico às festas em família e aos comboios que se atrasam, o espírito de natal é mostrado através da visão subvertida de Juno.

A campanha faz também o preview da nova colaboração que vai juntar Vivienne Westwood à Burberry, nas roupas usadas por Naomi Campbell e por Valerie Morris-Campbell.

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A pensar na loja do futuro? Nike just did it

Chama-se “House of Innovation 000”e é o novo conceito de retalho da Nike: uma flagship inaugurada em Nova Iorque e que quer tornar a experiência em loja tão simples e conveniente como a compra online.

Depois de Xangai, Nova Iorque. A House of Innovation 000 é o novo conceito de retalho da Nike, uma flagship que cruza a compra física com a digital, e que quer tornar a experiência em loja tão simples e conveniente como a compra online.

A experiência começa num chamado regresso às origens do que pode ser e significar uma loja para a sua cidade. São seis pisos numa esquina da 5ª Avenida e, em cada andar, há inovação e experiências a lembrar a imersão que muitos nova-iorquinos tiveram na visita à Niketown Original, quando abriu portas há 20 anos.

Mas a inovação parece estar na criação de “uma conversa sincronizada com o consumidor”, que se consegue através da app da marca, que reconhece o cliente assim que entra na loja e que permite solicitar produtos, fazer o scan QR Codes dos manequins e ver os artigos no telemóvel ou, também, tê-los à nossa espera no provador.

Numa experiência que se quer envolvente, personalizada e, ao mesmo tempo, seamless, usa dados da comunidade local. Por exemplo, no piso Nike Speed Shop as prateleiras só têm roupa e calçado de acordo com o perfil desses consumidores locais. O novo conceito adapta-se também a todos os que gostam de comprar online mas que fazem questão de experimentar o produto em loja. À espera dos visitantes, encontra-se um cacifo com o nome, aberto através da app no telefone, dando acesso ao produto. O check out é online e, por isso, em todo o processo não é preciso entrar em filas.

A personalização do produto é feita em dois estúdios e até a arquitetura da própria loja tem o conceito DIY, já que o layout permite a adaptação do espaço, de um momento para o outro e de acordo com a estratégia da marca. Será suficiente para descodificar a fórmula do retalho de futuro?

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