Sócrates pede abertura de instrução na Operação Marquês

  • ECO
  • 7 Setembro 2018

Terminado o prazo, do total de 28 arguidos no da Operação Marquês, 13 entregaram requerimentos para a abertura de instrução do processo.

A defesa de José Sócrates entregou, esta quinta-feira, um requerimento para a abertura de instrução do processo em que o ex-primeiro-ministro está envolvido, no âmbito da Operação Marquês. A notícia é avançada, esta sexta-feira, pelo Observador, que refere que os fundamentos do requerimento ainda não são conhecidos.

A instrução é uma fase processual, meramente facultativa, que consiste numa espécie de pré-julgamento, cuja decisão está a cargo do juiz de instrução criminal. E que pode resultar no fim do processo, caso o magistrado judicial dê razão às defesas e não envie o processo para julgamento.

O prazo para a entrega dos pedidos de abertura de instrução terminava a 3 de setembro, mas era possível entregar até três dias depois, mediante o pagamento de uma multa. Até dia 3, havia quatro pedidos entregues: os arguidos Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos administradores da PT, Bárbara Vara, filha do antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara, e Joaquim Barroca, administrador do Grupo Lena, e empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) solicitaram a abertura de instrução, segundo informação prestada pelo gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República.

Já na terça-feira, dia 4 de setembro, houve mais requerimentos, segundo o Observador: Hélder Bataglia, Rui Mão de Ferro, Gonçalo Ferreira e o Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo e Oceano Clube. José Paulo Pinto de Sousa, José Diogo Ferreira, a empresa Pepelan e Carlos Santos Silva, empresário e amigo de longa data de José Sócrates, também entregaram os pedidos, já no dia 5. Assim, do total de 28 arguidos no da Operação Marquês, 13 entregaram requerimentos para a abertura de instrução do processo.

A defesa de Ricardo Salgado, antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) e o terceiro arguido deste processo com mais crimes imputados pelo Ministério Público, não quis a instrução do processo por não querer arriscar que a decisão fosse tomada pelo juiz Carlos Alexandre. O antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Armando Vara, acusado de cinco crimes, também não pediu a abertura de instrução.

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BCE quer criar agência para combater lavagem de dinheiro

  • Marta Santos Silva
  • 7 Setembro 2018

O Banco Central Europeu considera que o problema da lavagem de dinheiro requer um combate unificado a nível europeu, e Mário Centeno concorda: "É uma responsabilidade partilhada", disse.

O Banco Central Europeu e os ministros das Finanças da União Europeia consideram que a lavagem de dinheiro é um problema que precisa de ser enfrentado com a criação de uma agência transfronteiriça para o efeito, segundo anunciou esta sexta-feira o membro do conselho administrativo do BCE, Benoît Coeure.

O anúncio vem após a revelação de casos recentes de lavagem de dinheiro registados por exemplo no Danske Bank que, segundo notícias divulgadas esta semana, terá participado num esquema de branqueamento de capitais vindos da Rússia. O banco dinamarquês terá participado neste esquema através de uma sucursal estónia. Também esta semana o banco ING chegou a um acordo para pagar 775 milhões de euros no âmbito de uma investigação pelo mesmo crime. Dentro deste valor, 100 milhões são um reembolso ao Governo da Holanda.

No final da reunião em Viena dos ministros das Finanças da Zona Euro, ou Eurogrupo, com as autoridades do BCE, Benoît Coeure disse aos jornalistas que o Banco Central Europeu pretende apoiar uma iniciativa para a criação de uma autoridade europeia que combata este tipo de crime. “Apoiaríamos qualquer iniciativa que leve a uma estratégia mais harmonizada e coordenada contra a lavagem de dinheiro”, disse, citado pela agência Reuters. “O ideal seria que fosse uma única agência”.

Esta ideia já tinha surgido na semana passada, quando os reguladores da União Europeia criaram um documento preliminar para a defesa contra o branqueamento de capitais na união. Perante casos recentes de suspeitas de lavagem de dinheiro por bancos, os decisores europeus pretendem criar uma estratégia única, com linhas que as autoridades nacionais possam seguir.

Mário Centeno, na mesma conferência de imprensa, concordou com Coeure. O presidente do Eurogrupo assinalou que “os desenvolvimentos recentes mostram que temos de fazer mais nesta área do que fazemos atualmente”, e acrescentou que se trata de uma “responsabilidade partilhada”.

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Regling vê melhorias do rating “num futuro próximo”. Portugal pode entrar num “círculo virtuoso”

  • ECO e Lusa
  • 7 Setembro 2018

O regresso dos investidores a Portugal é apontado como um dos indicadores de desenvolvimento positivo pelo diretor do Mecanismo Europeu, Klaus Regling.

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) saudou esta sexta-feira o regresso dos investidores a Portugal e considerou provável que as agências de notação financeira melhorem ainda mais o rating do país “num futuro próximo”, levando a um “círculo virtuoso”.

Na conferência de imprensa no final da reunião informal de rentrée do Eurogrupo, em Viena, na qual a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) deram conta das conclusões da sua oitava missão de vigilância pós-programa a Portugal, que consideraram “globalmente positiva”, Klaus Regling interveio para sublinhar que, “do lado dos mercados”, as notícias também são “bastante positivas”, e vaticinou que Portugal poderá mesmo beneficiar de um “círculo virtuoso”.

“Os investidores regressaram a Portugal. Este é um desenvolvimento positivo. E há mesmo a possibilidade de os ratings [avaliações] melhorarem ainda mais num futuro próximo, e pode então ter início um círculo virtuoso, em que os juros da dívida baixem ainda mais e os spreads encolham ainda mais. E isso é tudo positivo”, declarou o diretor do fundo de resgate permanente da zona euro.

Os investidores regressaram a Portugal. Este é um desenvolvimento positivo. E há mesmo a possibilidade de os ratings [avaliações] melhorarem ainda mais num futuro próximo, e pode então ter início um círculo virtuoso, em que os juros da dívida baixem ainda mais e os spreads encolham ainda mais. E isso é tudo positivo.

Klaus Regling

Presidente do MEE

Em abril passado, a agência de notação financeira Moody’s adiantou que o rating atribuído a Portugal será melhorado se concluir que os progressos alcançados a nível orçamental e económico são sustentáveis, e se a redução da dívida for constante.

A Moody’s tinha agendado uma revisão do rating atribuído a Portugal, mas optou por não se pronunciar, mantendo a avaliação da dívida portuguesa em ‘Ba1’, uma notação que é considerada ‘lixo’, devendo esta agência de notação voltar a pronunciar-se sobre Portugal em meados de outubro.

A agência norte-americana continua a ser a única entre as quatro maiores a atribuir à dívida pública portuguesa uma nota especulativa, depois de Standard & Poor’s (S&P), Fitch e DBRS já terem colocado Portugal no patamar de investimento.

Moscovici destaca “melhoria espetacular” do desemprego em Portugal

Já o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, destacou a “melhoria espetacular” da situação do desemprego em Portugal, que recuou para níveis abaixo da média da zona euro.

Na conferência de imprensa no final da reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, Moscovici comentou que “as coisas vão no caminho certo, ainda que sejam necessárias algumas reformas, mas que estão programadas”, e sublinhou “as boas notícias na frente do emprego”.

“Houve uma melhoria espetacular a nível do desemprego, que caiu para baixo da média” europeia, em julho, para os 6,8%, realçou.

Além de reiterar a necessidade de Portugal prosseguir as reformas estruturais, o comissário europeu dos Assuntos Económicos considerou que o Governo também deve focar-se em “melhorar os níveis de qualificações” dos portugueses “e tornar o mercado de trabalho mais inclusivo”.

De acordo com os dados mais recentes sobre o desemprego, divulgados em 31 de agosto pelo Eurostat, a taxa de desemprego homóloga recuou em julho para os 8,2% na zona euro e para os 6,8% na União Europeia, tendo Portugal registado a terceira maior diminuição face a julho de 2017, ao recuar dos 8,9% para os 6,8%.

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE, na comparação homóloga (com o mesmo mês do ano anterior), a taxa de desemprego caiu em todos os Estados-membros, tendo os maiores recuos tido lugar em Chipre (de 10,7% para 7,7%), Grécia (de 21,7% para 19,5%, dados de maio) e em Portugal, onde desceu de 8,9% para 6,8%.

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Costa defende investimento na ferrovia: “Torna a economia mais competitiva e valoriza o interior”

  • Lusa
  • 7 Setembro 2018

Foi feito um investimento de 52 milhões de euros na obra de ligação entre as Beiras, que deve ficar concluída no terceiro trimestre de 2019.

O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que o investimento que está a ser feito no transporte ferroviário, através do Ferrovia 2020, no valor de dois mil milhões de euros, torna a economia mais competitiva e valoriza o Interior do país.

“Há duas prioridades fundamentais que o país sabe que tem. Um[a], internacionalizar a sua economia, outra, valorizar aquilo que chamamos Interior e que eu prefiro chamar de regiões de fronteira. Ora, este investimento na ferrovia, cumpre simultaneamente estes dois objetivos”, disse António Costa, na Guarda.

O primeiro-ministro, que discursava durante uma visita à obra de construção da ligação entre as Linhas da Beira Baixa e da Beira Alta, afirmou que o investimento na ferrovia “vai tornar mais competitiva a economia portuguesa com melhores ligações, mais eficientes, à fronteira e à Europa e, ao mesmo tempo, vai servir melhor e valorizar melhor estes territórios de fronteira, situados no Interior”.

“Essa melhor ligação entre a Covilhã e a Guarda, o servir todo o eixo do Médio Tejo ao longo deste corredor, assim como toda a obra da Linha da Beira Alta, como toda a obra da Linha da Beira Baixa, como todo o Corredor Sul, que rasga o Alentejo e o liga com qualidade a Espanha, a ligação fundamental da Linha do Minho, são obras essenciais para que a nossa economia seja mais competitiva e para que os nossos territórios do Interior sejam mais competitivos”, afirmou.

António Costa defendeu que é preciso existir uma “visão integrada para o Interior” e, por isso, o Governo aprovou o Programa de Valorização Nacional para o Interior, que inclui várias medidas, porque o Interior valoriza-se criando postos de trabalho.

“Como é que se criam postos de trabalho no Interior? Atraindo empresas para o Interior. Como é que atraímos empresas para o Interior? Criando condições para que as empresas sintam que no Interior têm melhores condições para poderem produzir, vender mais barato, e ter acesso a um mercado maior do que se estiverem no Litoral“, observou.

De acordo com o líder do executivo, a intervenção na ferrovia “é essencial para que isso possa acontecer”, porque a ligação mais eficiente à Europa, ajuda à exportação e à internacionalização da economia, ao mesmo tempo que valoriza o Interior.

António Costa rematou o seu discurso dizendo que é importante continuar a fazer “aquilo que ainda não foi feito”.

“Há, alias, uma magnífica canção do Pedro Abrunhosa que nos deve inspirar a todos: ‘Vamos fazer aquilo que ainda não foi feito’. É isso que estamos aqui a fazer e é isso que vamos continuar a fazer – aquilo que ainda não foi feito”, concluiu.

O primeiro-ministro, acompanhado ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e autarcas locais, visitou esta sexta-feira, na Guarda, obra de construção da futura ligação entre a Linha da Beira Baixa e a Linha da Beira Alta.

A Infraestruturas de Portugal (IP) iniciou obra a 5 de março e deve ficar concluída no terceiro trimestre de 2019.

A obra de construção da nova ligação ferroviária, que integra a empreitada de modernização do troço entre a Covilhã e Guarda, da Linha da Beira Baixa, prevê a construção de uma via única eletrificada, com 1.500 metros de extensão e a execução de uma nova ponte ferroviária sobre o rio Diz.

Num investimento de 52 milhões de euros, a empreitada de modernização da linha da Beira Baixa, compreende ainda a renovação integral de 36 quilómetros de via e a eletrificação total do troço, entre outras intervenções.

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Dois meses depois, Portugal volta ao mercado de dívida de longo prazo. Quer mil milhões

O IGCP está de volta ao mercado. A agência que gere a dívida pública anunciou que vai fazer um duplo leilão de dívida de longo prazo na próxima semana. Quer até mil milhões.

Portugal vai voltar ao mercado de dívida na próxima semana. Dois meses depois do último leilão de títulos de longo prazo, a agência que gere a dívida pública anunciou um duplo leilão com o qual pretende obter até mil milhões de euros.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 12 de setembro pelas 10h30 horas dois leilões das obrigações do Tesouro com maturidade em 25 de outubro de 2023 e 17 de outubro de 2028”, refere o IGCP. Ou seja, dívida a cinco e dez anos.

A agência liderada por Cristina Casalinho quer obter entre 750 e 1.000 milhões de euros com estas obrigações, numa altura em que os juros têm vindo a subir no mercado secundário por causa da tensão em Itália. A taxa a cinco anos está a 0,675%, chegando a 1,9% a dez anos.

A última vez que Portugal realizou uma emissão de longo prazo foi a 11 de julho, quando colocou 950 milhões de euros em títulos com maturidade a dez e 16 anos. Desde então, houve mais um leilão, a 15 de agosto, mas de curto prazo.

Esta “interrupção” no financiamento junto dos mercados é habitual nesta época do ano. O período do verão tende a afastar investidores do mercado, havendo assim menor procura.

Tendo em conta que este terceiro trimestre é marcado pelas férias, a agência liderada por Cristina Casalinho agenda poucas operações, focando o financiamento na primeira metade do ano.

(Notícia atualizada às 13h34 com mais informação)

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Apesar de ficar na segunda metade da tabela no que toca ao crescimento do PIB, Portugal superou o crescimento médio da União Europeia no segundo trimestre. O Governo e a administração da CGD têm mantido conversações sobre a entrega de dividendos ao Estado já em 2019. Decisão precisa de aval de Bruxelas e Frankfurt. Banco público não pode correr riscos.

Portugal está entre os países da União Europeia (UE) cujo produto interno bruto (PIB) menos cresceu no segundo trimestre deste ano, mas, ainda assim, superou a média europeia. Os dados foram publicados, esta sexta-feira, pelo Eurostat, que dá conta de que a economia do conjunto dos 28 países da UE acelerou 2,1% entre abril e junho deste ano, em relação a igual período do ano passado, valor que fica abaixo do crescimento de 2,3% registado por Portugal.

O Ministério das Finanças está a avaliar a possibilidade de contar com dividendos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) como receita para o Orçamento do Estado (OE) para 2019, sabe o ECO. A operação não deverá ter a oposição da administração do banco público, mas ainda precisa do aval das instituições europeias. Se seguir a regra dos anos em que a Caixa remunerou o acionista – a última vez foi em 2010 –, os cofres públicos poderão encaixar um montante até 160 milhões de euros.

Greve na primeira semana de outubro e uma grande manifestação nacional em Lisboa a 5 de outubro. É o que prometem os professores — ou o seu representante, o dirigente do maior sindicato de docentes do país, Mário Nogueira — caso a reunião desta sexta-feira com o Ministério da Educação seja inconclusiva. Às 15h00, no Ministério da Educação, a Fenprof e as outras nove estruturas sindicais que assinaram, já no ano passado, a Declaração de Compromisso com o Governo, vão ouvir as propostas da equipa de Tiago Brandão Rodrigues. Falta saber se o que propõe o ministro vai satisfazer os professores.

Combustíveis diferentes, rumos distintos dos valores de venda nos postos de abastecimento nacionais. Na próxima semana, há um novo aumento do preço do gasóleo, o combustível mais utilizado pelos portugueses, para novos máximos. É uma subida ligeira que contrasta com a redução prevista para a gasolina.

A capacidade de a economia portuguesa para continuar a crescer é “incrivelmente limitada” na atual conjuntura do país. O alerta foi dado por Daniel Traça, dean da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), numa entrevista ao ECO24 esta quinta-feira. O economista indicou que Portugal está a crescer “pelo lado do emprego”, mas numa altura em que a taxa de desemprego se aproxima de mínimos, crescer “do lado da produtividade” vai revelar-se um desafio. Isto porque “o crescimento da produtividade” no país tem sido “muito baixo”.

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Mais tecnologia, mais tempo para as pessoas

  • ECO + Fidelidade
  • 7 Setembro 2018

O futuro chegou e entrou na vida de cada família ou empresa, por vezes, sem aviso prévio. Mas veio para ficar, exigindo, a todos, uma adaptação a um mundo que não voltará a ser igual.

A inovação apoderou-se da vida de cada pessoa, família ou empresa e obrigou-nos a evoluir e a antecipar o desconhecido. Hoje, inteligência artificial, robótica, data ou nanotecnologia fazem parte do vocabulário diário e, mesmo sem exata perceção da sua amplitude, sabemos que estes são pilares de uma mudança estrutural que não podemos parar. Ainda que devamos, enquanto cidadãos, acompanhar de forma consciente o que está a acontecer.

Para garantir que, onde quer que seja que a tecnologia nos conduza, a sua aplicação será positiva, permitindo-nos chegar mais longe e traçar caminhos que, há poucos anos, eram ficção. E sendo assim, há que aproveitar este momento da história e preparar a vida para um mundo que vai colocar-nos desafios inéditos, com certamente grandes valias.

Na Fidelidade é isso que estamos a fazer. A inovação é um valor do nosso património humano, sem o qual não teríamos sobrevivido a 200 anos de história. E hoje ela faz parte do nosso dia-a-dia para nos ajudar a colocar a tecnologia ao serviço das pessoas e facilitar, de formas distintas, a vida de quem confia em nós.

Sabemos que as necessidades das pessoas irão acompanhar as alterações do seu modo de vida e temos o dever de antecipar como será a vida daqui a 5, 10, 30 anos. Mais do que adaptar produtos e serviços, temos de mudar o paradigma e começar a despertar as pessoas para novas necessidades, novos comportamentos.

As novas gerações já têm expectativas e formas próprias de interagir com os seguros e a Fidelidade quer acompanhá-las neste percurso. Estamos focados em prestar um serviço de elevada qualidade, qualquer que seja a forma escolhida, por cada cliente, para interagir connosco: agência, mediador, corretor, canal bancário ou postal, contact center ou canais digitais. Temos que ter sempre resposta e ser capazes de prestar o melhor serviço. Esta é a nossa estratégia – a Omicanalidade.

Paralelamente, temos desenvolvido soluções tecnológicas que se traduzem em claros benefícios para os clientes, como a App Myfidelidade, o serviço Medicina Online, disponível para cliente Multicare, ou a App Fidelidade Drive que, com a telemática aplicada ao seguro automóvel, permite que o cliente avalie a sua condução, com o objetivo de melhorar o seu comportamento e reduzir o risco. Estes são alguns exemplos mas estamos a dar outros passos, nomeadamente no campo da poupança, dos cyber seguros ou dos pets, mas também da inteligência artificial, automatização e robótica, como forma de agilizar tarefas processuais ou tratamento de dados, conseguir conhecer melhor cada cliente e sobretudo diminuir o peso dos processos administrativos para dedicar mais tempo à relação com os clientes, com cada pessoa.

A digitalização ou as novas tecnologias são formas alternativas de prestar o melhor serviço aos clientes, mas o maior desafio é comportamental, com foco no aconselhamento ao cliente para assegurar a sua verdadeira proteção. Passa pelo conhecimento de cada pessoa e criação de soluções adaptadas à sua realidade e incide certamente na prevenção, com uma aposta inequívoca na área da saúde, numa ótica de cuidado e bem-estar…

A grande evolução da Fidelidade está assim muito além de uma revolução tecnológica. O essencial amanhã, ou daqui a 30 anos, será preservar uma atitude que nos distingue, sempre assente na melhor proteção das pessoas ao longo da vida. E isto não se faz apenas com tecnologia. Faz-se com as pessoas. Só com elas podemos continuar.

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EuroBic e Banco BIC (Angola) promoveram Seminário na Agroglobal

  • ECO + EuroBic
  • 7 Setembro 2018

O “Desenvolvimento Agro Sustentável Portugal - Angola”, esteve em debate em seminário promovido pelo EuroBic e Banco BIC (Angola).

No decurso da Agroglobal, o EuroBic, em parceria com o Banco BIC S.A. (Angola), promoveu um seminário sob o tema “Desenvolvimento Agro Sustentável Portugal – Angola”, que se realizou dia 5 de setembro.

Esta iniciativa, que foi antecedida de um almoço que juntou empresários convidados pelo Banco, contou com a presença de mais de 150 participantes que assistiram a dois painéis de debate, na sua maioria, com diversos especialistas, provenientes de Angola, nos domínios da agricultura e da pecuária que, através da partilha dos seus conhecimentos e experiências, esclareceram os mecanismos de desenvolvimento e cooperação com o mercado Angolano.

Antes do início do seminário o Ministro da Agricultura, Florestas e do Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, fez questão de trocar impressões com os responsáveis do Banco, sendo que para o encerramento dos trabalhos, a sessão contou com a presença e intervenção do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira.

Desta forma, o EuroBic reafirma a aposta no setor agrícola e na proximidade da relação com os Clientes, numa feira profissional, inserida num ambiente de partilha de conhecimento visando o agro-negócio.

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“Nunca fiz mal a ninguém”, diz Bolsonaro após o ataque

Num vídeo gravado ainda na cama do hospital, o candidato presidencial recorda o momento em que foi atacado com uma faca. Filhos dizem que pai "está mais forte do que nunca".

O candidato à presidência do Brasil falou pela primeira vez desde que sofreu um atentado durante uma campanha esta quinta-feira. Num vídeo, divulgado pelo jornal O Dia, Jair Bolsonaro recorda o que sentiu no momento do ataque, afirmando: “nunca fiz mal a ninguém”. Flavio Bolsonaro, o filho, já adiantou que o pai será transferido para o hospital Israelita Albert Einstein.

“Estava muito preocupado porque parecia uma pancada na boca do estômago. (…) A dor era insuportável e parecia que tinha algo mais grave a acontecer”, começa por dizer o candidato, num vídeo gravado ainda na cama do hospital. Jair continua, dizendo que estava preparado “para um momento como estes, porque se correm riscos”. “Como é que o ser humano é tão mau assim? Eu nunca fiz mal a ninguém“, afirmou.

A mensagem foi filmada pelo senador Magno Malta, do Partido da República-Espírito Santo, na UTI da Santa Casa da Misericórdia de Juiz de Fora, Minas Gerais. Bolsonaro terminou a agradecer à “equipa maravilhosa, abençoada por Deus, que evitou que um maior [ataque] acontecesse”. O candidato foi submetido a uma cirurgia, bem-sucedida.

Os filhos de Bolsonaro já se manifestaram nas redes sociais: Flavio Bolsonaro publicou na hora uma atualização no Twitter sobre o estado de saúde do pai, adiantando que os golpes desferido com uma faca atingiram o fígado, pulmão e intestino. Porém, há poucas horas, publicou uma fotografia de Jair Bolsonaro na cama do hospital, dizendo que este se encontra “mais forte do que nunca e pronto para ser eleito presidente“.

Também o irmão, Eduardo Bolsonaro, falou na mesma rede social sobre o pai, afirmando que se encontra “estável” e que será transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o candidato de extrema-direita era carregado por apoiantes no centro da cidade quando foi atingido por um homem com uma faca, tendo sido depois retirado do local. Os vídeos feitos no local mostram como tudo se passou. Segundo o jornal Gazeta do Povo, o hospital confirmou que Bolsonaro sofreu uma lesão hepática grave, passou por um ultrassom e foi encaminhado para o centro cirúrgico.

O autor do ataque já foi identificado como sendo Adelio Bispo de Oliveira, um homem de 40 anos que, antes de ser detido, sofreu várias agressões dos apoiantes de Bolsonaro. De acordo com o comandante do 2.º Batalhão da Polícia Militar de Juiz de Fora, o tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues de Oliveira, citado pelo G1, disse que o suspeito “alegou que tentou ferir o candidato Jair Bolsonaro por ter divergências de ideias e pensamentos com ele”. “Ele não tem nenhuma filiação partidária. Falou que [foi] uma questão pessoal dele”, acrescentou o comandante.

(Notícia atualizada às 12h16 com mais informação)

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Acionista chinês da TAP quer vender participação no Deutsche Bank

A participação do grupo chinês no banco alemão é de 7,6%. Está a vender vários ativos para conseguir reduzir a dívida acumulada.

O grupo chinês HNA, acionista da TAP, está a planear vender a participação de 7,6% no Deutsche Bank, nos próximos 18 meses, para conseguir reduzir o elevado nível de endividamento.

A participação do conglomerado chinês no banco está avaliada em cerca de 1,5 mil milhões de euros, de acordo com os valores de mercado. Segundo o Wall Street Journal (acesso condicionado/conteúdo em inglês), a HNA está a planear libertar-se de mais investimentos internacionais, como a Swissport.

As vendas terão como objetivo conseguir liquidar dívidas obtidas depois de grandes gastos com aquisições. O grupo chinês fechou o ano passado com uma dívida de 598 mil milhões de yuan (cerca de 77 mil milhões de euros), de acordo com os dados divulgados na apresentação dos seus resultados anuais.

AHNA vendeu a sua participação de 25% na cadeia hoteleira Hilton Worldwide, e tinha já reduzido o peso na instituição financeira alemã, estando previamente mais próximo dos 10%.

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Carro a gasolina? Preços vão descer. Gasóleo vai renovar máximos

O gasóleo vai voltar a aumentar na próxima semana. O preço do combustível utilizado pela maioria dos portugueses vai subir cerca de meio cêntimo, já a gasolina fica mais barata.

Combustíveis diferentes, rumos distintos dos valores de venda nos postos de abastecimento nacionais. Na próxima semana, há um novo aumento do preço do gasóleo, o combustível mais utilizado pelos portugueses, para novos máximos. É uma subida ligeira que contrasta com a redução prevista para a gasolina.

De acordo com fonte do setor, o diesel prepara-se para ficar 0,5 cêntimos mais caro a partir da próxima semana, seguindo a tendência registada na última atualização. Tendo em conta que o gasóleo simples está a ser comercializado a um valor médio de 1,379 euros, este aumento pode elevar os preços para 1,384 euros.

O gasóleo pode mesmo superar os valores praticados em final de maio, início de junho, com o preço médio a atingir máximos desde, pelo menos, 2015, tendo em conta os dados da Direção Geral de Energia e Geologia. Nos postos de abastecimento, os valores de venda estão em tornos dos 1,46 euros.

Ao contrário do que se vai verificar no diesel, na gasolina haverá uma redução, depois da subida na última atualização. Fonte do setor revela ao ECO que o preço de venda do litro deste combustível poderá recuar um cêntimo, com o preço médio a descer dos atuais 1,606 euros para 1,596 euros. Vai, assim, corrigir dos máximos de maio.

Estas diferentes evoluções traduzem o comportamento distinto de ambos os derivados do petróleo nos mercados internacionais. É que a procura por gasolina está a começar a abrandar, tendo em conta o final do período de férias, enquanto a procura por diesel começa a aumentar com os mercados a anteciparem um maior apetite com a chegada do tempo mais frio.

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Economia europeia desacelera. Portugal entre os que menos crescem

Apesar de ficar na segunda metade da tabela no que toca ao crescimento do PIB, Portugal superou o crescimento médio da União Europeia no segundo trimestre.

Portugal está entre os países da União Europeia (UE) cujo produto interno bruto (PIB) menos cresceu no segundo trimestre deste ano, mas, ainda assim, superou a média europeia. Os dados foram publicados, esta sexta-feira, pelo Eurostat, que dá conta de que a economia do conjunto dos 28 países da UE acelerou 2,1% entre abril e junho deste ano, em relação a igual período do ano passado, valor que fica abaixo do crescimento de 2,3% registado por Portugal.

Os dados revelam um abrandamento da economia europeia, para o qual está a contribuir, sobretudo, a desaceleração dos maiores motores económicos. Desde o terceiro trimestre do ano passado que o PIB da União Europeia tem vindo a diminuir o ritmo de crescimento: aumentou 2,8% nesse período, 2,6% no quarto trimestre de 2017, 2,3% no primeiro trimestre deste ano e, finalmente, 2,1% no segundo trimestre deste ano.

O mesmo pode ser verificado quando se considera apenas a Zona Euro, que agrega os 19 países da moeda única: o PIB cresceu 2,8% no terceiro trimestre do ano passado, um ritmo que veio a diminuir para 2,7% na reta final de 2017, 2,4% no início deste ano e 2,1% no segundo trimestre de 2018.

Economia europeia desacelera

Este abrandamento é notório nas grandes economias europeias. A Alemanha, que há um crescia 2,7%, regista agora um crescimento de 1,9%. O mesmo se verifica com França, que registava um aumento do PIB de 2,7% no terceiro trimestre do ano passado e cresce agora 1,7%, bem como com Espanha, que acelerava 3,1% no terceiro trimestre do ano passado e que cresceu 2,7% no segundo trimestre deste ano.

Apesar de estar na metade dos países que menos crescem tanto na União Europeia como na Zona Euro, Portugal é um dos que regista uma desaceleração menos acentuada. O PIB nacional aumentou 2,4% no terceiro trimestre do ano passado, 2,4% na parte final de 2017, 2,1% no arranque deste ano e 2,3% no segundo trimestre de 2018.

A contribuir para a evolução da economia, explica o Eurostat, esteve o consumo interno, bem como o aumento do investimento. Em sentido contrário, o agravamento da balança externa, com aumentos das importações mais expressivos do que das exportações, impediu crescimentos mais significativos.

(Notícia atualizada às 10h40 mais informação)

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